Revista WIT #19 Ed.

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Desafie-se a enxergar o amanhã de outra forma. Projeto Dubai Construtora. Foto por Bruna Demori, Estúdio Paralelo
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A Zen Interiores é um escritório formado pela designer Malu Goraieb, a arquiteta Millena Vaz e o engenheiro Nicolas Pressi, uma parceria de sucesso que permite a concepção do projeto desde a planta até a entrega da obra. Neste apartamento assinado pela Zen Interiores os profissionais aplicaram os tecidos da Cashmere para imprimir conforto em cada ambiente, através de cortinas, almofadas, chales e tapetes.

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Arquitetura Juliana Meda. Fotos Andressa Miranda
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Termo em inglês que significa “A habilidade de usar a palavra de forma inteligente e bem-humorada”

de Cambridge

26 | revista wit 32 VIDA E CARREIRA DE TÂNIA E ANÍBAL 38 UMA CASA POR BRUNA BUOSI FABRE 46 IVANA CABRAL: ATEMPORAL 50 LEGACY S=D, POR DESIGN EMPREENDIMENTOS 52 WIT RESIDENCES, POR GRP 56 BLANK RESIDENCE, BY JUST 60 EDIFÍCIO J. SARDANHA 62 WALMOR JR TRANSFORMANDO MARINGÁ 66 WIT INDÚSTRIA NA DYNAMIS 70 ROAN CLUB 76 JEANS TODO DIA, EM QUALQUER OCASIÃO 86 VENTRI: MODA E CASA 90 MULHERES NO COMANDO DA BAND 92 CLÃ EGOROFF: MATÉRIA DE CAPA 100 TURISMO DE INVERNO COM FAMÍLIA IWATA 106 AGELESS: ENVELHECER PODE SER UMA DELÍCIA 112 CADERNO SAÚDE E BEM-ESTAR 127 CADERNO SOCIAL NESTA
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EDIÇÃO

Um pensador conhecido como Og Mandino escreveu certa vez que “a experiência ensina completamente, porém seu curso de instrução devora os anos dos homens”. Com tal pensamento, o autor enaltece o instinto e intuição humana acima do valor da experiência em muitos casos. Se pararmos para vislumbrar a velocidade das mudanças no mundo ao nosso redor, essa máxima pode fazer sentido, uma vez que o conhecimento adquirido hoje por meio da experiência pode não ter muito valor amanhã, quando processos, métodos, sistemas e até culturas não existirem mais como a conhecemos hoje. A fluidez e velocidade das mudanças pode nos encher de temor, ou nos inundar de expectativas. Nesse jogo, ganha quem tem a capacidade de se manter otimista e atento às dezenas, talvez milhares, de oportunidades que a vida coloca diante de nossos olhos todos os dias. Neste admirável mundo novo movido por intuição, uma aura resplandece: o ser mulher. É da sua natureza usar mais a emoção do que a razão, confiar mais na sutileza das mensagens ao redor em contraposto à realidade provada tão típica do universo masculino. A projeção feminina ganhou força no mundo todo, e é ela, o ser feminino, que enaltecemos nesta edição publicada em março, internacionalmente o mês da mulher. Nas próximas páginas você vai se deparar com a história de empreendedorismo da família Aranega de Macedo, três mulheres que por muitos anos lideram o mercado de sapatos femininos da região e neste ano inauguraram sua primeira loja de roupas multimarcas com uma curadoria incrível de moda; tem também mulheres arquitetas; mulheres advogadas; o quadro 100% feminino da nova direção da TV Band Maringá. Nessa edição da WIT tem mulheres jovens, tem mulheres de meia-idade, que se reuniram para bater um papo sobre Ageless com a jornalista Juliana Guzzoni; e não poderia faltar, é claro, o lifestyle das mulheres que estampam essa emblemática capa que abre 2023: a família Egoroff. Vire a página e siga sua intuição. Dos animais da floresta, pra nós, humanos, ela é a que mais funciona.

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SAIBA MAIS NA PÁGINA 70

Tânia e Aníbal no living de sua casa, onde uma abundância de objetos narram, silenciosamente, a história de uma família que vive arquitetura todos os dias

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Tânia e

Dois nomes que se fazem presentes em nosso patrimônio histórico cultural quando o tema é arquitetura. Não por acaso, também são marido e mulher, pais, filhos, professores e amigos que gentilmente abriram as portas de sua casa para a WIT, revelando um universo delicioso de se estar

A vida nos leva por caminhos que, muitas vezes, nem podemos sonhar ou sequer imaginar o desfecho. Não creio que o “acaso” tenha poder suficiente para promover um encontro tão perfeito, quando em 1988 Aníbal, já nas cadeiras do primeiro ano do curso de arquitetura da UEL, encantou-se com uma moça do terceiro ano de medicina que resolvera puxar uma disciplina do curso de arquitetura. Oi?

Sim, Tânia saiu de Araçatuba, São Paulo, em sua juventude para cursar medicina na UEL, após passar em um vestibular à época já muito concorrido, o que deixou seus pais extremamente orgulhosos. No terceiro ano do curso, porém, Tânia se deu conta que medicina não era pra ela. “Mas avisar lá em casa que vou desistir do curso simplesmente não era uma opção, então despertei para a arquitetura e comecei puxando disciplinas”, explica Tânia. Em 1989 ela teve que prestar novo vestibular, tornando-se oficialmente caloura de Arquitetura e se formando em 1994.

A formatura de Aníbal aconteceu um ano antes, em 1993. Foi ali no calor da balada, das celebrações e na presença de familiares que eles assumiram um namoro de

uma relação que já rolava há 5 anos.

Aníbal é nascido em Maringá, foi parar em Londrina porque por aqui não existia o curso de arquitetura, este foi inaugurado apenas nos anos 2000. Ele conta que, tal como muitos de seus alunos hoje, entrou para o curso de arquitetura sem ter convivido ou mesmo conhecido um arquiteto.

Filho de um habilidoso Alfaiate, Aníbal passou toda sua infância morando em diferentes canteiros de obras. “Meu pai sempre foi uma pessoa muito desprendida, sem dinheiro, ele construiu muito, a gente morava na obra no período de construção e quando ficava pronta ele falava que não tinha grana pra pagar o financiamento, vendia e a gente se mudava pra outra obra”. Com isso, sem saber, Aníbal recebeu uma das primeiras lições da arquitetura: para saber projetar é preciso saber construir.

Aos 15 anos ele teve a experiência de trabalhar na Construtora Ingá, onde aos 17 anos aprendeu, na prática, desenho técnico, dando-se muito bem. Na construtora não havia arquitetos, mas engenheiros civis, que disseram que se

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Aníbal WIT | HISTÓRIA E LEGADO
TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTOS JOÃO PAULO SANTOS

ele se formasse em arquitetura, trabalharia fazendo apenas projetos. Sem um arquiteto por perto, foi na literatura que ele buscou direção. Na biblioteca municipal, à época sediada na Av. Bento Munhoz da Rocha Neto, ele encontrou o livro “O que é arquitetura”, de Carlos Lemos. Por fim prestou vestibular para Engenharia Civil na UEM de Maringá e para Arquitetura na UEL, passando nos dois.

Ainda no período da universidade, Tânia e Aníbal tiveram a chance de conhecer nomes importantíssimos da arquitetura nacional, como Paulo Mendes da Rocha, Sergio Bernardes, Jaime Lerner e Sergio Rodrigues. O mais bacana disso tudo é que estes encontros foram promovidos por eles mesmos, pois tinham uma presença muito ativa no movimento estudantil e na organização de congressos e simpósios. “Hoje eu olho pra esse passado e percebo que éramos movidos pelo impulso da juventude; imagine você pegar uma lista telefônica e ligar para nomes que integram o principal panteão da arquitetura nacional, e convidar para fazer uma palestra em Londrina, e eles vinham!”, relembra Tânia, que se considera ainda hoje uma militante da propagação do conhecimento. Naquela época, sem redes sociais, sem internet e sem telefone celular, ela mobilizou mais de 2 mil alunos para assistir à palestra de Sergio Bernardes. “Hoje, com o advento da internet, o acesso à informações ficou muito facilitado, e isso é maravilhoso, mas percebo que as pessoas carecem de um filtro… É como soltar uma pessoa dentro de uma

grande biblioteca. Qual livro pegar?”, diz Aníbal.

A academia sempre permaneceu presente em suas vidas.Tânia dedica-se integralmente à docência na UEM, onde no ano passado teve a honra de receber o título de paraninfa, uma homenagem não apenas dos alunos de arquitetura, mas de todos os alunos da universidade. Aníbal concilia o ofício de professor com os projetos presentes no escritório que fundou em 1996 com sua esposa: Verri e Galvão Arquitetos.

UM NINHO PARTICULAR

Tânia e Aníbal abriram as portas de sua casa para receber nossa reportagem em uma manhã de terça-feira, véspera da viagem de Tânia para São Paulo, onde foi júri na banca do Concurso Público Nacional para a sede do CAU/SP (Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo). Estávamos sentados na mesa de jantar, conversando e petiscando castanhas de caju quando foi anunciado David Chipperfield como o vencedor do Prêmio Pritzker de Arquitetura, a mais importante honraria do mundo feita para arquitetos vivos. A notícia veio por intermédio da filha Julia, que está em Portugal com sua irmã Alice. Ambas estão cursando arquitetura na Universidade do Porto, através de um intercâmbio com a UEM.

Ao entrar na casa de Tânia e Aníbal fica muito evidente que aquele é um lar concebido por, e habitado por, verdadeiros

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arquitetos. Totalmente despida de modismos, a casa conserva um ar de elegante autenticidade ao explorar materiais verdadeiros em sua essência: a madeira – ora maciça, ora em lâminas naturais; o vidro; o ferro pesado; e as pedras naturais, estas presentes no arenito vermelho extraído de jazidas paranaenses para revestir toda a lareira, e na ardósia que reveste todo o pavimento social da casa.

Todos estes elementos, assentados com leveza em um projeto que valoriza a entrada abundante de luz e de ar, lançam holofotes para verdadeiros referenciais do design nacional e internacional presente no mobiliário de toda a casa. Le Corbusier, Mies van der Rohe, Charles Eames, Sergio Rodrigues, Alvar Aalto, Lina Bo Bardi e tantos outros.

Localizada na gema da Zona 4 de Maringá, a casa foi originalmente projetada nos fundos do escritório de arquitetura, promovendo uma cultura de menos deslocamento em uma época em que o termo Home Office praticamente não existia. “Nossos amigos falavam que éramos loucos, que os clientes iriam tocar a campainha fora do horário comercial… Mal sabiam eles que um dia existiria o WhatsApp, onde os clientes nos encontram até de madrugada”, brinca Aníbal.

Após se formar em 1994, Tânia mudou-se para Maringá em 1995 e o casamento com Aníbal foi celebrado em 1996. Naquele mesmo ano iniciou o projeto da casa onde vivem até hoje. Eles atribuem ao pai de Aníbal, o senhor Aníbal Verri, a mais

significativa alavanca e estímulo de depósito de confiança para que a casa se tornasse possível em incipientes anos de suas carreiras. Como alfaiate, ele tinha o sonho de construir sua casa e seu atelier de alfaiataria integrados. Foi ele quem encontrou o terreno na Zona 4, com 15 metros de testada e 40 metros de profundidade, ao valor de 35 mil dólares. “Vamos rachar?”, propôs ele para o filho e para a nora, que aceitaram de imediato.

A primeira casa projetada e construída foi do pai. A outra metade do terreno foi ocupada gradualmente, segundo os aportes financeiros do jovem casal de arquitetos. “Lembro que nosso primeiro trabalho após a aquisição do terreno nos rendeu 3 mil dólares, e assim fomos construindo aos poucos, começando pelo escritório”, relata Tânia.

No traço da residência é possível distinguir as referências que contaminaram todos os seus projetos de início de carreira: nomes internacionais da arquitetura do século 20. “Todo projeto é uma atividade intelectualizada, portanto nossas referências e inspirações são sempre feitas de maneira muito consciente”, explica Tânia, ao apresentar o vão de ligação do living com o pavimento superior que, segundo ela, é uma característica corbusiana: a integração de espaços verticais.

É incrível se dar conta de que, imerso nesse universo cultural tão rico que vibra em cada detalhe presente na casa, Tânia e Aníbal não tenham nenhum arquiteto precedente em suas famílias. Ela, filha de

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um dentista e uma costureira. Ele, de um alfaiate e uma funcionária pública. “Com uma costureira e um alfaiate na família, aprendemos a reconhecer uma boa costura e um elegante traje, sabendo que é possível se vestir bem , mesmo sem andar com marcas grifadas por aí”, brinca Tânia, para o riso de todos os presentes.

O fato é que ambos personificam a grande verdade de que, com muito estudo, muita dedicação e amor é possível aprender e se tornar mestre em qualquer ofício. Aníbal estudou o arquiteto Belucci em seu mestrado, paulista que projetou nossa Prefeitura, o Hotel Bandeirantes e nossa Catedral. Já Tânia optou por teorizar Sérgio Rodrigues, e se tornou uma verdadeira amante do design de mobiliário, tendo a honra de não apenas conhecer Sergio pessoalmente, mas de fazer parte do seu convívio em diversas ocasiões. “A humildade de Sergio em receber uma jovem estudante no Rio de Janeiro, me buscar na rodoviária e ainda me hospedar em sua casa me ensinou que os maiores arquitetos são também muito humanos, é uma gente descomplicada, muito profunda e sem empáfia”.

Paulo Mendes da Rocha, outro grande farol da arquitetura brasileira, veio para Maringá duas vezes a convite de Tânia e Aníbal, em 2010 e 2017. “Ele tinha 89 anos quando o buscamos no aeroporto às 9h, e o acompanhamos em uma reunião com o então secretário de cultura do município. Nosso objetivo na época era que ele assinasse o projeto do museu que seria construído no antigo aeroporto de Maringá… Após um dia inteiro de reuniões ele falou ‘vamos dar uma volta? Quero pagar um whisky pra vocês’, então o trouxemos pra casa, convidamos alguns amigos e a Tânia cozinhou um macarrão. Passado tudo isso, paramos pra pensar no quão improvável e surreal foi aquela noite, em que recebemos um Pritzker em nossa casa”, diz Aníbal.

APRENDER SEMPRE

Estando nossa reportagem diante não apenas de dois arquitetos, mas dois professores do curso de arquitetura da UEM, ouso perguntar sobre o porquê de a disciplina de design de interiores ter um espaço tão pequeno na grade curricular do curso. Aníbal é prático ao dizer que os 5 anos de curso ainda não são suficientes para toda a teoria que envolve a arquitetura. Tânia vai mais longe: “arquitetura é um ofício que exige uma consecução materializada. Não dá para desenhar projeto sem saber construir. Na minha opinião estamos

em um momento de crise em que se constrói somente a superfície, os revestimentos… Perceba que eu não tenho o menor preconceito com a decoração, eu apenas a vejo como um episódio de certa efemeridade, porque uma casa pode estar decorada para um jantar, um aniversário ou um evento específico, já a arquitetura dos espaços internos vem prover relações espaciais, integrações e compor esse espaço com elementos como luz, vento, cores, materiais, texturas… A população acaba enxergando no arquiteto uma pessoa que ocupa um espaço, não que concebe um espaço, e são coisas totalmente distintas”, explica Tânia.

Vale lembrar que ela mesma, enquanto pesquisadora de Sergio Rodrigues, tornou-se uma verdadeira fã do design de mobiliário, algo muito intrínseco à arquitetura de interiores. O fato é que o bom gosto na composição e arranjo de elementos que compõem a decoração de ambientes internos não é algo que se aprende nas cadeiras de uma universidade, este vem de dentro. “Arquitetura não se ensina, se aprende”, revela Aníbal.

Eles vivem essa verdade em suas vidas até hoje. Tendo recentemente chegado de uma viagem à Portugal, em uma escrivaninha me deparo com uma pilha imensa de livros que trouxeram na bagagem, todos sobre Álvaro Siza, um arquiteto português tão famoso quanto Oscar Niemeyer é para nós.

Aníbal conta com orgulho que esteve presente na ocasião em que Álvaro Siza veio a Maringá. Isso mesmo! Na época ele veio a convite de Oscar Niemeyer, que também se fez presente por ocasião do Congresso Urbe 6, organizado pela prefeitura de Maringá e presidido em pessoa por Oscar Niemeyer. Aníbal relembra aos risos que naquele dia um certo repórter perguntou a Oscar se ele pretendia voltar para Maringá. A resposta foi imprevista e hilária: “Se Deus quiser, nunca mais”. Segundo Aníbal, Oscar, que não viajava de avião, enfrentou uma cansativa viagem de carro do Rio de Janeiro até Maringá. Que dose!

Enfim, estes são Tânia e Aníbal Verri, 27 anos de casamento, outros tantos de arquitetura. “Tu sabias que estaríamos aqui? Depois de tantos anos?”, diz o verso na poesia de Gilmar Leal Santos, escrita para o casal amigo e publicada em seu quinto livro. A resposta à pergunta, é Tânia quem registra: “o amanhã muito me interessa, tenho muito cartãozinho ainda pra queimar”.

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DELLAS ARQUITETURA

Protagonista da área de lazer da residência, a piscina abraça os melhores momentos da família. Nela, o revestimento cerâmico utilizado foi Atelier Portinari, bem como de toda a casa.

AUTENTICIDADE

A arquitetura de Bruna Buosi Fabre, da Dellas Arquitetura, traduz através deste projeto a autenticidade e generosidade de uma profissional que vibra na mesma frequência da família, dando luz a uma obra que derruba convenções estéticas para revelar a personalidade particular dos seus moradores

DELLAS ARQUITETURA

Nesta página, detalhe da fachada contemporânea projetada por Bruna Buosi Fabre para abrigar uma família de um casal e três filhos. Aqui, destacamos a iluminação técnica fornecida pela Luval Lighting Design para agregar um design futurista e arrojado na proposta da arquiteta.

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Festeiros que só, os proprietários da casa reservaram um espaço dedicado a receber amigos como se estivessem em um pub tecnológico, daqueles que encontramos em grandes centros urbanos. Um ambiente que contrasta com os tons aconchegantes impressos em toda área íntima, onde os objetos de decoração Decorarte, e os tapetes e cortinas da Delicatesse Tecidos e Decorações fazem toda diferença.

Presente em toda a casa, a marcenaria da Ostellato Movelaria

foi empregada em tons neutros e amadeirados no living, e também em uma diversidade enorme de cores nos espaços íntimos, como fendi, azul, pink e preto. Simplesmente irreverente!

Acompanhando o mood individual dos dormitórios, Bruna escolheu a dedo quadros do extenso acervo Urban Arts Maringá segundo a personalidade de cada membro da família. A cabeceira da cama e os estofados do estar são

Dynamis Concept

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Conheça os parceiros que fazem parte do Núcleo Metropolitano de Arquitetura e Design de Maringá

Arquiteta premiada pelo Núcleo Metropolitano de Arquitetura e Design, Belly Callegari posa em seu escritório, onde ela privilegiou tons e elementos cheios de atemporalidade. Detalhe: as curvas orgânicas que dão leveza ao sofisticado mármore extraído de jazidas paranaenses

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Ivana posa diante de casa projetada por ela há 15 anos, uma prova viva de que sua arquitetura resiste ao tempo e a modismos, mantendo-se sempe atual

Ivana

A arquiteta e professora Ivana Cabral faz parte daquele seleto grupo de profissionais que exercem seu ofício na cidade antes mesmo de inaugurar o primeiro curso de arquitetura em Maringá. Graduada pela Universidade Federal do Paraná em 1989, Ivana teve grandes mestres em sua formação, tais como Luiz Forte Netto, José Maria Gandolfi, Lubomir Ficinski e Manoel Coelho, nomes que integram o hall dos maiores da arquitetura brasileira, um privilégio que, segundo ela, exerce influência em sua carreira até hoje. “A maior lição que aprendi com estes profissionais é que arquitetura não é apenas estética, ela tem um propósito funcional extremamente importante, que transforma vidas, vivências, convívios e experiências em nível particular e em nível urbano também”, explica Ivana.

Este apelo funcional da arquitetura ganha forma na arte de Ivana através de projetos que têm uma essência muito verdadeira. “Tudo tem uma função e tudo precisa fazer sentido, o que eu busco fazer é agregar beleza nas soluções funcionais propostas”. Mas e se o cliente não for adepto dessa vibe minimalista? Ouso perguntar. “Ainda que o propósito seja de opulência, perceba que há um propósito, e eu abraço o projeto da mesma forma, sem a vaidade de fazer uma casa com a assinatura Ivana Cabral, meu desejo é genuinamente entregar uma casa que o cliente precisa”.

Sabiamente ela acrescenta que a casa idealizada ou sonhada pelo cliente nem sempre é a solução mais funcional para o que ele precisa, é aí que entra sua expertise. Na

prática, nos deparamos com clientes que continuam com altos níveis de satisfação, após décadas habitando no mesmo espaço. Como é o caso do casal Claudio e Claudia Caniato, que permitiu nossa reportagem fotografar sua casa 14 anos após a conclusão da obra. “E nossa casa continua sendo a mais bonita do condomínio”, confessam eles.

Não só na casa da família Caniato como em todos seus projetos, Ivana preza por padrões convencionados e eternos de beleza e estética, fugindo de modismos que, além de serem efêmeros, têm potencial muito grande de cair em desuso ou desgosto. “Minha maior inspiração é a natureza, por isso meus projetos têm elementos naturais como pedra, madeira e luz, muita luz”.

Outra característica da arquitetura de Ivana Cabral são as linhas retas e uma arquitetura mais volumétrica, com ambientes racionais e pouco, ou nenhum, espaço inutilizado. “O desperdício de espaço significa desperdício de dinheiro e de recursos naturais, uma preocupação que trago desde a formação, mas que se tornou popular recentemente com a conscientização global gerada pela crise ambiental e climática”, frisa.

Além da arquitetura residencial, Ivana tem trabalhos de linha corporativa, comercial e de centros médicos, tanto para projetos arquitetônicos quanto de interiores. “Eu amo desenhar projetos do começo ao fim, ou seja, da arquitetura aos interiores, pois assim fica mais fácil agregar ao projeto valores de vida para mudar a dinâmica e vida das pessoas”, conclui.

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“A boa arquitetura é linda mesmo vazia, é aquela casa que causa encantamento mesmo antes de colocar os móveis e a decoração”
TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTO JOÃO PAULO SANTOS

CATARINE FARIAS ARQUITETA

@catarinefarias.arq

Existe um jargão bíblico que diz que somos como um vaso nas mãos do oleiro. O fato é que este processo de converter barro em uma linda cerâmica nem sempre é conveniente. Somos apertados, esmagados e às vezes até encaramos a fornalha quente da aflição, mas o resultado final é uma obra de arte escultural… A talentosa arquiteta Catarine Farias, trilhou este desafiador caminho evolutivo até hoje ser considerada um dos proeminentes novos nomes da arquitetura contemporânea da cidade. Ela relata que foi a arquitetura quem lhe deu novo fôlego de vida, após viver momentos sombrios pela perda de sua mãe aos 14 anos de idade. “Eu não sabia se queria ter forças para continuar, muito menos para estudar, mas acabei me permitindo ao menos tentar, e tudo começou quando um teste vocacional apontou arquitetura como uma possibilidade de carreira”.

Catarine nunca se considerou uma aluna aplicada, toda sua energia criativa era canalizada para as artes, como dança, piano clássico e desenho, os quais praticou durante toda infância e

adolescência. Todavia, ela se viu uma aluna extremamente dedicada na faculdade, onde usou dos livros e práticas como um combustível para aplacar a dor e saudade da mãe. Ela, inclusive, estagiou durante todos os seus 5 anos de formação, passando por 5 diferentes escritórios e atuando em 5 funções extremamente distintas. “Foram experiências que me deram bagagem e condições de hoje gerenciar minha própria equipe e meu próprio escritório”.

O escritório Catarine Farias Arquitetura tem foco principal em arquitetura residencial, principalmente de interiores. “Eu encontrei na arquitetura de interiores uma forma de expressar minha criatividade ao trazer funcionalidade e convívio para diferentes famílias”. Por se considerar extremamente amorosa e afetuosa, Catarine acredita que a arquitetura residencial sempre vai ser sua maior expressão criativa. “Nós fazemos projetos comerciais também, mas é no lar e no convívio familiar que minha arquitetura encontra sua melhor forma”.

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Foto por Guilherme Frider

Wit

residences por GRP Construtora

Perspicácia, sagacidade, talento, esperteza e engenhosidade. São termos que também definem “Wit”, palavra inglesa que dá nome ao mais novo empreendimento da GRP Construtora, um edifício feito para quem vive o ritmo e o vigor da juventude

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TEXTO VINÍCIUS LIMA IMAGENS 3D DIVULGAÇÃO/GRP

Localizado na Rua Ernesto Mariucci, 480, bem próximo ao Centro Universitário de Maringá, o WIT Residences é um edifício que transpira a praticidade tão essencial na vida de jovens adultos que têm como prioridade a construção de suas carreiras e o lazer de descompressão tão necessário após uma rotina acelerada.

Perfeito para jovens casais recém-casados, estudantes e profissionais liberais, o WIT Residences traz em sua pegada arrojada e contemporânea elementos que traduzem o estilo de vida do século XXI: espaço delivery, lavanderia compartilhada assinada pela OMO, market place, coworking e espaços sociais com foco em convívio, saúde física e mental.

O WIT Residences traduz também um movimento contemporâneo onde o jovem prioriza muito mais experiências do que possuir. Esse conceito ganha forma neste empreendimento através de plantas inteligentes que evitam o desperdício de área e de recursos naturais. “O jovem moderno não tem apego material, mas ele quer pertencer a um espaço que comungue com seus ideais de vida, por isso o WIT oferece a moradores e investidores a oportunidade

de comprar e ter essencialmente o que ele precisa, tornando o investimento extremamente acessível e rentável”, explica Patricia Borges, CEO da GRP Construtora.

Outra vantagem oferecida pela construtora é a personalização de plantas, valorizando o caráter individual e único de cada indivíduo. “Nós facultamos 1 suíte para que o morador possa expandir as áreas sociais do apartamento ou mesmo ampliar a suíte master, conforme a conveniência e o uso planejado por cada pessoa”, esclarece Cecília Philipp, Designer que assina o decorado disponível para visitação na sede da GRP, Av. Itororó, 1346 de Maringá.

Em termos arquitetônicos, o WIT Residences possui desde a fachada até as áreas comuns do edifício um caráter arrojado de linhas agressivas que denotam uma personalidade forte e auspiciosa, tal qual seus futuros moradores. “As áreas sociais e de lazer do WIT Residences não buscam a ostentação, por não ser um valor essencial para este público; o que ele vai encontrar são espaços que priorizam conforto e lazer através de elementos naturais e vivos”, conclui Cíntia Van-Dal, arquiteta que assina a arquitetura do empreendimento.

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WIT IMOB | GRP CONSTRUTORA

Acima, imagem 3D do interior do apartamento decorado do Wit Residences, assinado por Cecilia Philipp. Na página ao lado e abaixo, imagens 3D do Espaço Gourmet e Piscina no complexo de lazer assinado pela arquiteta Cíntia Van-Dal.

WIT IMOB | GRP CONSTRUTORA revista wit | 55

BLANK

residence by Just

A tradição iniciada pela família Just de transformar a Zona 3 por meio de empreendimentos imobiliários inovadores ganha novo integrante: o Blank

Residence, um edifício a 500 metros do Parque do Ingá e com uma planta extremamente funcional e atual, assinado por Luciana Just

Um dos grandes diferenciais dos empreendimentos lançados pela Construtora Just é o fato de que todos os seus projetos são desenvolvidos internamente pela arquiteta Luciana Just e equipe. Este rigor técnico na projeção de cada detalhe do empreendimento, junto da bagagem de anos de experiência em levar soluções personalizadas de moradia para diferentes públicos, deu origem ao Blank, um edifício cujo próprio nome denota o universo de possibilidades de personalização possível para seus futuros moradores e investidores.

Blank significa que a vida é página em branco, onde você coloca sua individualidade, gostos e características. Este é também o maior diferencial da Construtora Just, a possibilidade de personalização do imóvel para quem compra na planta, um programa que leva o nome de Just+, conforme explica Luciana Just: “A individualidade é extremamente respeitada na construtora, por isso desenvolvemos um programa que permite aos futuros moradores e investidores personalizar detalhes como a cor das pedras, das paredes, tipo de piso, se vai nivelar o piso ou não, se vai estender a varanda ou não, se vai fechar a sacada, e tantos outros detalhes”.

Além destes elementos estruturais, através do Just+

é possível também personalizar o projeto de interiores, desde elementos decorativos até detalhes como o enxoval e iluminação. E no Blank Residence um diferencial a mais: o morador poderá escolher a cor da porta de entrada, segundo uma paleta imensa de cores e possibilidades.

O Blank é formado por uma torre única de 23 pavimentos em um terreno de mais de 1700 metros quadrados, com apartamentos de 79 m² de área útil com opção de 2 ou 3 dormitórios. “O Blank é perfeito para pequenas famílias, a planta do empreendimento é fruto de anos de pesquisa, de relacionamento e de um entendimento das reais necessidades de moradia e as reais necessidades de vida e do cotidiano da família contemporânea”, esclarece Luciana.

Localizado a 500m do Parque do Ingá, o Blank já nasce com todo o potencial de valorização do bairro com maior efervescência imobiliária dos últimos anos. Neste contexto, o conceito do projeto assinado pela arquiteta Luciana Just promete impulsionar ainda mais este potencial natural de valorização imobiliária da região. Já na fachada, o Blank traz em linhas curvas e orgânicas o contraste entre o branco e o paisagismo presente de forma exuberante e abundante. Ao

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TEXTO VINÍCIUS LIMA IMAGENS 3D DIVULGAÇÃO/JUST
WIT IMOB | CONSTRUTORA JUST

longo da verticalidade da obra, as lajes que se projetam para fora criando varandas arejadas e generosas também fazem toda a diferença.

Já nos complexos sociais, uma tela da artista plástica maringaense Jamile Elias faz as boas-vindas no hall de entrada. Nas áreas sociais encontramos também um esporte extremamente em alta e democrático: o Beach Tênis. Junto dele, piscina, academia, salão de festas assinado pelo chef

gourmet Matheus Bartô, playground, brinquedoteca, espaço pet, market place e coworking. “São elementos dos dias atuais, o que faz deste, um projeto extremamente contemporâneo, que respeita a individualidade de cada integrante da família: se você gosta de esportes ao ar livre, é perfeito; se você busca momentos de introspecção e uma boa leitura na varanda, é perfeito; se você gosta de natureza e um lazer contemplativo, o Blank é pra você também”, conclui Luciana.

WIT IMOB | CONSTRUTORA JUST

WIT IMOB | CONSTRUTORA MARCHINI CARDOSO

Nesta página, imagem ilustrativa do edifício J. Sardanha. Na página ao lado, imagens do jantar celebrado no Giardino para marcar a assembleia de constituição jurídica do empreendimento junto a todos os investidores e futuros moradores do prédio que será construído às margens do Bosque das Grevíleas

J. SARDANHA

Os investidores e futuros moradores do edifício J. Sardanha da Construtora Marchini Cardoso estiveram reunidos em sua primeira assembleia para a constituição da associação do edifício. Este é um momento muito importante e decisivo na edificação da obra, pois é quando é dado o início das atividades e discutido diversos outros temas de ordem legal.

A formação de uma associação de condôminos acontece pela própria natureza ou metodologia construtiva adotada para este empreendimento, conhecida como Preço de Custo. Diferente de um contrato de compra e venda, na modalidade à preço de custo o investidor faz a adesão de uma fatia na sociedade de um novo empreendimento, tornando-se parte de um grupo que faz aportes financeiros para a construção da obra.

Nesta primeira assembleia, o grupo de investidores do J. Sardanha se tornou uma entidade jurídica, com CNPJ e conta bancária da associação. Estes são considerados os investidores fundadores, o que não impede a adesão de novos associados enquanto ainda houver unidades disponíveis para serem adquiridas.

“A assembleia do J. Sardanha, tal como foi a assembleia do edifício Amélia Barão, vem para materializar através de um evento o início de uma história e um sonho que para muitos de nós começou já há algum tempo. Agora que o grupo está constituído juridicamente, o trabalho principal passa a ser da nossa engenharia”, declara Natália Marchini Cardoso durante o evento de assembleia do edifício, que aconteceu em uma noite de quinta-feira no Giardino Eventos de Maringá, com gastronomia comandada pelo chef gourmet Marcelo Serafim para as famílias dos associados do edifício J. Sardanha.

Reunidos para a primeira assembleia do condomínio, os investidores e futuros moradores do Edifício J. Sardanha, da Construtora Marchini Cardoso, celebram no Giardino a constituição jurídica do grupo e início das obras do empreendimento
Fotos por Jéssica Costa e Allan Oliveira

Em sua nova sede recentemente inaugurada e assinada pela arquiteta

Ninha Chiozzini, Walmor Jr. celebra novo ciclo da WJS Empreendimentos

Walmor Jr.

Nome por detrás do Haras HWJ, rankeado entre os 5 melhores do país em genética e reconhecido pela revista americana Stable Style – a maior do mundo em arquitetura equestre –, Walmor é também um dos nomes responsáveis pela expansão do perímetro urbano da Maringá de amanhã

Nossa bela Maringá, após receber diversas vezes o título de a melhor cidade do país para se viver, cresceu não apenas em popularidade, mas também em número de habitantes. Diferentemente das demais cidades do Estado, que crescem a uma taxa média de 1% ao ano, Maringá registrou nos últimos anos um crescimento médio de 1,9% segundo o Sinduscon Nor-PR. Isso representa 9 mil novas pessoas por ano, ou, pasmem, 25 pessoas por dia mudando-se para a cidade!

Este crescimento todo mostra, dentre outras coisas, que o mercado imobiliário continuará aquecido por aqui, por muitos e muitos anos. A cidade registrou na última década a verticalização de diversas áreas, ganhando edifícios que hoje desenham nosso horizonte e embelezam nossa paisagem urbana. Hoje, porém, existe uma tendência por parte das políticas públicas da cidade de iniciar uma expansão horizontal, ou seja, alargar nossas fronteiras urbanas através de novas áreas loteáveis.

É nesse cenário de otimismo e de novas oportunidades que conhecemos Walmor Jr, um homem formado em direito na UEM e que deixou sua carreira o levar para diversas regiões do país, onde exerceu

paralelamente ao direito bancário um ofício herdado pelo pai: o de pecuarista. “Desde que saí de Maringá eu tinha convicção de que pra cá eu voltaria, sou apaixonado pela cidade e é aqui que eu quis me estabelecer, ser grato pelo fluxo que a vida me deu, gerando oportunidades para a cidade e outras pessoas”, declara Walmor.

WJS EMPREENDIMENTOS

A WJS Empreendimentos é uma loteadora fundada por Walmor Jr inicialmente para rentabilizar as propriedades rurais que ele tem no município e cidades adjacentes. Ao entrar neste universo regido por muitas leis e burocracia descobriu uma semelhança com seu ofício anterior na área do direito. “A diferença entre processos legais e processos administrativos é ínfima, e 70% de tudo o que envolve um loteamento urbano são leis e processos, algo com o qual estou muito familiarizado em virtude da minha formação e experiência”, explica Walmor.

Segundo ele, o que realmente o move não são os processos em si, mas o vislumbre futuro de transformação possível de cada região. “Sou um pisciano raiz, movido por sonhos e guiado por meus ideais, e o que mais me

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TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTOS JOÃO PAULO SANTOS
WIT | PERFIL EMPRESARIAL

motiva hoje é transformar o presente para uma realidade melhor”, pontua.

Neste movimento de transformações, Walmor traz como exemplo o seu Haras HWJ, onde antes uma plantação de soja, hoje um complexo cuja arquitetura foi publicada na revista americana Stable Style, a mais renomada do mundo em arquitetura equestre. “O haras é um hobby que representa minha herança rural, em um contexto totalmente urbanizado, que representa este novo momento da minha vida”.

A WJS está sediada na Av. Joaquim Duarte Moleirinho, 3220 em Maringá, um edifício de 320 metros quadrados com interiores assinado pela arquiteta Ninha Chiozzini e que reúne profissionais de um time altamente técnico e especializado em loteamentos urbanos. “Eu mesmo me debrucei em toda legislação de loteamento e parcelamento de solo, e escolhi Maringá exatamente por ser uma cidade que possui a legislação do urbanismo moderno, é uma cidade extremamente organizada que se transformou na melhor cidade do país exatamente por essa vocação dos órgãos públicos de serem detalhistas e cumpridores da legislação urbanista”, salienta Walmor.

MINDSET

“Mindset” é um termo em inglês que se refere a uma predisposição psicológica que uma pessoa tem para determinados padrões de pensamentos que levam a materialização, ou concretização, de resultados. Na biblioteca pessoal de Walmor encontramos diversos livros que abordam, através da neurociência e filosofia, estudos sobre o potencial da mente em transformar a própria realidade e o ambiente ao redor. “Livros como O Poder do Subconsciente me ensinaram lições que aplico na prática, e quanto mais dá certo, mais tenho vontade de aplicar em minha vida, porque eu me realizo na transformação do espaço ao meu redor”, explica Walmor.

Formado em Direito pela UEM e com ampla experiência em Direito Bancário, Walmor Jr. entrou no ramo imobiliário através de grandes loteamentos urbanos

Ser um visionário tem o seu preço. Ao questionarmos sobre como é lidar com a ansiedade nessa busca por planos e projetos idealizados, Walmor é taxativo ao dizer que “apesar de sonhador, sou muito pé no chão, eu aplico em minha vida a filosofia dos freios e contrapesos, e aprendi que o tempo de espera e maturação muitas vezes é o curso natural da vida, afinal, nem tudo precisa acontecer no nosso tempo, mas no tempo de Deus”.

Atualmente, os processos em tramitação pela loteadora WJS Empreendimentos têm potencial de abrigar, no futuro, mais de 18 mil pessoas.

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Maycon, Denival e Marcia Santos posam em um dos galpões que compõem a indústria Sanctus de estofados, um ofício presente na família há 40 anos.

família

Dynamis

Na filosofia de Aristóteles, Dynamis significa a presença de uma escolha, uma renúncia que gera uma inclusão.

Na bíblia, significa a manifestação de dons, milagres e crescimento… Não poderia haver nome mais pertinente para uma marca fundada por uma pequena família de três, mãe, pai e filho que acreditaram no ofício de tapeceiro do pai e trabalharam com afinco para hoje se tornar uma fábrica com representações em toda a região sul do país.

A Dynamis Concept é, na verdade, uma loja de móveis e estofados multimarcas inaugurada em Maringá por Maycon Santos no início de 2022, cuja principal marca representada é a Sanctus, empresa fundada por seus pais há 17 anos.

Tudo começou com o Sr. Denival, conhecido por todos como Val. Tapeceiro de mão cheia, Val trabalhou por 23 anos para o Hospital Santa Rita na fabricação de móveis hospitalares. Paralelamente, sempre conservou em casa uma oficina de reforma de estofados, com clientela cativa durante décadas.

O sonho de fundar sua própria linha de produção de estofados iniciou em 2006, quando desligou-se do hospital e abriu o CNPJ que conserva até hoje. “Embora no início

demos seguimento às reformas, o CNPJ já era de fabricante, porque esse foi meu propósito desde o início”, declara Denival.

Para tornar possível este difícil início, o apoio da esposa Marcia foi crucial. Formada em Técnica de Enfermagem, Marcia trabalhou por 12 anos no Hospital do Câncer de Maringá, e por alguns anos direcionava seu salário quase que integralmente para pagar o salário do único funcionário da Sanctus. “No início o Val fazia literalmente tudo: vendia, buscava, entregava, tapeçava… Por isso tivemos que contratar um funcionário para, pelo menos, não precisar fechar as portas sempre que ele precisava sair para fazer um atendimento ou entrega”, relembra Marcia.

Com o passar dos anos e da profissionalização cada vez maior da pequena fábrica de estofados, um personagem essencial entrou em jogo: Maycon, o único filho de Val e Marcia. Aos 23 anos ele assumiu integralmente seu lugar na sociedade, trazendo todo o frescor de sua formação em Administração de Empresas e também sua paixão pela tecnologia.

Através de Maycon, a fábrica expandiu sua presença

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Na estrada da tapeçaria há quase 20 anos, mãe, pai e filho relatam para a WIT sua história de sonhos, renúncias e conquistas, que se tornou na história de sucesso da indústria Sanctus e da loja Dynamis, que você confere em primeira mão agora
WIT | INDÚSTRIA
TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTOS JOÃO PAULO SANTOS

digital no ano de 2015 através do facebook e, em 2018, através do instagram. Quase uma década antes de pensarmos em uma pandemia de extensões globais, eles já faziam atendimento virtual com entregas para o Brasil todo, através de uma complexa logística de envio de mostruário de tecido por correio, catálogo virtual e até mesmo apresentação de showroom por videoconferência. “Temos clientes no Brasil todo que compram sofá sem sentar”, explica Maycon.

Não é preciso dizer que, com o advento da pandemia pela Covid-19 o time de Maycon tirou de letra, e viveram um crescimento sem precedentes na história da fábrica: de 9 funcionários em mil metros quadrados em março de 2020, saltaram para 72 funcionários em 3 mil metros quadrados de fábrica em outubro daquele mesmo ano. Simplesmente

incrível! Segundo Maycon, eles pagam até hoje o preço por este crescimento exacerbado. “Em 14 anos de fábrica nunca tivemos uma reclamação registrada no Reclame Aqui, hoje são 8. São as dores do crescimento, mas pudemos aprender muito através dessas experiências”.

Hoje a Sanctus enxugou seu quadro de funcionários para 45, através de treinamento e qualificação com o mérito de manter o mesmo volume de produção e faturamento de quando eram 72 colaboradores. “Estamos em uma fase de estruturação para podermos crescer mais, de forma ordenada e planejada”, diz Maycon.

Como parte desta estratégia de crescimento ordenado, a empresa restringiu seu foco de atendimento nos Estados do sul do país, mesmo tendo a experiência de ter despachado móveis para todo o nordeste, centro-oeste e sudeste.

Na imagem abaixo, em projeto de Juliano Burali, os estofados Dynamis estão presentes no living, espaço home e área gourmet, todos integrados para promover um belíssimo convívio social

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Muita gente não faz ideia, mas Maringá é sede e berço da Line Atuadores, principal indústria do país de mecanismos eletrônicos de automação de sofás, presente em grandes players do mercado e nas principais fábricas do setor de estofados. Mas o que isso tem a ver com a Dynamis? O fato é que grande parte das linhas da Line são desenvolvidas em parceria com a Sanctus, como sofás com som embutido, Alexa, massageadores, sofás 4D que vibram em sintonia com o conteúdo audiovisual de home theater, e tantos outros atrativos possíveis com a tecnologia, conforme explica Maycon: “para apresentar uma nova tecnologia nas feiras especializadas no setor, a Line precisa mostrar o mecanismo em plena operação, e somos nós quem executamos todos os protótipos da marca”.

Em Maringá encontramos toda essa tecnologia nos produtos disponíveis na Dynamis, a primeira loja do grupo, inaugurada com o objetivo de expandir sua influência entre arquitetos e decoradores. “Nosso público final já é cativo, através da Dynamis buscamos nos especializar para atender as demandas de um público mais exigente e qualificado, que são os arquitetos”.

Para atender este público, a Dynamis possui diversas marcas além da Sanctus, para expandir o leque de opções de produtos. Lá encontramos também a linha signature, com peças de design assinado por designers brasileiros de renome nacional. “Nosso objetivo é, para um futuro breve, inaugurar outras duas lojas em Maringá, uma especializada em móveis externos e a outra com produtos da linha corporativa”, conclui Maycon.

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Foto por Marilia Ganassin

de alto valor, tudo em um só endereço?

Essa é a proposta do ROAN CLUB, um novo conceito de branding experience .

Sendo a primeira exposição de arquitetura e design permanente de Maringá, o empreendimento reunirá projetos inovadores assinados pelos melhores e mais renomados arquitetos da cidade, entre eles os grupos, Ana Paula Dalosse, Arquitetura Ao Cubo, Farinazzo Arquitetura, Isabela Junqueira, Ophicina Arquitetura e RMGB Arquitetura, e a lista ainda irá aumentar.

Ao todo serão mais de 14 espaços projetados por 14 diferentes profissionais da área, que se dividirão pelos mais de mil metros quadrados de extensão. Além disso, empresas de construção e design terão suas marcas em lugar de destaque na exposição, ganhando mais visibilidade e impulso para os seus negócios.

O ROAN CLUB também contará com um

calendário ativo de programações culturais e artísticas, com eventos que misturam arte, dança, música, tecnologia, gastronomia e ações sociais. A missão principal do club é aproximar marca e consumidor, através de experiências que conectem e despertem seu interesse, além de construir relacionamentos que gerem valor de fato para a vida das pessoas.

Esse conceito alinha-se às demandas do mercado contemporâneo, interessado em vivenciar as novidades do setor de forma cada vez mais visual e sensorial, “as pessoas não buscam mais por experiências comerciais e sim, experiências reais”, explica a equipe de marketing. Localizado na Av. Tiradentes, ao lado da Catedral, principal cartão postal da cidade, ROAN CLUB tem a sua inauguração prevista para o segundo semestre de 2023.

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E se fosse possível promover acesso ao design e à arquitetura, realizar eventos culturais exclusivos, construir experiências únicas e criar conexões

Evandro Farias, idealizador do ROAN CLUB, abre as portas para revelar alguns detalhes sobre seu novo empreendimento, desenhado estrategicamente para promover experiências de valor e conexões de sucesso

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as pessoas não buscam mais por experiências comerciais e sim, experiências reais
Foto João Paulo Santos

ARQUITETOS ASSINATURA

ARQUITETURA AO CUBO

FARINAZZO ARQUITETURA ANA PAULA DALOSSE

ISABELA JUNQUEIRA

OPHICINA ARQUITETURA

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RMGB ARQUITETURA
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JEANS

NOSSO DE

CADA DIA

Originalmente desenvolvido para mineiradores, o jeans moderno foi popularizado como roupa casual por Marlon Brando e James Dean em filmes da década de 1950, para hoje se tornar o ícone fashion mais democrático do nosso guarda-roupa

CURADORIA VERA GURGEL PRODUÇÃO LEO KAZAKIWZ FOTOS E EDIÇÃO FERNANDO PALIM PRODUÇÃO EXECUTIVA LAURA BERTHI BELEZA NAYARA MASSARO

Vera Gurgel e Leônidas

Kazakiwz são produtores deste editorial fashion. Ela veste camisa Colcci e vestido

Lebôh. Ele veste camisa

Colcci e calça Galeria 73

Na página ao lado, João

Scarpini veste jaqueta vinil Colcci; calça Diesel e tênis

Armani da loja Galeria 73

Giovanna Antonella veste shorts Lebôh, jaqueta Dida Su e bota Dazótto Maria Alice veste calça e blazer croped Enthusiasm. Brincos Cazza Flor

João Scarpini veste jaqueta animal print por Shooter, calça jeans

Osklen por Galeria 73

João Gabriel veste jaqueta nude Tommy Hilfiger, blusa canguru de lã xadrez Loft e calça jeans

Osklen por Galeria 73

Heloisa Foleto veste shorts e camiseta Perfect Way, Colete Loft

Luana Yukari Terabe veste conjunto Shooter e, nos pés, Dazótto

Thaina Weber veste trench coach xadrez e calça jeans Colcci. Pulseira Cazza Flor

João Gabriel veste conjunto jeans masculino Colcci

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Thaina
e
Weber veste calça
blusa Dida Su. Capa de chuva 154 Store

Giovanna Antonella veste blusa Carol Coutinho, calça 154 Store, sandália Dazótto e acessórios

Mania Bijoux

No interior da recém inaugurada Ventri, Fatima e suas filhas Amanda e Bruna celebram a abertura da sexta loja do Grupo Aranega de Macedo

VENTRI

renasce a moda

Sempre em movimento, Bruna, Amanda e Fatima, inauguram uma boutique e marca própria após 12 anos de uma jornada bem sucedida pelo universo das franquias de moda. Bem-vindos à Ventri, aconchegante e envolvente, como sua primeira morada

Se toda humanidade veio da mulher, pelo menos uma morada tivemos todos em comum: o ventre. Muito mais do que nosso primeiro lar, o ventre é uma incubadora de sonhos, uma fonte magistral de energia, nutrição, crescimento e força. Estes e tantos outros significados traduzem a natureza e propósito da Ventri, marca concebida por três mulheres que compartilham não apenas o sobrenome Aranega de Macedo, mas também a paixão pelo universo da moda.

Inaugurada em plena Av. Tiradentes, Centro de Maringá, a Ventri é fruto de uma nova etapa empreendedora na vida de Fatima e suas filhas Bruna e Amanda. Após 12 anos de sua primeira loja Capodarte inaugurada em Maringá, elas decidiram que era chegada a hora de trazer para a cidade uma boutique que reúna, além de calçados e bolsas, acessórios, roupas, artigos de mesa e decoração, com uma curadoria que leva em direção a uma moda que não é efêmera e tendenciosa, mas que tem potencial pleno de permanecer no guarda-roupa e vida das pessoas por muito tempo.

O EMBRIÃO

Muitas vezes o começo remonta de épocas que a gente nem imagina. Na história em questão, vamos voltar para

a década de 1970, quando dona Shirley Aranega, mãe de Fatima, mostrava ser o embrião do empreendedorismo na família Aranega de Macedo. Proprietária da Livraria Maringá (a primeira da cidade) junto de seu marido, dona Shirley provou ser uma mulher totalmente à frente do seu tempo, conciliando a maternidade com os negócios da família em Maringá, mesmo morando em Nova Esperança, encarando a estrada diariamente.

Foi neste delicioso mundo dos papéis, tintas e cores que Bruna e Amanda passaram a infância. “Lembro da generosidade dos nossos avós em nos permitir pintar uma parede imensa nos fundos da livraria, onde criamos um verdadeiro mural, foi uma época muito gostosa”, relembra Amanda. Mal sabiam elas que o mundo do varejo já estava definitivamente em suas vidas.

Anos mais tarde, Fatima se formou em biologia na UEM, mas não chegou a exercer a profissão, estando sempre presente nos negócios da família. Foi ela a responsável por estruturar toda a migração dos sistemas de contabilidade e controle de estoque da livraria do analógico para o digital após o advento dos computadores, um dom que ela usa até hoje à frente da administração das 5 lojas que compõem o

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TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTOS JOÃO PAULO SANTOS

Amanda e Fatima provam das deliciosas fragrâncias Tania Bulhões, marca que representam com exclusividade na Ventri

grupo Aranega de Macedo, sendo a Ventri a sexta do grupo.

A moda enquanto vocação empreendedora também entrou na família através de Fatima, que inaugurou junto de sua amiga e sócia Sandra Franchini a Mil Pontos, uma empresa de bordados computadorizados, cortes e gravações à laser feita para prestar serviço para empresas de confecção. Quando Sandra retirouse do negócio para assumir um cargo público, Bruna entrou no negócio para ajudar a mãe, onde permaneceu por 3 anos. “Foi uma experiência enriquecedora no que se refere a processos e fluxos de uma empresa, mas nós éramos uma empresa que atendia outras empresas, e meu sonho era trabalhar com o consumidor final”, declara Bruna.

Neste meio tempo, Bruna formou-se em Administração e Amanda em Medicina Veterinária. Juntas, começaram a pesquisar e entender o universo das franchisings, buscando uma marca que traduzisse um ideal que conservam nelas desde sempre: uma marca que tenha beleza e apelo visual sem ser tendenciosa, mas que possa permanecer por anos no acervo de peças preferidas das mulheres… Uma tarefa nada fácil em uma época onde conceitos como moda

atemporal e sustentável praticamente não existiam.

Tudo o que elas sabiam é que gostariam de apostar em uma marca de sapatos, por ser uma peça muito democrática, pois a mulher sempre está apta para provar um novo sapato. Foi uma visita à Capodarte da Rua Oscar Freire em São Paulo, no ano de 2009, que lhes deu a convicção de que esta seria a marca que levariam para Maringá, onde a primeira loja do grupo foi inaugurada em 4 de maio de 2010 no Maringá Park Shopping.

CRESCER NEM SEMPRE É FÁCIL

Após passar por um rigoroso processo seletivo junto aos diretores da Capodarte em Sapiranga, Rio Grande do Sul, e do desafio de montar a loja em um curto espaço de 25 dias para não perder o timing do dia das mães de 2010, Fatima, Bruna e Amanda jamais poderiam imaginar que os desafios estariam apenas começando.

A despeito de toda sua experiência no comércio, elas tiveram que aprender do zero os pormenores e especificidades do varejo de moda. “Foi uma imersão muito intensa de pelo menos dois anos que

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Bruna aposta em coleções atemporais e marcas que traduzem a essência do vestir-bem sem apego a modismos em sua curadoria de marcas exclusivas representadas na Ventri

fizemos na loja, a ponto de eu não conseguir sair do shopping nem mesmo para almoçar, morando a poucas quadras do shopping”, diz Amanda. E para agravar este quadro, com apenas um ano de loja aberta elas se viram diante da oportunidade de abrir a segunda loja, no Shopping Catuaí, um desejo que partiu da própria indústria. “Não era o nosso momento e nem o momento do Catuaí, pois o shopping era novo e nem existia transporte público para nossos colaboradores irem até lá, mas abrimos a loja para não perder a exclusividade da região”, declara Bruna.

Sendo elas mulheres de muita fé, hoje, ao olhar para este início atribulado, elas expressam gratidão pela oportunidade de terem conhecido na prática cada fase e processos que movem suas operações: sistemas, estoques, compras, eventos, treinamentos, caixa, RH e muito mais. Hoje suas atribuições estão muito bem definidas: Fatima na gestão administrativa, Amanda na gestão operacional e Bruna no comercial e relacionamento com o público.

Quem é de Maringá sabe e concorda que é mérito delas, e de ninguém mais, a projeção e força que a Capodarte desenvolveu na cidade, a ponto de estar no ranking da franquia com melhor

performance no país, atrás apenas de São Paulo, à frente de todas as demais capitais… É só lembrar de campanhas memoráveis, como a “De mãe para filha” e tantas outras que surgiram aqui através delas, e acabaram se tornando padrão em todas as franquias da marca. Neste caminho de tantas conquistas, Amanda e Bruna também se tornaram mães, e continuaram a expansão de seus negócios, assumindo a Capodarte de Londrina, abrindo uma terceira loja em Maringá e agregando uma marca nova ao grupo, a Loungerie.

Hoje a Ventri já nasce com o mesmo propósito e missão das demais lojas do grupo: “abençoar vidas, clientes e colaboradores”. O respeito e valorização do capital humano é tão presente que a maioria dos colaboradores têm mais de 10 anos de casa. E detalhe: 95% dos colaboradores são mulheres.

Na Ventri você encontra marcas exclusivas, como Carol Bassi, Gloria Coelho, Marisa Ribeiro, FIT, Andrea Marques, Coven, Ferri, Room, Felicia Pretto e Tania Bulhões. Um luxo!

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agora é que são

ELAS

O quadro diretivo da TV Band Maringá hoje é composto 100% por mulheres.

Responsáveis pela virada de chave completa na programação da emissora no último ano, Georgete Bender e Mariana Malucelli transformaram a Band local na maior programação da cidade, com 5 jornais diários e programas de entretenimento voltados a um público completamente novo

A Band Maringá foi fundada há 32 anos como TV Maringá e faz parte da Holding de Comunicação do Grupo JMalucelli, um conglomerado sediado em Curitiba com empresas de diversos setores, como comunicação, infraestrutura, finanças, seguros, energia, comércio e locação de máquinas.

Há 35 anos, antes mesmo da fundação da Band Maringá, Georgete Bender já atuava no grupo JMalucelli, passando por diversas empresas antes de aceitar o desafio de vir para Maringá assumir a direção da TV Band Maringá.

Formada em Ciências Contábeis e com a aptidão para os números de quem já passou pelo Paraná Banco (banco do grupo JMalucelli nível 1 pelo ranking BM&F Bovespa que reúne empresas com práticas de governança corporativa diferenciadas) e pelas empresas de seguro, Georgete é também uma mulher de astral lá em cima, e simples em sua essência, a ponto de resistir retirar o crachá para fazermos sua foto. “Acho meu crachá tão lindo”, brinca ela.

Geo, como é chamada pelos seus, não veio sozinha a Maringá. Junto dela, Mariana Malucelli, acionista do grupo, assumiram a direção da TV Band Maringá. Formada em administração com ênfase em marketing, Mariana também teve a experiência de passar

por diversas empresas do Grupo JMalucelli, sendo atualmente também diretora do Instituto Joel Malucelli, que nasceu para gerenciar todas as ações na área de responsabilidade social das empresas do grupo.

Georgete também acumula um cargo ativo no grupo em Curitiba, onde trabalha para praticamente todas as empresas do grupo através de um Centro de Serviços Compartilhados que presta assessoria e serviços de finanças exclusivos para as empresas JMalucelli.

Para assumir a direção geral da TV Band Maringá, tanto Georgete quanto Mariana têm a desafiadora rotina de morar uma semana em Maringá e outra semana em Curitiba, ambas com família em Curitiba, Mariana inclusive com duas filhas pequenas, de 6 e 9 anos.

A renúncia e o sacrifício (atributos tão típicos da alma feminina), concedeu a ambas, no curto intervalo de 1 ano e meio, o mérito de transformar internamente toda a cultura organizacional da TV Band Maringá enquanto empresa, e externamente toda programação transmitida pela emissora para 79 municípios e quase 400 mil residências que alcança sua cobertura no norte do Paraná.

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TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTO JOÃO PAULO SANTOS

UMA NOVA BAND

Surfando na onda da Band Nacional que tem renovado sua programação trazendo uma ênfase muito interessante para o esporte – através da Fórmula 1, Campeonato Carioca, Campeonato da Série B, etc. – Georgete e Mariana investiram pesado na programação local da TV Band Maringá com o objetivo de se aproximar da comunidade e oferecer um entretenimento inédito. “Dentre as ações que nos orgulhamos está a renovação de toda a programação da tarde, antes voltada para um universo exclusivamente feminino, hoje o Programa Tarde na Band é mais democrático em seus conteúdos, porque entendemos que também existem homens em casa nesse período”,

Bender e

da TV

responsáveis pelo olhar feminino que transformou a emissora no último ano, colocando a Band local como a maior programação da região

explica Georgete.

Outro grande diferencial da TV Band Maringá está no seu jornalismo. Única da região com 5 programas locais diários, ela se tornou a maior cobertura jornalística de TV local, através dos programas Beija Flor na TV, Band Cidade, Brasil Urgente, Bora Maringá e Paraná Notícias.

E para quem acha que nesse mundão digital não tem espaço para a TV, Mariana é muito taxativa e sóbria ao explicar que novos meios de entretenimento sempre vão surgir, mas um não anula o outro. “Assim como no passado falaram que a TV iria levar a extinção do rádio e este ano o rádio completou 100 anos no Brasil, a TV nunca vai deixar de existir, o que precisamos fazer é nos adaptar para oferecer o tipo de entretenimento que nosso público local busca”, explica.

Além disso, a Band Maringá surfa muito legal na onda do digital, transmitindo 100% de sua programação local em seu canal no YouTube e com uma expressiva presença digital, inclusive integrando ao seu time de apresentadores o digital influencer Fabio Guillen, a jornalista Vanessa Bellei entre outras celebs locais. Mariana se preocupa em sempre colocar o conteúdo da TV na internet e acompanhar esta evolução.

E assim vemos que o olhar feminino foi fundamental na virada de jogo da Band Maringá. Juntas, elas fazem a emissora de TV com a maior programação da região. Vida longa à Band Maringá e vida longa às diretoras!

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Georgete Mariana Malucelli, diretoras Band Maringá, são

Make & Hair

Fotografia Elas vestem

Acessórios

Sofá

Carão

Ficha técnica da capa

@aembeauty

@eliandrocorrear

@aklostore

@aklo_acessorios

@meucentury

@magda_egoroff

@tatiegoroff

@sophiaegoroff.art

Clã

Detalhe de peças do acervo de Magda, relíquias de família cheias de valor afetivo

Egoroff

Sabe aquela cena emblemática de abertura do filme Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany’s) em que o táxi que conduz a atriz Audrey Hepburn estaciona em frente a uma loja Tiffany para que esta possa seguir caminhando para sua casa após apreciar as belíssimas vitrines? Sim, esta cena provou há mais de 60 anos que classe e autenticidade sobrevivem ao tempo.

Classe não é aparência, classe é qualidade, não é o que se veste, é o que vem de dentro e, de alguma forma, transborda... Quem conhece Magda Egoroff sabe que tal definição é personificada nela. Dona de uma postura ímpar, um sorriso generoso, um abraço sempre presente e uma comunicação extremamente polida, Magda alçou o posto de referência na cidade quando o tema é moda.

Proprietária da boutique Aklo, engana-se quem pensa que a moda foi a porta de entrada para a elegância na vida e cotidiano de Magda. O gosto apurado e olhar criterioso

começou através do universo da decoração, uma aptidão herdada de sua mãe, Maria Cleo, que inclusive teve a primeira loja de decoração de Maringá, a Aklo Presentes. Impecável em sua conduta, amante de arte, bordados, mesa posta e jardins floridos, Manê – como é carinhosamente chamada por seus netos – é até hoje um farol para toda sua família, um berço onde o bom-gosto e a sensibilidade para o belo desperta em cada um de forma extremamente particular e único.

Na capa desta edição da WIT, uma edição marcada pela feminilidade de março, o mês da mulher, reunimos três dos frutos de Manê: a filha Magda e as netas Tati e Sophia. Em um ensaio fashion pra lá de descontraído, clicado pelo fotógrafo Eliandro Correa e banhado por uma torrencial chuva (de bênçãos) em uma noite de sexta-feira, eternizamos na capa três semblantes que revelam uma profundidade de vivências e experiências que não caberão nos escassos caracteres desta reportagem.

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TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTOS ELIANDRO CORREA / JOÃO PAULO SANTOS / ACERVO TATI EGOROFF
MATÉRIA DE CAPA

Magda contempla o Parque do Ingá da janela de seu apartamento em uma manhã de quinta-feira

MAGDA

Magda tinha 16 anos quando ingressou na faculdade de Direito e 17 anos quando casou-se na capela de Nossa Senhora do Brasil, a mais concorrida de São Paulo, trajando um autêntico Clodovil, um vestido absolutamente deslumbrante em sua simplicidade. Desprovido de pedras ou de rendas, a peça é guardada como tesouro por Magda até hoje. Para mim, uma grande evidência de que muito jovem já sabia, sim senhor, o que é bom e o que prevalece. “Eu só posso oferecer o melhor dentro do meu ofício se eu conhecer o que é bom”, declara Magda.

Por ocasião de seu casamento, ela mudou-se para Portugal onde continuou seus estudos em Direito na cidade de Coimbra. Um ano depois, deixou o curso para dedicar-se à maternidade. Nascia Tatiana, sua primeira filha. Foram 3 anos desta primeira estada em terras lusitanas. O retorno para o Brasil foi marcado pelo nascimento da segunda filha, Sophia, e pelo despertar de um dom que ela não conhecia: o do comércio.

Neste retorno ao Brasil, Magda desembarcou em Maringá, de onde havia saído aos 10 anos de idade, junto da família, para morar em São Paulo. De volta à terra natal, Magda foi trabalhar na loja da mãe, Aklo Presentes, onde descobriu que sua verdadeira vocação é o atendimento ao público. Ela ficou por aqui apenas 1 ano e 10 meses e voltou para Portugal, permanecendo por mais 7 anos, onde deu à luz seu terceiro filho, Rafael, hoje um médico cirurgião torácico, e onde finalmente iniciou o ofício que carregou por toda vida: vestir pessoas com elegância.

De onde veio esse impulso para empreender com moda, ela não sabe. Talvez tenha somado sua aptidão para o vestirbem com a recém descoberta aptidão para se relacionar com

Nesta página, de cima para baixo: Magda tomando um café no living de seu apartamento; com seus três filhos; com sua mãe, Maria Cléo; e um dos símbolos, de fé que conserva em sua casa. “Jesus é minha bússola”, declara.

o público. O fato é que seu início foi marcado por 50 dólares para comprar tecido em uma feira de Portugal, quando noções de medida eram completamente desconhecidas por ela, uma história publicada em vídeo em seu instagram, @aklostore, que vale a pena assistir. “Tudo o que eu tinha era uma costureira e um desejo imenso de criar modelos para vender para as amigas”, relata.

Lá em Portugal as peças eram sob medida, no Brasil, nunca chegou a trabalhar nessa modalidade. Ela abriu seu CNPJ em 1992 para vender vestidos em casa, com um atendimento per-so-na-li-za-do, o mesmo que oferece até hoje na loja que recebeu o endereço da Av. Cerro Azul 468, em 1997 e lá permanece até hoje. “Quando uma amiga diz que precisa de um vestido pra uma ocasião e que vai trazer seus acessórios pra eu ajudar a compor o look, eu falo ‘traga tudo o que você tem!’, eu simplesmente adoro vestir e produzir outras mulheres”, fala animada. Lembrando que sua irmã, Ligia Egoroff, tem uma linha de acessórios chamada Aklo Acessórios na mesma loja de Magda.

Com avós maternos gregos e avós paternos russos em sua árvore genealógica, Magda acredita que o dom comercial corre em suas veias. Sua ascendência é marcada também pela força de Maria Cleo, que foi sozinha para São Paulo levando consigo 5 filhos, para administrar suas fazendas, negociar soja e gado, sem fechar a loja de Maringá, a qual gerenciava à distância em uma época em que o termo “internet” não estava presente nem mesmo na ficção científica. “Meu maior exemplo é minha mãe, ela é a mulher mais otimista, forte e sábia que eu conheço”.

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MATÉRIA DE CAPA

TATI

A primogênita de Magda, Tati Egoroff, sente que o olhar sensível para apreciar o belo vem de gerações. A avó Manê sempre teve bom-gosto nato para as nuances da vida, e transferiu isso impecavelmente. Magda, mãe de Tati, usou esses ensinamentos na área da moda e trouxe esse universo para a vida das filhas. Tal qual sua mãe, Tati canalizou todo essa sensibilidade para o universo da moda, se tornando uma pesquisadora incansável sobre o universo fashion, inclusive colaborando diversas vezes para a WIT na produção de conteúdos sobre tendências.

Não poderia ser diferente, afinal, em sua tenra infância em Portugal, onde viveu até os 10 anos, seu playground era no ateliê da mãe. “Eu amava brincar de vestir minhas barbies com os retalhos que eu conseguia pegar no ateliê, onde eu passava horas criando e compondo”. Outra brincadeira favorita da pequena Tati era desenhar croquis copiando a punho os que ela encontrava nas revistas especializadas da mãe que, segundo seu relato, eram centenas, uma verdadeira biblioteca de magazines.

Diferentemente do que muitos podem pensar, Tati Egoroff, em seu jeito impecável de ser, é, além de tudo, muito humana. Tati sempre encarou seus trabalhos com a moda de forma profunda e artística, como se fossem roteiros de filme, e ela, várias personagens ao longo dos diferentes trabalhos que realizou, sendo sempre sinônimo de diversão e uma forma de externar sua criatividade. Esse olhar se estende também para a vida, onde ela busca trazer um pouco de mágica para seu cotidiano através de pequenos detalhes, como uma boa música, acender uma vela e estar perto de quem ama.

Hoje com 40 anos de idade, Tati acredita ter alcançado uma das melhores fases da sua vida, um estado de plenitude mental que somente a experiência poderia ter ensinado. “A Tati de 40 anos pode não ter mais tanto colágeno na pele, mas eu jamais trocaria a Tati de 40 pela Tati de 30 ou de 20, estou muito mais leve e pronta para fazer escolhas fiéis à minha essência”.

Valorizar e amar sua própria essência é, em outras palavras, valorizar e amar a própria singularidade, aquilo que você tem e ninguém mais. “O mundo está vivendo em um momento de grande paradoxo, porque todo mundo diz que você tem que ser você mesmo, e ao mesmo tempo apresenta através das redes digitais realidades artificiais que são aplaudidas por todos”, declara sabiamente Tatiana.

E na moda, como respeitamos a própria essência e singularidade? Para Tati, neste mundo marcado pelo consumismo extremo, o que faz sentido para ela é mirar em mulheres ícones de todos os tempos, como Jac Onassis, Sophia Loren, Lady Di, Audrey Hepburn… “Tudo o que elas vestiram, nunca saiu de moda”.

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SOPHIA

No mundo de Sophia (perdoe o trocadilho), a expressão do belo ganhou outra forma: as artes plásticas. Ela não lembra, mas sua mãe conta que aos 2 anos já gostava muito de desenhar. Do trio, ela com certeza é a que conserva uma personalidade mais introspectiva, “mais na minha”, como ela mesma descreve. “Durante minha vida toda usei a arte para exteriorizar que eu não conseguia pôr em palavras”.

Se a arte de Tati é uma explosão para fora, a da Sophia é uma explosão que vem de dentro. Ela curte mesmo colocar seus fones de ouvido e passar horas pintando, criando e idealizando um mundo a parte na superfície do papel ou da tela.

A aptidão pelo desenho a levou a cursar arquitetura, profissão que exerceu durante 9 anos, quando rolou a tal crise dos 30. “A arquitetura exige senso estético, de espacialidade e muita técnica, mas a realidade entre computador e obra começou a me incomodar, eu sentia falta do processo orgânico da pintura”, explica. A oportunidade de viver exclusivamente da sua arte aconteceu por obra do destino…

Certo dia decidiu pintar uma grande árvore na parede do quarto dos seus filhos e postou no instagram. Logo uma amiga pediu para que ela pintasse um grande balão no quarto da sua

filha. Seus murais ganharam grande repercussão e logo surgiram diversos pedidos de encomendas. Seu portfólio pode ser conferido no Instagram @arterya.art

Hoje, além dos famosos murais, Sophia também ensina pintura em tela no seu ateliê Art Lab, e cursa Terapia Artística Antroposófica em Santa Catarina, um método que usa a arte como medicina. “Durante toda minha vida a arte me curou, por isso tive desejo de fazer esta especialização que é fantástica, onde aplico técnicas artísticas para ajudar as pessoas a se realinharem internamente, porque a arte entra no nosso inconsciente pela porta dos fundos, atuando diretamente no ponto a ser equilibrado”, explica entusiasmada.

Ao sermos recebidos em sua casa para a entrevista e fotos que ilustram essa matéria, encontramos pinturas em tinta acrílica, aquarela e até mesmo nanquim. Três elementos são predominantes em suas criações: o corpo feminino, os animais e as plantas, que se traduzem em uma coisa só: a natureza, muitas vezes alinhada à geometria sagrada, tão presente no mundo ao nosso redor. “Meu maior objetivo com a arte é trazer harmonia para a vida das pessoas”.

Ao final dessa jornada de entrevistas com as Egoroffs, percebo que não é apenas na arte e no belo que mãe e filhas são unas. Todas elas são movidas por uma intensidade muito grande de emoções, de pensamentos, de alegrias e também de tristezas. Ver o mundo sob uma ótica mais sensível acaba trazendo uma intensidade de vivências que, para o lado negativo, detalhes podem se transformar em grandes enredos, conferindo um tom dramático e até difícil em certas situações. “Vivemos com muita intensidade, mas o ônus não apaga o bônus, gostamos de ser assim e não trocamos de forma alguma”, conclui Tati.

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MATÉRIA DE CAPA

MULHERES DE DIREITO

Composto essencialmente por mulheres, o time de ADVOGADAS do escritório Sleder, Marcussu & Advogados Associados são as grandes responsáveis pelo selo GPTW conquistado pelo escritório. Especialistas em Advocacia Empresarial e diversas outras áreas do direito, este esquadrão é liderado por Rosângela Sleder, advogada que incentiva todo seu time a compartilhar seus talentos através de comissões internas voltadas para ações sociais, ambientais e culturais.

Da esquerda para a direita: Maria Beatriz Colafatti, Andressa Borges, Rita Schimitz, Carolina Lopes, Gabriela Sberse, Rosangela Sleder, Michelle Sleder, Luana Tavares e Nathalya Torquato. Foto por Eliandro Correa. Mobiliário INNA Interiores.

WIT | PERFIL EMPRESARIAL

O CAMINHO PARA

ASPEN

A pequena cidade de Aspen, localizada no Estado do Colorado, Estados Unidos, é muitas vezes considerada um resort, tamanha sua fama mundial, que se estende para muito além daqueles que são amantes de esportes de inverno. Destino cativo das celebridades, Aspen é formada por 4 montanhas próprias para prática de esqui e snowboard, e contém uma gama crivada de restaurantes e boutiques sofisticadas. Todavia, não foi o glamour de Aspen o fator determinante para que Silvinho, Vanessa e seu filho Joaquim escolhessem tal roteiro para suas férias de verão.

Como toda viagem em família, o maior desafio é encontrar um destino e uma programação que atenda aos gostos particulares de cada integrante ou, noutros termos, que agrade gregos e troianos. Na expectativa da primeira viagem internacional em família após anos de “molho” em virtude da pandemia, o desafio era conciliar o desejo de Vanessa de visitar a Las Vegas Market, maior feira do mundo de tendências e lançamentos do mercado de colchões; o desejo

de Silvinho de colocar um jeep em trilhas de aventura; e o sonho de Joaquim de ver neve pela primeira vez.

Após meses de um planejamento meticuloso e de uma organização virginiana de Vanessa Ferraz (sim, com direito a planilha do excel e tudo), a família decidiu que as férias de verão 2023 seriam no frio inverno do hemisfério norte. Eles desembarcaram em Las Vegas e mergulharam em uma viagem de 2.700 milhas (mais de 4 mil quilômetros) pelo deserto oeste americano, passando pelos Estados de Nevada, Utah, Arizona e Colorado até chegar ao destino final em Aspen, uma viagem que totalizou 14 dias.

FASE UM: LAS VEGAS

O desembarque da família em Las Vegas foi estratégico. Além de Vanessa usar suas férias para se atualizar com as novidades apresentadas na Las Vegas Market, foi lá que eles compraram roupas de inverno e equipamentos de snowboard para logo mais enfrentar o frio muito mais rigoroso de Aspen.

WIT | TURISMO

A maioria das pessoas que desembarcam em Aspen, um dos mais badalados destinos do mundo para prática de esqui e esportes de inverno, chegam por via aérea em alguns dos aeroportos que servem a região… Não é o caso de Silvinho Iwata e Vanessa Ferraz, que decidiram cruzar o deserto americano de Jeep, em uma jornada que durou 14 dias e cujo relato completo foi dado com exclusividade para a WIT

Silvinho Iwata posa com prancha de Snowboard em Aspen, o top destino no mundo para amantes de esportes de inverno

TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTOS ACERVO SILVINHO IWATA

Na imagem principal: Silvinho, Vanessa e Joaquim no Antelope Canyon, cenário real do famoso Wallpaper do Windows 7. Na sequência, de cima para baixo: a família em Kanab, Utah, na formação rochosa conhecida como The Wave; registros da família nas trilhas do Zion National Park, em Utah; Silvinho em Ford Bronco nas trilhas de Moab.

Foi uma escolha muito acertada, haja visto que em Aspen os preços são astronômicos e, segundo eles, é raríssimo encontrar aluguel de itens que não sejam essencialmente esportivos. “Você encontra bota, prancha e capacete para alugar em Aspen, todo o restante como blusa, calça térmica e óculos tem que levar”, explica Vanessa.

A estada deles em Las Vegas foi de 4 dias, tempo suficiente para as compras, para um passeio pela face oeste do Grand Canyon, para curtir um show de Bruno Mars, do mágico David Copperfield e para alugar o Jeep que os faria prosseguir na viagem. Dica: dificilmente você encontrará um carro off-road disponível para aluguel nas tradicionais redes de rent-a-car presentes em aeroportos, a solução encontrada por Silvinho foi utilizar o aplicativo Turo, uma rede de compartilhamento de carros que te permite alugar diretamente do proprietário. A desvantagem é que, ao final da jornada, eles tiveram que fazer todo o percurso de volta para devolver o carro novamente para o dono, em Las Vegas, ao invés de voltar ao Brasil pelo aeroporto de Denver.

FASE DOIS: KANAB

Apenas uma hora e meia de carro separa Las Vegas, a cidade da vida noturna vibrante, do Estado de Utah, inteiramente colonizado pelos ortodoxos membros de

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecidos como Mórmons.

A religião é tão presente na cultura

de Utah que as bebidas alcoólicas são comercializadas pelo próprio governo, em “vendas” anexas aos postos policiais. O Estado de Utah, porém, conserva em sua natureza desértica paisagens tão magníficas que se tornou unânime entre a família Iwata como um destino que merece ser revisitado.

A primeira parada do grupo foi em Kanab, uma cidade localizada no Condado de Kane, Utah. A região é tão exótica em sua aparência, tão surreal em suas formações rochosas vermelhas – cujas formas se assemelham ao movimento das ondas do mar – que o local ganhou fama mundialmente através de uma conhecida tela de descanso do sistema operacional Windows. Apesar da fama global, as informações turísticas para quem quer visitar Kanab são extremamente raras na internet, e praticamente inexistentes em português. “Eu passei meses lendo blogs de nativos e passei a seguir diversos perfis de influenciadores de trilha no Estado de Utah”, relata Vanessa.

Em suas pesquisas, Vanessa encontrou diversas agências de turismo locais que organizam a visita a estes monumentos naturais. Na verdade, é indispensável que o grupo esteja assessorado por uma agência, pois as leis ambientais locais permitem um número extremamente reduzido de visitantes por dia nesses parques: 10 pessoas em The Wave e 20 pessoas no Peek-a-boo slot Canyon. Outro detalhe crucial: a seleção das pessoas que vão visitar estes monumentos é feita através de sorteio e, sim, pode rolar de

você não ser sorteado.

No caso da família Iwata, a sorte não estava a seu favor para conhecerem The Wave, porém foram selecionados para visitar o Peek-a-boo slot Canyon o que, segundo eles, veio muito a calhar, já que a trilha de 5 km foi suficientemente cansativa (a trilha para The Wave teria sido de 20 km).

O fato de ser inverno também colaborou para que eles conseguissem ser sorteados logo no primeiro dia da estada em Kanab, porque o turismo dessa região é efervescente mesmo durante o verão do hemisfério norte. Tanto é que uma simples nevasca poderia fechar o parque nacional e cancelar os planos da família. Além disso, muitas “amenities” como o aluguel de UTV (uma espécie de quadriciclo) é simplesmente fechado durante o inverno, conforme eles perceberam ao chegar lá..

O Peek-a-boo slot Canyon, como o próprio nome sugere, é formado por estreitas fendas entre montanhas de arenito, que se esfarelam ao menor toque das mãos. As fotos parecem claustrofóbicas, mas eles juram que pessoalmente não há nada de opressor, ao contrário, é mágico. Após uma manhã de fotos dignas de bancos de imagens, eles seguiram de Jeep para o Zion Park, onde passaram a tarde.

O Zion Park é outro parque nacional, de dimensões astronômicas, onde é possível acessar de carro e passar por uma rede infinita e caótica de estradas e trilhas não asfaltadas. “Onde quer que você olhe, onde

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quer que você pare, tudo neste parque é muito lindo. Muitas pessoas vão para lá acampar e fazer trilhas, algumas são possíveis fazer em horas, outras de dias, e tem trilhas que levam meses para atravessar; e no verão também é possível praticar Rafting em um rio que corta a região”, diz Silvinho.

Ao todo foram 3 dias e duas noites em Kanab, de onde partiram rumo a Moab, passando por Page, onde visitaram o Antelope Canyon e fizeram a famosa Trilha do Índio, onde foi capturada a imagem do famoso wallpaper do Windows. Também em Page, pararam no meio da rodovia para uma foto do OljatoMonument Valley, montanhas que se tornaram famosas devido a uma cena do filme Forest Gump em que o protagonista corre no meio da estrada.

Sobre as estradas dos Estados Unidos, vale uma nota:

Nesta página, Silvinho e Vanessa curtindo Aspen, EUA. Registro importante: o casal no concorrido restaurante francês French Alpine Bistro, onde a reserva feita por telefone via secretária eletrônica garantiu o jantar mais romântico da viagem.

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Silvinho relata que, além de serem impecáveis e com pouquíssimas curvas, a velocidade permitida de 80 milhas por hora (aproximadamente 130 km/h) torna possível cruzar 400km em apenas 3 horas.

FASE TRÊS: MOAB

Moab, outra cidade do Estado de Utah, foi colocada na rota da família Iwata por um motivo: por estar no ranking das “Best Off-Road Trails” (melhores trilhas off-road) do mundo. Lá, eles tiveram que alugar outro Jeep para esta aventura, porque o Jeep alugado em Las Vegas não possuía seguro para trilhas off-road. E não vale trapacear, pois o carro deles era rastreado pela Apple AirTag, um rastreador de precisão milimétrica.

Silvinho relata que o proprietário do Jeep alugado em Moab emprestou um livro que é uma espécie de almanaque com mais de 500 páginas com centenas de rotas de trilhas locais. Este livro se tornou um “gadget” indispensável, já que nem mesmo o Google Maps funciona naquelas regiões isoladas do deserto. “E se acontecesse algum acidente, como chama ajuda?”, pergunto. “Cara, só vai”, responde Silvinho, que claramente gosta de conservar um pensamento otimista sobre todas as coisas.

O fato é que eles tiveram a prudência de encarar as trilhas de nível iniciante, ainda assim, ao ver os vídeos do carro a centímetros de abismos e desfiladeiros, nos faz questionar qual o grau de dificuldade das trilhas de nível avançado.

A estada em Moab foi de apenas uma noite. Os planos iniciais de visitar os Parques Nacionais dos Arcos e Canyonlands, onde existem diversos arcos de formação natural, ficaram para trás e eles pegaram a estrada mais cedo rumo a Aspen. “Nós, porém, queremos voltar, estamos apaixonados pelo Estado de Utah”, declara Vanessa.

FASE QUATRO: ASPEN

Já no caminho para Aspen é possível ver a paisagem ir aos poucos se convertendo de vermelho para branco. Eles chegaram por volta de 11h da manhã, estacionaram o carro no centrinho e logo foram almoçar. Em Aspen não existem redes de fast food como McDonald’s e IHOP (aquela que serve panquecas 24 horas e é especializada em café da manhã americano), os

restaurantes são todos “grifados” por assim dizer, e carecem de reserva antecipada, principalmente para o jantar e, neste momento, ter o grau de organização de Vanessa Ferraz pode fazer toda a diferença.

Ainda em Moab ela acessou o opentable.com, maior site americano para reserva de mesas em restaurantes. No site, porém, todos os restaurantes de Aspen apareciam como esgotados. Persistente como só ela, através do telefone fixo do hotel ela ligou para vários restaurantes, e todos eles caíam diretamente na secretária eletrônica, que a convidava para deixar um recado. Após esse padrão se repetir algumas vezes, Vanessa resolveu deixar o tal recado, em inglês obviamente, pedindo uma reserva e soletrando seu e-mail. Pasme: TODOS os restaurantes enviaram e-mail, e por e-mail ela fechou todas as suas reservas. Primeiro mundo né gente! Onde tudo funciona sem WhatsApp.

Um dos restaurantes mais concorridos no qual eles jantaram foi o French Alpine Bistro, um restaurante de gastronomia francesa pequeno em tamanho, gigante em prestígio. Se o French Alpine Bistro é a opção mais romântica para um jantar a dois, o melhor chocolate quente da cidade está na Paradise Bakery & Cafe. Na verdade, Aspen é isso, um pequeno conglomerado de lojas de grifes internacionais e um acesso muito facilitado às 4 montanhas que compõem as áreas esquiáveis. Para traçar um comparativo: diferente do Valle Nevado no Chile onde um transfer leva mais de uma hora para nos levar até as montanhas de esqui, em Aspen as montanhas estão “na cara do gol” literalmente, como é o caso da Aspen Mountain, que fica no centro da cidade. Outras opções de estações de esqui são Buttermilk, muito indicada para iniciantes ou para família; Snowmass, cuja área esquiável é gigante, maior do que a soma das outras três montanhas; e Aspen Highlands, localizado na Highland Peak e Loge Peak ao norte de Aspen. Ao todo foram 4 dias em Aspen, onde a predileção da família Iwata foi pela estação Buttermilk, onde contrataram aula de snowboard para o Joaquim.

Os melhores meses para visitar Aspen são dezembro, janeiro e fevereiro. Se você quiser mergulhar nessa aventura pelas montanhas de Colorado, não se esqueça de reservar seu hotel com bastante antecedência, as opções são grandes, mas também concorridíssimas.

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WIT | TURISMO

AGELESS Sem tempo para envelhecer

Juliane Guzzoni reúne Andrea Tel, Lorena Nazário e Sula Culti para um chá da tarde na casa de Sula, onde jogaram na roda um tema muito recente: ageless, a arte de amadurecer sem estereótipos, mantendo a vitalidade e autoestima sempre em dia

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TEXTO JULIANE GUZZONI FOTOS JOÃO PAULO SANTOS

O que aproxima um grupo de mulheres?

O que existe de comum entre elas?

O que move uma mulher que não olha para o tempo que passa? Ele passa, mas afinal, como o tempo passa pra ela?

Já faz tempo que entendemos – e se não entendemos estamos atrasados – que não é mais possível colocar a mulher numa caixinha, ou defini-la por um rótulo. Se tem algo que a mulher tem como identidade é a capacidade de se renovar, de se reconstruir. “REINVENTAR-SE” é a expressão e a escolha que mais se aplica.

A reinvenção e o prazer em redescobrir-se foram os temas que colocamos na mesa, num encontro prá lá de descontraído, que reuniu mulheres que já chegaram ou que se aproximam da chamada “meia idade”, quando se está ao redor dos 50 anos, uma fase em que elas têm se mostrado bem resolvidas, economicamente ativas e muito seletivas em suas escolhas. Um cenário bem diferente do que se viu especialmente na primeira metade do século XX, quando o papel feminino praticamente se restringia aos cuidados com a casa, os filhos e a família. Estereótipos que nas últimas décadas foram nocauteados.

Um café da tarde virou um banquete de experiências reveladas por mulheres que têm muita história para contar e continuam escrevendo o roteiro dos próximos capítulos e cheias de inspiração.

Quarenta anos atrás, uma mulher de 50 era uma ‘senhorinha’, uma vovó e algumas não viviam muito além disso. Não é exagero afirmar que os 50 de hoje, para muitas, é apenas o começo de um novo ciclo e um ciclo muito produtivo.

Tem sido assim com a Andrea Tel, que aos 52 anos é reconhecida como uma influenciadora de estilo de vida saudável. Casada desde os 17 anos, foi mãe muito jovem e escolheu se dedicar à casa e à família em tempo integral. Ao ver os filhos crescidos saírem de casa, ainda olhando para a família, ela ampliou o campo de visão. Quando soube que seria avó, aos 49, e em meio à pandemia da Covid-19, ela foi para a máquina de costura, de onde saiu boa parte do enxoval do primeiro neto. A partir dali começou a fazer cursos, produzir peças para casa e se especializou em “mesa posta”. A casa e a família mais uma vez em evidência fizeram dela uma empreendedora. Ela conta que montou uma loja online e vendeu muito naquele período em que as famílias praticamente não saiam de casa. Foi neste mesmo período que passou a usar as redes sociais para falar de uma outra paixão que sempre esteve muito presente em seu dia a dia: os cuidados com a

saúde. Andréa é uma atleta, seja na academia, nas corridas, numa quadra de areia, ela está sempre em movimento, o que justifica o corpo saudável e na medida certa. Com essa presença no mundo digital, não demorou para virar uma inspiração para outras pessoas. Foi assim que nasceu a @angelfitness, o perfil onde compartilha seus hábitos de saúde, bem-estar e os treinos diários que incentivam outras mulheres a entrarem na linha.

“A saúde e os cuidados fzeram de mim uma avó presente e cheia de vida. Eu não me preocupo com a idade, não fco olhando no espelho e procurando procedimento estético. Meu foco é a saúde e o bem-estar”.

E é exatamente isso que tem feito muita gente acompanhar a rotina dela e tê-la como exemplo de vitalidade, alegria e disposição. Atributos que não faltam para a anfitriã deste encontro. Sula Culti, que abriu as portas da sua casa para essa conversa. Ela é proprietária de uma das lojas mais antigas de Maringá, a Dida Su. Dona de uma elegância ímpar, aos 68 anos ela lembra que ainda jovem, quando os amigos estavam indo para a faculdade, ela já queria empreender. “Eu queria ir para o comércio”, diz ainda com empolgação. “Como minha mãe costurava, eu sempre tive um olhar voltado para a estética e sempre tive paixão pela moda”. Aos 24 anos ela abriu a primeira loja, junto com a mãe, uma boutique com atelier onde também faziam roupas sob medida para que a cliente pudesse ser atendida da melhor maneira em suas necessidades. A loja que este ano completa 45 anos passou por várias mudanças e se mantém atual. O segredo? “Eu sempre fiz tudo com muito amor”, destaca.

Estar cercada de pessoas para uma boa conversa, e de alegria para compartilhar a vida é uma das paixões de Sula Culti, que este ano completa 69 e se prepara para os 70, em 2024. “Se Deus me der vida, vamos ter festa! Eu adoro comemorar aniversário, a idade não me incomoda nem um pouco”. Sula representa bem as mulheres que passaram dos 60 e não apenas não se veem na terceira idade como estão completamente fora do “estereótipo” da chamada pessoa idosa. Ela continua fazendo planos, repensando a loja e com um olhar cada vez mais apurado.

“Eu acho bonito envelhecer. A história fca marcada no nosso rosto. Às vezes me olho

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no espelho e vejo que meu corpo mudou, mas isso não me incomoda, nem um pouco”. (Sula Culti)

Mais uma xícara de chá, outra fatia de bolo e um novo assunto. O enredo naquela mesa, cheia de histórias, memórias e tantas lições, instiga o olhar daquela que ainda ronda os 50. Prestes a completar 42 anos, atenta aos detalhes daquela conversa, a consultora de Branding e gestão de marcas, Lorena Nazário se encanta com os relatos. “Não parece que temos idades diferentes”. Esta foi uma das grandes lições compartilhadas naquela tarde. Para a mulher em movimento, aquela que faz planos, que tem sempre um novo projeto, o tempo é mesmo abstrato, não depende dos dias ou das horas que correm. Pode ser um marcador, um cronômetro, mas já não define quem somos, porque cada vez mais a ideia de que “podemos ser o que quisermos ser em qualquer tempo ou lugar” faz sentido. Claro que tudo depende de como nos

propomos a construir nossos projetos. Embora afirme que não se preocupa com o passar dos anos ou a contagem do tempo, Lorena diz que chegou muito feliz aos 40 anos. “O que mais mudou foi que passei a me respeitar mais, hoje reconheço meus limites e sou muito seletiva principalmente ao escolher como vou gastar o meu tempo que é o nosso bem mais precioso. E me sinto muito bem preparada para chegar aos 50. Estou me cuidando para chegar com a cabeça boa, corpo saudável e mente sã”.

É fato que a medicina e a ciência voltada para vitalidade trouxeram grandes contribuições, não apenas para a longevidade como também para a estética. A verdade é que para a mulher, em sua plenitude, os cuidados com a saúde são prioridade e, muitas vezes, mais ainda do que a estética.

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“Sabemos que temos mais longevidade e eu quero chegar aos 70, 80, bem-disposta e cuidada, mas sem excessos. Eu sou

vaidosa e me cuido para fcar bem e envelhecer bem”. (Lorena Nazário)

Se a Andrea é uma referência quando se fala em estilo de vida saudável, aquela mulher que não abre mão do esporte, do cuidado com a saúde do corpo e da mente, e procura levar essa mensagem a outras mulheres, a Sula também teve seu momento “atleta”. “Quando eu fiz 60 anos comecei a treinar corrida, cheguei a correr os 10K da Prova Rústica Tiradentes em Maringá. Achei que não era possível, mas consegui, foi incrível”. Hoje ela segue com as caminhadas diárias. A Lorena percorre o mesmo caminho, não abre mão de atividade física e como o envelhecimento afeta não apenas o corpo ou a aparência, ela tem a preocupação de estar sempre aprendendo, nesse sentido a profissão tem sido uma aliada. “Eu trabalho com empresas de vários setores, preciso me desenvolver todos os dias e isso me mantém ativa e saudável”. Os 40, para muitas mulheres, especialmente as que são mães, representam um

período de maior estabilidade emocional e profissional. Em geral é uma fase muito ativa em que os filhos já não dão tanto trabalho. “Eu estou exatamente nesta fase. Consigo administrar os filhos, ter tempo de qualidade com meu marido e aproveitar bons momentos com amigos”, diz em tom de conquista. Apesar de considerar que está numa das melhores fases da vida, ela acredita que vai chegar ainda melhor aos 50. “Não fico fazendo planos, mas estou sempre me atualizando, adoro aprender e acho que estou no caminho certo”.

Juliane Guzzoni é jornalista e palestrante. Dedicou quase 30 anos à reportagem de TV. Aos 50 anos decidiu recomeçar, desenvolveu um método que ajuda a aprimorar a comunicação em todas as áreas da vida, principalmente a dinâmica de comunicação dentro das grandes empresas. Hoje realiza palestras, workshops e treinamentos em eventos e organizações.

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Da esq. para a dir.: Andrea Tel, Juliane Guzzoni, Sula Culti e Lorena Nazário, reunidas em uma tarde de quarta-feira para conversar sobre os caminhos do amadurecimento em suas vidas

A VIDA PEDE MOVIMENTO

Mercedes lança nova versão GT2

O novo Mercedes-AMG GT2 é o veículo de corrida homologado mais potente nos 12 anos de história do programa esportivo da marca para clientes, chamado de “Customer Racing”. O GT2 e complementará o portfólio com os já bem-sucedidos “GT3” e “GT4”. O novo modelo oferece o nível de segurança extremamente superior dos carros de corrida AMG além de novas tecnologias.

Honda New HR-V é eleito o Carro do Ano 2023

O Honda New HR-V conquistou o título de Carro do Ano 2023 pela revista Autoesporte, da Editora Globo. Desde seu lançamento, em 2015, o HR-V se tornou referência no segmento de SUVs e se consagrou como o modelo mais vendido da Honda Automóveis do Brasil.

Foto divulgação sala de imprensa Mercedes Benz Foto divulgação sala de imprensa Honda

Novos Audi RS 5 entram em pré-venda no Brasil

A Audi do Brasil anuncia a chegada ao país dos novos Audi RS 5 Competition Plus e RS 5 Competition Plus Track. Os modelos estão em pré-venda e estarão disponíveis aos clientes nas mais de 40 concessionárias da marca em todo o território nacional, em abril/2023.

Nissan Ariya e-4ORCE embarca na expedição mais radical do mundo

Um Nissan Ariya e-4ORCE especialmente modificado está sendo preparado para embarcar na primeira expedição elétrica já realizada no mundo para percorrer desde o Polo Norte magnético até o Polo Sul. A empresa Arctic Trucks, especialista em veículos para expedições polares, trabalhou em parceria com as equipes de engenharia e design da Nissan para preparar o Ariya para condições adervsas como campos de gelo, neve espessa, subidas de montanha e dunas no deserto. Para acompanhar a expedição, acesse thenissannext.com

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Foto divulgação Audi Media Center Foto divulgação Nissan News Brazil

MEDICINA

e visão de negócio

Cooperativismo, gestão e medicina. Três áreas que parecem tão distintas, mas que são uma constante na vida do médico radiologista doutor Lai Pon Meng, vice-presidente e Diretor Financeiro da Unimed Maringá. Em entrevista exclusiva para a WIT, ele fala sobre como a medicina, vinculada à sua visão de administração, foi catalisadora de oportunidades dentro de sua carreira

Enquanto médico, o senhor acumulou em sua carreira muitas funções e atribuições administrativas. Como a gestão passou a fazer parte da sua rotina diária na medicina?

[LM] Um dos fatores mais determinantes foi a minha participação no Conselho Fiscal da Unimed, um cargo eletivo para o qual fui eleito 5 vezes e 2 delas como coordenador. Neste período eu aprendi muito sobre a cooperativa e gestão.

[WIT] Foi em virtude dessa visão de gestão que o senhor foi sócio no Laboratório São Camilo?

[LM] A minha entrada no Grupo São Camilo foi uma oportunidade que veio por meio do seus sóciosfundadores, doutor Léo Ruggeri e doutor Sergio Piva, que tinham acabado de montar o departamento de diagnóstico por imagens. A trajetória de sucesso do grupo São Camilo deve-se a diversas transformações das quais pude participar ativamente na administração, que não se resume apenas a números, mas tem muito mais a ver com gestão de pessoas, gerenciamento dos recursos disponíveis, visão inovadora e empreendedorismo.

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WIT ENTREVISTA
TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTOS JOÃO PAULO SANTOS

Dr. Lai Pon Meng, vice-presidente e Diretor Financeiro da Unimed Maringá, o radiologista fala sobre como gestão e administração podem ter tudo a ver com medicina e saúde

[WIT] Da mesma forma, a Unimed para o senhor não é apenas uma experiência de trabalho médico, mas de gestão. Como a cooperativa entrou na sua vida?

[LM] A Unimed é muito importante para a maioria dos médicos maringaenses e entrar para a cooperativa era um processo natural. Sempre participei das assembleias e reuniões de comitê de especialidades. Quando fui eleito pela primeira vez para o Conselho Fiscal pude acompanhar de perto a gestão da cooperativa. Por isso tive interesse em fazer, além das minhas especializações na área da Medicina, cursos de gestão e liderança, um deles, MBA de Negócios em Saúde, pela faculdade Unimed. Foram formações importantes para a minha carreira e sinto que também pude agregar valor para a cooperativa, que sempre teve gestores médicos. É muito importante que a gestão de uma cooperativa médica seja feita por médicos que entendam não apenas de gestão, mas de toda a dinâmica de trabalho dos cooperados. Em resposta

a essa demanda, conseguimos aprovar na atual gestão que todos os candidatos à Diretoria Executiva devem possuir MBA ou pós-graduação em cursos de gestão financeira e administrativa, ligados à saúde, tal qual os cinco diretores atuais.

[WIT] Quais diferenciais o senhor consegue destacar, na atual gestão da Unimed, em ter uma cooperativa médica dirigida por gestores médicos?

[LM] Com certeza um dos maiores destaques foi a aprovação da construção do novo hospital próprio da Unimed, já em fase de obras, onde era o estacionamento do CIASU, na Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto. Atingir um grau de aprovação de 85% entre os médicos cooperados, de uma obra gigante, em plena pandemia, só foi possível graças a esta visão de pertencimento da qual comungam todos os nossos médicos cooperados. Há alguns anos estamos assistindo à entrada de capital externo de grandes conglomerados da saúde que

estão comprando laboratórios e clínicas de imagem, hospitais e até mesmo planos de saúde locais. Esse movimento nos levou a defender a criação de serviços próprios da Unimed, que chamamos de “Projeto de Verticalização”. Esse projeto prevê a criação de um hospital, laboratório de análises clínicas, centro de diagnóstico por imagem e rede de cuidados continuados, além do Pronto Atendimento e Centro de Oncologia, que já funcionam no CIASU, serviços próprios que oferecem o melhor atendimento e evitam desperdícios. Perceba que aqui estamos falando de estratégia de mercado e de cunho social importante, porque a Unimed Maringá gera riquezas que permanecem na região em um ciclo virtuoso. Hoje, temos 965 médicos cooperados, mais de 162 mil clientes e mais de mil colaboradores diretos. Toda essa riqueza produzida permanece na cidade.

[WIT] A verticalização da Unimed é um projeto recente?

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WIT ENTREVISTA

[LM] A Unimed é uma cooperativa, e o objetivo dela é gerar trabalho e segurança para o médico cooperado, oferecendo um serviço de qualidade para os clientes. A Unimed sempre prezou por investir em estruturas próprias que garantem controle maior dos processos, sempre com foco na excelência. É por isso que o CIASU tem certificado ONA 3, o mais elevado nível emitido por essa organização que atesta a qualidade de serviços de saúde no Brasil. O Centro de Oncologia próprio da Unimed é outro exemplo de serviço equipado com estrutura humanizada e nossos pacientes preferem ser tratados lá. Por tudo isso podemos dizer que a verticalização não é um projeto pontual, mas um processo natural de crescimento da nossa Unimed.

[WIT] Qual a sua visão para o futuro da Unimed em Maringá?

[LM] Em 2022, a Unimed completou 40 anos em Maringá, com muita solidez e comprometimento com seus clientes,

cooperados e colaboradores. O futuro da cooperativa se apresenta muito promissor, principalmente por causa dos serviços próprios que estamos agregando na verticalização. Ainda nesse semestre vamos inaugurar o nosso laboratório de análises clínicas e, antes mesmo do Hospital Regional da Bento Munhoz ficar pronto, em 2024, a cooperativa já tem, hoje, o Hospital Geral Unimed na Av. Carlos Correa Borges. Ou seja, em breve, teremos dois hospitais que juntos vão disponibilizar mais de 300 leitos para Maringá e região.

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Dr. Lai Pon Meng na Unimed Maringá, que faz parte do maior sistema de cooperativas médicas do mundo

DRº HASAN JUDA

DORES PASSADAS

PROCEDIMENTOS

• Bloqueios neuromusculares;

• Agulhamento seco;

• Infiltração.

TRATAMENTOS

• Artrose;

• Artrite;

• Fibromialgia;

• Osteoporose;

• Doenças da coluna, ombro, quadril e joelhos;

• Bursite;

• Tendinites;

• Enxaqueca;

• Dores nos pés.

A Especialidade em Dor é um campo muito recente da medicina moderna. Ela foi desenvolvida por profissionais que perceberam que alguns pacientes não encontravam tratamentos adequados para suas dores, pelo simples fato de que os médicos só conseguiam tratar a dor dentro de sua área de atuação específica.

Em função de algumas doenças não terem especialidades médicas específicas e alguns profissionais não terem a capacidade técnica de tratar vários tipos de dor em um mesmo paciente, foi desenvolvido a Especialidade em Dor, ou Medicina da Dor.

O melhor exemplo de um campo de atuação dessa especialidade é a Fibromialgia, um mal que antes era considerado como “território de ninguém”. Se a doença fosse desencadeada por

depressão ou transtornos psíquicos, se encaminhava ao psiquiatra. Se as causas fossem por problemas articulares, se encaminhava para um reumatologista.

O médico especialista em dor também pode trabalhar em equipes multidisciplinares, por exemplo: um endocrinologista que faz o tratamento de diabetes em certo paciente pode encaminhar para o médico especialista em dor para que este trate das dores causadas pela diabetes. O mesmo acontece no caso da tireóide e outras dezenas de patologias.

Qualquer paciente que sofra de dores crônicas (dores no mesmo local por mais de 2 ou 3 meses) pode procurar um Especialista em Dor, este fará o controle da dor e, se necessário, encaminhar para uma outra especialidade médica.

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Foto João Paulo Santos
CRM 16334 PR MÉDICO DA DOR REUMATOLOGISTA CLÍNICA MÉDICA RQE 23566 RQE 25884 RQE 20774 MEDICINA DA DOR
@drhasanjuda

CRM/PR 19056 | R.Q.E. 11635

A blefaroplastia é uma cirurgia plástica que consiste na retirada do excesso de pele das pálpebras inferiores e/ou superiores, podendo ou não ser acompanhada da retirada do excesso de gordura nas pálpebras. Por ser um procedimento considerado de baixa complexidade e de rápida recuperação do paciente, associado a uma evolução significativa na aparência “cansada” proporcionada pelo excesso de pele sobre os olhos, a blefaroplastia cresceu em popularidade no mundo todo, se tornando a cirurgia estética mais realizada no planeta.

Contudo, uma dúvida permanece: qual a melhor idade para se fazer a blefaroplastia? O doutor Gustavo Siqueira, médico oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, relata uma incidência muito grande de pacientes que levam esta dúvida para seu consultório. Ele explica: “não sou eu, médico, quem devo falar que é hora de fazer a blefaroplastia, o melhor conselheiro

Blefaroplastia: já é hora de fazer?

nessa hora é o espelho”. Em outras palavras, o doutor Gustavo esclarece que cada pessoa tem um senso estético individual, por isso o incômodo com a aparência dos olhos também deve acontecer em âmbito subjetivo. Se o paciente tem desejo de mudar a aparência do seu olhar, então a hora é essa.

Uma das maiores preocupações do paciente mais jovem é se deve-se esperar a flacidez da pele aumentar e o olho “cair mais” por assim dizer. Gustavo esclarece que isso é um mito, pois a durabilidade da cirurgia aumenta consideravelmente quando o paciente tem boas reservas de colágeno, todos os ligamentos de sustentação mais firmes, características intrínsecas ao paciente mais jovem. “É por isso que tenho pacientes dos 30 aos 90 anos, e todos são diferentes, por isso trata-se de uma cirurgia extremamente personalizada”, conforme esclarece o doutor Gustavo, pois a constituição da fisionomia varia de paciente para paciente.

“Quando um paciente me pergunta ‘doutor, é hora de operar?’, eu devolvo com a pergunta ‘o que te incomoda?’, a blefaroplastia, seja para diminuir a bolsa de gordura da pálpebra inferior ou para revelar o sulco palpebral na superior (área onde as mulheres aplicam sombra na maquiagem) são intervenções simples mas que geram grande impacto na aparência do paciente, por isso trata-se de uma escolha particular”, conclui Gustavo.

Gustavo Siqueira (CRM/PR 19056 | RQE 11635) é Graduado em Medicina pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília, é Mestre em oftalmologia plástica ocular pela faculdade de medicina de Ribeirão Preto, possui Título de especialista em oftalmologia pelo congresso brasileiro de oftalmologia e é Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular.

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OFTALMOLOGIA | WIT SAÚDE
Dr. Gustavo Siqueira Foto João Paulo Santos @gustavosiqueira_dr

Dar luz a novos olhos

A médica oftalmologista Simone Tiemi Yabiku

TEXTO VINÍCIUS LIMA FOTO JOÃO PAULO SANTOS

Já parou para pensar que muitos de nossos jovens têm que decidir a carreira de toda uma vida aos 16 anos de idade? A fase de escolher o curso para ingressar numa universidade pode ser de opressoras incertezas para muitas pessoas. No caso de Simone Yabiku, filha de Wilson Yabiku, tradicional engenheiro na cidade de Maringá, dois caminhos pareciam prováveis: Engenharia Civil ou Arquitetura. Contudo, veio do pai o incentivo para que a filha trilhasse seu próprio caminho. “Senti uma alegria e um alívio quando ele disse: ‘Na dúvida, faça medicina’”.

Simone explica que Wilson Yabiku sempre teve uma admiração muito grande por seus amigos médicos, para quem construiu diversas casas, consultórios, sendo muitas vezes o único engenheiro em clubes e associações de médicos, tamanha sua amizade com a classe. Foi assim que Simone encontrou o apoio da família para, em Curitiba, estudar medicina na Universidade Federal do Paraná.

Como tudo na vida, de uma escolha derivam diversas outras… A ampla ciência da medicina e suas centenas de milhares de especialidades e subespecialidades estavam diante de Simone para tomar uma decisão. “Eu queria algo que pudesse fazer cirurgias e procedimentos, mas ao mesmo tempo não gostava do clima hospitalar de centros de atendimentos emergenciais. Como mulher, esposa e futura mãe temos que pensar em tudo, então optei pela oftalmologia, uma área que não tem muitas urgências, que posso realizar cirurgias, mas também atender consultório”.

Hoje, mãe de um casal de 6 e 9 anos, seu desafio diário é conciliar a oftalmologia, a gestão hospitalar e a

maternidade. A doutora Simone se especializou em Catarata e Cirurgia Refrativa pela USP-SP e em Córnea pela UNIFESP. “De todos os procedimentos cirúrgicos que realizo, a Cirurgia Refrativa que corrige graus de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia é uma das mais gratificantes. Só quem é dependente de óculos sabe como pode se tornar difícil o simples ato de tomar um banho ou até mesmo se maquiar”, explica Simone.

Essa cirurgia evoluiu muito com o avanço da tecnologia dos aparelhos de laser, tornando segura, com recuperação tranquila e excelentes resultados. “Os exames pré-operatórios de qualidade são extremamente importantes para avaliar se o paciente pode ser submetido a essa cirurgia. O excimer laser é aplicado na córnea, remodelando seu formato para formar a imagem com nitidez”, esclarece. A cirurgia é indicada para quem quer independência ou não se adaptam aos óculos ou lentes de contato. “O uso de óculos pode dificultar em algumas profissões ou prática de esportes”. Um dos critérios para se fazer a cirurgia é que o grau dos óculos esteja estável por 6 a 12 meses, dependendo da idade.

TECNOLOGIA A FAVOR DA MEDICINA

Um grande diferencial encontrado na clínica da doutora Simone Yabiku é o aberrômetro I-design, uma espécie de scanner que mede detalhadamente todas as “imperfeições” do olho, gerando uma base de dados compartilhados com o aparelho de laser utilizado na cirurgia refrativa para maior precisão no tratamento. “Por meio do I-design tratamos não apenas o grau do paciente, mas também outras aberrações ópticas individuais de cada paciente, o que faz da nossa Cirurgia Refrativa um procedimento literalmente personalizado olho a olho”, conclui Simone.

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foi precursora da medicina em uma família tradicionalmente de engenheiros, um caminho de renúncia, mas também de realizações de valor inestimável: devolver luz para milhares de pacientes
A Dra. Simone Tiemi Yabiku (CRM 21721 – RQE 15849) é Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, realizou Residência Médica em Oftalmologia no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná. É especialista em Cirurgia Refrativa e Catarata pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo –USP. Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Catarata e Refrativa.

Dra. Simone Yabiku abre as portas de sua casa para falar sobre como descobriu sua paixão pela medicina ocular e cirurgias do olho

OFTALMOLOGIA | WIT SAÚDE

A importância do laser em pacientes oncológicos

A formação de aftas ou feridas na mucosa bucal é muito comum em pacientes oncológicos podendo chegar a 97%. Essa alteração é chamada de MUCOSITE ORAL, que tem sido um dos mais preocupantes efeitos adversos da Quimioterapia e Radioterapia.

A Mucosite Oral causada pela Radioterapia ocorre devido a danos na mucosa bucal por uma sequência de doses de Radiação. As áreas mais afetadas são o assoalho da boca, borda lateral da língua, mucosa da bochecha e lábios. Normalmente a Radioterapia é aplicada de 5 a 7 semanas, durante 5 dias da semana, uma vez ao dia, que com o passar dos dias e aplicações pode causar ulcerações (feridas na mucosa bucal), dor intensa ao mastigar e infecções, geralmente a partir da segunda semana de tratamento radioterápico. Essas condições podem comprometer a ingestão de alimentos e causar perda de peso, interferindo na qualidade de vida do paciente.

A Quimioterapia também pode levar a formação de úlceras na mucosa bucal com os mesmos sintomas.

Para o tratamento dessa condição, o Laser De Baixa Potência tem se mostrado efetivo na prevenção e tratamento da Mucosite Oral. Esse tratamento não é invasivo e é bem tolerado pelos tecidos humanos. As vantagens desse tratamento é que tem ação cicatrizante, anestésica e anti-inflamatória por permitir o aumento da circulação de sangue e cicatrização da mucosa bucal.

O Laser pode ser aplicado antes do início do tratamento de forma preventiva ou durante o tratamento de forma terapêutica, minimizando os efeitos da Quimioterapia e Radioterapia e levando à cicatrização das lesões. Diminuir as ulcerações na mucosa oral minimiza a dor do paciente, reduz os riscos de infecção, a utilização de sonda para alimentação e diminui também o risco de interromper o tratamento.

O Centro de Tratamento Bucomaxilofacial (CTB) faz a avaliação (diagnóstico) e realiza a forma de tratamento mais adequada para cada caso clínico, para trazer o conforto necessário aos pacientes utilizando o Laser e orientando ações de higiene bucal.

CRO 7444

Doutor em Diagnóstico Bucal; Mestre em Cirurgia Bucomaxilofacial;

Professor de Cirurgia Bucomaxilofacial da Universidade Estadual de Maringá-UEM; Professor de Cursos de Especialização em Implantodontia.

CTB

EXCELÊNCIA EM RESULTADOS

• Cirurgias e estética bucomaxilofacial;

• Cirurgia dos dentes do siso e outros dentes não irrompidos;

• Cirurgia de lesões da boca;

• Implantes dentários;

• Cirurgia ortognática /mentoplastia;

• Cirurgia de enxertos ósseos;

• Cirurgias ambulatoriais.

Rua Princesa Isabel, 564 Zona 4 • Maringá/PR

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44 9 9136.5874

www.ctbmaringa.com.br

f

/drangelopavan

@dr.angelopavan

122 | revista wit
DRº ANGELO JOSÉ PAVAN
WIT SAÚDE | CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL
Foto João Paulo Santos

Você sabia que 70% das queixas estéticas em todo o mundo é a gordura abdominal? A deposição de gordura nessa região é, muitas vezes, um fator genético, porém várias condições podem levar à piora do quadro, por isso o tipo de abordagem e tratamentos possíveis são individualizados.

Primeiramente é preciso avaliar se a gordura é visceral ou subcutânea. A gordura visceral, como o próprio nome sugere, é a gordura que se acumula na cavidade abdominal mais próximo de alguns órgãos vitais, ela é comumente associada a quadros de síndromes metabólicas e resistência insulínica. Para combater a gordura visceral o tratamento é baseado na redução do peso corporal por meio de um programa que visa modificar o estilo de vida do paciente ao introduzir a prática diária de atividade física e uma dieta baseada na redução da ingestão de carboidratos, o que ajuda muito a amenizar o quadro de resistência insulínica.

É importante entender que a resistência insulínica nada mais é do que uma dificuldade do organismo de fazer o hormônio da insulina agir de forma correta. Seu papel primordial é transportar a glicose do sangue para o interior das células, para gerar energia, quando esta capacidade está diminuída, a glicose se acumula no sangue, dando origem a diversas complicações.

Gosto de usar uma metáfora muito simples comparando nosso estoque de gordura (ou seja, energia) com dinheiro na conta. O dinheiro na poupança é como se fosse nosso estoque de gordura, e os açúcares e carboidratos que ingerimos é dinheiro na conta corrente, ou seja, se ingerimos muita energia o corpo não vai utilizar nossa conta poupança, assim como você não paga

A saga da barriga

boleto com a conta poupança, e sim com a conta corrente. Nosso corpo só vai começar a utilizar e mobilizar essa poupança de energia se diminuirmos a ingestão de energia alimentar, ou em um processo de jejum, por exemplo.

Também podemos utilizar medicamentos específicos que agem na resistência insulínica, na redução do apetite e também na ansiedade do paciente. Dentre as principais causas de resistência insulínica e ganho de gordura visceral estão, além dos fatores genéticos, doenças como síndrome dos ovários policísticos, andropausa, menopausa, diabetes tipo 2, síndromes metabólicas, entre outras. Por isso o tratamento é sempre individualizado, pois em muitos destes casos a reposição hormonal também é indicada.

Em outro cenário, quando a gordura abdominal é subcutânea, logo abaixo da pele, gerando aquela barriguinha “mole”, o tratamento pode ser feito através do emagrecimento e o auxílio de tecnologias como CoolSculpting, desenvolvido pela Universidade de Harvard, sendo o único tratamento não invasivo até o momento aprovado pela Anvisa, FDA e EMA que consegue reduzir em até 27% da gordura localizada em uma única sessão através do congelamento do tecido adiposo.

Fato interessante: quando engordamos, as células de gordura literalmente inflam, aumentando seu volume, porém elas não se multiplicam (salvo em fases de crescimento durante nossa infância, quando estas células se dividem), isso quer dizer que ao remover células de gordura mecanicamente por meio de procedimentos como CoolSculpting ou mesmo abdominoplastia e lipoaspiração, essas células não voltam a inchar. Caso o paciente volte a ganhar peso, os estoques de gordura e energia são geralmente direcionados para outras regiões do corpo onde o volume de células de gordura é maior.

Thais Micheletti Freire (CRM/PR 20380) recebeu o título de especialista em Clínica Médica pela Sociedade Brasileira de Clinica Médica (RQE/ PR 13273) e de especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (RQE/PR 13791).

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ENDOCRINOLOGIA | WIT SAÚDE
Foto João Paulo Santos

Esquadrão da beleza facial e corporal

Na edição da WIT dedicada à mulher, o Grupo Fabíola Tasca apresenta seu time de profissionais composto quase que integralmente por mulheres! Elas são responsáveis pelo atendimento de ponta que conferiu à clínica o selo ISO 9001 desde 2018, conforme explica a doutora Fabíola: “O ISO 9001 atesta nossa eficiência operacional que reflete na satisfação dos clientes, por isso nosso time de profissionais é peça fundamental para termos o mérito de conseguirmos manter este selo de qualificação ao longo dos últimos 5 anos”.

Acreditando na máxima de que só cuida dos outros quem cuida de si, a clínica investe no cuidado e qualificação constante de suas profissionais. “Nossa agenda na segunda-feira de manhã é reservada

exclusivamente para treinamentos, estudo de novos protocolos, desenvolvimento pessoal com apoio psicológico para todos os funcionários e também manutenção do ISO 9001”, frisa Fabiola. Nos cuidados direcionados à mulher, a clínica possui um moderno acervo de equipamentos próprios para o cuidado da saúde e da beleza do corpo e face como um todo, com especialidade também em tratamentos capilares e oncológicos. Atualmente, o Grupo Fabíola Tasca conta com 16 colaboradoras e mais 4 médicas dermatologistas: Fabíola Tasca, diretora técnica (CRM 20830 PR | RQE 12891), Tamara Vanzela (CRM 32053 PR | RQE 22212), Ingrid Castilho (CRM 28777 PR | RQE 1353) e Roberta Ayres Volpe (CRM 23795 PR | RQE 2433).

124 | revista wit
WIT SAÚDE | DERMATOLOGIA
A clínica conta com uma estrutura de mais de mil metros quadrados, com setores específicos da dermatologia facial, corporal, capilar e de câncer de pele. FOTOS JEFFERSON OHARA / JOÃO PAULO SANTOS / KAIO MURILO

Time de dermatologistas do Grupo Fabíola Tasca. Da esq. para a dir.: Fabíola Tasca, diretora técnica do grupo, Tamara Vanzela, Ingrid Castilho e Roberta Ayres Volpe.

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O Annual Meeting da American Academy of Dermatology é o maior e mais importante congresso anual da Dermatologia. O evento reúne os principais especialistas do mundo, além de lançar os novos medicamentos, as novas tecnologias, lasers, onde os grandes laboratórios e pesquisadores mostram os resultados de suas pesquisas clínicas e as tendências são discutidas e lançadas, tanto nas diferentes doenças dermatológicas como nas áreas de estética e da tricologia (cabelos).

Em 2023, o AAD meeting foi sediado em New Orleans. Lá, a médica dermatologista doutora Sineida Berbert Ferreira teve o privilégio de participar de todos os dias do congresso, onde pode assistir inúmeras aulas e cursos, como a sessão “up-to-date hair scalp and nail disorders - What’s new?” e também apresentar a pesquisa clínica sobre Psoríase Ungueal realizada em seu centro de pesquisa clínica em parceria com a Suíça, Itália e Estados Unidos.

Outras patologias também entraram no foco de suas pesquisas, conforme ela explica: “Em meio a tantas novidades, trouxemos um apanhado das grandes tendências nos tratamentos das principais causas de queda de cabelos e Alopecia”.

A alopecia areata é uma doença autoimune, genética, que leva a perda total de pelos do corpo ou couro cabeludo. Uma das grandes novidades foram os medicamentos chamados inibidores da JANUS kinase (JAKi), recentemente aprovado pelo FDA, com resultados muito positivos.

Outro tipo de queda de cabelos, que leva a uma alopecia cicatricial, é a Alopecia Frontal Fibrosante, doença também de base genética, com gatilhos ambientais e mais frequente em mulheres, e mais comum pós

Ciência e dermatologia

menopausa. Sineida explica que o congresso apresentou novas terapias, capazes de impedir a progressão da fibrose e da inflamação, e que neste caso o tratamento precoce é extremamente importante.

Já a Alopecia androgenética, a famosa calvície, que não se restringe aos homens, pode afetar também as mulheres. “Trouxe muitas novidades neste aspecto, desde tratamentos tópicos, com novos ativos, como a clascoterona, até vários medicamentos orais capazes não apenas de prevenir como de reverter casos moderados de AAG. E as grandes novidades: lasers, terapia robótica, radiofrequência microagulhada, terapia regenerativa, e o PRP que está em fase de aprovação aqui no Brasil.

A queda de cabelo também pode ser manifestada na forma de Eflúvio telógeno, uma queda de cabelos que surge pós dietas, stress ou infecções, como por exemplo, o COVID. “Alguns casos são muito severos e foi sugerido o uso de terapia capilar, fotobioestimulação e medicamentos tópicos e orais”, explica Sineida.

Em sua clínica, a doutora Sineida sempre busca aliar conhecimento científico com experiência clínica e inovação tecnológica. “No caso da Alopecia Areata, nos sentimos orgulhosos pela maneira pioneira que iniciamos o uso dos inibidores da JANUS kinase há 8 anos, tratando adultos e inclusive crianças e adolescentes, e simultaneamente publicando artigos sobre o tema nas principais revistas dermatológicas internacionais.

126 | revista wit
A médica dermatologista doutora Sineida Berbet Ferreira chegou recentemente do maior e mais importante congresso anual de dermatologia, e conta aqui em primeira mão algumas das novidades e novas tecnologias desenvolvidas pela comunidade científica internacional
WIT SAÚDE | DERMATOLOGIA
Foto João Paulo Santos

WIT ACONTECE

A seguir, um giro social por cenários onde passa do bom e do melhor!

É bacana saber: as cores brilhantes simbolizam energia e irradiam vivacidade, dentre elas o laranja, presente no box dessa página. Seja na versão tradicional ou neon, ele é tendência para 2023.

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CIRCUITO WIT WOMAN

Em sua segunda edição, o CIRCUITO WIT WOMAN mais uma vez foi só sucesso. Encontros, reencontros e muitos quá-quá-quás em cada acontecimento sediado nos endereços de marcas parceiras da WIT. Destaque para o IT FASHION DAY, que balançou as estruturas da Rua Piratininga.

Belly Callegari Aline Brait Bana Diovana Sinezio, Lorena Fagundes, Bruna Fabre Thais Gorla Michelle Sleder Barbara Marangoni Bel Guerreiro, Mari B. Ivana Cabral Carol Gallardo Rosangela Sleder Thais Magalhães Rita Rocha Joelma Handziuk Vanessa Belei Simone Kay Rosana Tavares Pri Chiuchetta Cintia Murad Alessandra Izelli Mariana Del Pintor Nina Gurgel Priscila, Yolanda Lorena Nazário Miriam Parmezani Sineida Berbert, Thais Freire Monika Ganem Kalliny Tati Colombari Tania Moor, Patricia Lima Vera Gurgel Juliana Ghirotto Gabriel Vecchi, Érika Santos Ligia Egoroff, Maria Cleo, Magda Egoroff Laura Esperandio Jéscyka Carmona Kássila Nasser, Dani R. Loures Julia de Canini Kathia Nani Kelen O. Vanessa Bergamasco, Roberta Branco Joana Colhado Dri Oliveira, Rafa Lanfranchi Pati, Cleber Popov Claudia Guapo Isadora Figueiredo Boff Patricia Matias, Vera G. Amanda Culti Palomara Silva Sula Culti Sônia Khoury Solange Lima Franciele Marsola Tati, Magda e Sophia Egoroff Gabi Bonardi Rosi Ortega Sandra Cerci, Lara Cerci Sara Culti Marcelo Culti Flavia Andreotti Ana Karina, Mari Yooko, Fabricia Naka Marcia Lima Vania Minich Andrea Toscano Lili Chichinelli Regina Muzulan, Olineti Muzulon, Luiza Kumasaka Karen Simabukuro, Paula Costa Ana Salvador Heloize Rovina Cintia Van-Dal, Paty Borges, Cecilia Philipp Michele Bocardi Mariane Dalpizzol, Ninha Chiozzini, Isadora Boff, Vanis Franco, Wescley Luciano Time da Recco Lingerie Karin, Debora Glaucia Buzzo, Dani Picolli Fer Bittencourt Luiz, André e Jacira Damasceno Lilian D., Vanis F. Andrea Tel, Tania Prilla Stephanie Guelles Lady Vintaji Tamara V., Ingrid C. Cida Picolli, Clotilde Gonçalves, Vanis Franco Antonio G., Isa Ottoboni Julinha, Paty, Adriana Time da Varanda Mineira

WJS EMPREENDIMENTOS INAUGURA NOVA SEDE

Em clima de festa, Walmor Jr. promoveu em uma noite de sexta-feira um open house apenas para convidados para apresentar a nova sede de sua loteadora. Assinado pela arquiteta Ninha Chiozzini, o espaço localizado na Av. Joaquim Duarte Moleirinho reúne profissionais especialistas em loteamentos urbanos. Fotos por João Paulo Santos.

Walmor Jr. e Carol Silva Claiton Mendes e Luiz Wolf Walmor com Thiago e Marcela Requena Walmor e Carol com Ninha Chiozzini Patricia Naka, Marcelo Naka Bianca Pinelli, Danilo Reyzik Valdinei, Mariana e Lucas Abyla Cremoneis, Vitor Tomaz, Carol, Walmor, Pietra Mantovani e Matheus Carlos Zonta, Maycon Domingues Leandro Coneglian, Kristian Santos João Pedro e Maria Clara Walter Cerini e Leandro Ponciano Walmor e Carol com Luciano e Taciana Areas Raphael França Bruno, Walmor e Rodrigo Giraldelli Ana Paula e Felipe Rodrigues

FESTA NA FÁBRICA DA OSTELLATO

Ely e Ester Nogueira, festeiros como só eles, abriram as portas de sua fábrica de móveis planejados para uma festa de arromba na noite de uma quinta-feira de março. Ao som da banda Senhor Bonifácio, a noite foi de puro alto astral para os convidados que foram servidos de muito chopp e a deliciosa gastronomia do Brasa Barbecue com hambúrgueres de dar água na boca. Fotos por Danilo Orvate.

Ely e Ester Nogueira com a banda Senhor Bonifácio Julia Nogueira, Antonio Nogueira e Hamir Karim Maria Fernanda Gevaerd, Flavio Garcia Mariane Dalpizzol Ely, Ester, Simone Kay, Dario Fujiwara Sasha Rocha Simone Carvalho Alessandra Izelli Ester e Ely Nogueira Fábio Ordones, Nataly Persan Bel Guerreiro, Stefany Kimura Patricia Troli, Guga Cordeiro, Adriane Fabian, Tainá Cavalcanti e Denise Bueno Belly Callegari, Gabriel Borin Barbara Marangoni, Thalita targa Time comercial Ostellato Ester com Adelcio e Claudia Mazur Fernanda Bega João Mazer Isa Baule

MAMA MAMA

Fotografias por Joelma Handziuk

MAMA MIA!

santobar.maringa santobarmaringa 44 9 9109-0977 44 3026-4820

A&M Beauty

Cabelo e Estética

(44) 3226-7415

Dr. Angelo Pavan

Cirurgião Bucomaxilofacial

(44) 3024-5646

4Minds Saúde Clínica de Psicologia (44) 3023-9244

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Atelier Portinari Revestimentos (44) 3024-9002

Belly Callegari Arquitetura e Interiores (44) 99918-0204

Bruna Fabre Dellas Arquitetura (44) 99118-7735

Cashmere Tecidos e Decorações (44) 3023-5758

Catarine Farias Arquitetura

(44) 99908-2023

Catamarã Construtora (44) 3026-5444

Centro Comercial Tiradentes Decoração e utilidades (44) 3225-7979

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Decorarte

Decoração com estilo (44) 3227-4088

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Tecidos & Decorações (44) 3025-6499

Design Empreendimentos

Construtora

(44) 3037-9700

Dynamis Concept

Móveis e decorações

(44) 3037-6574

Eliandro Correa Fotografia

(44) 99885-4676

EMBRAED

Empreendimentos

(44) 3046-8700

Grupo Fabiola Tasca

Dermatologia

(44) 3025-5158

Flor de Manjericão

Bistrô

(44) 99944-1164

Giardino Eventos

Gastronomia

(44) 3262-1520

GRP

Construtora

(44) 3026-9650

Dr. Gustavo Siqueira

Oftalmologia

(44) 3029-4656

Dr. Hasan Juda Reumatologia e dor

(44) 3224-9553

INNA Interiores

Móveis e decorações

(44) 3031-3850

Ivana Cabral Arquitetura e Interiores

(44) 3224-6427

Jamile Elias

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