Revista Vitrola 21 Edição

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2 94,90 119,90 44,90 R$ 54,90 49,90 R$ 64,90 R$ 49,90 R$ 74,90 R$ 64,90 R$ 49,90 R$ 64,90 ESPECIAL NETFLIX CAPA DURA EM BREVE R$ 94,90 R$ 49,90 R$ 94,90 R$ 119,90 R$ 44,90 R$ 64,90 R$ 79,90 R$ 54,90 R$ 49,90 R$ 94,90 R$ 54,90 R$ 49,90 R$ 49,90 R$ 64,90 R$ 49,90 R$ 74,90 R$ 64,90 R$ 54,90 R$ 49,90 R$ 64,90 ESPECIAL NETFLIX CAPA DURA EM BREVE R$ 94,90 R$ 49,90 R$ 94,90 R$ 119,90 R$ 44,90 R$ 64,90 R$ 79,90 R$ 54,90 R$ 49,90 R$ 94,90 R$ 54,90 R$ 49,90 R$ 49,90 R$ 64,90 R$ 49,90 R$ 74,90 R$ 64,90 R$ 54,90 R$ 49,90 R$ 64,90 ESPECIAL NETFLIX CAPA DURA EM BREVE

Nodia 3 de agosto, a Vitrola completou 35 anos. Um caminho percorrido ao lado de profissionais qualificados que fizeram e ainda fazem parte dessa história de desenvolvimento e inovação. Ao longo de mais de três décadas, enfrentamos e superamos inúmeros desafios.

No mundo atual de mudanças e transformações tão rápidas, a Vitrola pode servir de inspiração para muitos empreendedores, pois se reinventar sempre foi pauta em nossa trajetória.

Tudo isso começou nas prateleiras de filmes em videocassete, atuando como locadora, depois como atacado de CDs e DVDs, e atualmente como distribuidora de livros.

Estamos muito felizes com essa nova missão. Isso porque o livro não é apenas uma ferramenta de conhecimento e informação: ele representa a esperança de um mundo melhor. A leitura pode transformar realidades, e saber que nós podemos proporcionar essa mudança nos enche de orgulho.

Nossa missão é levar o livro a lugares em que ele talvez jamais estaria. Além das livrarias, estamos em super-

mercados, conveniências, paradouros, lotéricas, cafés, papelarias e farmácias. Estamos celebrando a parceria com a Rede de Farmácias São João, uma das maiores redes farmacêuticas do país, oportunizando aos leitores o acesso ao livro, em várias cidades do Sul do Brasil.

Temos muito a comemorar, mas também muito trabalho pela frente. Em julho estivemos presentes na retomada presencial da Bienal Internacional do Livro em São Paulo e na convenção da Associação Nacional dos Livreiros. Apesar dos desafios, como a alta nos preços de matéria-prima e as discussões em torno da Lei Cortez, o cenário para o mercado livreiro é otimista e promete grandes apostas para o semestre.

Nesta edição, preparamos conteúdos importantes sobre o universo literário, entrevistas com autores renomados e apresentamos alguns de nossos parceiros comerciais. A capa não poderia ser outra: Thalita Rebouças, a autora brasileira mais vendida da Bienal e um fenômeno literário internacional. Que você possa desfrutar deste material e aproveitar cada informação disponibilizada por nós. Por fim, deixo uma mensagem que ouvi recentemente em nossa reunião de Planejamento Estratégico, de autoria do palestrante convidado, João Branco, executivo de marketing e autor do livro Dê Propósito: “Não sonhe grande, sonhe ALTO” – assim como a Vitrola!

Expediente

Agosto 2022

Ano VI, Edição 21

A Revista Vitrola é desti nada aos nossos clientes, amigos livreiros e colaboradores, com o objetivo de difundir informações culturais, novidades do mercado e cases de sucesso. Desta forma, salientamos que o conteúdo dos anúncios é de responsabilidade de cada editora, não refletindo, necessariamente, a opinião da Vitrola. As fotos possuem créditos específicos.

Publicação:

Vitrola Editora e Distribuidora Ltda. Produção e Reportagem:

Suzanne Borela

Revisão:

Tayná Werlang

Diagramação e Projeto Gráfico:

Erick Alves

Edição:

Eduarda Della Méa e Vitor Manfio

Periodicidade:

Quadrimestral

Periódico gratuito

Disponível também em versão digital

08 e 09

Confira os lançamentos da Vitrola editora

Mais dois clássicos muito queridos pelos leitores chegam ao catálogo da nossa editora em 2022: Arsène Lupin, de Maurice Leblanc, e O Alienista , de Machado de Assis. Nós escrevemos duas resenhas para você saber tudo sobre as obras e se preparar para esses lançamentos.

12 e 13

parada pinoli: conforto, qualidade e entretenimento

O restaurante e conveniência encanta os clientes com sua diversidade de opções e ambiente moderno.

10 e 11

livraria intelectual: um ponto literário histórico em montenegro/rs

Uma trajetória de 27 anos de sucesso que segue conquistando leitores e promovendo o conhecimento e o hábito da leitura na cidade.

14 e 15

supermercado Dilettare: diversidade e cultura ao alcance da comunidade

Há cinco anos no mercado de varejo no Paraná, o grupo apresenta uma grande variedade de produtos e o melhor preço como diferenciais.

16,17,18 e 19

thalita rebouças, a rainha da bienal do livro de 2022

Em entrevista exclusiva à Vitrola, a autora mais animada do Brasil falou sobre suas inspirações e seus planos para os projetos futuros.

SUA PRÓXIMA LEITURA ESTÁ AQUI!

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A sociedade do anel R$59,90

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As duas torres R$59,90

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O retorno do rei R$59,90

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Darius, o Grande, merece coisa melhor R$59,90

Darius, o Grande, merece coisa melhor R$44,90

O homem e seus símbolos R$59,90

Uma mente em paz R$49,90

Seja indomável R$59,90 O beijo do rio R$59,90

O livro de ouro da R$39,90

O livro de ouro da mitologia R$39,90

Cartas de um diabo

Cartas de um diabo a seu aprendiz R$49,90 Sherlock Holmes - Box R$139,90

Pequenas grandes R$59,90 monstro? R$49,90

Pequenas grandes líderes R$59,90

Você é um monstro? R$49,90

Cristãos, muçulmanos e judeus adoram o mesmo Deus? R$49,90

do meu quintal falou R$49,90

O dia que a árvore do meu quintal falou comigo R$49,90

A sedução da duquesa R$44,90

O urso e o eco R$54,90

Cristãos, muçulmanos R$54,90 R$44,90

Era uma vez um renegado R$44,90

/HarperCollinsBra @harpercollinsbrasil @HarperCollinsBR harpercollins.com.br

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PESQUISAS APONTAM QUE O USO EM EXCESSO PODE INTERFERIR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL por Vitor Manfio

Apreocupação sobre os prejuízos causados pelo uso de telas por crianças e adolescentes tem gerado um grande debate entre os especialistas. Pesquisas apontam que, em 2019, aproximadamente 96% das casas brasileiras tinham pelo menos uma televisão. Além disso, o tempo médio em que as telas ficam ligadas alcança mais de seis horas diárias.

Para inúmeros trabalhadores, é tentador não chegar cansado depois de muitas horas de trabalho, ligar a televisão e se acomodar. Todavia, as telas nos oferecem um encanto passivo, e esse simples evento é muito perigoso.

Deixar os filhos constantemente distraídos passou a ser um desejo corriqueiro entre as famílias, uma vez que eles reclamam do tédio e que não têm nada para fazer. Por sua vez, os genitores, exaustos, aliviam-se per-

mitindo que as telas entretenham as crianças para que elas cuidem das demais tarefas e descansem.

Fato interessante é que, se olharmos para o passado, recordaremos que as maiores mentes do mundo sequer frequentaram uma escola antes dos 6 ou 7 anos, que não tiveram celular ou televisão e que isso não afetou em nada o seu progresso intelectual. Nessa perspectiva, o neuropediatra Antônio Carlos de Farias esclarece que as Tecnologias da Informação (TICs) – internet, redes sociais, aplicativos, celulares, desktops e videogames – são estimulantes que interferem no desenvolvimento cerebral e modificam a maneira de pensar, memorizar e realizar uma atividade.

Distúrbios como a dependência, irritabilidade, ansiedade, depressão, transtorno alimentar e do ciclo de sono, obesidade, transtorno de imagem corporal, comportamentos autolesivos e abuso de substâncias, como bebidas alcoólicas, nicotina e outras drogas estão entre os principais riscos do uso dos eletrônicos apontados pelo especialista. A preocupação em torno disso é tão grande que a orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) é de tempo zero de telas para as crianças abaixo de 2 anos. Os especialistas explicam que a exposição às telas nessa faixa etária afeta o neurodesenvolvimento e altera os ritmos adequados de alimentação, sono, carinho, afeto e experiências sensoriais.

Exemplo dessa alteração ocorre nos bebês muito expostos ao mundo virtual, que têm ampla incidência de retardo de linguagem e transtorno do ciclo do sono. Em entrevistas sobre o tema, Antônio Carlos realça: “É mito pensar que oferecer tecnologia a um bebê aumenta suas habilidades cere-

brais e QI. Estes atributos dependem do lúdico e da experiência concreta.”

A fração mais importante do aprendizado da infância nasce com a observação e a imitação do comportamento dos outros. De acordo com os estudos da Médica Samia Marsili, o peso da televisão na vida das crianças pode ser abreviado da seguinte forma: a exposição constante às telas leva a uma atrofia do córtex cerebral, pois reduz a receptividade de informações sensoriais.

As primeiras experimentações sensoriais na infância são deveras importantes, e precisamente os impulsos naturais é que se desfazem com a exposição excessiva a telas. Assistir a algo na televisão requer um olhar fixo, menor atenção e uma infinidade de estímulos sensoriais. Uma leitura, por exemplo, requer movimentos oculares linha por linha, mais atenção e menos sentidos.

Para as crianças influenciadas por telas, os livros estarão, assim como a interação social com os familiares e outras crianças, entre as coisas mais chatas do mundo.

O HOMEM DE MIL DISFARCES

Um dos maiores clássicos da narrativa policial francesa é lançado pela Vitrola Editora por Tayná Werlang

Arsène Lupin é uma espécie de anti-herói da literatura policial francesa. Conhecido como o Sherlock Holmes francês, o homem de mil disfarces consegue escapar de todos, além de ser extremamente hábil no que faz. Através da narrativa bem-humorada de Maurice Leblanc, o leitor também é apresentado a outros personagens, como o inimigo mortal de Lupin, o inspetor Ganimard, além de Herlock Sholmes – paródia, claro, do ilustre detetive britânico.

O ladrão de casaca foi criado pelo autor a partir de um pedido do editor da revista Je sais tout, em 1905. Ele solicitou a Leblanc que criasse um novo personagem que fosse para a França o que Sherlock Holmes é para os ingleses. O protagonista foi inspirado em diversas fi guras; entre elas, o francês Marius Jacob,

adepto do ilegalismo, uma vertente do anarquismo. Já seu nome veio de Arsène Lopin, conselheiro municipal de Paris. Por causa de protestos do mesmo, Leblanc mudou o sobrenome do personagem, que passou de Lopin para Lupin.

O Robin Hood da Belle Époque, apesar de ladrão, ainda possui seus princípios e valores. Além de não machucar ninguém, por exemplo, rouba apenas obras de arte. No entanto, Lupin constantemente ridiculariza e debocha de suas vítimas. O poder dele está em sua capacidade de se disfarçar e sempre conseguir escapar.

A escrita de Leblanc é repleta de referências literárias a diversos autores e clássicos da literatura, como Voltaire. Ao todo, foram publicados 17 livros e 39 contos do mestre dos disfarces. A consagrada série de livros já recebeu diversas adaptações para o cinema, para jogos e até mesmo versão anime, e desde 2021 faz um enorme sucesso na Netflix. A série francesa Lupin é uma produção original da plataforma estrelada por Omar Sy, e já está na segunda temporada.

A obra, publicada originalmente no começo do século XX, foi lançada no mês de agosto, e é uma das apostas da editora para 2022.

Publicado

pela primeira vez em 1881, O Alienista, de Machado de Assis, é um conto, por vezes considerado por alguns críticos como novela, que aborda com ironia, humor e crítica a sociedade do século XIX. Simão Bacamarte é um respeitado médico que deixa a Europa para voltar para sua cidade natal, a pequena Itaguaí. Casado com a “nem bonita, nem simpática” D. Evarista, o casal não consegue realizar o sonho de ter filhos. Obstinado pelo estudo da mente humana, o médico decide estudar profundamente a loucura. Para isso, com o apoio da Câmara de Vereadores, ele cria uma espécie de hospital psiquiátrico: a Casa Verde.

Simão começa a internar na Casa todos que considera loucos, mas seus moti vos são dúbios – qualquer pessoa considerada estranha ou anormal acaba internada. Com o tempo, a população toma a decisão de armar uma revolta, chamada de Revolta dos Canjicas, capitaneada pelo barbeiro Porfírio (também conhecido como Canjica). As forças armadas são convocadas para controlar a população, mas acabam se unindo à revolta.

Com o tempo, 80% da população acaba internada na Casa Verde por ser considerada louca. As justificativas que usa são as mais diversas: supersticiosidade, mau controle das fi nanças, e até mesmo o fato de

gostar de admirar a própria casa torna-se uma razão para acabar internado. O médico, percebendo que algo em sua teoria estava errado, decide, então, libertar todos os internos e rever seus conceitos. O final da história surpreende os leitores com uma reviravolta impressionante.

No final do século XIX no Brasil, surgiam movimentos na medicina de tratamento para quem desviasse da dita “normalidade”, além de tentati vas de adequação ao modelo europeu de modernidade após o estabelecimento da Corte Imperial. A narrativa traz algumas semelhanças com a realidade, mas, é claro, não se trata de um retrato realista da época, e sim de uma caricatura feita por meio de metáforas pensadas a partir da visão que o autor tinha da sociedade em que viveu. Por meio das internações, o psiquiatra buscava controlar todos os cidadãos que aparentassem demonstrar qualquer tipo de “comportamento estranho” e considerava toda e qualquer característica como uma patologia. Com o passar do tempo, o próprio Dr. Bacamarte começa a enlouquecer.

Esta é, portanto, a discussão principal da obra: o que é ser normal? Afinal, se todos são anormais, ninguém é anormal. Assim, O Alienista traz críticas ao excessivo cientificismo naturalista da época e, por meio da ironia e do esti lo único do autor, revela toda a genialidade da escrita de Machado de Assis.

Uma crítica bem-humorada do Brasil do século XIX

Uma trajetória de 27 anos de sucesso que segue conquistando leitores e promovendo o conhecimento e o hábito da leitura na cidade

Seas livrarias são como fortes que espalham luz pelas calçadas – como disse certa vez o romancista John Updike –, então a Intelectual é a prova de que essa luz contagia e encanta.

Localizada em uma das ruas centrais da cidade de Montenegro, região metropolitana do Rio Grande do Sul, a livraria comandada por Mariucha Melero emana literatura e cativa os clientes com a variedade de livros e artigos de bazar.

A acolhedora e moderna loja, que

hoje realiza feiras e trabalhos culturais, começou como um cantinho requintado em uma antiga galeria da cidade. Fundada em 1995 por Otmar Lobo, porto-alegrense aposentado e fã de literatura, que tinha como objetivo trazer a cultura da capital para a pequena Montenegro, a Livraria Intelectual abriu suas portas focada na comercialização de livros com temática esotérica e espírita. Mariucha, admiradora do universo literário desde criança, foi cativada pela chegada da livraria em sua cidade, e se candidatou a uma vaga de emprego. E foi assim que sua história de amor com a Intelectual começou. Aos 14 anos ela estava lá: sentindo o cheirinho dos

livros, encantando-se com as descobertas literárias, apostando na variedade de produtos do bazar e criando laços duradouros com os novos clientes. Com o passar do tempo e a chegada da experiência, Mariucha assumiu a empresa, aos 21 anos, com o propósito de continuar o legado de incentivar a leitura.

Essa trajetória de sucesso, que em 2022 completa 27 anos, 19 como proprietária, teve um empurrãozinho especial do senhor Otmar. “Foi ele que me ensinou praticamente tudo, e também me incentivava muito, me deu autonomia para administrar a livraria desde muito cedo, tínhamos uma relação de confiança que foi muito além do

profissional; tinha nele uma figura paterna! Sempre digo que ainda hoje, quando estou com algo para resolver, penso no que ele faria, pois era uma pessoa de grande coração, justo e com bom senso”, relembra Mariucha.

Em 2007, com a expansão do negócio, a Intelectual deixou a galeria e mudou-se para um novo endereço, onde está localizada atualmente, ampliando não apenas o espaço, como também a oferta de produtos e atividades, tais como feiras literárias e trabalhos culturais.

Uma mudança aprovada pelos clientes de Montenegro e das cidades vizinhas, que não perdem a oportunidade de dar uma passadinha na Intelectual para conferir as novidades em papelaria, os lançamentos literários e bater aquele papinho com a Mariucha, que sempre tem ótimas dicas de leitura para dar.

“Temos a ‘sorte’ de fazer parte da vida dos nossos clientes/amigos, pois é assim que sinto: não fazemos clientes... vamos nos conectando com as pessoas e a amizade é inevitável, assim, acompanhamos o crescimento deles.”

Atualmente, um livro que ganhou o título de preferido da Mariucha e se tornou a dica recorrente na

sua roda de amigos e família é Os Quatro Compromissos , do autor Don Miguel Ruiz. “Um livro de fácil entendimento, apesar da profundidade do assunto. Um livro para a vida, que estou fazendo ser leitura obrigatória para as pessoas que quero bem”, diz ela.

PARCERIA COM A VITROLA

Aparceria

com a Vitrola começou em 2016 e vem em um constante crescer. Para Mariucha, entre as principais características que tornam a editora e distribuidora uma empresa de referência e com diferencial está o atendimento ao cliente, com agilidade, eficiência e colaboradores prestativos. “Em um mundo onde cada vez mais estamos conectados, o atendimento ‘humano’ faz toda a diferença. Por isso, só tenho a agradecer a parceria, confiança e carinho prestados por vocês”, declara.

Nestes seis anos como cliente, a livraria sempre recebe um mix diversificado de produtos, além das novidades e lançamentos que chegam rapidinho em Montenegro, para alegria dos leitores.

De acordo com ela, o público tem escolhas bem ecléticas, e os segmentos que têm apresentado um crescimento considerável são

os gêneros esotérico e autoconhecimento, além, é claro, da procura constante pelos livros que ganham destaque na mídia nacional e internacional. Como boa leitora, Mariucha lê “até bula de remédio”, mas as obras que a cativam e conquistam um lugar especial na estante são principalmente das áreas de gestão e crescimento pessoal. Se você perguntar quais são os livros que não podem faltar na Intelectual, e que ela pode indicar sem medo, a resposta é rápida: “Mais esperto que o diabo, de Napoleon Hill, O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, e as obras de Jane Austen –parece clichê, mas são livros que estou sempre relendo”, comenta.

Dentre os planos futuros de Mariucha para a livraria estão a venda cruzada de mais produtos, a capacitação e desenvolvimento dos colaboradores e a implementação da responsabilidade ambiental. Além, é claro, do aprimoramento da experiência de compra do cliente, tornando esse vínculo ainda mais agradável e duradouro.

Fotos: Adriana Schönell Mariucha Melero, proprietária da Livraria Intelectual

Umlugar aconchegante que proporciona experiências gastronômicas e de lazer inesquecíveis. Essa é a essência da Parada Pinoli, empreendimento da família Ravanello, situado em Fluviópolis, Paraná. Com um ano de funcionamento, comemorado em julho de 2022, o restaurante e conveniência, situado em anexo ao Posto Amigão, colhe resultados positivos de uma aposta inovadora: a reformulação e inauguração da Parada.

O espaço, localizado na BR-476, km 303, Distrito de São Mateus do Sul, atrai turistas de diversas cidades do país, por isso a maior preocupação dos proprietários sempre foi atender às necessidades dos clientes, sejam eles viajantes ou moradores do município, oferecendo um espaço moderno e multifuncional.

Os diferenciais da Parada Pinoli encantaram os clientes logo de cara, já que lá eles encontram cafeteria, pizzaria, churrascaria e buffet, além da opção de aproveitarem o espaço para refeições à la carte. Os produtos Vitrola estão presentes no espaço, trazendo cultura e informação para o ambiente, e propor-

cionando ótimas opções ao alcance dos clientes. Para Rafael Ravanello, um dos proprietários, a parceria com a Vitrola é um dos atrativos da Parada. “Nós vemos como uma ação superimportante de incentivo ao livro ‘físico’, principalmente nos dias de hoje, em que tudo é muito digital, em que estamos o tempo inteiro com os olhos virados para uma tela”, ressalta.

FOCO NO CLIENTE

ram um local projetado especialmente para os animais de estimação que acompanham seus donos nas viagens e passeios. Deste modo, os tutores podem ter a certeza de estarem levando o seu bichinho para um lugar seguro e acolhedor, que também supre as necessidades do pet.

A estrutura da Parada Pinoli foi inspirada em locais de sucesso que priorizam a qualidade no atendimento ao cliente, e o resultado foi um local inovador, aconchegante e de excelência. “Fizemos diversas reuniões e muito estudo em cima disso. Viajamos para nos espelhar em quem está alinhado com as tendências de mercado”, destaca Rafael Ravanello.

Afidelização

dos clientes está entre os principais objetivos da família Ravanello, e ofertar todo o conforto necessário para os turistas que passam diariamente pela Parada é uma das missões da empresa. Pensando nisso, surgiu o Espaço Kids, um local feito para a criançada, com toda a diversão e a criatividade que os brinquedos e a recreação disponíveis podem oferecer. O espaço é um dos preferidos das famílias, que sabem que podem curtir um passeio prazeroso e cheio de opções bacanas na Parada Pinoli.

O Espaço Pet também foi uma aposta dos proprietários, que cria-

Fotos: Portal RDX Com um ambiente moderno e versátil, o restaurante e conveniência encanta os clientes com sua diversidade de opções

PARCERIA COM A VITROLA

AParada Pinoli busca oferecer as melhores opções aos clientes, com uma conveniência diversificada e recheada de produtos de qualidade. Entre eles, é claro, estão os livros da Vitrola, uma parceria que iniciou em 2021 com a abertura do empreendimento. “Além da sugestão de livros, é fornecido um totem de venda muito bonito, que condiz com o visual do nosso restaurante. Outro ponto que consideramos importante é nosso ponto de venda, que tem como grande público os motoristas de caminhão. Dessa forma, incentivamos eles a praticarem a leitura no período em que estão parados por aqui”, comenta Rafael.

A leitura é um hábito cultivado pela família Ravanello, que acredita na importância do seu incentivo e do acesso à literatura de todos os gêneros, algo possível com os expositores da Vitrola. Para Rafael, os livros representam uma parte importante da sua vida. “São eles

que trazem uma lembrança de um tempo mais tranquilo, quando a vida passava mais devagar, quando você ainda conseguia mergulhar nas histórias”, relembra.

Atualmente, o empreendedor dedica a maior parte do seu tempo de leitura às obras relacionadas ao setor empresarial e tendências de mercado, que compartilham conhecimento e experiências inspiradoras para a sua rotina profissional.

Ao refletir sobre os planos para o futuro, Rafael nos conta que a meta é seguir rumo à expansão da Parada Pinoli. “Queremos abrir novos pontos em outras cidades e estados

e, quem sabe numa visão a longo prazo, realizar o franqueamento da nossa rede”, analisa, empolgado.

A araucária, árvore típica do Paraná, inspirou o nome e a família Ravanello a construir um império digno de um símbolo do Estado. E, assim como o pinheiro (responsável pelo Pinhão, ou Pinoli, em italiano), os empreendedores também estão colhendo bons frutos de um trabalho realizado com amor, dedicação e ousadia!

Família Ravanello, proprietária do estabelecimento

Morar em cidades pequenas pode trazer muitos benefícios. Um deles é chegar ao supermercado local e conhecer cada um dos profissionais que trabalham lá. Da troca de dicas com o açougueiro ao bate-papo com a atendente de caixa: pequenos detalhes que tornam a ida às compras um ato prazeroso. Mas essa não é apenas uma vantagem dos municípios interioranos: é também uma visão central adotada por um grupo que quer fazer a diferença nas comunidades em que está inserido – uma das missões dos Supermercados Dilettare.

Fundado em 1986 como um empreendimento familiar, o grupo Dilettare iniciou as atividades no comércio de atacado e, posteriormente, passou a fazer parte também do segmento de transportes. Atualmente, são sete empresas ativas, mais de 700 profissionais diretos e quase 50.000m² de instalações. Já na segunda geração de sucessão, e com a família toda atuando

nas empresas, o grupo possui um catálogo superior a 15 mil produtos, comenta Rômulo Dourado, responsável pelo setor de marketing do grupo.

Em 2017, a decisão de se inserir no mercado varejista mudou a história do grupo e, com certeza, das mais de 2 mil famílias impactadas positivamente com a trajetória de sucesso construída ao longo dos anos pelo Dilettare. A abertura dos cinco Supermercados – três localizados em Foz do Iguaçu, e dois em Santa Terezinha do Itaipu, cidade vizinha –, trouxe junto uma nova filosofia para o empreendimento: abraçar a comunidade e ajudá-la a se desenvolver.

“Todos os funcionários contratados são moradores dos bairros onde o Dilettare está inserido. Nosso objetivo é gerar emprego para essas famílias e fazer com que o dinheiro movimente positivamente as localidades. Nós trabalhamos em prol da nossa comunidade, levando um

grande mix de produtos e marcas de qualidade. O ponto central de tudo é que as pessoas não precisam sair do seu bairro e ir ao centro ou até mesmo a outras cidades para conseguirem comprar produtos com preços acessíveis. Nós queremos que elas possam adquirir tudo que precisam em nosso supermercado”, destaca Cláudio Eduardo Alexandre, diretor comercial e operacional do Grupo Dilettare.

Há cinco anos no mercado de varejo, o grupo apresenta a diversidade de produtos e o melhor preço como diferencial

O foco de todas as unidades é oferecer sempre o máximo de oportunidades para que o consumidor possa ter ótimos produtos com os melhores preços, facilitando a sua vida. Afinal, comenta Eduardo, “melhorar o custo de vida dos clientes com relação à alimentação é uma missão que faz parte da filosofia do Dilettare”.

“Nós queremos levar tudo que eles precisam, e nas condições que eles precisam, para que realmente o dinheiro e o movimento no bairro circulem por ali.”

PARCERIA COM A VITROLA Os Supermercados

Dilettare estão sempre inclusos em projetos sociais que incenti vam a cultura. Por isso, em 2022, o grupo apostou na parceria com a Vitrola para promover ainda mais o conhecimento e a litera-

tura nos bairros onde estão localizados. “Acreditamos que o conhecimento liberta, e a leitura está diretamente relacionada com isso. Por esse motivo somos parceiros da Vitrola e temos esse pedaço de cultura dentro dos nossos pontos de vendas”, destaca Rômulo.

Um dos objetivos da Vitrola é oportunizar o acesso à leitura em todo o território nacional, e os clientes ajudam a concretizar essa missão ao adotarem a comercialização de livros em suas empresas. Apoiando e acreditando nessa visão, o Dilett are tem como meta estar cada vez mais próximo da comunidade, oferecendo aos clientes um mix diversifi cado de leituras que atenda desde o público infantil até os fãs dos mais diversos gêneros, como suspense, desenvolvimento pessoal, romance e ficção. Além, é claro, de despertar o interesse ao se depararem com os expositores recheados de opções localizados nos supermercados.

A literatura pode transformar realidades, e o Dilettare com certeza está contribuindo para essa mudança tão importante em nossa sociedade. Uma parceria que começou aos poucos, desde o primeiro Supermercado, e que promete crescer cada vez mais, levando a cultura para cada nova cidade e bairro onde o grupo chegar.

Fotos: divulgação

THALITA REBOUÇAS, A RAINHA DA BIENAL

Autora que chegou à incrível marca de mais de 2,3 milhões de exemplares vendidos contou em entrevista exclusiva à Vitrola sobre suas inspirações e planos futuros

Otítulo de autora mais animada do Brasil é dela por unanimidade. Com uma energia contagiante e a alegria como sua fiel companheira, Thalita Rebouças encanta leitores e leitoras por todo o país. Não é à toa que é a única escritora nacional capaz de gerar filas quilométricas de fãs entusiasmados para vê-la. Por onde ela passa, é uma festa.

Uma jornalista que abandonou a carreira para seguir o sonho de ser escritora, e hoje é reconhecida internacionalmente como autora best-seller da literatura infantojuvenil. Aos 47 anos de idade, 22 dedicados à literatura, Thalita não para de surpreender com histórias que aproximam cada vez mais os jovens do hábito da leitura.

E tudo começou no ano de 2001 com o lançamento do seu primeiro romance, Traição entre amigas. Desde então, são mais de 20 livros que levam seu nome e cruzam as barreiras da literatura, com adaptações para o teatro e para o cinema. Em 2022, ela chegou à marca extraordinária de 2,3 milhões de exemplares vendidos, com tradução para mais de 20 países, além de ter sido a autora brasileira mais vendida na Bienal do Livro de São Paulo. Daí vem mais um título para sua história – o de Rainha da Bienal. Thalita Rebouças é com certeza um fenômeno literário.

ÍDOLA DO PÚBLICO JUVENIL

Thalita conta que a produção para adolescentes começou muito por acaso, com a recepção do seu primeiro livro. Embora pensado para o público jovem adulto, Traição entre amigas acabou encantando leitores de 10 a 11 anos. “Vendo a identificação deles e o carinho por mim, eu falei: ah, vou escrever para essa galera. Eu resolvi focar neles, e o primeiro livro para esse público foi Tudo por um pop star.” As meninas representam 80% dos seus leitores, um dos motivos pelos quais identificamos tantas tramas e conflitos associados ao público feminino protagonizando as histórias.

A identificação com as obras de Thalita é uma das característi cas fortes de suas produções. Vivemos em um país plural, no qual a rotina, a cultura e os valores dos adolescentes são diferentes conforme as localizações geográfi cas. Mas, apesar de toda essa diversidade, os jovens conseguem se reconhecer nos personagens, nas experiências

e nas situações vivenciadas por eles em cada novo livro. Thalita relata que isso é algo muito emocionante para ela.

“O adolescente de qualquer lugar e realidade se identifica com o adolescente que sai da minha cabeça porque eles são muito de verdade. Teve uma vez que fui na inauguração da biblioteca que leva meu nome no Complexo do Alemão, uma menina foi me entrevistar e disse que, quando tinha 14 anos, fui na escola dela e ela ficou muito impressionada que já lia meus livros e falava para sua mãe: como que pode uma pessoa falar tão bem comigo, e não é da minha realidade, eu me sinto completamente aquela menina (Malu, do livro Fala Sério). Eu fiquei muito tocada, porque é muito bonito ver que uma menina da favela cresceu me lendo, hoje é jornalista e se inspira em mim. Mesmo a Malu sendo uma menina de classe média do Rio de Janeiro, ela se sentiu representada na personagem, porque é a alma, é a essência do adolescente que está em questão, mais do que o lugar onde ele está, se ele é preto, branco, hétero ou LGBT”, conta.

As inspirações da escritora vêm de diversos lugares. Da sua própria história e adolescência, de conversas com outras pessoas, dos passeios na praia, dos filmes e séries que assiste.

TRANSFORMANDO A LITERATURA ATRAVÉS DA DIVERSIDADE

Preocupada com a pluralidade e representatividade, Thalita apostou em um novo olhar que busca renovar a sua literatura. Em agosto deste ano, foram lançadas as adaptações nos oito volumes da série Fala Sério, publicada pela Rocco, um dos maiores sucessos de sua carreira. Os livros tiveram trechos alterados para versões politicamente

corretas que prezam pelo respeito. Um exemplo foi a substituição da expressão “programa de índio” por “uma roubada”.

O caminho de seus novos projetos vai ao encontro da comunidade LGBTQIA+. Em julho deste ano, o seu lançamento Confissões de um garoto talentoso, purpurinado e (intimamente) discriminado chegou ao mercado editorial para contar a história de um jovem de 19 anos que acaba de entrar na universidade, mas descobre seu verdadeiro dom em um curso profissional de maquiagem. Zeca é um garoto inteligente, alto-astral e bem resolvido com a própria sexualidade. Na trama, ele resolve criar um programa de entrevistas em que aparece montado como drag queen e acaba viralizando — uma história que teve como inspiração o filho de uma amiga de Thalita.

As reflexões da autora sobre pluralidade cruzaram as fronteiras do Brasil e chegaram a diferentes culturas. Os livros de Thalita são sucesso internacional de vendas, com uma repercussão maravilhosa em países como México, França, Espanha, Alemanha e Itália.

UMA AUTORA MULTIMÍDIA

Nasproduções para o teatro e cinema, adaptadas a partir de seus livros, como exemplo das gravações dos filmes Pai em dobro, Fala sério, mãe! e Tudo por um pop star, Thalita está sempre presente e envolvida com a preparação e finalização dos processos. Para ela, é muito importante estar bem presente em todos os departamentos para que as produções possam ser as mais fiéis possíveis ao seu DNA e à sua essência criativa.

Ela nos conta que está sempre dando pitaco e palpitando em tudo, do figurino à caracterização e direção de arte. “Eu gosto de ir para o set, gosto de ver os testes, eu sugiro muitos nomes para o elenco sempre. Com todos os filmes sempre foi assim, eu acho que vai ser assim por um bom tempo, ainda mais agora comigo assinando a maioria dos roteiros. Se eu não assino, estou supervisionando, então para ficar tudo com a minha carinha é importante que eu esteja presente”, relata.

PLANOS PARA O FUTURO

Onovolançamento da autora segue a temática LGBTQI+, e nasceu de uma vontade sua de escrever uma personagem lésbica. Natali e sua vontade idiota de agradar todo mundo , publicado pela editora Rocco, conta a história de uma menina de 15 anos que aproveita a época do Natal, e também do seu aniversário, para contar a todos sobre sua sexualidade. Com uma família muito bagunçada e disfuncional, ela encara o desafio de, a cada Natal, tentar confessar que é lésbica. É um livro que aborda os conflitos e o autoconhecimento da personagem. Thalita diz que está muito animada com o resultado do livro, que foi uma das experiências mais legais da sua vida. “Agora que eu estou crescendo nos meus personagens, e para acompanhar também o crescimento do meu público, depois de 22 anos, eu acho que não fazia sentido ter dois gays e não ter uma lésbica. Então eu fiz esse livro em que, na minha opinião,

eu volto às raízes dos Fala sério no sentido da leveza e do humor. Eu ri muito fazendo, revendo e revisando a Natali. É um livro que vai ter a capacidade de fazer muita gente gostar de ler. Eu acho que o livro vai pegar leitores desde 10, 12 a 16 anos, então estou muito animada. É um livro que fala sobre família, sobre romance e sobre diversidade, que é algo que eu quero cada vez mais em minhas obras”, destaca.

Os livros de Thalita contam diversas histórias e dramas que geram identificação com o público jovem e também com seus pais, pois são uma oportunidade de alcançá-los e de estabelecer uma conversa. Pensando em contribuir e ajudar as famílias em suas relações, a autora está trabalhando em uma nova obra que promete entregar muito conhecimento e informação. “Vem aí o livro Falando sério sobre adolescência, um livro de não fi cção, meu primeiro, que eu vou fazer junto com o Renato Caminha, meu marido, que é terapeuta especialista em adolescentes, e vai ser uma

conversa sobre a arte e a ciência para ajudar os pais a lidarem com esse momento tão difícil. Então a gente vai de A a Z falando sobre automutilação, bullying, crise, celular, depressão, educação, fobias e por aí vai. Cada letra vai ter alguns verbetes que a gente vai falar para ajudar a vida dos pais”, revela.

Thalita também vai se arriscar na produção de rimas, um projeto novo do qual ela ainda não pode falar muito. Mas, para os fãs que estão sempre de olho na sua carreira, ela nos dá alguns spoilers do que podemos esperar para o futuro.

“Tá vindo aí Um Ano Inesquecível: Verão, não sei ainda quando estreia, mas já está pronto. Tá vindo também Traição entre amigas e Uma fada veio me visitar , com a Xuxa estrelando, o que é um sonho para mim porque ela foi a fada da minha vida, e a gente começa a rodar agora em novembro. Depois tem Por que só as princesas se dão bem?, Era uma vez minha primeira vez, 360 dias de sucesso e mais coisas”, promete a autora mais animada do Brasil.

Fotos: arquivo pessoal

A MAGIA DOS LIVROS NUMA SELEÇÃO ESPECIAL DA

Mulheres que correm com os lobos

ISBN: 978-85-325-2978-7 R$ 79,90

CAPA DURA

Natali e sua vontade idiota de agradar todo mundo

ISBN: 978-65-5532-269-9 R$ 49,90

Harry Potter e a criança amaldiçoada

ISBN: 978-65-5532-268-2

R$ 59,90

As 48 Leis do Poder

ISBN: 978-65-5532-051-0

R$ 84,90

As vantagens de ser invisível

ISBN: 978-65-5667-013-3

R$ 44,90

CAPA DURA

Box Biblioteca Hogwarts

ISBN: 978-85-325-1570-4

R$ 174,90

Box Harry Potter tradição

ISBN: 978-65-5532-047-3

R$ 329,90

Roube como um artista

ISBN: 978-85-325-2842-1

R$ 34,90

A hora da estrela

ISBN: 978-65-5532-035-0

R$ 29,90

Jogos Vorazes

ISBN: 978-65-5532-073-2

R$ 54,90

É isto um homem?

ISBN: 978-85-325-0346-6

R$ 44,90

Um ano solitário

ISBN: 978-65-5532-248-4

R$ 59,90

Rádio Silêncio

ISBN: 978-85-7980-435-9

R$ 59,90

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www.ROCCO.com.br /editrocco @editorarocco @editorarocco /editoraROCCObrasil @roccoeditora
CAPA DURA LANÇAMENTO LANÇAMENTO

novidades e debates literários

UM PANORAMA SOBRE AS RECENTES NOTÍCIAS E PERSPECTIVAS DO MERCADO LIVREIRO

Em2022, após quatro anos, a capital paulista recebeu a 26ª Bienal do Livro. A feira aconteceu entre os dias 2 e 10 de julho, e contou com mais de 500 atrações, 300 autores nacionais e internacionais e oito espaços culturais. Entre os convidados, estiveram diversos nomes da literatura, como Ziraldo, Luiza Helena Trajano, Mauricio de Souza, Itamar Vieira Júnior e Jenna Evans Welch, autora do best-seller Amor & Gelato, além de Thalita Rebouças, a escritora brasileira mais vendida da Bienal. Neste ano, a Secretaria Municipal de Educação ofereceu um crédito de R$ 60 reais para estudantes e educadores usarem na compra de livros durante o evento.

A Vitrola Editora esteve presente na feira lançando o livro Fome, da autora carioca Iza Artagão. Diversos leitores prestigiaram o lançamento, tiraram fotos com a autora e garantiram a sua versão autografada com dedicatória especial. O thriller

psicológico é uma das apostas da editora, por se tratar de uma obra premiada nacionalmente.

Além disso, a Vitrola também participou da 30ª Convenção Anual de Livrarias, realizada dias antes da Bienal. O debate sobre a tributação dos livros foi um dos assuntos mais discutidos nas palestras e rodas de conversa, bem como debates sobre o Projeto de Lei 49/2015, que propõe que todo livro receba da editora precificação única por um ano, numa tentativa de garantir que todas as livrarias tenham a mesma condição de logística e comercialização. O ponto de vista que ganhou mais força nos encontros foi o da defesa das livrarias e das pequenas editoras.

Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, o mercado livreiro apresentou um crescimento de 6,61% em relação ao ano passado no primeiro semestre do ano, contando com um faturamento de

R$ 161 milhões em 2022. A Vitrola Editora e Distribuidora está inserida nessa curva de crescimento, superando as metas a cada mês e apresentando alternativas e diversidade aos seus clientes. Exemplo disso são os lançamentos programados para os próximos meses, como Crime e Castigo, Os contos de Grimm e A Dama das Camélias.

Vitor Manfio - Editor da Vitrola Editora

"na chuva ou no frio, minha casa é o brasil, em todas as cidades"

Odirlei Bieseki, funcionário destaque da Vitrola, conta que encontrou a sua paixão e realização profissional ao tornar-se motorista da empresa

Dotrabalho no campo no interior do Rio Grande do Sul às viagens pelas grandes cidades do Brasil. Assim está sendo a trajetória de Odirlei José Bieseki, 39 anos, motorista entregador da Vitrola Editora e Distribuidora. Nascido em Vicente Dutra, cidade vizinha de Frederico Westphalen, ele faz parte da equipe desde 2018, quando iniciou o desafio de guiar a van carregada de livros rumo aos nossos clientes.

Diferente dos outros cargos ocupados no passado – operador de máquinas pesadas e empilhadeiras, conferente de cargas e garçom –, é atuando como motorista que Odirlei se realizou. “Apesar do perigo permanente das estradas e da distância da família, ser motorista é a profissão que mais gosto, pois nos proporciona conhecer todo dia um lugar diferente, e ser motorista da Vitrola é ter a responsabilidade de transportar o conhecimento para todos”, destaca ele.

Prestes a completar quatro anos como profissional da Vitrola, Odirlei sabe que o seu trabalho é tão importante quanto o de qualquer outro setor, por isso, todos os dias

procura dar o melhor de si. Afinal, comenta ele, “sem os motoristas entregadores os livros não chegariam até os pontos comerciais”. A atenção plena no trânsito e na realização das entregas, além de valores como responsabilidade, honestidade e pontualidade, são seus companheiros diários de viagem.

Passar a maior parte da semana longe de casa é com certeza um dos desafios da profissão, mas ele afirma que os benefícios e o suporte oferecido pela empresa são essenciais e muito importantes nesses momentos, tornando a tarefa mais fácil e prazerosa.

Odirlei faz parte da história que a Vitrola está construindo. Para ele, um dos momentos mais marcantes nessa caminhada foi a mudança da Distribuidora do centro da cidade para a nova sede, onde estamos atualmente. Além do espaço amplo

e moderno, que contribui para o melhor desempenho das funções diárias, ele acredita também que a localização ficou mais prática e de fácil acesso para todos.

Fazer parte da família Vitrola é um orgulho que o profissional carrega junto com a felicidade de integrar a equipe de motoristas. “A empresa está sempre honrando seus compromissos com os colaboradores e clientes. Para mim, é a melhor empresa em que já trabalhei”, conclui.

Foto: Eduarda Della Méa

Vitrola, 35 anos dedicados à cultura

Uma empresa visionária que conquistou lugar entre as maiores distribuidoras de livros do Brasil

Situadaem Frederico Westphalen, interior do Rio Grande do Sul, a Vitrola iniciou sua história como uma locadora de DVDs na cidade vizinha, em Iraí. Com o passar do tempo, transformou-se em uma grande distribuidora de CDs e DVDs e hoje está entre as maiores distribuidoras de livros do Brasil.

Mas a trajetória de sucesso construída ao longo dessas três décadas também teve seus desafios. O maior deles foi realizar as adaptações necessárias na empresa para acompanhar o mercado a cada ano.

As fitas cassetes foram trocadas pelos DVDs, a estrutura ganhou o espaço café com um ambiente agradável que acolheu os clientes. De repente, os CDs foram diminuindo, os livros invadiram a Vitrola e chegaram para ficar. O catálogo de produtos aumentou, as equipes foram crescendo e a Vitrola inaugurou franquias em mais duas cidades gaúchas: Santo Ângelo e Lajeado. Além disso, a Distribuidora teve um crescimento exponencial e ganhou uma sede moderna, funcional e

Em 2020, os gestores da empresa aproveitaram um insight literário e tiraram do papel o grande sonho de ser também uma editora de livros. Com isso, a Vitrola passou a lançar clássicos da literatura nacional e internacional e obras inéditas. A Editora é responsável por avaliar os textos originais, traduzir do idioma de origem para o português, revisar a gramática e a semântica, acompanhar o processo de diagramação e desenvolver o projeto criativo de ilustração, até que o livro possa ser impresso e comercializado para todos os clientes com o selo da Vitrola Editora.

A Vitrola sempre foi uma empresa visionária. Por isso, sabe da responsabilidade de desenvolver esse projeto, que apresenta um potencial muito grande de crescimento. Completando dois anos em agosto de 2022, a editora já ultrapassou 90 mil livros vendidos — uma marca que pretende superar a cada novo ano.

PLANOS PARA O FUTURO

AVitrola segue prosperando no mercado livreiro e editorial, com planos de inaugurar novas instalações na região metropolitana nos próximos anos. O novo centro de distribuição favorecerá o processo de logística e as ações conjuntas desenvolvidas nas franquias Vitrola, além de facilitar o contato e as negociações com autores em potencial.

Para o diretor, Ramir Severiano, “o maior diferencial da empresa é a propagação do conhecimento em diversos pontos alternativos no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná e em São Paulo. Nossa missão é levar o livro a lugares onde ele jamais estaria.” Expandir horizontes e chegar a novos estados também está nos planos da empresa. Atualmente, a Vitrola possui uma carteira com mais de 2,5 mil clientes conveniados, que inclui livrarias, papelarias, farmácias, lotéricas, lojas de conveniência, restaurantes, lojas de bazar e presentes, cafeterias, entre outros locais que revendem os produtos distribuídos pela marca. Com essa estratégia inovadora, a Vitrola promove a leitura e o acesso aos livros.

Provas dessa trajetória de sucesso são as menções de reconhecimento

EU FAÇO PARTE DESSA HISTÓRIA

Muitas pessoas passaram pela Vitrola ao longo destes 35 anos. Algumas partiram, rumo a novos desafios, e muitas acreditaram na empresa e trilharam juntas esse caminho de desenvolvimento, crescimento e inovação. Para homenagear todos aqueles que fazem parte da nossa equipe, convidamos os profissionais com mais tempo de casa para darem o seu depoimento!

"O livro não é apenas uma ferramenta de conhecimento e informação: ele representa a esperança de um mundo melhor. A leitura pode transformar realidades, e saber que nós podemos proporcionar essa mudança nos enche de orgulho."

OLGA ELIOMAR B. STRZELECKI, 22 ANOS DE VITROLA

Osucesso da Vitrola é a prova da competência, do talento e do profi ssionalismo de toda a equipe.

RUDINEI BARCAROL, 22 ANOS DE VITROLA

Comemorar os 35 anos de Vitrola é motivo de grande alegria. Posso afirmar que, assim como a empresa cresceu e se desenvolveu com o passar do tempo, a nós também foi dada essa oportunidade, tanto na esfera profissional como pessoal. Espero que a Vitrola continue sendo esta empresa de vanguarda, gerando muitos empregos, disponibilizando a cultura através dos livros aos recantos mais longínquos do Sul do país, e quem sabe em breve a todo o Brasil, oportunizando o desenvolvimento de todos. E que sigamos levando conhecimento às pessoas através da leitura.

SEVERINO PIOVESAN, 18 ANOS DE VITROLA

Gratidão é a palavra certa para definir o que eu sinto pela oportunidade de hoje ocupar um lugar dentro da Vitrola! Sempre sonhei em estar em uma empresa como esta. Obrigado a todas as pessoas que contribuíram para meu sucesso e para meu crescimento pessoal e profissional. Sou o resultado da confiança e da força de cada um.

SIMONE POSSER, 14 ANOS DE VITROLA

Dinamismo, propósito e inovação é o que define a história de 35 anos da Vitrola. Uma empresa que é inquieta e está sempre buscando levar a cultura e a leitura para as pessoas. Sou grata por fazer parte dessa equipe há 14 anos e de ter tido a oportunidade de evoluir como pessoa e profissional. Assim é a Vitrola: acredita nas pessoas, proporcionando capacitação, crescimento e desenvolvimento profissional.

CLARA WILHELM, 26 ANOS DE VITROLA

Encantamento é a palavra que define a trajetória da Vitrola nestes 35 anos de história, através do comprometimento em buscar constantemente inovações para encantar seus colaboradores e clientes. Sou muito agradecida e orgulhosa em poder crescer e acompanhar esta grande família em minha jornada de 26 anos.

Ramir Severiano, Diretor da Vitrola Editora e Distribuidora

Quadrinhos japoneses são protagonistas na lista dos livros mais vendidos no país em 2022

Osquadrinhos japoneses, mais conhecidos como mangás, estão entre os produtos culturais cada vez mais populares e consumidos em todo o mundo. Mesmo sendo um produto que tem origem na cultura oriental, e que apresenta características muito diferentes dos quadrinhos ocidentais, a qualidade das obras e suas narrativas conquistaram espaço em diversos países, incluindo o Brasil.

Mas o mangá pode ser uma leitura desafiadora para aqueles que se aventuram por suas histórias. Isso porque, entre as suas principais características, destacam-se os traços dos desenhos com expressões faciais exageradas, como olhos grandes e expressivos, além de elementos metalinguísticos diversos que enriquecem a narrativa. Também apresentam diferenças marcantes em relação às HQs tradicionais, como o modo de leitura, que acontece da direita para a esquerda, e de trás para a frente, e as ilustrações em preto e branco. E são exatamente esses detalhes que vêm conquistando os leitores.

HISTÓRIA DO MANGÁ

que quer dizer involuntário , e gá , que representa desenho ou imagem. O diretor e roteirista Osamu Tezuka, falecido em 1989, é considerado o principal mangaká – nome dado aos desenhistas de mangá.

Na década de 1920 as histórias caíram no gosto popular, principalmente entre os jovens, e passaram a ser publicadas por algumas editoras. Mas a fama das HQs japonesas, como as conhecemos atualmente, só ocorreu depois do fim da Segunda Guerra, já que as HQs eram objeto de lazer e fuga da realidade para os japoneses que saíram derrotados.

sendo alguns dos títulos mais vendidos na ocasião. Fato esse que se repetiu na Bienal do Livro de São Paulo, em 2022. De acordo com a organização responsável pela feira, títulos como Naruto, Demon Slayer, Haikyu e My Hero Academia foram os destaques de vendas.

As plataformas de streaming são parte fundamental da popularização desse estilo de histórias em quadrinhos. Em entrevista ao site da Bienal, Douglas Bettioli, analista de marketing da Panini, relatou que desde os anos 2000 a forte presença dos animes na cultura pop ocidental tem impulsionado a venda de mangás.

No Brasil, os mangás marcam presença na lista dos 20 livros de ficcção mais vendidos de 2022, organizada pela PublishNews, com cinco edições diferentes. Se você ainda não é um leitor do gênero, mas tem curiosidade de conhecê-lo, nós te apresentamos as opções preferidas dos brasileiros!

Oprimeiro

caderno com histórias desenhadas em sequência foi publicado no século XIX pelo pintor Katsushika Hokusai. A série foi intitulada como Hokusai Mangá e teve 15 volumes, e sua criação inspirou as produções japonesas. Depois desse acontecimento, os quadrinhos passaram a ser chamados de mangás. A palavra é uma união de expressões da língua nativa: man,

No Brasil, a editora Cedibra foi a responsável pela primeira publicação de mangá, em 1988. Porém, as artes foram colocadas ao contrário para que a leitura fosse feita de maneira tradicional pelos leitores, facilitando assim o acesso ao conteúdo. A partir dos anos 2000, a editora Conrad publicou Dragon Ball, dando início à publicação dos mangás nos formatos originais.

Em 2021, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, os mangás ficaram em evidência em solo brasileiro,

7º lugar: Demon Slayer: Kimetsu No Yaiba – Volume 1

11º lugar: One Piece 3 em 1 –Volume 1

13º lugar: Jujutsu Kaisen: Batalha de Feiticeiros – Volume 1

16º lugar: Demon Slayer: Kimetsu No Yaiba – Volume 2

18º l ugar: My Hero Academia –Volume 1

Aeducação e criação dos filhos é um desafi o cada vez maior. As mudanças tecnológicas e culturais constantes exigem que os pais precisem estar atentos e dispostos a aprender com as novas gerações e com o mundo à sua volta. Mas, e se existisse um manual de instruções para guiá-los nessa tarefa, a vida seria mais simples? A resposta, de acordo com Willian Cardoso e Gitânia Vargas, é sem dúvida sim!

Autores do livro Formando Pais, lançado em maio deste ano pela Vitrola Editora, eles acreditam que a obra vai transformar as relações familiares e trazer felicidade a partir de novas descobertas e aprendizagens. E ainda garantem: tudo o que você precisa saber para fazer a diferença na criação e na educação dos seus filhos está no livro!

Em um bate-papo com a Vitrola, os autores contaram um pouco sobre suas histórias de vida e inspirações para a criação do livro!

Contem-nos um pouco sobre suas histórias de vida, suas formações e carreiras profissionais e quais fatores os direcionaram para seus campos de atuação.

WILLIAN: Meu nome é Willian Cardoso, e na estruturação do Formando Pais eu cumpro o papel de filho. Um filho que, apesar de todas as dificuldades no processo de criação, deu certo, pois tive criadores que fizeram um excelente trabalho, mesmo com suas limitações e falta de conhecimento técnico.

Sou especialista em comportamento humano, formado em todas as áreas de atuação de Coaching que existem dentro do Brasil, Hipnólogo, Renascedor, Grafólogo, Praticante Profissional de Programação Neurolinguística com três formações nacionais e trabalho com Comportamento Humano há mais de 13 anos.

Em determinado momento da minha história, tive o privilégio de conhecer uma pessoa fantástica chamada Gitânia Vargas. Ela chegou até mim com a ideia de criar algo para auxiliar os pais, que, em sua visão, estavam carentes de ferramentas para enfrentar uma jornada tão complexa como a da maternidade e a da paternidade.

do Ensino. Durante 23 anos atuei na área educacional, como Professora, Orientadora Educacional, Coordenadora pedagógica e Diretora de escola.

Na busca de conhecimento para aprender a lidar com meus filhos e ajudar meus alunos e suas famílias, conheci Willian. Ele me ajudou a compreender sobre como funciona a mente dos meus filhos e me apresentou a Programação Neurolinguística.

No livro Formando Pais vocês demonstram que o amor verdadeiro não tem medo de educar. Como os pais que não conseguem impor limites, estabelecer regras e/ou corrigir comportamentos inadequados podem incorporar esse pensamento e transformar suas ações?

GITÂNIA: Eu sou Gitânia Vargas e, dentro do Formando Pais, cumpro o papel de mãe e educadora.

Ser mãe foi uma escolha que fiz desde muito cedo. Meu desejo era ser uma mãe que realmente fizesse a diferença na vida dos filhos, o que tem origem na minha própria história, pois era agitada e, muitas vezes, meus pais não sabiam lidar comigo. Hoje, sei que eles fizeram o melhor que podiam e sou muito grata pela criação que tive.

Fiz o curso de Magistério, Pedagogia com habilitação em Orientação Educacional e Educação Especial. Também fiz Especialização em Psicopedagogia Escolar e Metodologia

Acreditamos que entendendo o que realmente é amor no sentido essencial, aquele amor que cuida, protege, estimula e também ensina, corrige os comportamentos e prepara para a vida real. Os limites fazem parte do amor.

Uma criança não nasce sabendo regras, elas precisam ser ensinadas. Ao longo da infância, elas ainda não têm maturidade para saber o que é melhor para seu desenvolvimento. São os pais os responsáveis por transmitir as regras, até que estas sejam internalizadas e passem a fazer parte da vida da criança.

“As palavras movem, mas é o exemplo que arrasta.”
Willian e Gitânia, autores do livro, falam sobre os principais temas abordados na obra em uma entrevista exclusiva à Vitrola

Saber as consequências a longo prazo de não colocar os limites ajuda os pais a desenvolverem essa convicção da importância de educar de forma assertiva hoje, para evitar problemas amanhã.

Lidar com as frustrações é um dos grandes desafios da criação. Saber passar por essas situações ajuda os pequenos(as) a ter um desenvolvimento emocional saudável e a adquirir confiança. Qual a importância de deixar a criança se frustrar e guiá-la para saber enfrentar as dificuldades e desafios?

É no ambiente familiar e nas relações com os pais e criadores que uma criança, desde bebê, aprende a se comportar, aprende como é a vida, como é o mundo e como ela deve agir diante das adversidades.

Percebemos que os pais têm dificuldade de ensinar as crianças a lidarem com a frustração. Muitas vezes, por excesso de proteção e cuidado, alguns não permitem que os filhos passem por situações que gerem frustração. No entanto, deixar uma criança sentir a frustração é necessário, pois é um exercício de percepção das emoções.

O que observamos hoje nas realidades de muitas famílias é que, por falta do conhecimento que frustração faz parte da vida, vem se construindo uma geração de crianças despreparadas. O prejuízo é muito grande quando crio uma criança frágil. Como consequência, temos adolescentes adoecidos emocionalmente, com medo de lidar com os desafios da vida.

As crianças adquirem muitos dos padrões de comportamento de seus pais, tanto pelos processos de imitação quanto de identificação. Nesse sentido, qual a importância do exemplo no desenvolvimento da personalidade e do estilo de vida? Como os pais podem avaliar e repensar a imagem que estão passando aos seus filhos?

A primeira consciência que um pai e uma mãe precisam ter é: EU SOU O EXEMPLO EM QUE MEU FILHO SE ESPELHA. As crianças aprendem tudo, o tempo todo. As palavras dos seus pais têm poder, pois nessa fase da vida há uma confiança e uma admiração muito fortes. Mais importante do que as palavras, são as ações dos pais que serão imitadas e com o tempo aprendidas pelas crianças, tornando-se padrões comportamentais.

Contudo, talvez você se pergunte como em algumas situações crianças que vêm de uma realidade extremamente difícil conseguem se transformar em grandes homens e mulheres e não seguem o exemplo de seus pais. A resposta para esse fenômeno é simples: nós somos o exato/exato ou o exato/oposto dos nossos pais. Quando o exemplo é muito ruim, por repulsa a esses comportamentos, normalmente a criança passa a viver uma vida totalmente diferente de seus criadores.

A obra nos ensina que ter um tempo de qualidade com os filhos pode gerar muitos resultados positivos. Contudo, vivemos em um mundo sobrecarregado, em que o tempo é algo cada vez mais precioso. Como os pais podem gerenciar melhor a sua rotina para que consigam passar momentos preciosos e importantes em família?

Esse tempo de qualidade é uma escolha diária e ao mesmo tempo a compreensão de que não posso terceirizar a responsabilidade pela educação dos meus filhos.

Não importa a jornada de trabalho ou a rotina da vida – dedicar um tempo por dia para convivência é necessário, tanto para o fortalecimento do vínculo afetivo como para educar. Esse tempo pode ser para uma conversa em que a criança conte como foi seu dia ou também para que você conte o que fez. Pode ser uma brincadeira, um jogo ou até mesmo a leitura de um livro antes de dormir. O importante é fazer de cada momento uma oportunidade de convivência.

Qual conselho vocês dariam aos pais que precisam de uma orientação para uma educação assertiva?

A aprendizagem que queremos deixar é que criar filhos de forma instintiva tem 50% de chance de dar errado. Se você ama seu filho ou filha e deseja ser um bom pai e uma boa mãe, você precisa se PREPARAR para educar de forma assertiva e sem medo.

Conhecer a mente de uma criança e saber lidar com os comportamentos em cada fase do desenvolvimento infantil é indispensável para quem tem a responsabilidade de construir um ser humano e, dessa forma, um mundo melhor.

Gitânia Vargas e Willian Cardoso, autores do livro Formando Pais

CLÓVIS DE BARROS FILHO, O PROFESSOR, PENSADOR E EXPLICADOR BRASILEIRO

Um dos autores best-sellers no Brasil, que estimula os leitores a refl eti r sobre a vida e suas razões, lançou em julho deste ano um livro inovador e carismático. Epaminondas, o gato explicador, da editora Citadel, é a nova obra de Clóvis de Barros Filho. Jornalista, professor de filosofia, palestrante e pensador brasileiro, Clóvis conta um pouco sobre a idealização do projeto que deu vida ao livro Epaminondas, além de elucidar seu papel como explicador. Confira a entrevista exclusiva à Vitrola.

No que me diz respeito, sou apenas professor. Eis o meu papel. Tornar mais simples o pensamento que na sua origem pode ser bastante hermético. É um trabalho que pode aproximar a filosofia de um público mais amplo.

Aceito a alcunha de intelectual, desde que nos entendamos sobre ela. De fato, uso minhas faculdades intelectivas para viver. Se for isso que chama de intelectual, então estamos de acordo. Gosto de estabelecer uma distinção entre filósofo, comentador e professor, no caso, de filosofia. O primeiro pensa o mundo de modo original e submete seu pensamento aos seus pares. O segundo parte do pensamento do primeiro para analisá-lo. Muitas vezes, com extraordinária riqueza, indo muito além do texto que analisa. O professor, por sua vez, explica a produção do primeiro e, eventualmente, inscreve-o numa cronologia facilitadora da sua compreensão. Para tanto, ele costuma se servir dos comentários do segundo. Nada impede que esses dois últimos coincidam na mesma pessoa. Isto é, que o comentador seja também professor.

Você pode considerar o sucesso no seu sentido espanhol. Um acontecimento. E de fato, mesmo para nós, quando há sucesso, algo acontece. No sucesso há uma aproximação entre o que se pretendia alcançar para si e o que efetivamente se obtém agindo sobre o mundo. O sucesso é um alinhamento entre o desejado e o obtido, entre o pretendido e o logrado. Ele pode, de fato, ter a ver com a própria natureza, talentos, e o ponto de chegada nesse caso se chama excelência. Mas o sucesso pode resultar de uma convenção. De um entendimento social. E, nesse caso, objetiva algum tipo de poder. São os outros a dizer o que você deve alcançar para ser socialmente considerado bem-sucedido. Neste caso, mobiliza-se muita energia para ir atrás de resultados, metas, goals, targets, e outros afins que podem pouco ou nada ter a ver com a vida boa de quem os persegue.

Esse é o livro de minha autoria de que mais gosto. Não digo que seja o melhor porque não tenho condições de avaliar, sobretudo comparativamente. Foi também o livro que mais gostei de escrever. E esse prazer se deve ao amor pelo gato que nasceu ao longo de intensa convivência. O projeto surgiu da longa observação do seu comportamento. Em especial nos momentos em que claramente se põe a contemplar meus movimentos com a contrição recomendada pelos grandes pensadores anti gos. Epaminondas registra o que vê e toma todo o tempo do mundo para tirar suas conclusões. Desse modo, ele intercala a fase de coleta de dados, olhando com atenção o que acontece à sua volta, e a fase analíti ca, em que, olhando para o nada, digere suas impressões arti culando-as ao seu rico repertório de experiências.

O projeto ganha principal interesse por eu ter certeza do quanto o gato reprova boa parte do que vê. Constatando as razões pelas quais a vida vai se tornando atribulada e a alma perturbada. Epaminondas discute e critica os valores que dão fundamento aos meus esforços. E a certeza disso foi o empurrão definitivo para a redação do livro. Acredito ter sido fiel ao que minha imaginação pareceu captar dos supostos pensamentos do gato.

Você é um dos principais intelec- Epaminondas, o gato expli, um livro que traz as profundas
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