Revista Vitale Saúde 11ª edição

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REVISTA

11ª EDIÇÃO.2020 CORPO - VIDA - MENTE Campos dos Goytacazes - RJ

ESPECIAL

COVID-19 VERMELHO & LARANJA

O NH JU

revistavitalesaude MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO

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Saúde Mental na pandemia


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INÍCIO COVID-19

O INÍCIO DA PANDEMIA DA COVID-19 EM CAMPOS E NO MUNDO ................................................................................................................................................................................

O primeiro caso foi registrado na China, mas a pandemia causou impacto no mundo todo Apesar de ter ganhado extrema notoriedade apenas em 2020, o coronavírus já existe na humanidade desde 1937, segundo o Ministério da Saúde. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, que era semelhante a uma coroa. Cientistas apontam que a maioria das pessoas se infecta ao longo da vida com os coronavírus comuns que são: HKU1, NL63, OC43 e 229E, associados a doenças com sintomas mais leves. A Covid-19 pertence ao grupo do coronavírus (coronaviridae), e este agente causador provoca uma variedade de doenças no homem e nos animais, especialmente no sistema respiratório. O vírus é identificado cientificamente como SarsCoV-2, causador da Covid-19. Por ter começado a registrar casos recentemente no mundo, o tratamento e a vacina da Covid-19 ainda estão sendo estudados por cientistas do mundo inteiro, sendo que o Brasil, Estados Unidos e China são os países que lideram as pesquisas. A Covid-19 surgiu no mundo em Wuhan, na China. A origem dessa doença tem várias interpretações, que também estão sendo avaliadas pelas autoridades de saúde do mundo todo, uma delas é que o surgimento aconteceu a partir de animais silvestres, já que existem quase 40 tipos diferentes desse vírus identificados em animais. Os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados em um grupo de pessoas que estiveram no mesmo mercado popular da cidade de Wuhan, onde eram vendidos vários tipos de animais selvagens vivos, como cobras, morcegos e castores, que teriam ficado doente e passado o vírus para os consumidores, mas ainda não há uma confirmação que a doença possa ser transmitida do animal para ser humano. O primeiro alerta do governo chinês sobre o surgimento do novo coronavírus foi dado em 31 de dezembro de 2019, mas na ocasião, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada de que os casos seriam de pacientes com pneumonia. Já no dia 9 de janeiro de 2020, a OMS e as autoridades chinesas anunciaram que o resultado das primeiras análises sequenciais do vírus, indicava que esses casos de pneumonia, eram de pessoas que contraíram a Covid-19. Apenas dois dias depois da descoberta, em 11 de janeiro, a primeira morte por decorrência da doença foi anunciada pelas autoridades chinesas. Em 13 de janeiro, a OMS notificou o primeiro caso de uma pessoa infectada fora da China. A notificação foi feita na Tailândia, onde uma mulher com pneumonia leve foi infectada após uma viagem em Wuhan. No dia 21 de fevereiro, o Ministério da Saúde emitiu uma lista de países em alerta para a Covid-19, sendo: China; Tailândia;

Japão; Singapura; Coreia do Sul; Coreia do Norte; Vietnã e Camboja.

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Sete dias depois essa lista foi ampliada com o acréscimo de Alemanha, Austrália, Emirados Árabes, Filipinas, França, Irã, Itália e Malásia. Até então, o Ministério da Saúde monitorava quatro casos suspeitos de infecção pelo coronavírus, sendo três em São Paulo e um no Rio de Janeiro. No dia 26 de fevereiro, o primeiro caso foi confirmado no Brasil. O paciente infectado foi um homem de 61 anos que viajou à Itália, que deu entrada no Hospital Albert Einstein. O Ministério da Saúde chegou a afirmar que o primeiro caso da doença aconteceu no dia 23 de janeiro, mas pouco tempo depois, a equipe anunciou que houve um erro. Dois dias depois da descoberta, 16 estados brasileiros já monitoravam pacientes com suspeita da doença. No dia 29 de fevereiro, outra pessoa que havia chegado da Itália testou positivo para a doença. Em março, a lista de países monitorados subiu para 27. No mesmo mês, o Brasil registrou a primeira transmissão interna da doença, que aconteceu em São Paulo. A Organização Mundial da Saúde decretou estado de pandemia de coronavírus, no dia 11 de março. Também neste dia, São Paulo e Rio de Janeiro começaram a registrar casos de transmissão comunitária, quando não é identificada origem da contaminação. No dia 17 de março, o Brasil registrou a primeira morte por decorrência da Covid-19. O óbito aconteceu em São Paulo, onde um idoso de 62 anos morreu. Ele tinha comorbidades como diabetes e hipertensão. Dois dias depois, os órgãos de Saúde de diferentes regiões confirmaram 533 casos de contaminação pelo coronavírus em 20 estados e no Distrito Federal. Também em março, no dia 23, Campos registrou a primeira notificação da doença. O paciente havia chegado de uma viagem para São Paulo. Um mês após o primeiro caso de Covid-19 no país, o Ministério da Saúde divulgou que foram registrados 2.915 casos da doença confirmados no Brasil, sendo que 77 mortes foram registradas. No dia 1º de abril, São Paulo, epicentro da doença no país, contava com o registro de 2.981 casos confirmados da doença e 164 mortes. Segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde, até maio, 196 países já foram afetados pelo coronavírus. Na ocasião, os Estados Unidos foi considerado o epicentro da doença no mundo, com mais de 100 mil mortos. Na tabela, o Brasil ficou em segundo com 25.697 mortes. No mundo, a Covid-19 tirou a vida de 369.627pessoas até o mês de maio. Revista

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AVANÇO ECONOMIA COVID-19

MEDIDAS RESTRITIVAS E ALTERAÇÕES NO COTIDIANO

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Os países, estados e municípios se adaptaram para evitar o avanço do coronavírus Isolamento social, distanciamento social, quarentena e lockdown, são algumas das recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)durante o período da pandemia do novo coronavírus. As medidas foram seguidas pelo Ministério da Saúde do Brasil, que ficou em alerta após a grande quantidade de casos confirmados em outras regiões do mundo. O distanciamento social é a iniciativa voluntária do ser humano de se afastar das pessoas, mesmo não estando doente, para evitar o contato com indivíduos que podem estar infectados. Já o isolamento social é uma recomendação médica para aquelas pessoas que tiveram contato com alguém infectado ou para quem está esperando o resultado de testes que confirmem ou descartem a contaminação de uma doença. Há dois tipos de isolamento: o vertical (para quem pertence ao grupo de risco) e o horizontal (inclui todos aqueles que podem ficar em casa), sendo este último é o que está em vigor no Brasil. A quarentena é uma medida imposta pelas autoridades (em escala municipal, estadual ou federal) na qual todos os estabelecimentos não essenciais são fechados. O objetivo é diminuir o trânsito de pessoas nas ruas. Já o lockdown é, na prática, a medida mais radical imposta por governos para que haja distanciamento social, uma espécie de bloqueio total em que as pessoas devem, de modo geral, ficar em casa. O lockdown é aplicado quando as medidas anteriores não apresentaram um bom resultado. Embora as medidas sejam recomendadas pelos principais órgãos de saúde, nem todos os países, estados e municípios seguiram as orientações. Alguns governos buscaram se adaptar de acordo com a realidade vivida por cada região. O Uruguai, por exemplo, não adotou medidas rígidas, como o lockdown ou o uso de máscaras de forma obrigatória. O governo optou pelo isolamento voluntário e adotou algumas medidas de prevenção. A própria população correspondeu e suspendeu atividades coletivas, além de restrições no funcionamento de comércios, especialmente os estabelecimentos gastronômicos. Os comerciantes que optaram em manter os estabelecimentos abertos, mantiveram o uso de mascaras, uso do álcool em gel e controle no número de pessoas no interior dos estabelecimentos. O funcionamento das atividades comerciais é importante para a economia de um país já que a taxa de desemprego e demissões será menor. No dia 13 de março, foram registrados os quatro primeiros casos de contaminação pelo novo coronavírus no Uruguai. No mesmo dia, o governo anunciou a suspensão das aulas. O país, que tem uma população estimada de 3,5 milhões de habitantes, fez mais de 36.500 testes para detectar a Covid-19. Até o início de junho, 23 pessoas morreram por consequência do novocoronavírus e 825 pessoas foram

NOTA DA EDIÇÃO

É proibido a reprodução parcial ou total das matérias, artigos, imagens, fotos e anúncios feitos pela Revista Vitale saúde e bem estar sem a prévia autorização, por escrito, da Editora. Os conceitos emitidos nos artigos assinados são de total responsabilidade dos seus autores e não representam, necessariamente, o pensamento da direção da Revista. Esclarecemos ainda que os colaboradores efetivos ou eventuais das nossas publicações participam de forma espontânea e, logo, não possuem vínculo empregatício. 5.000 EXEMPLARES IMPRESSOS. Revista

DIRETORA E DIRETORIA ADMINISTRATIVA - Valéria Ferraz e Gustavo Carvalho JORNALISTA RESPONSÁVEL - Julia Beraldi - Registro 0040286/RJ - FOTOS - Pesquisa, Ale Corveloni e Arquivo pessoal dos entrevistados REVISÃO - Julia Beraldi - COMERCIAL - Valéria Ferraz (22) 99884-4441 PROJETO GRÁFICO - Gustavo Carvalho - DIAGRAMAÇÃO E CAPA - Gustavo Carvalho

infectadas. Com algumas mudanças, o país se prepara para retornar a normalidade. Diferentemente do Uruguai, o Brasil registrou até o início de junho, 30.079 mortes por consequência da doença e 530.733 pessoas infectadas. Alguns estados como São Paulo também apresentam planos de retomada, contrariando a OMS, que aconselha a volta somente após o controle total da pandemia no país, e que também orienta para que quando houver o retorno, sejam adotadas medidas de higiene. O Brasil mantém índices de isolamento social abaixo do que é considerado ideal pelo Ministério da Saúde, que é de mais de 70%. No início de junho, o país registrou 40,7% de isolamento social segundo um levantamento da In Loco, empresa que faz pesquisas utilizando a localização de usuários de aplicativos de aparelhos celulares. Como a população não correspondeu com a adesão às medidas restritivas, alguns governadores e prefeitos optaram pelolockdown, como foi o caso do Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Tocantins e Amapá. Foi o que também aconteceu na cidade de Campos dos Goytacazes, no dia 18 de maio, quando o prefeito decretou lockdown, após o município atingir100% da capacidade de leitos de UTI e totalizar 200 pessoas infectadas. O município é adepto a todas as medidas de segurança recomendadas pelas autoridades de saúde: o governo municipal criou o uso obrigatório de máscaras e realiza atividades de monitoramento para evitar aglomerações, além de ter restringido as atividades comerciais. Até o dia 1º de junho, 41mortes foram confirmadas no município e 783 foram infectadas. Campos também tem um plano de retomada das atividades. Não foi o caso de Trajano de Moraes, na Região Serrana do Rio, que apesar de ter mantido o controle de entrada e saída dos moradores da cidade desde o início da pandemia, o município não adotou medidas rígidas no combate à Covid-19. As autoridades de Trajano de Moraes recomendaram o uso de máscaras e álcool em gel, mas o comércio não foi fechado. Até abril, Trajano de Moraes era o único entre os 91 municípios do estado que não havia pacientes positivos para a Covid-19, com a população estimada de 10.626 habitantes. Apesar disso, a prefeitura não descarta tomar medidas mais rígidas caso seja identificado um surto da doença no município.

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PSICOLOGIA

CRESCIMENTO DA PROCURA POR ATENDIMENTO PSICOLÓGICO NA PANDEMIA ................................................................................................................................................................................

Em meio ao período conturbado provocado pela Covid-19, a psicologia passou a ser uma grande aliada da população Historicamente a psicologia sempre foi uma área rodeadade muitos preconceitos, mas com o avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil, as pessoas passaram a ser obrigadas a cumprir medidas restritivas, sendo que muitas não conseguiram lidar com a situação, começaram a buscar auxilio de profissionais especializados no ramo. A psicóloga Lívia Vasconcelos afirma que os atendimentos no consultório aumentaram consideravelmente.“Sempre existiu um tabu na busca por terapia. Com a pandemia eu acredito que, embora a gente esteja passando por diversas dificuldades, a psicologia cresceu. Ela vem tomando a posição na sociedade que sempre deveria ter, fazendo as pessoas compreenderem que sem saúde mental a gente não consegue fazer mais nada. O que percebemos é que as pessoas, em geral, ficaram um pouco mais deprimidas e mais ansiosas. O indivíduo que já tinha algum sintoma, na pandemia, intensificou, mas a culpa não é desse surto. Esse momento, tão deliciado, impulsionou a reflexão sobre os valores pessoais, sobre si mesmo, sobre o mundo e tais reflexões geram diversas inquietações e dúvidas. Diante disso o atendimento psicológico cresceu bastante. ”, relatou. A especialista alerta que a saúde mental é muito mais importante do que as pessoas costumam achar e que fatores psicológicos interferem significativamente na saúde física e enfatiza: “as crises de ansiedade, os picos de estresse e a depressão, por exemplo, podem afetar o sistema imunológico. As ligações existentes entre o nosso cérebro, nosso comportamento e nosso sistema imunológico chama-se psiconeuroimunologia. As alterações emocionais podem deprimir nosso sistema imunológico, aumentando assim o risco de uma doença. Estudos mostram ainda, que existe impacto na produção de anticorpos”, afirmou. Um estudo realizado pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que os casos de depressão praticamente dobraram em apenas um mês de quarentena. Entre março e abril, segundo os dados que foram coletados on-line, o percentual de pessoas com depressão saltou de 4,2% para 8,0%, enquanto para os quadros de ansiedade o índice foi de 8,7% para 14,9%. Lívia que explica a causa desse aumento de casos e destaca: “a pandemia modificou drasticamente a rotina de todos, causando instabilidade e incertezas em diversos aspectos da vida de cada um. O isolamento social trouxe angústia, atingindo o lado emocional das pessoas. Potencializaram-se os conflitos familiares, as crises de ansiedade e de pânico, o medo da morte e da perda de entes queridos. Questões pessoais que sempre existiram, se intensificaram”, citou. A pandemia afetou diretamente as comemorações de datas consideradas especiais e que tradicionalmente sempre foram sinônimos de família reunida, para a maioria das pessoas. Os idosos que se tornaram preocupação mundial por estarem mais

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vulneráveis ao coronavírus, foram afetados também no lado psicológico, mas a tecnologia tem sido uma aliada, como destaca a psicóloga. “Quando falamos de idosos, estamos falando de um público que ainda é muito negligenciado no Brasil. O idoso precisa ser visto para além de patologias. Estamos falando de um ser humano que vive há algum tempo aqui e que precisa receber um olhar diferenciado e heterogêneo. Na pandemia assim como todos, eles também foram prejudicados, por estarem no grupo de risco e principalmente por não poder estar com a família. Muitos idosos ficam com os netos, têm a sua própria rotina, fazem pilates, participam de grupos sociais e convivem com outras pessoas. E eles também precisaram se restringir, principalmente nas datas comemorativas e feriados, como o de Corpus Christi, quando muitas vezes nos reunimos, percebemos a exclusão do idoso. Assim, o idoso vem estando fora do cenário familiar e social há muito tempo. Então nesse momento as redes sociais, as lives e os aplicativos, favorecem, mesmo que a distância, a alimentação das emoções dos idosos e de todas as pessoas”, comentou Lívia explica também que em caso de angústia, ansiedade ou sintomas de depressão, é importante buscar um profissional, mas para evitar o aumento desses problemas principalmente durante a pandemia, é necessário manter uma rotina e sugere: “consumir informações de qualidade e na quantidade adequada, não passar o dia todo assistindo notícias que possam aumentar o estresse e a ansiedade. Buscar ter uma rotina estabelecendo horários para atividades de home office, tarefas com as crianças e afazeres de casa. Incluir no dia a dia coisas que a pessoa gosta de fazer. Conectar-se através da tecnologia com a família e amigos. Por fim, tornar a alimentação um momento em família, com alimentos saudáveis , além da prática de exercícios físicos em casa”, frisou. Mesmo com tantas consequências negativas, Lívia acredita que existem benefícios que podem ser usados como aprendizagem neste momento. A psicóloga enfatiza que “a pandemia tem nos ensinado o quão importante é se autoconhecer, lidar com o inesperado e principalmente com o que não temos controle”. ..............................................................................................

@vasconcelospsi

Lívia Vasconcelos PSICÓLOGA, TERAPEUTA COGNITIVA COMPORTAMENTAL, MESTRE E DOUTORA EM COGNIÇÃO E LINGUAGEM (UENF) E NEUROCIENTISTA EM FORMAÇÃO

MARCAÇÃO DE CONSULTAS: (22) 99258-9363

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ECONOMIA CURADOS BIOQUÍMICA COVID-19

O RECOMEÇO APÓS TER CONTRAÍDO A COVID-19 ................................................................................................................................................................................

Em junho o Brasil chegou a 211.080 pessoas recuperadas da doença e atingiu a marca de 2º lugar entre os países do mundo com mais curados. Em Campos 343 pessoas se recuperaram da doença até o início de junho Dalila Dutra– Nutricionista – 30 anos Quando eu descobri a doença, estava com 32 semanas, no oitavo mês. Eu fiquei gripada, perdi o olfato, paladar e tive febre. Fui para a emergência de um hospital por estar com febre alta. Foram realizados alguns exames laboratoriais, onde foram detectadas algumas alterações. Houve uma reunião da equipe médica com a minha obstetra, onde acharam melhor eu fazer uma tomografia do pulmão para verificar como estava. Já que meu marido, que também é da área da saúde, também estava com suspeita e aguardando o resultado da Covid-19. Quando saiu o resultado do meu exame, o meu pulmão já estava 25% comprometido. Fiquei 10 dias internada para acompanhamento meu e do bebê. Mas o quadro se manteve estável, graças a Deus. Posso considerar o pior sentimento que já tive. Eu senti muito medo, medo da doença evoluir e morrer, medo pelo bebê e de ter que fazer o parto prematuro. Insegurança, por ser uma doença nova e ser a primeira gestante com Covid-19 na cidade.

Neuza Mignot – Aposentada - 89 anos A filha da Dona Neuza, Martha Mignot, que acompanhou o processo de descoberta da doença até ela ser considerada recuperada, relatou como foi - No final de abril, a minha mãe teve uma taquicardia e precisou ser internada, onde ficou um dia na UTI e dois no quarto, a acompanhante que mora com ela esteve no hospital junto com ela.

Quando saíram, elas estavam muito gripadas e a minha mãe começou a ter várias complicações como cistite, tonteira, náuseas e febre e retornou para o hospital 10 dias depois. Nós pensávamos que era o coração, mas na verdade já era a Covid. Ela e a acompanhante fizeram o teste para o coronavírus e as duas testaram positivo. Então, ela ficou 14 dias internada e depois retornou para casa.

Felipe Knust–Empresário –39 anos Não tenho comorbidades, meus primeiros sintomas apareceram dias depois de eu ter encontrado um amigo. Ele estava sem máscara e eu com a máscara. A partir do dia 5 de maio, tive tosse incessante, perda do paladar e olfato, falta de apetite, dores no corpo e indisposição. O que me ajudou foi ter buscado ajuda rápido. Três dias após o início dos sintomas, eu fui ao hospital, fiz o teste e iniciei o tratamento com

hidroxicloroquina, amoxicilina, azitromicina e antialérgico.

Só comecei a ter uma melhora quatro dias após começar a tomar esses medicamentos. Foram 10 dias sem conseguir levantar da cama. Tenho refletido se eu teria me recuperado caso eu não tivesse procurado um médico logo no início. Mesmo assim, tive 25% do pulmão comprometido. As pessoas precisam levar a sério. Além do fator clínico, há o fator social. O contágio é muito rápido. 11ª EDIÇÃO ESPECIAL

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Cláudio Martins de 60 anos e Keli Martins de 39 anos Advogado e bancária

Moramos em Chapéu de Sol. Sempre tive minha vida regrada, faço atividade física regularmente, não bebo, nem fumo enão como comida de fast food ou artificiais. Fui surpreendido no dia 8 de abril com um mal-estar, um cansaço inexplicável, nos dias seguintes passei a ter tosse, febre e dor na garganta, que só pioravam. Dia 14 fui para o hospital em Campos e precisei ser internado direto na UTI.

Depois disso, não vi quase mais nada. Lembro apenas que o médico me avisou que eu estava sendo entubado. Eu tinha quase certeza que não voltaria. No dia 4 de maio, retornei ainda muito fraco para o quarto e minha esposa me contou que eu havia ficado na UTI por 21 dias e desses, 13 entubado.Recebi alta no dia 11 de maio e precisei fazer fisioterapia durante 18 dias. Acredito que contrai a doença em uma ida ao supermercado. De fato, confesso, dei bobeira: saí sem necessidade, sem máscara, não tomei o devido cuidado. Menosprezo pela pandemia e excesso de confiança. Acabei passando a doença para a minha esposa, mas ela se recuperou em casa. Essa experiência me fez ter um olhar diferente da vida.

Regina Ramos - Técnica em enfermagem – 44 anos Comecei a ter muita dor de cabeça e febre, então fui encaminhada para fazer tomografia. O exame mostrou que eu estava com uma infecção. Procurei o Centro de Combate ao Coronavírus e comecei a fazer o tratamento. Passei a ter dor no corpo, tosse e falta de ar. Sete dias depois do início dos sintomas, fiz o teste para a covid-19, que deu positivo. Precisei ficar uma semana no oxigênio e 11 dias internada. No 11º dia estava curada da doença. Retornei ao meu trabalho e por mais que algumas pessoas acreditem há imunidade para quem já teve o coronavírus, ainda não tem nada comprovado. Então, existem insegurança e medo. Mas estou pronta para fazer o que eu amo, cuidar de vidas. ..............................................................................................

OBRIGADO AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE!

COVID-19 Agradecer é a palavra de ordem da família Revista Vitale. Neste momento difícil que atravessamos. Os nossos médicos, enfermeiros e todos os outros profissionais de saúde que estão se esforçando como nunca e merecem nosso reconhecimento! Revista

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ECONOMIA TELEMEDICINA

A TELEMEDICINA EM MEIO À PANDEMIA

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O recurso ganhou notoridade em 2020 com o objetivo de evitar expor às pessoas ao risco de contágio nas unidades de saúde

A pandemia do novo coronavírus fez com que vários setores se reinventassem para continuar atendendo seus públicos. Com a medicina não foi diferente. Com o avanço da doença, muitos atendimentos clínicos foram suspensos, em outros casos, os pacientes optaram por não comparecer aos hospitais, clínicas e consultórios, por medo de contrair a Covid-19, mesmo que possam comparecer, não é o indicado já que o número de pessoas nas unidades de saúde públicas e privadas aumentou por conta dos pacientes infectados com o coronavírus. Pensando neste cenário, muitos profissionais da área da saúde buscaram na telemedicina uma alternativa para continuar atendendo, como é o caso da nutricionista materno infantil, Ana Luíza Ferraz “Estou atendendo normalmente, como se eu estivesse no consultório. Consigo pedir exames, prescrever suplementos e converso com as mães como se eu estivesse atendendo presencialmente. Lido com um público que faz parte do grupo de risco, então assim que eu soube sobre a quarentena/isolamento, comecei a fazer os atendimentos on-line. As próprias mães começaram a preferir ficar em casa”. A telemedicina é uma atividade regulamentada mundialmente pelo órgão norte americano American Telemedicine Association (ATA) e, no Brasil, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por meio da Resolução n° 1643/2002, que permite atendimentos de saúde a distância, usando tecnologias de informação e de comunicação. A teleconsulta subentende, como premissa obrigatória, o prévio estabelecimento de uma relação presencial entre médico e paciente. Ana Luiza explicou que antes da pandemia já atendia desta forma “Eu já tinha o costume de fazer atendimentos on-line, porque já era permitido atender desta forma pacientes que eu já havia atendido presencialmente antes, então já aconteceu de pacientes que eu atendia em Campos começarem a morar fora da cidade e eu continuar atendendo normalmente, com o mesmo tempo de consulta. A telemedicina é importante não só neste período de pandemia, porque traz conforto, principalmente para as gestantes ou mães que tem filhos até um ano, que tem uma dificuldade maior para sair de casa.” explicou ela

as pessoas precisassem se expor ao risco do contágio indo à consultas presenciais. A lei ficará em vigor até o final da pandemia“ Isso facilitou bastante, porque mães que me acompanhavam pelo Instagram ou as que moram fora do país, puderam passar a fazer consultas comigo através do videochamada.” Em carta publicada em abril deste ano, a Associação Médica Brasileira (AMB) afirmou que “A incorporação de novas tecnologias à medicina é um caminho sem volta e esse avanço pode ser muito positivo, desde que disciplinado por diretrizes responsáveis, com foco no fortalecimento da relação médico-paciente”. O avanço da telemedicina no Brasil - Em 1994, através de uma empresa especializada em fazer eletrocardiogramas à distância, a telemedicina começou a ser implantada no Brasil e avançou junto com a tecnologia. Dois anos depois, em 1996, o hospital público universitário de alta complexidade (InCor) lançou o moderno serviço com o objetivo de monitorar os pacientes em casa. Já em 1997, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) criou o Hospital Virtual Brasileiro, enquanto a Universidade de São Paulo (USP) criou a disciplina Telemedicina, de forma pioneira no país. Entre 1998 e 2008 foram inauguradas salas de teleconferências, laboratórios de telemedicina, centros de informática em saúde, além de ter começado um avanço expressivo em teleconsultas, teleassistência domiciliar e telecirurgias. Até maio de 2020, o país contava com mais de 25 instituições focadas em telemedicina. Os atendimentos podem acontecer nas redes públicas através do Sistema Único de Saúde (SUS) e privadas através de plataformas on-line.

Em março de 2020 a prática passou a ser regulamentada desde a primeira consulta, após o Ministério da Saúde ter publicado no Diário Oficial da União a Portaria nº467, com o objetivo de evitar que

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A

na Luiza Ferraz

Nutricionista Materno-Infantil

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A FOTOGRAFIA DO NASCIMENTO

Fotógrafa de Parto e família


PEDIATRIA

ALERGIA ALIMENTAR: MUITO MAIS QUE CIÊNCIA, É PRECISO SER AFETO E APOIO! ................................................................................................................................................................................

A busca pela cura não deve ser o foco, diz a Gastropediatra Janaína Salgado A alergia alimentar (AA) é mais que um diagnóstico. É necessário mais que ciência para acompanhar o paciente e a família, como destaca a Gastropediatra Janaína Carvalho. “É preciso ser conforto, carinho e apoio. O meu objetivo é diminuir o peso e deixar esse momento mais leve! A cada diagnóstico de alergia alimentar que eu faço, vejo no rosto da mãe e da família a expressão desta pergunta: meu filho tem AA e agora? ”, disse. A médica que atua há 10 anos na área de alergia alimentar, explica que está formando uma equipe multidisciplinar para acolher melhor as famílias. “Eu percebi que a fragilidade não é só da criança com AA e sim de toda a família. Assim, vi a necessidade de formar uma equipe multidisciplinar para cuidar dessas famílias. Meu time de alergia vem sendo construído e em breve estará completo, mas a equipe já conta com a Nutricionista Lilian Tinoco e a Personal Allergy Aline Barra. Vamos prestar atendimento de excelência para os pacientes e suas famílias”, afirmou. A especialista explica ainda que a alergia alimentar pode aparecer através de vários sintomas e depois da ingestão de diversos alimentos. “Esse problema é uma reação do sistema imunológico, que ocorre no nosso corpo quando ingerimos um determinado alimento, que podem ser inúmeros, inclusive frutas e verduras. Curiosamente, esta é uma das principais causas de alergia alimentar na Europa. Porém, 90% dos casos estão relacionados ao consumo de leite; ovos; amendoim; soja; trigo; peixes e crustáceos. Os sintomas sugestivos de AA podem ser fisiológicos ou associados a outras causas. Por tanto, o fato de a criança apresentá-los requer investigação médica e não quer dizer que a criança tenha AA. No caso dos sintomas digestivos, posso citar: recusa alimentar; regurgitações frequentes; cólicas intensas; diarréia com ou sem sangue ou muco; intestino preso e assadura. Sobre os sintomas respiratórios, destaco: infecções de vias aéreas de repetição; tosse, obstrução nasal e chiado. Existem também os sintomas cutâneos: urticária; eczema atópico; prurido e inchaço. Os sintomas gerais são: baixo ganho de peso e crescimento prejudicado”, destacou. As pessoas costumam relacionar a alergia alimentar a intolerância alimentar. A doutora afirma que não há relação. “A alergia vem a ser uma resposta rápida do sistema imunológico a uma determinada proteína contida no alimento. A intolerância também é uma resposta do organismo diante do consumo de determinados alimentos, mas não conta com a participação do sistema imune. Ela é geralmente causada pela produção insuficiente ou ausente de certas enzimas no organismo, o que impede a digestão adequada”, disse. Janaína conta que a AA sempre existiu e a cura pode demorar. “A alergia alimentar sempre existiu, só não tínhamos tratamento e o conhecimento que temos hoje. As pessoas 11ª EDIÇÃO ESPECIAL

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costumam dizer que AA é uma frescura da atualidade e que não existia no tempo delas. O fato é que esse é um problema de saúde real que atinge de 6 a 8% das crianças e 2 a 3% dos adultos do nosso país. Tantos pais me perguntam sobre a cura da AA, e eu sempre quero dar esperança a eles, mas precisamos mudar o foco. Não podemos ficar esperando a tolerância (cura) para viver. É preciso aceitar o diagnóstico e conseguir incluir o paciente em um novo mundo. A família precisa se libertar da pergunta “quando meu filho será curado?” para viver o hoje. Isso é muito desafiador para a família, por isso, é preciso buscar ajuda e se fortalecer. Buscar sempre a inclusão dentro e fora de casa. A tolerância vem, mas ela pode demorar um pouco”, explicou. A médica ressalta também a importância do diagnóstico precoce, mas alerta que no caso do aleitamento materno, a mãe só é orientada a parar de amamentar em último caso. “O diagnóstico rápido minimiza os efeitos no organismo, evita sofrimentos desnecessários para mães, bebês e crianças com os sintomas e possibilita iniciar o tratamento (suspensão do alimento alérgeno) e assim o desaparecimento dos sintomas. O aleitamento materno deve sempre ser encorajado. É indicado mesmo em vigência de alergia a proteína do leite em bebês. Iniciamos de forma consciente uma dieta de exclusão do alérgeno na dieta materna e mantemos o aleitamento materno. Em raríssimos casos se faz necessário interromper para fazer fórmula de proteínas hidrolisadas”, comentou. A doutora explica que a vacinação é uma das dúvidas mais frequentes das mães, mas que elas são importantes para a criança. “A vacinação das crianças com AA deve acontecer sempre orientada pelo médico dependendo do alérgeno, para não causar complicações na saúde da criança. Se for esse o caso, a vacina é feita sob supervisão médica, mas não deve deixar de ser feita”, concluiu. ..............................................................................................

Dra Janaína Salgado Carvalho

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Dra. Janaína Salgado Carvalho PEDIATRA - CRM 52794678

Residência em Pediatria, especializada em Gastroenterologia Pediátrica, pós-graduada em Alergia Alimentar, pós-graduada em Doenças Funcionais Gastrointestinais e pós-graduada em Neonatologia AGENDAMENTOS/INFORMAÇÕES:

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ECONOMIA

O IMPACTO DO CORONAVÍRUS NA ECONOMIA ................................................................................................................................................................................

A pandemia causou problemas em diferentes setores do comércio A pandemia provocada pelo coronavírus atingiu a economia do mundo todo. Uma das consequências que mais abala diretamente a população mundial é o desemprego, como aponta o especialista em economia Samuel Campos.“A quarentena restringiu a circulação das pessoas e das atividades do comércio. Isso impactou a economia de forma diferenciada, principalmente pela classificação dos setores entre essencial ou não. O setor de serviços foi um dos mais impactados negativamente, principalmente aquele que foi considerado não essencial", afirmou. Entre os problemas enfrentados pelos empresários, está o de pagamento de salários de funcionários, sendo que alguns tiveram férias antecipadas ou contratos suspensos temporariamente, enquanto outros foram demitidos de forma definitiva. O especialista afirma ainda que a situação é extremamente preocupante no Brasil, mas o número de desempregados já é uma realidade difícil para o mundo todo.“Antes da pandemia, o país tinha cerca de 12 milhões de pessoas desempregadas e esse número pode ultrapassar 17 milhões na pós-pandemia. Nos Estados Unidos, antes da pandemia o desemprego era de aproximadamente 3,5%, sendo que em abril, subiu para 14,7%.A expectativa mundial é um crescimento de 25 milhões de desempregados, segundo a Organização Mundial do Trabalho”, comentou. O desemprego em massa resulta em outras conseqüências como a queda na procura de produtos ofertados no mercado. “O problema gerado com tudo isso é que quem tem um emprego pode passar a consumir menos, tentando poupar já que acredita que pode ficar desempregado com essa situação caótica. Quem já está desempregado, também procura comprar apenas o essencial. Com isso, a economia vende menos, gera mais desemprego, e o ciclo continua. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste primeiro semestre de 2020 foi o pior dos últimos cinco anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com R$ 1,8 trilhões”, afirma. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que é veiculada à Organização das Nações Unidas (ONU), a América Latina sofrerá em 2020 a pior crise social em décadas, com milhões de pessoas sendo afetadas pelo desemprego e pela pobreza. O órgão acredita que a economia se contrairá 5,3% até o final do ano, sendo considerado o pior desempenho desde que começaram os levantamentos no continente, em 1900.

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Ainda de acordo com a Cepal, os países mais afetados pela crise econômica provocada pela Covid-19 serão Venezuela, México, Argentina, Equador, Nicarágua e Brasil. Samuel aponta que devido à pandemia, a relação econômica do Brasil com outros países também pode passar por dificuldades. “Teremos uma taxa de câmbio mais desvalorizada, o que significa que teremos maiores dificuldades de importação de produtos, ou mesmo para viagens ao exterior”, explicou. Para evitar consequências ainda mais graves, cada país busca uma forma de se proteger para ter condições de se reerguer após a pandemia, como explica o economista. “Neste momento, a taxa Selic do Brasil, que é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia para títulos federais, está sendo reduzida como forma de incentivar os investimentos da economia ao reduzir o valor dos juros e dos custos do crédito. Isso pode levar a um efeito inflacionário, mas não nesse momento, uma vez que a demanda está baixa. O auxílio emergencial de R$ 600,00 ofertado pelo Governo para pessoas com menor poder aquisitivo durante o período da pandemia, também é um bom instrumento econômico já que ajudará a movimentar a economia. Isso porque aumenta o poder aquisitivo das pessoas, permitindo que consumam. Isso reduz um pouco o efeito contracionista da Covid-19”, disse. Em Campos, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) informou que até abril 40% dos trabalhadores que atuavam no comércio da cidade foram demitidos. Para Samuel, a situação é delicada, mas se reinventar continua sendo uma boa opção, principalmente para o comércio, o que consequentemente fará a economia voltar a girar. “Para os municípios e estados que já apresentavam uma situação fiscal complicada, com atraso de pagamentos do salário, isso poderá fazer com que os problemas se repitam. Nesse caso, quem conseguir se reinventar pode ganhar uma parcela nova do mercado, seja fazendo produtos para delivery, por exemplo”, afirmou. .............................................................................................. ..............................................................................................

Samuel Campos ESPECIALISTA EM ECONOMISTA Mestre (UFV) e Doutor (USP) em Economia Aplicada e Graduado em Gestão do Agronegócio (UFV) e atua como professor do curso de Ciências Econômicas na Universidade Federal Fluminense (UFF) Revista

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COMÉRCIO DE CAMPOS

O SETOR DE SERVIÇOS EM MEIO À PANDEMIA ................................................................................................................................................................................

Uma das recomendações dos órgãos de saúde é evitar as aglomerações de pessoas para combater a propagação da Covid-19. Quem trabalha com o público precisou se reinventar. Karla Bernardes Proprietária de salão de beleza há 20 anos

Por questões de segurança e por cumprimento de decreto municipal, suspendi o atendimento dos salões. A pandemia pegou todos os donos de salões de surpresa, porque não houve tempo para um planejamento adequado, principalmente nesses meses de maio e junho, que são os mais procurados por noivas. Remarquei todos os agendamentos e vamos continuar remarcando até quando for possível o retorno das festas. Compreendo que quando o salão puder voltar a atender, terá que estar adaptado para trazer segurança para as frequentadoras e colaboradores. O Sindicato dos Cabelereiros, já enviou para os profissionais da área uma cartilha de normas e procedimentos que devem ser cumpridos. Realizamos um treinamento on-line com todos os funcionários e também providenciamos máscaras. Acredito que frequentar o salão seja uma atividade de extrema importância para a autoestima das mulheres. Fará bem para elas poder voltar a se cuidar, algumas já estão sofrendo de depressão.

José Francisco Rodrigues Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campos

A pandemia impactou diretamente nos empregos no setor do comércio. Talvez quando a atividade comercial possa retornar, alguns comerciantes não tenham mais como se manter. Enquanto o comércio não retorna efetivamente, alguns comerciantes estão se adaptando ao delivery, para conseguirem se manter. Um setor que também foi muito afetado foi o comércio informal, onde temos um contingente grande de pessoas trabalhando no município, já que essas pessoas não têm renda fixa e dependem da realização de eventos que resultam em aglomerações, como é o caso de pessoas que trabalham para festas. Mesmo quando o comércio retornar, temos ciência que novos hábitos terão que ser implantados e não há uma receita de bolo para isso. O comerciante e o cliente terão que se adaptar juntos. Além disso, também vamos precisar ter um olhar mais sensível para aqueles que perderam os empregos neste período difícil.

Candida Vasconcelos Fotógrafa há 10 anos

Dr. Emanuel Oliveira Proprietário de restaurante há 02 anos

Desde que começou a proibição para o atendimento presencial, nós começamos o delivery. Antes da pandemia o Ponto e Vinho estava presente no Ifood, mas não posso dizer que nós fazíamos delivery, porque nunca foi o nosso foco. Agora, nós investimos e realizamos entregas com muito mais frequência. Temos até uma plataforma própria para pedidos, mesmo assim, certamente essa pandemia causou prejuízos. Nosso faturamento nesse período é 30% do que a gente faturava com a casa aberta. Então, o objetivo do delivery é tentar sobreviver nesse período para que nós possamos sair fortalecidos e com uma experiência a mais, e assim, retornar com força total quando a casa reabrir.

Todos nós fornecedores de festas, temos convicção que 2020 é um ano perdido. Sabemos que nós seremos os últimos a poder voltar a trabalhar, porque trabalhamos com aglomeração de pessoas. Mesmo assim, o que nós não podemos fazer é ficar parados. Eu me mantenho ativa nas redes sociais, fazendo com que sejamos vistos e lembrados, porque compreendemos que existem noivas que não estão fechando pacotes agora, mas estão visualizando o nosso trabalho para que no futuro elas possam fazer a escolha delas. Também busquei alternativas que possam render lucros, já que não podemos fotografar festas durante a pandemia, estou fotografando produtos na sala de casa, onde tenho um estúdio montado. Não era mais o tipo de fotografia que eu fazia, mas neste momento passei a fazer. Nos primeiros cinco anos que fotografei casamentos, muitos casais não quiseram álbum. Estou aproveitando este período também para oferecer esses álbuns com fotos que guardei de cada casamento.

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HOSPITAIS ECONOMIADE CAMPANHA

DIFICULDADES NA BUSCA POR LEITOS DE UTI EM MEIO Á PANDEMIA ................................................................................................................................................................................

Com o aumento rápido no número de casos de coronavírus, os hospitais de campanha passaram a ser essenciais para atender os pacientes Um dos maiores desafios enfrentados pelas autoridades durante a pandemia do novo coronavírus é manter leitos de UTI disponíveis para os pacientes que apresentarem quadros mais graves da doença. Com o aumento significativo dos casos, as autoridades de vários países construíram hospitais de campanha para lidar com a crise da Covid-19, sendo que estes locais são unidades médicas temporárias que são construídas em pouco tempo para aumentar o número de leitos disponíveis. Investir em hospitais de campanha é uma recomendação feita pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, as redes de atendimentos de alguns países chegaram ao limite, o que compromete o tratamento de pacientes com Covid-19 e de pessoas que lidam com outros tipos de problemas de saúde que não tenham ligação com o coronavírus. Essas estruturas foram construídas principalmente em espaços de estádios de futebol. A ideia inicial é que essas unidades temporárias desafogassem o sistema tradicional de saúde das regiões afetadas pelo coronavírus, para atender os casos de pacientes com sintomas mais leves e que não precisam dos cuidados intensivos de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em tese, isso liberaria as UTIsde outros hospitais para os quadros mais graves, que costumam demandar um bom tempo de ocupação. No entanto, esses hospitais de campanha também possuem estrutura para manter pacientes entubados, e na falta de leitos disponíveis em outras unidades, os pacientes que precisam de atendimento na UTI, podem permanecer nos hospitais de campanha. Em Wuhan, cidade da China, onde foram confirmados os primeiros casos de Covid-19 no mundo, foram erguidos 16 hospitais temporários e todos foram desativados em março, após a diminuição drástica no número de casos da doença na cidade. Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Itália, Sérvia, Chile, Somália e Guatemala são outros exemplos de regiões que construíram hospitais de campanha para passar por esse período. No Brasil, até o dia 30 de maio, o estado com o maior número de hospitais de campanha previstos era São Paulo, epicentro da doença no país com 2.332 pessoas internadas com Covid-19, sendo 1.132 em UTI e 1,2 mil em enfermarias. Ao todo, o governo paulista prevê a instalação de 37 unidades, sendo que 32 já foram entregues. O segundo estado é Pernambuco, que planejou 20 e entregou 15. O terceiro é o Rio de Janeiro, com o planejamento de 14, mas até o fim de maio, 8 foram entregues. Entre as dificuldades para concluir as entregas, estão a falta de equipamentos hospitalares no mercado, como os respiradores.

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Também foram constatadas irregularidades em algumas obras e há dificuldade de encontrar profissionais da saúde disponíveis, já que muitos se infectaram e precisaram se afastar. No estado do Rio de Janeiro, até o dia 12 de junho, seis hospitais de campanha estavam sem data definida para serem entregues, após as entregas terem sido adiadas pelo menos quatro vezes. O problema aconteceu nas cidades de Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Casimiro de Abreu, São Gonçalo, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Até o dia 9 de junho, o estado totalizava 80% de ocupação nos leitos de UTI, ficando atrás apenas do Maranhão com 82,85%, Espírito Santo com 85,23%, Acre com 87,5%, Rio Grande do Norte com 88% e Pernambuco com 94%. O aumento acelerado no número de casos da Covid-19 já faz com que cidades pelo país tenham fila de espera por leitos de UTI em hospitais. Na falta de leitos disponíveis para todos, os médicos precisam fazer escolhas sobre a ocupação desses leitos. Para auxiliar esses profissionais, a Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) e a Abramede (Associação Brasileira de Medicina de Emergência) lançaram o "Protocolo de alocação de recursos em esgotamento durante a pandemia por Covid-19", com uma tabela de critérios que devem ser observados para que sejam tomadas as decisões. Os critérios são a gravidade dos sintomas, maior grau de sobrevida e capacidade do paciente. Campos é a maior cidade do interior do Rio de Janeiro com mais de 500 mil habitantes, e até o dia 15 de junho, o município tinha154 leitos na rede pública dedicados ao tratamento da Covid-19, sendo que eles estavam disponíveis no Centro de Combate e Controle ao Coronavírus (CCC), Hospital Ferreira Machado, Hospital Geral de Guarus, Unidade PréHospitalar São José e a Santa Casa de Misericórdia, sendo que 29 desses leitos são de UTI. No dia 15 de maio, o CCC chegou a registrar 100% de ocupação nos leitos. Até o dia 15 de junho, pouco mais de 90% dos leitos disponíveis em toda a rede pública de Campos, estavam ocupados. O município ultrapassou a marca de mil casos de Covid-19 em junho. A primeira cidade a contar com um hospital de campanha, na Região Norte Fluminense, foi São João da Barra, no dia 9 de maio. A estrutura foi instalada no prédio do Centro Municipal de Emergência. O espaço foi totalmente adaptado pela prefeitura, com leitos de UTI, clínicos e de isolamento.

Dr. Rafael Fonseca Oliveira CRM: 52-95546-9

ORTOPEDIA PEDIÁTRICA E ADULTO Formado pela Faculdade Souza Marques, Rio de Janeiro. Residência médica em ortopedia no Hospital Municipal Jesus. Ortopedia pediátrica no Hospital Municipal Jesus.


CARDIOLOGIA

CORONAVÍRUS E AS DOENÇAS DO CORAÇÃO ................................................................................................................................................................................

A Covid-19 é ainda mais letal em pacientes cardiopatas Durante a pandemia, a preocupação com os pacientes cardiopatas se tornou ainda maior, é o que aponta o cardiologista Abdu Neme Neto. “Indivíduos com doenças no coração estão mais propensos a desenvolver complicações, quando acometidos pelo coronavírus. Segundo dados do Colégio Americano de Cardiologia (AHC), 40% dos hospitalizados com resultado positivo para essa infecção, apresentavam alguma patologia cardiovascular ou cerebrovascular prévia. Além disso, 9% apresentavam arritmias cardíacas ou algum tipo de lesão do miocárdio. Devemos ressaltar também que os diabéticos, hipertensos, renais crônicos e os cardiopatas de modo geral são pacientes que evoluem mal, se não estiverem compensados e bem tratados. Até porque, todas essas doenças comprometem a sua imunidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) a estimativa é que até o final de 2020, 400 mil brasileiros morram por doenças que afetam o coração. O doutor Abdu Neme alerta também sobre a necessidade desses pacientes se manterem em isolamento. “Recomendamos que o paciente cardiopata procure estar isolado em casa, até porque, não existe tratamento especifico para a Covid19. Aguardamos com ansiedade o surgimento de vacinas, que estão por vir nos próximos meses. Então, nós concluímos que a prevenção é fundamental.

Usar máscaras e álcool gel quando for necessário e criar hábitos de higiene. Também é sugerido que esses pacientes estejam bem compensados de sua patologia de base, para que se porventura houver qualquer acometimento infeccioso pelo coronavírus, eles possam suportar as possíveis complicações. Alertamos que não existem medicamentos milagrosos, a medicina deve ser sempre pautada por embasamentos científicos que são comprovados por grandes trails. A orientação médica é sempre prioridade”, disse. Ele concluiu fazendo uma breve reflexão. “Aprendemos muito com essa doença, mas temos muito ainda para aprender com essas pandemias”, concluiu. ..............................................................................................

Dr. Abdu Neme Neto CARDIOLOGISTA - CRM 5241293-3

Membro titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. Membro fundador da Sociedade Latino Americana de Cardiologia Intervencionista

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FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL

OS CUIDADOS COM A PELE DURANTE E APÓS A PANDEMIA ................................................................................................................................................................................

Os efeitos da pandemia na pele são chamados de coronaexposome. Saiba como evitar este problema!

As alterações do dia a dia, principalmente durante o período da pandemia do novo coronavírus, acabam comprometendo a saúde da pele e causam consequências visíveis. A fisioterapeuta dermatofuncional, Dra. Lívia Sossai, explica como podem surgir esses problemas. “As mudanças na rotina diária, alimentação desregrada, atividade física limitada, estresse, medo, ansiedade, alterações na qualidade do sono, falha no uso do protetor solar, falha nos cuidados home care, radiação excessiva pelo maior uso de celular e computadores; como também a lavagem frequente das mãos, o uso de álcool gel e o contato maior com produtos de limpeza, entre outros, acabam trazendo malefícios à saúde da nossa pele, seja ela da face, das mãos ou do corpo de um modo geral. Afinal, a pele é o nosso maior órgão”, destacou. A doutora também explica sobre o coronaexposome, nome dado aos efeitos negativos deste período de pandemia, na pele. “Coronaexposome é um conjunto de agressões internas e externas que a nossa pele tem sofrido nesse período de pandemia, tendo a sua ação ampliada com as mudanças da nossa rotina. Para cada umas dessas alterações existem condutas diferentes. Com auxilio de um profissional, o próprio paciente consegue identificar essas alterações, mas somente o profissional poderá traçar a melhor conduta para minimizar o impacto dessas agressões. Após este período, alguns cuidados presenciais, com atuação direta do fisioterapeuta dermatofuncional, serão importantes e contribuirão para excelentes resultados. São diversos os tratamentos e abordagens, mas somente através de avaliação criteriosa e personalizada, será possível identificar as queixas e necessidades, traçando então um protocolo de tratamento”, detalhou. A especialista explica ainda que por conta da pandemia, os atendimentos precisaram ficar mais restritos. “Nesse momento de pandemia, os meus atendimentos foram concentrados e mantidos aos pacientes com necessidades emergenciais, como pós-operatórios de cirurgias plásticas, à laserterapia para fissuras mamárias, assim como para todo o pós-parto e laserterapia clínica geral. Todos os cuidados e medidas de segurança foram intensificados de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde.No mês de junho, os tratamentos de depilação a LASER também foram retomados”, disse. Assim como em outras áreas da saúde, a prevenção é o melhor remédio para evitar danos na pele, não somente neste período de pandemia. A fisioterapeuta dermatofuncional dá dicas importantes para o tratamento diário da pele.“A melhor conduta é o cuidado e a prevenção! Independente do distanciamento social, manter uma rotina diária, hábitos saudáveis, atividade física e cuidados com a pele no home care, fazem toda a diferença. Uma alimentação balanceada é fundamental para a melhora da imunidade, assim como para o controle da produção de radicais livres e de agentes glicantes

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que causam o envelhecimento precoce e o câncer. Por isso, uma dica valiosa: invista nas Vitamina C e D, reduza o consumo de açúcar e de gorduras. Hitrate-se! Beba bastante água. Use um hidratante específico para a sua face e corpo. Intensifique a hidratação das mãos nesse período. Use protetor solar diariamente e reaplique-o, mesmo estando em casa! Existem muitas formas de radiação e fontes de calor dentro de casa e na nossa cozinha que agridem a nossa pele. Um bom protetor solar, específico para o seu tipo de pele, e o seu uso correto é indispensável! Cuide do seu sono! Quando você cria e mantém uma rotina diária, a sua qualidade de sono é muito melhor e, consequentemente, o seu corpo e metabolismo funcionam melhor, e a sua pele fica muito mais saudável e bonita”, concluiu a Dra. Lívia Sossai. Ainda pontuando sobre as necessidades desse período, a doutora Lívia Sossai relata uma grande preocupação das mulheres com os pelos e as foliculites. A depilação a LASER é indicada pela fisioterapeuta dermatofuncional, principalmente neste período de pandemia, por apresentar um resultado rápido, evitando que a mulher precise sair várias vezes de casa, além de ser mais econômico. A doutora Lívia, que atua na área há 16 anos, explica os benefícios desse tipo de depilação.“A depilação a LASER é o tratamento padrão ouro para a remoção dos pelos de forma permanente. Estudos já demonstraram que a depilação a LASER propicia um efeito importante desde o início das aplicações, reduzindo a quantidade de pelos e consequentemente o surgimento das temidas foliculites; além de fechar os poros e melhorar consideravelmente o aspecto estético da região tratada já na primeira sessão, incluindo o efeito secundário de clareamento de algumas regiões escurecidas. Além disso, tem o maior custo benefício, quando comparado aos outros métodos de depilação como cera, lamina e cremes depilatórios que podem causar alergias e hiper pigmentação da pele”, afirmou. ..............................................................................................

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BIOQUÍMICA

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A PRECISÃO DOS EXAMES DE DIAGNÓSTICOS DA COVID-19

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Os estudos relacionados ao novo coronavírus avançaram e a precisão do resultado é de quase 100% Desde que a pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil, o Ministério da Saúde alerta sobre a importância da Covid-19 ser diagnosticada rapidamente para que o tratamento seja iniciado antes que possam surgir complicações para a saúde do paciente. Segundo o órgão, no início de junho, a letalidade no Brasil era de 5,53%. O diagnóstico precoce também permite evitar a transmissão da doença para outros indivíduos. O contágio pode acontecer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de secreção respiratória, saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo (cerca de 2 metros) ou por contato com superfícies contaminadas, toque ou aperto de mão, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. A partir do momento em que o paciente é diagnosticado precocemente, há a possibilidade de que ele faça o tratamento em isolamento domiciliar sem precisar ficar internado em alguma unidade hospitalar já que as complicações podem ser menores dependendo do caso. Em Campos, mais de três mil pessoas estavam com suspeita de Covid-19 até o início de junho. Os casos são caracterizados como síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O farmacêutico bioquímico, Marco Iack, que é proprietário do laboratório Pedra Verde, contou que a procura pelos testes está alta. O profissional estima que desde que o local passou a realizar os exames no início de maio, 40% da quantidade total de exames feitos no laboratório, foram feitos apenas para diagnosticar ou descartar a presença do coronavírus no paciente. Marco Iack explica quais são os tipos de exames que podem ser realizados para diagnosticar a doença. “São dois exames que a gente utiliza para a Covid. O primeiro deles é o RT-PCR, que é feito na fase aguda, quando o paciente está entre o segundo e o sexto dia de sintomas, onde a gente pesquisa a presença do vírus, o material genético deste. O RT-PCR, que é feito na fase inicial dos sintomas da doença, é realizado por meio da coleta de swab nasal e da orofaringe. O outro exame, são as sorologias, que são as pesquisas dos anticorpos IgA, IgG e IgM, que é feito a partir do décimo dia do aparecimento dos sintomas. Esse já é coletado no sangue do paciente e pesquisa a imunidade que o organismo produziu frente a presença desse vírus”, explicou o farmacêutico. 11ª EDIÇÃO ESPECIAL

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A precisão dos exames é alta, como explica Marco Iack. “A precisão do RT-PCR é de cerca de 99%. Já em relação aos testes de anticorpos, temos que falar em especificidade e sensibilidade. A especificidade se dá nos casos negativos, que realmente são negativos e a sensibilidade nos casos positivos, que são realmente positivos. Esse exame tem uma precisão de cerca de 97%. No início, os testes de anticorpos vieram provenientes da China e apresentaram problemas. Então no Pedra Verde, só passamos a realizar os testes, quando conseguimos reagentes provenientes da Coreia do Sul, que tem uma qualidade superior aos reagentes chineses”, destacou. Mesmo que o resultado do exame seja confiável, é necessário ter atenção para as pessoas que testaram negativo para a Covid-19 inicialmente já que elas podem testar positivo após fazer o exame novamente. Esse tipo de situação pode acontecer se o teste não for feito dentro das condições adequadas, como explica Marco Iack. “Alguns estudos indicam que os testes sorológicos, devem ser feitos a partir do sétimo dia de sintomas, no laboratório Pedra Verde, recomendamos a partir do décimo dia, mas o coronavírus é um vírus novo, e então na verdade estamos aprendendo muita coisa com ele. O coronavírus não tem a mesma resposta que os outros vírus, como na imunologia clássica, o tempo de resposta é impreciso. Então uma pessoa pode fazer prematuramente a pesquisa de anticorpos, e mesmo que já tenha tido contato com o vírus, o organismo dela ainda não teve tempo de produzir anticorpos suficientes para positivar o teste. Isso justifica o fato de algumas pessoas serem diagnosticadas com a Covid-19 mesmo depois de testarem negativo para a doença em um primeiro momento”, concluiu. ..............................................................................................

Marco Antônio Neves Iack FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO - CRF/RJ.6597 Diretor do Laboratório Pedra Verde, Farmacêutico-Bioquímico formado na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Especialista em Hematologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Especialista em Análises Clínicas pela Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e Sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) Revista

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LINHA DE FRENTE CORONAVÍRUS

DESAFIOS ENFRENTADOS POR PROFISSIONAIS DA LINHA DE FRENTE DO COMBATE A COVID-19 ................................................................................................................................................................................

Representando a área da saúde, a médica Ligia Alexandre fala como é atuar durante a pandemia do coronavírus O risco eminente de contágio da Covid-19 está sendo amplamente divulgado, medidas de prevenção foram aconselhadas, e em alguns locais, foram impostas pelas autoridades à população. A campanha “Fique em casa” se espalhou pelo mundo todo. As autoridades de saúde defendem que ficar em casa é a melhor maneira de evitar a propagação do vírus, já que ele se espalha rapidamente de diferentes formas. Além disso, algumaspessoas são assintomáticas, e apesar de estarem infectadas, não desenvolvem os sintomas e podem contagiar outros indivíduos inesperadamente. Também há pacientes que são pré-assintomáticos e que ainda não desenvolveram os sintomas ou desenvolveram de forma leve como tosse e espirro constante. Eles também podem passar o vírus para outros indivíduos, sem perceber. Apesar da grave situação, os profissionais da saúde não fazem parte do grupo que pode se proteger em casa. Eles estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus e correm risco grande de serem contaminados. Em Campos, segundo a prefeitura, até o dia 3 de junho, 203 profissionais da saúde já testaram positivo para a Covid19. No país, esse número já chegou a 31.790 até a mesma data. A médica Ligia Alexandre está atuando durante a pandemia e, mesmo com os riscos, exerce com amor a profissão que escolheu. “No início foi um desafio, muitos de nós não sabíamos como se portar diante de uma pandemia, além de ser um vírus novo em que a ciência ainda não possui todas as respostas. É normal ter receio, inclusive muitos profissionais da saúde preferiram não trabalhar nessa época, principalmente os que são do grupo de risco. E acontece de alguns colegas se contaminarem e precisarem se afastar, o que deixa muitas vezes as unidades desfalcadas e os plantões mais pesados. Nas emergências, todos os dias são de vitória e aprendizado, mas me sinto grata em poder, de alguma forma, estar ajudando nesse momento”, declarou. No dia 6 de abril, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a formatura antecipada de estudantes de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia da rede federal que estivessem com 75% completo da carga horária de internato médico ou estágio supervisionado. A intenção foi trazer mais profissionais da saúde para ajudar no combate da pandemia. Segundo o MEC, até maio 1.241 novos profissionais da saúde já atuavam na linha de frente do combate ao novo coronavírus no Brasil. Se o psicológico da população foi afetado durante a pandemia, os profissionais da saúde, que enfrentam cargas de trabalho pesadas, decisões de vida ou morte e risco de infecção, podem sofrer ainda mais com as dificuldades enfrentadas. A doutora Ligia tem pósgraduação em psiquiatria e utiliza o conhecimento da área para ter mais tranquilidade com o objetivo de continuar trabalhando. “Por

atuar também na psiquiatria, sempre soube lidar muito bem com todas as adversidades que surgem na minha vida pessoal e profissional. Tenho em mente que devemos ver o lado positivo de tudo, e para mim, eu prefiro estar trabalhando, mesmo que correndo risco de contaminação a qualquer momento, do que se estar em casa”, explicou. Um dos maiores problemas enfrentados pelos profissionais durante a pandemia é a solidão. Muitos precisaram se afastar de suas famílias, para não correr o risco de contaminá-los. Ligia compreende que esse período seja necessário e pede a quem puder, que cumpra o distanciamento já que essa é uma maneira de combater o avanço do coronavírus. “Tenho pessoas da minha família que pertencem ao grupo de risco e tive que me afastar completamente. Na verdade, para nós da área de saúde é muito difícil fazer o isolamento completo. Temos contato no trabalho o tempo todo, com os próprios pacientes e também com a equipe médica. Infelizmente, alguns plantões temos que dividir o mesmo refeitório e dormitório. Talvez por isso que houve tanta contaminação na nossa classe, mas percebo que é um risco inevitável, e por isso, pedimos tanto para quem puder, que cumpra a quarentena, o distanciamento e o isolamento social como medidas de segurança”, frisou. Um dos poucos recursos que os profissionais da saúde têm para se proteger, e assim, evitar a contaminação durante o trabalho, é o uso correto dos equipamentos de proteção individuais (EPIs). Lígia, que trabalha na emergência hospitalar, sabe como é fundamental o uso correto dos EPIs e defende que esses objetos também sejam usados por profissionais de outras áreas “É primordial. Não só para a autoproteção, mas principalmente para evitar a propagação e também proteger nossos pacientes. Com o novo coronavírus, os EPIs são de extrema importância também para todos estabelecimentos, não só apenas nos hospitais”, concluiu. ..............................................................................................

Ligia Tavares Alexandre

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OBESOS SÃO MAIS VULNERÁVEIS AO CORONAVÍRUS

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A doença gera novas preocupações durante o período de pandemia. O tratamento com fitoterápicos faz com o emagrecimento seja de forma saudável.

A pandemia do novo coronavírus reacendeu a preocupação da sociedade com a obesidade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os indivíduos considerados obesos estão no grupo de risco da Covid-19, juntamente com pessoas acima de 60 anos, portadores de doenças crônicas e gestantes. A farmacêutica clínica, DrªGianiRambaldi, explica porque a obesidade é um fator de risco principalmente para este período. “Quando a pessoa está obesa ela já apresenta uma série de problemas de saúde, como por exemplo: hipertensão, diabetes e dificuldades respiratórias.Então, a obesidade já traz algumas consequências. Quando aumentamos de peso, consequentemente, aumentam as células que geraram um processo inflamatório no nosso organismo. Então se a pessoa é obesa e entra em contato com o vírus da Covid-19, a inflamação aumenta ainda mais e o quadro do paciente fica mais complicado”, disse. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em março deste ano, 55,7% da população adulta do país estavam com excesso de peso e 19,8% está obesa. Giani ressalta que não há mais uma idade estimada onde existam mais casos de pessoas obesos. “Hoje está muito relativo, temos crianças e adolescentes que sofrem com a obesidade, isso é de acordo com seus hábitos alimentares. Hoje em dia não tem uma idade certa na qual a pessoa está mais propensa a ter a obesidade, que já é considerada uma doença. Então, as vezes a pessoa faz um exame de sangue e naquele momento específico, ela ainda não apresenta nenhuma alteração laboratorial, mas ainda assim, a pessoa continua doente devido a própria obesidade. Em algumas ocasiões, a pessoa é jovem ou possui uma reserva metabólica funcional orgânica, que consegue compensar as alterações que viriam com a obesidade, mas também há possibilidade de que nada tenha sido alterado. Mas se a gente estudar afundo, se pedirmos outros exames referentes a parte da glicose para saber se a pessoa tem pré-diabetes, resistência insulínica, a relação de triglicerídeos com HDL, alguma alteração será encontrada. Obeso saudável não existe”, afirmou. Ela também explica como é feita a diferenciação entre pessoas com sobrepeso e pessoas obesas. “Quando a pessoa está com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35, é 11ª EDIÇÃO ESPECIAL

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considerada uma pessoa obesa. Já o excesso de peso, é quando ela está um pouco acima do peso normal, com o IMC entre 25 e 30 mais ou menos. O indivíduo obeso tem um risco maior de morte prematura. Existem três tipos de obesidade, sendo que a terceira é a mórbida, com o IMC acima de 40. Conforme o IMC aumenta, o grau da obesidade também cresce”, destacou. Com as medidas restritivas aconselhadas pelos órgãos de saúde, a ansiedade passou a fazer parte da vida de algumas pessoas, e com isso, algumas delas passaram a comer mais ou se alimentar de maneira inadequada. A farmacêutica clínica explica que trabalha com um tratamento que além de promover um emagrecimento saudável, também auxilia para que o paciente não desconte a ansiedade na comida.“O meu tratamento é à base de fitoterápicos, que são medicamentos naturais, tudo a base de plantas e ervas medicinais, sem uso de hormônios e medicações controladas. As fórmulas são elaboradas de acordo com a condição de saúde do paciente, ou seja, a formulação é personalizada. Essas formulações ajudam o paciente a reduzir o peso, porque ajudam a reduzir o apetite, acelera o metabolismo, auxilia em transtornos de compulsão alimentar, ajuda bastante na ansiedade, que é um dos fatores que geram o aumento de peso, principalmente durante a pandemia que estamos mais em casa. A tendência é ficar mais ansioso e com isso, descontamos na alimentação. Então, o tratamento ajuda no conjunto e com isso, promove o emagrecimento saudável, devido ao tratamento ser totalmente natural”, concluiu. ..............................................................................................

gianirambaldi

FARMACÊUTICA CLÍNICA - CRF RJ 24423 Graduada em Farmácia, pós-graduada em Fitoterapia Aplicada a Prática Clínica, Especializada em tratamentos fitoterápicos e ortomoleculares,voltados para o Emagrecimento, saúde e bem estar. AGENDAMENTOS/INFORMAÇÕES:

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PSICOLOGIA

A IMPORTÂNCIA DO MAPEAMENTO COGNITIVO DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL ................................................................................................................................................................................

O período da pandemia é o melhor momento para os pais e responsáveis observarem as crianças. A psicóloga Lívia Vasconcelos explica sobre como funciona a avaliação

O avanço da pandemia do novo coronavírus no Brasil, fez com que as aulas presenciais fossem suspensas nas escolas do país, o que levou as crianças a ficarem mais tempo em casa, e dessa forma, elas passaram a conviver mais tempo com os pais ou outros responsáveis. As crianças muitas vezes precisam ser decifradas por adultos, que devem observar os comportamentos delas para saber se o desenvolvimento infantil está acontecendo como o esperado de acordo com os marcos do desenvolvimento infantil. Muitos pais precisam trabalhar e acabam ficando o dia todo fora de casa, e assim, a percepção passa a ser transferida para professores e avós. Neste período, estando mais tempo em casa, os pais conseguem observar mais os filhos. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 4% da população adulta mundial têm o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Só no Brasil, o transtorno atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas. Em relação ao autismo, segundo dados do CDC (Center of Deseases Controland Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. O número é alarmante e reforça a ideia de que os responsáveis não devem deixar de monitorar e observar continuamente as crianças. A psicóloga Lívia Vasconcelos destaca que, se os responsáveis detectarem características incomuns nas crianças, como por exemplo: dificuldades na fala, bloqueio na forma de expressar sentimentos e ideias, agitação excessiva, reclamações escolares recorrentes, desatenção extrema, comportamento desafiador, agressividade entre outro; devem buscar um profissional para verificar se é necessário que alguma medida seja adotada. Lívia explica sobre o método de mapeamento cognitivo usado para identificação de desordens do desenvolvimento. “Nessa avaliação é realizado um mapeamento da criança em diversos aspectos cognitivos, como atenção, memória, inteligência, funções executivas, habilidades comunicacionais entre outros. Nesse mapeamento é possível descobrir com antecedência o que está acontecendo com a criança: se ela apresenta transtornos com traços autistas: Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), por exemplo. Então, o processo de mapeamento é realizado em geral de 8 a 10 sessões, dependendo da complexidade do caso, assim nós podemos descobrir se há indícios do que está acontecendo com a criança de acordo com a queixa inicial trazida”, afirmou. Lívia também explica a importância desse mapeamento e como ele é feito.“Inicialmente esse mapeamento é destinado para crianças a partir de 4 anos de idade, mas nós sabemos que com os avanços referentes ao autismo principalmente, logo nos primeiros anos já é detectado algum sinal por um profissional especializado, pela própria família ou por alguém da escola. Esse processo conta também com a participação de professores que convivem a maior parte do dia com essas crianças. Posso citar como exemplo um dos casos de mapeamento que está em processo de conclusão, no qual estou mantendo contato com a professora. Mesmo diante da pandemia, a gente pode manter esse contato telefônico, porque é

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importante fazer uma avaliação interdisciplinar da criança e assim, não ficamos restritos ao consultório. Nessa avaliação são feitos testes de acordo com a idade da criança e da queixa inicial. É feita uma anamnese com coleta de informações desde a concepção da criança até o início escolar. Busca-se informações a respeito da gravidez, se foi planejada ou indesejada, o perinatale o pós-natal. Por isso, chamamos de mapeamento. A partir do laudo desse trabalho, os responsáveis ficarão com esse mapeamento cognitivo que poderá contribuir para o entendimento e planejamento de processos educacionais e sociais no desenvolvimento dessa criança, inclusive podendo levar essa avaliação até os médicos, fisioterapeutas, escola, a quem essa criança está sendo assistida e esse resultado vai agregar muito na observação do processo de desenvolvimento da criança e a causa de possíveis transtornos emocionais ou cognitivos futuros. Principalmente nos casos de autismo (TEA – transtorno do espectro autista), TDAH, que são os casos que mais aparecem na clínica”, explicou. A psicóloga afirma que é importante o trabalho de investigação dos profissionais e destaca também a importância dos marcos que são investigados durante o mapeamento “De acordo com o que a criança apresenta, é feita uma avaliação objetivando analisar se ela atingiu os marcos do desenvolvimento infantil, como é seu comportamento em casa, na escola e nos ambientes que frequenta e de que forma a criança e os pais/responsáveis se relacionam. A partir desse mapeamento cognitivo podemos ter uma ideia de trabalhos posteriores que possam ser realizados. Até uma determinada idade a criança tem que correr, sentar e falar, mas é óbvio que não podemos esquecer da subjetividade de cada criança. Existem crianças que andam com nove meses e outras que andam com um ano e meio e isso não quer dizer que ela esteja fora do marco psicomotor. De acordo com oque a criança apresenta e com a sua subjetividade nós delineamos os marcos cognitivos e psicomotores da criança, ou seja, se ela apresenta algum déficit. Elaboramos uma hipótese diagnóstica para a criança, junto com todas as outras informações que aparecerem nesse mapa cognitivo”, frisou. A psicóloga concluiu enfatizando que “Com essa proposta inovadora e integradora a criança, a família e a escola serão amplamente beneficiadas.” ..............................................................................................

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Lívia Vasconcelos PSICÓLOGA, TERAPEUTA COGNITIVA COMPORTAMENTAL, MESTRE E DOUTORA EM COGNIÇÃO E LINGUAGEM (UENF) E NEUROCIENTISTA EM FORMAÇÃO

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