
15 minute read
ENCONTRO DE FESTEIROS Camila Lages entrevistou nove mulheres inspiradoras da nossa região
F E S T E I R O S D E E N C O N T R O MULHERES
QUE INSPIRAM E SE INSPIRAM
Advertisement
Camila Lages (11)9.7109-3577 @encontrodefesteiros
"Nós mulheres temos um potencial incrível, a gente só tem que tomar consciência de quem nós somos" , Angela Maluf, viceprefeita de Cotia. E é exatamente com esta frase, que vamos iniciar as próximas páginas. Quem nós somos? Mulher, Filha, Mãe, Esposa, Irmã, Dona de Casa, Do Lar, Empresária, Empreendedora, Autônoma, etecetera e tal… Somos tantas em uma, uma entre tantas, e devemos estar entre todas e por todas! Essa "nova era" que nos permite falar, nos posicionar e assumir de vez a mulher que quisermos ser. Ainda esbarramos em muitos obstáculos e preconceitos, mas acreditamos que estamos no caminho certo, de mudar tudo isso. E ganhar ainda mais nosso espaço na sociedade e nosso lugar de voz. Somos mulheres diversas, mulheres de garras e fibra! Inspiradas em tantas outras, nos fazem ser quem somos. E estar em busca de algo maior: o RESPEITO e o nosso ESPAÇO. “A mulher compreende as adversidades e nos dias atuais tem maiores ferramentas para lidar com elas. Nós mulheres estamos tomando posse de espaços e ações que sempre nos pertenceram, mas nos foi negado e subtraído ao longo dos séculos” , acrescenta a vice-prefeita de Cotia. “A mulher nos dias de hoje, está começando a entender que não dá mais para viver como coadjuvante, mas sim como protagonista, que ela é a fonte de poder que cria as possibilidades em sua vida. ” diz Sandra de Cássia Geremias, terapeuta holística de mulheres. Nós podemos assumir todos os papéis que quisermos, mesmo ainda encontrando obstáculos que nos enfraquecem. "Atualmente a mulher vem conquistando mais espaço e desempenhando papéis importantes na sociedade, tanto no mercado privado como público. " - Diz Nilza Ferreira, coordenadora técnica na Secretaria Municipal de Saúde de Cotia. Para Micheli Militão, que atua no Setor de Segurança Pública de Cotia, ao longo desses anos as mulheres assumiram papéis importantes na sociedade. E de fato, nós estamos tomando cada vez mais lugares que antes nunca estivemos. "Hoje vejo que nós mulheres estamos ganhando espaço nos diversos seguimentos da sociedade, desde mãe cuidadora do lar como empresária, ou funções que antes eram tidas exclusivamente por homens, especificamente no meu caso atuando na Segurança Pública" , completa Militão. Para a advogada Silvia Cursino, a mulher apesar da herança histórica do patriarcado, ela têm sido cada dia mais protagonista da sua própria vida, ocupando mais os espaços de poder. “Nós mulheres infelizmente ainda não descobrimos que juntas somos invencíveis. Mulher pode ser quem e o que ela quiser, assumindo desde a casa, maternidade, mercado de trabalho e cargos de liderança” , complementa Silvia Cursino. A nossa história está aí para nos mostrar, nós ainda vivemos reflexos de uma sociedade onde a mulher não tinha vez. "Acredito que a mulher está cada vez mais inserida no cotidiano da sociedade atual, assumindo novos papéis, ocupando espaço no mercado de trabalho e em cargos de liderança, na política, no 3ª setor, empreendendo e principalmente conquistando liberdade de escolha pra ser e estar onde ela quiser. " - Diz Cristina Brasil, influenciadora digital do Mulheres da Granja Viana. E de fato, nós mulheres estamos cada dia, mais e mais, ocupando lugares que jamais estivemos antes. Mas para chegarmos até aqui, muitas mulheres de fibra tiveram que lutar e levantar a poeira. "A mulher hoje enxerga e entende a posição de destaque que na verdade sempre teve, mas que ao longo da história foi reprimido, escondido e muitas vezes retaliado. E isto dá as mulheres de um modo geral, mais segurança para agir, para assumir cargos de gestão, de falar, de se pronunciar e se posicionar" , comenta Márcia Lima, jornalista e assessora de imprensa. Nossa primeira referência como mulher, sem dúvida, é a nossa própria mãe. Seja biológica ou de coração é uma inspiração seguida de gratidão, por todo o amor compartilhado, por toda a luta perante as dificuldades que cada uma trilhou dentro da sua própria história, para manter a luz daquela família acesa. Mães que inspiram suas filhas, a levantar a cabeça e seguir, mesmo nas dificuldades encontradas pelo caminho. É o caso da mãe de Micheli Militão, que a inspirou e deu força para que pudesse passar por momentos difíceis. "Sobrevivi ao Câncer de Mama, durante o tratamento descobri que estava grávida, e cinco anos depois, meu caçula teve um câncer no fígado e venceu. Então me inspiro nas mulheres que de alguma forma venceram suas dificuldades. E que lutam diariamente para dar a sua família a dignidade merecida" , relembra a Guarda Civil. De fato, são muitas mulheres que fizeram diferença ao longo da história. Para a advogada Angela Serrano, é difícil citar alguns nomes, pois ela conhece muitas mulheres fortes e corajosas. E realmente, se olharmos a nossa linha do tempo, dentro da nossa família e no nosso convívio social, quantas já passaram nos inspirando? "Tive a oportunidade de conhecer e conviver durante a minha trajetória com várias mulheres que considero inspiração, na família e no trabalho. A maioria não são mulheres famosas, mais são importantes figuras no meio em que vivem” , comenta Nilza Ferreira. Para a vice-prefeita de Cotia, Angela Maluf, as mulheres que inspiram são aquelas que acordam cedo, trabalham o dia todo, enfrentam batalhas diárias, chegam em suas casas, preparam o jantar, cuidam da casa, dos filhos, do marido. “As mulheres que me inspiram são aquelas que cruzam conosco diariamente, são as Marias, Sandras, Joanas, Rosas, Betes, são as de lisura inabalável, que dia a dia lutam pelo pão e ainda conse-

guem ser milhares em uma só! Essas têm o meu respeito e admiração, me inspiram a pensar políticas públicas para fortalecê-las desde a hora que acordo até o meu deitar” , complementa Angela Maluf. Muitas inspiram, e mulheres de grandes destaques também nos inspiram, são muitos esses lugares ocupados por nós mulheres, e conversando com a jornalista Marcia Lima, ela trouxe alguns nomes que a inspiram, como a Elizabeth II, Angela Merkel, e a médica Margareth Dalcolmo, que faz um trabalho fantástico na Fiocruz no combate ao coronavírus. "Além de uma especialista, a Margareth transmitiu segurança, informação, estava diariamente nos principais telejornais do país falando, pedindo e explicando. E o melhor, não teve medo de bater de frente com o negacionismo que tomou conta do país. Não é à toa que é a única brasileira membro do Expert Committee on the Selection and Use of Essential Medicines, da Organização Mundial da Saúde" , destaca Márcia. Quantas mulheres alcançaram a fama, estiveram no topo e são julgadas por ser exatamente quem são? A influenciadora Cris Brasil cita Madonna como sua musa inspiradora. "Ela é exemplo de força e perseverança, pagou um preço muito alto pra ser essa mulher livre, forte, bem-sucedida, feminista, mãe, politizada e dona de si que é" . Madonna foi marcante principalmente nos anos 80/90, e talvez a mulher polêmica da vez, é a brasileira Anitta. Quantas mulheres estiveram a frente de seu tempo pagando um preço alto em ser quem são? Em assumir a verdadeira essência, questionar regras que já não nos cabem mais? Elas escrevem novas linhas onde podemos deixar de lado o julgamento. Todas as mudanças que queremos ver no mundo, devem começar dentro de nós, e dentro de casa. E de todos os papéis que exercemos na sociedade, precisamos ter coragem de nos posicionar. E continuar firmes nesse caminho, ocupando cada dia mais espaços, cargos e lideranças. Não é sobre tirar os homens de seus lugares, mas dividir esses lugares com respeito e empatia. “O homem e a mulher precisam caminhar juntos, crescer juntos” acredita Márcia Lima. Para Cris Brasil, a mulher é fundamental para sustentar os pilares da sociedade, mudar a conjuntura política atual, transformar os ambientes em que atua, lutar por uma sociedade mais justa e equitativa. Que bom ter ao nosso redor, mulheres que pensam e praticam tudo isso, estamos no caminho certo. Mas precisamos parar de nos cobrar tanto em ser perfeitas "Chega de ser mulher maravilha!" - completa Cris Brasil. A cobrança de um corpo perfeito, da casa perfeita, da família ‘margarina’ , etecetera e tal... Podemos deletar esses estereótipos que nos engessam e acabam nos bloqueando de ser quem somos. “Temos que provar a todo momento que somos fortes, mesmo no momento de fraqueza. Temos não só um, mais vários papéis que desempenhamos no nosso cotidiano” , diz Micheli Militão. Ela acredita que além de todos esses papéis, ainda somos formadas de sentimentos, frustrações e alegrias. Saber o que quer, correr atrás de seus objetivos com ética e moral, ser uma pessoa ativa, flexível, ter coragem e leveza, se reinventar quando necessário, exercer diversos papéis com dedicação, unir elos para uma sociedade mais justa e humana. É mais ou menos dessa forma que este time de mulheres se enxerga na sociedade, fazendo a diferença, cada uma dentro de seu campo de atuação. Deixar de lado tantas cobranças impostas já não fazem mais sentido. Estamos em plena mudança, e errar também é preciso, para que lá na frente possamos acertar com maestria. Para a jornalista Márcia Lima, mesmo sendo exigente com ela mesma, e com os outros, ela acredita que a vida é sobre como reagimos aos erros. “A vida tem seus altos e baixos, Estamos no caminho certo, mas ainda temos muito a percorrer. Somos grandes mulheres empoderadas nos influenciando todos os dias, acreditamos que união entre as mulheres faz total diferença nesses momentos, criamos redes de apoio para que gere novas oportunidades e, juntas, possamos ganhar mais espaços. Temos muito caminho pela frente, precisamos construir também uma sociedade mais segura, onde nossos direitos sejam respeitados. Nossa sociedade precisa entender de uma vez por todas, a nossa pluraridade. Somos diversas, não somos padrão. E quando falamos da mulher ganhar espaços na sociedade, também precisamos incluir a mulher transexual. “E essa inclusão deveria ser natural, não um espaço de luta” , critica Kelvin Valentim, professora e articuladora cultural. Ela explica que não há privilégios em ser mulher e que isso não torna mais segura ou menos alvo. "A maldade que é voltada a nossos corpos, é como se nós estivéssemos emulando uma perso-

tem gargalhadas e choros, mas de um jeito maluco é isto que nos equilibra. Depois de toda mudança proporcionada por uma pandemia, percebi que muita coisa mudou, boas coisas podem acontecer, mas o fundamental foi passar por tudo trabalhando” , complementa a jornalista.
“Nós mulheres temos a falta de valorização pessoal e também de umas com as outras. Veja você a dificuldade que é colocarmos mulheres para nos representar nas câmaras de vereadores das cidades. No meu entender, nós possuímos maior propriedade para falar de pautas que nos dizem respeito e estes espaços carecem dessa representatividade. ” Angela Maluf, pedagoga, 66 anos, casada, mãe e atualmente vice-prefeita e Secretaria de Direitos Humanos, Cidadania e Mulher da cidade de Cotia.
“A mulher é fundamental para tudo e em todos os âmbitos da vida e do mundo. Várias mulheres me inspiram, é difícil citar uma ou umas, porque conheço muitas mulheres fortes, corajosas e capazes, mantendo a delicadeza e sensibilidade. " Angela Aparecida Serrano Gregório, 59 anos, sou filha, mãe, advogada, publicitária, corretora, mas acima de tudo uma pessoa que ama o ser humano.
“Me enxergo como uma mulher valente, que encara todos os desafios com coragem e leveza. Já me reinventei dezenas de vezes e tento exercer todos os meus papéis com dedicação e êxito, respeitando meus limites e ficando satisfeita com meus resultados. Chega de ser mulher maravilha!” Cristiana Brasil, 47 anos, mulher, mãe de três, ativista, empreendedora e sócia proprietária da Empodera Femme, social mídia e influenciadora digital do Mulheres da Granja Viana.
“A mulher na sociedade a partir do momento que ocupa papel de liderança é uma figura importante na tomada de decisões e formação de opiniões. No âmbito familiar importante fonte de trabalho para contribuição na renda e fundamental no apoio emocional da família. ” Nilza Ferreira, 43 anos, mulher, mãe, esposa, amiga, enfermeira, e atualmente Coordenadora Técnica na Secretária Municipal de Saúde de Cotia.

“Sou comunicação. Sou espaço de afeto. Sou sabedoria do empirismo ao diploma. Minha construção veio de lutas que eu tive de enfrentar muito cedo. Um corpo preto que não tem uma África para voltar, já que os locais que ocupo, reafirmam diariamente que eu deveria estar morta. Sou uma mulher. Não sou objeto de estudo, nem padrão de comparação.
Kelvin Valentim é uma mulher transexual, professora, articuladora cultural, membro ativo no Sarau na Praça em Cotia, Mestra em História Política e Bens Culturais e Graduada em Ciências Humanas. Vencedora de sete títulos literários a nível nacional e escritora desde 2013. Autora de 6 livros.
nagem. Nossos locais, nossa voz de protagonismo, são desacreditados quando queremos falar de direitos fora do mês de março” , complementa Kelvin. A taxa de mortalidade de uma mulher trans no Brasil, como Kelvin, é de 35 anos. Segundo uma matéria da UOL de janeiro deste ano, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans, é um ranking vergonhoso, e muito cruel. ‘Em 2020, foram 175 travestis e mulheres transexuais assassinadas. A alta é de 41% em relação ao ano anterior, quando foram registrados 124 homicídios. ’ Esses dados precisam de mais atenção, somos plurais, somos fortes e precisamos debater com mais rigor o respeito de todas nós mulheres. Como citei logo no início desta coluna, queremos RESPEITO e o nosso ESPAÇO, mas para isso precisamos ouvir todos os lados, todas as formas de pensar, e agir com pluralidade, sem soltar a mão de ninguém. Buscar soluções, questionar o poder público, exigir mais segurança para todas nós, talvez dar mais oportunidade de vozes femininas em poderes públicos, representações políticas. Em Cotia, tivemos essa abertura e oportunidade, com a vice-prefeita Angela Maluf, e precisamos sim ir até ela, falar o que pensamos, apresentar soluções, fazer críticas construtivas. “Me considero uma cidadã inquieta e uma profissional atuante com muitas responsabilidades no sentido de ter chego a uma posição que me permite ter vez e voz e procuro aproveitar essa oportunidade para falar por muitas de nós” , comenta Angela quando perguntamos como ela se enxerga na sociedade. Para a terapeuta Sandra, o que está faltando na valorização das mulheres é a autovalorização feminina. “Não adianta nada lutarmos para que o outro nos valorize, se não nos valorizarmos, nos aceitarmos e nos respeitarmos. O outro só nos dará aquilo que somos” . Além de nos valorizarmos, vale lembrar o quanto é importante valorizar também as outras mulheres. A nossa mãe, tia, amiga, vizinha, colega de trabalho, etc. Apoiar umas nas outras, que tal saírmos do julgamento e começarmos a usar a palavra Sororidade? Entender as escolhas umas das outras, ser ombro e colo quando necessário. “Ninguém precisa de julgamentos e nem ser igual a outra. E nem fazer o que a outra faz para não ser criticada. A base de um mundo melhor é o respeito. Cada um sabe o que é melhor para si” , acrescenta a jornalista Marcia Lima. A advogada Angela Serrano reforça que a mulher precisa acreditar no valor que tem e não ceder às pressões que tentam desvalorizá-las. Entender nosso real potencial, acreditar nele, ativar nossa intuição e seguir. Para a advogada Silvia Cursino é exatamente a Sororidade que está faltando nos dias de hoje. "O que está

“O homem e mulher precisam caminhar juntos, crescer juntos e cada um com suas limitações. É preciso aprender a respeitar isto. E eu acredito que mulher é fundamental nesta mudança de cultura, de posicionamento, de esclarecimento, de assumir as lideranças e mostrar o jeito certo de fazer. Isto que não acontece da noite para o dia, é um processo longo, mas que já é uma realidade. Não tem que ter disputa neste caso, e sim compartilharmos os mesmos objetivos. Seja nas empresas, nas casas, nas redações, nos hospitais, na educação, na saúde, enfim em todos os campos. ” Marcia Regina de Lima, 48 anos, jornalista por formação, mas tem na comunicação seu foco, é sócia diretora da agência TEM Comunicação, que atua na área gastronômica com restaurantes, padarias, e com start-ups e empreendedorismo.
“A mulher nos dias de hoje, está começando a entender que não dá mais para viver como coadjuvante, mas sim como protagonista, que ela é a fonte de poder que cria as possibilidades em sua vida. ” Sandra de Cássia Geremias, 49 anos, sou Terapeuta Holística de Mulheres, empodero as mulheres a vivenciarem o que realmente são, a vivenciarem a sua essência com leveza. Eu sou uma mulher negra, a qual busca evoluir através dos desafios que surgem em minha vida. Sou Neta, Filha, Mãe, avó, sobrinha, tia, prima, amiga e colega, mas principalmente sou DONA DE MIM.
“Acredito que ainda falta espaço para que as mulheres possam ocupar lugares sociais onde exerçam influência. É necessário a construção de uma sociedade em que a Mulher se sinta segura, protegida, não no sentido paternal, mais no sentido de ter seus direitos e deveres assegurados e respeitados. ” Micheli Militão, 44 anos, atua há 13 anos na área da Segurança Pública Municipal da Guarda Civil de Cotia, sendo lotada na Unidade Operacional Especializada ROMU.
”Mulher pode ser quem e o que ela quiser, assumindo desde a casa, maternidade, mercado de trabalho e cargos de liderança. A mulher é fundamental para uma sociedade mais justa e igualitária. ” Silvia Cursino, 45 anos, advogada, blogueira, mulher, mãe, filha, dona de casa, serva de Deus… mulher igual tantas outras, buscando sempre o melhor que muitas vezes erra tentando acertar.
faltando na valorização da mulher nos dias de hoje? É a sororidade. Que as mulheres se reconheçam nas outras mulheres sem julgamento. Falta equidade em todos os lugares: casa, trabalho, política, sociedade” , comenta a advogada.Nossa sociedade ainda está longe de ser perfeita, não é um ambiente seguro, e precisamos falar disso também. A violência doméstica, por exemplo, mata todos os dias. O assédio acontece dentro do nosso trabalho, e o estupro à luz do dia. Precisamos parar, refletir, dar as mãos, ouvir, criticar sempre, e lutar cada vez mais por todas nós. O mês de março é um mês que marca essa luta, a luta de 100 operárias que morreram carbonizadas em uma fábrica têxtil em 1857 na cidade de Nova York. São por elas, e por tantas outras que devemos nos levantar e garantir nossos respeitos e nossos espaços. Agradecemos as nove mulheres da nossa sociedade que escolhemos para participar desta matéria especial.


