Revista Síndico 208

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artigo ÍNDICE

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“Ser síndico(a) é para fortes de espírito” Ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Diz a sabedoria popular que todo ser humano que cumpre isto pode se considerar realizado. Esta máxima ganhou concorrência em tempos de internet. Ser síndico ao menos uma vez na vida está entre as três experiências evolutivas que o administrador, escritor e professor universitário Jerônimo Mendes compartilha com o público, em suas palestras motivacionais. Num dos artigos mais comentados de seu site, ele analisa o que fazemos com as experiências que temos. “Algumas são marcantes e, dependendo da maneira como acontecem, serão levadas para o resto da vida, sejam elas boas ou ruins. Sistemática ou não, a experiência é um modo de aprendizado. Involuntária ou não, ela faz o ser humano crescer, rever pontos de vista, entender coisas que jamais entenderia se não vivenciasse algo inédito, ainda que a contragosto.” Com relação a aceitar o desafio de ser síndico, ele relata o enorme aprendizado, quando foi gestor de seu condomínio. “Ser síndico é um exercício de cidadania. Ter que lidar com gente boa e má; gente egoísta; gente que não está nem aí para o que os outros dizem e pensam, mas faz questão de conspirar nos corredores do prédio; gente que não participa, mas critica; gente que acha que seus filhos têm mais direito que os filhos dos outros. Ser síndico é para fortes de espírito”, enfatiza. A segunda experiência recomendada é ser demitido ao menos uma vez na vida. “No começo é difícil, você esperneia, chora, xinga a mãe do chefe, acha que o mundo vai acabar e que você não vai conseguir mais nada na vida, mas aí você lembra do Jack Welch com aquela sua frase intrigante: “até um pé-no-traseiro te empurra pra frente”. A terceira é se tornar um empreendedor e líder. O escritor lembra: “a liderança exige uma revisão ampla de conceitos, mudança de comportamento e coragem para tomar decisões capazes de transformar a vida das pessoas. Não há líder de fato, quando não há o ser humano íntegro de fato”. E se tem algo que o (a) síndico (a) faz a todo momento é se posicionar e enfrentar novas situações. A cada desafio, um passo mais firme em direção ao reconhecimento e à realização. Luciene Barbiero Machado Jornalista/editora da Revista Síndico

12 O segredo das assembleias tranquilas

Conheça as leis de acessibilidade

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Erros e acertos no envio de correspondências aos moradores

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Piscinas em alta, mesmo na baixa temporada

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Livre do entulho sem gastar um centavo

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Regulamento interno: atualizar é preciso

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Assembleias em harmonia: vença este desafio

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Assembleias produtivas: sonho possível

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Está com a certificação digital em dia?

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Delivery Orgânicos: bem estar que bate à porta

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Portal do Cliente

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Acessibilidade: autonomia para todos

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Que tal uma pizza hoje?

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Vigilante e vigia: atividades de cada um

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Quando a falta de luz é só um susto passageiro

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Chip subcutâneo libera acesso para funcionários

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GUIA DE FORNECEDORES

Set/Out/Nov 2015 - Edição nº 208 CONSELHO EDITORIAL: Ingo Voelcker, Roger Silva, Christian Voelcker, Marjorie Albuquerque, Cristina Dittgen, Luciene Machado COORDENAÇÃO: Cristina Dittgen (gerente de Produto) EDITORA EXECUTIVA/ Jornalista responsável: Luciene Machado – MTb 4480 REPORTAGEM E FOTOS: Luciene Machado – Mtb 4480 e Patrícia Lemos – Mtb 14.186 PRODUÇÃO GRÁFICA: Shout Publicidade Capa: Regina Beer COMERCIALIZAÇÃO DE ANÚNCIOS: (51) 3216-6166/revistasindico@auxiliadorapredial.com.br Projeto e edição gráfica: Regina Beer

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Atendimento ao leitor - Comentários, críticas e sugestões: revistasindico@auxiliadorapredial.com.br


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SÍNDICO 208    SET/OUT/NOV 2015

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Gestão

Erros e acertos no envio de correspondências aos moradores As correspondências integram a estratégia de comunicação dos síndicos, mas requerem cuidados

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nvio de e-mail, contato telefônico, troca de mensagens, whatsapp. Estas e outras formas de comunicação cresceram muito, mas não substituem a correspondência formal que circula entre a administração do condomínio e os moradores. Responsáveis por oficializar atos do síndico e do conselho consultivo, as correspondências devem ser sempre protocoladas. A não banalização de cartas ou circulares é uma recomendação do advogado Elias de Andrade Rodrigues, gerente Jurídico da Auxiliadora Predial. “O envio muito frequente acaba por ocasionar o desinteresse dos condôminos na leitura. Muita gente sequer abre a correspondência”, diz.

Só interesses coletivos O síndico é escolhido pela comunidade condominial para representá-la. Então, outro alerta que Rodrigues faz é que só se trate de assuntos de interesse coletivo. “Exemplifico com conflitos entre vizinhos. Caso o condomínio não tenha comprovação das reclamações de um em relação ao outro, acaba se tornando temerário o envio de uma carta somente com base no relato ou reclamação um lado envolvido”, alerta.

mação normalmente está nos murais, mas há síndicos que optam por reforçar, via correspondência. O síndico Décio Anversa realiza, com frequência, o envio de correspondências aos condôminos e utiliza a redação e expedição da Auxiliadora Predial. Dois assuntos levaram o administrador do Condomínio Los Angeles, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre, à imobiliária, no mês de julho: dejetos de cachorro no corredor e queda de objeto. “Por uma questão de economia, optei por fazer as duas notificações em um único envelope. Solicitei uma advertência com relação ao manuseio de objetos próximo às janelas, porque detectamos uma torneira em uma das áreas de serviço, que havia caído de um apartamento superior. Muito grave, porque poderia ter ocorrido um acidente sério. O outro aviso é para redobrarem o cuidado com os animais que circulam no prédio, porque um morador fez uma reclamação formal (inclusive documentada com fotos), sobre dejetos em frente a seu apartamento, solicitando providências do condomínio”, lembra. Ele explica que, no andar do acontecimento, só há um cão, o que facilitaria, em tese, a responsabilização pela ocorrência.

com pets e uso indevido de vagas de estacionamento.

Correspondências “pra ontem”

Décio Anversa, síndico do Condomínio Los Angeles, no bairro Bom Fim, em Porto Alegre

Comprovando que chegou Já nas convocações de assembleias, cartas de advertência e multas, há necessidade de comprovação de recebimento. “Todas as convocações de assembleias são enviadas como cartas registradas. Atas e notificações, como carta simples. Dependendo do grau de importância da correspondência, ela poderá ser enviada por carta registrada ou com aviso de recebimento (AR)”, informa Sprenger. Ele revela que, além das correspondências obrigatórias, os pedidos mais frequentes de comunicados referem-se a horário de silêncio, alteração de fachada, infiltrações, cuidado

Forma correta de encaminhar De acordo com Gilberto Sprenger, supervisor do Setor Administrativo/Expedição de Condomínios da Auxiliadora Predial, as solicitações são feitas via sistema, a pedido do assessor do condomínio. No final de cada dia, após a correção, acontece a expedição dos documentos. A escolha do canal de envio das correspondências deve priorizar a efetividade da entrega e a comprovação de recebimento. Comunicações sem maior importância podem ser entregues em mãos pelo próprio zelador ou colocadas na caixa de correio. Um exemplo: aviso sobre uma programação de corte de luz para manutenção de algum equipamento. Esta infor6

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A Inadimplência pode ser divulgada? A divulgação da inadimplência tem de ser objetiva e destinada, exclusivamente, à informação dos condôminos a respeito da situação financeira do condomínio. O artigo nº 1.348 do Código Civil impõe ao síndico o dever de prestar contas aos condôminos, o que o respalda na divulgação dos devedores. No entanto, o advogado Elias Andrade lembra que, de acordo com a jurisprudência, a divulgação das cotas em atraso pode ser feita com a Prestação de Contas. Ele recomenda que sejam identificadas somente as unidades devedoras, com o número do apartamento e o valor da dívida, nunca colocando nomes. “Muitos administradores acreditam que a cobrança por constrangimento funciona. É um erro, pois esta situação é passível de causar danos morais ao condômino devedor, que poderá ajuizar ações indenizatórias contra o condomínio”, alerta.

Muitas vezes, o síndico precisa emitir alguma correspondência em tempo recorde, tais como convocações de assembleias ou notificações de multas. No trâmite entre síndico-assessor-redação-gráfica-expedição, muita coisa deve acontecer para a correspondência chegar ao Correio. “É aí que entram em pauta os prazos”, lembra Sprenger. “De acordo com muitas convenções de condomínios, a convocação deve chegar oito dias antes da data da realização da assembleia. Por isso, o síndico deve ter cuidado ao apresentar prazos aos condôminos e ao solicitar expedição de algum documento à sua auxiliar de administração”, alerta.

As mais enviadas >> >> >> >>

Convocação para assembleias Cartas de advertência Atas e prestação de contas Balancete mensal do movimento financeiro >> Multas >> Campanhas de estímulo ou comunicados de interesse geral (horário de mudanças, regras de segurança, avisos sobre cuidados com elevadores, jardim e gramados, regramento de áreas de uso comum e outras). u

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MANUTENÇÃO

fiscal vai até o local e, se comprovada a irregularidade, é emitida uma notificação com pedido de adequação, com prazo de até 15 dias. No caso do não cumprimento, o síndico recebe auto de infração, seguido por multa.

Alguns pontos da Resolução 05/96, Norma Técnica nº 01/96

Equipamentos devem ser limpos o ano todo, por exigência de lei e para garantir um banho seguro

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máxima “quem não é visto, não é lembrado”, em nenhuma hipótese se aplica às piscinas. Elas devem receber cuidados o ano inteiro. A legislação que trata do assunto é a Resolução Municipal da Secretaria da Saúde de Porto Alegre (SMS) nº 05/96, que traz como anexo a Norma Técnica Municipal 01/96, estabelecendo critérios de salubridade no uso de piscinas de uso coletivo. Embora permaneça válida, deve ser obser8

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vada a Resolução 01/2012, que revoga o item 12 da referida Norma Técnica, dispensando a necessidade de contratação de responsáveis técnicos para as piscinas de uso coletivo (área química e de saúde).

Responsável técnico: não obrigatório, mas fundamental Segundo o engenheiro químico da SMS, Rogério Ballestrin, os condomínios devem continuar contando com um responsável técnico, mesmo que não seja exigência legal. “Houve um entendimento jurídico da Procuradoria, motivado por uma ação de uma empresa do setor regulado, de que há jurisprudência que isenta o clube/ academia de contratá-lo. A fim de evitar uma pendenga jurídica, optou-se

por dispensar o responsável técnico, mas as evidências diárias de irregularidades nos condomínios mostram que ele é necessário”, pondera Ballestrin, lembrando que o Conselho Regional de Química, no entanto, continua fiscalizando qualquer piscina, exigindo a contratação de químico responsável.

>> Manter a piscina sempre cheia e com uma tela milimétrica nos períodos em que não houver uso. “É contraindicado deixá-la vazia. Além de ocasionar problemas estruturais, caem folhas, que entopem o ralo e acabam formando poças, o que atrai insetos”, previne o engenheiro químico da SMS, Rogério Ballestrin. >> A água deve estar sempre transparente — condição que pode ser obtida a partir da cloração adequada ou da circulação e aspiração periódicas, ou, ainda, mantendo-a coberta com uma tela milimétrica tipo malha 1. “Se a piscina estiver totalmente coberta durante o tempo em que não for utilizada, a água ficará escura, mas sem proliferação de insetos. O ideal é a colocação de telas, pois se as pessoas esquecerem de ligar o sistema de circulação por uma semana, por exemplo, os insetos já poderão depositar suas larvas”, garante o profissional, acrescentando que a tela deve passar sobre as bordas, sendo fixada além delas. >> Os produtos utilizados devem ter registro no órgão competente, estar dentro do prazo de validade e ser dosados conforme prescrição. >> A verificação do residual de cloro e do pH deve ser realizada de hora em hora pelo operador, como segurança para o tratamento químico da água. Os resultados dessas análises devem ser anotados em um quadro visível aos usuários. >> Por questão de segurança, providencie a proteção das piscinas, por meio de alambrados ou redes, para evitar o acesso de crianças pequenas.

A dengue e as piscinas Com o propósito de combater a dengue, a população deve prevenir o aparecimento dos agentes causadores da doença. Para evitar a proliferação de insetos, é necessário manter a piscina clorada e em condições de transparência o ano todo. “Se não for mantê-la clorada, é necessário cobri-la com lona telada, disponível nas lojas que comercializam produtos para piscinas. A lona comum não é recomendada, porque acumula água da chuva na superfície, produzindo um ambiente ainda mais propício ao Aedes aegypti”, ensina o engenheiro químico Rogério Ballestrin. Outra recomendação para o controle de vetores é que a borda das piscinas seja mantida limpa. Ela deve ser esfregada com esponja e produto químico específico para este fim, uma vez por semana. u Betina Carcuchinski/PMPA

Piscinas em alta, mesmo na baixa temporada

>> O número máximo de banhistas simultaneamente no tanque não deve ser superior a um por 2 m2 de superfície líquida. >> A concentração de cloro na água será de 1,0 mg/L a 1,5 mg/L de cloro livre e o pH deverá ficar entre 7,2 e 7,8. >> Na parte mais profunda da piscina e equidistante das paredes, será marcada uma área negra, circular ou quadrada, com 15 cm de raio ou lado, respectivamente. A área negra deverá ser visível por um observador em pé, situado junto à borda da piscina. >> É proibido o acesso à área da piscina de pessoas com faixas, gaze, absorventes higiênicos, algodão ou com substâncias oleosas aplicadas sobre a pele.

Olho vivo nestas dicas

Como ocorre a fiscalização De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, clubes, academias e afins precisam obter Alvará de Saúde para funcionar, por isso a fiscalização se dá anualmente, quando da renovação do documento. No caso de condomínios, que são isentos de alvará, a fiscalização ocorre após reclamação de usuários via Fala Porto Alegre (fone 156). Mediante a denúncia, um

Mais informações

evitar a proliferação da Dengue Visita de agentes da Secretaria da Saúde, para

Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde. Avenida Padre Cacique, 372 – 3º andar Fone: (51) 3289-2420 aguas@sms.prefpoa.com.br

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SustentabilidadE

Jurídico

Livre do entulho sem gastar um centavo

Regulamento interno: atualizar é preciso Regras claras facilitam a convivência em condomínios residenciais e comerciais

Saiba onde descartar entulho, resíduos arbóreos, móveis velhos e caliça, sem custos

>> Uma das reclamações dos síndicos, com relação ao lixo, é que os moradores jogam fora – muitas vezes durante a noite, quando não há circulação de pessoas – móveis quebrados ou com cupim, restos de obras, eletrodomésticos sem chance de conserto e outros. Isto se torna um problema, pois há resíduos que não podem ser descartados para recolhimento das coletas regulares – domiciliar e seletiva. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) implantou várias Unidades de Destino Certo (UDC), em Porto Alegre, para atender a esta demanda. Distribuídas estrategicamente na cidade, as unidades são conhecidas como Ecopontos.

O que pode ser descartado As Unidades de Destino Certo recebem madeira, móveis velhos, colchões, terra, entulho, caliça, cerâmica, sucata de ferro, eletrodomésticos, resíduos arbóreos e outros materiais. No entanto, não recebem lixo orgânico e resíduos perigosos, como lâmpadas fluorescentes

ou medicamentos vencidos. Como estes pontos se destinam apenas a pequenos geradores de resíduos, não são aceitos descartes maiores do que 0,5 m3 por dia ou mais que quatro pneus por pessoa. Os Ecopontos têm ainda um Posto de Entrega de Óleo de Fritura (PEOF) e um Posto de Entrega Voluntária (PEV) para materiais destinados à coleta seletiva. Horário de Funcionamento: de segunda-feira à sexta-feira, das 7h30 às 17h, e aos sábados, das 7h30 às 12h.

Horário de Funcionamento: de segunda-feira à sábado, das 7h às 19h UDC FÁTIMA PINTO Rua Alfredo Ferreira Rodrigues, 975 Bairro Bom Jesus - Fone: 3367-3777 >> Leia no blog da Auxiliadora Predial (www.auxiliadorapredial.com.br/ blog) sobre o descarte de fluorescentes, medicamentos vencidos e óleo de cozinha (matérias publicadas em edições anteriores da Revista Síndico).

UDC BERNARDINO SILVEIRA DE AMORIM Av. Bernardino Silveira de Amorim, 2.261 - Bairro Rubem Berta Fone: 3386-2155 UDC CÂNCIO GOMES NOVO Travessa Carmem, 111 Bairro Floresta - Fone: 3268-8330 UDC CARVALHO DE FREITAS Rua Carvalho de Freitas, 1.012 Bairro Glória - Fone: 3322-0340 UDC CRUZEIRO DO SUL Av. Cruzeiro do Sul, 1.445 - Bairro Cruzeiro do Sul - Fone: 3231-6064 UDC DIÁRIO DE NOTÍCIAS Av. Diário de Notícias, 1.111 Bairro Cristal - Fone: 3311-4730

>>Próxima edição: Lançados aplicativos de celular para o descarte de lixo

Ficou interessado? Aqui tem mais conteúdo! PROJETO BOTA FORA: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/ dmlu/default.php?p_secao=182

TODAS AS INFORMAÇÕES SOBRE LIXO: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/ dmlu/default.php?p_secao=207

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me a rotina do condomínio, podem ser ajustadas sem a necessidade do quórum requerido para modificação das normas da convenção”, explica. É necessário bastante cautela na hora de elaborar ou atualizar o regimento, a fim de não ferir direitos previstos em leis. O bom senso deve ser usado, lembrando sempre que cada condomínio tem sua realidade e, como um organismo vivo, precisa ser adaptado regularmente, com disposições claras e objetivas, a fim de garantir a harmonia na convivência. u

A

sociedade muda constantemente. Tanto a convenção condominial, como o regimento interno devem acompanhar esta dinâmica, sendo atualizados sempre que necessário. Aconvenção condominial, como o próprio nome sugere, é onde estão convencionadas as normas mais rígidas do condomínio, como forma de administração, procedimentos para realização de assembleias, forma de rateio das despesas etc. O regimento interno – que, assim como a convenção, tem valor legal – é um documento menos formal, mais sucinto e dinâmico. É habitual, portanto, que orientações sejam repetidas em ambos os documentos. “O regimento interno, conforme previsão legal, deve ser parte integrante da convenção ou anexo à mesma. É subordinado a ela e não pode conter normas em desacordo com a convenção”, lembra o advogado Elias de Andrade Rodrigues, gerente Jurídico da Auxiliadora Predial.

O que contemplar Entre as recomendações que devem constar do regulamento estão as normatizações quanto à utilização das áreas de uso comum, como piscina, salão de festas, garagem, canchas esportivas, playground, sala de ginástica, os horários de mudanças, entre outros. Especialmente porque as normas podem ser alteradas conforme as necessidades que forem identificadas no decorrer de sua aplicação.

Exigência de quórum Rodrigues alerta sobre a diferença entre o regimento e a convenção, no que diz respeito ao quórum. “A convenção do condomínio tem uma rigidez maior. É necessária a concordância de, pelo menos, 2/3 dos condôminos para a realização de uma alteração. Já o regimento pode ser alterado conforme a conveniência do condomínio, mediante deliberação de assembleia em que a mudança proposta esteja constando na ordem do dia, razão pela qual deve cuidar das questões mais práticas, que, confor-

O que define o regimento interno >> Estabelece direitos, deveres e restrições quando da utilização das áreas condominiais. >> Define as normas de comportamento e convivência entre os moradores. >> Aborda questões cotidianas, decorrentes da experiência de vivência em grupo e o faz de forma mais detalhada, e também possui força de lei. >> Pode ser alterado com maioria simples, por intermédio de uma assembleia geral devidamente convocada e com ordem do dia neste sentido. >> O quórum para sua validade e alteração deverá estar contido na convenção, mas, como regra geral, bastaria a maioria simples dos presentes à assembleia. 11


CAPA

Assembleias produtivas:

sonho possível Reuniões ágeis e sem ânimos exaltados fazem parte do sonho de qualquer síndico

Eu fujo das assembleias do meu condomínio! Depois de um dia de trabalho, tudo que não quero é um momento cansativo, com pessoas falando alto, em discussões que não terminam e, muitas vezes, acabam sem deliberar nem o necessário”, diz um morador que preferiu não se identificar. Sem falar dos muitos condôminos que sequer vão numa assembleia. Todos perdem com estas atitudes. “Trata-se do momento mais importante da rotina condominial. É através da assembleia que os condôminos (os que estão em dia com suas obrigações) podem externar suas opiniões e exercer seus direitos”, pondera o advogado Elias Rodrigues, gerente Jurídico da Auxiliadora Predial.

Soluções coletivas “Poucos se dão conta da importância da assembleia geral, mas ela é o órgão máximo e soberano do condomínio”, afirma o advogado Pedro Guilherme Becker. Ali se discutem todos os temas de interesse da comunidade condominial e, atendidos os ditames legais, se decide tudo o que for proposto, desde as regras de convivência até as obras e despesas.

Deixar de decidir é dar poder ao outro “A participação é um direito legal, porém, mais do que isso, é uma obrigação social na solução dos problemas em prol da harmonia e do bom convívio”, opina Becker, lembrando que a consequência para aqueles que não participam é a necessidade de se submeter ao que os outros decidiram, na forma da lei.

Saiba o que diz a lei sobre as assembleias O Artigo 24 da Lei do Condomínio 4.591/64 e o Artigo 1350 do novo Código Civil Brasileiro, Lei nº 10.406/02, estabelecem a obrigatoriedade da realização anual de uma assembleia geral ordinária dos condôminos, convocada pelo síndico na forma 12

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prevista na convenção. Nesta reunião são tratados assuntos relativos à prestação de contas do condomínio, previsão orçamentária e eleição de nova administração, entre outras questões de rotina. Porém, se houver necessidade de respaldo dos moradores para deliberar sobre outras matérias importantes, devem ser realizadas assembleias extraordinárias, que podem ser convocadas pelo síndico ou por 25% dos condôminos.

Formalidades necessárias Com previsão legal de acontecerem ao menos uma vez no ano, as assembleias requerem cuidados da administração antes, durante e depois. Um bom planejamento vai garantir o transcorrer tranquilo e, na sequência, com a disponibilização da ata, o processo está fechado com chave de ouro. O advogado Elias Rodrigues faz recomendações imprescindíveis, pois sua não observância pode acarretar a anulação de alguma decisão ou, até mesmo, da própria assembleia. 1. O envio das convocações deve ocorrer dentro do prazo previsto na convenção; 2. Cuidado na conferência das procurações apresentadas pelos condôminos; 3. Atenção para deliberar somente sobre o que constar na ordem do dia; 4. Respeitar os quóruns exigidos na legislação e na convenção para determinados temas; 5. Lavrar a ata com todas as matérias deliberadas, com precisão e clareza.

Livre de impugnação Para evitar que a assembleia seja impugnada ou passível de anulação, convoque, respeitando o prazo previsto na convenção (em média, dez dias) e o faça de forma que possa ser comprovado (via protocolo de entrega ou com aviso de recebimento). “É comum, em condomínios maiores, haver previsão, na convenção, de convocação através de publicação em edital, o que é válido e deve ser observado”, lembra Rodrigues. 13


CAPA

Assembleias em harmonia: vença este desafio

O que fazer antes da assembleia >> Planeje a reunião com antecedência junto ao conselho. >> Municie os condôminos com todos os documentos necessários, com antecedência. Assim, todos terão tempo de avaliar e refletir sobre o que está sendo apresentado e debater com os vizinhos. >> Programe a participação do assessor de condomínios na assembleia. Esse profissional vai lhe auxiliar na condução dos trabalhos. >> Divulgue, de todas as formas disponíveis, a data da assembleia (por carta, e-mail, cartaz, site do condomínio, mensagens via celular). Quando possível, converse com os moradores, motivando-os a participar. >> Elabore a pauta de forma clara e objetiva, e não se afaste dela. >> Evite marcar assembleias nos finais de semana. Confira se a data escolhida não é próxima a algum feriado ou se nesse dia não há algum evento popular importante, como uma final de campeonato de futebol. >> Tenha presente que o estresse estará acentuado no final do dia, horário comum às assembleias. >> Esteja preparado para ouvir críticas e opiniões contrárias à sua. >> Estipule tempo máximo de duração (duas horas é um prazo razoável). >> Disponha as cadeiras em círculo para facilitar a comunicação.

O que fazer durante >> Inicie sempre no horário marcado. >> Comece com a definição do presidente da mesa. >> Tenha à mão a convenção e o regulamento interno para eventuais consultas. (Leia, na página 11, reportagem que esclarece a diferença entre os dois documentos) >> Mantenha o foco: não permita que as discussões sejam desviadas da pauta programada. >> Quando viável, monte uma apresentação, utilizando computador ou retroprojetor. >> Pense bem sobre os termos que vai utilizar ao se posicionar, para não ser mal interpretado ou ofender alguém. >> Mantenha à disposição água, café (ou chá) e algo para beliscar, como biscoitos ou pipoca. u 14

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>> Mais do que uma necessidade, as assembleias são uma exigência da lei. Saiba como conquistar a participação dos moradores e manter um bom clima.

Promova. No início da reunião faça algo que parece óbvio, mas que surte efeito, se repetido: agradeça a presença de todos e saliente a importância de estarem ali, decidindo o futuro do lugar onde vivem e zelando pelo patrimônio comum.

Brigas e discussões longe das assembleias Como manter o clima de cordialidade e otimizar os encontros? O gerente de Condomínios da Agência Centro da Auxiliadora Predial, Diego Teixeira, junto a experientes assessores que participam ativamente das assembleias, apoiando os síndicos, elaboraram dicas para mobilizar os condôminos a participar dos encontros e também sobre como gerenciar possíveis crises. Confira as dicas: >> Estar informado sobre a pauta que será abordada, procurando subsídios. >> A administração precisa falar a mesma língua. Antes da assembleia, síndico e conselho fiscal devem trocar ideias sobre os temas que serão debatidos, alinhando as visões. >> Previamente, comentar a pauta com o assessor de condomínio, verificando os assuntos mais delicados e as questões jurídicas. >> Contar com um resumo das principais ações concretizadas ao longo do ano é importante para responder a eventuais questionamentos. >> Escolher um presidente, que não seja o gestor, para conduzir a reunião. A pessoa indicada deve ter um perfil firme, para conseguir coordenar os debates e evitar que se fuja da ordem do dia. >> Indicar um secretário para redigir a ata da assembleia. >> Quando são usados recursos tecnológicos, como apresentações em Power Point e data show, as pessoas costumam ficar com a atenção mais centrada no interlocutor. >> Em assembleias com temas mais polêmicos, é recomendado que seja feita a inscrição antecipada dos moradores que desejarem se manifestar. >> Em casos de conflito, basear-se sempre no regimento interno e na convenção.

Facilite a compreensão. Procure fotografar as ações realizadas. Exiba os defeitos, os problemas e as soluções que foram buscadas. Quando for prestar contas, mostre o antes e o depois. Não perca o foco. É comum algum morador propor a discussão de assuntos que são do interesse apenas de alguns. O presidente da mesa deve intervir, impedindo que evolua a discussão e dizendo que, no final da assembleia, gostaria de tratar diretamente com a pessoa. Esclareça que aquele é um momento da coletividade. Respeite o horário. A principal argumentação de quem não participa é o tempo de duração das reuniões. Assim, comece a reunião no horário estipulado e cuide para que determinados assuntos não demandem mais tempo do que o previsto. Defina previamente o tempo para cada assunto na pauta.

Limite as pautas. Elas devem ser redigidas de forma clara e objetiva, o mais enxuta possível. O máximo recomendado são quatro pautas por assembleia.

Na manga. Leve sempre uma ou duas cópias da convenção condominial e do regulamento interno para consulta da mesa e dos moradores.

Seja estratégico. Deixe os temas polêmicos para o final da reunião. Assim, outras decisões importantes não correm o risco de serem avaliadas com os ânimos exaltados.

Não caia em armadilhas. Evite responder a provocações. Muitos utilizam o momento da assembleia para expor alguma discordância com a administração. Convidar a pessoa a participar mais ativamente da vida condominial costuma funcionar. Alto astral. Mantenha uma postura de disposição e expresse boa vontade em solucionar as questões apresentadas. As soluções sempre aparecem. Ânimos exaltados. Não espere tempo demais para advertir quem estiver nitidamente perturbando ou apresentando atitudes hostis. A ordem na assembleia deve ser mantida pelo presidente. Ele tem o poder de chamar a atenção e, em último caso, com a concordância da maioria, solicitar que o perturbador se retire. A assembleia também pode ser suspensa, com o agendamento de uma nova data.

Os “6Cs”. Eles lideram a lista dos campeões de problemas: cota condominial, carro, criança, cano, coberturas e cachorro. Tenha paciência ao tratar destes temas, que dividem as opiniões radicalmente.

Volte sempre. Reuniões harmônicas são um convite para retorno. É a qualidade do encontro que assegura que os condôminos irão estar presentes na próxima.

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Produtos e Serviços

Produtos e serviços

Está com a certificação digital em dia?

Delivery Orgânicos: bem estar que bate à porta

A falta de certificação digital impede o acesso ao canal Conectividade Social, da Caixa Econômica Federal

A

dmissão ou demissão de funcionários são algumas das operações só possíveis tendo um CNPJ eletrônico. Desde 2012, as informações referentes ao recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), à seguridade social (INSS) e outros benefícios dos funcionários das edificações devem ser, obrigatoriamente, transmitidas ao canal Conectividade Social da Caixa Econômica Federal, via internet, e assinadas digitalmente. Entre as dificuldades que podem ser enfrentadas pelos síndicos que não realizarem a certificação estão a impossibilidade de informar afastamentos, rescisões e recolhimentos de FGTS executados. Para obter o documento é preciso que os condomínios tenham CNPJ e a convenção registrada em cartório.

Todos precisam se certificar Grande parte dos condomínios clientes da Auxiliadora Predial regularizaram a certificação digital. “Mesmo com todos os alertas que fizemos – inclusive bem antes do prazo final –, em torno de 20% dos condomínios ainda não providenciaram a certificação digital”, revela Gilberto Sprenger, supervisor do Setor Administrativo/Expedição de Condomínios da Auxiliadora Predial. Ele lembra que o processo é obrigatório, sendo regulado por Instrução Normativa federal. “Independentemente de terem funcionários ou não, todos precisam ser certificados. Em média, realizamos 140 certificações ao mês”, diz Sprenger, que aponta os benefícios do sistema: “além de transações mais sigilosas e protegidas, o processo reduz o risco de inconsistências e a necessidade de regularizações futuras”.

O condomínio pergunta: Estou certificado, devo fazer algo? Não. Caso seja alterada a legislação, os condomínios clientes serão comunicados. Quando houver troca de síndico, deve ser providenciada nova certificação. Ainda não estou certificado, o que devo fazer? Caso ainda não tenha providenciado o CNPJ eletrônico, o síndico deve contatar o seu assessor para obter informações ou o setor administrativo, que dará todo o suporte para iniciar o processo. 16

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E se o condomínio permanecer sem certificado? Até o momento, não existe penalidade pelo não cumprimento da lei. O impacto maior será para os condomínios que têm funcionários, pois não conseguirão acessar a Conectividade Social, portal que dá liberação aos recolhimentos e rescisões do FGTS. Com isto, correm o risco de serem multados pelos órgãos reguladores e de sofrerem ações trabalhistas. u

Entenda o que é certificação digital À emissão do CNPJ eletrônico é dado o nome de Certificação Digital. As informações de pagamentos de benefícios, admissão e demissão dos funcionários de condomínios são transmitidas para o governo por meio da Conectividade Social, utilizando um sistema exclusivo da Caixa Econômica Federal. Portanto, é necessário e obrigatório que todos os condomínios recebam um "e-CNPJ", que é um CNPJ Digital, gravado em um cartão com chip ou token, onde são registradas todas as informações legais do condomínio e de seu responsável (o síndico).

Produtos orgânicos entregues em sua casa, na data programada, inclusive à noite

>> Quem não quer consumir produtos que, além de alimentar de forma saudável, ainda são mais saborosos? No entanto, os orgânicos não são encontrados com facilidade nos supermercados e as feiras dos produtores chegam a poucos bairros, e só em determinados dias. Pensando nisto, a Auxiliadora Predial implementou o Delivery Orgânicos. “Estamos oferecendo a entrega de orgânicos a todos que desejarem, independentes de serem clientes ou não”, informa Cristina Dittgen, gerente de Produto da Imobiliária e idealizadora do serviço. Ela lembra que o objetivo é ajudar no desenvolvimento de uma vida saudável, levando praticidade e qualidade para dentro de casa. No cultivo dos orgânicos, não são usados agrotóxicos, nem qualquer ou-

tro item que cause dano à saúde, como fertilizantes químicos, aditivos sintéticos, drogas veterinárias (hormônios de crescimento) ou sementes transgênicas. “Por não contarem com nenhum tipo de aditivo químico, é de extrema importância que os produtos sejam refrigerados imediatamente após o recebimento, para garantir a conservação e a qualidade”, enfatiza Cristina, alertando que a oferta depende da época do ano e das variações climáticas. O biológo Guilherme Rubio, estudioso e defensor dos orgânicos, argumenta que, “apesar dos esforços das grandes empresas do agronegócio para afirmarem o contrário, chamando inclusive venenos de ‘agrodefensivos’, a manipulação genética e de tóxicos

nas lavouras, assim como os próprios métodos de manejo dos recursos naturais, está sob intensa contestação. Embora ainda dominem a cadeia produtiva, a procura por alimentos mais saudáveis está aumentando”. Ele dá um estímulo para quem planeja cuidar mais da saúde: “uma dica legal é começar a repensar alguns itens do seu dia a dia. De repente, dá para abrir mão daquele lanche famoso ou mesmo de um doce ou produto industrializado por uma bela porção de frutas orgânicas, que, aliás, são bem mais saborosas e nutricionalmente completas”, ensina. u

Como solicitar os orgânicos e as formas de pagar >> O pagamento poderá ser feito por meio de cartão de crédito ou dinheiro. A segunda opção recebe desconto de 5% sobre o valor da compra realizada. >> Não há cobrança de frete nas compras a partir de R$ 200,00. No caso de compras inferiores a este valor, R$ 7,90 para as compras diurnas e R$ 9,90, para as noturnas.

Consulte a Central de Vendas e faça seu pedido Fone: (51) 3216-6166

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Produtos e Serviços

Portal do Cliente:

Tudo sobre o condomínio ou o imóvel administrado, a um clique de distância Agilidade e dados confiáveis nas 24 horas do dia para síndicos, condôminos, proprietários de imóveis e inquilinos

>> A Auxiliadora Predial tem se mantido na vanguarda quando o assunto é tecnologia. Após apresentar uma plataforma sofisticada de relacionamento, continua inovando. Como resultado de um trabalho estratégico para otimizar ainda mais a comunicação entre os diferentes públicos, entrou em funcionamento, no final de 2013, o Portal do Cliente, que agora oferece outras facilidades. Para os síndicos O portal reúne registros que dão mais praticidade e mobilidade à atuação dos síndicos. Com relação aos funcionários, disponibiliza a lista de colaboradores, a folha de pagamento, posição sobre férias e o mural de avisos. Inclusive, este recurso (voltado para uso da Auxiliadora Predial e dos administradores das edificações) é destinado à divulgação de comunicados importantes para os condôminos, como o dia programado para a limpeza do reservatório de água. Fernando Faillace, gerente de Informática da Auxiliadora Predial e profissional que 18

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está à frente desta iniciativa, lembra que o fato de ver online os extratos, saldos e notas também representa economia e cuidado com o meio ambiente, porque evita a impressão em papel de uma série de documentos.

O que está disponível Dados necessários para a administração das edificações, como a visualização de extratos, notas fiscais, segunda via de documentos de pagamentos. Como é on line, o acesso direto às informações ocorre a qualquer tempo. “Brinco que agora eles contam com a Auxiliadora 24 horas, porque os documentos podem ser conferidos sete dias por semana, a qualquer hora e em qualquer lugar”, diz Fernando Faillace.

Conveniência com relação aos funcionários Também estão disponíveis, para os síndicos, os dados dos funcionários que trabalham nos edifícios, como a segunda via do contracheque, consulta de 13º salário, férias e dados cadastrais, assim como para emissão de declarações de rendimentos. Um mecanismo bastante acessado pelos síndicos atualmente é o simulador de custos. É possível fazer o cálculo – com base em informações reais do condomínio –, dos gastos com férias e desligamento dos trabalhadores. “Além de prever os valores que deverão ser pagos em caso de férias ou rescisão, os síndicos podem con-

firmar e autorizar on line a demissão do funcionário ou a saída para a folga naquele período simulado”, lembra Faillace. Outra novidade disponível no Portal é a possibilidade da contratação de colaboradores por meio virtual, encurtando o caminho entre a solicitação e o retorno do pedido. “O síndico preenche um formulário com a descrição do colaborador que necessita e, com um clique, sua demanda está no Departamento de Recursos Humanos, que inicia o processo de seleção”, enfatiza Faillace

Totens de atendimento Todos os serviços do Portal podem ser conferidos também nos totens de atendimento instalados nas Agências Petrópolis, Floresta e na Matriz, onde há equipamentos no 2o e no 4o andares. “Além dos benefícios para o público, os aparelhos permitem uma melhora na operacionalização e na produtividade interna do Departamento de Pessoal, uma vez que nossos colaboradores têm mais tempo para qualificar as informações prestadas”, informa a supervisora de Administração de Pessoal, Margarete Quevedo. u

O totem é autoexplicativo e de navegação simples

Como navegar no Portal do Cliente Entre em www.auxiliadorapredial.com.br, clique em Portal do Cliente, digite seu CPF e senha de acesso. Cada cliente recebeu uma chave de identificação para fazer a homologação no portal e, em seguida, definiu uma senha pessoal, criptografada. Quem não possui ou perdeu a senha, deve solicitar um código de ativação.

As modificações introduzidas no sistema – que está mais eficiente, claro e amigável para a navegação, além de ser multibrowser (funciona em distintos navegadores) – promoveram mais transparência e segurança

O que está disponível Para síndicos e condôminos >> Extrato das diferentes contas da edificação, com detalhes de todos os lançamentos feitos. >> Segunda via do documento de pagamento do condomínio. >> Pastas digitais nas quais podem ser visualizadas as notas fiscais de pagamentos realizados. >> Geração de diferentes gráficos com demonstrações dos custos das edificações. >> Além dos extratos das contas e novos lançamentos, os síndicos acessam informações sobre o saldo do condomínio e as cotas pendentes. >> Os gestores podem ver ainda os dados dos moradores, como nome, telefone e e-mail. >> Mural de avisos. >> Lista de funcionários. >> Folha de pagamento dos colaboradores (que pode ser impressa). >> Posição de férias. >> Simulador de férias e rescisão.

Para proprietários e inquilinos >> Extratos das atividades executadas pela Auxiliadora Predial. >> Status do imóvel (se está alugado ou não). >> Extratos referentes ao imóvel locado. >> Dados para a realização do ajuste anual da declaração do Imposto de Renda. >> Segunda via do documento de pagamento do aluguel para inquilinos.

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Vida em condomínio

Acessibilidade: autonomia para todos Conheça a legislação e as medidas recomendadas para garantir a segurança de idosos e pessoas com deficiência

Foco nestas recomendações:

Banheiros acessíveis

1.

O Condomínio Prado Gallerie, em Porto Alegre, tem dois banheiros para pessoas com deficiência, no salão de festas e na área das piscinas. “Além de totalmente adaptados, foi instalado interfone de comunicação para eventual necessidade do usuário, que falará com a portaria ou a administração”, lembra Fernanda Coelho, gestora do Condomínio.

2. 3.

>> Acionar o porteiro eletrônico de um edifício, ingressar no elevador e descer no andar desejado ou, simplesmente, entrar em um banheiro por cuja porta não passa uma cadeira de rodas, tornam-se constrangimentos para o portador de alguma deficiência ou para quem está com mobilidade reduzida. Precisarão contar com a ajuda de outra pessoa ou só restará a opção de recuar do objetivo. Em 2050, um quinto da população será de idosos Não só portadores de deficiência, como também grávidas, obesos ou idosos precisam de atenção com relação à acessibilidade. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pessoas com 60 anos ou mais de idade representam 8,6% da população brasileira. Nos próximos 20 anos, este número poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas, representando quase 13% da população. A proporção de idosos vem crescendo mais rapidamente que a proporção de crianças. Este é um fenômeno mundial e está ocorrendo em um nível sem precedentes. As projeções indicam que, em 2050, nada menos que 22,5% dos brasileiros terão 65 anos de idade ou mais. O IBGE mostra ainda que, no Brasil, em média, as mulheres vivem oito anos a mais que os homens.

Mais informações em portaldeacessibilidade.rs.gov.br 20

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Iniciativas que geram acessibilidade Escadas

Elevadores

>> As escadas devem estar localizadas, de preferência, próximo às rampas ou plataformas elevatórias, atendendo assim às pessoas com diferentes necessidades e deficiências. Sempre devem haver escadas, independentemente do uso de rampas e plataformas elevatórias. Quando a largura da rampa for igual ou maior do que 2,4 m, será necessária a instalação de corrimão central. >> A cada 3,2 m de altura a vencer, deve ser instalado patamar com no mínimo, 1,2 m de extensão.

É obrigatório que a botoeira tenha inscrições em braile para orientar pessoas com deficiência visual. A cabine deve medir, no mínimo, 1,1 m x 1,4 m, tendo a porta 80 cm de largura livre. Externamente, deve haver sinalização tátil e visual.

Sanitários Um sanitário com acessibilidade deve ter porta de acesso com 80 cm de largura útil, no mínimo. A bacia, incluindo assento, com altura máxima de 46 cm do piso, barras de apoio medindo de 3 cm a 4 cm de diâmetro a uma altura do piso de, no máximo 77 cm. O espaço mínimo para que uma pessoa em cadeira de rodas possa manobrar no interior do sanitário deve ser de 1,5 m. Os acessórios devem estar afixados em local de fácil alcance.

4.

5.

6.

7.

Manter pátio e corredores (e outras áreas de uso comum) sem obstáculos, para circulação de cadeirantes ou pessoas com muletas. Criar ambientes favoráveis à locomoção, com rampas e corrimão. As portas de acesso não podem ter menos de 80 cm de largura. Certifique-se de que as calçadas contenham revestimentos antiderrapantes e não apresentem desníveis. Tapetes e capachos devem ser embutidos no piso, de maneira que eventual desnível resultante não exceda 5 mm. Evitar obstáculos (inclusive os aéreos) difíceis de serem detectados por pessoas com deficiência visual, como vasos, canteiros, lixeiras, jardineiras e árvores com ramos baixos. Escolher maçanetas apropriadas, evitando as arredondadas, que dificultam o uso por pessoas que tenham limitação nos membros superiores. Interruptores, interfones, porteiros eletrônicos e caixas de correio devem ter altura entre 80 cm e 1,2 m, e numeração em braile.

Banheiro próximo aos salões de festas no Prado Gallerie. Tem comunicação com a administração

Legislação A garantia de acessibilidade universal está prevista na Constituição Federal. Os detalhes técnicos estão na Lei Federal nº 10.098/00 e no Decreto Estadual nº 39.679/99, com as adequações definidas na Norma Brasileira nº 9.050/94, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O decreto nº 5.296/04 regulamenta as leis 10.048/00 e 10.098/00, e estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência. Este decreto é referência para municípios sem leis sobre o tema. Em Porto Alegre, a Lei Municipal nº 8.317/99 dispõe sobre a eliminação de barreiras arquitetônicas em edificações e logradouros, e cria a Comissão Permanente de Acessibilidade, para elaborar programas, projetos e ações para os espaços da cidade.

Também no Prado Gallerie, este banheiro localiza-se próximo ao fitness center. Por estar na área das piscinas, conta com chuveiro adaptado

Baixe a Cartilha de acessibilidade. Ela contém todas as legislações relativas ao tema: federal, nacional e municipal. http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/smacis/ usu_doc/cartilha_porto_alegre_acessivel.pdf

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Tecnologia

Trabalhista

Vigilante e vigia: atividades de cada um Conheça as principais atribuições destes profissionais que trabalham via empresa terceirizada

O

porte de arma é tido por muitas pessoas como a principal distinção entre o vigilante (que pode usá-la) e o vigia (que em nenhuma circunstância é autorizado). No entanto, esta é apenas uma das questões que separam estes profissionais. “Não raras vezes nos deparamos com processos trabalhistas, nos quais se discute a diferença entre as atividades desenvolvidas por eles”, lembra o advogado Ricardo Dettmer.

O forno Iglu do Prado Gallerie, em Porto Alegre, é bastante disputado. Por esta razão, tem seu uso feito a partir de reservas. "No inverno, os moradores se reúnem para preparar uma pizza e tomar vinho neste espaço. Nos meses quentes, a procura aumenta, pois o iglu está próximo à piscina externa e é praticamente ao ar livre", lembra a gestora do condomínio, Fernanda Coelho.

Que tal uma pizza hoje? Os fornos à lenha em formatos iglu são uma opção de acolhimento em áreas sociais

>> Novas opções de convivência têm sido criadas pelos condomínios. A adoção de fornos iglu à lenha, para o preparo de pizzas e assados, é uma delas. Os locais são uma alternativa para aqueles que querem realizar uma pequena refeição com amigos ou familiares e preferem não alugar o salão de festas (ou mesmo para aqueles edifícios que não têm este espaço). O formato arredondado propicia que o calor atinja todos os pontos do alimento de forma equilibrada e rápida. A recomendação é de que se utilize lenha, por ser mais econômico, mas também se pode usar carvão. A Casa das Lareiras, de Nova Santa Rita, é um dos fornecedores dos fornos. Segundo o gerente, José Francisco Rey, a utilização do iglu é voltada para a confecção de pizzas, pães, bolos, cucas e biscoitos. “Há quem utilize o 22

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iglu para carnes, mas não é esta, exatamente, a sua função”, lembra.

Como e onde se faz o fogo O fogo deve ser feito em uma das laterais do forno, não no centro. Pelo formato circular, a labareda acaba aquecendo toda a circunferência.

Local e espaço adequados De acordo com José Francisco Rey, normalmente o iglu é colocado sobre uma bancada de 1,20 m x 1,20 m. Uma área total de 4 m2 é o ideal, pois deve-se levar em conta que o forno tem uma porta que abre para fora, e o assador precisa manusear a pá (que é comprida, por questão de segurança) e ainda alimentar o fogo. O produto pode ser revestido, para acompanhar o design do local.

Custos Os valores variam de acordo com o tamanho e o revestimento que será aplicado. A Casa das Lareiras fez uma estimativa com um dos modelos mais solicitados.

O forno revestido com plaquetas e com isolamento térmico sai por R$ 990,00. O mesmo forno descrito acima, incluindo a instalação, tubos, terminal canhão, porta de ferro com vidro, registro dumper, pá de pizza, kit de limpeza, custa em torno de R$ 2 mil, levando-se em conta uma altura total de 4 m até o topo do terminal canhão (tubulação em inox).

Acessórios úteis >> >> >> >>

Pá para manusear a pizza no forno Rodo para mexer nas brasas Luvas térmicas Termômetro para checar a temperatura dentro do forno >> Kit de limpeza >> Pratos para colocar a pizza inteira (o ideal é que o condomínio tenha mais de um, porque o processo de assar é ágil, sendo fácil preparar várias fornadas rapidamente) u

Vigilante A atividade de vigilante é regida pela Lei nº 7.102/1983. Sua função é resguardar a vida e o patrimônio das pessoas, podendo o profissional ter porte de arma e requisitos de treinamento específicos, nos termos da referida lei, com as alterações introduzidas pela Lei nº 8.863/94, em função parapolicial. O advogado Dettmer lembra que neste treinamento está o curso de manuseio de armas e de tiro. Eles são funcionários de empresas de segurança privada, cujas atividades são executar a vigilância patrimonial de instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas; realizar o transporte de valores ou de qualquer outro tipo de carga. Ricardo Dettmer alerta que, para o exercício da profissão, o vigilante deve ser brasileiro; ter idade mínima de 21 anos; ter instrução correspondente à 5a série do Ensino Fundamental; ter sido aprovado em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei; ter sido aprovado em exame de saúde física e mental, além do psicotécnico; não ter antecedentes criminais registrados; estar em dia com as obrigações eleitorais e militares.

Vigia Diversamente, o trabalho do vigia, que normalmente realiza atividades de ronda e fiscalização dos locais, não é regido pela referida Lei 7.102/1983, demandando menos exigências. “O vigia busca zelar pela segurança da empresa ou condomínio, mas de forma mais branda, com ênfase na fiscalização local, não sendo necessário o porte ou manejo de armas para enfrentar situações emergenciais e de violência”, finaliza Dettmer, lembrando que o enquadramento sindical das categorias é diferente. Os vigilantes fazem parte do Sindicato dos Vigilantes (Sindi-Vigilantes do Sul) e os

vigias, do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação no Estado do Rio Grande do Sul (Seeac).

O que observar antes de contratar a empresa de segurança Os condomínios são responsáveis subsidiários nas contratações de empresas terceirizadas. Se houver eventuais irregularidades trabalhistas praticadas pela prestadora contra seus funcionários e estes recorrerem à Justiça do Trabalho, o condomínio pode ser condenado a arcar com parte significativa ou até com a integralidade das despesas. O condomínio também responde subsidiariamente por eventuais lesões corporais ou morte de terceiros, que tenham sido provocadas pelo segurança de empresa contratada. E então, o que fazer? Para evitar transtornos, a orientação é que o síndico verifique se a empresa de vigilância está cadastrada junto à Policia Federal. u

O condomínio fica resguardado se: >> Exigir sempre a apresentação do alvará atualizado de funcionamento da empresa de segurança. >> Fiscalizar se os direitos trabalhistas dos empregados estão sendo respeitados, para evitar o risco de o condomínio ser condenado numa eventual ação. 23


MANUTENÇÃO

bem como identificar o melhor local para a instalação do gerador, permitindo o seu funcionamento com os menores níveis de ruído. Ele lembra que, no caso de o condomínio não ter um local apropriado internamente, a empresa fornece o gerador dentro de um contêiner silenciado, para ser instalado na área externa do prédio. ”Todos os geradores instalados atendem a diferentes níveis de atenuação conforme as legislações vigentes”, afirma. O Condominio Urban Concep Offices conta com um gerador somente para as áreas comuns e os cinco elevadores, que entra em funcionamento automaticamente quando há interrupção da energia. “Estamos cotando com várias empresas, para vermos a viabilidade de estender a cobertura”, conta Evelise Sebem, gestora do Urban, que tem 205 unidades (todas comerciais), distribuídas em 18 andares. Segundo ela, o custo mensal aproximado pago à empresa de manutenção é de R$ 275,00, acrescido de R$ 750,00 semestralmente para a troca filtros de óleo. O gerador comporta 250 litros de diesel.

Quando a falta de luz é só um susto passageiro Condomínios investem em geradores para suprir a falta de energia ou a instabilidade da rede

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arantir a continuidade do funcionamento dos equipamentos que necessitam de energia, mais do que conforto, envolve segurança e evita prejuízos. Quando falta luz em casa, normalmente esquecemos a quantidade de locais e serviços que, naquele segundo, estão prejudicados. Portaria, elevadores, portões eletrônicos e câmeras, sem falar nos apartamentos ou escritórios.

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Para atender às demandas próprias dos condomínios, os modelos mais utilizados são os grupos geradores a diesel, com capacidades que variam de 25 Kva a 260 Kva. Dependendo do consumo do prédio, poderão ter ainda maior potência. Também há, no mercado, equipamentos a gás.

A importância do laudo técnico Não há regramento ou obrigatoriedade legal quanto à instalação de geradores de energia em condomínios, a não ser quando indicado no Plano de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI). A necessidade de adotar o equipamento, bem como a potência demandada,

são definidas segundo as cargas de energia. No entanto, é fundamental que um profissional técnico acompanhe todo o processo de avaliação das necessidades e instalação do equipamento. Este profissional, ao colocar o gerador em funcionamento, emitará uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O engenheiro eletricista e de segurança do trabalho Maurício André Lohmann explica que esse documento dá garantias ao condomínio. “Somente um profissional tecnicamente habilitado pode definir e detalhar os critérios de segurança na instalação e conservação deste equipamen-

Automação de geradores A automação é realidade em grande parte dos equipamentos novos. As informações são exibidas na tela do computador, fornecendo elementos para a tomada de decisão dos gestores. Entre os recursos estão o envio de e-mails, sempre que o gerador é ligado ou desligado e a análise sobre o nível de diesel dos tanques. Além disso, os sistemas contam com sensores que avisam se há vazamentos e as lâmpadas da sala dos geradores são protegidas, para no caso de curto circuito, não danificarem o gerador.

Dicas para instalar um gerador >> Contrate uma empresa que tenha registro junto ao Crea, tanto para instalação quanto para manutenção do equipamento. >> Exija que o profissional emita a ART. >> Tenha um contrato de manutenção contínua para o seu gerador. >> Programe visitas técnicas mensais à sala do gerador, para garantir seu total e perfeito funcionamento. u

to, evitando incidentes como choques elétricos e até incêndios”, alerta. Lohmann enfatiza que, em caso de incidentes, alguém certamente será responsabilizado – e, com a ART em dia, há garantias de que o condomínio fez tudo o que era necessário para evitar problemas.

E se não houver espaço no prédio? De acordo com o presidente da Stemac, empresa da área de geradores, Jorge Luiz Buneder, é importante que a análise técnica seja realizada por engenheiros especializados para entender as necessidades do prédio, 25


Síndico

Tecnologia

Chip subcutâneo libera acesso para funcionários Edifício de escritórios com sede na Suécia realiza experiência com chips implantados nas mãos dos funcionários

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brir as portas dos escritórios e liberar o uso da copiadora são alguns exemplos de interação permitida para funcionários do Edifício Epicenter, em Estocolmo, na Suécia. O acesso não ocorre com o uso de senhas ou cartões e, sim, por intermédio de um chip implantado sob a pele. O edifício conta com 700 funcionários, que estão sendo convidados a instalar, na mão, um RFID (identificador de radiofrequência, que não é maior do que um grão de arroz), pois o uso não é obrigatório. O jornalista de tecnologia emissora britânica BBC Rory Cellan-Jones foi até a sede da empresa para fazer o implante. Segundo ele, o procedimento, que é feito por um tatuador, é rápido, mas dolorido, semelhante a uma injeção. Assista ao vídeo da BBC no blog da Auxiliadora Predial. Segundo os gestores do Epicenter, um empreendimento que reúne grandes e pequenas empresas da área tecnológica, futuramente, será possível logar computadores e realizar pagamentos na cantina, entre entre outras funções. Simplificar a relação entre pessoas e aparelhos foi o objetivo descrito pelo bio-hacker Hannes Sjoblad, idealizador do recurso. "Nós queremos entender essa tecnologia antes que grandes empresas e governos digam

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que todo mundo deve receber um chip – o chip dos reguladores de impostos, do Google ou do Facebook", afirmou ele em entrevista à BBC.

Ética e privacidade O assunto mobilizou várias áreas do conhecimento, como a jurídica e a de estudos comportamentais. No Brasil, esta tecnologia sofreria resistência, pois fere o Artigo 5º da Constituição. Segundo o Inciso XX, “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.” O advogado trabalhista Ricardo Dettmer lembra que o fato vai mais além, pois viola, também, o corpo do funcionário, já que o implante é feito de forma subcutânea. “Se vingar tal procedimento, estaríamos diante de um Big Brother, onde as organizações poderiam ter controle da vida privada de seus funcionários”, opina. u

Acompanhe, no vídeo, a experiência do repórter da BBC Rory Cellan-Jones, que foi até Estocolmo conhecer a tecnologia e implantou o chip em sua própria pele. http://www.bbc.com/news/technology-31042477 http://www.bbc.co.uk/programmes/p02hjrm8 https://epicenterstockholm.com/

guia de fornecedores




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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

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pRODUTOS & SERVIÇOS

Laudos Marquises

ADVOGADOS PORTARIA E LIMPEZA

ÁGUA

PAINÉIS DE MEDIDORES ELEVADORES

HIDRÔMETROS

PINTURAS EXTINTORES DE INCÊNDIO

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FACHADAS

Incêndio

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PORTARIA E LIMPEZA

pRODUTOS & SERVIÇOS

SEGURANÇA

PORTEIROS ELETRÔNICOS

Recuperação Estrutural

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