Obesidade, emagrecer é possível! Reganho de peso pós-cirurgia bariátrica tipo Bypass
Plasma de Argônio: uma segunda chance!
Costura entre o estômago novo criado na cirurgia e o intestino se alarga com o tempo. Com o argônio, conseguimos estreitá-lo novamente.
Nos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica tipo Bypass gástrico, é realizado uma anastomose gastrojejunal, que une o “novo estômago” ao jejuno (ou intestino delgado), essa anastomose é calibrada para que ocorra um efeito “ampulheta” na saída no estômago, que faz com que o alimento promova uma distenção neste local que leva à saciedade precoce e aumenta o tempo de digestão gástrica, com isso o paciente se reeduca a comer uma quantidade menor por refeição e a se alimentar de 3/3h e, assim, consegue perder e manter o peso. Com o passar dos anos, esta anastomose pode dilatar fazendo com que o alimento passe mais rápido para o intestino e, isso, permite que o paciente coma mais e volte a ganhar peso. Nestes casos, cuja anastomose seja maior que 20 mm, recomenda-se a aplicação de plasma de argônio na anastomose, que através de uma fulguração e, consequentemente, um processo cicatricial que fará com que a anastomose volte ao tamanho desejado, retomando a função de ampulheta e o paciente tem a mesma sensação dos primeiros dias da cirurgia, permitindo a saciedade precoce e perda de peso.
Os pacientes submetidos à cirurgia de gastrectomia vertical ou Sleeve não podem realizar este procedimento por não haver anastomose. Este procedimento é realizado por endoscopia, com sedação e não tem necessidade de internação, normalmente são necessárias 3 sessões com intervalos de 30 a 45 dias e a perda de peso esperada é de cerca de 20% do peso total ou 80 a 90% do peso que foi readquirido.
Resumo das indicações: Pacientes submetidos à cirurgia bariátrica tipo Bypass que: 1. Pacientes que alcançaram o objetivo (perda maior que 50% do excesso de peso) e readquiriram 10% ou mais do peso mínimo pós-cirurgia, com dilatação da anastomose (maior que 20 mm); 2. Pacientes que não alcançaram o objetivo e possuem anastomose dilatada (maior que 20 mm); 3. Pacientes que não reganharam peso, mas que já apresentam dilatação da anastomose ( >20 mm)
DR. LEANDRO ROSA FERREIRA DOS REIS
CRM/MG 49.111
CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO
• Médico pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/SP – USP • Cirurgião Geral pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/SP – USP • Cirurgião do Aparelho Digestivo pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/SP - USP • Título de Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo CBCD (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva) e AMB (Associação Médica Brasileira)
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