Revista Saúde Ponta Grossa - Edição 22 - 11/2017

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Espondilite Anquilosante Espondilite Anquilosante é uma doença inflamatória crônica, que ainda não tem cura e que afeta as articulações do esqueleto axial, especialmente as da coluna, quadril, joelhos e tornozelos. Em alguns pacientes, podem ocorrer lesões nos olhos (uveíte), pulmões (fibrose pulmonar), intestinos (colite ulcerativa) e pele (psoríase). Entre as caracteristicas, está a inflamação na coluna. Ela provoca uma fusão nas vértebras, fazendo com que fique menos flexível, podendo resultar numa postura curvada para a frente. além disso, se as costelas são afetadas, pode ser difícil respirar profundamente. Não se conhece a causa da doença, que acomete mais homens do que as mulheres, principalmente a partir do final da adolescência até os 45 anos, porém, se não tratada, pode tornar-se incapacitante. Apesar de ainda não existir cura para espondilite anquilosante, com o tratamento adequado é possível diminuir a dor e minimizar os demais sinais e sintomas da doença.

Sintomas

A manifestação inicial da espondilite anquilosante é dor lombar que persiste por mais de três meses, abranda com o movimento e aumenta com o repouso. Essa dor pode irradiar-se para as pernas e estar associada a uma rigidez da coluna mais acentuada no começo do dia. Estes sintomas podem desaparecer espontaneamente e retornar depois de algum tempo. Outros sintomas são o comprometimento progressivo da mo-

bilidade da coluna que vai enrijecendo (anquilose), da expansão dos pulmões e aumento da curvatura da coluna na região dorsal. A dor é mais intensa especialmente a noite.

Causas

A causa da espondilite anquilosante ainda é desconhecida, havendo um fator genético, denominado HLA-B27. O percentual de pessoas com a doença que possuem esse marcador genético chega a 90% nos países escandinavos. No Brasil, pela miscigenação étnica encontra-se em torno de 76%. Nestes casos a teoria mais aceita é a de que a espondilite anquilosane pode ser desencadeada por uma infecção intestinal, justamente por elas já estarem geneticamente predispostas a desenvolver a doença. No entanto, não é transmitida por transfusão de sangue ou contágio e a chance dos pais com a doença passarem para os seu filhos não é maior do que 15%, contra 85% de gerar crianças sem esta condição.

Diagnóstico.

O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de exames laboratoriais de sangue e os achados radiográficos nas articulações da região sacroilíaca. O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações.

Tratamento O objetivo do tratamento para controle da espondilite anquilosante é aliviar os sintomas dolorosos e reduzir o risco de deformidades. Para tanto, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, à fisioterapia e à cirurgia, se for necessário substituir a articulação do quadril. Além da fisioterapia, é importante para o portador da enfermidade manter um programa de exercícios posturais e respiratórios, a fim de fortalecer os músculos e favorecer a mobilidade das juntas. O acompanhamento de um médico reumatologista é fundamental para minimizar as complicações e auxiliar no tratamento.

DRA. GRACE ARRIELLO DE CASTRO PIARDI - CRM/PR 23736 REUMATOLOGIA - RQE 1431

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Revista Saúde | Novembro . 2017 | rsaude.com.br

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