Revista Saúde Rondonópolis/MG - Edição 4 - 06/2015

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Mastalgia

Dor mamária A dor mamária ou mastalgia é uma condição autolimitada, que necessita apenas de orientação médica na maioria dos casos. Sua importancia relaciona-se ao fato de que A maioria das mulheres em algum momento de sua vida, já experimentaram algum episódio de mastalgia intensa, prejudicando sua atividade diária.

FOTO: JOSUÉ PEREIRA

Além disso, muitas associam a dor ao risco de haver alguma patologia mamária grave associada ao quadro, como o câncer de mama, gerando quadro de ansiedade em um grupo de mulheres. A mastalgia se divide em cíclica (relacionada ao ciclo menstrual), acíclica (não relacionada ao ciclo) e a dor extramamária (quando outros órgãos ou tecidos irradiam a dor para a mama). A mastalgia cíclica é a forma mais comum, inicia-se no período pré-menstrual com remissão parcial ou total após o fluxo. Isto ocorre devido ao ingurgitamento mamário na fase lútea do ciclo menstrual, onde ocorre retenção hídrica no tecido mamário pela ação da progesterona. Devemos lembrar que a produção hormonal ovariana é cíclica, com níveis que variam muito ao longo do mês. Isto faz o padrão ser diferente entre os meses, com mais dor em um mês e menos em outro. O local da mama que possui maior concentração de tecido glandular é nos quadrantes laterais.

Por isto, este local é mais sensível. Por fim, as mamas são parecidas mas não são idênticas. Geralmente, um seio é mais sensível que o outro. Na mastalgia acíclica, as causas são mais específicas. Patologias benignas como ectasia ductal, traumas e cistos podem produzir dor localizada, associada ou não à massa palpável. Quanto às causas de dor extramamára, cita-se a espondiloartrose, osteocondrite (Síndrome de Tietze) e outras mais raras e benignas. O tratamento das mastalgias cíclicas é baseado principalmente na orientação às pacientes, que resolve 80% dos casos, onde a paciente, após orientação adequada, aprende a entender as alterações do seu corpo. Nos casos em que tratamento medicamentose é necessário, drogas como isoxazol, tamoxifone e outras podem ser utilizadas com boa resposta. Medicações como ácido gamalinoleico e vitamina e tem sido usados frequentemente mas carecem de qualquer comprovação científica. Concluindo, a dor como sintoma isolado de câncer de mama subclínico é muito rara, ocorrendo em 0,02% dos casos.

Dr. Renato Augusto Menegaz

CRM/MT 4278

Mastologista | RQE 1166 • Especialista em Mastologia pela Sociedade Brasileira de Mastologia e Conselho Nacional de Residência Médica; • Título de Habilitação em Mamografia pelo Colégio Brasileiro de Radiologia; • Mestrado em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - (2005); • Curso de Cirurgia Oncoplástica pelo Hospital do Câncer de Barretos - (2011–2012); • Residência em Mastologia e Gineco/Obstetrícia pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - (1998–2002); • Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - (1997).

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