Revista Saúde Cianorte/PR - Edição 14 - 11/2016

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ESPECIALCAPA DR. MARCOS PEDRO

LABIRINTOPATIAS (LABIRINTITE) DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS A labirintite é um termo inadequado,

Estribo

mas popularmente usado, para nomear

Bigorna

Labirinto Nervo Auditivo

Martelo

as labirintopatias, que são problemas que acometem o equilíbrio, porque prejudicam o labirinto, estrutura da

Coclea

orelha interna, formada pela cóclea (responsável pela audição) e pelo

Ouvido Médio

vestíbulo (responsável pelo equilíbrio). Canal do Ouvido

São sintomas comuns das labirintopatias o desequilíbrio, tonturas rotatórias ou não rotatórias, náuseas, vômitos, sensação de flutuação e até quedas. O médico, especialista ou não, deve valorizar esses sintomas na medida que apresentam comorbidades, principalmente após os sessenta anos, tais como diminuição de atividades físicas, lazer ou ocupacionais, por serem gatilhos das afecções; ou mesmo tombos, que são devastadoras nessa fase da vida.

três, quatro ou mais tipos de medicamentos para corrigir os sintomas, que às vezes por tal conduta até já obtiveram êxito, mas a taxa de reincidência é muito alta.

As condutas mais corriqueiras que se observam nesses casos é de se tratar tais manifestações com medicamentos clássicos, como a flunarizina e cinarizina, pelo tempo que contemple a remissão dos sintomas, ou seja, não realizando o diagnóstico claro a respeito da real patologia do paciente, mas tratando-a de uma forma geral.

Para um diagnóstico mais preciso dependemos de uma HISTÓRIA CLÍNICA E EXAME FÍSICO BEM FEITOS, valorizando provas posturais e de posicionamento para localizarmos qual labirinto está acometido. EXAMES DE SANGUE SÃO IMPORTANTES para avaliar o estado metabólico do paciente, que deve ser corrigido para eliminar uma das causas frequentes de afecções do labirinto, a Doença de Ménière. Igualmente são as PROVAS AUDIOLÓGICAS, que nos mostram o funcionamento da cóclea, já que está intimamente ligada ao labirinto, e nos dão indícios de como está o ouvido interno com suas conexões neurais.

Os indivíduos que são encaminhados ao consultório do otorrinolaringologista, normalmente, já tomaram

O padrão ouro para se diagnosticar a etiologia do problema labiríntico está na VECTOELETRONISTAGMO-

DR. MARCOS PEDRO

Tuba Auditiva

Timpano

GRAFIA, exame que avalia o sistema vestibular, pois nos permite saber qual o lado que está prejudicado; como está a sensibilidade dos labirintos aos estímulos calóricos quentes e frio; e nos possibilita verificar se os sintomas do paciente são reproduzidos através desta. Com um diagnóstico mais exato, a possibilidade de sucesso no tratamento é maior, tanto com medicamentos, quanto por REABILITAÇÃO VESTIBULAR, que também é realizado por profissionais capacitados que minimizam efeitos de algumas patologias, tais como a Vertigem Postural Paroxística Benignas (VPPB).

- CRM/PR: 19.554

OTORRINOLARINGOLOGIA - RQE: 12134

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