Endolaser na cirurgia de varizes Varizes é o termo utilizado para definir as veias que, por diferentes processos, tornam-se dilatadas, alongadas e tortuosas. São extremamente comuns nos membros inferiores.
As doenças venosas afetam milhões de pessoas no mundo, constituindo a sétima patologia crônica mais frequente na espécie humana, com grande demanda para os serviços de saúde, devido aos problemas estéticos, às limitações de atividades e sofrimento que impõem aos pacientes, assim como a ocorrência de complicações. Nos países ocidentais, sua prevalência é maior que 20%, aumentando com a idade, chegando a 80% em uma população com idade média de 60 anos. A doença varicosa acomete principalmente mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos. As varizes, desde as pequenas teleangiectasias (microvarizes vermelhas e roxas) até as colaterais mais calibrosas (esverdeadas e salientes), representam um problema estético para aqueles que desejam expor as pernas. O tratamento desses pacientes traz uma importante contribuição para a qualidade de vida dos mesmos, com melhora sintomática e estética.
O tratamento cirúrgico de varizes, desde o início do século passado, tem sido praticado com “safenectomia” (extração da veia safena doente), ligadura de veias perfurantes insuficientes e ressecção escalonada de varizes colaterais. Ao longo do tempo, a cirurgia sofreu algumas modificações técnicas importantes. Nos últimos anos, houve uma ampliação das indicações cirúrgicas. Esse fato ocorreu pela maior facilidade de diagnóstico, aprimoramento do “ecodoppler” (ultrassonografia vascular), modernização de equipamentos e materiais de cirurgia, evolução das drogas anestésicas, além da própria exigência dos pacientes em preservar a saúde física e estética dos membros inferiores. As cirurgias se tornaram menos radicais e mais conservadoras, menos traumáticas e mais estéticas. Hoje, uma nova técnica foi incorporada ao tratamento cirúrgico, de maneira eficaz e menos invasiva. O “Endolaser” trouxe uma nova realidade para a cirurgia das veias varicosas e das safenas insuficientes e dilatadas. Com o auxílio de um ecodoppler portátil, punciona-se a veia a ser tratada, introduz-se uma fibra óptica do laser nesse segmento venoso e faz-se a ablação com o endolaser. Os apareDR. FÁBIO NASCIMENTO MILETO
lhos de laser entregam a energia da luz, através dessa fibra óptica, provocando dano na parede da veia com a intensão de resultar em esclerose com posterior absorção desta. No mundo, desde 2001, os procedimentos de ablação a laser endovenoso, tem sido relatados como métodos efetivos e seguros para o tratamento de veias safenas insuficientes, com recuperação pós-operatória mais rápida e melhores resultados estéticos, em comparação à cirurgia tradicional. Muitos estudos internacionais (ensaios clínicos randomizados) têm demonstrado excelente eficácia e segurança com melhora nos quesitos estudados, como escores de qualidade de vida, escores qualitativos de dor e escores de severidade da doença. A tecnologia a laser surgiu na década de 1960 e a partir daí tem sido cada vez mais utilizada em todas as especialidades médicas, principalmente nas cirúrgicas, onde temos visto as mais fantásticas inovações. Nossa especialidade foi privilegiada com a ajuda do laser na cirurgia venosa, transformando-se em uma ferramenta fundamental no arsenal das possibilidades terapêuticas do Cirurgião Vascular.
- CRM/SC 11984
CIRURGIÃO VASCULAR – RQE 6208 ECODOPPLER VASCULAR – RQE 7458
• Título de Especialista em Cirurgia Vascular pela SBACV/AMB • Certificado de Área de Atuação em Ecodoppler Vascular pela SBACV/CBR/AMB • Membro Associado da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular SBACV • Residência Médica em Angiologia e Cirurgia Vascular no Hospital Nossa Senhora da Conceição (Porto Alegre/RS)
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