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A pandemia exige novos meios de aprender e novas formas de ensinar
Além da preocupação com o desempenho escolar da criança, agora temos que nos preocupar com saúde do corpo e o emocional da mesma. Para os pais e responsáveis o enfrentamento desse momento tem sido um grande desafio, conciliar os cuidados básicos com atividades do dia a dia, bem como, o acompanhamento das aulas remotas e tarefas.
A criança, em meio à brusca mudança de rotina, tem vivenciado novos meios de aprendizagens, e os pais e professores, novas formas de ensinar, com a educação à distância e a inclusão da criança nos afazeres da casa.
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Por mais estratégias de ensino remoto que se utilizam, não atendem a todas as crianças, muitas crianças exibem dificuldades de aprendizagem e necessidade de acompanhamento individual. Notam-se muitas crianças cansadas, desatentas e sem motivação, sofrendo com a ausência de amigos e professores e, os pais mesmo ocupados com trabalho tornaram-se tutores de seus filhos nas atividades pedagógicas. Ambos buscando alternativas que ajudam a vivenciar esse período.
O isolamento está criando novos hábitos de vida, tanto nas famílias, quanto nas instituições de ensino, que estão revendo uma série de processos, estruturas e metodologias, aprendendo a lidar com o imprevisível, exigindo um trabalho em grupo, mesmo distantes, mais unidos em prol de um bem maior.
Considerando as experiências vivenciadas neste momento, nos restam olhar para nós mesmos, para o mundo, para a forma que vivíamos e refletir sobre a educação de nossos filhos, nosso compromisso e paciência em dias difíceis. Por outro lado, nunca tivemos a oportunidade de estarmos tão próximos de nossos filhos. Aproveitando esses momentos, na
certeza de poder formá-los conscientes, responsáveis, solidários e mais saudáveis psicologicamente.
A psicopedagogia preocupada com o desenvolvimento humano vem se debruçando em estudos, a fim de atender as necessidades surgidas pelas experiências vivenciadas em tempos de pandemia. Compreender, as crianças, as famílias e a preocupação com o desenvolvimento cognitivo, afetivo e a saúde emocional dos pequenos. Nesse sentido, chamo a atenção de todos, para incluirem as crianças nos afazeres domésticos, no preparo dos alimentos e na hora das refeições. Todos esses momentos são de ensinamentos e preparo para a vida da criança para quando se tornarem adultos.
Toda criança deseja companhia, aproveite esse período para apoiá-la nos estudos e no brincar. As brincadeiras realizadas dentro de casa são ótimas para manterem as crianças ativas, como: as musiquinhas; as piadas; rimas; dobradura; jogos de tabuleiro ou amarelinha. Desta maneira, elas vão aprender e seus dias serão mais divertidos, pois não sabemos quantos dias de isolamento estão por vir.
Ensinem tudo que as crianças, ainda não aprenderam como: dormirem sozinhos, comerem sozinhos, trocarem de roupas, usarem talheres, andar de triciclos e bicicletas, escovar os dentes, pentear os cabelos, calçar sapatos e amarrar cadarços. Essas aprendizagens são importantíssimas para o desenvolvimento da aprendizagem escolar e ampla. Não existe uma receita para viver esse momento, mas, cada um deve fazer o que está dentro de seu alcance, dia após dia.
Algumas dicas são válidas para quem precisa de muitas brincadeiras para tornar os dias melhores: • Contando histórias: comece uma história e peça para a criança continuar. • Desenho maluco: separe folhas de papel, canetas coloridas, tintas, pincel e deixe a imaginação tomar conta. Ao final da atividade, vale expor a obra-prima em uma galeria de arte da família.
Nessa brincadeira, cada participante recebe uma folha em branco. Começa desenhando e depois vão trocando as folhas entre os participantes, cada participante continua o desenho na folha que recebeu, façam isso muitas vezes, com certeza, eles ficarão muito divertidos e criativos. • Alerta cor. Uma pessoa é escolhida diz
“alerta cor!” e os demais perguntam
“que cor?”. Então, escolhe uma cor e todos deverão tocar em algo dessa cor para ficarem salvos. • Memória dos objetos. Essa atividade é para exercitar a memória. Objetos da cozinha, do quarto ou os próprios brinquedos da criança, podem ser usados. Em um cômodo da casa peça para a criança observar tudo, pode tirar um e depois perguntar o que sumiu.
Os papéis também podem se inverter e a criança/adolescente comandar a brincadeira. • “O que sumiu”- pegue de 8 a 10 miniaturas ou mais no caso de adolescentes coloque a disposição, nomeie todos os itens, em seguida cubra os olhos da criança/adolescentes, retira uma miniatura e esconda, tira a venda dos olhos, ela deverá perceber o que sumiu. Essa atividade estimula memória visual.
MARLI CABRERA SOARES Psicopedagoga Clínica - ABPp - 13280 CURRÍCULO • Neuropsicopedagoga Clínica; • Psicopedagoga Clínica e Institucional; • Especialista em Atendimento Educacional Especializado; • Especialista em Educação Especial e Inclusão; • Especialista em Orientação e Supervisão Escolar; • Pedagoga - MEC 5359; • Mestranda de Psicologia - Universidade Estadual Maringá; • Pós - Graduanda em Análise do Comportamento Aplicada.
CIMIP - Centro Infantil Multidisciplinar de Intervenção Precoce Rua Rocha Pombo, 993 – Campo Mourão/PR
44 3523-1265 99915-5029 Marli Cabrera Soares marlicabrera_psicopedagoga marlicabrerasoares@hotmail.com