Revista PARQUES E VIDA SELVAGEM n.º 42

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68 MIGRAÇÕES

Em Portugal só se observam grous-europeus selvagens no tempo frio, entre novembro e fevereiro. Mais a sul, algures no Alentejo, conseguem ver-se bandos por vezes com centenas de aves. Se se sentem ameaçados levantam voo numa breve corrida e, em pleno batimento de asas, formam um V no céu.

Grus grus

Grou-comum voar na Europa de lés a lés

o tamanho da cegonha, o grou-europeu nidifica na tundra, nas margens de zonas húmidas, do Norte da Europa, para onde se desloca normalmente em março. Foi este ritmo migratório, comum a tantas aves selvagens, que deu fôlego à convenção de Ramsar. Os grous que já poderá ter visto nos campos de Moura ou de Évora, por exemplo, ao deixarem batidos pelo frio o habitat de nidificação, poderão ter voado ou pousado no território de uma dúzia de países.

68 • Parques e Vida Selvagem primavera 2013

Percebe-se, por isso, que a conservação deste setor da biodiversidade tenha necessariamente de envolver o maior número possível de países. Esta espécie, bem distribuída, abrange três continentes: a Europa, o Norte de Àfrica e parte da Ásia. Alimentam-se de matéria vegetal, rizomas, frutos e sementes, bem como, entre outras ementas, de insetos e crustáceos. A publicação “Hirundo” dá nota de uma pesquisa feita por um grupo de cientistas estonianos* sobre as migrações do grou-europeu, sendo algumas das aves


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