Revista InterBuss | Edição 582 | 20.02.2022

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20 DE FEVEREIRO DE 2022 • ANO 12 • NÚMERO 582

SENADO APROVA SUBSÍDIOS

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MOBILIDADE • TRANSPORTE

AS EMPRESAS DO GRUPO BALTAZAR Veja a história na coluna de Marisa Vanessa

MOTORISTAS RELEMBRAM ENCHENTE

TRAGÉDIA EM PETRÓPOLIS Os motoristas da Petro Ita se encontram depois de ônibus arrastados


SEJAM BEM

b

MOBILIDADE •

SÃO 11 ANOS D MUITA INFORMA

UMA REVISTA DE Q MAIS CONTEÚDO VOCÊ QUER! B


M-VINDOS À

buss

• TRANSPORTE

DE INTERBUSS, AÇÃO PRA VOCÊ!

QUALIDADE, COM O E DO JEITO QUE BOA LEITURA!


o que tem na edição 582 06 editorial

A falta de debate sobre políticas públicas de transporte urbano no Brasil

07 a imagem da semana

Passageiros tentam sair de ônibus arrastado em Petrópolis/RJ

08 a grande matéria

Motoristas da tragédia de Petrópolis relembram fato

14 mobilidade no brasil

KBPX renova frota em São Paulo com Caio Millennium

16 pôster

Marcopolo Torino LS, por Matheus Novacki

18 deu na imprensa

As novidades publicadas na imprensa especializada

22 acervo portal interbuss

Fotos históricas publicadas no site Portal InterBuss há 12 anos

26 rede social

Confira fotos de ônibus publicadas nas redes sociais

28 mobilidade no mundo

Tesla enfrenta problemas nos Estados Unidos

30 viagens & memória

Coluna quinzenal da entusiasta e pesquisadora Marisa Vanessa N. Cruz

Foto da capa: CNN Brasil / Estadão Conteúdo

EXPEDIENTE

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. ARTE E DIAGRAMAÇÃO InterBuss Comunicação SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via email. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa.

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MOBILIDADE • TRANSPORTE

20 de fevereiro de 2022

08 A tragédia das águas em Petrópólis/RJ

14 KBPX renova frota com mais Caio


editorial

A FALTA DE DEBATE DO ASSUNTO TRANSPORTE A imprensa brasileira não ajuda em nada o debate sobre qualquer assunto relacionado ao transporte coletivo, tanto urbano quando o rodoviário. O mesmo vale para a imprensa especializada, que mesmo com conhecimento de causa, gosta de dramatizar a situação com o objetivo de obter mais cliques em suas notícias. O problema maior é que tudo não leva a nada. As notícias que aparecem sobre a retirada do benefício do transporte gratuito em São Paulo para pessoas com idade entre 60 e 64 anos de idade são carregadas de emoção e sem nenhuma discussão. Os benefícios, quando concedidos no Brasil, infelizmente acabam se perpetuando pois nenhum político tem a coragem de fazer devidas correções quando são necessárias com medo de perder capital junto aos seus eleitores, e a imprensa, sempre em busca de maior audiência, dramatiza a situação sempre da forma mais ridícula. No final do ano passado o governador de São Paulo, João Doria, juntamente com o prefeito paulistano, Bruno Covas, anunciaram em conjunto que iam fazer a retirada do benefício da gratuidade para pessoas que têm entre 60 e 64 anos de idade. Todo mundo sabe que a gratuidade a idosos no transporte coletivo urbano e metropolitano ou semi-urbano é garantida por uma lei federal. Todos que têm mais de 65 anos podem andar gratuitamente e a tarifa dessas pessoas são custeadas pelas prefeituras ou governos estaduais, já que as empresas de ônibus não são instituições filantrópicas e têm custos. Mas infelizmente na maioria dos casos as tarifas dos idosos são rateadas entre os demais passage-

iros, fazendo com que o preço da passagem fica ainda mais cara do que já é. Em São Paulo havia uma pequena extensão desse benefício, sendo concedido para pessoas entre 60 e 64 anos, com subsídios pagos pelo Estado e pela prefeitura paulistana, porém agora o mesmo foi retirado e esse dinheiro será destinado para outras ações dos dois governos. A imprensa, como sempre, fez um escândalo e em nenhum momento debateu o assunto. Nos jornais de algumas emissoras a lamentação chegou a ser patética. Em um deles, o governo chegou a ser chamado de “insensível” por ter retirada a gratuidade dessa faixa etária. Será que é tão difícil saber que isso há um custo para toda a sociedade, que em qualquer gratuidade sempre há alguém pagando? A falta de caráter é tão grande que mostra idosos reclamando que precisarão pagar tarifa para irem trabalhar. A emissora esquece que o fornecimento do vale-transporte por parte do empregador é obrigatório? No caso da cidade de São Paulo, as empresas de ônibus recebem subsídios bilionários da prefeitura para a manutenção do serviço em operação com uma melhor qualidade, haja vista a quantidade crescente de coletivos equipados com ar condicionado e articulados circulando praticamente em todas as linhas. Com a retirada do benefício aos idosos da faixa etária supracitada, haverá uma economia de cerca de 5% nesses repasses. Pode parecer pouco, mas 5% de 2 bilhões de reais anuais são 100 milhões de reais, dinheiro que pode ser direcionado para outras ações. O debate é importante, mas ninguém quer colocar o dedo na ferida, já que dramatizar atrai mais audiência.


a imagem da semana

do Metrópoles metropoles.com

Petrópolis Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2022 Vídeos que circulam nas redes sociais mostram dois ônibus afundando em um rio, na última terça-feira (15/2), em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Nas imagens, Pedro Henrique Braga, de 8 anos, foi identificado pela família, mas, até o momento, não foi mais visto. As fortes chuvas na região deixaram 105 mortos e pelo menos 140 desaparecidos. Pedro Henrique voltava da escola com a mãe, quando o coletivo caiu em um rio da Rua Washington Luiz. O vídeo de 52 segundos mostra as pessoas desesperadas, tentando sair pela janela e subir para a superfície. Na imagem, é possível ver o menino, com a mochila nas costas, andando até o ponto mais alto do veículo. Conforme o automóvel afunda com as pessoas, Pedro Henrique cai entre um ônibus e outro. Segundos depois, o menino aparece e fica de pé. Rafaela Braga, 30, mãe do menino, foi carregada pela correnteza antes do filho. Após se agarrar em galhos de árvore, ela foi socorrida pelas pessoas na rua e levada para casa pelo Corpo de Bombeiros. A mulher não teve ferimentos graves. Mãe, avó e toda a família fazem rondas diárias em busca de notícias de Pedro Henrique. A mãe, que não conseguiu socorrer o filho, está muito abalada e sob efeito de medicamentos.


a grande matéria

da CNN Brasil cnnbrasil.com.br

MOTORISTAS DE ÔNIBUS ARRASTADOS EM PETRÓPOLIS FALAM DA TRAGÉDIA Chile avança na renovação de frota de ônibus urbano com veículos de última g

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tragédia em Petrópolis uniu as trajetórias de dois Carlos. Eles protagonizaram cenas dramáticas e emblemáticas, na última terça-feira (15). Ambos eram os motoristas dos ônibus que foram levados pela correnteza.

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a grande matéria

Os motoristas Carlos Antônio Farias e Carlos Alberto Nascimento

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Eles conseguiram se salvar e resgatar os passageiros, quando moradores de um condomínio jogaram cordas. Carlos Alberto Nascimento, um dos heróis dessa história, completou 52 anos nesta quinta-feira (17) e comemorou o seu “renascimento” e a possibilidade de ter podido ajudar as pessoas que estavam no coletivo que dirigia. O motorista do segundo ônibus, Carlos Antônio Farias, de 45 anos, conta que se uniu com o outro Carlos para salvar as pessoas que estavam no ônibus e que a ajuda dos moradores do condomínio foi fundamental. “Lançaram cordas em nossa direção, que foram amarradas nos ônibus e em portões, colunas e poste da via. Sendo possível começar a fazer o resgate dos passageiros, com a ajuda das pessoas do condomínio, a quem somos extremamente gratos”. Ambos lamentaram não ter conseguido salvar todos os passageiros que estavam nos ônibus. Emocionado, Carlos Alberto Nascimento, fez um desabafo: “Eu não sei quem é o pai daquele menino que eu não consegui pegar. Mas, ele pode estar certo de que a dor que está sentindo é a mesma que eu estou. Eu só quero que Deus conforte muito a família. Aquela criança era tudo o que eu queria ter segurado”. Carlos Antônio também externou seu sofrimento pelas vidas perdidas: “Eu só queria salvar todo mundo. Só isso”, concluiu. Na tarde da última terça-feira, quando a chuva começou a devastar Petrópolis, a correnteza que se formou em uma das ruas principais arrancou a estrutura da pista e arrastou os dois ônibus. Segundo os rodoviários, eles seguiram todos os procedimentos de segurança, mas não esperavam que a água fosse subir daquela maneira. “O rio ainda estava sob controle, sem jogar água na pista. Estávamos seguindo itinerário para o bairro, porém, alguns metros à frente, após a UPA [Unidade de Pronto Atendimento], veio uma onda em direção aos coletivos. Como recomendado, paramos os ônibus na pista, para deixar a água baixar e seguir viagem, posteriormente”, contaram os motoristas. Logo depois, quando viram que o nível da água não parava de subir, acionaram a alavanca dos ônibus para que as janelas fossem retiradas e os passageiros pudessem sair. De acordo com os motoristas e cobradores dos dois coletivos, a queda de uma barreira na região foi o que provocou o desastre. “Com o impacto da queda, a força da água balançou o ônibus, fazendo com que os veículos começassem a ser arrastados, não sendo possível salvar mais ninguém”. Os dois motoristas voltaram ao trabalho nesta quinta-feira (17). Mesmo abalados, eles reconhecem a importância que têm para os moradores de Petrópolis. “Muitas pessoas dependem dos ônibus. Vários motoristas não conseguiram voltar ao trabalho. A população depende de nós”. acesse revistainterbuss.com.br

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a grande matéria

A MOBILIDADE DEVE SER PARA TODOS.

Mobilidade, algo que o Brasil ainda não aprendeu a fazer

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A INTEGRAÇÃO DOS MODAIS NÃO É UMA UTOPIA. CIDADE SUSTENTÁVEL É CIDADE INTEGRADA.

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MOBILIDADE • TRANSPORTE acesse revistainterbuss.com.br

MOBILIDADE 13

&

TRANSPORTE interbuss 575


mobilidade no brasil

da Caio Induscar caio.com.br

KBPX, OPERADORA EM SÃO PAULO, RENOVA FROTA COM MILLENNIUM Foram comprados 28 veículos, todos da Caio

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KBPX Administração e Participação (Transkuba), tradicional cliente do Grupo Caio, adquiriu 28 unidades do Millennium IV. Os modelos adquiridos pela Transkuba foram entregues ao longo do mês de janeiro e chegam para ampliar a frota, que já conta com 226 veículos. A empresa está situada na capital do estado de São Paulo e é responsável por 16 linhas em diversas regiões do município. Os ônibus estão em bairros como Santo Amaro (Zona Sul), Parque Dom Pedro (Centro) e Pinheiros (Zona Oeste) e transportam mais de 100 mil passageiros por dia, demonstrando a importância da atuação dessa companhia no transporte público da maior cidade do país. Todas as 28 unidades recém-chegadas às garagens da KBPX possuem, aproximadamente,13 metros de comprimento. Os ônibus têm capacidade para transportar 91 pessoas, entre passageiros sentados e em pé, motorista e cobrador. A fim de oferecer aos passageiros, o melhor e mais atualizado no quesito inovação, os modelos entregues pela Caio possuem diversos recursos e equipamentos tecnológicos presentes em todas as unidades. Possuem preparação para Wi-Fi e validadores eletrônicos, além de já contarem com tomadas USB espalhadas pelas laterais da carroceria, permitindo a recarga de dispositivos móveis e mais praticidade aos usuários do transporte coletivo. Também contam com outro equipamento tecnológico, de grande utilidade para o motorista, que é o Sistema Multiplex, o qual permite que o condutor possa monitorar a parte elétrica do carro e acionar outras funcionalidades diretamente do painel, fazendo com que a solução de eventuais problemas no ônibus seja mais rápida. Todas as unidades possuem ar condicionado, propiciando o conforto térmico aos passageiros no salão interno do ônibus. As luzes internas dos ônibus são todas em LED, tanto para cobrador e motorista, quanto nos degraus da carroceria, visando economia de energia e maior eficiência na iluminação. Também contam com 2 itinerários, um na parte superior frontal e outro na parte traseira, para melhor visualização das linhas. Os ônibus possuem vedação contra poeira na lateral, estrutura traseira, base do painel, caixas de roda e nos pés das poltronas. Destaque especial também para as poltronas, modelo PI-TE, com revestimento total em vinil cinza/amarelo, um dos diversos modelos oferecidos pela Caio em seu catálogo aos clientes. Rogério Leone, representante de vendas da Caio para essa empresa, comentou sobre essa importante aquisição da KBPX: “Os ônibus adquiridos pela Transkuba são equipados com tudo o que há de mais tecnológico no cenário do transporte público. Somado a isso, os passageiros podem ter a certeza de que receberão produtos com conforto, segurança e a qualidade que só a marca Caio oferece”, comentou Leone. Você pode encontrar outras informações sobre a marca Caio no site: www.caio.com.br e nas redes @caioinduscaroficial. acesse revistainterbuss.com.br

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interbuss MOBILIDADE • TRANSPORTE

MATHEUS NOVACKI

Auto Viação Redentor



deu na imprensa

do Automotive Business | automotivebusiness.com.br

SENADO APROVA REPASSE PARA SUBSIDIAR GRATUIDADES Passagens de idosos passariam a ser custeadas pelo governo federal

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Senado aprovou ontem a criação do Programa Nacional de Assistência à Mobilidade dos Idosos, projeto que pretende fazer com o que o governo federal repasse aos municípios um valor para custear o transporte gratuito oferecido aos idosos com mais de 65 anos. No total, serão R$ 5 bilhões anuais para assistência financeira da União aos Estados, Distrito Federal e Municípios. O relator do projeto de lei, senador Eduardo Braga (MDB-AM), estabeleceu na proposta a duração de três anos, prazo que não existia no texto original. Ele também adicionou uma emenda ao texto para que parte das receitas dos royalties do petróleo sejam utilizadas para financiar os gastos com o programa. Braga argumentou que o transporte coletivo já estava em uma situação financeira precária e sofreu um impacto agudo com a queda de arrecadação por conta da pandemia da covid-19. A medida era pleiteada pelos prefeitos, que pressionam o governo desde o ano passado por uma ajuda de custeio ao transporte público. A queda no número de passageiros durante a pandemia de covid-19 escancarou a crise do setor, que simplesmente não consegue se manter apenas com o custo arrecadado pelas tarifas. Para aliviar os efeitos da crise, as prefeituras se viram obrigadas a aumentar os subsídios repassados às empresas de ônibus Agora, o texto irá para a Câmara, onde a proposta será analisada. OPINIÃO - INTERBUSS Caso passe pela Câmara dos Deputados, o projeto é mais do que justo. O subsídio no transporte público é demonizado por pessoas que sequer andam de ônibus, e nem sabem os custos de operação. Em todos os lugares do mundo o transporte público tem algum subsídio, enquanto no Brasil as empresas são tratadas como entidade filantrópica. O pagamento desses valores para as empresas é justamente para o custeio operacional, e não para encher o bolso do dono da viação, como muitos ainda insistem em dizer, da forma mais ignorante possível. Subsídio é justo e melhora o transporte para todos. acesse revistainterbuss.com.br

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deu na imprensa

do Automotive Business automotivebusiness.com.br

NADA DE UBER E 99 EM ARARAQUARA: LÁ A MODA É O BIBI MOB Os repasses maiores para os motoristas incentivaram adesões

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esde janeiro, funciona em Araraquara (SP) um novo serviço de viagens por aplicativo, o Bibi Mob, que é gerido por uma cooperativa de motoristas ligada à Prefeitura. Só que, além da gestão ligada a um órgão público, ele traz uma grande novidade: o repasse de 95% da receita das viagens aos condutores, um valor bem acima do que costumam pagar as duas gigantes do setor, Uber e 99, que oferecem entre 60% e 70%. A oportunidade de arrecadar mais com as viagens foi eficiente para atrair os motoristas: em menos de dois meses de funcionamento, a plataforma já tem 200 deles cadastrados (com outros 300 na fila esperando a vez), enquanto os usuários são 8 mil. A Bibi Mob, empresa que desenvolveu o app, existe desde 2019 e atua em 67 cidades, incluindo seis capitais. No entanto, a experiência de Araraquara, com seus 256 mil habitantes, é a mais bem-sucedida até agora. A parceria surgiu por meio da Cooperativa de Transporte de Araraquara (Coomappa), uma organização de motoristas que foi criada em 2020 pela Prefeitura com o objetivo de ajudá-los a superar dificuldades como a alta dos combustíveis. “A cooperativa tinha um plano de mudar em busca de melhores ganhos. Todos estavam insatisfeitos com as altas taxas cobradas pelos serviços tradicionais”, afirma o CEO da Bibi Mob, Leonardo Tavares. Ele explica que o modelo de negócio da sua empresa é oferecer a tecnologia com diversas formas de monetização. “Temos a possibilidade de inserção de publicidade local no app. A operação pode fechar contratos com comércios ou negócios locais que agreguem ao serviço, por exemplo lava-jatos, postos de gasolina e oficinas mecânicas”, afirma. Dinheiro no bolso - A rentabilidade de 95% para os motoristas era uma das metas estabelecidas pela Coomappa para fechar o negócio, requisito que o app atendia. Segundo Tavares, esse é um dos grandes atrativos da plataforma. “Há uma questão contratual de que todas as operações obrigatoriamente necessitam oferecer 85% ou mais para os motoristas, deixando aí uma margem máxima de 15% para outros fins”, afirma o executivo. “Cabe ao contratante determinar a porcentagem que será repassada. A gente sabe que a grande vantagem do aplicativo são as maiores taxas repassadas ao motorista”, pondera. Em Araraquara, os 5% da arrecadação que não ficam com os motoristas vão para uma reserva da cooperativa destinada à manutenção da plataforma e outros custos. Como a Coomappa não tem fins lucrativos, não houve empecilhos para chegar a esse número. No entanto, por se tratar de uma cooperativa, os motoristas precisam ser associados e pagar a taxa mensal de R$ 50 para trabalhar com o Bibi Mob. Para os usuários, há outro benefício: as menores taxas de cancelamento em relação aos outros aplicativos. Segundo a Bibi Mob, o índice de cancelamentos está em 4% para o serviço de Araraquara, ao passo que, nos concorrentes, a cada 10 corridas solicitadas, de 6 a 7 apresentam pelo menos um cancelamento. Também não existe a tarifa dinâmica, ou seja, o aumento de preço em horários de grande demanda. acesse revistainterbuss.com.br

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acervo portal interbuss

Marcio Rodrigues

Marcos Viegas

Busscar Urbanus VB Transportes Janeiro de 2010

Caio Apache Vip Expresso de Prata Junho de 2009

Marco Tulio Valadares

Marcos Martins

Marcopolo Torino GV Real Maio de 2008

Marcopolo Torino Transcal Janeiro de 2010

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Marcos André Lisboa Marcopolo Viaggio G7 Borborema Dezembro de 2009

Marcos Antonio Caio Amélia Caprioli Junho de 2007 acesse revistainterbuss.com.br

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acervo portal interbuss

Michel de Souza

Michel Oliveira

Jotave City São Bento Janeiro de 2010

Busscar Urbanuss Ecoss Transtusa Maio de 2010

Matheus Melo

Mateus Barbosa

Caio Millennium II Carris Porto-Alegrense Dezembro de 2008

Comil Svelto Midi Pássaro Marron Março de 2010

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Michel Silva do Carmo Caio Apache Vip Viação Osasco Janeiro de 2010

Mauricio Alves Borges Monobloco Mercedes-Benz Particular Novembro de 2008 acesse revistainterbuss.com.br

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rede social

Kelvin Caovila

Kelvin Caovila

Marcopolo Paradiso G7 1200 Capellini Turismo @fb.com/groups/ocdholding

Marcopolo Torino Coutinho @fb.com/groups/ocdholding

Rafael Pavan

Rafael Pavan

Marcopolo Viaggio GV Vale do Sol @fb.com/groups/ocdholding

Comil Campione Vision Embaixador @fb.com/groups/ocdholding

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Kelvin Caovila Caio Apache Vip Trectur @fb.com/groups/ocdholding

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Rafael Pavan Marcopolo Viaggio G7 900 Caiense @fb.com/groups/ocdholding

g acesse revistainterbuss.com.br

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ESTADOS UNIDOS INVESTIGAM SÉRIE DE FALHAS EM CARROS DA TESLA Até frenagens inesperadas estão sob suspeitas

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rgãos reguladores de segurança automotiva dos Estados Unidos abriram uma investigação para analisar possíveis problemas de segurança em 416 mil veículos elétricos da Tesla, após motoristas relatarem uma espécie de “frenagem fantasma” do carro. A Administração Nacional de Segurança Rodoviária (NHTSA, sigla em inglês) disse que recebeu 354 reclamações nos últimos nove meses por ativação inesperada dos freios dos carros. A investigação será feita em veículos Tesla Model 3 e Model Y dos anos modelo 2021-2022 equipados com o Autopilot, sistema de assistência ao motorista. Frenagens inesperadas em carros com Autopilot Segundo as reclamações, com o uso de recursos do Autopilot, como o controle de cruzeiro adaptativo, o carro “aciona inesperadamente os freios ao dirigir em velocidades de rodovia”, de acordo com o relatório da NHTSA. Os proprietários de veículos Tesla também relatam que a empresa rejeitou as reclamações, dizendo que a frenagem é normal. A maioria das investigações da NHTSA começa como avaliações preliminares, nas quais os seus engenheiros solicitam informações do fabricante, incluindo dados sobre reclamações, lesões e queixas de garantia. Após avaliação, a agência encerra a investigação ou passa para a fase seguinte, e pode solicitar o recall de modelos que apresentem risco à segurança dos passageiros. Tesla está na mira da NHTSA De qualquer forma, a Tesla será investigada novamente. Em agosto, a empresa foi alvo de outra investigação por parte da NHTSA sobre o seu sistema de piloto automático. Isso aconteceu após uma série de acidentes com veículos da marca, que resultou em 17 feridos e uma morte, segundo o site Autonews. Outra investigação em andamento mira cerca de 580 mil veículos Tesla Model 3, Model S, Model X e Model Y dos anos 2017 a 2022. São carros equipados com o “Passenger Play”, que inicialmente permitia o uso de jogos no painel do carro enquanto o veículo estava em movimento. acesse revistainterbuss.com.br

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viagens & memória por marisa v. n. cruz

Como eram as empresas do Grupo Baltazar?

permanecer com a Leblon, resolveu infelizmente expulsar as duas viações de uma vez, inclusive a Leblon que estava fazendo um excelente resultado operacional na cidade, chamando a Suzantur para operar 100% das linhas municipais da cidade.

Tudo começou na Viação Januária, em Taguatinga-DF, em 1972.

Entre 1983 e 1985, o seu grupo desembarcou em São Paulo. Com o crescimento desenfreado da inflação, a fiscalização pesada da EMTU, e a cassação da operação da Empresa Auto Ônibus Mogi das Cruzes, fizeram com que alguns empresários resolvessem vender suas viações urgentemente para quitar dívidas.

Em paralelo, todas as suas empresas foram colocadas “em recuperação judicial”. No dia 15 de janeiro deste ano, as viações Triângulo, Imigrantes, Riacho Grande, Urbana Santo André e São Camilo encerraram suas operações, passando todas as suas linhas para a Next.

De um lado, Constantino de Oliveira. Do outro, Baltazar. Adquiriram algumas empresas em conjunto. Outras, separadamente.

E agora, a partir do dia 20 de fevereiro, as empresas EAOSA e Viação Ribeirão Pires, que nos últimos dois anos foram repassados a um outro grupo, deixam de operar, passando suas linhas também para Next.

Começou a adquirir a Barão de Mauá. Depois EAOSA, Ribeirão Pires, Santo Estevam, São Camilo, São Bento de São José dos Campos, Riacho Grande, entre outros. Inclusive a Viação Diadema, repassado do Constantino. Chegou até a operar toda a frota municipal de São José dos Campos, desmembrando suas empresas em três: São Bento, Real e Capital do Vale.

Em São Paulo, o grupo não está mais operando em nenhuma empresa, pelo que eu saiba. E eu só não tenho outra informação se continua operando em Minas Gerais, Mato Grosso e Amazonas.

Adquiriu a Viação Triângulo em 1990, além de criar outras empresas no triângulo mineiro, cidades do Mato Grosso e em Manaus. Ainda na década de 90, virou um dos dois maiores grupos do ABC paulista, ao lado do grupo ABC dos Setti Braga, que com isso, dividiu entre si o controle da recém privatizada SBCTrans.

Next Mobilidade Com a aquisição de linhas operadas de outras empresas que não renovaram o contrato, a solução emergencial foi adquirir parte da frota de terceiros (comprados de empresas do Rio de Janeiro) para equilibrar e equalizar a frota, além da aquisição de dezenas de veículos novos.

Ainda na década de 90, foram feitas diversas compras de veículos, entre eles Vitória com chassi Scania 113, Thamco Scorpion e Busscar Urbanus II.

Neste caso, é super normal trazer veículos seminovos! Imagine comprar 300 ou 400 veículos zero em um curtíssimo intervalo de tempo? Não há viação que aguente financeiramente! Por isso, uma parte da aquisição de usados ao menos em ótimo estado é justa.

A primeira metade da década de 2010 foi marcada pela queda de braço entre duas empresas do grupo Baltazar (que constantemente mudavam de nome: Barão de Mauá e Januária para Cidade de Mauá, Estrela de Mauá, Transmauá, etc) e a entrada da paranaense Leblon, com alto índice de excelência para os passageiros. Só que o prefeito de Mauá na época, em vez de resolver interbuss 582

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Espero que a região do ABC paulista, com a vinda da Next Mobilidade, volte a ter realmente um transporte de qualidade. acesse revistainterbuss.com.br


À TODOS VOCÊS,

NOSSO MUITO OBRIGADO! 11 ANOS DE DE INTERBUSS. SE CHEGAMOS ATÉ AQUI, FOI GRAÇAS À VOCÊS! CONTINUE CONOSCO!

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MOBILIDADE • TRANSPORTE


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NOSSO MUITO OBRIGADO! 550 EDIÇÕES DE INTERBUSS. SE CHEGAMOS ATÉ AQUI, FOI GRAÇAS À VOCÊS! CONTINUE CONOSCO!

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