Revista InterBuss | Edição 544 | 16.05.2021

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16 DE MAIO DE 2021 • ANO 11 • NÚMERO 544

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SAI O CARRO FORTE ELÉTRICO MOBILIDADE • TRANSPORTE

ENTIDADES NÃO QUEREM BIODIESEL Aumento da mistura é rechaçada

MERCEDES-BENZ FAZ ENTREGA

eCITARO JÁ É REALIDADE


SEJAM BEM

b

MOBILIDADE •

SÃO 10 ANOS D MUITA INFORMA

UMA REVISTA DE Q MAIS CONTEÚDO VOCÊ QUER! B


M-VINDOS À

buss

• TRANSPORTE

DE INTERBUSS, AÇÃO PRA VOCÊ!

QUALIDADE, COM O E DO JEITO QUE BOA LEITURA!


o que tem na edição 544 06 editorial

A falta de debate sobre políticas públicas de transporte urbano no Brasil

07 a imagem da semana

Ribeirão Preto começa a testar ônibus elétrico

08 a grande matéria

Mercedes-Benz entrega primeiras unidades de articulados elétricos

14 mobilidade no brasil

Protege recebe primeiro carro-forte elétrico do mundo

16 pôster

Comil Invictus HD, por Fernando Martins

18 deu na imprensa

As novidades publicadas na imprensa especializada

22 acervo portal interbuss

Fotos históricas publicadas no site Portal InterBuss há 10 anos

26 rede social

Confira fotos de ônibus publicadas nas redes sociais

28 mobilidade no mundo

Carros elétricos vão ser mais baratos que convecionais

30 viagens & memória

Coluna quinzenal da entusiasta e pesquisadora Marisa Vanessa N. Cruz

EXPEDIENTE

/portalinterbuss

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MOBILIDADE • TRANSPORTE

16 de maio de 2021

08 O primeiro articulado elétrico da MB

14 Sai o primeiro carro-forte elétrico


editorial

A FALTA DE DEBATE DO ASSUNTO TRANSPORTE A imprensa brasileira não ajuda em nada o debate sobre qualquer assunto relacionado ao transporte coletivo, tanto urbano quando o rodoviário. O mesmo vale para a imprensa especializada, que mesmo com conhecimento de causa, gosta de dramatizar a situação com o objetivo de obter mais cliques em suas notícias. O problema maior é que tudo não leva a nada. As notícias que aparecem sobre a retirada do benefício do transporte gratuito em São Paulo para pessoas com idade entre 60 e 64 anos de idade são carregadas de emoção e sem nenhuma discussão. Os benefícios, quando concedidos no Brasil, infelizmente acabam se perpetuando pois nenhum político tem a coragem de fazer devidas correções quando são necessárias com medo de perder capital junto aos seus eleitores, e a imprensa, sempre em busca de maior audiência, dramatiza a situação sempre da forma mais ridícula. No final do ano passado o governador de São Paulo, João Doria, juntamente com o prefeito paulistano, Bruno Covas, anunciaram em conjunto que iam fazer a retirada do benefício da gratuidade para pessoas que têm entre 60 e 64 anos de idade. Todo mundo sabe que a gratuidade a idosos no transporte coletivo urbano e metropolitano ou semi-urbano é garantida por uma lei federal. Todos que têm mais de 65 anos podem andar gratuitamente e a tarifa dessas pessoas são custeadas pelas prefeituras ou governos estaduais, já que as empresas de ônibus não são instituições filantrópicas e têm custos. Mas infelizmente na maioria dos casos as tarifas dos idosos são rateadas entre os demais passage-

iros, fazendo com que o preço da passagem fica ainda mais cara do que já é. Em São Paulo havia uma pequena extensão desse benefício, sendo concedido para pessoas entre 60 e 64 anos, com subsídios pagos pelo Estado e pela prefeitura paulistana, porém agora o mesmo foi retirado e esse dinheiro será destinado para outras ações dos dois governos. A imprensa, como sempre, fez um escândalo e em nenhum momento debateu o assunto. Nos jornais de algumas emissoras a lamentação chegou a ser patética. Em um deles, o governo chegou a ser chamado de “insensível” por ter retirada a gratuidade dessa faixa etária. Será que é tão difícil saber que isso há um custo para toda a sociedade, que em qualquer gratuidade sempre há alguém pagando? A falta de caráter é tão grande que mostra idosos reclamando que precisarão pagar tarifa para irem trabalhar. A emissora esquece que o fornecimento do vale-transporte por parte do empregador é obrigatório? No caso da cidade de São Paulo, as empresas de ônibus recebem subsídios bilionários da prefeitura para a manutenção do serviço em operação com uma melhor qualidade, haja vista a quantidade crescente de coletivos equipados com ar condicionado e articulados circulando praticamente em todas as linhas. Com a retirada do benefício aos idosos da faixa etária supracitada, haverá uma economia de cerca de 5% nesses repasses. Pode parecer pouco, mas 5% de 2 bilhões de reais anuais são 100 milhões de reais, dinheiro que pode ser direcionado para outras ações. O debate é importante, mas ninguém quer colocar o dedo na ferida, já que dramatizar atrai mais audiência.


a imagem da semana

da BYD byd.ind.br

Ribeirão Preto Quinta-feira, 13 de Maio de 2021 A cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, começou a testar no dia 13/05, o ônibus 100% elétrico da BYD modelo BYD D9W – 20 410 piso baixo. Com capacidade para 29 passageiros sentados e 51 de pé, o ônibus movido a energia elétrica, estará à disposição da população e atenderá a uma região por semana com viagens gratuitas. A demonstração na cidade de Ribeirão tem um grande potencial de ser aplicada, pois a cidade está adotando medidas sustentáveis. Os ônibus 100% elétricos são uma alternativa sustentável para as cidades que querem reduzir a poluição. O modelo BYD D9W possui 250 quilômetros de autonomia, o que permite que ele rode o dia inteiro, retornando para a base, onde é recarregado. A recarga total (0% a 100%) se dá num período de até quatro horas. O carregamento noturno torna a operação mais vantajosa, uma vez que o custo da energia elétrica neste período é mais baixo. Para o diretor Institucional e Head da Unidade de Ônibus da BYD Brasil, Marcello Von Schneider a importância das cidades na adoção das políticas verdes é cada vez mais significativa para um planeta sustentável. “Investir em mobilidade elétrica é uma forma eficaz e de grande impacto para o meio ambiente. Os veículos comerciais a combustão são responsáveis por um grande percentual da poluição nas cidades e, a substituição por uma energia limpa, não só melhora a qualidade do ar nas cidades, como impacta diretamente na saúde da população”, explica o executivo.


a grande matéria

da Mercedes-Benz mercedesbenz.com.br

PRIMEIROS ÔNIBUS ARTICULADOS ELÉTRICOS DA MB SÃO ENTREGUES Empresa que recebe as unidades é uma das maiores operadoras do transporte alemão

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ma nova geração de baterias está chegando para os ônibus elétricos da Mercedes-Benz. Três anos após a sua estreia mundial, os veículos urbanos eCitaro agora se tornam ainda mais potentes, livres

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a grande matéria Primeiras unidades já operam desde o ano passado

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de emissões, silenciosos e com muito mais autonomia graças à nova tecnologia de baterias de lítio-íon. Anunciados no ano passado, os ônibus articulados eCitaro G farão parte da frota da operadora de serviços de transporte de Hannover, ÜSTRA, com duas unidades compostas pela nova geração de baterias. Esses veículos, que completam uma encomenda de 48 ônibus urbanos (30 convencionais e 18 articulados), chegam com o objetivo de eletrificar o transporte coletivo na capital da Baixa Saxônia. “Estamos muito felizes que a ÜSTRA tenha escolhido o eCitaro G da Mercedes-Benz com a nova geração de baterias para compor a sua frota”, afirma Mirko Sgodda, chefe de Marketing, Vendas e Serviços ao Cliente da Daimler Buses. “Nossos ônibus urbanos de alta tecnologia, além de mais seguros, se tornam ainda mais ecologicamente corretos e confortáveis, constituindo um marco significativo de progresso rumo a melhora da qualidade de vida nas cidades”. Os primeiros eCitaro já estão operando desde setembro do ano passado. Com o objetivo de tornar a sua frota 100% elétrica, a empresa pretende colocar os 48 novos veículos em circulação na cidade de Hannover até 2023. Essa mudança pode economizar 3.800 toneladas de CO2 a cada ano. Além disso, ao mesmo tempo em que os ônibus vão entrando em operação, os pontos finais dos trajetos das linhas serão equipados com toda a infraestrutura necessária de carga, e as garagens serão adaptadas para acomodar os processos de logística da manutenção para os ônibus elétricos. Denise Hain, chefe de operações da ÜSTRA, afirma que os novos ônibus são muito importantes para a mobilidade ecologicamente correta de Hannover. “O eCitaro G da Mercedes-Benz, de última geração, contribuirá para a proteção do clima e auxiliará na transição do meio de transporte para veículos mais silenciosos, menos poluentes e sem motores de combustão”. Os dois ônibus eCitaro G, com as novas baterias de lítio-íon, apresentam uma capacidade cerca de um terço maior do que as da geração anterior, de maneira que a autonomia entre as paradas para recarga aumentou consideravelmente. Equipados com dez grupos de baterias que proporcionam uma eficácia total de 330 kWh, eles trazem pantógrafos instalados no teto, que permitem o caracesse revistainterbuss.com.br

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a grande matéria Ulrich Bastert, Daimler Buses e Dr. Volkhardt Klöppner, CEO da üstra, durante assinatura de contrato

regamento enquanto estiverem fora da garagem. Em termos de tecnologia de segurança ativa, os veículos são equipados com Assistente Ativo de Frenagem (Active Brake Assist), Assistente de Proteção Lateral (Side Guard Assist) e o ATC (Articulation Turntable Controller), sistema de proteção da articulação do veículo que evita o “efeito L”.

Para o posto do motorista há um sistema separado de ar condicionado e banco aquecido e climatizado com apoio lombar ajustável eletricamente. O espelho retrovisor interno e a cortina também são de ajuste elétrico. A tecnologia EDF (Eco Driver Feedback) contribui para um estilo de condução econômico, visando atingir a máxima eficiência quanto ao consumo de energia.

Essa função é parecida com a do ESP. Além disso, ele também traz uma câmera e sinal de alarme de ré a fim de impedir acidentes nas manobras.

Câmeras de vídeo monitoram as áreas das portas e o compartimento dos passageiros, promovendo ainda mais sensação de segurança para o profissional do volante.

Os ônibus totalmente elétricos, muito além da tecnologia, também trazem itens voltados ao bem-estar dos passageiros.

ÜSTRA é uma das maiores provedoras de transporte em Hannover

Quatro portas duplas garantem mais fluidez no embarque e desembarque, apresentando faixas de luzes verdes ou vermelhas em LED que destacam as bordas do piso nas entradas.

A ÜSTRA Hannoversche Verkehrsbetriebe AG é considerada uma das maiores transportadoras da Alemanha, com o melhor desempenho de toda a região da Baixa Saxônia.

Na segunda porta do veículo há uma rampa desdobrável operada eletricamente, oferecendo mais acessibilidade aos passageiros com mobilidade reduzida. Já a parte interna garante o conforto ao fornecer assentos e encostos de bancos estofados, ar condicionado, espaço reservado para cadeiras de rodas e carrinhos de bebê no entorno das portas, monitores duplos que exibem informações sobre o itinerário, entradas USB ao longo do veículo e Wi-Fi. interbuss 544

Operando 349 trens urbanos, 142 ônibus e quatro barcos que são movidos eletricamente, a empresa transporta 172 milhões de passageiros todo ano.

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Os seus ônibus servem a uma rede de 41 linhas, que cobrem 540 km com um total de 672 pontos de parada, atingindo uma média de mais de 12 milhões de km por ano. acesse revistainterbuss.com.br


A INTEGRAÇÃO DOS MODAIS NÃO É UMA UTOPIA. CIDADE SUSTENTÁVEL É CIDADE INTEGRADA.

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interbuss MOBILIDADE 13

&

TRANSPORTE interbuss 540-541


mobilidade no brasil

do Grupo Protege protege.com.br

PROTEGE RECEBE PRIMEIRO CARRO FORTE 100% ELÉTRICO Unidade foi produzida em parceria com a Eletra

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o ano em que completa 50 anos de história, o Grupo Protege apresenta uma inovação para o futuro e que também vai cuidar do meio ambiente: o primeiro carro-forte 100% elétrico do mundo. São Paulo será a primeira cidade que vai ver de perto o projeto de sistema tração elétrico puro, que usa tecnologia nacional e foi desenvolvido em parceria com uma empresa centenária. Durante 18 meses, profissionais da Protege em conjunto com a Eletra Industrial, empresa especializada em transporte sustentável do grupo Auto Viação ABC, investiram mais de R$ 1 milhão no desenvolvimento do veículo blindado elétrico. Todo o projeto foi concebido para valorizar a sustentabilidade e ser uma alternativa para os próximos anos. O modelo foi estruturado em um chassi de carro-forte retirado de circulação, mitigando danos ambientais e incentivando o reaproveitamento de peças. Todos os elementos que não foram contemplados no novo projeto, como motor a diesel, por exemplo, foram destinados para reciclagem. O novo layout também foi elaborado para propiciar maior segurança, mobilidade e conforto a equipe de vigilantes. “Trata-se de um projeto olhando para o futuro, alinhado com uma tendência mundial de pensar em soluções de menor impacto ambiental”, diz Marcelo Baptista de Oliveira, presidente do Grupo Protege. “Além da emissão zero e investimento em tecnologia 100% nacional, fizemos o retrofit de um chassi desmobilizado e encaminhamos o motor diesel e o sistema de transmissão anteriores para reciclagem.” O protótipo conta com autonomia de 75 quilômetros, tempo de recarga plena de 2h30 e emissão zero de gases poluentes na atmosfera. Quando o veículo se encontra em operação, o sistema de baterias é continuamente recarregado pela tecnologia de frenagem regenerativa. Essa tecnologia amplia a autonomia do veículo e consome menos energia elétrica para o abastecimento. Também foi instalado, estrategicamente, um carregador fixo na base operacional do Grupo Protege na capital paulista. Um dos principais impactos do carro-forte elétrico é o benefício para o meio ambiente. A redução média na emissão de carbono será de 1,4 toneladas de CO² por mês. Inspirado na evolução da indústria automobilística, com a fabricação de ônibus e caminhões elétricos, o carro-forte elétrico é tracionado por um motor elétrico cuja única fonte de energia é um banco de baterias, instalado a bordo do veículo. A substituição do diesel por tração puramente elétrica também refletirá em redução dos custos operacionais: o Grupo Protege tem uma expectativa de redução de 65% no valor gasto por km rodado. Além da economia de combustível, outra possível vantagem que será estudada no projeto piloto é a performance operacional do veículo, uma vez que o sistema de tração elétrica requer, em tese, menor tempo de parada para manutenções. O Grupo Protege, através de seu departamento de Engenharia Automotiva, participou de cada etapa do desenvolvimento do novo protótipo. O veículo é mais uma inovação da empresa somando ao portfólio de modelos disponíveis operacionalmente para as diversas atividades do grupo. Em 2019, por exemplo, a empresa foi responsável pelo lançamento da maior carreta 100% blindada do país, que transporta produtos de alto valor agregado para a indústria farmacêutica e de eletrônicos. acesse revistainterbuss.com.br

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interbuss MOBILIDADE • TRANSPORTE

FERNANDO MARTINS

Expresso Nordeste



deu na imprensa

do Automotive Business automotivebusiness.com.br

PRODUÇÃO DE ÔNIBUS ELÉTRICOS QUASE DOBRA EM CINCO ANOS NA A.LATINA Puxada foi pela grande renovação de frota no Chile

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volume de ônibus elétricos praticamente dobrou na América Latina nos últimos cinco anos. O movimento é puxado pelo Chile, que tem a maior frota da região e investe em políticas para ampliar a adesão dos coletivos sustentáveis. O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de países com mais ônibus elétricos, com o reforço da sua alta frota de trólebus. As informações são do monitor E-bus Radar, elaborado pelo Labmob e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A tendência é que o número de ônibus elétricos cresça ainda mais até 2030, segundo o relatório da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica. Com informações dessas duas bases de dados, o Mobility Now destaca cinco pontos importantes sobre os ônibus elétricos e perspectivas para a América Latina e no Brasil. AUMENTO EXPRESSIVO NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS A América Latina tem 2,3 mil ônibus elétricos. Nos últimos cinco anos, o número de ônibus elétricos cresceu 216% na região. Em 2017, eram 728 ônibus, todos trólebus. Em 2021, o número total saltou para 2.306. A quantidade de trólebus cresceu, mas os coletivos movidos a baterias ganharam força a partir de 2018 e hoje representam mais da metade da frota total (1,3 mil). O Chile é o país com a maior frota de coletivos elétricos, com 819 ônibus. O Brasil aparece em quarto lugar com 350 e Argentina, com 107 ônibus elétricos, na quinta posição. As maiores frotas estão nas capitais latino-americanas ou nos principais centros financeiros, como Santiago, Bogotá, Cidade do México e São Paulo. PRINCIPAIS MODELOS E FABRICANTES O modelo mais popular na região é o ônibus convencional a bateria, com frota de 1,1 mil veículos do tipo. Os países que mais utilizam o modelo são Chile, Colômbia e Uruguai. Os ônibus midi a bateria somam 266 veículos e circulam na Colômbia e em Barbados. Os países têm, respectivamente, 216 e 33 unidades. O Brasil tem 45 ônibus convencionais a bateria e apenas dois chassis midi. No País, o principal modelo utilizado são os trólebus: 302 unidades, sendo a maior parte da frota no estado de São Paulo, principalmente na capital. Os veículos são parte da estratégia da cidade para atingir a meta municipal de redução de emissões de gases de feito estufa. Em outros estados brasileiros também estão em curso iniciativas sustentáveis, como a eletrificação do BRT em Salvador (BA) e um projeto piloto de ônibus elétricos em Belo Horizonte (MG). A maior fabricante de ônibus elétricos na América Latina é a chinesa BYD, que produz seus modelos em Campinas (SP). Dos 2,3 mil veículos da frota regional, 974 são da marca chinesa. Cerca de 330 ônibus elétricos são da Yutong; 215 unidades da Foton; 73 da Eletra e 26 da KingLong. acesse revistainterbuss.com.br

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deu na imprensa

do Automotive Business automotivebusiness.com.br

ENTIDADES PEDEM PARA QUE BIODISEL NÃO CRESÇA NA MISTURA DO DIESEL Objetivo é aumentar, mas altos preços pedem para que barrem

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epois de os produtores de óleos vegetais reclamarem da redução de biodiesel na composição do óleo diesel – vai passar dos atuais 13% para 10%, medida tomada pelo Governo Federal para evitar o aumento de preço do combustível –, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) emitiu um comunicado no qual deixa clara sua preocupação sobre um possível aumento da porcentagem de biodiesel no diesel comercializado no País, no futuro. O comunicado é endossado por Anfavea, Fenabrave, Sindipeças, Fecombustíveis, IBP, Abicom, Brasilcom e SindTRR, entre outras entidades, que representam mais de 200 mil empresas, de acordo com a CNT. O documento afirma que o aumento de biodiesel vai acarretar custos mais elevados no transporte de cargas e de passageiros, com reflexos em toda a sociedade. Além disso, a porcentagem maior de biodiesel no combustível poderia ocasionar danos a máquinas e motores, redução da vida útil destes e piora no desempenho. As entidades lembram que a partir de 2022, novos limites de emissão de poluentes entrarão em vigor (fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve), com a adoção de tecnologias mais modernas, as quais não foram testadas com percentuais mais altos de biodiesel. “A evolução do percentual de mistura implicará em maiores custos para o transporte de cargas e de passageiros e consequente aumento de preços de produtos para toda a sociedade. Também lançará o país em um cenário de estagnação tecnológica, impactará no desenvolvimento da indústria automotiva e de equipamentos e comprometerá a prestação de serviços”, diz o comunicado da CNT. “Estudos recentes apontam que teores elevados de biodiesel promovem aumento das emissões de óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos e monóxido de carbono, com impactos negativos que afetam a saúde humana e o meio ambiente, além de elevar o consumo de combustível, gerando ainda mais emissões e custos adicionais que são transferidos a toda a população”, explica o informe. Por fim, o texto afirma que o aumento compulsório de biocombustíveis no óleo diesel só deve ser adotado após uma análise ampla e criteriosa, que garanta a viabilidade técnica e a segurança não só para os produtores de biodiesel como para os usuários, e que as entidades seguem comprometidas com a preservação ambiental no País. acesse revistainterbuss.com.br

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acervo portal interbuss

Tiago Moraes

Aislan Nascimento

Marcopolo Andare GV Caiense Setembro de 2010

Busscar Urbanuss Pluss Expresso Itamarati Julho de 2010

Rodrigo Padilha Rodrigues

Vagner Valani

Irizar PB Reunidas Paulista Outubro de 2010

Marcopolo Paradiso GV 1150 Particular Setembro de 2010

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Filipe Lima

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Marcopolo Viaggio G7 900 Cidade Sol Outubro de 2010

Antonio Santos Marcopolo Torino São José de Ribamar Setembro de 2010

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acervo portal interbuss

Maicon Igor Barbosa

André Gustavo Co

Marcopolo Paradiso GV 1450 TransFada Dezembro de 2010

Marcopolo Paradiso GV 1150 PlayBus Março de 2010

Ricardo Zambianco

Jorge Ciqueira

Caio Apache Vip São João Setembro de 2010

Neobus Spectrum City Braso Lisboa Setembro de 2010

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osta Brito

Rafael dos Reis Silva

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Marcopolo Paradiso G7 1200 Real Expresso Novembro de 2009

Peterson Fernandes Caio Apache Vip Vila Galvão Dezembro de 2010 acesse revistainterbuss.com.br

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rede social

Kelvin Caovila

Fernando Martins

Comil Invictus DD Guerino Seiscento @fb.com/groups/ocdholding

Caio Apache Vip Capellini @fb.com/groups/ocdholding

Wladimir Livramento

Janderson Brandt

Marcopolo Paradiso G7 1800DD UTIL @fb.com/groups/ocdholding

Caio Apache Vip Nossa Senhora do Amparo @fb.com/groups/ocdholding

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Adailton Cruz

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Marcopolo Paradiso G7 1200 Pássaro Marron @fb.com/groups/ocdholding

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Roger Custódio

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Caio Apache Vip Resendense @fb.com/groups/ocdholding acesse revistainterbuss.com.br

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mobilidade no mundo

do Automotive Business automotivebusiness.com.br

CARROS ELÉTRICOS VÃO FICAR MAIS BARATOS QUE OS CONVENCIONAIS Virada de preço deverá acontecer até o ano de 2027, mas na Europa

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custo de produção dos carros elétricos atingirá a paridade com o custo de produção dos carros tradicionais em 2027 na Europa. É o que afirma um novo estudo feito pelo instituto de pesquisa BloombergNEF a pedido do site Transport & Environment. Segundo o documento, os motivos para a paridade serão a diminuição no custo das baterias e a maior eficiência das mesmas, a otimização dos métodos de produção dos veículos e a fabricação dos VEs em grandes volumes. O estudo faz alertas para possíveis riscos, como a incerteza em relação à demanda e o preço volátil das matérias primas. Ainda assim, ele estima não apenas a paridade em 2027 como também, a partir daí, os elétricos custando gradativamente menos do que os movidos a combustão nos anos seguintes. Há outras projeções na pesquisa. Ela diz que, “em um cenário guiado por motivações econômicas”, a Europa pode alcançar uma frota de 50% de carros elétricos em 2030 e 85% em 2035. A adoção orgânica pelo público será alta, mas o governo pode, segundo o estudo, levar ainda mais esses índices com políticas mais duras contra a emissão de gases, ampliação da rede de carregamento e subsídios. Também segundo o estudo, a frota global de carros elétricos leves chegou aos 10 milhões em 2020 (em 2017, eram só 3 milhões), junto a 500 mil ônibus e 350 mil caminhões. O ano passado foi, inclusive, o primeiro ano em que a Europa ultrapassou a China na compra de VEs. Essa mudança foi creditada à queda nos preços dos carros (relacionada à queda no preço das baterias) e à maior variedade de modelos ofertada pelas fabricantes, as quais estão correndo atrás de cumprir metas rigorosas de corte de emissões. Esses cortes têm sido o maior motivador para os investimentos na tecnologia de carros elétricos em todo o mundo. Neste ano, os EUA, que estavam defasados em políticas públicas durante a administração Trump, anunciaram um pacote de US$ 174 bilhões em investimentos para estimular esse mercado. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro prometeu, durante discurso na Cúpula do Clima em abril, cortar 40% das emissões do país até 2030. Se a meta for levada a sério, é bastante provável que ela inclua incentivos aos carros elétricos. O estudo da BloombergNEF ainda estima que as vendas de elétricos devem chegar a 4,4 milhões em 2021 em todo o mundo. acesse revistainterbuss.com.br

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viagens & memória por marisa v. n. cruz

Como surgiu a Litorânea até a incorporação da Pássaro Marron? A Litorânea Transportes Coletivos S.A. era uma empresa com sede na cidade de Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, e foi fundada em 30 de janeiro de 1989 pelos sócios da Rodoviário Atlântico S/A, iniciando suas operações em 11 de novembro de 1991.

duas empresas. Litorânea foi incorporada à Pássaro Marron oficialmente em 1 de fevereiro de 2020, com o objetivo de simplificar a estrutura organizacional na região. A sede da Pássaro Marron atende todo o Vale do Paraíba, região paulista, e a Litorânea operava basicamente no litoral norte do estado.

A Atlântico era uma empresa que fazia linhas rodoviárias de Ubatuba e Caraguatatuba para São José dos Campos, Baixada Santista e capital paulista. A Litorânea era o braço da Atlântico, utilizada para excursões e fretamento, porém não encontrei alguma foto de um ônibus dessa primeira gestão.

No Diário Oficial do Estado de 7 de maio de 2021, finalmente foi publicada uma anuência prévia para incorporação societária às linhas EMTU suburbanas e rodoviárias. Assim, os ônibus vinculados à EMTU poderão finalmente ser identificados como Pássaro Marron.

Em 2 de maio de 1995, a empresa foi vendida para a Pássaro Marron com o objetivo de ser referência total em todo o Vale do Paraíba e Litoral Norte. Assim, seus prefixos passaram a ser compartilhados com os da Pássaro Marron, preferencialmente em prefixos terminados entre 50 e 99. Assim, as linhas antes operadas pela Atlântico passaram a ser totalmente operadas pela Litorânea.

A ideia no momento é: se um grupo, tiver ao menos duas empresas, e uma for mais forte que a outra, é possível centralizar todas as operações em uma só companhia por incorporações societárias, reduzindo custos.

Em 2 de setembro de 2011, tanto a Pássaro Marron como a Litorânea foram vendidos para o Grupo Comporte, um dos maiores grupos rodoviários do país, e em 2012 sua pintura foi remodelada para as interbuss 544

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Foi o que ocorreu recentemente com a Empresa Auto Ônibus Manoel Rodrigues, de Avaré-SP, com a Princesa do Norte, de Santo Antônio da Platina-PR, e na década passada da incorporação da São Geraldo, Nacional e Continental pela Gontijo. acesse revistainterbuss.com.br


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NOSSO MUITO OBRIGADO! 500 EDIÇÕES DE INTERBUSS. SE CHEGAMOS ATÉ AQUI, FOI GRAÇAS À VOCÊS! CONTINUE CONOSCO!

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