Revista InterBuss - Edição 48 - 12/06/2011

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R EV I ST A

InterBuss

ANO 1 Nº 48 12/06/2011

HÍBRIDOS NO RIO

Finalmente dois vão entrar em operação nesta semana


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CONTEÚDOINFORMAÇÃO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

POSTE PERFURA ÔNIBUS E MATA DOIS EM PIRACICABA/SP

Foto: O Globo

A Semana em Revista • Página 8

Poste atingiu ônibus e deixou feridos e duas vítimas fatais

Fotos da capa: Divulgação

Edição número 48 • Domingo, 12 de Junho de 2011 • Concluída às 20h01 • Esta edição tem 20 páginas

EDITORIAL • Investimentos adiados ............................ 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • Luciano Roncolato ................................ 9 PÔSTER • Adriano Minervino ........................................ 10 TEMPORAL • Ônibus tomba em Sumaré/SP ................ 12 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 12 COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 13

Revista na Rede Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles: • REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso site: www.portalinterbuss.com.br/revista

COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 16

• GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria

COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 17

Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br

COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 14


EDITORIAL

A manutenção do projeto dos ônibus movidos a etanol A Scania anunciou há alguns dias a venda de mais dez unidades de chassis com motores movidos a etanol para a cidade de São Paulo. No release enviado à imprensa, a montadora sueca ainda informou que está em negociação já avançada com empresas de outras cidades, entre elas Rio de Janeiro. O projeto aparentemente está indo de vento em popa e deverá grandes adeptos nos próximos meses, o que poderá colocar o Brasil no rol dos países que mantém em operação veículos comerciais movidos por combustíveis sustentáveis. A grande dúvida agora é se esses carros serão mantidos dessa forma por muito tempo ou se serão convertidos a diesel, como aconteceu com lotes de carros movidos a gás natural veicular (GNV) que acabaram convertidos a diesel alguns anos depois. O projeto é bastante interessante, está bem estruturado e o pool de empresas que está participando dos processos está dando todo o aporte para a viabilidade de crescimento e manutenção da rede de ônibus movidos a etanol no Brasil. Os REVISTA

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

empresários do setor de transportes envolvidos na compra desses veículos são bastante responsáveis, compromissados com a qualidade e estão mostrando-se abertos a novas tecnologias e novas ideias. No passado infelizmente as coisas não eram bem assim e os empresários acabavam fazendo o básico, colocando ônibus espaçosos para caber cada vez mais passageiros em pé e ele encher o bolso de dinheiro, apesar de alguns poucos ainda fazerem isso até hoje. Esperamos receber novas notícias de mais vendas de veículos movidos por combustíveis sustentáveis (não necessariamente apenas etanol, como também por sistemas híbridos, hidrogênio, etc.) nos próximos meses, aumentando a qualidade de vida da nossa população com veículos modernos, pouco ou nada poluentes e confortáveis. Esperamos também a manutenção do projeto por longa ou definitiva data, mantendo a garantia de que o Brasil é um país compromissado com a causa ecológica, e não mais um projeto passageiro fadado ao fracasso como outros passados. Vamos ficar de olho. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Bancas Gostaria de saber se há previsão de quando as revistas chegarão às bancas. Paulo Migliaccio Belford Roxo/RJ Nota da redação: Agradecemos o contato Paulo! Estamos trabalhando arduamente para viabilizar a edição impressa e posteriormente colocarmos em bancas para comercialização, porém ainda não temos uma data fechada para que isso aconteça. De acordo com os desenrolares dos fatos, iremos informando aqui para todos.

Contatos em geral

Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. A Revista InterBuss é aberta para a sua opinião, sugestões de matérias, críticas e tudo que for relacionado ao transporte coletivo urbano ou rodoviário, nacional ou internacional. Entre em contato conosco e faça o envio de sua mensagem! Este espaço é democrático e está aberto para você! A Revista InterBuss é o espaço certo para a sua opinião! Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 05 A 11/06/2011

Rio de Janeiro testará 2 ônibus híbridos a partir desta semana Tecnologias desenvolvidas pela Volvo e pela Eletra estarão nas ruas também de S.Paulo e Curitiba Foto: Divulgação

Nos próximos sete dias, dois ônibus híbridos, movidos a eletricidade e diesel, vão circular pelas ruas do Rio de Janeiro. A ideia é testá-los em condições reais de circulação e, assim, coletar dados que permitam estimar a redução das emissões de gases do efeito estufa, os custos envolvidos e a confiabilidade da nova tecnologia. O projeto é uma iniciativa da Clinton Climate Initiative (CCI), um programa da Fundação William J. Clinton, e se estenderá pelos próximos 14 meses em cidades latinoamericanas da Rede C40, que incluem São Paulo, Curitiba e Bogotá. Os resultados dos testes serão utilizados na elaboração de recomendações que a CCI vai preparar, em 2012, para o desenvolvimento do mercado de ônibus híbrido e elétrico na América Latina. A expectativa do programa é de que 9.000 novos ônibus entrem no mercado, reduzindo as emissões anuais de dióxido de carbono em 556 mil toneladas até 2016. Segundo o secretário municipal de Transportes do Rio de Janeiro, Alexandre Sansão Fontes, a adoção dos novos ônibus depende da instalação de linhas de produção no país ou de condições favoráveis de importação. “A prefeitura do Rio quanto o BNDES estão trabalhando para que seja viável a fabricação desse tipo de ônibus aqui. Há um interesse de que o Rio seja a porta de entrada para uma produção em larga escala desse tipo de ônibus aqui”, afirmou o secretário. Os ônibus, que foram apresentados à imprensa na manhã da última terça-feira, vão percorrer o trecho Copacabana-Central do Brasil, passando pelo corredor-expresso de Copacabana. No caminho, eles enfrentarão diferentes situações de trânsito, desde congestionamentos até vias expressas. Serão utilizados ônibus das empresas Volvo e Eletra, cada um com uma tecnologia específica. Eles não vão transportar passageiros, mas levarão uma

Um dos ônibus híbridos que circularão pelas ruas do Rio de Janeiro dade média costuma ser menor. carga equivalente como simulação. Ainda não se sabe ao certo quais os Os ônibus híbridos da Eletra são custos finais da nova tecnologia, mas a prefeiveículos tracionados exclusivamente por tura do Rio garante que não haverá impacto um motor elétrico. Esses veículos geram sua no valor das passagens. “A gente quer que esse própria energia elétrica, graças a um motor de ônibus seja produzido no Brasil justamente combustão interna que aciona um gerador elépara que ele tenha um preço compatível com trico. A potência gerada é usada para alimeno nosso mercado e os operadores não precisem tar o motor elétrico e, quando necessário, carrepassar os custos para os passageiros”, diz Aregar um pequeno banco de baterias. Durante lexandre Sansão Fontes, secretário municipal períodos de rápida aceleração ou na subida de rampas, a potência acumulada previamente no de Transportes. Nos próximos meses, São Paulo tesbanco de baterias é reaproveitada ao ser adicio- tará as tecnologias da Volvo, BYD e Eletra, nada à potência total do ônibus, possibilitando seguido do teste em Bogotá com ônibus Volvo. rápidas saídas. É esperado que Curitiba inicie os testes com Já o modelo Volvo 7700 Híbrido BYD ao final de 2011. CCI está também colafunciona exclusivamente por eletricidade até borando em uma iniciativa paralela do Banco atingir a velocidade de 25 quilômetros por hora, quando então passa a ser alimentado por Mundial na Cidade do México onde ônibus diesel. Na prática, isso significa silêncio total híbridos serão testado em rotas convencionais nas paradas e arrancadas. Esse modelo é ideal e também em corredores expressos de ônibus para trajetos congestionados, onde a veloci- BRT. (Veja)

Governo de SP autoriza integração entre CPTM e Jandira A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) autorizou, na última sexta-feira (10/06), a implantação do sistema integrado de transportes entre trens metropolitanos e os ônibus municipais da cidade de Jandira, na Grande São Paulo. De acordo com o despacho publicado

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no Diário Oficial do Estado, a integração vai acontecer na Estação Jandira da linha 8 – Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O valor do bilhete que dá direito a utilizar os dois transportes é de R$ 4,40, e a integração será física, tarifária e operacional. O transporte

urbano de Jandira é operado pela Benfica-Barueri Transportes e Turismo (BBTT) desde o ano 2000, operando hoje com 12 linhas, e tarifa de R$ 2,70. O novo sistema integrado começará a operar assim que as estruturas para que isso seja possível forem instaladas pela Prefeitura e a CPTM. (Da Redação)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Foto: Luciano Roncolato

Linhas da Interbus e da Humaitá são transferidas para nova dona

Ônibus da Interbus em operação: empresa foi vendida para o grupo da Viação ABC A Empresa de Transporte Publix vai tenário) assumir nos próximos dias 10 linhas metro- • 107TRO – Santo André (Terminal Leste) / politanas gerenciadas pela Empresa Metro- SP (Jd. Esther) politana de Transportes Urbanos (EMTU) • 157TRO – Mauá (Silvia Maria) / Sto. André que eram operadas pela Inter-Bus Transporte (Terminal Urbano) Urbano e Empresa de Auto Ônibus Circular • 170TRO – SCS (Estação) / SP (Jd. Tietê) Humaitá. A publicação no Diário Oficial do • 171TRO – SCS (Estação) / SP (Vl. IndusEstado de São Paulo aconteceu na sexta-feira trial) (10). Nos decretos, a Secretaria de Transport- • 470TRO – Sto. André (Cid. S. Jorge) / Aeroes Metropolitanos autorizou o repasse das porto de Congonhas linhas por um prazo de 180 dias, com pos- Linhas operadas pela Humaitá sibilidade de prorrogação por igual período. • 066TRO – Sto. André (Jd. Las Vegas) / TerMesmo sendo de ordem emergencial, ainda minal Sacomã não há um prazo para que os ônibus rodem • 172TRO – Sto. André (Cid. S. Jorge) / SP como Publix. (Pq. D. Pedro II) Linhas operadas pela Inter-Bus • 444TRO – Sto. André (Pq. Capuava) / SP • 101TRO – São Caetano do Sul (Vila Pros- (Pq. D. Pedro II) peridade) / São Paulo (Vila das Olarias) • 445TRO – Sto. André (Jd. do Estádio) / SP • 102TRO – SCS (Fundação) / SP (IV Cen- (Pq. D. Pedro II) (Da Redação)

Google Maps disponibiliza serviço que informa se ônibus está atrasado Uma atualização do Google Maps permitirá que usuários de transporte público consigam ver o preço das tarifas de ônibus e se um ônibus está atrasado para chegar em determinado ponto. A novidade, cujo anúncio foi feito na última quarta-feira (8), a princípio só estará disponível em quatro cidades americanas e duas europeias: Boston , Portland (no estado de Oregon), San Diego, San Francisco, Madri (Espanha) e Turim (Itália). Para utilizar o serviço, chamado de Transit, os moradores (ou eventuais turistas que estiverem nas localidades em que o recurso estiver ativado) devem acessar o Google Maps no desktop ou no smartphone e dar um zoom na

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via em que deseja verificar a disponibilidade de ônibus. Com isso, ficarão visíveis os veículos de transporte público. Clicando sobre eles, é possível ver o horário de partida dos ônibus em tempo real. Outra opção do Transit, útil para quem visita uma cidade pela primeira vez, é que ele também informa o preço da passagem das linhas de ônibus. “Estamos trabalhando com empresas parceiras na área de transporte público para fornecer informações ao vivo sobre o transporte para mais pessoas e em mais cidades”, informa o post no Google Blog, site oficial da empresa. (UOL)

Prefeito de SP libera publicidade em pontos de ônibus A cidade de São Paulo deve, nos próximos meses, voltar a ter propaganda em pontos de ônibus e relógios de rua. Na noite da última terça-feira, depois de três anos parado na Câmara Municipal, o projeto do prefeito Gilberto Kassab (sem partido) que permite a concessão de relógios de rua e de abrigos de ônibus para a iniciativa privada realizar publicidade foi aprovado em primeira discussão pelos vereadores. A proposta agora passará por segunda votação na própria Câmara e será sancionada pelo prefeito até o final do mês. Após a sanção, a prefeitura terá de abrir licitação para definir a concessionária do serviço. Há a possibilidade de que a cidade seja dividida em lotes. A previsão é de que a concorrência dure três meses. Essa será a maior autorização de propaganda em local público desde a aprovação da Lei Cidade Limpa, em 2007. Arrecadação A prefeitura espera arrecadar R$ 2,2 bilhões com a publicidade nesses equipamentos nos próximos dez anos. A concessão será válida por 20 anos, prorrogáveis por mais dez. Dentro do projeto, há a previsão da ampliação do número de relógios de rua de 320 para 850. Em relação aos pontos de ônibus, a publicidade poderá ser explorada nos cerca de 7 mil abrigos existentes e outros 16 mil que vão ser instalados. Ao total serão cerca de 24 mil locais. (Destak Jornal)

Mercedes-Benz bate recorde de vendas

No mês de maio, a Mercedes-Benz vendeu ao mercado brasileiro 1.785 chassis de ônibus, o maior volume mensal desde que a empresa instalou-se no país, há 54 anos. Diante do resultado, a montadora espera fechar o ano com outro recorde, de 36 mil unidades vendidas, 16% a mais do que em 2010. A alta de maio foi puxada pela demanda paulista. O Estado respondeu por 700 chassis no mês, contra 400 no mesmo período do ano passado. “Com o aumento da tarifa, melhorou a rentabilidade das empresas, que estão renovando a frota”, afirma o vice-presidente de vendas da Mercedes-Benz do Brasil, Joachim Maier. Já no acumulado do ano, a empresa vendeu 7.038 chassis, um pouco abaixo dos 7.200 de janeiro a maio de 2010. Em 2011, a Mercedes sente que o segundo trimestre tem sido mais forte no negócio de ônibus do que o primeiro. “Na Alemanha, nosso segundo maior mercado, nunca vendemos tantos caminhões e ônibus quanto aqui”, diz. (Valor)

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Queda de ônibus deixa 16 feridos no ABC

LINHA 101 Quem mora na Vila Prosperidade só tem uma opção de transporte público: a linha 101, a mesma envolvida no acidente. A estrutura avariada deixa os passageiros ainda mais receosos. “Agora já tem até o buraco feito, é só cair lá - não precisa nem quebrar o concreto”, ironizou o embalador Jorge Miguel, 40, que trabalha no bairro. “Esse viaduto tinha que ficar interditado até arrumarem completamente. Além disso, ele é muito estreito para ter duas mãos de trânsito.” A aposentada Lúcia Guerrielo, 79, também está receosa, mas se agarra na palavra do engenheiro da Prefeitura que garantiu que a estrutura da via não havia sido comprometida. “Estou com medo, acho aquele viaduto perigoso, mas se tivesse algum risco o especialista não teria liberado.” Há quem diga que se sente seguro e que a queda foi uma fatalidade, mas quando o ônibus passa pelo viaduto, não há quem não se estique para ter o melhor ângulo do local de onde o coletivo despencou. Os comentários dentro do ônibus e no ponto inicial da linha, na Rua dos Diamantes, eram a respeito do ocorrido na quinta-feira. Número de vítimas de acidente aumenta para

Foto: G1

O trecho da Rua Felipe Camarão de onde um ônibus despencou sobre a linha férrea na manhã de quinta-feira, em São Caetano, continua isolado porque o trabalho da perícia ainda não foi concluído, segundo a Prefeitura. A administração não tem previsão para início das obras de reparos no local, mas calcula que os serviços sejam autorizados pelos peritos na próxima semana. Enquanto isso, o buraco aberto pelo ônibus em parte da mureta de contenção continua protegido apenas por cavaletes de madeira - o que obriga pedestres a invadirem a via para veículos. A administração informou que os pedestres estão proibidos de transitar ao lado da mureta avariada. Para atravessar a ponte a pé, os moradores deverão utilizar a calçada do lado oposto.

Acidente grave deixou vários feridos em São Caetano do Sul 16 pessoas O número de feridos no acidente entre o ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e o trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos subiu para 16 pessoas. Simone Aparecida Davi Fernandes, 29 anos, grávida de quatro meses, foi socorrida no Hospital da Mulher, em Santo André, após o choque entre os veículos, ocorrido anteontem no trecho entre as estações São Caetano e Utinga da linha 10-Turquesa. Na mesma noite do acidente, a vítima pediu transferência para o Hospital e Maternidade Márcia Braido, em São Caetano, pois faz acompanhamento pré-natal na cidade. Ao chegar ao hospital, foi constatado que não havia riscos para ela e o bebê. “Com a batida, a placenta deslocou, e também se formou um coágulo. Mas ela está se recuperando bem”, disse o o comerciante Eduardo André Fernandes, 34, marido de Simone. O jovem Tiago Augusto de Paula, 24,

que sofreu fratura na coluna lombar, recebeu alta do Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin, também em São Caetano, na tarde de anteontem. Seguem internados no local Gabriela Peralta Belvis, 18, que sofreu trauma de costela e saiu ontem da Unidade de Terapia Intensiva, e Sírio Gonçalves de Souza, 82, que teve leve traumatismo craniano e deverá refazer a ressonância. Gabriela ficaria no hospital mais dois dias, e Souza deveria permanecer pelo menos até ontem. A motorista do coletivo, Lilian Souza Freitas, 30, também deixou a UTI do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André, anteontem à tarde, e foi para o quarto. O quadro dela segue estável. No Hospital Maria Braido, Carolina Pereira Guimarães segue em observação na UTI. Ela recebeu duas bolsas de sangue e suas condições renais seguem em avaliação. (Diário do Grande ABC)

vamos, as pessoas olham curiosas e surpresas”, revela ele. A ideia surgiu quando Toni, ao descer para o litoral do Paraná, durante seu período de férias, percebeu que gastava demais com com-

bustível e pedágios. “Eu tenho dois bugs que também construi e para levá-los ao litoral era muito dispendioso e trabalhoso. Foi aí que pensei: por que não desenvolver um motorhome grande o suficiente para levar os bugs e toda a família de uma vez?”, diz. Encontrar um ônibus que fosse grande o suficiente para servir de garagem para os dois bugs não foi tarefa fácil e exigiu cinco anos de procura. Então, ele começou, enfim, a colocar a mão na massa, ou melhor, na lata. (PR)

Paranaense transforma ônibus em casa de veraneio

Com as ferramentas certas na mão e muitas ideias na cabeça, o empresário e torneiro mecânico Antônio Lopes, o Toni, 51, morador da cidade de Paiçandu (a 14 quilômetros de Maringá), foi dando vida ao seu projeto mais engenhoso: transformar um ônibus em uma casa de veraneio sobre rodas. A viabilização do projeto exigiu um significativo investimento financeiro e vários anos de trabalho. Valeu o esforço, pois o resultado é surpreendente. “Em qualquer lugar que nós

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Poste perfura ônibus e mata 2 em Piracicaba

Queda de poste deixou duas vítimas fatais em Piracicaba sessoria de imprensa da Santa Casa, a vítima deu são e queda da própria altura. Ainda segundo entrada no hospital às 15h43 e morreu horas de- Iara, outras três vítimas foram socorridas pelo pois. O caso era grave e ela estava com trauma- Samu logo após o acidente. Regiane Aparecida tismo craniano. Ferreira, de 22 anos e Zelita de Brito Alonso, de No Boletim de Ocorrência consta que 37 anos, foram levadas para o pronto-socorro ela estava caída na Rua Dona Anésia e informou da Vila Cristina e Lúcia Helena foi encaminhada que estava dentro de um ônibus envolvido em um para o pronto-socorro da Vila Rezende. As três acidente, o que não significa que o óbito tenha vítimas tiveram alta e passam bem. sido em decorrência do acidente. De acordo com A outra vítima fatal, Eli Bernardete a enfermeira da Coordenação de Enfermagem do Antonio Marciano, de 63 anos, foi enterrada na Samu, Iara Varela Sendin, a vítima foi socorrida sexta-feira (10) no Cemitério da Saudade, em na Avenida Armando Sales de Oliveira, esquina Piracicaba. Já Maria foi enterrada no sábado, no com a Rua Regente Feijó, com queixa de convul- Cemitério da Vila Rezende. (EPTV.com)

O maior problema enfrentado por Deidiane Magalhães para se locomover não é a ausência de ônibus adaptados para o transporte de passageiros com dificuldades de locomoção, apesar de, na opinião dela, a quantidade ainda ser insuficiente para atender a demanda. Mas sim, o despreparo dos motoristas para lidar com o equipamento. Ela, que tem uma rotina de saída intensa durante a semana, guarda a experiência de muitas situações constrangedoras pelas quais já passou ao tentar embarcar no transporte público coletivo de Belém. “Os elevadores nunca funcionam e, quando funcionam, os motoristas preferem levar (o passageiro cadeirante) no braço porque dizem que é mais rápido”. Apesar de afirmar que muitos rodoviários se mostram prestativos a ajudar, Deidiane se sente constrangida quando não pode utilizar o equipamento que foi instalado para facilitar a sua locomoção. “O que vejo é muita boa vontade da maioria deles (motoristas), mas a maioria não sabe mexer no elevador”, conta. “Eu enfrento problema em cerca de 80% das vezes

que preciso pegar ônibus e isso prejudica a minha independência”. De acordo com a Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel), de um universo de 1.350 ônibus que circulam na capital paraense, apenas 422 são adaptados com elevadores para deficientes físicos, o que está em desacordo com a Lei de Acessibilidade (Nº 5296/2004) que diz que 100% da frota deve ser adaptada. “Hoje, nós temos 35% da frota de Belém com acessibilidade, porém, pelo projeto de lei federal, até 2014 todos devem estar adaptados”, explica a superintendente da Ctbel, Ellen Margareth. Segundo ela, os cursos de qualificação, que instrui os motoristas para o uso do equipamento, são de responsabilidade das próprias empresas. “O treinamento técnico exclusivo para a acessibilidade é feito na própria empresa no momento em que o ônibus adaptado é adquirido. Todas as empresas que têm ônibus acessíveis em Belém já fizeram o curso”. Apesar disso, o presidente da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência

Foto: EPTV

Um acidente envolvendo um ônibus coletivo e um caminhão que carregava dois postes na carroceria matou na hora uma passageira de 63 anos e deixou outras duas feridas, de 23 e 37 anos, nesta quinta-feira (9), em Piracicaba, a 160 km de São Paulo. Uma segunda morreu depois. O caminhão trafegava pela Avenida Raposo Tavares transportando os dois postes de concreto quando o motorista perdeu o freio durante uma subida. O veículo desceu desgovernado e atingiu a lateral do ônibus, que trafegava por uma via transversal. Com o impacto, um dos postes deslizou da carroceria e invadiu o ônibus. Segundo guardas municipais que estiveram no local, o objeto invadiu uma das janelas laterais, atravessou o interior do coletivo e saiu pela outra janela. Na batida, o ônibus também atingiu um poste de energia elétrica instalado na via. Foi preciso que a CPFL, concessionária responsável pelo abastecimento, desligasse a energia na região para que os bombeiros realizassem o resgate das vítimas. O ônibus transportava apenas as três passageiras, além do motorista, que não se feriu. O motorista do caminhão não se feriu e, segundo a polícia, deve ser indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Segunda morte • Outra passageira que estava no ônibus atingido por um poste, na Avenida Raposo Tavares, em Piracicaba, morreu na noite da última quinta-feira (9). Maria Aparecida Rodrigues de Abreu, 62 anos, foi socorrida pelo Samu e levada para a Santa Casa de Piracicaba, mas não resistiu e morreu. De acordo com a as-

Elevadores em ônibus de Belém não funcionam

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(APPD), Amaurir Silva, afirma que as reclamações sobre o mau uso dos elevadores são constantes. “São poucos os ônibus que utilizam a plataforma adequadamente”, afirma. “Elas não funcionam ou por falta de manutenção ou porque os motoristas não sabem usar”. Segundo ele, 14,15% da população belenense possui algum tipo de deficiência, sendo que, 5% desse universo são portadores de deficiências físicas. Por isso, ele defende que a totalidade dos ônibus possua elevadores e que os mesmos possam ser utilizados. “Falta respeito do Poder Público para com as pessoas portadoras de deficiências. O deficiente, em Belém, acaba sendo conduzido para o interior dos ônibus carregados, sendo que têm equipamentos adequados”. Dentre as desculpas enfrentadas por Deidiane quando tem que pegar ônibus estão, inclusive, a ausência das chaves que acionam o equipamento. “Eles dizem que o elevador amassou e por isso não está funcionando ou afirmam que eles (motoristas) não têm a chave. Dizem que a chave fica na garagem”, lembra. (Diário do Pará)

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Luciano Roncolato Conhecendo o “Ônibus Brasil” em sua essência - Parte 3

Foto: Reprodução

HOBBY & DIVERSÃO

Continuando a comentar sobre o site Ônibus Brasil, a sensação do momento no hobby, nesta edição falarei sobre mais algumas coisas que andei observando nos últimos dias. Reitero que ao menos até o momento estou gostando da organização do site e da moderação, apesar de estar um pouco demorado nas respostas de pedidos porém essa questão já me foi atendida pelo comando do site, informando que o volume de pedidos está muito grande e por isso pode demorar um pouco. Sei muito bem como é isso pois no pico de pedidos no Portal InterBuss eu também acabava demorando para atender tudo, já que dividimos nosso tempo com outras ocupações como estudos, trabalhos externos e outros. Mas voltando a comentar sobre o site em sua essência, não posso deixar de falar algumas coisas que aconteceram nos últimos dias. Certos comentários beiraram o absurdo e o ridículo, expondo colecionadores sérios a uma situação bastante desagradável. Como todos sabem, o site mantém em seus registros os cadastros de importantes pessoas ligadas ao setor de transportes como empresários, gerentes, funcionários, diretores e muito mais. Alguns deles participam ativamente do site e interagem com os colecionadores. Esse é um grande avanço pois é o estreitamento definitivo entre os colecionadores e as empresas, algo inimaginável há alguns anos atrás, quando pessoas chegavam a ser expulsas de portas de garagem, eram hostilizadas nas ruas e até acabavam sofrendo retaliações em casos mais graves. Na semana passada o colecionador Rodrigo Padilha Rodriges, de Bauru, esteve presente nas garagens das empresas Leads e Garcia, na cidade de São Paulo, a convite da empresa, para conhecer as instalações e fazer fotos de alguns veículos que apresentavam novas pinturas como um Paradiso G6 1800DD que recebeu o novo layout da Princesa do Ivaí e um Paradiso G6 1200 da Garcia que foi transferido para a Leads. As duas fotos acabaram figurando entre as mais visitadas da semana

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pelo ineditismo das mesmas. Logo choveram comentários, parte elogiando, parte criticando, outros com vergonha de falar alguma coisa e se limitavam ao já batido “bela foto!”. Após o aparecimento de alguns comentários a empresária Andréa Luft, que está há algum tempo cadastrada no site e tem interagido muito com os colecionadores, apareceu para responder a algumas dúvidas ali postadas, muitas delas até pertinentes e curiosas. O problema começou algumas horas depois, quando algumas perguntas no mínimo infames começaram a ser feitas. De uma delas não me esqueço pois foi tão sem nexo que gravei para registrar aqui. O colecionador teve a capacidade de perguntar se a Viação Garcia ia se desfazer de um determinado modelo de ônibus pois ele queria viajar nele no final do ano. Seria o mesmo que eu chegar em um supermercado e pedir para o caixa guardar pra mim um pacote de bolacha pois terei dinheiro para comprar ele só no final do mês. Será que mesmo após anos e anos de fotos feitas, matérias especiais em revistas e jornais, eventos, divulgações, etc, as pessoas não sabem como funciona uma empresa de ônibus? Chego a pensar que algumas pessoas gostam de ônibus apenas por gostar, por ser uma moda do momento, pois não é possível que perguntas desse nível sejam feitas, ainda mais para uma empresária do setor que tem várias ocupações administrativas e dispende um tempo precioso para interagir com os colecionadores, e ainda tem que ler perguntas como essa. É no mínimo absurdo. Fazendo um pente-fino pelos comentários, ao menos 80% deles são dispensáveis. Até eu faço um mea-culpa aqui já que faço comentários sem nexo várias vezes aos dias e até chego a usar fotos como chats, batendo papo sobre diversos assuntos que quase nunca correspondem à foto comentada, mas há alguns colecionadores que sinceramente nem sei porque comentam. Dou os parabéns aos que usam os comentários como instrumento tira-dúvidas, peguntando sobre linhas, modelos, estrutu-

ras, empresas e tudo que seja relacionado à foto ou à empresa objeto da foto. Aí sim está sendo cumprido o objetivo da área de comentário, que é falar algo útil. Enquanto isso, outros usam o espaço para divulgar suas próprias galerias colocando o link delas, ou fazem um comentário qualquer como o tradicional “bonita foto” só para justificar a colocação do link de sua galeria logo abaixo. Outra coisa que tem acontecido é o uso de terminologias por pessoas que sequer sabem o seu significado. Em 2006, durante uma viagem à Londrina, optei por voltar de leito-cama da Viação Garcia para São Paulo. O carro da viagem foi um dos Panorâmicos DD que hoje é doubleservice. Logo depois embarquei num Paradiso GV1800 DD da Ouro Verde na linha São Paulo X Americana e desembarquei em Campinas. Ao tomar conhecimento do fato, o meu amigo Rafael Cuesta disse que eu era rico, pois havia pego dois DDs em sequência. A partir daí, os meus amigos mais próximos começaram a usar a terminologia “rico” para designar viagens longas ou em carros mais sofisticados / serviços diferenciados, mas apenas entre nós. Com a ampliação do leque de amizades, essa terminologia passou a ser usada com mais frequência e por mais pessoas. Quando abri minha conta no Ônibus Brasil, vi vários comentários falando “rico”, “foto de rico”, etc, e em maioria de pessoas que nunca ouvi falar. Ou seja, as pessoas estavam usando a terminologia sem ao menos saber porquê, falavam porque outros falavam. Há várias outras terminologias usadas lá como “chato” e “manim” que também começaram a ser usadas por outras pessoas em outras regiões e hoje lá muita gente usa sem ao menos saber por que. A impressão que dá é que a busca pela popularidade é tão grande que algumas pessoas fazem o uso de termos, emitem opiniões e publicam determinadas fotos apenas para ficarem em evidência ou chamarem a atenção. Algumas pessoas devem usar certas terminologias para se “inserirem” em certas panelas e dessa forma ganharem popularidade. A dúvida que ainda não sanei é: pra que? Qual o motivo leva uma pessoa a fazer certas coisas para ficar “popular”? Não seria mais fácil para a pessoa criar uma reputação boa diante de todos apenas com o seu trabalho, fazendo fotos boas e interessantes, comentando de forma adulta e séria e ganhando a confiança dos demais? Será que dessa forma é mais complicado? Isso que tento entender. Na próxima coluna fecharei esse assunto resumindo mais algumas coisas que encontrei no site. Aproveito o espaço para informar que a partir da edição Nº 51 a minha coluna passará a ser semanal. Nessa mesma edição teremos uma entrevista especial com uma pessoa usuária do Ônibus Brasil muito conhecida e simpática. Aguardem!

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REVISTA

InterBuss

Adriano Minervino



TEMPORAL

VENTO TOMBA ÔNIBUS

Vendaval na região de Campinas na semana passada tombou um carro da Ouro Verde

Felipe Pereira Um ciclone extra-tropical que atingiu o Estado de São Paulo e a região de Campinas na terça-feira (07) causou muitos estragos e atrasos na operação dos ônibus das cidades. O caso mais grave foi o tombamento de um ônibus da Auto Viação Ouro Verde. Quatro pessoas ficaram feridas, mas sem

gravidade. O coletivo, de prefixo OV-748 (Busscar Urbanuss MBB OF-1721), que fazia a linha 638TRO (Jardim João Paulo II / Campinas) tombou com a força do vento na Estrada Virgínia Viel, que dá acesso à cidade de Sumaré, por volta das 18h30. O incidente aconteceu no sentido Anhanguera. O motorista e mais três passageiros ficaram feridos,

sem gravidade. Eles chegaram a ser levados a um Pronto Socorro, mas como o centro de saúde estava sem energia devido ao temporal, foram transferidos para outros hospitais com geradores. Já o veículo ficou bastante danificado. Vários vidros quebrados, incluindo o parabrisa, parachoque destruído, porta dianteira completamente danificada. Não há previsão de retorno à operação normal.

MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas

Abril/2009 • Amigos reunidos no Mercado Municipal de Porto Alegre - Da esquerda para direita: Renan Alves, Tiago de Grande, Luciano Roncolato, Osmar Cordeiro. À frente, da esquerda para a direita: Sérgio Carvalho, André Corrales e Wilson Yamatumi

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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Adamo Bazani ANTT quer todos os ônibus de fretamento e turismo interestaduais acessíveis em 90 dias NOSSO TRANSPORTE

Foto: Adamo Bazani

A Federação das empresas deste serviço de São Paulo contesta obrigatoriedade e diz que o prazo é curto e não há demanda para adaptação total da frota

Ônibus de Fretamento terão de possuir equipamentos de acessibilidade e espaços para cão guia, além de outros atendimentos a pessoas com mobilidade reduzida, para serviços interestaduais e internacionais. A ANTT quer que toda a frota seja acessível em 90 dias. A Fresp, que representa as empresas de fretamento de São Paulo, reclama das regas que, segundo a entidade, devem elevar os custos das empresas. O tempo para adaptação dos ônibus também é alvo de queixas da Fresp. A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT quer que em aproximadamente 90 dias toda a frota de ônibus para turismo e fretamento que realiza viagens interestaduais e internacionais seja adaptada para portadores de necessidades especiais, com cadeira de transbordo ou rampa e espaço para cadeira de rodas e acompanhamentos ou equipamentos necessários. Atualmente são poucos os ônibus de fretamento que disponibilizam recursos de acessibilidade. A Agência já até divulgou uma minuta de Resolução sobre o tema. Além de cadeira de transbordo e rampa entre o degrau mais baixo e a plataforma, a ANTT estabeleceu que as viagens devem ser feitas com um profissional da empresa qualificado a atender pessoas com os diversos tipos de limitação, divulgar em local de fácil visualização, em pontos, paradas, terminais, nos ônibus e sites a informação do direito ao atendimento prioritário, as páginas na internet destas empresas também devem ter dispositivos acessíveis, e os equipamentos de uso pessoal que o deficiente porte, mesmo que excedam o peso, não serão considerados bagagens.

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Também não devem ser cobradas taxas ou elevações nas tarifas. Se caso o equipamento do portador de necessidade especial ultrapassar o peso ou o tamanho limites, a empresa deve ser informada em pelo menos 24 horas antes da realização dos embarques. Os ônibus de fretamento terão de possui um espaço para cão guia que acompanhem deficientes visuais. Os ônibus devem ser equipados não só para quem possui mobilidade reduzida, mas para quem tem limitações auditivas e visuais. Por isso, para cada um deste público devem ser colocados dispositivos de acesso e comunicação com sinais sonoros e visuais. Se houver pontos de parada na viagem, estes devem ser acessíveis também e informados por áudio (locução) ou de forma visual (texto ou símbolo). Além de espaço para cadeira de rodas e cão guia, os ônibus de fretamento e turismo terão de contar com dois assentos reservados a pessoas com mobilidade reduzida, idosos, gestantes ou obesos, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Antes de três horas de embarque,

o passageiro com necessidade especial deve informar à empresa transportadora algum cuidado além do previsto que necessite, como uso de remédios, bombas de ar, etc. O embarque dos passageiros com necessidade especial deve ser feito antes da entrada dos outros passageiros, já na hora de sair do ônibus, a situação se inverte e o cliente com limitações deve ser auxiliado a desembarcar quando todos já tiverem saído do ônibus. Já nos casos de quem depende de cão guia, o procedimento é ao contrário. Com embarque por último e desembarque do passageiro com limitação visual antes dos outros. A Fresp – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo – diz que o prazo de 90 dias para adequação dos veículos é pequeno e que, pela pouca demanda de pessoas nestas condições, não é necessário adaptar todos os ônibus. No entanto, não se sabe se a demanda é baixa por inexistir um número considerável de passageiros com deficiência para o setor de fretamento ou se as pessoas portadoras de necessidades especiais são desestimuladas a usarem estes ônibus justamente por falta de acessibilidade. Para a Fresp, as normas de acessibilidade que são aplicadas em ônibus urbanos ou rodoviários de linhas regulares não podem ser as mesmas para os ônibus de fretamento, porque o serviço não é público, mas estabelecido por contrato. Na hora da realização do contrato, segundo a Fresp, é que deve ser informado se há passageiro com necessidade especial ou não. Se não houver, não haveria, para Fresp motivo para ônibus acessível. Sendo assim, ainda segundo a Federação, não é preciso que toda a frota seja adaptada. A Federação quer que seja realizado um levantamento do percentual de passageiros com necessidades especiais que usam fretamento. No entanto, não considerou a possibilidade de pessoas que deixam de usar os serviços de fretamento por conta da falta de acessibilidade. Além das próprias adaptações nos ônibus, a Fresp considerada que o acompanhamento de um profissional das empresas para atenderem aos portadores de deficiência, aumentaria os custos das viações. Até o dia 16 de junho, a ANTT aceita sugestões sobre o tema. O telefone é: 0800 61 0 300 Uma das preocupações das empresas de fretamento é com a idade da frota. Muitos ônibus não são acessíveis por serem velhos e as adaptações neles se tornam cada mais difíceis e mais caras.

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William Gimenes Vila Velha e Vitória

COLUNISTAS

Fotos: Luciano Roncolato

Novo layout do sistema Transcol, onde os ônibus de todas as linhas usam essa pintura

Nesta semana completam-se cinco anos da primeira vez que pisei em Vitória e em suas cidades vizinhas para conhecer o sistema de transporte por ônibus de lá. Estive pela última vez no local em junho de 2010 e vou, na coluna desta semana, abordar um pouco as características do ótimo sistema da Região Metropolitana de Vitória. Tenho muitas boas lembranças dos roteiros nas cidades e nos terminais. Quando eu fui pelas primeiras vezes ao ES, em 2006, o sistema Transcol, gerenciado pela Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV) Pintura do sistema municipal de Vitória

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contava com 6 terminais apenas: o Dom Bosco, no Centro de Vitória; o Vila Velha, no Centro daquela cidade; o Íbes, em uma região periférica de Vila Velha; o Campo Grande, na beira da BR-262 em Cariacica; o Laranjeiras, no populoso bairro homônimo da mesma cidade; e o de Carapina, na cidade de Serra. A frota das linhas troncais era de cor amarela e havia vários veículos antigos, mas muito bem conservados, como os Alvoradas B58 Articulados de 1989, os Vitórias B58 Articulados de 1990, além de vários Padron Cidade e Torinos G4 com chassis pesados. Já havia alguns carros com ar, como os Viales O-500U adesivados com a palavra AR, além de muitos articulados novos como os Urbanuss Pluss. O sistema era e continua sendo muito bem organizado, apesar de superlotado em alguns períodos. Paralelamente ao sistema da Transcol, havia o sistema municipal de Vitória, operado na época pela Paratodos e pela Tabuazeiro. Rodavam muitos Padron Cidade e Torinos G6, além de alguns micros, sendo que os primeiros chegaram a passar pela cidade de São Paulo, na Paratodos daqui. A característica principal do sistema municipal de Vitória é, por não ser um transporte integrado a mais nenhum modal, a de ter quase sempre ônibus vazios, exceto nas linhas para os morros da capital capixaba, onde a Transcol não chega. A única linha do municipal de Vitória que carregava (e ainda carrega bem) é a seletiva da Rodoviária ao Jardim Camburi, passando por todos os principais pontos comerciais e turísticos da capital. Em 2006 os Viales O-500U da linha eram totalmente envelopados, o que me fez dar à época o apelido de “Viales da Claro” (e depois “Viale da Gazeta”) para eles. Fiquei 4 anos sem ir a Grande Vitória, voltando em 2010. A Transcol já contava com mais 4 terminais: Jacaraípe, em Serra; Itaparica, na Rodovia do Sol em Vila Velha; São Torquato, na mesma cidade; e Jardim América, em Cariacica. O bagunçado Terminal Dom Bosco foi desativado e virou uma rua comum. Muitos dos carros antigos já haviam saído, os mais antigos eram os Viales O-500U e os Urbanuss Pluss Articulados no sistema troncal e os GLS Bus OF-1620 de 1996 no sistema alimentador. A superlotação aumentou, mas a organização e limpeza impecável dos ônibus e dos terminais além do cumprimento horário das partidas também. Uma nova pintura, bem mais chamativa que os velhos amarelão e azulão foi criada. A Transcol também ganhou o seu sistema seletivo, com pintura e tarifa diferenciada, sem integração e com 14 linhas. O siste-

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A cor azul predominante identificava as linhas alimentadoras no Transcol

A cor amarela predominante identificava as linhas troncais no Transcol ma municipal de Vitória continua com os ônibus vazios, com mais micros nas linhas para os morros e com a Grande Vitória no lugar da Paratodos, além da saída de todos os Padron Cidade e de muitos Torinos G6. O seletivo continua, com os mesmos Viales de outrora, mas sem a adesivagem. São 57 linhas municipais existentes atualmente (em 2006 eram 48). Também há o sistema municipal de Vila Velha, operado pela San Remo com mais de 30 linhas, ainda com embarque

pela traseira e muitos Urbanuss OF-1620. A característica principal deste sistema é a de passar em ruas e bairros onde o Transcol não vai. Para finalizar, recomendo a todos que visitem Vitória e suas cidades próximas! Tem bastante atrativos turísticos, as praias são ótimas, e para quem gosta de ônibus é um prato cheio: dá para fotografar sem nenhum problema nos terminais e dá para conhecer todos, com um bom planejamento, em menos de dez horas.

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José Euvilásio Sales Bezerra Alterações Operacionais

CIRCULANDO

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

O ônibus parou no 1 e a passageira saiu correndo até lá. Mas uma linha que gerou muitas reclamações de usuários foi a 502J/10 Estação Autódromo, da VIM – Viação Metropolitana. Todos os carros que vi, durante o tempo que fiquei no ponto, pararam no Ponto 1. Para um deles, fiz menção de que estava parando no ponto errado. O motorista parou e me disse que foi orientado de que o Ponto 2 só começaria a funcionar a partir do dia 6 de junho. Ora, por que então a SPTrans colocou 4 de junho nos cartazes? Será que para os ônibus da Tupi e da Via Sul – esta última estava parando nos pontos em que foram distribuídas as suas linhas – a data era diferente dos da VIM? Não cheguei a ver cartazes nos carros da VIM mas, se as datas eram diferentes, isso só confundiu mais ainda os usuários. Hoje certamente os usuários já estão adaptados aos seus respectivos pontos. Mas cabe à gerenciadora do sistema de Transporte da cidade de São Paulo, a SPTrans, a orientar melhor as empresas a instruírem seus operadores quando da ocorrência desse tipo de alteração. O usuário que procura se informar das alterações tem de ser premiado por isso. E não ser castigado por simplesmente acreditar no que lê nos informativos fixados nos ônibus. ASTERISCOS

Ônibus da linha 875M parado no ponto 1: passageiro, saído do ponto 2, corre para não perdê-lo De tempos em tempos, são ne- sou a se chamar Prof. Aprígio Gonzaga, ou cessárias alterações operacionais, seja em simplesmente Ponto 1. O novo ponto se chalinhas, terminais ou mesmo pontos de ônibus. ma Estação São Judas do Metrô, ou ponto 2. Essas alterações visam adaptá-las às novas ne- Nesse cartaz, informava que a partir do dia 04 cessidades da população, de forma a tornar o de junho, sábado, a divisão seria implemensistema de transporte mais ágil, dinâmico e tada. No entanto, no dia seguinte, dia 05 de eficiente. junho, ainda havia muita confusão na região. Uma alternativa interessante, e que Da parte dos usuários é até normal. O probestá sendo cada vez mais utilizada na cidade lema é quando a confusão vem da parte dos de São Paulo, é o desmembramento de pon- operadores. tos de ônibus. A idéia é simples: onde havia Cheguei por volta das dez da manhã um ponto, que atendia várias linhas, passou a no “Ponto 2”. Detalhe que a discriminação ter dois, cada qual atendendo um conjunto de “Ponto 2” estava só na placa, abaixo da cobelinhas. É uma idéia interessante, já que agiliza rtura do ponto. Não havia nenhuma placa exo atendimento dos passageiros, dobrando a terna, visível ao operador, indicando isso. O capacidade de atendimento dos pontos, assim que se seguiu a isso foram sucessivas paradas como a diminuição das filas de espera e do de linhas que deveriam parar no “Ponto 2”, no consequente desembarque irregular. A idéia, “Ponto 1” – que era o ponto onde paravam, apesar de simples, se não for comunicada aos antes do desmembramento. Uma confusão. operadores, pode causar grandes transtornos Uma garota, usuária da linha 875M Aeroporà população. to, da Tupi Transportes, me perguntou se os Um exemplo ocorreu na semana ônibus da linha paravam ali. Eu respondi que passada. A SPTrans colocou anúncios em sim, mas a alertei que tinha ônibus parando vários ônibus das linhas que passam em fr- no Ponto 1. De todo o modo, recomendei que ente ao ponto da estação São Judas do Metrô, ficasse no 2, já que vi também ônibus parando informando que este seria desmembrado em nele. Até porque, se o ônibus parar no 1, daria dois: o antigo ponto da estação São Judas pas- tempo pra correr até ele. E não deu outra...

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* Antes de ir para o ponto 2, no Metrô São Judas, fui recarregar meu Bilhete Único dentro da estação. Chegando lá, surpresa: o posto de recarga estava sem sistema. E ainda querem retirar os cobradores dos ônibus. Lamentável. * Ainda sobre a recarga do Bilhete Único: os postos de recarga das estações de Metrô não aceitam cartões de débito. Um problema que a prefeitura precisa corrigir. Uma máquina de débito nesses postos pode estimular o usuário a fazer uma recarga maior já que, hoje em dia, não é todo mundo que gosta de andar com muito dinheiro. E uma recarga maior faz com que o usuário volte com menos frequência ao posto, de modo a enfrentar menos filas. * Sobre os informativos de alterações operacionais. Nos informativos, a SPTrans coloca: “mais informações: www.sptrans.com.br”. No entanto, muitas alterações não constam no site da empresa. Um deles é justamente sobre o desmembramento de pontos. Outros, como a extinção da 5126/10 Metrô Conceição – Correio e sua substituição pela 9203/10 Metrô Conceição – Metrô Brás, também não foram colocados no site. Para facilitar a vida dos usuários estas informações deveriam também estar presentes – e com destaque – no site da gerenciadora.

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Marisa Vanessa N. Cruz Um breve relato sobre os oito anos de existência da ETCSBC Fotos: Tiago de Grande

VIAGENS & MEMÓRIA

Ônibus da SBCTrans: atual operadora em São Bernardo do Campo

Em janeiro de 1989, o então prefeito de São Bernardo do Campo, Maurício Soares (na época pelo PT), assim que tomou posse, encontrou um verdadeiro caos no transporte público. A Auto Viação São Bernardo tinha transferido ilegalmente sua concessão para a Viação Riacho Grande. A Expresso São Bernardo e a Expresso Rudge Ramos operavam com 20% de carros abaixo do limite permitido e a Viação Santo Ignácio estava abandonando o serviço. Além da frota estagnada em 184 ônibus que não crescia desde 1981, a superlotação e a falta de acompanhamento do crescimento do município (cujos ônibus não chegavam aos pontos mais afastados da periferia), naquela época não haviam novas licitações para entrar novas empresas. O único jeito, para o prefeito, seria a municipalização de todo o sistema urbano da cidade. Mesmo as viações Cacique, Alpina

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e Trans-Bus operando com excelente frota e excelente serviço, o então prefeito expulsou essas empresas mesmo assim, após passaram cerca de um ano e meio do início da estatização. Ou seja, o prefeito conseguiu ter sua frota 100% municipalizada mas não queria outras excelentes empresas citadas em circulação, alegando acúmulo de lucros para riqueza dos empresários. Em dezembro de 1989 eu cheguei a ver, pela primeira vez, um ônibus totalmente pintado de vermelho da ETCSBC. Não haviam inscrições de nome da empresa no ônibus, eu só vi escrito ‘81’ em detalhe minúsculo feita com rapidez em uma lateral do ônibus (que seria o segundo ônibus que pertenceu a Santo Ignácio pintado de vermelho). Após alguns meses, começaram para valer as pinturas vermelhas. Até os quatro Vitórias eu não sei de qual empresa vieram, receberam seus prefixos entre 076 e

079. Não demoraram muito, mas em 1990, todos os 139 ônibus da frota tiveram seus ônibus pintados de vermelho. Em 5 de setembro de 1991, chegaram os 120 ônibus prometidos como acréscimo de frota, passando a circular com 259 ônibus. Um dia antes, os 50 ônibus fizeram ‘carreata’ nas principais ruas do centro de São Bernardo do Campo. Segundo o prefeito, haverá qualidade, pontualidade e limpeza. Mas, e outros motoristas? A frota municipal da Trans-bus foi transferida para ampliar a linha intermunicipal São Caetano-Paulicéia para Diadema. Já a frota da Viação Alpina foi transferida para fazer parte das linhas municipais de Diadema, e a frota da Cacique eu não tenho ideia para onde foi, mas talvez seus funcionários foram transferidos para a ETCSBC. Depois, os primeiros 15 veículos mais velhos foram subsituídos pelos O-365 usados, talvez ex-Tânia. Mas entre 1992 e 1993, víamos um monte de Bela Vistas e Gabrielas parados em frente ao Paço Municipal com pneus furados (em protesto para substituir a frota antiga), e pelo visto sua frota mais velha não está dando conta para muitas manutenções preventivas. Após o fim do mandato de Maurício Soares, entrou Walter Demarchi, do PTB. Mandou pintar todos os seus ônibus, substituindo a pintura vermelha pelo verde e branco, inclusive os Bela Vistas. Mas apesar da troca de mandato, o pensamento perante a empresa acaba não sendo o mesmo, e em 1995 surge uma denúncia de superfaturamento da empresa, fazendo a empresa pública perder seu controle e diminuir seu faturamento. A partir daí, suas 18 linhas deficitárias passarem seu controle a empresas particulares, como a ABC e a Riacho Grande. Essas duas empresas foram aprovadas em uma licitação, concluída em 1996, trazendo frota nova para ambos. Em 1998, veio o Consórcio SBCTrans (das mesmas duas empresas citadas) e aumentou ainda mais sua frota de veículos novos, eliminando toda a frota da ETCSBC, e seus ônibus mais novos da frota pública como os Mafersas foram passados para o consórcio. Na minha opinião, não adianta estatizar toda a empresa pois não garante que futuros mandatos dos prefeitos possam ter a mesma atenção e cuidado que o primeiro prefeito fez. Em Diadema, após sucessivas administrações, não teve mais jeito – está quase concluída sua privatização, e em Barueri tínhamos uma empresa estatal, a CMTB, que foi privatizada para a Benfica em 2002, pois o custo para renovar cerca de 30 Vitórias anos 1990 a 1992 para a prefeitura eram altos.

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