Revista InterBuss - Edição 45 - 22/05/2011

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ANO 1 Nº 45 22/05/2011

S O A G L E U D V I A D D I P L S A / S U U A T Q N I E M P E D M S A E C C I E D S ÍN NTO A S DF EM XEQU E D

Polícia Civil apreende dezenas de ônibus do sistema de transporte público da capital federal; veículos estariam circulando sem autorização. Até os validadores foram retirados

HOBBY E DIVERSÃO: CONHECENDO O SITE “ÔNIBUS BRASIL”, A SENSAÇÃO DO MOMENTO, EM SUA ESSÊNCIA


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CONTEÚDOINFORMAÇÃO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

VOTUPORANGA APRESENTA FROTA NOVA E BAIXA TARIFA

Foto: Divulgação

Renovação • Página 15

Fotos da capa: Luciano Roncolato e Jair Fernando Setty Silva Edição número 45 • Domingo, 22 de Maio de 2011 • Concluída às 16h49 (23/05) • Esta edição tem 24 páginas

EDITORIAL • A tolerância a “perueiros” .................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 MATÉRIA DA SEMANA • EMTU/SP divulga IQTs ........ 9 PÔSTER • Márcio Douglas Ribeiro Venino .................... 12 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 14 RENOVAÇÃO • Votuporanga apresenta nova frota ..... 15 COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 16 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 18

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COLUNISTAS • Fábio Takahashi Tanniguchi ............... 20

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COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 22

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MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 18 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 19


EDITORIAL

Os desmandos de cidades que toleram “perueiros” Na década de 90 começou a surgir no Brasil uma nova categoria na área de transporte coletivo, que são os chamados “perueiros”. Eles começaram a aparecer principalmente na segunda metade da última década do século passado, invadindo médias e grandes cidades, operando linhas regulares com veículos caindo aos pedaços, sempre em muito mau estado, conduzindo com lotação acima da capacidade e em alta velocidade, cortando a frente dos ônibus regulares e frequentemente envolvendo-se em acidentes. Muitas empresas de ônibus regulares, que pagam seus impostos corretamente, acabaram não aguentando a concorrência e fecharam as portas, já que os desmandos dos governos municipais e estaduais eram enormes. Muitas cidades baniram essa categora de suas ruas com blitzes, decretos e apreensões de veículos. Nunca mais voltaram. Mesmo assim, algumas cidades ainda toleram esse tipo de transporte, dizendo que dessa forma eles forçam uma melhora automática dos serviços do transporte coletivo regular. REVISTA

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

Isso é um absurdo, pois cabe ao poder público exigir as melhorias no transporte regular e banir o transporte feito pelos perueiros, que é clandestino. Há casos em que motoristas perueiros sequer têm CNH. Há também uma exigência legal para os motoristas de transporte coletivo, onde cursos de especialização em transporte de passageiros são necessários, o que esses perueiros não fazem. Algumas cidades regularizaram esses perueiros porém a qualidade no serviço permanece baixa. Temos grandes exemplos nas cidades de São Paulo e de Campinas, onde os perueiros operam sem cumprir tabela horária, motoristas conduzindo sem uniforme, cobradores trabalhando de qualquer jeito e veículos mal conservados. As cidades precisam tomar conta de seus munícipes e, por consequência, do transporte coletivo pois vidas são transportadas diariamente em diversos sentidos, e nada mais certo que esse serviço seja regular, seguro e responsável, o que perueiros não sabem fazer, pois pensam apenas nos lucros das passagens. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Sugestão e Caprioli Estou indignado com vocês por que vocês não responderam a minha pergunta sobre fazer matérias sobre ônibus que não existe mais, ou pelo menos arrumar alguma foto de ônibus antigos como: Expresso Aliança, Expresso São João e Expresso Mirante. Gostaria de dizer também que ví a reportagem sobre a Caprioli e acho uma pena que não mais vou ver esses ônibus, acho eles muito bonitos, principalmente os da Marcopolo G6. André Oliveira Mogi Guaçu/SP Nota da redação: Agradecemos o contato André! Primeiramente pedimos desculpas pela demora na resposta de sua primeira mensagem. Estamos com um grande acúmulo de e-mails de diversos assuntos no revista@ portalinterbuss.com.br e provavelmente o seu contato acabou passando sem ser respondido. Estamos preparando grandes novidades para daqui a algumas edições e uma delas envolve fotos e empresas antigas. Aguarde mais um pouco e com certeza você se surpreenderá com nosso novo conteúdo! Quanto ao fim da Viação Caprioli realmente é algo bastante triste, pois é uma empresa com 83 anos de tradição em nossa região, porém o nome acabou não entrando na negociação. É uma pena, mas esperamos que os serviços das linhas rodoviárias melhore um pouco, o que a Caprioli vinha deixando de lado já há algum tempo, priorizando o fretamento e o turismo. Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 15 A 21/05/2011

Licitação do transporte de São José do Rio Preto tem dia decisivo Três empresas disputam o segundo lote; o primeiro teve a Circular Santa Luzia como vencedora

Foto: Luciano Roncolato

O futuro do transporte coletivo em Rio Preto para os próximos dez anos será decidido nesta segunda-feira (23). A prefeitura abre as propostas do lote 2 da licitação dos ônibus. O lote 1, com 35 linhas, teve a Circular Santa Luzia, que atualmente explora 95% do transporte, como vencedora. O primeiro lote abriga 62% das linhas da nova concessão, incluindo a zona norte e bairros da zona sul da cidade. Três empresas estão na disputa desta segunda-feira (23): Expresso Itamarati, Viação Sorriso, de Curitiba, e Piracema, de Piracicaba. Ganha a concorrência a empresa que der o maior lance para explorar as linhas. A proposta mínima estimada pela prefeitura para o segundo lote da concorrência é de R$ 2 milhões. O primeiro lote tinha proposta mínima estimada em R$ 3 milhões. A Circular ofereceu R$ 7,1 milhões para ficar com o lote. Depois que a licitação for encerrada, as empresas vão ter 120 dias para implantar o novo modelo de transporte. As empresas podem pedir prorrogação do prazo de adequação. A concessão poderá ser prorrogada por mais dez anos. Todos os 241 veículos utilizados na nova concessão terão de instalar câmeras e ainda ter controle de localização por satélite. A Secretaria de Trânsito vai fiscalizar o serviço e poderá verificar atrasos nas linhas de transporte.

Atual operadora na cidade, a Circular Santa Luzia continuará operando, agora no lote 1 Mais barato A nova concessão vai reduzir o valor da tarifa de transporte coletivo. Atualmente, a tarifa custa R$ 2,30. O valor fixado na concorrência para início da concessão é de R$ 2,10. A tarifa, porém, poderá ser rejustada anualmente. Para reduzir o valor da tarifa, a prefeitura vai subsidiar o transporte coletivo. Para o ano que vem a estimativa é de injetar R$ 12 milhões nas empresas.

15km/h O Sindicato dos Motoristas de Rio Preto vai realizar protesto na quarta-feira para aumento salarial dos motoristas. O presidente do sindicato, Daniel Caldeira, afirma que uma assembleia vai discutir a possibilidade de um protesto diferente. A ideia é que os motoristas dirijam os veículos a 15 km/h “contra a lentidão” para o aumento salarial. “Esperamos uma proposta da Circular, que até agora não aconteceu”, disse o sindicalista. (Rede Bom Dia)

Motoristas de SP desistem de greve Trabalhadores das empresas de ônibus urbanos de São Paulo não farão greve. Essa foi a decisão tomada em assembleia realizada na última quarta-feira, às 16h, entre os trabalhadores e donos das empresas. Segundo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, foi feito um acordo e as reivindicações foram atendidas. Desde março, a categoria pede a correção salarial da inflação entre maio de 2010 e abril deste ano, conforme índice do

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Dieese, o que equivale a um aumento de aproximadamente 7,3%. Além disso, exige um aumento real de 5%, mais participação de resultados do período e aumento do valor do vale refeição. Também era pleiteada a equiparação de salários de mecânicos, eletricistas e pintores, com o maior salário, dos funileiros. O sindicato também defende a criação de nomenclatura especifica para determinadas funções como borracheiro e fibreiro. Esses trabalhadores não têm piso

salarial estabelecido. Paralisação Na terça-feira passada (17), as atividades foram suspensas em cerca de 32 garagens de ônibus em São Paulo, ou seja, os ônibus recolhidos com falhas mecânicas ou após o último horário de pico não voltaram a circular durante o resto do dia. Com isso, cerca de 1,5 milhão de passageiros foram afetados. A paralisação só terminou na madrugada seguinte. (IG - Último Segundo)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Foto: Maicon Igor Barbosa

Usuários de ônibus em Mauá desconhecem integração

Viação Cidade de Mauá, uma das duas operadoras do transporte em Mauá/SP Passageiros das linhas de ônibus mu- concordou que falta exposição. “Se soubesse disnicipais de Mauá ainda desconhecem a pos- so, não viria do Oratório para o Centro só para sibilidade de transferência gratuita por meio fazer baldeação sem gastar mais. Além disso, do cartão DaHora. Nesta semana, a Prefeitura não sei quantas linhas posso pegar e em quanto iniciou a integração tarifária com o tíquete tempo preciso fazer a integração”, acrescentou. No Centro de Mauá, a equipe do eletrônico fora das dependências do terminal central, nos moldes do Bilhete Único, usado Diário do Grande ABC constatou que poucas na Capital. Até então, a baldeação só podia ser pessoas têm o novo cartão, implantado há seis feita no interior da estação. O tempo para o em- meses. Na saída do terminal, mais de 20 pasbarque em outra linha sem custo adicional é de sageiros foram abordados pela equipe, sendo que apenas três declararam ter o novo modelo uma hora. A falta de divulgação da novidade fez do bilhete eletrônico. Em fevereiro, as emprecom que os usuários do sistema continuassem sas que operam os dois lotes do transporte púse dirigindo ao terminal para fazer a baldeação. blico no município deixaram de aceitar o antigo Caso do promotor de vendas Elton Souza dos cartão. A primeira a aceitar o DaHora foi a LebSantos, 21 anos, que demoraria meia hora a me- lon, que assumiu o serviço em outubro já adapnos para se deslocar de casa até o trabalho sem tada para o sistema. O secretário municipal de Mobilidade passar pelo Centro. “Não estou sabendo desta mudança. Para mim seria bom, mas eu não vi Urbana, Renato Moreira dos Santos, foi procunada avisado em nenhum lugar. Ninguém está rado, mas não atendeu à equipe para detalhar o sabendo”, afirmou o morador do bairro Nova funcionamento do cartão. A Prefeitura também não divulgou quantos tíquetes já foram emitiMauá. O ajudante geral Ricardo Gomes, 24, dos. (Diário do Grande ABC)

Transporte de Criciúma tem 24 novos ônibus em circulação Criciúma amanheceu com uma novidade em seu transporte coletivo. Entrou em operação neste domingo a nova frota de ônibus apresentada recentemente pela ACTU, fruto de investimento conjunto das empresas que exploram o setor. São 24 coletivos entre os amarelinhos, que fazem a união entre os três terminais, e os brancos, que conduzem os passageiros para os bairros. No interior dos veículos, é possível visualizar as diferenças antecipadas. Entre

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elas, no setor de embarque e desembarque nos terminais passaram a ser disponibilizadas duas portas, em vez das três que antes existiam. Os ônibus ganharam também espaço específico para os cadeirantes, próximo à porta traseira. Câmeras de vigilância são visíveis no teto, tanto no fundo do ônibus quanto na altura dos cobradores, próximo à catraca. A ventilação melhorou, com mais janelas abertas. (Engeplus.com)

Recife oferece canal para reclamação sobre transporte Queimas de parada, descumprimentos do quadro de horário, freadas bruscas. Essas são algumas das queixas frequentes feitas por quem utiliza os ônibus do transporte público na Região Metropolitana do Recife. Para quem quiser denunciar, o Grande Recife Consórcio de Transporte disponibiliza serviços para atender as reclamações. Melhoria e piora no serviço dividem opiniões entre os usuários. Uma enfermeira de 53 anos, que não quis se identificar, conta que a maioria dos motoristas dos ônibus que dão acesso ao bairro onde mora, Ouro Preto, em Olinda, na Região Metropolitana, não respeitam os usuários. “Tenho problema no joelho. Quando entro no ônibus, eles logo aceleram e isso me machuca”, conta. Ela já chegou a cair dentro do veículo e ligou para a empresa para denunciar. “Além disso, os motoristas ironizam quando a gente diz que vai reclamar ao órgão competente”, afirma. Já para o aposentado José Antônio dos Santos, 65, o atendimento tem melhorado. “Antes, ele nem paravam quando um idoso pedia parada. Agora estão respeitando mais”, diz. As reclamações podem ser feitas por meio de três instâncias: ouvidoria, na página do Grande Recife Consórcio de Transporte, na central de atendimento (0800.081.0158) ou nos postos instalados nos terminais de Santa Rita e Macaxeira, no Recife, Rio doce, em Olinda, Cabo de Santo Agostinho e Pelópidas silveira, em Paulista, que funcionam das 7h às 19h. O usuário pode procurar, ainda, a sede do Grande Recife. (NE10)

Dono da Viação Reginas morre aos 75 no RJ

Morreu na manhã da última quintafeira, em sua residência, na Ilha do Governador, o empresário Odilon Pereira Teixeira, fundador da empresa “Reginas”, cujos veículos atendem a diversos bairros de Duque de Caxias e fazem ligação de Magé e São João de Meriti com bairros do Rio de Janeiro, inclusive o bairro da Cacuia, na Ilha do Governador. O empresário faleceu aos 75 anos e sofria de uma doença em fase terminal. O corpo foi velado no plenário da Câmara de Duque de Caixas e o sepultamento ocorreu na sextafeira. O empresário começou no ramo como motorista de um ônibus comprado por seu pai, dono da Viação Periquitos, uma as primeiras empresas do ramo em Duque de Caxias nos anos 50 do século passado. (Caxias Digital)

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Viação Pirajuçara lacra bagageiros de ônibus seletivos e irrita usuários

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Foto: G1

Os passageiros que utilizam a linha S-412, que liga a cidade de Embu, na Grande São Paulo, ao Terminal Rodoviário Tietê, na Zona Norte da capital, devem ficar atentos com a quantidade de malas e sacolas que levam. Isso porque a Viação Pirajuçara proibiu o embarque de passageiros com bagagens de grande porte e lacrou os bagageiros situados na parte inferior dos veículos. Os motoristas foram orientados a deixar embarcar apenas quem tiver levando pouco volume, que caiba nos compartimentos dentro dos coletivos. A linha intermunicipal, que tem tarifa de R$ 5,70, passa por vias importantes, como as ruas Teodoro Sampaio e da Consolação e a Avenida Eliseu de Almeida, antes de chegar a Embu. Ela se tornou uma alternativa para passageiros que moram longe do Tietê e que não podem recorrer a um táxi, que cobra cerca de R$ 150 para fazer o percurso até a cidade durante o dia e fora dos horários de pico. À noite, entre 20h e 6h, o valor cobrado sobe para, aproximadamente, R$ 170. Outra possibilidade é recorrer aos perueiros. Quem não teve tempo de se adaptar à medida, porém, foi pego de surpresa. A doutoranda em economia Cristina Reis, de 30 anos, que já usou a linha várias vezes, foi surpreendida pela medida quando tentava pegar o ônibus, na sexta-feira (13), com uma mala grande. “Estava com uma mala de uns 30 kg. Para conseguir voltar para casa, eu invadi o ônibus com mala e tudo. Mas cortou o coração ver um casal com crianças e pessoas de idade sem poder embarcar, porque eles precisavam pegar dois ônibus e um trem”, diz. Na terça-feira (17), a equipe de reportagem do site G1 acompanhou o embarque e desembarque de passageiros no ponto que fica no sentido bairro da Avenida Cruzeiro do Sul, na Zona Norte. O vendedor Eliandro Pereira da Silva, de 38 anos, que chegava da Paraíba, também foi pego de surpresa pela determinação da empresa. Ele trazia várias embalagens com redes e mantas para vender em São Paulo e teve dificuldades para chegar a Taboão da Serra. “Eu entendo que não queiram levar a minha bagagem, mas uma mala eles teriam que levar. Como alguém vai viajar sem levar mala?” Ele acabou pegando um ônibus de outra viação para Itapecerica da Serra. “Demorou demais. O bagageiro era bem pequeno, mas eu ainda consegui levar a minha bagagem.”

Passageiros estão encontrando dificuldades para carregar grandes volumes nos ônibus A doméstica Leni Rosa dos Santos, de 43 anos, e o filho dela, Gerson Ferreira dos Santos, de 26, tiveram muita dificuldade para pegar no Campo Limpo, na Zona Sul, o ônibus para o terminal Tietê, onde planejavam embarcar para a Bahia. “O primeiro motorista não nos deixou embarcar. Quando o outro coletivo passou, eu falei para o motorista: ‘Eu vou entrar porque eu vou embarcar às 10h e não posso perder o ônibus’. Essa proibição é um absurdo”, afirma. Eles colocaram as bagagens no corredor do coletivo, o que também é proibido pela viação. Os passageiros têm reclamado muito da nova determinação e as discussões com os funcionários da empresa. “Domingo eu quase apanhei. A ordem que recebemos é desligar o motor do ônibus e aguardar o passageiro descer”, diz um motorista que pediu para não identificado. Atrasos O coordenador de operações da Viação Pirajuçara, Rogério Dardengo, afirma que a linha intermunicipal é considerada uma linha seletiva e que não conta com serviço de transporte de bagagens. A empresa estima que cerca de 90% dos passageiros uti-

lizem a linha para ir ao trabalho. “O fluxo de passa-geiros com grandes volumes aumentou muito, o que estava atrasando muito a linha”, diz Dardengo. Segundo o coordenador, alguns passageiros queriam transportar mercadorias ou volumes muito grandes, o que motivou a decisão. A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que gerencia e fiscaliza o sistema de transporte intermunicipal em São Paulo, Campinas e Baixada Santista, informa que o transporte de bagagens em linhas seletivas é regulamentado pelo decreto 24.675/86. “O artigo 55 inciso 4 letra G, estabelece que: ‘permitir o transporte de volume que cause transtorno à movimentação dos passageiros e desconforto a qualquer deles’ é irregularidade passível de autuação”, afirma a EMTU, em nota. Opcional A instalação de bagageiros ou locais adequados para o transporte de volumes é opcional, esclarece a empresa que fiscaliza o sistema. “A legislação não regulamenta ou obriga essa instalação. Cabe à operadora, a partir da demanda de seus usuários, ofertar ou não o serviço.” (G1)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Ônibus em Bauru não passará de R$ 2,43

Ônibus urbano em Bauru: novo valor de tarifa continua em discussão o pagamento diferenciado da tarifa - quem paga • R$ 2,25 - É a proposta da Emdurb para a tarifa com cartão, paga mais barato. O impasse é que, no cartão – que, atualmente, é de R$ 2,10 com a instalação das catracas eletrônicas, a fun- • R$ 2,43 - É a proposta para a tarifa em dinção dos cobradores foi praticamente extinta. heiro – que, atualmente, é de R$ 2,25 Além da óbvia demissão de funcionários, nem • R$ 1,69 - É a proposta para a tarifa escolar – todos os passageiros utilizam os cartões – assim, que, hoje, custa R$ 1,58 motoristas assumem a dupla função. A admi- • R$ 0,60 - Deverá ser o novo valor da tarifa nistração alega que o intuito é diminuir o fluxo comum integrada – a tarifa escolar integrada de dinheiro nos ônibus e aumentar a segurança. ficaria em R$ 0,45 (Bom Dia Bauru)

Um dia antes de comemorar o Dia das Mães, sábado, (7/5), os moradores do Engenho Velho se reuniram na Sab´s (Associação Amigos do Bairro) para a apresentação do projeto de implantação do Terminal de Ônibus Engenho Velho em Embu das Artes/SP. A reunião foi conduzida pelo secretário adjunto de Gabinete Clóvis Cabral, e teve a participação do secretário de Trânsito e Transportes, Francisco Carlos Pereira, e do representante da Viação Pirajuçara, Luis Brito. A obra é uma parceria da prefeitura com a empresa de ônibus e o investimento é de R$ 400 mil. Além

de cobertura, o local terá lanchonete, sanitários e ponto de fiscalização. Hoje, o ponto final do Engenho Velho abriga três linhas com até dez ônibus em horários de pico, com saídas de cinco em cinco minutos. Essas linhas são: Terminal Campo Limpo, Pinheiros e Terminal Rodoviário Tietê. Depois da obra, esse número passará a ser de oito estacionados, sem interferência no viário. A preocupação da prefeitura, bem como da população do bairro, é que a parada de ônibus que fica ao lado da creche, não tem sinalização ou monitoramento. Carros estacionam

Foto: Luciano Roncolato

Em reunião na noite da última quintafeira (19), o Conselho de Usuários do Transporte Coletivo decidiu não decidir, ao menos por enquanto, sobre o aumento da tarifa de ônibus. Pela proposta da Emdurb (Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural), o valor da passagem poderá chegar a R$ 2,43. Os conselheiros alegam que não têm condições de entender os cálculos feito pela Emdurb para justificar o aumento. Para o presidente do conselho, Pedro Valentim, a proposta mais viável seria não opinar sobre o assunto e encaminhar a palavra final para o prefeito. “Se a administração já decidiu, então que assuma. Porque se é a Emdurb que está pedindo, então, o prefeito já sabe”, disse Valentim. “Existe a possibilidade de a gente dizer não e o prefeito dizer sim.” O conselho é apenas consultivo, ou seja: orienta e opina, mas na prática o aumento pode acontecer de qualquer maneira se esta for a vontade da Emdurb. Os conselheiros, no entanto, por 11 votos e uma abstenção, decidiram analisar melhor a planilha da Emdurb. Na quarta-feira, haverá uma reunião extraordinária com técnicos da Emdurb. O conselho quer que estes técnicos expliquem os cálculos feitos pela empresa. Segundo Valentim, tudo está caminhado para que o conselho seja contra o aumento. Também entrou em pauta na reunião

Foto: E-Band

Embu das Artes terá terminal integrado

onde ônibus deveriam parar e as crianças ficam sem nenhuma segurança ao sair da creche, mesmo acompanhadas de seus responsáveis. A implantação do terminal atende a reivindicações antigas dos moradores. “Recebemos essa resposta com muita alegria. Isso é sinal de que nossas exigências são ouvidas pelo prefeito de Embu das Artes”, disse José Carlos Gomes, morador do bairro há 41 anos e expresidente da Associação de Bairro. A obra tem previsão de entrega em 90 dias e seu início está programado ainda para este mês. (Jornal na Net)

Biarticulado é queimado em protesto em S. Paulo

Manifestantes atearam fogo, na noite da última sexta-feira, em ônibus e móveis na avenida Jacu Pêssego, na zona leste de São Paulo. De acordo com a Polícia Militar, cerca de cem pessoas participaram da ação. O Corpo de Bombeiros foi chamado para atender a ocorrência e as chamas foram apagadas. O protesto aconteceu por volta das 22h no sentido Ayrton Senna da via. O tráfego chegou a ser bloqueado, mas os participantes se dispersaram e ninguém foi preso. Não há informações sobre as causas da manifestação. (E-Band)

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MATÉRIA DA SEMANA

EMTU/SP DIVULGA ÍNDICES DE QUALIDADE

Índices referem-se à Campinas e Baixada Santista; novas promessas foram feitas

Ônibus metropolitanos no terminal de Campinas: a região recebeu novas promessas e implantação do Bilhete Único Metropolitano está em pauta

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MATÉRIA DA SEMANA Felipe Pereira A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que administra as linhas metropolitanas de três regiões do Estado de São Paulo divulgou nesta semana o ranking do Índice de Qualidade do Transporte (IQT), que avalia toda a operação das linhas metropolitanas nas regiões de Campinas e Baixada Santista. As informações da Região Metropolitana de São Paulo serão divulgadas ainda esta semana, de acordo com a empresa. Para chegar ao índice, quatro itens são avaliados: índice da qualidade da satisfação do cliente (IQC), índice da qualidade da frota (IQF), índice de qualidade operacional das linhas (IQO) e índice de qualidade econômicofinanceira (IQE). Cada um dos itens tem um peso distinto na composição do índice final. Os de maior peso (0,30) são o IQC e IQO, que refletem diretamente na operação do dia a dia. Já o IQF tem peso 0,25, e o IQE, 0,10. A medição começou a ser feita em 1996, e aperfeiçoado em 2001 só para a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Em 2006 o projeto foi estendido para Campinas (RMC) e Baixada Santista (RMBS). “Com esta ferramenta de gestão, a EMTU/SP tem a oportunidade de prestar contas à sociedade, por meio de indicadores, e providenciar ações para melhorar o serviço”, afirma o presidente da Empresa, Joaquim Lopes. Os índices referentes à Região Metropolitana de São Paulo, que concentra a maior parte das linhas, ônibus e permissionárias, vão ser divulgados ainda nesta semana. A Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM) aproveitou a divulgação do IQT em Campinas e anunciou a realização da Pesquisa Origem/ Destino na RMC. O estudo é feito para definir as políticas de transporte baseando-se no padrão de deslocamento e dos pólos de atração e produção de viagens. O último levantamento foi realizado em 2003, e os resultados desta nova pesquisa serão divulgados no primeiro trimestre do ano que vem. O estudo vem a calhar, já que a própria STM lançou no Diário Oficial do Estado de São Paulo a licitação que vai escolher as novas permissionárias do transporte metropolitano da RMC, algo semelhante já realizado na RMSP. Resultados da Região Metropolitana da Baixada Santista A primeira região a ter os índices divulgados foi a Baixada Santista. Lá, cinco empresas operam 60 linhas, que transportam quase 5,2 milhões de usuários por mês nos 500 ônibus da frota. A principal reclamação dos usuários foi sobre os intervalos das linhas (27%), seguida pela lotação de veículos e valores das tarifas, ambas empatadas com 5,9% das queixas. “A Baixada Santista tem problemas sérios como a disputa do espaço viário com os automóveis. Vem sofrendo com a crescente motorização do

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Melhores IQFs da Baixada Santista: Intersul, Viação Bertioga e Breda sistema em consequência dos longos financiamentos. Precisamos ser criativos para melhorar o transporte metropolitano. Criar serviços expressos e semiexpressos, repensar a tecnologia utilizada para a operação das linhas”, explicou Lopes. Três empresas receberam a pontuação máxima no IQF: Intersul, Breda e Viação Bertioga. Toda a frota destas empresas passou com louvor nas inspeções de manutenção e seguran-

ça feitos pela EMTU. Resultados da Região Metropolitana de Campinas Ao todo, 10 empresas transportam 4,5 milhões de usuários com 600 ônibus em 167 linhas. Apesar da melhora dos índices de operação, o presidente da EMTU considerou que o transporte na região tem muito a melhorar,

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Presidente da EMTU fala sobre o Bilhete Único e o Corredor Metropolitano Joaquim Lopes também falou sobre a controversa obra do Corredor Metropolitano (que liga atualmente Campinas a Hortolândia), e deixou transparecer um erro da própria STM com relação aos Terminais Metropolitanos. “Hoje nós temos uma parte da infraestrutura pronta. São três terminais, Campinas, Hortolândia, e uma Estação de Transferência que erroneamente o pessoal chama de terminal, mas não é um terminal (sic)”, disse. Ele não falou a cidade, mas tudo indica que é Americana, que possui um “terminal” motivo de revolta da população, já que complicou a operação das linhas na região. O presidente da EMTU anunciou as obras de ‘consolidação’ do traçado, que vai interligar também as cidades de Nova Odessa, Americana, Santa Bárbara D’Oeste. Ao todo, serão investidos mais R$ 135 milhões, e – teoricamente – as obras começarão em 2013, e serão entregues até o final de 2014. “Ficaram faltando algumas obras no trecho Campinas – Hortolândia, que estão orçadas em R$ 52 milhões, mais esse pedaço do trecho Nova Odessa – Americana – Santa Bárbara

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Fotos: Gabriel Dias, Fabiano Rodrigues, Thiago Bonome e Luciano Roncolato

principalmente na ligação Sumaré – Campinas, operada hoje pela Auto Viação Ouro Verde, cuja frota é considerada uma das piores da região. “Estamos trabalhando na região de Sumaré, que está numa situação muito difícil no que diz respeito ao cumprimento de viagens, qualidade da frota, que é muito ruim, deixando muito a desejar”, pondera Joaquim Lopes. Em compensação, na outra ponta da tabela da qualidade de frota, as empresas que ganharam nota máxima foram a Metrópolis, que opera na região de Jaguariúna, Pedreira e Santo Antônio de Posse, VB Transportes, nas cidades de Paulínia, Cosmópolis, Artur Nogueira e Engenheiro Coelho, e a grande surpresa: pela primeira vez desde o início das medições da EMTU, a Viação Boa Vista. A grande subida da empresa é explicada: a compra pelo Grupo Belarmino no segundo semestre de 2008. Desde então, a idade média da frota, que opera nas cidades de Hortolândia e Monte Mor, caiu para 3 anos. Só para se ter uma idéia, na edição de 2009, ela era a penúltima da lista, perdendo apenas para a coirmã Rosa dos Ventos, unificada com a Boa Vista em meados de 2009. Além do honroso terceiro lugar na qualidade de frota, a Boa Vista teve um aumento de 58,8% na satisfação dos usuários (de 3,96 para 6,29 pontos). Com relação à operação, as duas empresas que ganharam nota máxima foram a Campestre e Jota Jota. O motivo também é conhecido: ambas operam só uma linha cada, com apenas um veículo nas linhas. A Campestre opera a linha Cosmópolis / Holambra (que também teve a nota máxima na satisfação dos usuários), enquanto a Jota Jota opera a ligação entre Santo Antônio de Posse a Holambra, com duas derivações.

Melhores IQFs da Região Metropolitana de Campinas: Metrópolis, Boa Vista e VB [D’Oeste], com R$ 85 milhões”, completou. O presidente da EMTU afirmou que finalmente será feita a racionalização das linhas entre Campinas e Hortolândia. O plano de infraestrutura de terminais terá início em julho. Atualmente, o Terminal Metropolitano de Campinas é totalmente dominado pelas linhas de Hortolândia e Monte Mor, enquanto o Terminal Metropolitano Hortolândia opera com quatro linhas (sendo duas de passagem, para Sumaré). Quando inaugurado, em 8 de setembro de 2008, o Terminal Metropolitano ia reunir as linhas de todas as cidades da região (Valinhos, Vinhedo, Itatiba, Jaguariúna, Holambra, Artur Nogueira, Americana, Cosmópolis, Paulínia, Santo Antônio de Posse, Indaiatuba, Monte Mor, Hortolândia e

Sumaré). O último assunto tratado na apresentação do IQT Campinas foi o Bilhete Único Metropolitano. Isso porque, em 19 de maio, a Câmara Municipal de Campinas, incentivada pelo ex-secretário de transportes da cidade, Gerson Bittencourt, lançou a Frente Parlamentar em Defesa do Bilhete Único da Região Metropolitana de Campinas, com o apoio de vereadores, secretários de transporte, deputados e prefeitos das 19 cidades da RMC. O projeto defende uma integração tarifária semelhante a que existe na Grande São Paulo, através do Bilhete Ônibus Metropolitano (BOM). Para o presidente da EMTU, isso só depende de um acordo entre as empresas para a criação de um sistema de bilhetagem organizado.

Busscar VB Elegance Scania da Viação Caprioli, a última compra de carros novos que a empresa vez antes de ser vendida: marca desaparecerá a partir de agosto 11


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Mรกrcio Douglas Ribeiro Venino



José Euvilásio Sales Bezerra A última viagem

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

CIRCULANDO

Metrô Conceição, sexta, 13 de maio de 2011. Era por volta das oito da noite. Cheguei ao ponto inicial da 5126/10 Metrô Conceição – Correio, linha que fazia suas últimas viagens. Naquele dia, depois da chegada do último carro ao Metrô Conceição, a linha seria definitivamente desativada. No ponto inicial da linha já estava colocada a placa da linha que a substituirá: a 9203/10 Metrô Conceição – Metrô Brás. Esta linha foi criada em 2009, como alternativa às linhas operadas por ônibus fretados, que foram proibidos de entrar no centro expandido da cidade. Desde sua criação, ela cumpria o itinerário Metrô Brás – Berrini, operando somente nos horários de pico. Sua operadora era o Consórcio Unisul, sem uma empresa definida, já que nenhuma delas possuía frota disponível para operá-la em definitivo. Houve épocas, inclusive, que outros Consórcios tiveram de operá-la. Essa operação em conjunto não foge muito a das outras linhas criadas para esse fim, com exceção da 907M/10 Berrini – Metrô Vila Madalena, que deu tão certo que acabou tendo sua operação estendida para o dia inteiro. Com uma operação tão enrolada, alguém teve a ideia de unifica-la à 5126/10 Metrô Conceição – Correio que, por falta de demanda, também não vinha passando por bons momentos. Com isso, surgiu a nova 9203/10 Metrô Conceição – Metrô Brás que, com algumas alterações de itinerário em relação às linhas que a originaram – principalmente da 5126, de quem herda a maior parte do itinerário –, vai cumprir o papel que estas faziam nos últimos anos. Voltando à nossa história, no Metrô Conceição, fiquei um bom tempo esperando o ônibus deixar o ponto final. O fato de haver alguém esperando a linha deixar o ponto

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O ônibus desta viagem e o marco inicial da nova linha: novos tempos... final chamou a atenção do fiscal, que alertou: “O itinerário não mudou ainda”. Agradeci o aviso e continuei aguardando. Nesse tempo, decidia se faria o trajeto inteiro ou se iria até o ponto perto de casa. Ouço o fiscal comentando com o motorista: “O próximo carro está uma hora atrás de você”. Ouvindo isso, desisti. Melhor seguir até perto de casa mesmo. Por volta das 20h15, o ônibus finalmente deixa o ponto final. A minha última viagem na linha começava. Embora não tenha feito muitas viagens nessa linha, tenho boas lembranças das poucas vezes em que andei nela. Na minha infância minha mãe a usava para ir com ela ao centro da cidade. E eu ia junto com ela. Entrava nos Monoblocos O364 azul e vermelho da viação Tânia Trans-

portes, que faziam ponto final junto ao antigo Jumbo Eletro (hoje, Extra Aeroporto). Era a clássica Aeroporto – Largo General Osório, cujo trajeto intermediário praticamente não sofreu tantas alterações quanto seus Terminais Principal e Secundário. O “ciclo de vida” de uma linha de ônibus é o reflexo do crescimento da própria cidade onde ela está. Criada nos moldes atuais em 25 de março de 1978, como 5126/10 Aeroporto – Largo General Osório, a linha chegou a ter mais de trinta carros e uma demanda muito maior do que a de hoje, sendo uma das principais linhas da viação Tânia e da região com destino ao centro velho da cidade. O trajeto é interessante: saia do Jardim Aeroporto, fazia uma volta por dentro do bairro do Campo Belo, cruzava a Avenida dos Bandeirantes, seguia por um pedaço de Moema, chegando à Avenida Santo Amaro e, em seguida, subia a Av. Brigadeiro Luiz Antônio, seguindo pelo centro velho até o Largo General Osório, próximo à antiga Rodoviária. Uma linha cheia de voltas, e que, até pela abrangência de seu itinerário, tinha uma boa renovação de passageiros. Mas o passar do tempo e as mudanças nos conceitos do sistema de transporte da cidade foram minando a linha. Primeiro, a mudança do Terminal Principal para o Metrô Conceição. Depois, veio o Bilhete Único. Com ele, não eram mais necessárias tantas voltas para se chegar a um destino. Com a integração temporal, embora tendo de usar mais ônibus, podia-se fazer o trajeto mais diretamente e em menos tempo. Até julho do ano passado, a linha era operada pela Vip Transportes Urbanos, que a cedeu à VIM – Viação Metropolitana. Em novembro, a VIM a cedeu à Tupi. E a cada mudança de operadora, foi diminuindo o número de carros na linha e os intervalos foram aumentando. Em janeiro a linha mudou seu terminal secundário do Terminal Princesa Isabel para a Praça do Correio na tentativa de diminuir o intervalo e aumentar a demanda sem acrescer carros à frota. Não deu muito certo e a linha voltou a perder carros, aumentando os intervalos para cerca de 40 minutos até que a idéia da unificação surgiu, extinguindo um prefixo tão tradicional. Vinte minutos depois de o ônibus ter deixado o terminal principal, já estava na Av. Lino de Moraes Leme. Do Metrô Conceição até aquele ponto, além de mim, só havia subido mais um passageiro. Isso dá uma idéia do que é a demanda da linha. Desci na própria Lino de Moraes. Em seguida, o veículo parte para cumprir os últimos quilômetros da 5126 nas ruas de Sampa, deixando as ruas para entrar na histórias do transporte paulistano.

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RENOVAÇÃO Fotos: Divulgação Prefeitura de Votuporanga

VOTUPORANGA TEM NOVA FROTA

Nova concessionária do transporte da cidade adquiriu veículos ex-Campinas e tarifa passa a ser subsidiada: custará R$ 1

Felipe Pereira A cidade de Votuporanga, que fica a 537km da capital São Paulo, é mais uma do Estado que tem tarifa de R$ 1 para o transporte coletivo. Começou na semana passada o programa Transporte Cidadão, de responsabilidade da Prefeitura, que subsidia a tarifa em 50% para os usuários cadastrados. Para inaugurar a ‘nova fase’ do transporte coletivo, a empresa permissionária Unitrans trouxe ao menos três veículos com uma pintura diferenciada. O novo sistema utiliza bilhetagem eletrônica, e os cadastrados ganham um cartão – Cartão Transporte Cidadão - que permite o pagamento de apenas R$ 1 na tarifa do transporte coletivo. Quem não é cadastrado continua pagando o valor cheio, de 2 reais. Com isso, Votuporanga entra para a lista de cidades que subsidiam a tarifa do transporte, reduzindo o valor para os usuários. Paulínia e Jaguariúna, na Região Metropolitana de Campinas, também têm tarifa a 1 real. Além da redução no valor da passagem, a Prefeitura prometeu fazer melhorias nas linhas e reformar o terminal que fica na praça da Igreja Matriz. A intenção da administração é fazer com que o passageiro não ande mais que 400 metros para encontrar um ponto ou terminal, e que o tempo de espera pelo coletivo não passe de 30 minutos. “É um subsídio para o cidadão que, com a redução de seus

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gastos para o transporte, terá um aumento no poder de compra e investimento”, afirma o prefeito Junior Marão. Idosos e portadores de deficiência comprovados também terão que fazer o cartão para ter isenção no valor da tarifa. Para inaugurar o novo serviço, a empresa Unitrans teve que cumprir algumas exigências da Prefeitura. Além da instalação dos validadores da bilhetagem eletrônica, a empresa teve que renovar a frota, que tinha média de 12 anos de uso. Com isso, ela trouxe ao menos três Caio Induscar Apache Vip MBB OF-1417 com pintura diferenciada, alusiva ao novo programa. Mas o que chamou atenção é que os carros não são 0km. Eles foram adquiridos da empresa Onicamp Transporte Coletivo,

uma das quatro permissionárias da cidade de Campinas. De acordo com a empresa e a prefeitura, os veículos, ano 2003, foram totalmente reformados e estão em “perfeitas condições de uso”. Os veículos, com capacidade para 36 passageiros sentados, têm duas portas, entrada pela porta dianteira, itinerários eletrônicos, bancos de encosto baixo, e tiveram os pisos trocados e reformados. De acordo com levantamento realizado pela Unitrans, a empresa atende, em média, 38 mil passageiros pagantes e 57 mil isentos, e a expectativa com o programa Transporte Cidadão é que o número chegue a 100 mil usuários num prazo de até dois anos. Os veículos já estão operando.

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William Gimenes As rodoviárias do Vale do Paraíba

COLUNISTAS

A Rodoviária de Pindamonhangaba está a 1 km do Centro e longe da Via Dutra. É bem acanhada e mal-localizada, por isso os passageiros costumam embarcar nos ônibus no ponto principal, no Centro. Lá operam Pássaro Marron, Sampaio e Gardênia. Em Aparecida a Rodoviária está a 2 km do Santuário Nacional e próximo da Basílica Velha. Apesar da distância está bem localizada (pois no meio do caminho há a Feira, um ponto turístico e comercial), mas é bagunçada para uma cidade turística. Operam Pássaro Marron, Cometa, Sampaio, Kaiowa, Itapemirim, Itamarati, Penha e Atual. Em Guaratinguetá a Rodoviária se encontra em reforma, portanto está atualmente com péssima acomodação para os passageiros. Fica quase na saída 65 Via Dutra e a 500m do Centro, muito bem localizada. Operam Pássaro Marron, Sampaio, Andorinha, Cometa, São José e Três Amigos. Os ônibus da Sampaio param na rua lateral. A Rodoviária de Lorena está longe do Centro, da Via Dutra e da Av. Peixoto de Castro, a principal da cidade. É pequena e perigosa, pois está sempre deserta. É mais uma cidade onde os passageiros preferem embarcar no Centro. Operam a Sampaio, a Cometa e a Pássaro Marron.

Em Cachoeira Paulista há a terceira maior rodoviária do Vale do Paraíba, localizada a 3km do Centro e da sede da Canção Nova e perto da saída 36 da Via Dutra, mas ela quase não recebe ônibus e muito menos passageiros, pois a maioria destes embarca na Rodoviária Velha, no Centro. Operam lá a Cometa, Pássaro Marron e Sampaio. Em Cruzeiro a Rodoviária, de estilo antigo e com acomodações ruins, está em um bom local: perto das duas rodovias que cortam a cidade. Lá operam Cometa, Pássaro Marron e Cidade do Aço. A disposição de plataformas lembra a da atual Rodoviária de Belo Horizonte. A Rodoviária de Campos do Jordão é a garagem da Pássaro Marron na “Suíça Brasileira”. Pequena, mal-localizada, mas com boas acomodações. A 1001, a Três Amigos e a empresa dona do local operam na cidade. Em Queluz a pequena rodoviária está perto do km 6 da Via Dutra, onde operam a Sampaio e a Pássaro Marron. Desde 2005 fica parado um Vitória OF-1318 com pintura EMTU por lá. Espero que os leitores da Revista Interbuss tenham gostado bastante desta coluna abrangendo o transporte na importante região do Vale do Paraíba paulista.

Fotos: William Gimenes

Nesta segunda parte da minha coluna semanal sobre o transporte no Vale do Paraíba, vou falar sobre as rodoviárias das principais cidades da região. Em Jacareí a Rodoviária fica no Centro, causando engarrafamentos em determinados horários, sendo pequena para o fluxo da cidade. Em breve o novo terminal será inaugurado próximo à Via Dutra. Operam Sampaio, Pássaro Marron, Litorânea, Breda, Viação Jacareí e Santa Branca. São José dos Campos tem uma rodoviária bem melhor do que muitas capitais brasileiras. Ampla e bem localizada (perto da saída 146 da Via Dutra, a 2km do Centro e a 1km do CenterVale Shopping). 27 empresas operam no local e é administarada pela Socicam. Em Caçapava a Rodoviária fica na entrada da cidade, próximo à saída 127 da Via Dutra, longe do Centro. Pequena, mas adequada ao fluxo local. Operam Pássaro Marron, Sampaio e Cometa. A Rodoviária Nova de Taubaté é a segunda maior do Vale do Paraíba. Mais de quinze empresas operam no local, além de ser a garagem de fretamento da Viação Jacareí. Está próxima à saída 107 da Via Dutra, a 2,3 km do Centro.

Rodoviária de Aparecida

Nova Rodoviária de Cachoeira Paulista

Nova Rodoviária de Taubaté

Rodoviária de Queluz

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Rodoviária de Guaratinguetá

Rodoviária de Cruzeiro

Antiga Rodoviária de Taubaté

Nova Rodoviária de São José dos Campos

Rodoviária de Jacareí

Rodoviária de Lorena

Rodoviária de Pindamonhangaba

Rodoviária de Caçapava

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AS FOTOS DA SEMANA Novidades da semana e outras publicadas no Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1 e 2. Novíssimos Maxibus Lince MBB OF-1722 da Coscob divulgadas pela Maxibus à Revista InterBuss • 3. Svelto da Flecha Branca na pintura padrão de Cachoeiro de Itapemirim, por Márcio Douglas • 4. Torino Scania F230 da Via Loc saindo da Ciferal, por Josenilton Cavalcante da Cruz

MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas 31/01/2010 • O jornalista e colunista da Revista InterBuss, William Gimenes, no Mercado Municipal de São Paulo.

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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Marisa Vanessa N. Cruz A história das placas de duas letras e quatro dígitos para veículos

VIAGENS & MEMÓRIA

Foto: Reprodução

no Distrito Federal esse sistema foi implantado com bastante êxito.

A partir de junho de 1970 (em São Paulo), uma nova mudança obrigou todos os proprietários de veículos automotores a substituírem suas placas para aquelas de duas letras e quatro dígitos. O dígito final correspondia sempre ao dígito do mês, então o primeiro felizardo, o sr. Hélio Polani, dono de um Galaxie ano 67, recebeu a primeira placa AA-0006, substituindo a chapa anterior 1-53-46. O segundo felizardo que recebeu a placa, chamada AA-0016, foi o sr. Marcelo de Assis Pacheco Borba. Na verdade, houve sorteio para as oito primeiras pessoas da fila. Assim que virou o mês de julho, o DET (antigo nome do Detran) sorteou também as placas AA-0007 (em referência a James Bond) e AA-7777. Agosto foi a vez de emplacarem o final 8, em setembro o final 9 e em outubro o final 0. E os meses de novembro e dezembro? Aí o que fizeram: emplacaram os que sobraram dos finais 6, 7, 8, 9 e 0 (já que não existem finais 11 e 12, claro). Voltando a janeiro de 1971, os novos veículos receberam a placa com final 1, e assim sucessivamente até maio, das placas com final 5. E assim terminou a saga das trocas de placas.

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As placas comuns (do padrão de 1970) tinham a cor amarela com letras pretas, assim como a dos ônibus urbanos e rodoviários que tinham a cor vermelha com letras brancas, utilizadas até hoje. Já as placas antigas (anteriores a 1970) tinham cor laranja em vez do amarelo e eram emplacadas em grupos de dois dígitos. Carros emplacados com placa 2-99-99-99 era comum no interior de São Paulo. Nova placa: três letras e quatro dígitos Implantado pela primeira vez no Paraná, em 1990, cuja função é unificar as placas a nível nacional e permanecer com os mesmos códigos da placa ao migrar de uma unidade de federação para outra. Podia transferir um carro emplacado no Paraná para Bahia, por exemplo, mas naquela época era impossível transferir devido a não atualização das novas placas naquele estado e era convidado, dependendo do caso, a voltar com aquelas placas de duas letras. Até 2000 ainda encontravam nos veículos placas antigas, aquelas de duas letras e quatro dígitos, portanto aquele ano era a última chance para substituir as placas, já que em todos os estados brasileiros e

Seqüência das placas de ônibus em São Paulo nos anos 70/80 Os primeiros ônibus emplacados em 1970 na cidade de São Paulo tinham a placa HW. Quando acabaram os HW, vieram os HX, Depois, os HY e os HZ, Depois, HR e HU (não necessariamente na mesma ordem). Depois vieram os YA, YB e YC (talvez teve o YD, mas não deu tempo de emplacá-los devido às novas placas de três letras). Em abril de 1991, com a chegada dos novos Mafersa e O-371 da Viação Transleste II, primeiro por emplacar no mês de abril todos eles receberam o final 4. E as placas do final 4 foram uma das que tiveram menor utilização e também os que receberam menor emplacamento. Daí, ainda estavam emplacando com a seqüência HZ. Teve até placa HZ-9994 – isso dois meses antes dos novos emplacamentos de três letras. Só lembrando que, quando o veículo é transferido de uma cidade para outra, mesmo que seja cidade vizinha, é recebido uma nova placa, com a combinação de letras/números diferente da anterior. Sobre o curta-metragem (postado na edição anterior) Na frase “O curta passou até por Londres, Boston e pelas Ilhas Canárias!!” foi porque o filme também passou por festivais daquelas cidades, e legendado de acordo com o idioma local. E o importante é que o curtametragem passou por três festivais fora do Brasil!! Novamente agradeço (não só eu, como também a Cristina Muller e equipe por ter adorado o editorial da primeira página e o meu texto) e que venham mais artigos visuais de alta qualidade sobre entusiastas de ônibus!!

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Fábio Takahashi Tanniguchi Um pouco sobre os acontecimentos recentes

PARADA DIGITAL Hoje vamos falar de assuntos atuais. Bom, as informações sobre o Windows 8 não são tão novas, mas vale uma notinha nesta coluna. Ponto mais relevante: troca da famosa “tela azul da morte” por uma tela preta. O único comentário que consegui fazer é que as pessoas esperam que essa não seja a única novidade relevante. É preciso muito mais que isso para mostrar real superioridade aos concorrentes (Mac e Linux, em especial o Ubuntu). Falando em Microsoft, o Skype foi comprado pela empresa. Sim, o mesmo Skype que não fornece mais números online de telefone para o usuário brasileiro, graças a um desentendimento da Transit Telecom, que fornecia os números, com a Skype. Uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas o futuro do Skype para os usuários em geral, sim. É um serviço mundial de extrema importância, usando a tecnologia VoIP (Voice over Internet Protocol), garantindo redução de custos para tantas empresas e pessoas que fazem muitas ligações, especialmente ligações internacionais. Com essas baixas tarifas para ligações, inclusive para celular e telefone de outro país, e a gratuidade para chamadas de Skype para Skype, parece ser um passo a frente no mundo das comunicações. Porém, a continuidade desse serviço depende de que haja sempre a mentalidade de buscar melhorar a qualidade sem criar mais burocracia e sem aumentar as tarifas de forma

abusiva. Ou seja, não se pode ter uma mentalidade “Windows”, de achar justo cobrar um preço extremamente abusivo porque acha que é o único que presta. Cabe a Microsoft mostrar que entrou no século XXI. Já em relação ao caso da Transit Telecom, que resolveu simplesmente parar de distribuir os números online do Brasil para o Skype, fica uma enorme decepção. Ela é uma operadora com um comprometimento com seus clientes igual ao das outras operadoras brasileiras. Que pena! Nos últimos dias, surgiram as notícias sobre as falhas de segurança no Android, que poderiam afetar mais de 95% dos usuários. É normal que as pessoas sintam insegurança e os próprios desenvolvedores comecem a desconfiar da consistência do sistema. Porém, não se deve esperar perfeição do Google, pois entrou um tanto quanto recentemente nesse mercado. Ou seja, esse é um momento pelo qual as empresas que fazem sistemas operacionais passam alguma vez em suas vidas. Não há motivos para pânico tão generalizado e tentativas de abandonar o sistema, vender o celular Android ou parar de desenvolver aplicativos para a plataforma. Como estamos falando de Android, fica aqui para quem ainda não sabe a informação de que já estão a venda novos modelos de tablets. A Semp Toshiba acaba de lançar o MyPad, com Android 2.2 (Froyo) e a Motorola trouxe o mais moderno tablet do mercado, o

Xoom, com processador dual core e Android 3.0 (Honeycomb), sendo o primeiro aparelho Android vendido no Brasil com essa versão do sistema. Já a ZTE lançou o V9 Light, com Android 2.1. Ou seja, a concorrência está chegando. E novas opções (e mais baratas) estão chegando para popularizar os tablets. Para os preços do iPad e do iPhone abaixarem, precisamos acreditar na “promessa de chinês” da fábrica da Foxconn em Jundiaí. Não que eu não acredite, mas aposto que será bem menos do que estão esperando. É típico das empresas chinesas exagerar nas promessas e entregar menos que o esperado, prometer e cumprir pela metade, entre outros. Nesta semana mesmo houve uma pequena explosão na linha de produção do iPad 2, resultando na morte de um funcionário (ou seria semi-escravo?). Será mesmo que vamos encontrar o iPad muito mais barato mesmo? Será que os trabalhadores da fábrica de Jundiaí terão seus direitos assegurados, em conformidade com as leis brasileiras? Será que a fábrica terá segurança suficiente para não acontecerem casos como o desta semana? A empolgação por comprar iPads e iPhones mais baratos é enorme. Mas não podemos nos esquecer do mundo real. Vamos ver se o Governo Federal acorda e se levanta para ditar as regras para a instalação da Foxconn, e não deixe isso virar uma bagunça ou território livre para os chineses fazerem o que quiserem.

• Não deixe de baixar o... Mapa HamburgRahlstedt (para City Bus Simulator 2010) Como fui baixar o mapa Romford, tive que instalar este mapa, o Hamburg/Rahlstedt. O mapa é pequeno, inclui apenas uma linha (que vai de um pequeno bairro a um miniterminal), que é curta. Após algum tempo usando o mapa, fica um pouco chato. Além disso, num cruzamento há uma cratera no asfalto que não dá para perceber, e faz o jogo reiniciar ou o ônibus ficar entalado. No sentido terminal, é necessário ir pela contramão nesse cruzamento. Há também a garagem da empresa de ônibus, que é simples. Tem somente uma área aberta e uma pequena construção. Entretanto, dá para se divertir um pouquinho. Link de download: http://www.megaupload.com/?d=EQ8ZJ9SV ou http://www.cluebox.de/CBS_HamburgRahlstedt_1.1.exe

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• Não deixe de baixar o... Mapa Romford 3.0 (para City Bus Simulator 2010) Após uma pesquisa na internet, encontrei este mapa Romford para o City Bus Simulator 2010. Há todo um “ritual” de instalação. É necessário instalar um pacote de texturas e modelos e o mapa Hamburg/Rahlstedt (que tem avaliação abaixo). Muitos podem desistir logo de cara. Porém, o resultado é bom. Com 4 linhas de ônibus, o mapa tem boa extensão e é bem interessante. Não é nem tão rural como o Regiobus Usedom, nem tão urbano e chato como o original (Nova York), e ainda é de graça. Todas as linhas passam ou fazem ponto final na estação de trem de Romford. Ou seja, são alimentadoras. Ainda há a garagem da empresa de ônibus, que tem valeta de manutenção, sala da gerência e portão animado. Vale a pena incrementar o CBS 2010 com este mapa. Abaixo estão os links dos arquivos que devem ser baixados: Mapa Romford 3.0: http://www.megaupload.com/?d=LZV65ZD1 ou http://www.mediafire.com/?6t05yss4n3uwp2b Pacote de texturas e modelos: http://www.tml-studios.com/fileadmin/Bilder.world-ofbusdriver/download/DemomapsAndLibrary.exe Mapa Hamburg-Rahlstedt: http://www.megaupload.com/?d=EQ8ZJ9SV ou http://www.cluebox.de/CBS_HamburgRahlstedt_1.1.exe

• Não deixe de baixar o... Mascarello Gran Via - VW 17.230EOD (para Midtown Madness 2) Lançado o Mascarello Gran Via com chassi Volksbus 17.230EOD para o jogo Midtown Madness 2. O modelo foi criado por EricoBus e convertido por Red Stroke. Alguns detalhes foram

feitos por José Arnaldo. Como o modelo é extremamente pesado, pode não funcionar com alguns mods instalados. No meu caso, mal consegui usar o veículo. Mas não deixa de ser mais um ótimo veículo para o jogo. O download pode ser feito através do link: http://www. mm2br.com/forum/index.php?app=downloads&showfile=1542

Para entrar em contato com Fábio Takahashi Tanniguchi e tirar dúvidas ou sugerir pautas para sua coluna quinzenal, é só enviar uma mensagem para o seu e-mail: fabiott@revista.portalinterbuss.com.br

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Adamo Bazani Licitação de Niterói deve ficar pronta em três semanas

NOSSO TRANSPORTE

Foto: Roberto Marinho

Com atraso de dois anos, o certame deve tirar das ruas metade da frota hoje em circulação, mas deve ampliar a capacidade dos ônibus por conta dos corredores

Ônibus em Niterói, no Rio de Janeiro. Nova licitação e Plano Municipal de Transporte e Trânsito em 02 anos devem reduzir de 600 para 300 o número de ônibus na cidade. Pelo menos 13 linhas serão extintas. Mas para a Prefeitura isso não é má notícia, pois mesmo com estas reduções, a capacidade de atendimento será ampliada pela maior eficiência dos ônibus. O passageiro atualmente não é bem atendido apenas pelo fato de haver bastante ônibus na região onde mora, trabalha ou estuda. Mas quando o sistema é eficiente, possibilitando maior velocidade dos ônibus que podem fazer o mesmo trajeto com menos unidades. Essa é a proposta do verdadeiro BRT – Bus Rapid Transit, um sistema atualizado e moderno de transportes públicos, dentro do orçamento de qualquer cidade e que faz do ônibus, trafegando em corredores exclusivos, com possibilidade de pagamento da passagem antes do embarque e acessibilidade para qualquer passageiro, oferecer o máximo que pode ser extraído destes veículos, que estão cada vez mais modernos. A redução do número de ônibus ao mesmo tempo que o sistema e a capacidade de atendimento são ampliados é um sonho possível pelo BRT em todo o mundo, se tornando realidade em países de diversas condições financeiras e sociais. E com investimentos em BRT, a Prefeitura de Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia que após a realização da licitação dos transportes, que deve ser lançada dentro de três semanas, será possível reduzir de 600 para 300 o número de ônibus em circulação na cidade e aumentar o número de passageiros beneficiados. A licitação, na verdade, já deveria estar pronta. Era previsto que ela saísse do papel em 2009, mas problemas burocráticos, tanto do poder público como das empresas, proporcionaram esse atraso de mais de dois anos. A licitação dos transportes por ônibus

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em Niterói, no Rio de Janeiro, faz parte do Plano Municipal de Transporte e Trânsito, apresentado em 2009 pelo prefeito Jorge Roberto Silveira e pelo arquiteto Jaime Lerner, considerado o idealizador do primeiro sistema de BRT – Bus Rapid Transit do Mundo, em 1974, em Curitiba, que se moderniza com o tempo e é considerado modelo internacional de sistemas de transportes. O BRT – Bus Rapid Transit – custa 10 vezes menos que o Metrô e tem a implantação 5 vezes mais rápida. A capacidade de atendimento do Meto, no entanto, é bem maior. Mas o BRT não fica atrás de outros modais, neste quesito, como monotrinho e VLT. Ele pode custar entre 4 e 5 vezes menos que o Veículo Leve sobre Trilhos e que o monotrilho tem atendimento e velocidade operacional compatível e tem uma vantagem indiscutível: a flexibilidade. Há possibilidade de diversos serviços num mesmo trajeto, secção de linhas e, como as cidades são dinâmicas, com os pólos de demanda (áreas de geração de emprego e renda e adensamento populacional) podendo mudar ao longo do tempo, o BRT foi ser estendido ou ter o trajeto alterado ou mesmo a obra alterada mais facilmente para atender às constantes mudanças de uma sociedade, o que um viaduto de monotrilho ou mesmo um sistema de VLT apresenta maior dificuldade para ser feito. É justamente esse o caso de Niterói. O Plano vislumbrou mudanças em alguns pontos da cidade que interferem no perfil de deslocamento. Essa agilidade e flexibilidade só puderam ser oferecidas pelo BRT. Um corredor de

ônibus bem planejado não destoa do ambiente urbano e pode se integrar a ele e oferecer vantagens como canteiros ajardinados e ciclovias. A racionalização das linhas de ônibus pode ser considerada outra vantagem do sistema de BRT. Na licitação que deve ser lançada em 3 semanas, Niterói prevê extinguir 13 linhas de ônibus ou incorporar parte delas a outras. Além disso, 14 itinerários devem se alterados. Todo este sistema, segundo a Prefeitura de Niterói deve ser colocado em prática dois anos depois da licitação e só será possível pelo BRT. A estimativa é que sejam colocadas em funcionamento 09 linhas de BRT. Elas vão agilizar os deslocamentos por transportes públicos na cidade ao interligarem 5 terminais: o João Goulart, no Centro, e outros quatro previstos em Charitas, Piratininga, Largo da Batalha e Caramujo. O sistema de BRT contará com ônibus articulados, que dispõe de toda a acessibilidade para que embarque e desembarque sejam feitos no mesmo nível do piso da estação e do assoalho do ônibus. O pagamento antes da entrada no veículo, diminui o tempo de parada dos ônibus, já que o acesso pode ser feito por mais de uma porta e não há filas entre a calçada, a porta e a catraca. Os ônibus devem ser automáticos, com gerenciamento eletrônico oferecendo dados operacionais, de segurança e de consumo para motoristas e também para garagens e centros de controle operacional. Só por trafegarem mais rapidamente em via segregada, podendo levar mais pessoas, o gasto de combustível é menor, evitando diesel queimando a toa. Isso já seria um ganho ambiental, mas o BRT de Niterói vai contar com possibilidade de uso de combustível alternativo, como Biodiesel, por exemplo, sem esquecer que o Projeto de ônibus Flex GNV – Diesel vai se estender para além da capital do Rio. Outra vantagem em relação ao meio ambiente é que os ônibus já seguirão o Padrão Euro V, dentro do Proconve - Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, fase 7, o Proconve P 7, que é mais rigoroso em relação à obrigatoriedade de redução de emissão de poluentes, como de óxido de nitrogênio (NOx) e materiais particulados, os grandes vilões do diesel convencional. Mesmo sem todos estes avanços, já é um grande ganho ambiental, só o fato de um ônibus tipo BRT, que leva 150 pessoas, poder tirar 125 carros de passeio das ruas, levando em consideração a média nacional de que um carro transporta 1,2 pessoa por viagem. Em entrevista ao Jornal O Globo, o superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro, Márcio Barbosa, afirmou que as companhias de ônibus se preparam para esta reestruturação dos transportes.

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