Revista InterBuss - Edição 43 - 08/05/2011

R EV I ST A

InterBuss

ANO 1 Nº 43 08/05/2011

O FIM DE 83 ANOS DE HISTÓRIA

Viação Caprioli é vendida e marca sumirá dos ônibus em agosto

Leia também nesta edição: • Homenagem à todas as mães motoristas de ônibus • Princesa do Agreste vai vender passagens da TAM • Marisa: a internet como ferramenta de busca de itinerários

HOJE É SEU DIA, MÃE. PARABÉNS! Luciano Roncolato e sua mãe, Vera

HOMENAGEM DA REVISTA INTERBUSS A TODAS ÀS MÃES! PORTAL

InterBuss

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

NESTA EDIÇÃO

TAM E PRINCESA DO AGRESTE FECHAM PARCERIA

Foto: Clemilton Rodrigues

A Semana em 10 Tempos • Página 7

Parceria será para venda de passagens aéreas nos guichês da Princesa do Agreste nas rodoviárias

Foto da capa:David Alessandro

Edição número 43 • Domingo, 8 de Maio de 2011 • Concluída às 18h02 • Esta edição tem 28 páginas

EDITORIAL • Mães motoristas de ônibus ..................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 9 MATÉRIA DA SEMANA • O fim da Caprioli .............. 10 PÔSTER • Adriano Minervino ....................................... 14 COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 16 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 17 DIA DAS MÃES • Mamãe motorista da Itamarati ...... 18 COLUNISTAS • Fábio Takahashi Tanniguchi ............... 21 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 22 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 23 DIÁRIO DE BORDO • Campinas X Florianópolis ....... 24 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 26

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EDITORIAL

As mães motoristas de ônibus do nosso Brasil

Saindo um pouco do nosso foco, que tem sido o transporte coletivo no Brasil e seus problemas, vamos falar sobre o dia de hoje, que é o dia das mães.

Muitas mulheres estão ingressando no mercado do transporte no Brasil, sobretudo como motoristas, e tem conquistado o público de forma surpreendente. É comum ainda as pessoas estranharem ao verem uma mulher no volante de um ônibus. Ainda há certa resistência de algumas empresas em colocar mulheres para conduzirem ônibus rodoviários, mas entre os urbanos o crescimento é um fato.

Boa parte das mulheres condutoras são mães e sabem dividir bem a atenção ao trabalho e à família, como podemos ver em uma belíssima entrevista feita pela equipe da APBus Noroeste com a motorista Simoni, do Expresso Itamarati em São José do Rio Preto/SP. A profissão em si é bastante desgastante e requer muita atenção, pois dezenas de vidas são transportadas a cada viagem, e justamente por isso a dedicação é sempre muito importante.

A resistência de algumas empresas de ônibus em manterem mulheres como condutoras de veículos em linhas rodoviárias talvez venha da exigência

REVISTA

InterBuss

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que cai em cima desses profissionais.

Como é de conhecimento público, diversas viações forçam motoristas a trabalharem por longas horas a fio, sem descanso adequado, e provavelmente não querem submeter mães de família a esse ritmo de trabalho, ou então acreditam que elas não seriam capazes de enfrentarem longas horas de trabalho, o que é uma visão primitiva, já que o certo de uma empresa é manter uma escala de trabalho decente, com horas reguladas e descanso prévio.

O crescimento do ingresso de mulheres no mercado de transporte é um fato positivo, pois mostra que o setor deixou de ser machista, como era até há pouco tempo. Na Viação Cometa mesmo, tido como uma empresa predominantemente masculina em seu quadro de motoristas, haviam algumas mulheres que faziam certos trajetos, como presenciamos várias vezes condutoras de Flechas Azuis em linhas como Campinas X São Paulo.

Aproveitamos esse espaço para desejar um feliz dia das mães à todas essas mulheres guerreiras do nosso Brasil, que estão na luta diariamente pela manutenção de sua família e pela qualidade de vida de seus filhos!

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Do Leitor Artigo sobre hobby

Luciano, gostei do teu artigo sobre a prepotência dos “Engenheiros de Plantão”. (...) Parabéns pelo trabalho.

Ricardo Gomes - Revista do Ônibus Rio de Janeiro/RJ

Nota da redação: Agradecemos o contato Ricardo! A coluna tem sido a mais comentada nas últimas semanas e esperamos estar atingindo o objetivo, que é conscientizar os hobbystas sobre algumas atitudes que podem prejudicar a todos. Um abraço!

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A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 01 A 07/05/2011

São Paulo terá city tour oficial com DDs, ao custo de R$ 40,00 Sistema será licitado este ano; hoje capital paulista conta com serviço explorado apenas por agências

Revista InterBuss

Foto: Luciano Roncolato

A região da Luz, no centro de São Paulo, será a primeira de nove paradas do roteiro criado pela São Paulo Turismo (SPTuris) para atender turistas na capital e paulistanos que queiram conhecer melhor a cidade. O serviço de city tour, hoje explorado apenas por agências de turismo, está previsto para começar a funcionar diariamente em janeiro, das 9h às 18h, ao custo de R$ 40 por pessoa.

O passeio será feito em ônibus panorâmicos de dois andares, conhecidos como double decker. O serviço é comum em várias cidades do País, da América do Sul e da Europa (veja ao lado). Durante o trajeto, um guia de turismo bilíngue vai explicar as características arquitetônicas das construções e a importância histórica de cada uma delas e das regiões onde estão situadas.

A liberdade para definir o tempo dedicado a cada uma das atrações escolhidas é a principal característica do serviço. O ingresso do passeio terá validade de um dia e dará direito de embarque e desembarque em todos os locais definidos no roteiro. Assim, o turista poderá, por exemplo, descer no Pátio do Colégio e aproveitar para fazer outros passeios nas proximidades. Depois, bastará entrar no próximo ônibus e escolher outra atração.

As paradas do passeio vão seguir a ordem Luz, Mercado Municipal, República, Estádio do Pacaembu, Avenida Paulista, Ibirapuera, bairro da Liberdade, Pátio do Colégio e Teatro Municipal. “É um roteiro tradicional, muito procurado por quem vem de fora e vive na cidade. Em cada uma das paradas, o turista tem diversas opções de passeio. São Paulo demorou para ter um city tour. Tem tudo para dar certo”, afirma Maria José Giaretta, turismóloga e professora da PUC-SP.

Projeto. A diretora de Turismo e Entretenimento da SPTuris, Luciane Leite, afirma que o projeto é discutido há dois anos.

“Não adotamos ainda, porque precisávamos preparar São Paulo para o turismo”, afirma.

Segundo ela, os pontos turísticos foram escolhidos para atender às necessidades da maioria dos visitantes.

Ônibus Viale DD que faz o city tour em Campo Grande/MS: serviço sempre muito utilizado

A previsão é de que sete ônibus operem a linha turística. O intervalo entre eles será de uma hora. O percurso dos ônibus ainda não foi definido, mas deverá durar cerca de 3 horas e 20 minutos e a velocidade média será de 15 km/h.

“O itinerário está sendo estudado em conjunto com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transporte (SPTrans). Queremos montar o melhor trajeto levando em consideração o trânsito da cidade e a questão de fiação”, explica Luciane.

Os turistas aprovam. Pelo menos uma vez por mês, o advogado mineiro Irineu Vieira Bueno Júnior, de 29 anos, desembarca em São Paulo a trabalho. Conhece pouco a cidade e algumas vezes tentou se programar para visitar alguns pontos turísticos. “Um city tour como esse me interessaria muito.

Acho um preço justo para conhecer a cidade mais a fundo e São Paulo tem muitos museus e parques que merecem ser visitados. Já fiz passeios como esse em Barcelona”, conta.

Um dos locais que ele diz ter vontade de conhecer é o Museu da Língua Portuguesa.

Operação. Em 60 dias, a São Paulo Turismo deve publicar no Diário Oficial da Cidade o edital para escolha da empresa que vai operar o city tour oficial da cidade. Nele, estarão todas as regras de funcionamento do serviço, além de itinerário e especificações dos ônibus, que deverão ser novos e garantir a acessibilidade para portadores de deficiências.

LÁ TEM...

Londres

São três roteiros, com passagem a 23 euros. Trajetos duram em média duas horas, se o turista não parar em nenhum dos pontos.

Paris

O Les Car Rouges tem nove paradas, com áudio em várias línguas. O passeio dura cerca de duas horas. A passagem custa 26 euros e vale por dois dias.

Curitiba

O roteiro tem 45 km e 24 pontos de parada, mas o turista pode escolher apenas quatro. A passagem custa R$ 25. (Estadão)

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Foto: NewsComex

A SEMANA EM 10 TEMPOS

Santo André/SP Sacoleiros trocam ônibus receberá mais por aviões em Foz do Iguaçu 11 novos ônibus

As linhas de ônibus municipais de Santo André receberão 11 veículos nos próximos meses. A expectativa da Prefeitura é de que os carros comecem a circular em até 120 dias.

As compras foram efetuadas pelas empresas Consórcio União Santo André e Expresso Guarará. Os ônibus serão distribuídos entre as linhas TR 101, TR 103, I 05, I 06, B 47, B 19, I 03, S 36, B 63 e I 04. Um veículo ficará em reserva técnica para casos de emergência.

A administração informa que os veículos - entre os quais três articulados - são adaptados para receber portadores de deficiência física e visual. A Prefeitura não informou quanto foi investido. Atualmente, 398 ônibus circulam pelas 48 linhas do município.

A idade média da frota é de aproximadamente três anos. (Diário do Grande ABC)

Aeroporto de Foz do Iguaçu: mais de R$ 800 mil em apreensões de mercadorias só em 2011

Desde o início do ano a Receita Federal apreendeu, no Aeroporto de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, mais R$ 800 mil em mercadorias compradas no Paraguai. A causa deste alto valor em apreensões está na opção dos sacoleiros viajarem do avião ao invés de ônibus - por causa do preço da passagem aérea - e na desinformação de turistas que não declaram os produtos adquiridos no país vizinho.

O aeroporto de Foz do Iguaçu é

um dos mais movimentados do sul do país.

Por dia, em torno de 4.500 pessoas circulam pelo terminal e muitas levam, na bagagem, produtos comprados em Ciudad Del Este.

Toda mercadoria comprada no Paraguai tem que ser declarada na entrada do Brasil, mesmo que esteja dentro da cota de US$ 300. Apenas passageiros que desembarcam de voos internacionais têm um limite maior, de US$ 500. (G1)

Os universitários terão direito a meia passagem nos ônibus municipais do Rio de Janeiro. O projeto lei que aprova o benefício foi sancionado nesta quinta-feira (5) pelo prefeito Eduardo Paes, no Palácio da Cidade, em Botafogo, zona sul. O desconto será válido a bolsistas do Programa Universidade Para Todos, o ProUni e alunos cotistas.

Cada estudante poderá usar o desconto duas vezes por dia, sem contar sábados, domingos e feriados. O benefício não poderá ser transferido a terceiros ou comercializado. Quem não utilizar o limite o limite ficará impedido de repassar o saldo para os meses seguintes.

As instituições de educação superior devem ser reconhecidas e autorizadas pelo Ministério da Educação. A condição de estu-

dante será comprovada mediante apresentação de documento de matrícula e da Carteira de Identidade Estudantil, emitida pela União Nacional dos Estudantes (UNE) ou pela União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEERJ).

Caso alguma empresa descumpra a lei será penalizada com uma multa de R$1.100, que poderá dobrar em caso de reincidência. O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal do Rio na noite do último dia 23 de março.

A lei foi uma promessa de Eduardo Paes durante campanha eleitoral para a prefeitura do Rio em 2008. Ele chegou a assinar um termo de compromisso para a implantação da meia-passagem com representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes). (R7)

Estudantes universitários terão direito a meia passagem no Rio

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MP investiga alta de tarifa em Porto Alegre

O Ministério Público atendeu a solicitação feita pelos vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, ambos do PSOL, e instaurou na Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor, o Inquérito Civil nº 155/2011 para apurar a legalidade do reajuste do transporte público coletivo de Porto Alegre. A tarifa dos ônibus na capital passou de R$ 2,45 para R$ 2,70, em março, aumento superior a 10%, quase o dobro da inflação registrada no período.

O pedido de ação civil pública foi entregue, no dia 20 de abril, ao Procurador-Geral da Justiça do Ministério Público, Eduardo Veiga.

Tendo como fundamento jurídico a descoberta feita pelo próprio Ministério Público e Ministério Público de Contas de que não existe licitação há mais de 20 anos para o transporte coletivo em Porto Alegre. O que, para os vereadores do PSOL, significa que todas as empresas de ônibus da capital estão operando de forma ilegal e não tinham legitimidade para pleitear e conseguir o aumento tarifário.

Através da Ação Civil, Pedro Ruas e Fernanda pretendem que o valor da tarifa de ônibus volte para R$2,45 e das lotações para R$3,65, praticados até fevereiro de 2011, e que não seja concedido qualquer reajuste tarifário até que seja concluído um processo licitatório. (Jornal Já com a Assessoria)

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Princesa do Agreste passará a vender passagens da TAM a partir de amanhã

Ônibus da Princesa do Agreste em Teresina: a partir de amanhã, vendendo passagens da TAM

As vendas começarão na próxima Princesa de Agreste. Em um futuro próximo, segunda-feira (9), quando as lojas da TAM os guichês de vendas da empresa de transporte Viagens vão colocar à venda passagens de ôni- rodoviário também devem ofertar bilhetes bus para todos os 29 destinos atendidos pela aéreos. (Diário de Pernambuco)

Com onze votos contra, a proposta de aumento do preço da passagem de ônibus de R$1,85 para R$2,21, apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setrans-Bel), foi barrada na semana passada pelo Conselho Municipal de Transportes, do qual o sindicato também é membro. Porém, a possibilidade de reajuste na tarifa ainda existe.

Ao final da reunião, a Companhia de Transportes (CTBel) apresentou uma proposta de aumento para R$2,3. O novo valor ainda será votado na semana que vem.

Segundo a superintendente da CTBel, Ellen Margareth, o estudo realizado pela companhia leva em consideração aspectos como a qualidade do transporte e os insumos, por isso apresenta uma proposta mais condizente com a realidade. “O estudo é técnico e vem baseado sobre insumos que também levam em consideração a inflação”, afirma.

Apesar de informar que o estudo prevê que a passagem custe R$2,3, ela afirma que a CTBel vai propor outro valor na reunião da semana que vem. “Nossa proposta na quarta-feira é de R$2. É nesse dia que vamos ter uma decisão da tarifa. Se a nossa proposta for aprovada, vai ser encaminhada imediatamente ao legislativo”.

Segundo o representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no conselho, Roberto Sena, o voto contra o aumento da passagem foi motivado pelo pedido acima do índice de inflação. “O aumento pedido pelo Setrans-Bel significava 20%, sendo que a inflação para o período ficou em torno de 8%”. Segundo ele, a nova proposta apresentada pela CTBel está dentro das expectativas do Dieese. “A tarifa não poderia passar de R$2, que é quase o valor proposto pela CTBel. Se tiver que reajustar, deve ficar dentro dos parâmetros inflacionários”.

Já para o assessor técnico do SetransBel e representante do sindicato no conselho, Délcio Farias, o novo reajuste proposto não cobre os custos das empresas de transporte. “Esse novo aumento proposto apenas alivia os custos, mas dificulta os investimentos na renovação da frota”, afirma. “Nós temos até 2014 para renovar toda a frota e entendemos que não dá pra cobrir os custos com a tarifa de R$2,3”.

Enquanto o Conselho se reunia dentro da CTBel, um grupo de estudantes secundaristas protestava na frente da Companhia. Com gritos de guerra que anunciavam que o aumento proposto era um assalto, eles tentavam partici-

Foto: Diego Almeida

A TAM e a Princesa do Agreste, empresa interestadual de ônibus que opera em 29 cidades de três estados do Nordeste - Ceará, Pernambuco e Piauí -, acabam de fechar uma parceria para vender bilhetes aéreos combinados com passagens de ônibus. O acordo permitirá às lojas da rede de franquias da TAM Viagens em todo o país oferecer a opção conjugada aos clientes.

Esta é a segunda empresa de ônibus que fecha parceria com a TAM neste ano. Em março, foi assinado o primeiro acordo com a Pássaro Marron, nos estados de São Paulo e Minas Gerais.

“Agora, vamos proporcionar também aos passageiros oriundos das cidades atendidas pela Princesa do Agreste no interior do Nordeste a comodidade de viajar, por exemplo, de São Paulo a Serra Talhada ou Parnamirim, em Pernambuco, comprando o bilhete aéreo e a passagem de ônibus em um único estabelecimento”, afirmou a diretora de marketing da TAM, Manoela Amaro, em nota à imprensa.

Conselho de Transportes barra aumento de tarifa dos ônibus urbanos em Belém/PA

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par da reunião.

ESTUDANTES - Segundo a representante do coletivo estudantil “Vamos à Luta”, Júlia Borges, os estudantes foram impedidos de participar da reunião, mesmo com o acordo feito com a prefeitura em audiência pública no dia 29 de abril. “Acordamos com a prefeitura que entrariam quatro representantes e que teríamos voz e agora disseram que a gente poderia entrar, mas sem se manifestar. Não concordamos”.

Dentre os questionamentos feitos pelos estudantes estavam a má qualidade do transporte público e o aumento que consideram abusivo. “Não tem condições de aumentar acima do índice de inflação”.

Mesmo com a nova proposta, de R$2, os estudantes continuaram não concordando com o reajuste. “Qualquer tipo de aumento não corresponde ao salário da população e à qualidade do serviço”.

Já a superintendente da CTBel, Ellen Margareth, acredita que a qualidade do transporte público da capital paraense melhorou.

“Hoje já estamos chegando ao que pretendemos com relação à qualidade. Os ônibus que circulam em Belém, hoje, tem em média cinco anos”.

(Diário do Pará)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Rock in Rio: pra chegar, só de ônibus Foto: Divulgação

A organização do Rock in Rio divulgou na última terça-feira o esquema preferencial de transporte para chegar à Cidade do Rock, na zona oeste, durante os dias do festival, de 23 de setembro a 2 de outubro. Com a campanha “Eu Vou de Ônibus”, a organização e a prefeitura garantem que não será possível chegar de carro ao Rock in Rio. Além de não haver estacionamento nas proximidades do evento e da restrição da circulação de automóveis nos arredores, um sistema especial de transporte foi desenvolvido para o evento.

A proposta é que o esquema permita que as 100 mil pessoas (capacidade máxima diária do evento) utilizem ônibus para ir e voltar da Cidade do Rock. Além das linhas regulares municipais e intermunicipais, que serão reforçadas nos horários de maior fluxo, serão criadas outras duas.

A especial, que terá um bilhete diferenciado, trará o público de aeroportos, rodoviária e pontos específicos da cidade, como Lagoa, Ipanema, Botafogo, Santa Cruz, Castelo e Campo Grande. A passagem deverá ser comprada com antecedência

Área do Rock in Rio: será possível chegar apenas de ônibus até a região

A outra será circular, com 300 ônibus, operando em intervalos de 15 minutos, que farão o trajeto entre o Terminal Alvorada e o Autódromo / Cidade do Rock – parada mais próxima da entrada do evento.

A estimativa é que além dos usuários diários das linhas, mais 60 mil pessoas utilizem estes meios diariamente durante a realização do evento. Táxis poderão acessar o local apenas pela Avenida Salvador Allende. (E-Band/RJ)

Estudo da USP dá parecer desfavorável a uso de ônibus longos e piso baixo em Rio Claro/SP

Um estudo feito pela Escola de Engenharia de São Carlos da USP aponta para a impossibilidade da empresa que vencer a licitação do transporte coletivo em Rio Claro utilizar ônibus longos (13,5 metros) com motor traseiro. O uso desse tipo de veículo consta no edital da concorrência do transporte coletivo no município.

O estudo foi feito pela Fipai (Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial), órgão filiado à USP, a pedido da empresa Rápido São Paulo.

Atual operadora das linhas de ônibus em Rio Claro, a Rápido SP participa da disputa com a empresa Expresso Infinity da licitação aberta pela prefeitura.

Nesse estudo, assinado pelo professor Antônio Clóvis Pinto Ferraz, doutor em engenharia de transportes e livredocente da USP, foi feito um levantamento detalhado, com material fotográfico inclusive, das condições de trânsito de ruas em diversos pontos do município.

“A operação com ônibus longo somente é indicada em vias com pavimento regular e em bom estado de conservação,

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pois a existência de irregularidades e/ou diferenças de níveis faz com que a parte inferior da carroceria se choque com a superfície de rolamento, provocando danos ao veículo e ao pavimento”, explica o texto do levantamento.

Com base nessas argumentações, e na avaliação das ruas de Rio Claro, a cidade foi considerada inapta a ter em operação os ônibus longos com motor traseiro.

“No caso da cidade de Rio Claro, as seguintes características negativas, relativas à infraestrutura viária, estão presentes nas vias por onde passam os ônibus: inúmeros trechos não pavimentados em diversas linhas, existência de valetas pronunciadas em muitos cruzamentos, presença de muitas lombadas pronunciadas e diversos locais onde o pavimento tem buracos e irregularidades”, aponta o parecer técnico.

TARIFA

O levantamento feito pelo professor da USP mostra ainda que, em caso de utilização de ônibus longos no município, haverá a necessidade de se aumentar a tarifa cobrada dos passageiros, também

levando em conta o tempo de uso de cada ônibus exigido no edital da licitação.

“A substituição dos ônibus convencionais atuais da frota por veículos longos com plataforma baixa, motor traseiro e idade entre um e dois anos (como especificado no edital da licitação) leva a um aumento de 39,2% no custo por quilômetro e na tarifa”, constata a pesquisa.

OUTRO LADO

Em resposta ao assunto, a assessoria da prefeitura afirmou à reportagem do JC que tem conhecimento desse parecer técnico da USP.

Segundo a assessoria da prefeitura, antes da elaboração do edital da licitação do transporte coletivo houve um estudo, um parecer técnico para verificar a viabilidade do uso de ônibus longos.

“Coube à empresa IPK Engenharia realizar esse estudo. Frise-se, ainda, que o edital foi elaborado de acordo com as normas mais atualizadas que orientam a confecção desses procedimentos.

O uso de ônibus longo com motor traseiro foi mantido no edital. (JC Rio Claro)

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Incêndio destroi ônibus do Expresso Mato Grosso

Incêndio destruiu totalmente um ônibus (Marcopolo Paradiso GV MBB O400RSD) da Expresso Mato Grosso, na manhã deste sábado, nas proximidades do distrito de Cachoeirão, município de Dois Irmãos de Buriti. O veículo havia saído de Aquidauana e seguia para Campo Grande pela BR-262 apenas com o motorista, Renato Pereira, e com o policial rodoviário federal

Rafael Calazan, o qual estava de carona.

Nas proximidades do distrito de Cachoeirão os dois sentiram cheiro de queimado e viram que a traseira do veículo estava em chamas. O motorista acredita que um problema na faixa de freio possa ter causado o incêndio, que começou pelos pneus e se espalhou pelo ônibus, destruindo-o.

Nem o motorista nem o policial

ficaram feridos. Os dois sentidos da rodovia ficou interditado por alguns minutos, causando congestionamento. Depois, o tráfego ficou em apenas uma das duas pistas e a liberação dos veículos era feita com alternância dos sentidos. (Campograndenews/Nadyenka Castro e Anny Malagolini.

Da Rádio Difusora de Aquidauana/MS com Portal InterBuss)

Adamo Bazani Volare vai a campo

NOSSO TRANSPORTE

Foto: Divulgação

Empresa apresentou miniônibus específico para o transporte agrícola que possui até chuveiro para os trabalhadores rurais

Em boa parte do país, o transporte de trabalhadores rurais é feito com ônibus antigos, mal conservados, normalmente que não são considerados mais em condições para os serviços nas cidades.

O resultado desse cenário é um número assustador de acidentes e tragédias nas estradas e perto de lavouras.

De acordo com O Ministério da Previdência, com base no CAT – Comunicado de Acidentes de Trabalho – chegam a ocorrer a cada ano mais de 3.200 acidentes no trajeto dos trabalhadores rurais. No mesmo período, são registradas mais de 400 mortes no meio rural.

Os números podem ser bem maiores, isso porque dois terços aproximadamente dos trabalhadores rurais atuam na informalidade, ainda de acordo com a Previdência Social.

Isso sem contar que até 25% dos CATs apresentam problemas no preenchimento dos dados. Para tentar minimizar o problema, desde março de 2005, o Ministério do Trabalho e Emprego determinou regras específicas para o transporte de trabalhadores rurais que estão reunidas na Norma Regulamentadora 31 (NR 31).

Mas a Volare, empresa líder no segmento de miniônibus, pertencente ao Grupo da Marcopolo, quer ir além das normas e oferecer o conforto que o trabalhador rural real-

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mente merece e ao mesmo tempo rentabilidade para o dono do ônibus.

Durante a Agrishow 2011, uma feira internacional de tecnologia agrícola, a Volare foi a única fabricante de veículos de transporte coletivo a expor um produto no evento, que ocorreu nos primeiros dias de maio.

Trata-se do Volare Canavial, um mini-onibus que promete inovar o serviço de transporte de trabalhadores agrícolas.

O veículo é feito para enfrentar a terra, as regiões de plantação, sendo um legítimo fora de estrada, segundo a fabricante.

Isso porque ele é robusto: a altura em relação ao solo é maior para enfrentar os desníveis do solo irregular, a suspensão é reforçada e a distância entre os para-choques e os eixos dianteiros e traseiros é menor, o que facilita em subidas e para transpor valas. Os para-choques também são desenvolvidos para absorver impactos. Robustez nunca se opôs ao conforto. Muito pelo contrário. Uma característica complementa a outra. No Volare Canavial isso pode ser visto claramente.

Na parte externa, o minionibus possui toldos e cadeiras retráteis para as refeições e descanso dos trabalhadores, além de geladeira de 40 litros, com 12 horas de autonomia de refrigeração, e pia.

Por dentro, o ônibus tem bancos mais

confortáveis e pode ser equipado com até dois banheiros (feminino e masculino) e duchas para a higienização dos trabalhadores. Além de ganhar tempo, já que os agricultores podem se lavar enquanto retornam para a casa, o equipamento pode auxiliar até mesmo na saúde do trabalhador, principalmente aqueles que precisam passar por processos de descontaminação diários por lidarem com produtos químicos usados nas lavouras, como fertilizantes, agrotóxicos e herbicidas. Para estes trabalhadores, o quanto antes de descontaminarem logo após a jornada de trabalho é melhor para que os produtos tenham menos contato com o organismo.

O Volare Canavial pode transportar até 31 passageiros sentados. O motor é um MWM 4,12 TCE Euro III.

As dimensões são compatíveis para o tipo de serviço. O comprimento total é de 8,085 metros com entre-eixos de 4,2 metros. O Volare Canavial está preparado para transportar até 11 toneladas.

No Agrishow, a Volare também apresentou um dos seus veículos da linha WFLY, minionibus de luxo que parecem automóveis, com todos os itens de conforto e acabamento que não fazem feio em comparação a muitos carrões de categoria.

Há dois modelos, o W 9 e o D W 9.

Em comum eles têm sinalização externa Full LED, mais visível, plásticos de engenharia 100 % recicláveis nos para-choques, o que os torna ambientalmente amigáveis. Este tipo de plástico também faz parte das laterais e revestimentos internos, que ajudam a absorver impactos.

Com 31 passageiros, além do motorista, o W 9 WFLY tem mais espaço interno que os outros da categoria, segundo a Volare. O piso é 75mm mais rente ao solo, o que facilita as operações de embarque e desembaque. As janelas são 200 mm mais altas o que permite mais visibilidade para os passageiros, além de ajudar a iluminação interna.

Na feira Agrishow, o WFLY apresentado foi um DW 9, motor Mercedes Benz OM 904 LA III, podendo tracionar 9,1 toneladas, sendo que o eixo traseiro suporta 5,9 toneladas.

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MATÉRIA DA SEMANA

O FIM DE 83 A HISTÓRIA

Viação Caprioli, vendida no ano passado, terá sua marca retirada dos ônibus a partir de agos 10

Revista InterBuss

ANOS DE

sto Revista InterBuss

Busscar VB Elegance Scania da Viação Caprioli, a última compra de carros novos que a empresa vez antes de ser vendida: marca desaparecerá a partir de agosto 11

MATÉRIA DA SEMANA Luciano Roncolato / Com Agência Anhanguera de Notícias

Santo Antonio de Pádua é o santo de devoção da família Caprioli. A imagem dele está espalhada pela sede da empresa de transportes de passageiros, uma das mais antigas da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Criada em 1928, com o objetivo de levar moradores da região do antigo Descampado (hoje região que vai do bairro rural Pedra Branca ao Jardim São Domingos) até o Centro de Campinas, ela foi comandada por três gerações da família. Agora, não mais.

Desde o segundo semestre de 2010, a empresa mudou de donos e passou para as mãos de outro grande grupo do setor de transportes, e o nome Caprioli, estampado há tantos anos nos veículos da companhia (300 ao todo), só poderá ser vista neles até agosto.

O acordo firmado pelos Caprioli e o grupo comprador prevê a venda da parte operacional da empresa, ou seja, todos os ônibus e microônibus, e mais a carteira de clientes de fretamento, as rotas intermunicipais e a estrutura de funcionários.

O grupo Belarmino, que fez a aquisição da empresa há alguns meses, já opera com carros das empresas Osastur e VB a serviço das Viação Caprioli e Viação Lira nas linhas rodoviárias. No fretamento, a operação ainda está apenas sob o nome Caprioli. Está prevista a chegada de alguns veículos novos para renovação de frota.

Há alguns anos o grupo já adquiriu outras empresas que faziam parte da família Caprioli, como a Capellini Turismo (cujo nome foi mantido), a Viação Boa Vista e a Viação Rosa dos Ventos (essa última foi extinta há pouco tempo e todas as suas linhas ficaram para a Boa Vista, que opera na mesma região).

De acordo com o sr. Antonio Augusto, dono da Caprioli, em breve o nome da sua família poderá ser visto novamente em carros executivos e vans, pois a agência de turismo não entrou no negócio. Também não foi negociada a área da garagem, localizada no bairro Bonfim, curiosamente a uma quadra da sede da VB Transportes.

Caso os novos donos queiram continuar usando a garagem, a partir de agosto terão que pagar aluguel.

No acordo firmado entre os dois grupos, os funcionários seriam incorporados pelos novos donos. Porém, de acordo com o sr. Antonio Augusto, alguns funcionários mais antigos optaram por se desligarem da empresa. Uma parte deles foi incorporada à agência de turismo.

Uma grande dúvida que pairou

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Ônibus da Osastur e da VB já estão à serviço da Caprioli desde o ano passado

Carros da VB também já estão em operação a serviço da Viação Lira, que também sumirá sobre os colecionadores e admiradores de rioli, além da agência de turismo e eventos, ônibus em geral foi o destino do acervo de continua no setor de transportes por meio veículos antigos do sr. Antonio Augusto. da Trip Linhas Aéreas, empresa fundada Todos podem ficar tranquilos, pois todo o pela família e que tem o grupo Águia Branacervo, bem como as várias miniaturas que ca como um dos sócios.

Com 83 anos de fundação, a Viaficavam na garagem, estão a salvo, pois tam- bém não entraram no negócio e continu- ção Caprioli se mistura com a história de arão sob o poder dos antigos donos. A ideia Campinas e será uma marca que com certeé montar um museu dos transportes e expor za fará falta nas ruas da cidade. O sr. Antonio Augusto, com 70 anos de idade, grande todas essas relíquias.

No começo do negócio, a ideia era parte deles dedicado a cuidar da empresa de fazer uma parceria operacional. Porém, no ônibus herdada da família, seguirá com sua meio do caminho o sr. Antonio Augusto op- grande paixão, que são os ônibus e sua vasta tou pela venda da empresa. A família Cap- coleção.

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Os clássicos Thamco ODA, ou simplesmente “Fofão”, não entraram no negócio e continuarão a fazer turismo pela Caprioli Turismo

Os fãs de ônibus antigos podem ficar tranquilos: os veículos da coleção pessoal do sr. Antonio Augusto também não foram negociados

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REVISTA

InterBuss

Adriano Minervino

William Gimenes Transporte urbano em Porto Velho, Rio Branco e Boa Vista Fotos: CEesar Castro e Norberto dos Santos Künzli

COLUNISTAS

Ônibus urbano em Porto Velho

Ônibus urbano em operação em Rio Branco

Ônibus urbano que opera na cidade de Boa Vista

Na coluna de hoje vamos falar sobre o sistema de transporte de três capitais brasileiras não tão conhecidas por este aspecto e que conta com poucos comentários e fotos nas listas de discussão e sites sobre ônibus brasileiros.

Falo de Porto Velho, Rio Branco e Boa Vista.

Vamos começar falando sobre Boa Vista, em Roraima. É uma cidade com menos desenvolvimento do que muitos municípios médios e até pequenos do Estado de São Paulo,

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apesar dos seus 284 mil habitantes.

Estive por poucas horas na cidade, visitando apenas o comércio central e os pontos turísticos do Centro, como a Orla Taumanan, o Memorial do Garimpeiro e as Igrejas históricas. Não cheguei a ver nenhum ônibus circulando por estas regiões, apenas os “táxislotações”.

Pelo que pude pesquisar, até 6 de janeiro de 2009, a Viação Expresso Roraima di-

vidia com a Viação Cidade de Boa Vista a operação das linhas da cidade, mas no mês citado ela entregou à Prefeitura concessão das quatro linhas que operava. Hoje em dia a frota da cidade é de 65 ônibus, divididos em 13 linhas, de acordo com o desatualizado site da Prefeitura local. Há um mini-terminal no Centro da cidade. Não cheguei a visitá-lo. A pintura do sistema de transporte urbano local é branca, com uma parte amarela e a inscrição “Viação Cidade de Boa Vista” em preto.

Falaremos agora sobre Rio Branco, capital do Acre. O transporte municipal é operado pela Via Verde Transportes, pela Viação Floresta e pela Empresa São Judas Tadeu, com uma pintura padronizada em branco com alguns pequenos detalhes em verde e o termo “Cidade de Rio Branco” em preto. Todas as 36 linhas de ônibus da cidade convergem no Terminal Urbano do Centro, que é integrado.

Não consegui dados de quantos veículos há no sistema. Visitei o Terminal Urbano, limpo e organizado, e andei por sete pontos de ônibus em um Svelto VW 17.210 OD, vazio e limpo. A velocidade dos ônibus da capital acreana lembra os dos suburbanos da Pássaro Marron e, voltando um pouco ao passado, aos coletivos de Belo Horizonte: bem lentos. Não há mototáxis ou transporte alternativo na cidade. Ou pelo menos não os vi circulando.

Agora falaremos sobre Porto Velho, em Rondônia. Permaneci na cidade por 24 horas, e cheguei a ver alguns coletivos circulando nas ruas centrais e no entorno do Porto Velho Shopping, o único na cidade. A ligação entre esses dois locais citados fiz utilizando-se de um veículo integrante ao sistema de transporte da cidade, um Torino G7, possivelmente Volkswagen OD, da Viação Três Marias. A outra empresa que opera na cidade é a Viação Rio Madeira. Nem mesmo através de pesquisa pude saber qual é o número de linhas e a frota de Porto Velho. Como curiosidade, os carros que vi circulando não possuíam a numeração das linhas na vista frontal.

Como ponto comum entre as três cidades, o fato dos sites de suas respectivas prefeituras não disponibilizarem o trajeto das linhas municipais. Mesmo Manaus, cidade de quase 2 milhões de habitantes e que já foi objeto de uma coluna minha na edição 42 da Revista Interbuss, não possui tais informações em nenhum site. Eu só consegui a relação dos itinerários da capital amazonense através de um busólogo da cidade e de anotações colhidas por mim nas ruas.

O que pude notar é que nas três capitais, sobretudo em Boa Vista e Porto Velho, a taxa de automóveis por habitante é bem alta, fazendo com que uma parcela pequena da população dependa do transporte coletivo e assim resultando em uma frota pequena de ônibus circulando pelas ruas das cidades.

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José Euvilásio Sales Bezerra Ônibus a serviço das empresas aéreas

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

CIRCULANDO

Para passageiros Gol e TAM, ônibus gratuitos: alternativa aos R$ 33,00 do Airport Service...

Todos os dias as empresas aéreas aparecem com passagens aéreas a preços promocionais. Geralmente as promoções ocorrem em rotas tradicionais, mas que partem de Aeroportos mais distantes. Como exemplo, podemos citar rotas nacionais que partem dos Aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas, no estado de São Paulo. Algumas rotas, como São Paulo x Rio, tem uma procura grande em Congonhas. Por outro lado, por ser mais distante do centro da Capital, a mesma rota em Cumbica não tem uma procura tão grande, causando ociosidade nos vôos. Como é muito melhor voar com um avião cheio, ainda que com preços mais baratos, do que bater lata com o preço tradicional, as empresas aéreas investem

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em promoções para atrair passageiros que normalmente usariam ônibus para se deslocar.

Por outro lado, tem-se um porém: como chegar a esses Aeroportos? Dependendo da distância, ir de taxi até Guarulhos pode custar quase o preço dessa passagem promocional.

O serviço da EMTU, o Airport Bus Service, operado pela Pássaro Marron, o valor da passagem é uma facada: R$ 33,00 por pessoa. Ônibus urbano pode ser a solução... Mas, pra quem quer viajar, pode ser uma viagem dentro da outra...

Fora que, se tiver mais de uma mala, pode ser um grande sufico. Pensando em oferecer mais conforto aos passageiros, as empresas aéreas passaram a disponibilizar ônibus próprios que fazem ligações entre Aeroportos de modo a fa-

cilitar o acesso dos seus clientes.

Quando viajei à Recife, fui pela Gol. Comprei a passagem e consultei o site da empresa – www.voegol.com.br – e cliquei em “Facilidades”. Lá, consultei o link “Transporte Aeroportos” e, clicando na cidade que onde existe esse serviço – no meu caso, São Paulo – tem-se a relação das linhas e horários de partidas dos ônibus que fazem o trajeto entre os Aeroportos.

E o melhor de tudo: o serviço é gratuito.

Para a Gol, aqui em São Paulo, a empresa que presta esse serviço de transporte é a Breda, do Grupo Constantino, também dono da empresa aérea. Cheguei a Congonhas, apresentei a passagem ao fiscal e pude embarcar. O ônibus utilizado foi um Marcopolo Paradiso G6 MBB O500R, ainda com a pintura antiga da Breda. O ônibus era bom, no entanto, já estava vandalizado. Os protetores esverdeados das luzes que ficam na parte de baixo dos porta-pacotes, junto às saídas de ar, foram, em sua maioria, arrancados. As próprias tampas das saídas do ar condicionado estavam quebradas em muitos bancos. Mas, fora isso, o carro roda bem e é confortável.

O curioso dessa linha é o trajeto. Ela segue pela Avenida dos Bandeirantes, Marginal Pinheiros, Marginal do Tietê, seguindo até Cumbica. Ela praticamente contorna a cidade de São Paulo, de oeste para leste, até chegar no Aeroporto, em Guarulhos. Já o Airport Bus Service corta São Paulo, por dentro, até chegar à Marginal Tietê, já na Zona Norte. Saímos de Congonhas às 10h30 e chegamos em Cumbica às 12h00. E, a bem da verdade, o ônibus é muito mais confortável que o próprio avião – cujas poltronas são sofríveis.

Quando voltei de Recife, desci em Cumbica e também utilizei o serviço. Aliás, o ônibus voltou lotado. Bastou apresentar o comprovante de passagem ao fiscal e entrar no ônibus. Desta vez o veículo utilizado foi um Marcopolo Viaggio G6, chassi MBB O500R, com a pintura laranja que caracteriza os serviços para a Gol. Esse é bem mais novo que o veículo da ida. Ainda cheirava a noivo e estava inteirinho.

A volta foi pelo mesmo trajeto mas bem mais rápida. Durou cerca de 1h10.

Outras empresas também possuem serviços iguais a esse. A empresa de fretamento GTA presta esse serviço para a TAM. Os carros dela são bem mais novos, contando, inclusive, com Marcopolo Paradiso G7. E para a Azul, quem presta serviço é a empresa de fretamento Leads.

Esse tipo de serviço prestado pelas empresas aéreas mostra o quanto é eficiente a integração entre os modais. Iniciativas como a construção de rodoviárias e Aeroportos em conjunto seria benéfica para ambos os sistemas.

Uma diminuição de custos e a possibilidade de viagens mais confortáveis e mais rápidas para os passageiros.

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DIA DAS MÃES

MÃE NO VOLANTE

Equipe da APBus Noroeste entrevista a motorista do Expresso Itamarati, Simoni Moraes Furlaneto, que divide seu empenho entre o volante e a sua família Aislan Nascimento / APBus Noroeste

Há algum tempo os passageiros da Expresso Itamarati, se depararam com uma bela novidade ao embarcarem em alguns ônibus da empresa, que passavam a ser guiados por mulheres, que já se tornou uma tendência no município.

No começo todos ficavam apreensivos, mas logo viam que as mulheres eram tão capazes de dirigir quanto os homens e

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hoje já se acostumaram com esta mudança.

Mas para que esta conquista das mulheres não passe desapercebida convidamos Simoni Moraes Furlaneto, uma mulher multifunções que além de mãe, há um ano é motorista da I-tamarati e ainda encontra tempo e disposição para dar aulas de direção e pilates.

E nós convidamos você leitor para conhecer um pouco mais desta motorista super simpática, que adora dirigir e traba-

lhar com passageiros.

APBus Noroeste: Quando você decidiu ser motorista e porque?

Simoni: Eu tomei esta decisão porque eu morava em Uchoa e meu filho estudava aqui em São José do Rio Preto, ai como eu tinha que trazer ele pra cá eu comprei uma van e comecei a trazer os outros alunos também.

Foi ai que eu comecei a me interessar por dirigir.

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APBus Noroeste: Como o é o dia-a-dia de uma motorista de ônibus urbano?

Simoni: Não é fácil, ainda mais quando você tem uma familia e é dona de casa, mas eu acho que tudo da para conciliar.

APBus Noroeste: Falando em conciliar, como é para você conciliar as multifunções da mulher, que trabalha fora, tem a casa pra cuidar e ainda por cima é mãe?

Simoni: É dificil, só que não é impossível.

Quando você quer alguma coisa e você é determinado a fazer tal coisa você consegue. E eu conto com a ajuda do meu marido, do meu filho e assim eu vou levando.

APBus Noroeste: E eles te apoiaram, quando você decidiu a trabalhar no transporte público?

Simoni: Me apoiaram, meu filho tem só treze anos, mas ficou super feliz, meu marido não é aquele homem muito ciumento e tem também a coisa da confiança.

Familia Furlaneto em 17-06-1998 no aniversário de dois anos do filho

APBus Noroeste: Você sofreu muito preconceito quando entro na Itamarati, seja por parte dos passageiros ou até mesmo por parte de outros funcionários da empresa?

Simoni: Felizmente, eu posso dizer que não. Eles gostaram lá na empresa nunca me falaram nada e os motoristas até gostam e me tratam bem. Os passageiros também, alguns preferem mais quando é mulher dirigindo do que homem, eles falam que tem mais cuidado que é mais gentil pra o embarque.

APBus Noroeste: Como você encara os desafios da profissão?

Simoni: Sobre isso eu acho que depende de um “jogo de cintura”, sempre dirigindo com cuidado, com responsabilidade, porque o nosso transito hoje em dia ta bem complicado, mas graças à Deus, nunca bati, nunca levei uma multa.

APBus Noroeste: Se você pudesse escolher entre dirigir um ônibus urbano ou um rodoviário qual você escolheria?

Simoni: O urbano. Pelo contato mais próximo com o passageiro, pela amizade. Quando você tem uma linha fixa, você pega uma certa amizade com as pessoas.

APBus Noroeste: Pra você, como é se sentir mãe?

Simoni: Eu não tenho palavras pra dizer, porque um filho na vida de uma mulher é tudo. Pra mim ele é tudo.

APBus Noroeste: Você gostaria de ter tido mais filhos?

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Simoni grávida em 1996

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DIA DAS MÃES

Simoni no carro 5969 em nossa reportagem Simoni: Eu sempre tive um objetivo de no máximo dois, mas agora não pretendo ter mais não, já fechei a fábrica. (risos).

APBus Noroeste: Qual a maior gratificação que você tem em ver o seu filho?

Simoni: O que da mais orgulho, foi quando ele nasceu, que Deus me mandou uma criança perfeita que só tem me dado alegria.

APBus Noroeste: Você se sente uma mulher realizada?

Simoni: Sinto.

APBus Noroeste: No próximo dia das mães qual o maior presente que você gostaria de receber?

Simoni: Eu acho que o preente que toda mulher, toda mãe gostaria de receber é o carinho de um filho, do marido. Ver a familia toda com saude, paz harmonia.

APBus Noroeste: Neste momento que você tem uma profissão que gosta e que se sente realizada, quais são os seus sonhos e objetivos?

Simoni: Pretendo continuar estudando meu

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filho em colégio particular, sonho pra min eu não tenho muito não eu tenho mais é pra ele, porque a gente vive pra isso.

APBus Noroeste: No dia que ligamos para você pra marcar a entrevista, você disse que tinha outra profissão, qual é essa profissão?

Simoni: Na verdade eu tenho mais duas profissões, eu dou aula particular de direção pra pessoas que já tem carta, mas ainda tem dificuldades de dirigir e também do aula de pilates, mas o ônibus é a principal, ele é meu ganha pão.

lheres motoristas elas ai vai uma informação muito interessante, Simoni, faz uma das linhas mais difíceis da cidade em termos de terreno, pois se trata de uma linha com aproximadamente 1h30 de duração onde metade desse tempo é percorrido em vias de terra em péssimas condições de trafégo.

Para as mãe que estiverem lendo, esta foi a nossa singela homenagem, pois não haveria palavras suficientes em nosso idioma para expressar o amor que nós filhos sentimos por nossas mães. E assim encerramos desejando um ótimo dia das mães à todos!

*Agradecimentos: A Glauciene Costa da Expresso Itamarati, que gentilmente autorizou a realização da reportagem com uma funcionária da empresa e a nossa entrevistada Simoni Moraes.

APBus Noroeste: Para encerrar essa entrevista, deixe uma mensagem para as mães que estejam lendo a revista.

Simoni: Minha mensagem é que elas continuem sempre assim, sendo essas mulheres maravilhosas, cuidando da familia acima de ** A matéria foi realizada pela equitudo, dos filhos. Muitas felicidades para todas pe da APBus Noroeste, em mais uma parcee que consigam sempre realizar todos os sonria com a Revista InterBuss. Agradecemos ao hos e desejos. amigo Aislan Nascimento pela iniciativa e por

Ao amigo leitor que ainda descon- mais uma parceria entre as duas equipes. Fofia da capacidade e profissionalismo das mu- tos: Acervo Pessoal e Aislan Nascimento.

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Fábio Takahashi Tanniguchi Transporte Público: uma bandeira que já se espalha pela internet PARADA DIGITAL

Foto: Reprodução

Um dos vários vídeos que mostram o BRT da Colômbia

A internet se transformou num meio de comunicação muito eficiente e rápido, com um tremendo poder de espalhar ideias. Muitos movimentos estão surgindo e crescendo por meio dela. Aliás, se não me engano, foi através dela que o hobby ganhou força, não é mesmo?

Vamos falar de transporte público.

Com tanta gente defendendo tanta coisa, como a natureza, os animais, o planeta, e outras coisas, por que não haveria gente defendendo transporte público? E existe muita gente. Procurando um pouquinho dá para achar conteúdo de qualidade.

Um canal no YouTube muito interessante é o da StreetFilms (http://www.youtube.com/user/StreetfilmsVlog). É muito interessante porque é uma ONG estadunidense que apresenta soluções espalhadas pelo mundo em transporte público para solucionar congestionamentos e restringir o tráfego de veículos particulares. Inclusive um dos vídeos foi feito sobre Curitiba (http://www.youtube. com/watch?v=vJR9uCSyGKM). Já sobre Bogotá foram feitos vários vídeos, falando desde o Transmilenio (http://www.youtube.com/ watch?v=SRGoketbIZE) às ciclovias (http:// www.youtube.com/watch?v=ELa5CHsUepo) que hoje inspiram várias cidades no mundo.

Muito do que está mudando nas cidades americanas se deve à influência das ideias que se espalharam pela internet, e especialmente porque essas ONGs estão atuando para convencer as cidades de lá a adotarem BRTs,

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ciclovias e outras soluções. Hoje, Nova York tem corredor de ônibus com cobrança antecipada. San Francisco tem um BRT em projeto. E muitas outras cidades seguem a mesma linha. Lógico que ainda falta muito. Mas é um grande avanço. E uma enorme conquista para um país que pouco pensou em transporte público.

No YouTube também é fácil encontrar mini-reportagens e mini-documentários, como um da BBC sobre Bogotá (http://www. youtube.com/user/enriquepenalosa#p/c/ EE9FEAE5317DF877/7/OY0u1NqQvqc) e um da CNN sobre Curitiba (http://www. youtube.com/watch?v=2rEU_cY8hC0), além do documentário Making Things Happen with BRT, Fazendo as Coisas Acontecerem com BRT (http://www.youtube.com/ watch?v=UZl1N6bTp_M e http://www.youtube.com/watch?v=3LEtf32Bu3Y).

Inclusive algo muito interessante aconteceu sobre o Transantiago. Um grupo de humor fez uma sátira de um vídeo institucional do sistema e fez a Campaña Pro-Evasion (Campanha Pró-Evasão), uma verdadeira crítica aos usuários que burlam o sistema, mas abordando o assunto com dose de bom humor (http://www.youtube.com/watch?v=jGFtLpVZ RbQ&feature=related). A sátira é feita em cima deste vídeo: http://www.youtube.com/watch?v =JZ8viile5Xg&feature=related.

No Slideshare, um site muito interessante para compartilhamento de apresentações de slides (que inclusive minha professora de

Biologia usa para disponibilizar as aulas dela e exercícios extras), há o canal da EMBARQ (http://www.slideshare.net/EMBARQNetwork), uma ONG de Washington, Estados Unidos, que apresenta soluções em transporte público no mundo todo. As apresentações são muito interessantes porque várias delas saem do debate de BRTs e apontam outras soluções, como bondes e VLTs.

O site da ITDP (Institute for Transportation & Development Policy) (http:// www.itdp.org/). Inclusive o projeto do BRT carioca tem suporte técnico do instituto, que tem como presidente Henrique Peñalosa, exprefeito de Bogotá que implantou o Transmilenio. O instituto tem 25 anos e possui escritórios no mundo todo, inclusive no Brasil. A seção “Library” do site tem muita coisa interessante, inclusive um estudo sobre os trólebus de São Paulo.

E com certeza isso é só uma pontinha do que pode ser achado na internet. É um enorme incentivo para quem hoje defende soluções em transporte público no Brasil, um país em que esse tipo de gente parecia falar sozinho quando não se falava em Copa do Mundo por aqui.

Como dizem por aí, a internet é um enorme megafone. Cabe a cada um saber como usar, quando usar e para que usar.

Para entrar em contato com Fábio Takahashi Tanniguchi e tirar dúvidas ou sugerir pautas para sua coluna quinzenal, é só enviar uma mensagem para o seu email: fabiott@revista.portalinterbuss.com.br

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AS FOTOS DA SEMANA Novidades da semana e outras publicadas no Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1 e 2. A grande surpresa da semana, registrada por Marcelo Castro - Busscar Urbanuss Pluss do sistema Transurbano, da Guatemala, subindo rumo ao porto para embarque • 3 e 4. Maravilhosos desenhos enviados pelo Sebastian, do Chile: Reunidas Paulista e Catarinense, já no novo Paradiso G7 1800DD • 5 e 6. Outra grande novidade da semana - Marcopolo Paradiso G6 da Gontijo com a nova pintura, registrado por Kleisson Gonçalves em Belo Horizonte • 7. Novo Torino para a N. S. da Penha, na foto de Josenilton Cavalcante da Cruz • 8 e 9. Dois ônibus da Garcia com a nova pintura da empresa: um Paradiso G6 1800DD, por Victor Hugo Guedes Pereira em Maringá e um Paradiso G7 1050 Volvo B9R, por Adriano Minervino no Rio de Janeiro • 10. Mais uma grande surpresa da semana, também registrado por Kleisson Gonçalves em Belo Horizonte: Irizar PB da Transbrasiliana pela região • 11. O famoso Volvo 7700 esteve em Campinas na semana passada, e foi registrado por Fábio Tanniguchi na garagem da Itajaí Transportes, onde ficou guardado.

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MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas

Dezembro/2009 • Visita à Curitiba - John Berata, Luciano Roncolato, Guilherme Rafael e Wesley Araújo

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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Fotos: Divulgação

DIÁRIO DE BORDO

FLORIANÓPO SAINDO DE SAINDO DE CAMPINAS

Po

Linha: Florianópolis (SC) x Campinas (SP) Empresa: Auto Viação Catarinense Carro: 3109 (Marcopolo Paradiso G7 1200 – Scania K380)

A rota entre Florianópolis e Campinas operada pela Catarinense utiliza carros com configuração executiva: 42 lugares com apoio para as pernas, muito espaço interno e água mineral, porém com preço de serviço convencional. Possui dois horários em ambos sentidos, um diurno e outro noturno com uma diferença: O horário diurno saindo de Florianópolis é via São Paulo, e o noturno não, no sentido inverso o horário noturno é via São Paulo e o diurno não. O trajeto é feito em aproximadamente 12 horas.

A viagem

Um dos terminais rodoviários mais limpos e organizados do país, o Terminal

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Rodoviário Rita Maria em Florianópolis fica bem na entrada da ilha, é de fácil acesso para a BR-101, através da ponte que liga a ilha a parte continental de Florianópolis. É um terminal grande, com muitas plataformas, e uma ótima rede de serviços, ao lado do terminal rodoviário, também está o terminal urbano.

O horário de saída é as 18:45, e exatamente as 18:30 o carro 3109 da Catarinense encosta na plataforma, ainda com o letreiro desligado, e o motorista avisa: Campinas e Jundiaí, 18:45, hora de embarcar, tomar o meu lugar e começar a viagem, quando todos embarcam e antes de sairmos o motorista foi ao salão de passageiros, se apresentou e explicou detalhes sobre a viagem, paradas,

horários, uso do cinto de segurança e etc.

Exatamente as 18:45 saimos do terminal para já pegar a ponte rumo ao continente e após passar a ponte a estrada de acesso a BR-101 e aos municípios da Grande Florianópolis, a primeira cidade é São José, e nessa região o transito é bem complicado da entrada de São José até o trevo de acesso a BR-101, nesse trecho curto, de aproximadamente 8 kms, levamos mais de 20 minutos, após pegarmos a rodovia o transito melhora.

Pegamos a BR-101 sentido norte, no trecho catarinense ela é duplicada, porém de asfalto com muitos buracos e ondulações. Do lado esquerdo a visão da serra, e do lado direito a visão do mar e das cidades litorâneas.

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OLIS

or Tiago de Grande

Ainda na Grande Florianópolis a primeira parada para embarque, na cidade de Biguaçú, a rodoviária é pequena do lado oposto da rodovia, pegamos um pequeno acesso por baixo da pista para acessarmos a rodoviária, uma parada de menos de 5 minutos, apenas para um embarque, e logo estamos na rodovia de novo, agora até a próxima parada levamos em torno de 1:30 e logo chegamos a Tijucas, onde não entramos na rodoviária, apenas passamos em frente dela, como não tinha ninguém para embarcar, seguimos em frente, com mais uns 15 kms, mais uma parada agora na cidade de Itapema, com mais embarques. Nesse trecho as cidades são próximas e as paradas são próxi-

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mas também: Itapema, Balneário Camboriú e Itajaí. A rodoviária de Itapema também é do lado oposto a rodovia, Balneário Camboriú é próximo a rodovia e um grande shopping, e Itajaí fica dentro da cidade próximo a zona portuária. Nessa região as cidades parecem que não são divididas, parecem todas uma cidade só. E nessas cidades há grande movimento de embarques, saímos de Florianópolis com apenas 5 pessoas, em Itajaí já estávamos com aproximadamente 30 pessoas no carro.

Agora vem um trecho bem longo sem paradas, passando por Penha, Balneário Piçarras e Barra Velha, sem paradas.

A próxima parada é na maior e mais importante cidade do estado: Joinville. A parada na rodoviária é bem longe da rodovia, e temos que dar uma volta boa pela cidade, com casas em estilo europeu e muito limpa.

Na rodoviária de Joinville, os lugares que faltavam foram preenchidos, e com carro lotado seguimos viagem, para o trecho final da BR-101 entre Joinville e Garuva e o entroncamento com a BR-476, seguindo rumo ao estado do Paraná, é uma subida de serra com muitas curvas e um transito carregado, nesse trecho passamos pela divisa de estados e chegamos no estado do Paraná, já na região metropolitana de Curitiba, e após passarmos as cidades de São José dos Pinhais e Curitiba e pegarmos no inicio da Régis Bittencourt rumo a São Paulo, em Quatro Barras chegamos a primeira parada para descanso e refeição, o Restaurante do Japonês, parada de todas as linhas da Catarinense, oriundas de Santa Catarina rumo a São Paulo, chegamos lá a 00:25 para uma parada de 20 minutos, hora de descer, descansar um pouco e comer alguma coisinha, e lá também é feita a troca de motoristas da linha.

Agora com outro motorista, a 00:50 saímos da parada e pegamos a Régis. O trecho paranaense da BR-116 é pequeno, compreende apenas a Região Metropolitana de Curitiba, e com menos de 1:45 de percurso chegamos ao estado de São Paulo, no trecho de serra que compreende os municípios de: Campina Grande do Sul (Paraná), Barra do Turvo e Cajati (São Paulo), nesse trecho passei por um sono pesado acordando só na segunda e ultima parada: O Posto Graal Petropen, na cidade de Pariquera-Açú.

Entre as duas paradas, a viagem levou exatas 02:30, e chegamos no Petropen as 02:55 da manhã, e o posto estava lotado, com muitos ônibus parados, a grande maioria da linha Curitiba x São Paulo.

A parada no Petropen também levou 20 minutos, e as 03:15 deixamos o Petropen para a parte final da viagem, agora

sem mais paradas para descanso e a primeira parada para desembarque apenas na cidade de Jundiaí.

Nesse trecho a Régis é duplicada e um trecho reto passando nas cidades de Pariquera-Açú, Registro, Juquiá e Miracatu.

Nesse trecho também passei por um sono e não vi muita coisa, acordei logo após Miracatu, com as curvas da complicada Serra do Cafezal, trecho mais perigoso da Régis, em pista simples, sem acostamento, muitas curvas e alto índice de acidentes, é o único trecho sem duplicação. Mas a subida apesar do transito carregado foi sem maiores problemas.

Logo após passarmos a Serra do Cafezal, chegamos a Grande São Paulo, no município de Juquitiba, porém ainda bem longe da capital, e mais longe ainda de Campinas, esse trecho da Grande São Paulo tem aproximadamente 60 kms, pelos municípios de Juquitiba, São Lourenço, Itapecirica da Serra, Embu e Taboão da Serra, aonde saímos da Régis para pegar o Rodoanel, rumo a Rodovia dos Bandeirantes.

No Rodoanel passarmos em mais municípios da Grande São Paulo: Taboão da Serra, Embu, Cotia, Carapicuíba, Osasco e São Paulo, nesse trecho o dia já começava a amanhecer.

Chegamos na Bandeirantes sentido interior, a melhor rodovia do estado, com ótimo asfalto, e o dia já estava claro, o trecho da Bandeirantes entre o Rodoanel e o acesso a Jundiaí pela Anhanguera tem aproximadamente 25 kms, e logo chegamos ao entroncamento com a Anhanguera, que passa por dentro da cidade de Jundiaí, e as 05:55 chegamos a rodoviária de Jundiaí que fica as margens da Anhanguera, para os primeiros desembarques.

Aproximadamente umas 25 pessoas ficaram em Jundiaí, e logo voltamos a Anhanguera rumo a Campinas, é um trecho de aproximadamente 35 kms, feito em 40 minutos, passando por Louveira, Vinhedo e Valinhos.

Saímos da Anhanguera no km 101, na Avenida Lix da Cunha, e com menos de 10 minutos chegamos a Rodoviária de Campinas, e a viagem se encerra com 12:05 de percurso.

Impressões sobre a viagem

O serviço da Catarinense nessa linha é muito bom, o carro é muito confortável e os funcionários são muito educados, na minha opinião o único ponto negativo são as paradas, que são muitas no trecho de Santa Catarina, na minha opinião poderiam ser menos paradas, mas não deixa de ser uma viagem muito boa de se fazer.

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Marisa Vanessa N. Cruz Do guia de ruas à Internet: o avanço tecnológico de pesquisa de linhas urbanas de ônibus

Foto: Reprodução

VIAGENS & MEMÓRIA

Sistema da SPTrans traz até mapa dos arredores

Até os anos 1990, não existia um sistema inteligente e eficiente para pesquisar qual linha de ônibus serviria ao passageiro pesquisando pelas ruas inicial e final. Os únicos meios eram consultar seu guia de ruas, ou ligando para o serviço da prefeitura (aqui em São Paulo ligava pelo telefone 158).

Antigamente, o serviço 158 em São Paulo não havia computadores. Eram atendentes que tinham experiência em consultar o “Guia Mapograf ” do lado da mesa e eram “experts” em linhas de ônibus. Quando um usuário ligava, o atendente anotava a rua de saída e a rua de chegada, consultava primeiro a rua de saída no guia de ruas, olhava quais ônibus passam perto ali no mapa e se o atendente conhecer a linha de ônibus que serve a rua de chegada, mostrava essa linha. Se não, o mesmo atendente fazia combinações com duas linhas de ônibus (combinando até com metrô). Depois de análises de alguns minutos, a solução é passada ao usuário. Hoje o serviço, que mudou de número para 156, está

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com sistema totalmente informatizado.

E quando não havia Internet, o principal meio de consulta era o guia de ruas que inclui linhas de ônibus. A partir da edição de 1979 do guia da editora Mapograf, repare que o número da página é o mesmo dos dias atuais. Sabemos que a região da Praça da República, Praça Júlio Prestes e a Rua Santa Efigênia ficam na página 123, então o usuário habitual que trabalha em áreas especializadas como logística e motorista de entregas já decorou as ruas que estão na página 123, agilizando a procura. E antes tínhamos o Guia Levi, famoso por mostrar horários de praticamente todos os trens do Brasil e no anexo mostrava os itinerários de bondes e ônibus das cidades de São Paulo e Santos – isso até os anos 1970.

Nesses últimos anos, com o avanço da Internet, cada órgão da cidade disponibiliza uma consulta inteligente de linhas de ônibus. Por exemplo: Campinas, Santos e Porto Alegre têm os seus, informando qual ônibus

fará aquele trajeto que satisfará o usuário, passando somente as ruas inicial e final. É ganho de tempo e agilidade para o usuário.

Mas no site da EMTU-SP, ainda não tem este serviço. O máximo que o site pode oferecer é informando a cidade de origem e a cidade de destino, que mostra todas as linhas de ônibus que passam por aquelas cidades.

Desde 2008, o Google Maps oferece pesquisas de linhas de ônibus por origem e destino. Por enquanto o Google Maps é disponível nas cidades de São Paulo (inclusive corredor ABD da Metra), Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

As técnicas de pesquisa do Google são muito mais eficientes que quaisquer sites de suas prefeituras e até o presente momento não conheço alguma outra cidade que oferece este benefício do Google.

E de todas as tecnologias mostradas até então, além de buscar o trajeto, traz também os horários de partidas de todas as linhas de ônibus de várias cidades (com algumas exceções como São Paulo, que em vez de trazer todos os horários, traz somente o número de partidas por hora).

O que vejo atualmente é que com a disseminação das informações através da Internet, cada prefeitura deveria fazer sua parte: disponibilizar consultas rápidas trazendo como resultado aquela linha de ônibus ideal para o usuário, que pega na porta de casa e deixa no trabalho, na escola, ou nos seus compromissos. E o incrível é que ainda existem cidades importantes que ainda não disponibilizaram essa ferramenta de pesquisa na Internet.

In memorian

Luiz Alberto Ângelo Gabrilli Filho – Pai da deputada federal Mara Gabrilli, faleceu aos 78 anos neste último dia 23 de abril devido a uma falência renal, segundo a Tribuna do ABCD. Na cidade de Santo André, foi dono das empresas São José e Expresso Guarará, além de outras, em sociedade com Sebastião Passarelli.

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