Revista InterBuss - Edição 42 - 01/05/2011

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R EV I ST A

O IV US CL EX

InterBuss EIS ELE AQUI

ANO 1 Nº 42 01/05/2011

VOLVO B270F

Matéria especial e galeria de fotos traz todos os detalhes do novo chassi

Leia também nesta edição: • William Gimenes apresenta o sistema de transporte de Manaus • Tiago de Grande traz roteiro turístico para São Paulo de ônibus • Princesa do Sol tem linhas leiloadas em Cuiabá e União arremata • São José do Rio Preto terá tarifa de ônibus reduzida em breve


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InterBuss

INFORMAÇÃO COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

BAURU RENOVA FROTA COM 45 NOVOS ÔNIBUS

Foto: Diego Leão

Nova Frota • Página 21

Um dos 45 novos ônibus que já chegaram à cidade para renovação de frota

Foto da capa: Luciano Roncolato

Edição número 42 • Domingo, 1º de Maio de 2011 • Concluída às 18h28 • Esta edição tem 32 páginas

EDITORIAL • Provincianismo nos BRTs brasileiros ....... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 9 ESPECIAL • Novo B-270F da Volvo .............................. 10 PÔSTER • Victor Hugo Guedes Pereira ......................... 16 COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 18 COLUNISTAS • Luciano Roncolato ............................. 20 NOVA FROTA • Novidades em Bauru .......................... 21 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 22 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 24 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 25 DIÁRIO DE BORDO • São Paulo em três tempos....... 26 COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 30

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EDITORIAL

BRTs pela América Latina e o provincianismo brasileiro O Brasil é tido como o país mais rico da América Latina. Além dos impostos abusivos cobrados, que esfolam o povo trabalhador, há por aqui muita riqueza natural, agora vários poços de petróleos encontrados, etc., colocando nosso país num patamar até então inédito. Mas porque as coisas por aqui ainda são tão provincianas? Vamos tirar por base o número de sistemas BRT que temos em operação por aqui. O único digno de ser chamado assim é ainda o da cidade de Curitiba, que apesar de seus vários problemas, consegue manter uma operação satisfatória, com ônibus modernos e estrutura em bom estado. Uberlândia tem um corredor bastante interessante, com pré-embarque e portas à esquerda. Porém opera com veículos de motor dianteiro, que não são os mais indicados para essa aplicação. Para não dizer que não tem veículos de motor traseiro, há dois Volkswagen de piso baixo. Agora olhemos para países mais pobres que o nosso, e vemos os seus sistemas de BRT aplicados: Chile, Colômbia (esse o maior exemplo de todos, sem dúvida), Equador, Peru, México, entre outros. O sistema de Santiago tem muitas deficiências, mas frente à frota que a cidade tinha, a melhora foi gigantesca.

REVISTA

InterBuss

A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

Modernos veículos de piso baixo operam em várias linhas, curtas ou longas, facilitando e agilizando o embarque e o desembarque em corredores dotados de pontos com sistema de pré-embarque. O mesmo sistema funciona exemplarmente em Bogotá, e foi implantado recentemente em Lima, onde foram trazidos veículos moderníssimos para a operação do BRT por lá. Já no Brasil é tudo mais complicado. Primeiro que os governos não querem subsidiar as operações, o que é algo necessário para garantir o equilíbrio e a manutenção do sistema. Depois os corredores, quando construídos, são mal feitos. Haja visto os últimos corredores feitos em São Paulo, onde sequer tem barreira física entre ônibus e carros. Em Campinas é a mesma coisa, com um tal de “corredor central” onde os ônibus mal cabem na faixa ‘exclusiva’, mas os carros invadem. Ou seja, são obras eleitoreiras muito mal feitas que apenas prejudicam a população que já sofre com um transporte muitas vezes de má qualidade. A Copa de 2014 está chegando e tem cidade sede que mal projeto tem. Verbas não são liberadas e vários sistemas estão estagnados. Será que vamos passar vergonha diante do mundo? PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

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A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 24 A 30/04/2011

Linhas da Princesa do Sol vão à leilão e União Transportes leva As vinte linhas da empresa haviam sido sequestradas e foram à leilão, União Transportes levou o lote Foto: Luciano Roncolato

Em Cuiabá/MT, vinte linhas de ônibus da empresa Princesa do Sol, seqüestrados por decisão judicial, foram leiloados pelo Tribunal Regional do Trabalho 23ª Região (TRT) e arrematados por R$ 4,5 milhões pela Integração Transportes, do grupo União Transportes, que também possui concessão para prestar serviços de transporte público. Parte do montante, proveniente da venda de 67 veículos, será utilizada para pagar os salários atrasados dos 381 trabalhadores da empresa, conforme ação do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte. Já o restante do dinheiro será destinado para a quitação de outros débitos trabalhistas. Ficou acordado que serão pagos R$ 450 mil de entrada e restante dividido em 24 parcelas de R$ 100 mil e mais 24 parcelas de R$ 68.750,00. Desde o período em que os ônibus foram retirados de circulação, a Secretaria Municipal de Transportes Urbanos de Cuiabá (SMTU) mudou, como medida emergencial, o trajeto de 12 ônibus para fazer a itinerário antes de responsabilidade da Princesa do Sol. (Olhar Direto)

Ônibus da União opera no municipal de Várzea Grande: ela também faz intermunicipal à Cuiabá

Prefeitura do Rio flagra ônibus piratas Durante ações realizadas no mês de abril para coibir irregularidades no transporte urbano, 10 (dez) coletivos que circulavam pelas ruas da cidade em condição “pirata” foram flagrados pela fiscalização da Prefeitura, sendo que nove estavam sob a responsabilidade do consórcio Intersul e um (01) do consórcio Transcarioca. Os veículos não possuíam cadastro junto à Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) que autorizasse o transporte remunerado de passageiros e foram retirados de circulação porque operavam em linhas licitadas. O consolidado de abril referente à fiscalização direcionada de ônibus feita pela SMTR atingiu 442 coletivos avaliados, dos quais 99 foram reprovados pelos fiscais da SMTR por não estarem de acordo com as exigências da Prefeitura para a prestação adequada deste serviço de transporte urbano à

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população. O resultado de fiscalizados neste mês equivale a 30% do quantitativo de ônibus avaliados entre março de 2010 e março de 2011, o que comprova que houve uma intensificação nas ações para coibirem possíveis irregularidades nesta modalidade de transporte urbano. Todos os consórcios estão sendo alertados pela Secretaria sobre as irregularidades flagradas, bem como terão que saná-las. Balanço geral Entre março de 2010 e abril de 2011, a Prefeitura fiscalizou 1.926 ônibus e reprovou 766. Além de terem sido multados de acordo com a nova versão do código disciplinar da modalidade, que prevê multas mais altas para as infrações cometidas, todos os veículos penalizados foram retirados de circulação e só podem retornar às ruas após

terem os seus problemas solucionados para, em seguida, serem submetidos à nova vistoria junto à SMTR. No mesmo período, 97 ônibus que não possuíam cadastro na SMTR, ou seja, “piratas” também foram retirados de circulação. Denúncias A SMTR recomenda e destaca que é de suma importância que o usuário registre a sua ocorrência pelo telefone 1746 - canal oficial da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e por meio do qual é possível o usuário obter respaldo legal às denúncias feitas. Também é essencial que o usuário forneça o maior número de informações sobre a linha, incluindo o número de ordem e/ou placa do veículo, nome e número de registro do condutor, além de data, horário e local onde o fato ocorreu. (Jornal do Brasil)

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Foto: Luciano Roncolato

A SEMANA EM 10 TEMPOS

Intermunicipais no Paraná Transporte em Itabuna/BA está têm reajuste de até 10,51% 10% mais caro Desde ontem, a passagem dos ônibus urbanos de Itabuna, a 433 km de Salvador, está mais cara. O aumento pegou muita gente de surpresa. Com um reajuste de 10%, a passagem que custava R$ 2, agora é de R$ 2,20. De acordo com a prefeitura de Itabuna, o aumento na tarifa é resultado de um acordo firmado em janeiro de 2009 com conselhos municipais de transporte e de usuários dos coletivos e também com empresários do setor. Segundo a prefeitura, o compromisso era de que o município não autorizaria qualquer aumento em dois anos, o que foi cumprido. Ainda segundo a prefeitura, o reajuste de 10% foi baseado em planilhas de elevação de custos apresentadas pelas empresas. (G1 Bahia)

Ônibus intermunicipal no Paraná: reajuste começou a valer hoje à meia-noite Desde este domingo (01), à zero hora, a passagem dos ônibus que fazem as linhas intermunicipais no Paraná estão reajustadas de 9,99% a 10,51%. O aumento foi noticiado nesta quinta-feira (28) pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística. Nas linhas metropolitanas do interior do estado, nas quais os veículos têm perfil urbano e os passageiros podem viajar em pé, o reajuste será de 10,51%. As demais linhas terão a tarifa reajustada em 9,99%.

Segundo o Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER), um dos motivos que determinou esta porcentagem do reajuste foi o aumento, neste e no ano passado, no salário dos motoristas e cobradores de ônibus definidos em convenção coletiva de10% e 6,50%, respectivamente. Além disso, o DER justificou o aumento com a elevação dos gastos com óleo diesel, lubrificantes, impostos, taxas, peças e acessórios. (G1 - PR)

O turista e o brasiliense que chegarem ao Aeroporto Internacional de Brasília terão uma nova opção de transporte público. Desde sexta-feira, às 6h30, a TCB - Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília, passa a operar a Linha Executivo Aeroporto. O serviço é inédito na cidade e faz parte da preparação para a Copa do Mundo de 2014. Com ar-condicionado, poltronas a-colchoadas e TV a bordo, o ônibus, também conhecido como “frescão”, passará a oferecer, em breve, conexão wi-fi gratuita. O transporte funcionará de domingo a domingo (inclusive feriados), das 6h30 às 23h00 e o valor da tarifa será de R$ 8. Para o Secretário de Turismo do Distrito Federal, Luis Otávio Neves, o ser-

viço facilitará o trânsito do turista na Capital Federal. “Além de ser uma nova opção de transporte para os Setores Hoteleiros e Esplanada dos Ministérios, o itinerário permitirá que as pessoas que fizerem conexão em Brasília, aproveitem o tempo de espera para darem uma volta pela cidade e conhecerem alguns dos principais monumentos, como a Catedral, o Congresso Nacional e a Torre de TV”, afirma Neves. Ao todo, quatro ônibus executivos (além de um reserva) farão o trajeto: Aeroporto, Esplanada dos Ministérios, Rodoviária do Plano Piloto, Setores Hoteleiros Sul e Norte, e Aeroporto. As partidas serão a cada 30 minutos e nos horários de maior movimentação, a cada 10 minutos. (Revista Hotéis)

Brasília estreia linha executiva entre aeroporto e setor de hoteis

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Ônibus em Curitiba deverá ter sistema de áudio e vídeo Empresas e instituições que atuam na área de projetos de multimídia veicular poderão apresentá-los à Urbs, Urbanização de Curitiba S/A que está avaliando a implantação de publicidade em áudio e vídeo nos ônibus do sistema de transporte coletivo de Curitiba. A apresentação de projetos à Urbs deve ser feita dentro de procedimento padrão definido pela Norma de Execução 001/2011 disponível no site da empresa (www.urbs.curitiba.pr.gov.br) . A idéia é prestar mais um serviço ao usuário dos ônibus com a veiculação de avisos e informações de utilidade pública, previsão do tempo, hora certa e comunicações de emergência, entre outros. O sistema prevê a veiculação de conteúdo digital de vídeo e áudio com conexão remota para troca de arquivos multimídia. Tendo como uma das normas, a preservação do padrão e da estética dos veículos, o projeto prevê a instalação de telas de LCD nos ônibus que poderão, inclusive, ser utilizadas para passagem de imagens gravadas em câmeras internas instaladas nos monitores. (Jornale Curitiba)

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São José do Rio Preto/SP terá passagem de ônibus reduzida de R$ 2,30 para R$ 2,10 Foto: Luciano Roncolato

Pela primeira vez na história de São José de Rio Preto ao invés das tarifas de ônibus aumentarem, como normalmente acontece, as passagens serão reduzidas. Em 2008, o então candidato à Prefeitura Valdomiro Lopes prometeu que, se eleito, reduziria a valor do transporte coletivo. Promessa cumprida. A prefeitura vai destinar R$ 12 milhões para subsidiar a tarifa de transporte coletivo, que terá uma redução de R$ 35 centavos, passando a custar R$ 2,10. De acordo com o estudo realizado pela empresa Logitrans, as passagens subiriam este ano para R$ 2,45. Hoje a passagem já custa R$ 2,30. A Logitrans foi contratada pela prefeitura para fazer uma análise completa do transporte coletivo na cidade. Para concretizar a iniciativa foi necessário quebrar monopólio da empresa Circular Santa Luzia, que dominava o transporte no município. “Primeira vez na história de Rio Preto a prefeitura foi ousada no que se refere ao transporte público. Elaboramos um plano diretor de transporte coletivo, quebramos monopólios e estamos abrindo as novas concessões. As pessoas querem ônibus mais barato, ônibus mais rápido e confortável”, diz o prefeito Valdomiro Lopes.

Circular Santa Luzia, atual operadora do transporte em S. J. Rio Preto: licitação em breve O Plano Diretor de Transporte Público de Rio Preto também prevê que os ônibus serão equipados com câmeras de seguranças. Além disso, serão implantados corredores de ônibus na cidade e o terminal de ônibus será expandido.

A partir do mês de maio serão abertas as licitações para novas empresas de transporte coletivo do município, que terão que tarifar as passagens em R$ 2,10. Até o fim do ano, os riopretenses já poderão perceber o beneficio. (Bagarai)

Corredores são solução para trânsito no Grande ABC

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Foto: Tiago de Gande

Apesar do aumento nos problemas do trânsito na região, as prefeituras pouco fazem para priorizar o transporte coletivo, solução apontada por especialistas como a ideal para melhorar a mobilidade urbana. Com exceção do trólebus, que é de responsabilidade da EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano), as cidades do Grande ABC têm apenas 4,8 quilômetros de faixas exclusivas para ônibus. Santo André tem o maior corredor. Com 4,1 quilômetros, a faixa liga o Terminal Vila Luzita à Avenida Santos Dumont. Já Diadema possui três pequenas faixas exclusivas nas avenidas Alda e São José e Rua Graciosa. Juntas, as pistas somam pouco mais de 800 metros. São Bernardo, São Caetano e Ribeirão Pires não têm corredores. Mauá e Rio Grande da Serra não se manifestaram. O número total de faixas exclusivas é baixo se comparado à quantidade diária de passageiros que utilizam os coletivos - cerca de 600 mil. Para o professor de Engenharia Civil da FEI (Fundação Educacional Inaciana) e especialista em transportes Creso Peixoto, o

Ônibus em São Bernardo do Campo: sem corredores na cidade poder público deve priorizar o deslocamento tiraria carros das ruas. Sempre reivindicamos em massa. “Mesmo em avenidas com só duas isso em nossas campanhas.” pistas, não é errado colocar faixa exclusiva de ônibus. Precisa tirar o espaço do automóvel Projetos e aumentar o do transporte coletivo. Mesmo Apenas São Bernardo e São Caetano que isso desagrade os motoristas, no futuro manifestaram intenção de criar corredores. será assim”, avaliou. Em São Bernardo, a Prefeitura disse ter pro O diretor de comunicação do Sindi- jeto para construção de 11 faixas exclusivas. cato dos Rodoviários do Grande ABC, Mar- Já São Caetano informou que está elaborando cos Antônio Aleixo, concorda com a necessi- o Plano Diretor de Mobilidade Urbana e que dade da criação dos espaços exclusivos. “Isso o assunto faz parte da discussão. (Diário do incentivaria o uso do transporte público e Grande ABC)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Cidade do México tem sistema de faixas exclusivas protegidas, ao contrário de SP Foto: Luciano Roncolato

A poluição aumenta muito nos horários de pico, quando o trânsito fica lento. Nessa hora, os corredores de ônibus são invadidos por táxis, motos e carros na capital paulista. Em horário de pico, a velocidade média dos ônibus nos corredores fica entre 12 km/h e 15 km/h. Na Cidade do México, esse sistema funciona melhor do que em São Paulo. Na capital mexicana, as faixas para os ônibus são totalmente separadas dos carros. Assim, não há desrespeito e a rapidez das viagens está garantida. Mesmo com grande movimento, o Metrobus, como é chamado o sistema de corredores de ônibus na Cidade do México, conquistou a população. As paradas são como estações, cobertas e elevadas para não ter confusão no embarque. As mulheres têm preferência. Em São Paulo, a Prefeitura prometeu mudanças. Quer aumentar a velocidade dos ônibus em pelo menos 15% e fazer quatro novos corredores de ônibus até o final de 2012. São dois corredores na Zona Sul - um na Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini e outro ligando o Capão Redondo à Vila Sonia; um

Ônibus biarticulado circula em corredor sem barreira física para a via de carros na Zona Leste, na Radial; e o outro na Zona Norte, no bairro Casa Verde. “Um deles já está em licitação. Tem desapropriações e execução de obras, como Capão Redondo e Vila Sônia. A previsão é

para o ano que vem”, avisou Ivan Whately, assessor técnico da Secretaria dos Transportes. A Prefeitura informou que trabalha para reduzir o tempo de embarque dos passageiros. (G1 - SP)

que passará de 18 para 27 viagens diárias a partir de 4 de maio. A linha E 203 Santo Ângelo via Shopping, que hoje tem 260 partidas diárias, passará para 278 a partir de 9 de maio. “Estas novas viagens vão ser realizadas principalmente no horário de pico. A Santo Ângelo, por exemplo, é uma das linhas de maior demanda da Cidade e nosso monitoramento diário aponta que nos horários de pico está havendo uma lotação excessiva dos ônibus”, destaca o secretário municipal de Transportes, Carlos Nakaharada. Outras quatro linhas terão o itinerário atendido. São elas: C 207 Parque Olímpico, que atenderá também a Rua Rosa Aparecida Bertaiolli, já a partir do dia 4 de maio; a C 602, que passará a circular pelas ruas Régis Plínio Batalha, Cristovão Colombo e Aleluia também a partir de 4 de maio; a E 393 Biritiba Ussu via São Lázaro que, em caráter experimental, terá a partir do dia 2 de maio, três partidas diárias (5h40, 12 horas, 22h30) chegando à Fazenda Abe: e a E 802 Vila São Francisco, que inicia a operação a partir de 1º

de maio, aos sábados, domingos e feriados, e chegará ao Parque Leon Feffer. Outra novidade é a criação da linha E 209, que ligará o Bairro da Porteira Preta, via Jardim Santos Dumont I, passando pela Estrada Koeiji Adachi, ao Terminal Estudantes. Ela começará a circular a partir do dia 9 de maio. “A criação de linha e a ampliação de itinerários e horários de partidas são sempre precedidas de estudos técnicos e vistorias realizadas pela Secretaria de Transportes”, explica a diretora de Transportes, Miriam Carrasco. Ela lembra que estas primeiras alterações estão sendo possíveis graças à inclusão de seis novos ônibus na frota. “Ao longo do mês, outros seis carros serão incluídos no sistema, permitindo mais melhorias para o usuário”, acentua a diretora, lembrando que, em fevereiro, as linhas E203 Conjunto Santo Angelo, E512 Vila Aparecida e E103 Jundiapeba já haviam recebido novos veículos, o que permitiu, na ocasião, a ampliação do número de viagens. (O Diário - Mogi)

Mogi das Cruzes/SP terá acréscimo de 12 ônibus em sua frota na próxima semana

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Foto: Divulgação

A partir da próxima semana, a frota de ônibus do transporte coletivo de Mogi começará a ser ampliada, passando de 202 para 214 veículos. O aumento permitirá a ampliação do número de viagens, a extensão do trajeto e a criação de pelo menos uma nova linha. As medidas ampliam o atendimento ao usuário, diminuindo o tempo de espera nos pontos e a lotação dos coletivos. “Depois do início de operação do SIS (Sistema Integrado Municipal), com a entrega dos novos terminais Central e Estudantes, da renovação da frota, hoje totalmente adaptada para o transporte de cadeirantes, da implantação da integração com o bilhete eletrônico, o próximo passo, como já havia dito, seria o ajuste individual de cada linha da Cidade. É isso que estamos fazendo agora. Em apenas dois anos, o transporte público passa por uma verdadeira transformação”, assinala o prefeito Marco Bertaiolli. As primeiras duas linhas beneficiadas com o aumento do número de viagens são a C 602, que liga o Terminal Central ao Botujuru,


Marisa Vanessa N. Cruz O dia do trabalho e o projeto de lei 7512/10

VIAGENS & MEMÓRIA

Foto: Gabriel Dias

como dispositivo de monitoramento via satélite, ficha ou tacógrafo (equipamento que registra velocidade, tempo de uso e distância percorrida). O texto define motorista como o empregado condutor de veículo de transporte coletivo com capacidade para mais de 20 passageiros, ainda que, em virtude de adaptações para maior comodidade, transporte número menor. Periculosidade A proposta inclui o exercício da profissão de motorista de transporte coletivo entre as que são consideradas atividades ou operações perigosas. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. “Conduzir por longas horas um veículo de transporte coletivo em nossas vias, com o trânsito cada vez mais problemático e com a ameaça de alguma violência, acaba por ser uma grande fonte de estresse, hipertensão, cardiopatias e de outras doenças”, argumenta a autora do projeto. Atualmente, a CLT considera como perigosas apenas as atividades que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. Atestado de saúde O projeto também estabelece que o motorista deverá apresentar à autoridade de trânsito ou do trabalho, sempre que solicitado, atestado médico que comprove as condições de saúde física ou mental, com validade máxima de seis meses. Esse atestado deve ser fornecido pelo empregador, com parecer clínico de profissional formado em Psicologia.

Motoristas em serviço: projeto de lei promete melhorar a qualidade de vida deles Hoje é 1º de maio, dia do trabalho. Aqui no Brasil, desde 1924 é o dia para lembrar de todas as conquistas que os trabalhadores conseguiram, e o principal deles é a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho. Para profissionais do transporte coletivo, infelizmente ainda existem viações que não contratam motoristas e cobradores dentro da CLT. Pagam horas extras como se fossem horas normais, e o excesso de trabalho aumenta ainda mais o risco de acidentes. Existe até projeto de lei na Câmara para melhorar a vida dos motoristas de ônibus, tal qual transcrevo da Internet pra cá.

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E a lei 7512/10? Desde o ano passado, a Câmara analisa o Projeto de Lei 7512/10, da deputada Thelma de Oliveira (PSDB-MT), que estabelece as condições de trabalho dos motoristas de transporte coletivo. A proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.742/43). Pela proposta, a jornada do motorista de transporte coletivo ficará definida em seis horas diárias, não podendo ultrapassar 36 horas semanais. O texto obriga as empresas a instalar nos veículos equipamentos eletrônicos ou mecânicos para controle da jornada, tais

Opinião O que deveria acabar seria a função dupla de motorista/cobrador. Além das empresas economizarem funcionários, os riscos de acidentes aumentam ainda mais, pois lugar de conferir dinheiro é do cobrador. No texto, há a redução de trabalho somente do motorista. E o cobrador, que normalmente faz dupla com motorista, não haverá redução? Normalmente, como a escala é dupla (motorista/cobrador), caberá a redução do trabalho também para o cobrador. Outra questão é melhorar o ambiente de trabalho da empresa, criando políticas de qualidade e de cooperativismo, e melhorar a qualidade de todas as linhas de ônibus, aumentando a frota e diminuindo o intervalo. Assim, o motorista trabalhará com mais tranqüilidade e com menos stress.

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ESPECIAL

B270F

Itajaí Transportes Coletivos de Campinas/SP adquire protóti Guilherme Rafael / Fotos: Luciano Roncolato e Guilherme Rafael Em 2010, segundo Tabela de Vedas da ANFAVEA (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores), o mercado de chassis para ônibus foi totalmente dominado pelos chassis dotados de motor dianteiro. Este tipo de modelo é o carro chefe de todas as montadoras em se tratando de ônibus urbano, sendo sempre o tipo mais vendido. Mais em umas, menos em outras.

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O chassi de motor dianteiro da Volvo

ipo do chassi de motor dianteiro da Volvo, com motor MWM

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ESPECIAL

Vamos analisar os números de vendas no mercado interno no ano de 2010, considerando os chassis na faixa das 17 toneladas e 230cv, que são os mais vendidos do país:

EOD, da MAN e o Scania F270. O primeiro, embora lançado na Transpúblico em 2009, ninguém sabe, ninguém viu. Não constam unidades vendidas e este não está incluso na tabela de preços divulgada mensalmente, o

Reparando estes números, é possível constatar que a Mercedes Benz é líder absoluta no segmento, sendo acompanhada pela MAN, que para os mais íntimos, pode ser chamada de Volkswagen Caminhões e Ônibus e na lanterna a Scania, com apenas 72 unidades do F230. De olho nesse filão, a Volvo está testando um novo chassi, até então, denominado B270F. Refletindo, os números apontados são referentes a chassis com 230cv e esse novo produto da Volvo tem 270. Porém até onde temos informações, esse novo modelo vem para concorrer nesta faixa também (230cv). Atualmente temos apenas dois chassis oficialmente lançados com a potência parecida com a B270F. São: Volksbus 17-260

que nos leva a pensar que o produto foi apresentado e não teve boa aceitação, por isso a não abertura das vendas. Um dia, quem sabe, temos uma resposta oficial da MAN sobre o modelo... Já a Scania apresentou o F270 junto com o F230, também na Transpúblico em 2009, sendo configurado nas opções 4x2 e 6x2. As vendas em 2010 foram divididas da seguinte forma: 13 unidades para a 4x2 e 7 para a 6x2, totalizando 20 chassis comercializados. Voltando ao Volvo, agora conhecendo todos os seus concorrentes e como eles tem se comportado no mercado, vamos elucidar sobre o novo modelo. Baseado no caminhão VM, que se tornou um hit no segmento, nascerá o B270F. A Viação Torres, de

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Belo Horizonte/MG está testando um B270F desde Janeiro/2011 sob a carroceria Apache Vip e com placas verdes, de Curitiba. É o primeiro protótipo fazendo testes práticos. A segunda empresa a ganhar o modelo é a Itajaí Transportes Coletivos de Campinas/SP, que recebeu uma unidade sob a carroceria Neobus Mega, para também colaborar com a Volvo nos testes de desenvolvimento do produto. O veículo deverá começar a rodar nos próximos dias, atendendo à Região do Campo Grande, área 2 no atual sistema de transporte da cidade. Lembrando que o B270F é baseado no VM, a familiaridade entre os modelos é notória. Painel, trem de força, suspensão são os mesmos. Vamos comentar ponto a ponto: Painel O painel é bem mais simplificado, quando comparados a outros modelos da Volvo que estamos habituados a ver. Nada de computador de bordo multifunções, nada de vários medidores ou botões. No quadro, somente o trivial: Velocímetro, Conta-Giros, Medidor de Combustível e 2 medidores de pressão do freio. Os botões, os velhos conhecidos que podemos encontrar nos ônibus, destacando o “seletor de buzina” se assim podemos definir. Trata-se de um botão

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onde você pode selecionar entre buzina a ar (corneta) e elétrica. Enfim, tudo é muito simples e na mão. Inclusive a alavanca de câmbio, que é montada no painel, ao lado do volante, igual é nas Volares. Por falar em volante, quem ama o quatro raios utilizado nos outros modelos da Volvo, terá uma decepção, porque assim como o painel, o volante também é do VM, com dois raios e bem mais simples. Trem de força Talvez um dos principais motivos do sucesso do VM seja o trem de força que alia robustez e economia. O motor fabricado pela MWM-International é praticamente o mesmo utilizado nos Volksbus 17-230 EOD e 17-260 EOT, ou seja, é um produto já consagrado no mercado e que dispensa maiores apresentações, sempre garantindo economia tanto na manutenção, quanto no combustível. Dados os devidos ajustes e programações, conseguiram elevar a potencia para 270cv. A Transmissão fabricada pela Eaton, também garante robustez e economia. O eixo traseiro, fabricado pela Arvin Meritor, é comum aos veículos MAN e aos caminhões Ford, ou seja, produto muito bem conceituado no mercado. Toda essa combinação poderá garantir sucesso ao modelo, pois a

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parte, digamos, mais crítica do produto é a mecânica, porque é a que gera mais gastos e demanda mais know-how. Suspensão Ainda seguindo à imagem e semelhança do VM, o B270F, pelo menos o que foi entregue à Itajaí, está dotado de suspensão com molas parabólicas, mais macias que os arcaicos e criticados feixes de molas semielípticas. As molas parabólicas conseguem encontrar um melhor compromisso entre robustez e conforto, mas claro, nada substituirá as suspensões a ar, que infelizmente ainda são barradas pelos custos de manutenção proibitivos para algumas empresas. Graças à governança de nosso país, preocupada mais em fazer oba-oba eleitoral, o nosso viário acaba não ganhando a manutenção que merecia, sendo assim, as ruas e estradas se mantém em estado precário de conservação, impossibilitando certos tipos de veículos de circularem. É uma justificativa palpável para a profusão de ônibus com suspensão de molas. De qualquer forma, as molas parabólicas já ajudam um pouco. Os princípios básicos são os mesmo de qualquer outro chassi com motor dianteiro vendido aqui no Brasil. Não há nada de revolucionário que o impossibilite de ter

um preço competitivo e de ter vendas muito baixas, igual ocorreu com o F230 no ano de 2010, porém a batalha contra o 17-230 EOD e principalmente contra o OF-1722M, será muito dura, onde os determinantes para o sucesso são: Preço de compra, baixa desvalorização, manutenção barata e suporte pós-venda. Quem consegue aliar todos estes fatores, consegue obter sucesso neste, que é o segmento que mais bomba na categoria de ônibus urbano. A Iveco ensaia entrada neste mix faz tempo, mas até o momento nenhum sinal de vida. A Scania atuou muito bonito nos anos 90, com o F113 e “morreu” no F94, que justamente tinha muitas peças caras por serem importadas. A Volvo nunca atuou oficialmente, digamos que tenha ficado igual a Iveco, só nos protótipos, lançando no final dos anos 90 um modelo denominado informalmente de “B7F”, que nada mais era que um B7R com motor na frente e com suspensão diferenciada. Foram somente 3 unidades, que rodou na Viação Campos Gerais, de Ponta Grossa/PR. Veremos se agora a Volvo conseguirá aprovar este novo chassi, lembrando que ele deverá ter predicados suficientes para o cliente e para ostentar o símbolo da marca e honrá-la, assim como fazem B290R, B340M, B360S...

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ESPECIAL

OS DETALHES DO B270F EM Painel Motor MWM

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Traseira

Sal達o de Passageiros

M FOTOS

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REVISTA

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Victor Hugo Guedes Pereira



William Gimenes O sistema de transporte urbano de Manaus: a cidade está preparada para a Copa do Mundo? Fotos: William Gimenes

COLUNISTAS

T5, no São José Operário Na coluna desta semana, vamos falar um pouco do transporte urbano por ônibus da cidade de Manaus, a maior da Região Norte e que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Pelo menos no quesito transporte, Manaus não está nem um pouco preparada para receber turistas para o certame. Primeiramente, um pouco de história: Antes de 2007, o transporte por ônibus era feito basicamente pela Eucatur, que chegou à cidade em 1990. Haviam outras empresas menores, estas oriundas do sistema criado em 1983. No ano de 2000, foi criado o Expresso, com ônibus articulados da Marcopolo vindos de Curitiba (alguns com arcondicionado, desativado anos depois), corredores com paradas no canteiro central e três terminais: o T3, na Cidade Nova, o T4, no Jorge Teixeira e o T5, no São José Operário. O T2, na Cachoeirinha, e o T1, na entrada do Centro, são de 1984. Tal sistema fracassou já no seu terceiro ano de operação, e hoje o que vemos é o corredor sento utilizado pelos automóveis e as dezoito paradas de ônibus em completo estado de deterioração. Apenas os terminais estão bem utilizados. Em 2007, o prefeito Serafim Correa fez uma licitação, na qual o consórcio Transmanaus foi o vencedor: As empresas pertencentes ao Transmanaus eram: City Transportes (02-Vinho), Viação Ponta Negra (Filial 03-Azul Escuro), Transamazônica (Filial 04-Vermelho), Via Verde (Filial 05-Verde),

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Viação Regional (Filial 06-Alaranjado), São José (Filial 07-Amarelo) e Viação Líder (Filial 09-Azul e Verde). As cores citadas são as definidas para a padronização da época, que deixou de existir logo depois. Hoje há cerca de 22 pinturas diferentes na cidade, sendo a mais antiga a adotada pela Eucatur quando de sua entrada em Manaus. Neste ano o prefeito Amazonino Mendes rompeu com a Transmanaus e fez uma nova licitação, cujas vencedoras foram: Via Verde (que opera em Rio Branco), City Transportes, Líder, Global (antiga Vitória/São José), Expresso Coroado (antiga Regional),

São Pedro (novo nome da Viação Ponta Negra), Rondônia, Nova Integração e Transtol, empresas pertencentes ao grupo da Eucatur. Atualmente o sistema de transporte de Manaus conta com cerca de 315 linhas de ônibus e uma frota de cerca de 1200 carros, onde há vários articulados e bi-articulados oriundos de Curitiba (ainda com embarque pela traseira). O veículo mais antigo em operação é um Vitória OF-1620 de 1995. A integração nos terminais praticamente não existe: T1 e T2 são apenas terminais de passagem, todas as linhas que passam por lá vão até o Centro. Os bairros próximos ao T3, T4 e T5

T4, no Jorge Teixeira

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geralmente possuem uma linha para algum desses terminais e uma outra linha até o Centro, devido ao fracasso do sistema Expresso, sistema que seria encarregado do transporte entre os terminais e o Centro. As quebras de veículos são constantes, não houve um dia em que estivesse em Manaus que eu não visse um veículo, geralmente articulado, quebrado nas ruas da cidade. Há a integração com cartão eletrônico, alvo de reclamações da população. Todas as linhas que vão ao Centro de Manaus fazem o mesmo caminho, uma espécie de U: descem a Av. Epaminondas, entram no Terminal (aberto) da Praça da Matriz (existente desde a década de 1940) e sobem as avenidas Getúlio Vargas e Sete de Setembro. Não há pontos finais no Centro: todas as linhas, inclusive as gigantescas, são circulares. O prefixo dos ônibus de Manaus é composto por oito números, sendo que os três primeiros obedecem à empresa (102 a 108), os outros dois são o ano do veículo (de 95 a 11, não há a dezena 00) e os demais são o número de ordem na empresa. Há linhas bem curtas, com 4km de extensão, até duas linhas com 64km de trajeto (só de ida), a 430 Colônia Japonesa, bairro no km 42 da AM-010, que liga Manaus a Itacoatiara, e a 305 Ponte da Bolívia, que vai até o km 41 da BR-174, que liga o AM ao RR. Há um sistema seletivo por microônibus em Manaus, à semelhança de Porto Alegre (operado por autônomos, com limite de veículos na frota), e de qualidade razoável. São micros novos (o mais antigo é de 2005) que operam cerca de 32 linhas na cidade, todas elas passando pelo Centro e pelos shoppings Millenium, Manaus Plaza e Amazonas. A partir daí cada linha segue o seu caminho. Também há o transporte alternativo na cidade, operado por micro-ônibus pintados de amarelo com uma faixa com a cor da cooperativa na qual eles pertencem. São restritos às Zonas Leste, Norte e ao Distrito Industrial e nada mais são a versão regularizada das kombis que assolaram Manaus (assim como todas as cidades médias e capitais brasileiras) na segunda metade dos anos 90. Os mototáxis complementam as opções de transporte na sede amazônica da Copa de 2014. A impressão pessoal que tive ao andar de ônibus em Manaus é bem ruim. Os ônibus são sujos, faltam bancos, luminárias, etc, além de andarem muito lotados mesmo em um domingo. Os terminais também estão sujos, desorganizados e perigosos, não há policiamento. O transporte seletivo pode ser considerado satisfatório. Não cheguei a andar no alternativo. Em breve relatarei aqui as experiências com o transporte de outras cidades do Norte, como Rio Branco, Porto Velho e Boa Vista.

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Articulado que era do sistema Expresso, ex-Curitiba

Vitória OF-1620, carro mais antigo da cidade

Micro do transporte seletivo, em 2009

Micro do transporte alternativo

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Luciano Roncolato Prepotência e arrogância de colecionadores “sabe-tudo”

Foto: Luciano Roncolato

HOBBY & DIVERSÃO

O hobby está formando uma geração de grandes especialistas em transporte coletivo, em todas as suas vertentes. É cada vez mais comum ver pessoas comentando em sites, listas de discussão, fóruns online sobre ônibus, tudo sobre chassi, carrocerias, motores, linhas, cidades, sistemas, etc., e falam com autoridade, como se fossem doutores em mecânica ou transporte. Há não muito tempo atrás, o hobby era um verdadeiro aprendizado para todos. Quem tinha mais conhecimento sobre um determinado assunto ou sobre alguma empresa, respondia com educação às dúvidas que surgiam nos sites especializados e nos fóruns. Sempre saíam saudáveis conversas e a solução de questões básicas e até um pouco mais técnicas eram respondidas com propriedade e amostra de catálogos, textos técnicos, etc., enriquecendo o conhecimento de todos. Hoje em dia, raramente há debates saudáveis. O que se vê é uma legião de sabetudo, onde todo mundo conhece, todo mundo estudou, todo mundo viajou... Há quem ainda se acha mais sábeis que engenheiros e donos de empresas, dando palpites completamente

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infundados, sem contar os pedidos descabidos em comentários de sites e fóruns, muitas das vezes visualizados pelos citados, gerando um mal estar tremendo, mesmo que indireto. Estive visitando alguns sites, fotologs e fóruns na semana passada e o que vi é estarrecedor. Moleques querendo dar “lição de moral” em colecionadores de longa data, achando que tem conhecimento suficiente para responder questões complexas. O pior de tudo é que as respostas são, na maioria das vezes, esdrúxulas, sem sentido, e sempre muito autoritárias. Publicar uma foto com indicação errada de cidade já é motivo pra briga. Sempre aparece um prepotente para corrigir. Eu mesmo fui “vítima” disso essa semana. Optei por publicar algumas fotos minhas no site Ônibus Brasil por intermédio do amigo Ravanelly Souza. Enviei algumas fotos para ele por em sua galeria para ver como que funciona, pois até então eu ainda não conhecia o site como postador de fotos. Uma das imagens teve a cidade preenchida erroneamente por um equívoco meu. Logo já apareceu um comentário de um usuário do site, respondendo na maior prepotência

que o local da foto estava errado, que foi feita em tal rua, em tal cidade, e encerrando o comentário de forma grosseira. Havia necessidade de tudo isso? Não seria mais fácil responder educadamente, como: “Essa foto foi em tal local”? Outro grande problema é o pessoal que acha que sabe tudo sobre todas as cidades do planeta. Você publica algo sobre alguma cidade, já vem várias pessoas ou que nunca passaram pela referida, ou passaram uma ou duas vezes, e já vem cheio das dicas, geralmente erradas, ajudando a desorientar a pessoa que pede informação. Isso é para mostrar que se trata de uma pessoa viajada, que conhece vários locais do Brasil, mas na maioria das vezes sequer sai de casa. Outros fazem verdadeiros relatórios inúteis em fóruns, relatando mínimos detalhes de operações que não interessam a ninguém, como por exemplo: tal carro em tal linha, tal horário com tal carro, e isso diariamente, entupindo as caixas de e-mail ou lista de comentários em sites ou fóruns. Para que tanta informação que interessa apenas ao tráfego da empresa (talvez nem à ele interessa)? Tudo para se aparecer e dizer que sabe alguma coisa sobre o transporte de sua cidade, de sua região? É no mínimo lamentável essas coisas. Os “engenheiros de plantão” são os piores. Ficam defendendo montadoras, encarroçadoras, fabricantes de câmbios, modelos de volantes e até freios entram na “guerra dos melhores”, com cada um tentando vender o seu peixe. O que é mais cômico é que as justificativas apresentadas, na maioria das vezes, é completamente sem sentido. Pergunte para alguém porquê ele gosta do câmbio automático da ZF, por exemplo. Provavelmente a pessoa sequer vai saber quantas marchas tem. Ouve-se falar a opinião de alguém mais instruído, e passa a segui-lo nisso, mesmo sem saber o porque é realmente melhor, se é melhor, etc. As montadoras, encarroçadoras, etc. dispõem de vasto material técnico em seus sites. Basta baixar e fazer um estudo aprofundado, como era feito antigamente. Hoje é mais fácil bater numa tecla sem saber se é realmente verdade o que está dizendo e sair brigando com todo mundo. Vamos procurar sermos todos mais educados. Primeiro que ninguém e dono da verdade, ninguém sabe tudo. Não seja intrometido se ninguém lhe chamou na conversa. Intervenha se achar necessário e se as pessoas estão com dúvidas em comum e ninguém ajudou. Seja humilde. A popularidade e o reconhecimento de uma pessoa está nas atitudes dela. A prepotência e a arrogância cativa inimigos. A humildade e a simplicidade cativa amizades. Pensem nisso.

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NOVA FROTA

EMPRESAS DE BAURU RENOVAM FROTA Cidade receberá no total 45 novos ônibus

cros ano 2006 e alguns Torinos ano 2006 que não são adaptados, pois as empresas visam As operadoras do transporte coleti- oferecer maior acessibilidade aos usuários vo de Bauru (Grande Bauru, Baurutrans e Ci- portadores de necessidades especiais. Os cardade Sem Limites), como ocorre anualmente, ros novos todos em carroceria Marcopolo Toestão fazendo sua renovação de frota com o rino, encarroçados na Ciferal. Dentre as difeobjetivo principal de reduzir a idade média e renças entre as versões anteriores, os veículos ofertar acessibilidade aos usuários. contam com ventilação para o motorista e No total entraram em operação 45 pequenos ventiladores nos exautores do salão carros sendo: 22 na Grande Bauru (2 OF- de passageiros. Além disso, o salão conta com 1722M e 20 OF-1418), 8 na Baurutrans todos iluminação com led’s azuis. OF-1722M e 15 na Cidade Sem Limites (sen- Recentemente as empresas moderndo 6 OF-1722M e 9 OF-1418). Com isso, de- izaram o sistema de bilhetagem eletrônica, e ixarão de circular os carros ano 2002, os mi- por esse motivo os novos carros virão sem o

Diego Leão - Especial p/InterBuss

posto do cobrador, o que aumentará a oferta de assentos para os passageiros nos novos veículos. Fazendo parte dessa política de renovação e se adequando as novas tecnologias de logística e operação, as empresas iniciaram testes de aparelhos GPS para monitorar a frota e ter maior controle sobre o cumprimento de horário e itinerário por parte dos operadores. Os carros estão chegando aos poucos da Ciferal e a previsão é que todos estejam com documentação pronta e validadores prontos para operação até o começo de junho.

Novos caros do grupo são todos Marcopolo Torino 2007 encarroçados sobre chassis MBB-1418 e MBB OF-1722

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José Euvilásio Sales Bezerra De Surubim aos Guararapes

CIRCULANDO Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

Ônibus da Expresso 1002 na Rodoviária de Surubim

Ônibus da Expresso 1002 na Rodoviária de Surubim

Nossa viagem de volta começa às 9h30 da manhã de um domingo ensolarado na Rodoviária de Surubim. Rodoviária típica de cidades pequenas do interior: simples. Possui algumas plataformas, mas nenhuma linha faz ponto final nela. São todas de passagem. Mesmo a Recife – Surubim faz ponto final nos arredores do centro da cidade. Iria pra lá mas, por um contratempo, acabamos tendo de ir para a Rodoviária, onde ele para depois de deixar o ponto final. O veículo da viagem é um Marcopolo Ideale, chassi VolksBus 17-230EOD, da viação Expresso 1002. Pela placa, letras PEI, o veículo é semi-novo. O veículo possui ar-condicionado mas, mesmo assim, não possui janelas seladas. Uma curiosidade nessa linha é que o passageiro, depois da viagem, não fica com nenhuma via da passagem. A primeira via o passageiro entrega ao motorista na entrada do veículo. A segunda deve ser apresentada a um fiscal, que aparece no meio da viagem. E, ao final dessa, a segunda deve ser entregue

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Lápide à beira da estrada

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Ônibus em meio a um trecho alagado em Recife

Trem na Estação Recife do Metrô. O Metrô do Recife é operado pela CBTU/Metrorec e é composto atualmente de 28 estações, com linhas que somam 39,5 km. de extensão (fonte: Wikipedia) ao motorista no final da viagem. Algo, no mínimo, curioso. Logo o ônibus deixa a Rodoviária e inicia sua viagem rumo à Recife. As estradas são razoáveis. O trajeto alterna pista simples com acostamento, pista dupla sem. Vi vários ônibus pelo caminho mas em sua maioria pertencentes a particulares ou a

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empresas menores. Nenhum parecia fazer transporte urbano. Aliás, o que vimos foram mais Toyotas Bandeirante. Mas, conforme a estrada se aproximava de Recife, as Toyotas foram desaparecendo do cenário. Em algumas cidades já surgiam Kombis realizando transporte de passageiros.

Ao curioso: ao longo das estradas também podem ser vistas lápides, cruzes e capelinhas construídas em seu meio-fio. Provavelmente, são homenagens póstumas às vítimas de acidentes de transito ocorridos nos trechos onde se encontravam. E eram inúmeras as homenagens, mostrando o quanto são frequentes os acidentes na PE-090. De Surubim à Recife a distância é de, aproximadamente, 130km. A viagem dura mais de duas horas. Quando entra na Região Metropolitana de Recife, a linha começa a circular por avenidas. Consequentemente, começa a enfrentar mais transito. Se o tempo em Surubim estava bom o mesmo não poderia ser dito do tempo em Recife. Muita chuva e, consequentemente, muitas avenidas ficaram alagadas, tanto na cidade de Recife quanto nas vizinhas. Isso atrasou muito nossa viagem. Mesmo sendo domingo, a lentidão foi muita dentro do trecho que segue dentro da cidade por conta dos alagamentos. Às 13h10, após 3h30 de viagem, chegamos à Rodoviária do Recife que, na verdade, fica em Jaboatão dos Guararapes, município vizinho à Recife. De lá, pegamos o metrô e seguimos viagem até a região do Aeroporto dos Guararapes. O Metrô – O metrô de Recife tem boa parte do seu trajeto em superfície – pelo menos o trecho que percorri, entre Camaragibe e a estação Aeroporto o são. Os trens não são tão rápidos quanto seriam se fosse por baixo do solo. Mas o sistema mostra-se eficiente. As estações mais periféricas, como a estação Camaragibe – onde uma das saídas dá para um “beco” – e a da Rodoviária estão mais mal cuidadas, inclusive com sinalização desatualizada. Nessa sinalização desatualizada o ramal mais novo, entre as estações Tancredo Neves e Cajueiro Seco, ainda aparecem como “em obras” quando já estão em plena operação. Aliás, vários trens também tem sinalização interna defasada. Já as novas estão bonitas, trens mais novos em seus ramais e sinalização mais nova. Inclusive, há um cronômetro regressivo que mostra em quanto tempo o trem estará na plataforma. Por volta das 15h00 desço na plataforma da estação Aeroporto. Embora leve esse nome, a estação não fica tão perto do Aeroporto. Eu segui a pé da estação até o Aeroporto dos Guararapes. Não percebi se havia alguma linha de ônibus que fizesse esse trajeto. Mas, depois de quase seis horas de viagem, só queria mesmo um quarto pra dormir. Porque a caminhada pra praia, que eu tanto queria, foi por água abaixo por causa da chuva...

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AS FOTOS DA SEMANA Novidades da semana enviadas ao Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1, 2 e 3 - Começando com fotos de Adriano Minervino na porta da Ciferal, em Duque de Caxias: novo Viale MBB OF-1722 da Viação Garcia e novo Torino MBB OF-1722 para Curitiba • 4 e 5 - Também na porta da Ciferal, agora por Diego Almeida, novos veículos para o intermunicipal do Rio de Janeiro: Torinos para a Santo Antonio e para a Rio Ita • 6, 7 e 8 - Dando prosseguimento a fotos feitas na Ciferal, agora por Josenilton Cavalcante da Cruz: novos chassis chegando para encarroçamento, novo Torino para o municipal de Belo Horizonte e novo Torino com porta à esquerda da Real Alagoas • 9 e 10 - Por Tiago de Grande, um dos semi-novos Apache Vip ex-Rio de Janeiro que chegaram recentemente para o Expresso SBC como adição de frota, e um dos novos Apache Vip da Viação Jundiaiense, de Jundiaí, já em operação.

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MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas

30/04/2011 • Durante visita à Itajaí Transportes, em Campinas/SP, na frente do Hibribus da Volvo: Anderson Ribeiro (de vermelho) e Guilherme Rafael (de branco)

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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Fotos: Divulgação

DIÁRIO DE BORDO

SÃO PAULO HISTÓRIA, CULTURA E NATUREZA

Por Tiago de Grande A maior cidade do país possui muitos atrativos turísticos e culturais, além de grandes áreas de verde e natureza, todos esses atrativos podem ser conhecidos de ônibus, todos os pontos de interesse da cidade possuem linhas de ônibus municipais, e hoje vou falar sobre algumas dessas linhas e dos pontos turísticos e interessantes que elas servem.

ROTEIRO 1 • HISTÓRIA Linha 2002/10 - Terminal Pq. Dom Pedro II x Terminal Bandeira – Circular Empresa: Himalaia Transportes Carro: 4 1937 (Marcopolo Torino GV – Volvo B58E Trolebus Powertronics) A melhor maneira de fazer um roteiro pelo centro velho de São Paulo é usando os trólebus, no centro possuem muitas linhas desse tipo de ônibus, antigamente havia linhas em quase todas as regiões da cidade, a grande maioria foi suprimida restando apenas linhas no centro e na zona leste. O ponto inicial é o Terminal Pq. Dom Pedro II, um dos maiores e mais importantes terminais da cidade, fica localizado na Avenida do Estado, bem na entrada do centro velho e é responsável pela integração das muitas linhas que vem da Zona Leste com o centro e outras regiões da cidade. De dentro do terminal já é possível avistar o Palácio das Industrias (antiga sede da prefeitura) e o Edifício Altino Arantes (uma réplica do Edifício Empire State, que

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abriga a sede do antigo Banespa – Banco do Estado de São Paulo, no alto do edificio há uma torre aberta a visitação aonde se tem uma visão da cidade e de algumas cidades da região metropolitana como São Caetano do Sul e Guarulhos) Embarco no trolebus com pouca lotação e em alguns instantes a viagem pelo centro começa, saindo do terminal, no acesso a Avenida Rangel Pestana já começam a aparecer as primeiras construções importantes tais como: o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, e do lado oposto da avenida o enorme prédio da Secretaria da Fazenda e bem próximo dali a Praça Clóvis Bevilacqua (ou simplesmente Praça Clóvis, antigo ponto final das linhas de trolebus) e a mais conhecida praça de São Paulo, a Praça da Sé, onde se

localiza a Catedral da Sé, o Marco Zero de São Paulo, o belo prédio do Tribunal de Alçada Civil, a sede do Corpo de Bombeiros de São Paulo, e a sede da Caixa Econômica Federal, prédios históricos e muito bem cuidados. Seguindo pela direita após passar a Praça da Sé, chegamos no Pátio do Colégio, lugar onde a cidade de São Paulo nasceu, lá funciona hoje o Museu Anchieta, numa construção também muito bem preservada, e logo após a importante Rua Boa Vista, antiga sede financeira de São Paulo, com várias agencias bancárias, a maioria em prédios imponentes, a Rua Boa Vista tem uma pequena ponte e embaixo dessa ponte está a Ladeira General Carneiro, importante ponto de comércio. Ainda na Rua Boa Vista, há a es-

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quina com a Ladeira Porto Geral, e descendo a Ladeira fica a conhecida Rua 25 de Março, maior centro de comércio popular do país. Mais alguns metros a Rua Boa Vista termina, no também conhecido Largo de São Bento, onde estão a Igreja, Convento e Colégio de São Bento, o inicio da Rua São Bento, também importante rua comercial e o viaduto Santa Ifigênia. Após passar o Largo de São Bento, entramos a esquerda na Rua Líbero Badaró, que também como a maioria das ruas do centro velho, tem atrativos interessantes tais como: O edifício Sede do Banco do Brasil, e o Edifício Martinelli, primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo e no cruzamento da Libero Badaró com o Boulevard São João é possível ver a direita um pedaço do Vale do Anhangabaú e da Praça do Correio, onde se localiza o prédio da Agencia Central dos Correios e a esquerda uma visão privilegiada do Edifício Altino Arantes. No final da Libero Badaró chegamos a parte mais bonita do centro na minha opinião, o Viaduto do Chá, logo ao entramos no viaduto a primeira visão é a direita a Praça do Patriarca e o Prédio da Prefeitura de São Paulo, embaixo do Viaduto está o Vale do Anhangabaú e a Praça da Bandeira onde há uma enorme bandeira do Brasil e no final do Viaduto a Praça Ramos de Azevedo e o belo prédio do Teatro Municipal, nesse ponto muito gente desembarca mas a viagem ainda segue, contornando o prédio do Teatro Municipal pela Rua Conselheiro Crispiniano, chegamos a parte do centro conhecida como Cinelândia, por ser a região aonde abrigava as maiores salas de cinema da cidade tais como: Cine Olido, Cine Ipiranga e Cine Marabá.

Palácio da Justiça Após passar pela Conselheiro Crispiniano chegamos ao Largo do Paissandu, onde há a Igreja da Mãe Preta e do lado oposto as conhecidas Grandes Galerias, ou simplesmente Galeria do Rock já no inicio da Avenida São João, onde pegamos um pequeno pedaço dela até o cruzamento mais famoso de São Paulo, Avenida São João com Avenida Ipiranga, tema até de letra de musica. Entramos na Avenida Ipiranga para um trecho pequeno até a também muito conhecida Praça da Republica, onde está o prédio da Secretaria da Educação e aos domingos há uma feira de artesanato ao lado do prédio, no lado oposto da praça é possível também avistarmos o Largo do Arouche. E no lado posto ao prédio da Secre-

taria de Educação está o maior prédio de São Paulo, o Edifício Itália e o lado dele o Edifício Copan, conhecido pela sua arquitetura em forma de S. Após a Praça da Republica o trajeto da 2002 chega na sua parte final, pela Avenida São Luiz, onde estão Hotéis e grandes agencias de viagem, e no final dela está a Biblioteca Mário de Andrade a maior e com o maior acervo da cidade, e o antigo edifício sede do Diário Popular, seguimos pelo Viaduto Dona Paulina e Rua Santo Antonio, até chegarmos ao prédio da Câmara Municipal de São Paulo e mais abaixo a Praça da Bandeira e o Terminal, esse roteiro de trolebus pelo centro levou 22 minutos, hora de descer e seguir um trecho a pé.

ROTEIRO 2 • CULTURA Linhas: 8700/10 – Terminal Campo Limpo x Praça Ramos de Azevedo Empresa: Gato Preto Carro: 8 2296 (Caio Induscar Millennium Scania K270UB) e; 875M/10 – Perdizes x Aeroporto – Via Avenida Miruna Empresa: Tupi Transportes Carro: 6 2096 (Caio Induscar Millennium Volksbus 17-260EOT) A segunda parte do roteiro é do centro velho para a região da Avenida Paulista, para isso saí do Terminal Bandeira pela Ladeira da Memória chegando a Rua Xavier de Toledo em frente ao ponto final da linha 8700, que sobe pela Rua da Consolação e nos deixa na esquina com a Paulista, porém pra ganhar um tempo não peguei ela no ponto final, caminhei pela rua 7 da Abril até a Praça da Republica, com isso ganhei alguns minutos e evitei de passar de onibus em lugares repetidos, e ainda na rua 7 de Abril passei em frente ao prédio sede da Companhia Telefonica.

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Ao chegar no ponto da praça da Republica imaginei que não ia esperar por muito tempo, pois varias linhas dali serviriam para mim, e o primeiro a passar foi o 8700, já estava meio lotado, mas como é um trecho bem curto peguei ele assim mesmo. Logo ao sair da Praça da Republica passamos em frente ao Edifício Copan e atingimos a Rua da Consolação, rua de transito pesado e importante ligação do centro com a Zona Oeste, a nossa salvação é o corredor de ônibus, que mesmo não funcionando como deveria funcionar, quebra um grande galho.

O primeiro ponto é em frente a Praça Roosevelt, onde há uma igreja e o próximo em frente a Universidade Mackenzie, uma das mais conhecidas de São Paulo, nesse ponto o ônibus lotou bem, como eu iria descer logo, tratei de ir pra mais próximo da porta de saída. A região da Avenida Paulista é uma parte das mais altas da cidade, portanto pra chegar lá não importa o sentido que estamos, vamos pegar subida, e a Rua da Consolação é assim, uma subida. Nesse trecho já saímos do centro e

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DIÁRIO DE BORDO entramos no bairro da Bela Vista, e os pontos de interesse na Rua da Consolação são: O prédio do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o conhecido Colégio Marina Cintra e o Cemitério da Consolação. Logo após o cemitério chega a hora descer, desço na Estação de Transferência Paulista, em frente ao Teatro Belas Artes e bem na esquina da Rua da Consolção com a Avenida Paulista, tive que descer ali e pegar outro ônibus pois o 8700 não entra na Paulista, vai seguir rumo a Zona Oeste, desci e pra minha sorte o carro da linha 875M já chegou logo, embarquei nele vazio e fizemos o retorno no Complexo Viário da Consolação para entrarmos na Paulista. A Avenida Paulista é pequena, tem menos de 2 kms, mas nela está concentrado o centro financeiro de São Paulo, Hotéis de alto padrão encontram-se na avenida e nas ruas do entorno tais como: Rua Augusta e Alameda Santos, grandes prédios como por exemplo: O Conjunto Nacional, transito pesado o dia todo, muitas antenas de rádio e tv devido a sua localização privilegiada, numa parte alta da cidade, escritórios, e muitos atrativos culturais: Cinemas, Galerias, Teatros, Bares, Sedes de Estações de Rádio e TV, essa é a Avenida Paulista, a mais conhecida e mais importante de São Paulo, vale destacar o trecho aonde estão de um lado da avenida o prédio do MASP – Museu de Arte de São Paulo, com sua arquitetura bem moderna e do outro lado o Parque Trianon, um pedaço de verde no coração da cidade. O trajeto pela Avenida Paulista é curto, não leva mais do que 10 minutos e logo chegamos ao final dela (ou inicio, já que pegamos a avenida no sentido do fim para o inicio), em frente a Praça Osvaldo Cruz e o Shopping Paulista, e da Avenida Paulista

Centro de São Paulo visto do Edifício Copan até o bairro do Paraíso é um pequeno trecho pela Avenida Bernardino de Campos (continuação natural da Paulista) e o Viaduto Santa Generosa, até chegarmos em frente a estação Paraíso do Metrô e atravessando a praça e entrando na Rua Vergueiro chegamos ao Centro Cultural de São Paulo, que

fica ao lado do edifício do Centro de Controle Operacional do Metrô, o Centro Cultural possui biblioteca, teatro, cinema e sempre tem apresentações de diversas formas de manifestação cultural, a segunda parte do roteiro se encerra aqui com 35 minutos de percurso desde o centro.

MASP - Museu de Arte de São Paulo

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ROTEIRO 3 • NATUREZA Linhas: 5290/10 – Divisa de Diadema x Praça João Mendes Empresa: Tupi Transportes Carro: 6 2102 (Caio Induscar Millennium Volksbus 17-260EOT) e; 5118/10 – Terminal João Dias x Largo São Francisco – Via Morumbi Empresa: Viação Campo Belo Carro: 7 2254 (Caio Induscar Millennium MBB O-500M Piso Baixo Central) Parque do Ibirapuera

A terceira e ultima parte do roteiro é do Centro Cultural ao Parque Ibirapuera, é um trecho também curto, mas para não passar em lugares repetidos optei por fazer uma volta um pouco mais voltando o centro para então subir a Avenida Brigadeiro Luis Antonio. Em frente ao Centro Cultural na rua vergueiro esperei o 5290 para voltar ao centro, e pra minha sorte também não demorou, embarquei no carro também vazio para um trecho bem rápido pela Rua Vergueiro e Avenida Liberdade. Na Rua Vergueiro passamos em frente aos hospitais Beneficência Portuguesa e do Servidor Publico, já na Avenida Liberdade um trecho bem interessante, o bairro da Liberdade é reduto da colônia japonesa em São Paulo, e o bairro da Liberdade é todo decorado com arquitetura japonesa, é um lugar muito interessante de se conhecer e passear, todo domingo em frente a Estação de Metrô

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Liberdade há uma feira de produtos típicos japoneses. Logo após passarmos pela Liberdade estamos de volta ao centro, na Praça João Mendes, final da linha 5290, lá estão os fundos da Catedral da Sé e o Fórum João Mendes Jr. Para pegarmos um ônibus rumo ao Parque Ibirapuera temos que andar um trechinho a pé atravessando o Viaduto Maria Paula e chegando ao inicio da Avenida Brigadeiro Luis Antonio, no primeiro ponto da Brigadeiro passam inúmeras linhas que servem para ir ao parque, assim que cheguei lá, passou o 5118, embarquei. A Brigadeiro Luis Antonio é conhecida por ser considerada o pior trecho da tradicional Corrida de São Silvestre, que ocorre todos os dias 31 de Dezembro aqui em São Paulo, quem nunca ouviu falar da temida “Subida da Brigadeiro”? E realmente é uma

subida bem forte. Na Brigadeiro o transito é bem pesado e passam muitas linhas de ônibus rumo a Zona Sul, Vale destacar na Brigadeiro a praça Pérola Byington, e os Teatros Imprensa e Abril, tudo isso na primeira parte da avenida até o cruzamento com a Paulista. Após cruzarmos a Paulista, a Brigadeiro é uma descida até chegar no Ibirapuera, é um trecho pequeno mas com muito transito e essa terceira parte do roteiro eu encerro com 27 minutos de percurso, descendo no ponto em frente ao Monumento as Bandeiras e o prédio da Assembléia Legislativa, já na portaria do Ibirapuera, o maior e mais conhecido parque da cidade, uma área verde imensa encravada entre os prédios de São Paulo, e muito freqüentada, todos os finais de semana está lotado, e é hora de aproveitar e descansar um pouco no verde do Ibirapuera, um pedaço de Natureza em meio a “Selva de Pedra”.

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Adamo Bazani Benfica apresenta melhor proposta financeira para a compra da ETCD NOSSO TRANSPORTE

Foto: Acervo pessoal - Antonio Motta

Empresa com mais de 60 anos no ABC Paulista aguarda agora a análise da composição de valores por parte da prefeitura de Diadema, mas já está com tudo planejado e otimista para o início das operações

A Transportadora Turística Benfica, de São Caetano do Sul, e que opera linhas urbanas em outras regiões da Grande São Paulo, apresentou o maior valor no processo de privatização da ETCD – Empresa de Transportes Coletivos de Diadema. Os envelopes com as propostas financeiras foram abertos nesta sexta-feira, dia 29 de abril de 2011. Desde o ano passado, o Prefeito Mário Reali, do PT, tenta privatizar a última operadora pública de transportes coletivos do ABC Paulista, que acumula dívidas na ordem dos R$ 110 milhões, dos quais cerca de R$ 20 milhões para a Viação Alpina, que prestou serviços para a ETCD nos anos de 1990. O processo de privatização foi atrasado pro uma série de recursos, dente eles, movidos pela Auto Três Irmãos, de Jundiaí, no Interior Paulista, e da Cooperlíder, cooperativa de transportes coletivos de São Paulo. Nenhuma delas, no entanto, acabou entregando propostas para a compra do braço operacional da ETCD As propostas foram as seguintes:

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· Benfica Transportadora Turística (São Caetano do Sul): R$ 15 milhões 762 mil 998 e 28 centavos · Viação Umuarama (Paraná): R$ 15 milhões 300 mil · Viação Cidade Sorriso (Paraná): R$ 13 milhões 748 mil 057 e 17 centavos. · VIM – Viação Metropolitana (Recife): 12 milhões e 710 mil 483 e 44 centavos O valor inicial para a outorga era de R$ 9 milhões. O clima foi tenso no momento de abertura de envelopes e, mesmo se esperando que os valores superassem a outorga, surpreenderam por terem sido considerados altos. Algo positivo na visão do Sintetra, o sindicato que representa os rodoviários na região do ABC Paulista. Diante do sucateamento da ETCD e da tradição do Grupo Benfica no ABC, a categoria se diz otimista, como revela o diretor da entidade, João Roberto da Silva:

“Os valores e o interesse das empresas foram um ótimo sinal. O fato de a empresa ser do ABC Paulista também nos anima muito, pois ela já sabe da base da categoria e do piso salarial. Estive dias antes na garagem da Benfica e o pessoal parece trabalhar satisfeito por lá” – disse João Roberto da Silva. A responsável pelo d e p a r t a m e nt o jurídico da Benfica, Nilce Camargo Paixão, diz que a empresa vai conciliar toda a tradição que tem com a tecnologia que apresenta e que vai aproveitar ao máximo os funcionários da ETCD. “O grupo Benfica tem mais de 60 anos de ABC Paulista. Temos experiência e conhecemos muito bem a região. Operamos já urbanos e agora fretamento. Diadema pode esperar o melhor da empresa em questão de prestação de serviços mesmo: humanização e tecnologia. Já identificamos as necessidades de cada linha que até então era operada pela ETCD. Vamos trazer veículos 0 km e acessíveis como prevê o edital e aproveitaremos o máximo possível de funcionários que atuam na ETCD “ – disse a representante da Benfica. Ela diz estar confiante em relação aos próximos passos da licitação. A abertura de envelopes desta sexta-feira foi uma classificação parcial, segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Diadema. Agora a Prefeitura vai analisar as planilhas e as composições dos valores apresentados. Para isso não há um prazo definido, mas, segundo a Prefeitura, o procedimento não costuma durar muitos dias. Depois desta análise, cada participante tem 5 dias úteis para apresentar os recursos. Depois da apresentação dos recursos, as empresas eventualmente citadas têm mais 5 dias úteis para contra recurso.

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