Revista InterBuss - Edição 41 - 24/04/2011

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R EV I ST A

InterBuss

ANO 1 Nº 41 24/04/2011

E AGORA, BUSSCAR?

Venda da Tecnofibras, tida como solução para os problemas da encarroçadora catarinense, não foi aprovada

FIM DO DIRIGE-E-COBRA

Curitiba estuda acabar com a dupla função dos motoristas nos ônibus urbanos


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INFORMAÇÃO COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

JOSÉ EUVILÁSIO MOSTRA O CURIOSO TRANSPORTE EM SURUBIM/PE

Foto: José Euvilásio Sales Bezerra

Colunistas • Página 16

Jipes em operação na cidade de Surubim, em Pernambuco

Fotos da capa: Depto. de Engenharia - Unisc e Matheus Novacki

Edição número 41 • Domingo, 24 de Abril de 2011 • Concluída às 14h34 • Esta edição tem 20 páginas

EDITORIAL • Trólebus ou Biodiesel? ............................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 9 PÔSTER • Ailton Florêncio da Silva .............................. 10 COLUNISTAS • Fábio Takahashi Tanniguchi ............... 12 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 14 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 15 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 16 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 17 COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 18 Excepcionalmente, nesta semana não publicamos a coluna de Samantha Chaves, que volta na próxima quinzena.

Revista na Rede Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles: • REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso site: www.portalinterbuss.com.br/revista • GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br


EDITORIAL

Biocombustível ou ônibus elétrico? A deturpação Ultimamente fala-se muito em combustíveis alternativos como biodiesel, etanol, diesel de cana, hidrogênio, veículos híbridos, tudo mostrando uma preocupação com o meio ambiente. O estranho é que de um tempo pra cá, desde que começou-se a falar nesses combustíveis, esqueceram um pouco dos ônibus elétricos, que utilizam 100% limpa e têm uma grande durabilidade (haja visto os sistemas de trólebus em operação em algumas localidades com veículos dos anos 80 e em perfeito estado). O que estaria acontecendo? Uma mudança na conscientização? Como se sabe, no Brasil tudo é enrolado. Vários sistemas de trólebus acabaram sendo abandonados pelo caminho. Cito como exemplo o de Belo Horizonte, que até chegou a ter os veículos comprados, e o de Campinas, que teve um carro protótipo montado pela Marcopolo porém nunca rodou. Passados anos desses projetos engavetados, fala-se atualmente no etanol e no biodiesel como solução para a poluição. A matriz energética poluidora, que é o petróleo, acaba voltando à tona, agora como milagreira. Não seria mais fácil investir em sistemas de ônibus elétricos, operando em corredores exclusivos, com modernidade, acessibilidade e conforto, assim como operam em várias cidades europeias? Porém sempre opta-se pelo meio mais barato, pior para o passageiro e melhor para a imagem dos políticos, que com certeza aparecerão nas próximas eleições com caras de bons-moços dizendo que trabalham para

REVISTA

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

melhorar o meio-ambiente. As misturas com os combustíveis fósseis são pequenas e os benefícios para o meio-ambiente são pífios, se comparado com os veículos elétricos. Vejam como exemplo o biodiesel B10, que são 10% de mistura ao diesel convencional. Comunica-se à sociedade que um ônibus movido com B10 pode deixar de emitir na atmosfera, por exemplo, 1 tonelada de monóxido de carbono (números fictícios, apenas para demonstração). Ou seja, ele continua emitindo 9 toneladas de monóxido, mas isso não é nunca dito. Com um veículo elétrico, a emissão seria zero. Outra enganação é o tão comentado veículo híbrido, que usa diesel comum para fazer gerar energia elétrica e assim movimentar o motor de tração. Apesar da quantidade de combustível a ser usado é bem menor que num veículo com motor convencional, isso não acaba com a poluição, pois você vai emitir poluentes do mesmo jeito, mesmo que em menor quantidade. Vejam por exemplo algumas locomotivas ferroviárias. Parte delas também são híbridas, com óleo sendo usado para movimentar um gerador elétrico. Dá pra acreditar nisso, com toda aquela fumaceira que elas soltam pelas chaminés? Pois é, e são híbridas. Algumas coisas precisamos passar a buscar na internet para ficarmos melhor informados, pois se formos depender dos políticos ou da televisão, vamos continuar sendo ludibridados a acreditar que o transporte elétrico é ultrapassado e que o futuro está nos biocombustíveis, enquanto o real é o contrário. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Artigo sobre hobby Parabéns pela série de matérias sobre o hobby. Infelizmente muita gente está estragando o que no passado foi diversão de muitos e hoje tem sido motivo de estresse. Paulo Fagundes São Paulo/SP Nota da redação: Agradecemos o contato Paulo! Fique ligado em nossa coluna sobre o hobby a cada 15 dias, pois novos textos farão análises mais aprofundadas dos últimos acontecimentos.

Contatos em geral

Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem para o colunista ou para o repórter através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br e nõs faremos o encami-nhamento da mensagem à pessoa desejada. Na Revista InterBuss, você nunca fica sem contato ou sem resposta. Em até 72h respondemos sua mensagem. Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 17 A 23/04/2011

Venda da Tecnofibras fracassa e Busscar tenta nova saída Também não houve acordo com os credores; Tentativa de recuperação será capitalizar a encarroçadora

Sem acordo com credores O comprador exigiu uma recuperação judicial para eliminar riscos trabalhistas e tributários. Mas isso não é permitido pela legislação, que prevê a realização de um leilão de bens para levantar o dinheiro necessário à

Foto: Mário Custódio

A primeira alternativa para a recuperação da Busscar, segundo a própria direção, era vender uma das empresas do grupo, a Tecnofibras e destinar 100% dos recursos para o pagamento de “compromissos trabalhistas” e “capital de giro”. Com mil funcionários, a Tecnofibras produz peças e acabamentos em plástico reforçado com fibra de vidro para a Busscar e outras montadoras. A primeira etapa da recuperação previa ainda um “alongamento dos passivos (dívidas) do acordo de credores e a captação de novos recursos junto a bancos para financiar o capital de giro da operação”, segundo documento fornecido pela empresa. A Virtus, que negociava as alternativas, chegou a receber propostas relacionadas à Tecnofibras, mas não conseguiu fechar negócio. A estimativa era de que fosse possível alcançar R$ 60 milhões.

Ônibus da Nielson, antecessora da Busscar: sem saída, empresa deverá buscar capitalização quitação de dívidas. As conversas com os credores também não evoluíram. Por isso, a Busscar partiu

para a segunda etapa do plano de recuperação: a capitalização da fabricante de ônibus. (Diário Catarinense)

Superlotação da Linha Turismo em Curitiba causa protesto de usuários As pessoas que pegaram neste sábado (23) o ônibus da Linha de Turismo de Curitiba, com prefixo BT006 e placas AQP 4223, da capital, relatam um dia de terror devido à falta de segurança e a superlotação. Após o motorista parar, na Praça Tiradentes, no centro da capital, os turistas desceram do ônibus da Linha Verde e fizeram uma manifestação. A professora Elizabeth Brusch, de Joinville - SC, explica o que aconteceu.: “Aconteceu que nós aproveitamos esse feriado para utilizar a Linha Turismo de Curitiba, que é tão divulgada, e nós tivemos hoje uma tarde de terror. Uma tarde

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de pânico, de stress total. Pessoas se empurrando, se amontoando no meio do corredor, sem banco, andando a mais de três horas dentro de um ônibus, e culminou com a chuva, as pessoas na parte de cima, sem proteção nenhuma. Nós reivindicamos que a Prefeitura de Curitiba faça um pedido formal de retratação, de desculpas a todas as pessoas que entraram nesse ônibus, e nós pedimos também o nosso dinheiro de volta”. Segundo o farmacêutico Weslem Garcia Suhett, que veio fazer turismo em Curitiba da cidade de Alegre – ES, ficou revoltado com a situação, principalmente com a atitude da Polícia Militar.

“Ao ligar para Polícia Militar daqui eles falaram que a PM não é responsável por isso. Ai retornei a ligação, a pessoa que me atendeu era um Cabo do setor de emergência, passou para um superior deles, a mesma informação. Só depois que eu pedi patente, nome e falei que eu ia entrar em contato com a imprensa foi que eles me deram retorno, e falaram que dentro de cinco minutos estariam na Tiradentes junto com a URBS. Mas, pelo que eu entendo a Polícia Militar tem que ver a segurança da população. E, mesmo que não fosse eles os responsáveis, estavam infringindo uma lei de trânsito, eles tinham que parar esse ônibus pelo menos por isso”. (CGN)

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Foto: Divulgação

A SEMANA EM 10 TEMPOS

Metrópolis traz Justiça decide que vale12 novos ônibus transporte não é dinheiro para a região de Serra Negra/SP

Vale-transporte: valores pagos em dinheiro aos trabalhadores não são complemento O auxílio-transporte pago em dinheiro pelas empresas aos funcionários para bancar o deslocamento entre a residência e o trabalho não sofre incidência da contribuição previdenciária. Foi o que entendeu a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça em março, em acórdão que alterou a posição da corte. Por unanimidade, os ministros adotaram o entendimento do Supremo Tribunal Federal a respeito, que desde 2010 considera essas verbas indenizatórias. Até então, apenas o auxílio entregue aos trabalhadores em forma de vales ou cartões, e não em dinheiro, era considerado isento. Valores pagos habitualmente em espécie eram considerados verba salarial complementar, e sofriam tanto a retenção quanto a incidência referente à contribuição devida pela empresa, calculada sobre a folha de pagamento. A posição se baseava no Decreto 95.247/1987 que, em seu artigo 5º, proibiu que os empregadores substituíssem o subsídio por dinheiro. A norma regulamentou a Lei 7.418/1985, que criou o vale-transporte. A única exceção era a falta de vales fornecidos pelo Estado, quando o empregador poderia ressarcir aos trabalhadores gastos já efetuados. Caso contrário, os pagamentos seriam considerados “mera liberalidade, com natureza salarial”, nas palavras do ministro Castro Meira, relator dos Embargos de Divergência

responsáveis pela mudança de entendimento do STJ. Serviu de base para a revisão o acórdão do STF lavrado em março do ano passado, pelo Plenário. Ao relatar o Recurso Extraordinário 478.410, o ministro Eros Grau, hoje aposentado, afirmou que, mesmo quando pago em dinheiro, o vale-transporte não tem natureza salarial, mas indenizatória e, portanto, não pode ser tributado. Divergiram apenas os ministros Marco Aurélio e Joaquim Barbosa, que entenderam ser o valor vantagem remuneratória, principalmente se pago habitualmente. “Reconhecida a inconstitucionalidade da incidência da contribuição previdenciária sobre o benefício do vale-transporte, seja ou não pago em pecúnia, não há outra alternativa senão a de também sufragar esse entendimento, tendo em vista a orientação da Suprema Corte”, disse o mi-nistro Castro Meira em seu voto. Antes, pelo menos três decisões da 2ª Turma reconheceram a necessidade da mudança. Em agosto, foi o próprio ministro Castro Meira, no REsp 1.180.562. Um mês depois foi a vez do ministro Herman Benjamin, no REsp 1.194.788. Também em setembro o ministro Humberto Martins julgou o Agravo Regimental 3.394, lembrando da decisão do Supremo. (Consultor Jurídico)

Qual surfista nunca teve certeza de que foi ignorado por um motorista de ônibus só porque carregava uma prancha? Ou quantos não desistiram de pegar uma onda só porque sabem como é difícil carregar todo seu equipamento em pé e num coletivo lotado? Criação de surfista para surfista, o Surf Bus Beach Tour é a garantia de que os fãs

do esporte não terão mais desculpa para ficar longe das praias. O veículo, que estreou em 2000, voltou a circular no começo de fevereiro após quase dois anos fora das pistas por falta de patrocínio. Diariamente, ele sai do Largo do Machado até a Prainha, passando pelas praias da Zona Sul. (Jornal do Brasil)

Ônibus do Surf está de volta no RJ

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A Região do Circuito das Águas terá mais 12 novos ônibus a serviço dos usuários a partir da próxima semana. A Empresa Metrópolis T.V. Ltda deverá apresentar os novos coletivos na semana posterior à Páscoa. Um dos modelos foi mostrado em Serra Negra no dia 18 de abril. Ônibus com características urbanas, chassi Mercedes Benz OF 1418-E com carrocerias Marcopolo modelo Torino e carrocerias Comil modelo Svelto. Esses coletivos estão de acordo com as normas vigentes de acessibilidade, com plataforma elevatória, local próprio para cadeirante, banco para obeso e banco para deficiente visual acompanhado de cão guia. Usam como combustível o biodiesel a 5% que reduz a emissão de gases poluentes. Esses veículos juntam-se a outros cinco que já operam no Circuito das Águas e Sul de Minas Gerais desde março. Ao todo a empresa investiu R$4,6 milhões. (O Serrano)

Ônibus de prefeitura é parado por falta de condições

Um ônibus da Prefeitura de Bebedouro, que transportava 20 pacientes para tratamento de saúde no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, foi interditado pela Polícia Militar Rodoviária durante uma fiscalização feita na manhã de terça-feira (19), na Rodovia Atílio Balbo, em Sertãozinho. De acordo com dados da polícia, o veículo foi proibido de seguir de viagem porque não tinha condições de circulação, por conta de sua situação precária. A prefeitura enviou um novo veículo para que os passageiros não perdessem suas consultas. A fiscalização, que teve como objetivo checar o estado de conservação de ambulâncias e ônibus que transportam pacientes da região a Ribeirão, aconteceu por duas horas. No período, foram aplicadas oito multas. As irregularidades encontradas foram passageiros sem cinto de segurança, veículos mal conservados e ambulâncias transportando passageiros em excesso. (EPTV.com)

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UITP premia Scania por ônibus a etanol Foto: Wesley Araújo

A partir do mês de maio, os primeiros 50 ônibus movidos a etanol da cidade de São Paulo começam a circular. O prêmio pela inovação que representam, porém, já chegou. O projeto foi reconhecido internacionalmente como a melhor iniciativa em transporte urbano sustentável na América Latina. A montadora Scania, responsável pela tecnologia, recebeu, nesta semana, a premiação International PTx2 Awards (Public Transport times two) na categoria “Tecnologia e Inovação”. Organizada pela International Association of Public Transport (UITP), a premiação reconhece e motiva iniciativas que contribuam para ampliar a participação do transporte público no mundo e faz parte do 59° Congresso e Exposição Mundial de Mobilidade e Transporte Urbano. A prefeitura de São Paulo já aprovou uma frota de 200 ônibus movidos a etanol. A previsão é de que, até 2018, 15 mil ônibus municipais passem a operar com combustíveis renováveis. (Zero Hora)

Ônibus movido a etanol em operação em São Paulo: montadora sueca é premiada

Projeto quer acabar com dupla função em Curitiba

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Foto: Matheus Novacki

A dupla função que alguns motoristas do transporte coletivo de Curitiba são obrigados a fazer no trabalho foi tema de discussão semana passada, quando o plenário discutiu o projeto de lei que proíbe que o motorista também faça a cobrança da passagem de ônibus. O objetivo da proposta, segundo o autor do projeto, vereador Denilson Pires (DEM), é prevenir acidentes e proteger a saúde do trabalhador. Semana passada, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas do Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), convocou a categoria para participar do debate e pressionar os vereadores na hora da votação do projeto. Há tempos o Sindimoc se manifesta contra a dupla função desenvolvida pelos motoristas. Denilson Pires, que já foi cobrador de ônibus e presidente do Sindimoc, alerta para a dificuldade da função, especialmente com o tipo de trânsito enfrentado na Capital. “É absolutamente incompatível obrigar o motorista de transporte coletivo a efetuar cobrança de passagens, diante do paradoxo gerado pela pressão do cumprimento de horários e o constante aumento de fluxo de veículos”, justificou. O tema, aliás, já foi motivo de discussão desde a semana retrasada. “A dupla função deveria ser banida. Motorista e cobrador devem trabalhar nos ônibus, inclusive para a segurança”, posicionou-se o vereador Pedro Paulo (PT), logo após a explanação de um

Ônibus em Curitiba: projeto quer acabar com cobrança de tarifa pelo motorista outro projeto, do vereador Jair Cézar (PSDB), sobre pagamento de salário diferenciado a motoristas que conduzem veículos fora do padrão. Acidentes — Para embasar o seu projeto, Pires alerta sobre o aumento do número de acidentes no transporte coletivo. De acordo com o Sindimoc, ocorreram 784 acidentes em 2009, que deixou 571 feridos e, em 2010, foram 819 acidentes e 582 feridos. A frota de ônibus da Capital representa menos de 1% do total de veículos emplacados na cidade, mas estão em pelo menos 10% dos acidentes com vítimas. Pires ainda apontou os casos de afastamento do profissional do trabalho, muitas vezes causados pela estafa. Afastamentos por estafa e depressão são muito comuns, chegando ao índice de 8% sobre o total de profissionais, segundo ele.

Salário diferenciado — Já o vereador Jair Cézar defendeu um requerimento para que o Executivo crie uma política de salários diferenciados para os motoristas que dirigem veículos fora do padrão, como os novos biarticulados azuis que fazem a linha Ligeirão. O requerimento de sugestão ao Executivo, submetido ao plenário na semana passada, foi aprovado. Um dos motivos da sugestão se baseia em prevenção quanto à sobrecarga ao profissional. O terceiro-secretário da Câmara e motorista de ônibus por mais de 15 anos, vereador Jairo Marcelino (PDT), também se pronunciou. Sugeriu a redução de uma hora diária na jornada de trabalho, para beneficiar esses motoristas que dirigem veículos fora do padrão. (Bem Paraná)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Justiça devolve ônibus da Princesa do Sol Foto: Luciano Roncolato

A empresa Viação Princesa do Sol recuperou os 19 ônibus, sequestrados no último dia 22 de março, por meio de liminar judicial. O parecer do Tribunal de Justiça favorece que a empresa disponibilize novamente os veículos ao sistema de transporte da Capital, porém, eles ainda estavam estacionados em Goiânia. A previsão da empresa é que chegassem no começo deste mês. Os ônibus foram sequestrados devido a uma dívida contraída pela empresa, no valor de R$ 5 milhões, em 2006 do Banco Moneo e usado na compra de 45 veículos novos. O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores de Empresas do Transporte Terrestre de Cuiabá e Região, Olmir Justino Fêo, diz que foi informado pela empresa da liminar, mas como os ônibus já haviam sido retirados de Cuiabá, será necessário fazer o transporte. Os veículos, no momento, estão em Goiânia e deveriam ter chegado até o dia 1º, segundo ele. Enquanto isso, Olmir diz que os trabalhadores ainda estão apreensivos e com a situação econômica insegura, pois estão parados devido à falta de ônibus para rodar. O gestor da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), Edivá Alves, diz que soube extraoficialmente da liminar e aguarda comunicado oficial da empresa para colocar novamente os veículos

Ônibus da Princesa do Sol em operação: empresa conseguiu recuperar frota na justiça à disposição dos usuários. De qualquer forma, afirma que a Prefeitura não tem mais interesse em manter contrato com a empresa Princesa do Sol e estuda a rescisão do contrato. “A população tem reclamado muito”. O proprietário da empresa Princesa do Sol foi procurado, mas após falar com 3 funcionários, não conseguiu localizá-lo para

comentar a decisão judicial. Atualmente, 3 empresas atuam no transporte coletivo de Cuiabá. A Pantanal Transportes tem 194 ônibus em circulação e a Norte e Sul tem 103. A Princesa do Sol tem a menor porcentagem de coletivos (18%) e, segundo dados da SMTU, 65 veículos da empresa circulavam na Capital. (O Documento)

Ônibus executivos passam a ligar aeroporto de Campo Grande/MS a hotéis da cidade

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Foto: Divulgação

Entrou em circulação semana passada no aeroporto internacional de Campo Grande, dois ônibus executivos que transportam os passageiros que chegam ao local, para os hotéis onde ficarão hospedados. O serviço executado pela Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Assetur) foi determinado pela Prefeitura de Campo Grande, por meio da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). O primeiro trajeto levou 11 turistas para os hotéis. A tarifa terá valor diferenciado, no valor de R$ 8, porém o trajeto dos veículos será combinado entre os motoristas e passageiros que embarcarem, a fim de levá-los aos hotéis em que estiverem hospedados. De acordo com o diretor-presidente da Agência, Rudel Espíndola Trindade Júnior estão em funcionamento dois ônibus e devido aos eventos que estão em acontecendo em Campo Grande, mais um veículo fará o reforço da linha. “Desde o início da semana a Capital conta com eventos como a Expogrande, congresso médico e temos ainda o feriado de páscoa, por isso a solicitação de ônibus reserva”, explica.

Para o presidente da Assetur, João Rezende o compromisso firmado com a Prefeitura é oferecer ao visitante um transporte ágil e confortável, já que o aeroporto é um dos cartões de visita da cidade. “Cumpriremos assim a determinação do prefeito Nelsinho Trad de dis-

ponibilizar um serviço de qualidade, a principio realizando somente o serviço de desembarque dos passageiros nos hotéis e, posteriormente estamos planejando o serviço de embarque dos hotéis para o aeroporto de Campo Grande”, detalha Rezende. (Campo Grande)

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William Gimenes O sistema de transporte público de São José dos Campos Fotos: William Gimenes

COLUNISTAS

Novas cores nos ônibus de São José dos Campos: Julio Simões ficou com o laranja, Expresso Maringá com o verde e a Saens Peña, a última empresa a assumir as linhas, ficou com o azul

O atual sistema de transportes de São José dos Campos, principal cidade do Vale do Paraíba paulista e do eixo da Rodovia Presidente Dutra começou a ser formatado a partir do ano de 2008, quando as empresas Júlio Simões (por R$ 4,2 milhões) e Expresso Maringá (por R$ 5 milhões) venceram a licitação para operar os lotes 2 e 3 da cidade, em substituição à São Bento, que operava desde a década de 60. O lote 1 tinha sido ganho pela empresa Transmil, de Uberaba, mas a decisão foi impugnada na justiça. Mais precisamente no dia 19 de julho de 2008, um sábado ensolarado, os novos veículos das duas empresas, pintados com a nova padronização do município (verde-claro para a Expresso Maringá e laranja para a Júlio Simões) passaram a dividir espaço com os ônibus, muitos deles de

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chassis Scania, Volvo e de motorização traseira da Mercedes-Benz, das empresas Capital do Vale e Real. Muitos destes carros vieram da cidade do Rio de Janeiro, e possuíam arcondicionado (geralmente desligado) e câmbio automático. No começo alguns veículos possuíam TV, DVD e vídeo-cassete (nos veículos mais antigos). As empresas São Bento, Real e Capital do Vale eram pertencentes a René Gomes de Souza, o que caracterizava um monopólio na cidade. Nesta época havia uma integração tarifária precária na cidade (que começou em julho de 2004), que contemplava apenas 37 das 89 linhas da cidade. Os veículos que participavam de tal benefício tinham uma faixa em azul com letras brancas próximo à porta de entrada com a palavra INTEGRAÇÃO.

Além disso havia o transporte alternativo, egresso do final dos anos 90, feito todo com vans, ele existe até hoje. Mas a primeira integração tarifária e física na cidade ocorreu mesmo em 1983: a Rodoviária Velha (que desde 1975 tem a função de Terminal Urbano) foi cercada (como os Terminais de Campinas) e dentro do espaço era possível embarcar em um novo coletivo sem o pagamento de passagem. Tal sistema não atingiu os anos 90, pois me lembro que em agosto de 1989 a Rodoviária Velha já era totalmente aberta, da mesma forma que é hoje. Assim, o lote 1 continuou sendo operado pela Capital do Vale (que operava na cidade desde 1984) e pela Real (também operadora desde o mesmo ano; ambas eram cisões da São Bento), até que a justiça determinasse a entrada da Transmil ou uma nova licitação, o que acabou ocorrendo. No dia 30 de junho de 2010 o resultado da licitação para o lote 1 de São José dos Campos foi definido: derrotando a Rodoviária Metropolitana Ltda., com origem em Recife, a Viação Saens Pena, empresa do grupo Jacob Barata e que opera no Rio de Janeiro desde 1996, foi a vencedora, passando a operar a partir do dia 7 de fevereiro deste ano, com sua frota de GranViale O-500U, Apaches Vip OF-1722 e Sênior Midi OF-1418, estes sem cobrador. Não houve mudanças nos números e nem nos nomes das linhas da cidade. No último dia 15 de abril, a população joseense passou a contar com a integração total entre suas 89 linhas através do cartão eletrônico. O passageiro pode utilizar mais de um ônibus no seu deslocamento de uma região para outra pagando somente uma única passagem. Isso, em um período de duas horas. O benefício será permitido no mesmo sentido de destino (ou na ida ou na volta). Só o usuário que utiliza o cartão eletrônico tem direito à integração. Assim, a cidade foi uma das últimas no Estado de São Paulo a abolir os arcaicos passes de papel. O sistema de transportes de São José dos Campos é composto por 89 linhas e 392 veículos. Mensalmente são realizadas cerca de 6,5 milhões de viagens. O transporte alternativo é operado somente por vans, com 32 linhas. Há um corredor de ônibus, de cerca de 4 quilômetros de extensão. A linha mais longa vai para o distrito de Eugênio de Melo, já na divisa com Caçapava, e é da Júlio Simões. A linha mais curta liga a Rodoviária Velha à Rodoviária Nova: tem 2400m de extensão. Hoje os veículos mais antigos são do ano de 2008. Os únicos terminais urbanos da cidade ficam no Centro (a Rodoviária Velha) e no Terminal Rodoviário. A partir desta edição, o jornalista William Gimenes passará a escrever semanalmente neste espaço, sempre trazendo excelentes relatos de várias cidades brasileiras.

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REVISTA

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Ailton FlorĂŞncio da Silva



Fábio Takahashi Tanniguchi Simuladores de caminhão e ônibus para treinar motoristas

PARADA DIGITAL

Há anos, pilotos de avião passam por treinamentos usando simuladores. No ramo da aviação, os simuladores são de altíssimo nível, e são verdadeiras cabines que inclinam quando o piloto inclina o avião e possuem um painel de instrumentos idêntico ao do modelo real. Assim, as companhias aéreas fazem com que pilotos recém-contratados passem por um período de adaptação para se acostumar ao novo equipamento, além de proporcionar reciclagem aos pilotos que já estão na ativa na empresa. A série Flight Simulator ajudou a puxar o desenvolvimento dos simuladores, principalmente através dos gráficos e da parte física que esbanja realismo. Porém, o jogo não seria nada sem os add-ons (adicionais que podem ser baixados ou comprados). Com cenários ultra-realistas e aviões muito bem elaborados por terceiros, o Flight Simulator foi mostrando seu potencial. Comprando as cabines artesanais, o jogo vira de fato um simulador com cara de profissional. E isso já vem de algum tempo, pois especula-se que os terroristas dos ataques de 11 de setembro de 2001 tenham feito treinamentos usando o Flight Simulator. Mas e os ônibus e caminhões? Infelizmente, não é algo muito comum, especialmente pois ainda temos empresários com visão extremamente conservadora e antiquada, além de outros que não são muito bem informados e esclarecidos. É triste que tenha empresa de ônibus que ainda gasta diesel para treinar motoristas, o que é inclusive perigoso. Se a dúvida está no nível de realismo dos simuladores, muitos podem se surpreender: os simuladores podem chegar a um nível de realismo comparável ao de um treinamento em pista, mas pondo em prova muita mais técnica do motorista. Isso porque os simuladores podem simular problemas mecânicos, animais na pista, arrancada em subida íngreme, direção em chuva forte com neblina, curvas com veículos fora do convencional (especialmente articulados e biarticulados, no caso dos ônibus) e outras situações. O treinamento de caminhoneiros por meio de simuladores ainda está engatinhando. O SEST/SENAT, em parceria com a Oniria, de Londrina, fez um projeto de treinamento de motoristas usando simuladores. É um projeto interessante,

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Simuladores para avião e caminhão. Fotos: Reprodução Varig Flight Training Center e Assessoria de Imprensa/MAN Latin America mas falta muito em relação ao próprio painel do veículo, que ainda é um volante daqueles que se compra em loja de informática para jogar Need for Speed, GTA e similares. Nesse caso, uma parceria com algum fabricante de caminhões seria interessante, como foi feita em São Paulo com a, na época, Volkswagen Caminhões e Ônibus. Aí sim o realismo é maior e inclusive permite a adaptação do motorista ao modelo real. Mas, de fato, o treinamento com simuladores está só começando. Mais tarde, quem sabe, as empresas de ônibus começam a abrir os olhos e investem em projetos de simuladores de ônibus. Ou mesmo os fabricantes de chassis, que tanto falam de segurança, começam a apoiar projetos nesse sentido. Afinal, no treinamento de caminhoneiros, os projetos já existem e a expansão é mais por uma questão de tempo e de visão dos empresários, que precisam perceber que treinamento e reciclagem são investimentos necessários. Lógico que não estou aqui menosprezando o treinamento na rua, mas ele é um estágio avançado, que só deveria ser alcançado depois do motorista ou aspirante a profissão ter feito treinamento em

simulador e demonstrado que sabe dirigir e não vai fazer besteiras muito graves no treinamento de rua. Vale lembrar que as auto-escolas já começaram a se mexer também e várias já investem no treinamento usando simuladores, e isso foi inclusive matéria do Olhar Digital na última semana. O simulador usado até fazia contagem de erros cometidos pelo motorista, e caso o motorista cometa um acidente, o simulador reinicia e o motorista só termina sua “jornada” quando fizer um ciclo inteiro sem erros graves. O instrutor pode ir aconselhando aluno por aluno, se concentrando nos erros de cada um. O trânsito melhor depende da boa formação dos motoristas. A boa viagem de um passageiro de ônibus também. Você pode ver o vídeo do simulador do SEST/SENAT em parceria com a Oniria no link abaixo. http://www.oniria.com.br/simuladores/ videos.php Matéria do Olhar Digital sobre simuladores para auto-escolas http://olhardigital.uol.com.br/produtos/ central_de_videos/simuladores

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• Dica de Software Bus - Tram - Cable World of Subways - Volume 1 (New York Underground - The Path) car Simulator - San Francisco Como sempre, venho com jogos alternativos, mas não menos interessantes. Mas desta vez não com um jogo de caminhão ou de ônibus, e sim um de metrô. Sim, há uns 10 anos acho que ninguém ia resolver fazer um simulador de metrô, mas fizeram. Inclusive o que vou falar hoje foi o início de uma série muito bem sucedida na Europa, especialmente na Alemanha. A série World of Subways começou com Nova York, passou por Berlim e chegará até o final do semestre com o terceiro volume, com o famoso metrô londrino. Vamos ao primeiro volume, que aborda uma parte especial do metrô de Nova York, com quatro linhas (uma é uma derivação aos finais de semana e feriados): • Hoboken - WTC (World Trade Center) (apenas nos dias úteis) • Journal Square - 33rd Street (apenas nos dias úteis) • Journal Square - 33rd Street (via Hoboken - apenas aos finais de semana e feriados) • Newark - WTC (World Trade Center) Não é uma malha muito grande, especialmente pois a série estava ainda começando. Nem se compara aos mais de 30 km de linha da edição de Berlim. Mas não deixa de ser interessante. Com 3 modelos de vagões, é possível explorar bem o trajeto das 4 linhas. É preciso tomar cuidado para abrir o lado correto das portas, fazer os anúncios obrigatórios (de próxima estação, estação atual, destino do trem, fechamento de portas, chegada à última estação da linha) e prestar atenção aos limites de velocidade. Os comandos podem parecer difíceis no início, mas se tornam fáceis com a prática. A estação World Trade Center é um destaque à parte, já que fica bem na área das antigas “torres gêmeas”, e é possível ver logo na chegada o “vazio” existente no terreno onde haviam as torres. Um verdadeiro registro histórico. A linha de Newark, que liga o aeroporto de Newark até o World Trade Center, tem boa parte do trajeto “overground” (sobre a terra) e lembra bastante trens metropolitanos da CPTM até iniciar o trecho abaixo da terra. Ao final de cada linha, aparecerão os pontos acumulados, através de uma ficha. Se o jogador tiver cumprido a maior parte das regras (respeito aos limites de velocidade, respeito aos horários, etc.), ele terá maior pontuação. Mas isso é um tanto chato. Preocupe-se em aproveitar a paisagem e em respeitar as regras básicas para não descarrilar a composição. O jogo pode ser comprado na Aerosoft Shop, como todo jogo da TML-Studios, ao custo de 19,95 euros. Boa diversão! Para entrar em contato com Fábio Takahashi Tanniguchi e tirar dúvidas ou sugerir pautas para sua coluna quinzenal, é só enviar uma mensagem para o seu e-mail: fabiott@revista.portalinterbuss.com.br

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AS FOTOS DA SEMANA Algumas fotos da atualização desta semana do Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1. Bela foto do novíssimo Mega BRT de Curitiba, por Adamo Bazani • 2. Viaggio G7 da Redenção ainda sendo preparado para entrega, na foto de Maicon Igor Barbosa • 3. Jum Buss 360 da Dois Irmãos a serviço da Transbrasil, por Christian Fortunato • 4. Marcopolo Paradiso GV da Penha, por Maicon Igor Barbosa • 5. Marcopolo Torino da Andorinha em linha dentro do Mato Grosso do Sul, por Reginaldo Vieira • 6. Mais um Paradiso GV, agora da Princesa dos Campos na belíssima foto de Matheus Novacki • 7. Um dos dois novíssimos Paradiso G7 1200 da Bortolotto, na foto de Anderson Ribeiro • 8. Um dos vários Paradiso G6 remanejados da Danúbio Azul para a Auto Viação Bragança, por Kelvin Caovila • 9. Novíssimo Paradiso G7 da Andorinha em primeira viagem, por Francisco Ivano • 10. Novíssimo Açaitur saindo da Busscar semana passada, por Michel Oliveira.

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MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas

23/04/2011 • Equipe do site Megabuss em visita à cidade de Itupeva. Da esquerda para a direita: Sérgio Carvalho, Tiago de Grande e Marcus Prado. Visitem o site Megabuss, sempre atualizado com fotos de diversas localidades: www.portalinterbuss.com.br/megabuss

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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José Euvilásio Sales Bezerra As lotações do agreste

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

CIRCULANDO

Surubim, terra do saudoso apresentador Chacrinha, convive diariamente com jipes no transporte Os veículos-padrão de transporte coletivo em quase todo o Brasil são os ônibus urbanos. Novos ou velhos, bem ou mal cuidados, eles estão na maioria das cidades do Brasil. Mas em algumas cidades menores, como Embu das Artes, na Grande São Paulo, o transporte coletivo é realizado quase que inteiramente por micros, mini-ônibus e vans. Mas o que poucas pessoas sabem é que em algumas cidades do interior de Pernambuco, o transporte coletivo é realizado por outro tipo de veículo. No último final de semana estivemos na cidade de Surubim, que fica a aproximadamente 130km de Recife, Pernambuco. No transporte coletivo da cidade não existe ônibus, micros ou vans. Ele é praticamente feito inteiramente por jipes Toyota Bandeirante. Além dos jipes, existem as famosas mototaxis. E, por fim, os taxis tradicionais. Mas, normalmente, eles ficam mais restritos ao transporte de pessoas que vão viajar para Recife e não querem ir de ônibus rodoviário – os Torinos Intercity ou Marcopolo Ideale da 1002 – que chegam a levar quase três horas pra fazer um trajeto que, segundo dizem, de

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carro se faz em 1h30min ou algum outro trajeto onde, pela circunstância, seja mais complicado ir de jipe ou moto-taxi. Os jipes Toyota Bandeirante usados no transporte coletivo da cidade, segundo me foi dito, em sua maioria, são veículos adaptados: tiveram seu entre-eixos alongado para que pudesse levar mais pessoas, com o acréscimo de um lugar a mais e duas portas traseiras – uma em cada lado. Em alguns, chegou-se a usar ainda uma parte do bagageiro interno para que fosse colocada uma terceira fileira de bancos, mais uma terceira portinha em cada lado do veículo. Tudo coberto por um teto de lona. Um autêntico Jipão, que atua como uma “lotação do agreste”. E, como é um Jipão, não é de se esperar muito em termos de conforto. Mas o veículo é eficiente para o tipo de transporte a que se presta. Muitas vias não são asfaltadas e, em consequência, possuem relevo muito acidentado. Esse veículo, por sua resistência e tração, consegue vencer essas dificuldades com mais eficiência do que um Volare ou um Pícollo, por exemplo. No entanto, o problema de asfaltamento foi resolvido em algumas ligações de

Surubim com municípios menores, como Vertente do Lério, que dele foi desmembrado há alguns anos. A estrada, antes vicinal, hoje está asfaltada com pista simples em cada sentido, com um tráfego intenso de caminhões. Itinerários – Nos jipes não há plaquinhas que indicam itinerários nem alguém gritando o destino do veículo. No centro os itinerários bem definidos, então, aparentemente, não há uma sobreposição grande de linhas. O itinerário também não é tão rígido. Se não houver outra pessoa no veículo, o condutor pode fazer as vezes de taxi e deixar o passageiro em outro ponto, não muito longe de seu trajeto normal. No centro, onde todas as linhas se encontram, é que pode haver confusão. Mas, como a cidade é pequena, a população deve reconhecer fácil quem faz qual linha. Esses veículos circulam predominantemente no centro de Surubim, em itinerários circulares. Alguns deles operam linhas que ligam a cidade com municípios vizinhos ou distritos ou bairros mais afastados. Nessas ligações mais distantes, a frota de jipes é bem menor que as das linhas mais centrais. Como a maioria das pessoas que moram fora da cidade são sitiantes, que não costumam a vir ao centro com muita frequência, a demanda não exige tantos carros nessas linhas. As exceções são dias específicos, como os dias de pagamento de benefícios sociais ou os dias das feiras no centro de Surubim – quartas e sábados – onde há um número maior de deslocamentos dessas regiões mais distantes para o centro. Nesses dias, a frota dessas linhas é reforçada. Mas, seja em que dia for, depois das 18h00 é muito difícil conseguir uma condução para essas áreas. Nos dias de feira na cidade, os jipes lotam por dentro e por fora. Por dentro: o número grande de passageiros, um grudado no outro – alguns sentados no bagageiro interno, inclusive; por fora: os pacotes e sacolas colocados nos bagageiros, que ficam no teto de lona dos veículos; e, em alguns casos, atrás: passageiros que seguem pendurados no para-choque traseiro ou na escada de acesso ao bagageiro. O preço da tarifa nas linhas mais centrais é de R$ 1,00 e pras linhas mais distantes R$ 2,00. Mas isso varia. No meu caso, precisei usar esse veículo para uma viagem a um local mais distante e me cobraram R$ 5,00, sendo que estavam eu, minha irmã e sua filha – devem ter dado um desconto para a menina. O que procuramos passar nas linhas acima é um pouco do que é o transporte coletivo no interior de Pernambuco. Realidades semelhantes existem em cidades vizinhas da região. Realidades precárias mas, ao mesmo tempo, pitoresca e que mostra como a sociedade é capaz de se adaptar à completa omissão do Estado.

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Marisa Vanessa N. Cruz Estamos na Páscoa. Vamos refletir um pouco?

VIAGENS & MEMÓRIA

Foto: Divulgação

do assunto principal “ônibus”, verifique o regulamento de cada lista, e veja o que é restrito ou não. Veja se a lista é restrita somente sobre ônibus rodoviários ou é abrangente também a trens e outros meios de transporte, e verifique outras restrições e finalidades. - Em blogs e fotologs, onde normalmente as pessoas escrevem sem se identificar, quando ler ofensas ignore-as. Donos de blogs/ fotologs mantenham sempre a moderação, sempre excluindo qualquer linguagem ofensiva. - E por último, evite atritos e inimizades com outras pessoas. Vamos ser pacíficos, e a melhor maneira de evitarmos problemas é conversar e resolver o problema.

Hoje, semana santa e da Páscoa, quero especialmente aproveitar para escrever sobre nossos valores perante nosso hobby e minhas experiências de vida acerca deste. O que irei escrever são as dicas básicas para que possamos entender e refletir sobre nosso comportamento perante o hobby. Lembretes - Não preciso escrever que temos mulheres, além de crianças e idosos que freqüentam o nosso hobby, pois todos sabem que existem e merecem nosso respeito. E no

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geral, não importa se a pessoa é estrangeira, de outra origem étnica, e se é cadeirante, LGBT ou portadora de alguma doença mental, pois o que somamos em conhecimentos de cada um deles citados e de nós, enriquecemos a nossa rica enciclopédia do hobby. - O básico da escrita da língua portuguesa é fundamental para sobrevivermos em listas de discussão, blogs e redes sociais, pois as faltas de pontuação e parágrafos fazem com que seus leitores não entendam o que você escreveu e acabam abandonando a leitura. - Em todas as listas de discussão, além

Comportamento em Redes Sociais Desde 2004, usuários da Internet, inclusive entusiastas do hobby abriram sua conta no Orkut. De lá pra cá, percebi que algumas pessoas estão utilizando de maneira incorreta, prejudicando até alguns amigos do nosso hobby que desistiram de redes sociais (e eu quase fui junto). Aqui vão algumas dicas para manter o equilíbrio e o bom convívio: - Se você fechou a conta e abriu outra, adicione de novo todos os amigos que você tinha na conta anterior, sem exceções. - Se você adicionou um amigo que é de seu interesse, não exclua com o tempo. Permaneça, pois devemos dar valor a um amigo e a todos do seu perfil sempre. E em vez de excluir o perfil do amigo, por que não bater um papo em vez de cair no esquecimento? Às vezes você exclui o amigo que pode não importar pra você, mas muitas vezes o próprio amigo excluído quer manter o seu interesse. Pense nisso. - Na aba ‘amigos’, há um link para download, em arquivo texto, de todos os seus amigos que você tem no perfil. Dê preferência à coluna ‘endereço completo do link’. Será utilizado no futuro para pesquisar sobre o seu amigo que te excluiu, e como o link salvo, você tira a dúvida se ele te excluiu mesmo ou se ele fechou a conta. - Se você percebeu que a pessoa não entra mais na rede social há meses, mantendo o seu perfil, espere e aguarde: a pessoa pode estar sem computador ou está resolvendo algum problema pessoal e com certeza irá voltar à ativa assim que resolvê-los. Espere. (Nota: percebi que há algumas pessoas que não esperam e acabam excluindo o perfil do colega – que na minha opinião é anti-ético. Custa perguntar o que aconteceu?) A minha coluna desta semana foi diferente, pois além de refletirmos sobre a semana santa, devemos refletir também sobre nossos atos perante nossos amigos. Uma boa Páscoa a todos!!

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Adamo Bazani As garagens que foram escola para a indústria

NOSSO TRANSPORTE

Foto: Acervo pessoal - Antonio Motta

Se hoje a indústria brasileira de ônibus é considerada uma das melhores e maiores do mundo é porque técnicos e engenheiros, contrariando a falta de incentivo para os transportes públicos, trabalharam duro e com persistência. Mas além destes profissionais, contribuíram para o desenvolvimento do ônibus brasileiro, motoristas, mecânicos e empresários que traziam soluções para as dificuldades do dia a dia que só eles e os passageiros sentiam. Muitas soluções eram desenvolvidas nas próprias garagens e depois aproveitadas pela indústria

Ciferal, em 1968, da Breda, cujo chassi foi construído por José Papi, e colegas, com peças que não eram mais utilizadas pela CTC, do Rio de Janeiro

Equipe da APBus Noroeste esteve É consenso dizer que a indústria presente naônibus garagem dadas empresa para brasileira de é uma mais respeitaconhecer os novos carros das do mundo.

Décadas e décadas de engajamento de profissionais dedicados e desafios como a busca por operar ônibus com qualidade mesmo em estradas tão esburacadas e viários urbanos tão deteriorados e sem manutenção, problemas bem antigos do País, deram à indústria brasileira uma flexibilidade que chama a atenção de outros países. O ônibus brasileiro é sim um dos melhores do mundo. Se os sistemas são eficientes ou não se os empresários preferem os modelos mais simples e baratos, já é outra discussão, mas o Brasil tem capacidade de fazer produtos que não devem muito aos países desenvolvidos que inclusive incentivam e financiam novos produtos e tecnologias. Todo este desenvolvimento da indústria brasileira de ônibus se deu nas escolas de engenharia, nos cursos técnicos, nos investimentos das fabricantes de chassis, carrocerias, motores e peças, mas também pro soluções que nasciam dentro das garagens ante as necessidades do dia a dia. Nas garagens eram feitas verdadeiras obras de arte com a visão de quem enfrentava os reais problemas de se operar um

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ônibus: o motorista, os mecânicos, os demais funcionários da empresa, os donos e claro, a população, que apresentava reclamações em prol da qualidade melhor dos serviços e carros. Estas reclamações não eram vistas com desdém por muitos empresários, principalmente os pioneiros, que também eram passageiros, mas como desafios a serem enfrentados. Soluções que levavam anos para a indústria desenvolver, os mecânicos e demais funcionários das garagens faziam em poucos dias, ou até horas. Aumentava-se a suspensão dos ônibus em terrenos mais difíceis, mudava-se as carrocerias, aumentavam os chassis, fortaleciam-se os parachoques, aumentavam as inclinações dos cortes da carroceria na parte inferior para o ônibus não rapar numa subia, enfim, empresários, motoristas e mecânicos (isso quando não eram a mesma pessoa) faziam de tudo. O País também enfrentou várias crises econômicas e só sobreviviam os que conseguiam aproveitar melhor os recursos disponíveis no mercado. O que era sucata numa empresa, com criatividade, dedicação e muito trabalho, virava ônibus de luxo em outra. Assim, em al-

gumas oficinas, não eram apenas consertados os veículos. Alguns ônibus eram fabricados. Com esta foto, Antônio Motta, pesquisador da área de transportes, dá um exemplo claro. Na imagem aparece o pai dele, José Papi, hoje com 84 anos, orgulhoso na frente de um ônibus de carroceria Ciferal, pertencente a Breda. A carroceria era novinha, mas o chassi foi feito artesanalmente por José Papi com peças usadas da CTC – Companhia de Transportes Coletivos, empresa pública do Rio de Janeiro. Era comum um chassi ter peças de várias fabricantes, como Scania, GM, FMN, num único ônibus. Quando a reportagem viu esta foto pediu mais detalhes e recebeu esta interessante relato de Antônio Motta, que dividimos com todos vocês: “Meu pai entrou na Breda Sao Paulo em 1957. Em 1959 foi transferido para a Breda Rio de Janeiro. Formado pela Escola Técnica da Central do Brasil em Cachoeira Paulista, SP, como soldador, gostava mesmo de exercer a funcao de mecanico e motorista. Além dests funcóes exerceu a funçao de Chefe de Trafego, Inspetor, Motorista, Examinador. Meu pai chama-se José Papi e está com 84 anos de idade. Ficou trabalhando na Breda até 1990 quando o grupo foi vendido para os Constantinos. Quanto a construçao do chassis: Meu pai participava de concorrencias para venda de peças da antiga CTC-do RJ. Lá junto com o Sr. Mario Valone que era tio dos sócios da Breda Rio de Janeiro, compravam chassis (longarinas), motores, tudo usado. Lá nas oficinas da Breda em Parada de Lucas, bairro do Rio de Janeiro, juntavam novamente as longarinas, colocavam um motor na traseira, geralmente um 0321 da Mercedes, alinhavam, pintavam o chassis e depois enviavam para ser encarrocádos no Ciferal do Rio de Janeiro. Esta foto é de 1968 no Butanta de Sao Paulo mesmo ano do onibus e também do chassis reconstruido nas oficinas da Breda. Uma vez fizeram um chassis nas oficinas com cambio de FNM, motor de Scania e longarinas de GM ODC 210.” Era uma época romântica dos transportes, mas que ficou na história. A sociedade evoluiu, as cidades também e as necessidades se tornaram outras. Com a indústria especializada, com a ajuda de pessoas como José Papi, agora as operações devem seguir novas exigências e hoje existem parâmetros técnicos e legais, em prol da segurança do passageiro e da comunidade onde o ônibus circula, as adaptações nas garagens já não podem ter a mesma intensidade. Os ônibus homologados devem manter suas características originais. Não que ainda não existam as adaptações nas garagens, mas agora a fiscalização pelo menos deve ser maior.

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