R EV I ST A
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ANO 1 Nº 40 17/04/2011
ANDORINHA TRAZ 50 G7 Nova frota foi apresentada no MS e começa a circular neste próximo feriado
SEM CINTO
Jogadoras do Vôlei Futuro, que se feriram após tombamento de ônibus da equipe em Osasco, estavam sem cinto de segurança
Um dos novos ônibus adquiridos pela Viação Piracicabana
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NESTA EDIÇÃO
JORNALISTA WILLIAM GIMENES ESTREIA COLUNA E FALA DE MOGI
Foto: William Gimenes
Colunistas • Página 9
Terminal Estudantes em Mogi das Cruzes, parte do novo sistema integrado da cidade
Fotos da capa: Divulgação e Agência Estado
Edição número 40 • Domingo, 17 de Abril de 2011 • Concluída às 17h02 • Esta edição tem 20 páginas
EDITORIAL • TAV é adiado mais uma vez ..................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 9 PÔSTER • Felipe Pessoa de Albuquerque .................... 10 MATÉRIA DA SEMANA • Eliziário e Marcopolo........ 12 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 14 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 15 COLUNISTAS • Luciano Roncolato ............................. 16 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 17 COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 18 Excepcionalmente, nesta semana não publicamos a coluna de José Euvilásio, que volta na próxima semana.
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EDITORIAL
Mais uma vez o TAV foi adiado. Vestimos os narizes vermelhos Conforme muita gente esperava, a licitação do Trem de Alta Velocidade foi adiada mais uma vez. Já há quem duvide que tal projeto saia do papel. Com o dinheiro previsto a ser gasto nessa obra, era possivel fazer no mínimo mais 50km. de metrô em São Paulo, implantar sistemas de BRT em diversas cidades do país e ainda recuperar várias rodovias. Para se ter uma ideia da enrolação desse projeto, o jornalista Carlos Nascimento, do Jornal do SBT, disse em uma das edições da semana passada que discute-se o TAV no Brasil há cerca de trinta anos. Na China, o último trem-bala inaugurado por lá não demorou três anos para ser feito. O problema do nosso país é que, além de discutir quem que vai fazer a obra, anos antes tem que se discutir as cotas de quanto que cada um dos envolvidos levará por fora entre propinas, pagamentos irregulares e muito mais. Levando em consideração que a passagem de Campinas ao Rio de Janeiro custará em torno de 200 reais, já podemos ver que a demanda será bastante baixa. O mesmo trecho, de ônibus, custa cerca de duas vezes e meia menos. REVISTA
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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.
Não é hora de desistir dessa obra faraônica e aplicar o dinheiro em obras mais úteis? Além do que essa obra irá beneficiar uma pequena parcela da população brasileira, necessariamente mais abastada que faz esse trecho em ônibus executivos, aviões ou de carro. Para que o trem torne-se viável, o Aeroporto de Viracopos deve ser ampliado e transformado em um dos mais importantes do Estado, desafogando os terminais de Congonhas e Cumbica, aumentando o seu movimento e oferecendo novas opções de deslocamento. Hoje, Campinas sequer tem uma ligação decente de Viracopos com o centro da cidade. As escasíssimas opções são ruins, com veículos apertados, demorados e mal operados. Raramente aparece um motorista educado que atende aos anseios dos usuários do terminal aéreo. O formato que está sendo pensando obviamente é passível de dúvidas das empresas internacionais. Se quer se manter esse formato, porque não se faz uma empresa pública para a construção e operação do mesmo, já que a tal da ETAV terá atuação limitada? É mais uma vez o país da Copa e das Olimpíadas fazendo bagunça. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-
Do Leitor Artigo sobre hobby Parabéns pela série de matérias sobre o hobby. Infelizmente muita gente está estragando o que no passado foi diversão de muitos e hoje tem sido motivo de estresse. Paulo Fagundes São Paulo/SP Nota da redação: Agradecemos o contato Paulo! Fique ligado em nossa coluna sobre o hobby a cada 15 dias, pois novos textos farão análises mais aprofundadas dos últimos acontecimentos.
Contatos em geral
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A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 10 A 16/04/2011
Andorinha apresenta novos veículos ao governador do MS Empresa que opera diversas linhas entre São Paulo e Mato Grosso do Sul comprou 50 novos carros Foto: Divulgação
Concessionária do transporte de passageiros na linha ligando Campo Grande a Corumbá, a Empresa de Transportes Andorinha está renovando a frota para o atendimento ao usuário e, à partir do próximo fim de semana, colocará 10 novos ônibus, modernos, para cobrir o itinerário. Os veículos foram apresentados ao governador André Puccinelli. Para isso, os 10 ônibus estiveram dispostos em frente à Governadoria onde Puccinelli teve oportunidade de verificar o que a empresa passa a oferecer ainda esta semana. De acordo com o gerente regional da Andorinha, Nelson Conde, para a renovação da frota foram investidos aproximadamente R$ 5,5 milhões, uma vez que cada unidade é adquirida ao custo próximo de R$ 550 mil. “Cada ônibus destes tem valor de cerca de R$ 550 mil, e são dotados de TV, DVD, rastreadores e tudo o que há de maior qualidade para atender com o melhor transporte possível”, comenta Conde. A data para o emprego da nova frota também vem ao encontro da oitava edição do Festival América do Sul que é realizada em Corumbá e tem a empresa Andorinha como patrocinadora oficial. “É um período que
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Desfile dos novos carros em MS e vista dos mesmos na sede da empresa (abaixo)
aumenta o número de viagens e estes novos ônibus já atenderão os turistas que forem para o festival. Alguns artistas serão transportados
com estes veículos”, diz. O 8º Festival América do Sul acontece de 27 de abril a 1º de maio. (Pantanal News)
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A SEMANA EM 10 TEMPOS
Manaus apreende 20 ônibus Metrobus/GO municipais após problemas comprará 90 Foto: D24AM
novos ônibus
Os primeiros 100 dias da nova administração da Metrobus representam melhorias imediatas e de médio e longo prazo para usuários do Eixo Anhanguera. As primeiras ações foram a redução da média de ônibus parados na oficina de 42 carros/dia para 25 e a retomada da manutenção dos terminais. A médio e longo prazos, está em processo a licitação para compra de 90 ônibus articulados, com capacidade de até 165 passageiros no valor de R$ 81 milhões. (Folha de Notícias)
Veículos municipais de Manaus apreendidos no Detran depois de apresentarem problemas Vinte ônibus do transporte con- porte de pessoas”, disse. vencional com irregularidades, que vão de Pneus carecas, para-brisas danificavidraças quebradas até a falta de freio, estão dos, extintores de incêndio fora do prazo de apreendidos nos parqueamentos do Depar- validade e licenciamento atrasado também tamento Estadual de Trânsito do Amazonas estão entre as irregularidades que levaram os (Detran/AM). Nove deles foram apreendidos ônibus para os parqueamentos. semana passada, durante uma operação na A diretora disse que pelo menos dez Avenida Grande Circular, zona leste, e per- ônibus por dia apresentam panes mecânicas tencem à empresa São José. por falta de manutenção ou por tempo de uso As informações são da diretora- quando estão trafegando pelas ruas da cidade. presidente do órgão, Mônica Melo. “Aborda- “A população tem solicitado essas vistorias e mos os ônibus na saída da garagem, quando elas serão intensificadas”, disse. Duas empreeles ainda estavam vazios, para não atrapalhar sas estavam previstas para serem fiscalizadas os passageiros. O caso alarmante é de um veí- na manhã de anteontem, mas a chuva fez culo que estava totalmente sem freio, mas que os fiscais suspenderem uma das operações. havia saído da garagem para fazer o trans- (D24AM)
Explosão fere um em garagem de São Bernardo do Campo
Já está nas mãos do presidente da ASTC, Mauro Sônego o pedido oficial das Empresas de Transporte Coletivo de Criciúma para o aumento da passagem de ônibus. O documento, junto com planilhas dos gastos foi entregue ao prefeito Clésio Salvaro nesta tarde e o gabinete repassou a ASTC a missão de calcular o índice de reajuste. Os cálculos relativos aos insumos devem estar concluídos após a Páscoa mas o resultado oficial, calcula Sônego, deve sair somente após o dissídio dos motoristas, que acontece em maio.
O último reajuste da passagem aconteceu em 2009 e por isso, apesar de ainda não haver o percentual, é dado como certo que haverá o aumento. No último, a tarifa passou de R$ 2,05 para R$ 2,30 para os usuários que possuem o cartão. Para os que pagam em dinheiro, o valor é de R$ 2,50. Semana passada, o aumento da tarifa de ônibus foi concedido em Florianópolis. Na Capital, a partir de hoje a passagem no cartão passa de R$ 2,38 para R$ 2,60. Os usuários que pagam em dinheiro desembolsam R$ 2,90. (Portal Engeplus)
Uma explosão na tarde de anteontem na Viação Riacho Grande, em São Bernardo, deixou um funcionário da empresa ferido. O funileiro João Batista dos Santos, 57, estava soldando a janela de um dos ônibus da viação, quando um latão de tiner de 200 litros explodiu, causando algumas queimaduras leves nas partes do rosto e do peito em que havia pelos. “Até agora eu não sei como ele não viu essa lata perto dele. Ele tem pelo menos 30 anos de profissão, é muito experiente”, contou o encarregado da oficina da Viação, João Carlos Dias. João Paulo Mendes, 18 anos, ajudava João Batista, no momento da explosão. Como levou um susto muito grande, João Paulo também foi levado pelo resgate ao Pronto-Socorro Central de São Bernardo, onde passou por exames de rotina. O pai do garoto, Ednarte Luz, 35, é motorista da empresa e soube do acidente quando foram à sua casa buscar seu documento. “Na hora a gente fica desesperado”. O jovem, morador de São Bernardo, foi liberado ainda na tarde de ontem. Já João Batista, como teve uma parte da pele do tórax queimada, passou a noite em observação, mas estava consciente e passa bem. (Diário do Grande ABC)
Três novos ônibus para compor a frota municipal que presta serviço de transporte circular gratuito foram comprados pelo prefeito de Agudos, Everton Octaviani (PMDB). O serviço conta agora com 14 ônibus, sendo três veículos comprados em julho de 2010 e passaram a ser equipados com câmeras de monitoramento, como
medida de prevenção e combate ao vandalismo e garantia da segurança dos usuários do transporte coletivo. Os novos ônibus contam também com adaptação de acessibilidade para atender os usuários portadores de necessidades especiais. Os ônibus adquiridos recentemente tiveram um custo aproximado de R$ 109 mil e já
estão circulando. Segundo o coordenador do serviço de transporte circular, Carlos Alves, os ônibus atendem cerca de 1.000 pessoas diariamente, fazendo 17 itinerários que transportam os moradores para os diferentes bairros. Os ônibus operam das 6h até as 23h e não param nos feriados e finais de semana. (Jornal da Cidade - Bauru)
Criciúma terá aumento de tarifa
Agudos/SP adquire três ônibus para circular gratuito
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Jogadoras do Vôlei Futuro estavam sem cinto no momento do tombo de ônibus Foto: Futura Press
As jogadoras do Vôlei Futuro não usavam cinto de segurança e algumas até andavam pelo ônibus momentos antes do acidente ocorrido na terça-feira (12 de abril), em Osasco, cidade da Grande São Paulo. O veículo no qual o elenco se dirigia para a partida contra o Sollys/Osasco tombou próximo ao ginásio José Liberatti e feriu jogadoras e membros da delegação. A norte-americana Stacy Sykora continua internada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com traumatismo craniano. O Vôlei Futuro tem como proprietário uma empresa de ônibus, a Reunidas Paulista. O motorista que dirigia é funcionário da empresa e, por ser um dos mais experientes, é o orientador de um grupo de condutores da Reunidas, que tem sede em Araçatuba, interior paulista, como o clube. “O motorista orienta para colocar o cinto, mas a ida do hotel para o ginásio é um momento de confraternização das jogadoras, elas conversam entre elas, ficam trocando Ipod (aparelho de MP3). Foi errado? Claro que foi. Poderia ter evitado um acidente maior. Orientamos, mas às vezes ficamos como os chatos. Mas ainda estamos avaliando o que causou o acidente, a polícia está ajudando”, disse ao site iG Basílio Torres Neto, diretor da equipe. O percurso entre o hotel e o ginásio era de dez minutos. O ônibus que levava a delegação do Vôlei Futuro era exclusivo da equipe, inclusive pintado com as cores e com o nome do time bem visível e não pertence à Reunidas. Leito, para suportar a longa viagem de Araçatuba para as cidades onde as partidas da Superliga acontecem (são 520 km até a capital), o ônibus tem um assento do lado direito e dois do esquerdo. No acidente, o veículo tombou para a direita e as pessoas do lado esquerdo caíram sobre aquelas que estavam no outro lado. No site oficial da Reunidas, a ponteiro Paula Pequeno, principal jogadora da equipe, atua como garota propaganda em um vídeo institucional no qual apresenta as
Ônibus do Vôlei Futuro tombou pouco antes de chegar a ginásio onde haveria partida vantagens de fazer uma longa viagem, como comparando com acidente com os usuários de São Paulo a Araçatuba, para o meio ambi- sem o cinto. ente. Paula diz que escolheu a Reunidas para Desde 1999, os ônibus precisam jogar e viajar por conforto e segurança. ter cinto de segurança e é obrigatório o uso A maioria das jogadoras teve feri- para todos os passageiros, com exceção dos mentos leves no acidente. O cinegrafista do veículos que façam trajetos mais curtos, dentime quebrou o braço e o motorista teve que tro de cidades ou de regiões metropolitanas, ser hospitalizado na terça por causa de uma quando é permitido que a maioria fique de crise de hipertensão - já teve alta. A única em pé. As empresas, porém, não são multadas estado grave, mas estável, é a líbero Sykora, caso a regra não seja cumprida. Pelo códique teve traumatismo crânio-encefálico e go de trânsito a multa vai para o motorista pequenas hemorragias no cérebro. A pedido (infração grave, cinco pontos na carteira e da família, o hospital não divulga boletins, pagamento de R$ 127,69). O veículo pode mas a diretoria do Vôlei Futuro divulgou que ser retido. não há risco de morte e que a definição grave Resolução da ANTT (Agência Naé praxe em casos nos quais o paciente está cional de Transportes Terrestres), de 2005, com trauma na cabeça. obriga as empresas a informarem a obrigato Um estudo da Sociedade Brasileira riedade do uso do cinto aos passageiros. Pesde Ortopedia e Traumatologia mostrou que quisa feita pelo SOS Estradas mostra que socaso todos os ocupantes de um ônibus este- mente 2% dos passageiros utilizam os cintos jam usando o cinto de segurança o número em ônibus intermunicipais e interestaduais. de mortos e feridos pode ser 75% menor (Último Segundo) Foto: E-Band
Acidente mata 2 na BR-040
Pelo menos duas pessoas morreram num acidente envolvendo um ônibus e uma carreta na manhã deste sábado, na BR-040, na cidade de Congonhas, em Minas Gerais. No ônibus, que seguia de Belo Horizonte para Muriaé, estavam 30 passageiros. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os dois veículos colidiram de frente, deixando mais de 20 feridos. Três helicópteros da Polícia Militar foram deslocados para socorrer cinco pessoas que estavam em estado grave. As vítimas foram levadas a hospitais da região. (E-Band)
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A SEMANA EM 10 TEMPOS
Acidente com Cometa deixa 15 feridos Foto: Reprodução TV Globo
O ônibus que tombou no km 32 da rodovia dos Bandeirantes, nesta sextafeira (15), foi retirado do canteiro da pista, segundo a Autoban, concessionária que administra a via. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 15 pessoas ficaram feridas no acidente. Os bombeiros informaram dos feridos, três pessoas tiveram ferimentos graves e as outras entre leves e moderadas. Os feridos foram socorridos por equipes dos bombeiros, pelo Águia 20, helicóptero do grupamento aéreo da Polícia Militar, pela concessionária Autoban e pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). A vítima mais grave foi socorrida pelo para o Hospital das Clínicas. Os demais feridos foram para hospitais da região do acidente. De acordo com a Autoban, não havia mais lentidão no local. (R7)
Ônibus da empresa paulista tombou na Rodovia dos Bandeirantes e deixou 15 feridos
México destrói ônibus antigos para aliviar cidade A frota de veículos na Cidade do México é antiga. Muita lata velha, veículos caindo aos pedaços, ônibus antigos, sem placas e danificados. Tudo isso reflete na poluição da cidade. Por isso, o governo criou um programa de substituição de frota de ônibus e táxis velhos. Os veículos são totalmente destruídos. “Esses táxis poluem mais do que prestam serviço. Pelo menos 18 mil devem ser retirados de circulação. Eles não vão continuar poluindo em outra cidade, não vão ser trocados por outro. Vai-se recuperar o metal em fábricas que reciclam esses materiais para eles não voltarem para o transporte público” diz o arquiteto e diretor geral de Planejamento da Secretaria de Transportes, Sérgio Aníbal Martinez.
Os táxis e ônibus que estão irregulares acabam apreendidos em blitz e levados para os depósitos. São oito ao todo na Cidade do México. Um dos pátios abriga 1.200 veículos antigos. Os táxis que estão muito ruins, porém dentro da lei, podem ser trocados. O governo financia um novo veículo para os motoristas interessados ou paga pelo ferro-velho. O dinheiro é usado pra comprar um carro mais novo, por exemplo. “A gente dá para o taxista 10% do valor de um táxi novo e também um crédito que ele pode ir pagando com o dinheiro que arrecada trabalhando no táxi. Os prazos do empréstimo também são muito bons”, diz o arquiteto.
Cerca de 8 mil veículos já foram destruídos em um período de sete meses. Eles são imprensados dentro de máquinas e saem como se fossem papel. O trabalho é lucrativo para a empresa que recicla os ônibus velhos. Tudo é transformado em aço novo e vendido até pro exterior. “É mais que lucrativo, é reciclável. Estamos destruindo unidades velhas, que poluem muito. Para nós é um benefício porque estamos ajudando a ter menos poluição no meio ambiente”, comenta o supervisor de unidades Reinaldo Vasquez. “Até 2012 serão 30 mil unidades destruídas e em dois anos pretendemos concluir a renovação da frota na sua totalidade”, conclui Jorge Alejandro Virueta, subdiretor de Direção Geral de Transportes. (G1)
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William Gimenes O novo sistema de transporte urbano de Mogi das Cruzes
Fotos: William Gimenes
COLUNISTAS
Novos terminais em Mogi: Estudantes (primeira foto) e Central (segunda e terceira foto) Na última segunda-feira (dia 11) resolvi ir até Mogi das Cruzes para conhecer mais de perto o Sistema Integrado Mogiano (SIM), que completará 1 ano no próximo Dia do Trabalho. Neste dia foi inaugurado o Terminal Central e a integração por meio do cartão SIM, além da entrada das duas novas operadoras do transporte municipal desta cidade, a CS Brasil e a Princesa. Oito meses depois, mais precisamente no dia 29 de janeiro, foi inaugurado o Terminal Estudantes.
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Cheguei de trem ao Terminal Estudantes às 10h40 daquele dia, e logo na saída da estação ferroviária há uma excelente sinalização indicando o caminho que o pedestre deverá fazer para chegar ao terminal. Em suas sete plataformas são distribuídas 42 linhas municipais e 13 linhas intermunicipais, sendo três para Suzano, duas para Poá, três para Santa Isabel (uma via Mogi-Dutra, outra via Calmon Viana e outra via centro de Itaquaquecetuba), duas para Guararema,
uma para Ferraz de Vasconcelos e duas para São Paulo (sendo uma para o Metrô Armênia e outra para o Metrô Brás, cujo trajeto dura mais de três horas). O novo terminal não contemplou as linhas para Biritiba-Mirim e Salesópolis, além da linha que a Viação Jacareí faz para o Centro de Guararema. Tais linhas continuam saindo do Terminal Rodoviário Geraldo Scavone, do outro lado da linha férrea. Cada plataforma do Terminal possui áreas para despachantes e um balcão da Prefeitura de Mogi das Cruzes com folhetos impressos com os horários de todas as linhas. Esses horários também aparecem em um telão exposto na entrada do Terminal. A linha mais longa é a E-694, Divisa de Guararema). No dia seguinte, voltando de Jacareí, resolvi me dirigir ao Terminal Central. Assim como no de Estudantes, há uma farta sinalização para os pedestres que descem da Estação da CPTM, a 50 metros dali. Este terminal, apesar de ser menor do que o de Estudantes (5 plataformas para 33 linhas municipais. Nenhuma intermunicipal), tem maior infraestrutura. Além de cada plataforma conter os balcões da Prefeitura de Mogi das Cruzes para distribuição dos folhetos impressos com os horários das linhas, o prédio possui uma lanchonete, o posto para confecção do Cartão SIM e o posto de cadastro do programa Bolsa Família na cidade. As linhas para o bairro de Quatinga (C-192 e C-193) são as mais longas deste terminal. Sobre a integração, a mesma é feita da seguinte forma: Dividiram o município em 8 regiões, e o passageiro pode integrar-se no período de 60 minutos com um segundo ônibus que não seja da mesma região do primeiro. A numeração das linhas procede da seguinte maneira: o primeiro número corresponde à região de seu ponto-final, enquanto as letras C (de Central) e E (de Estudantes) correspondem ao Terminal de chegada. A cidade teve outros terminais durante a sua história. Além dos pontos finais nas ruas próximas à Estação Ferroviária, havia o Terminal de Mogilar (no bairro homônimo, a 1,5km do Centro) e o Terminal Francisco Nogueira. Mogi das Cruzes ainda possui a sua Rodoviária, onde saem ônibus para São Paulo, Arujá e Santa Isabel (Pássaro Marron), Sul Fluminense (Sampaio), região de Atibaia e Bertioga (Breda), Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Barbacena (Útil) e Vale do Paraíba (Cometa, que assumiu as linhas da Expresso Brasileiro). Além das linhas urbanas para Guararema e Jacareí (divididas entre Breda e Viação Jacareí). A partir desta edição, o jornalista William Gimenes escreverá quinzenalmente neste espaço, relatando sua larga experiência em transporte e visitas a centenas de cidades brasileiras, relatos colecionados ao longo de anos .
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MATÉRIA DA SEMANA Foto: Matheus Novacki
DA ELIZIÁRIO PARA A MARCOPOLO
Venda da encarroçadora gaúcha para a Nicola / Marcopolo foi um dos maiores negócios do setor na época Adamo Bazani Os anos de 1970 refletiram duas realidades no setor industrial brasileira: ao mesmo tempo que a inflação corroia os ganhos de algumas indústrias, fazendo com que muitas fechassem as portas ou tivesse de adequar novos processos, outras investiam de maneira pesada, aproveitavam justamente este momento de concentração de mercado e cresciam. A industrialização ainda sentia os reflexos da política desenvolvimentista adotada a partir do Governo de Juscelino Kubitscheck nos anos. Principalmente o setor de automóveis e a cadeia produtiva se desenvolviam e as cidades também. Era uma bola de neve positiva para o setor. Enquanto a indústria de automóveis crescia, mais gente vinha para os centros urbanos onde ela estava instalada, em especial no ABC Paulista e Capital, em busca de empregos e melhores condições de vida, o que nem sempre era encontrado. O número maior de pessoas nas cidades, expandia as áreas habitadas, aumentava as áreas de pe-
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riferia e criava uma demanda maior para os transportes, principalmente públicos, o que representava uma boa oportunidade para as indústrias de ônibus. Foi nos anos de 1970 que as grandes encarroçadoras começaram a se tornar gigantes. A CAIO, por exemplo, compraria a Metropolitana, uma empresa de destaque no Rio de Janeiro. A Marcopolo, anteriormente chamada Nicola, por conta do nome de uma das famílias fundadoras, foi às compras. No anos de 1970, fazia parte do grupo o conglomerado de empresas como Marcopolo Minas S.A., Nimbus, Invel e a Eliziário. A compra da Eliziário pela Marcopolo na época marcou o mercado. Pode se dizer que foi um dos primeiros grandes negócios do setor. A Marcopolo se orgulhou da fusão. Afinal, Eliziário era uma marca que representava tradição e qualidade desde meados dos anos de 1940, quando ainda os ônibus eram feitos de madeira. Apesar de ser uma empresa forte no Sul do País, a Eliziário era uma marca
nacionalmente conhecida a partir dos anos de 1960, quando também aproveitou o bom momento da indústria voltada para a política rodoviarista. A empresa teve diversos modelos que figuraram nas paisagens urbanas e das estradas das mais diferentes regiões do País. Exemplos são: ANOS 40: - Eliziário Micro - Eliziário Rodoviário - Eliziário Coach Urbano ANOS 50: - Eliziário Micro (urbano e rodoviário) - Eliziário para Aplicações Rodoviárias - Eliziário Urbano ANOS 60: - Eliziário Bi-Campeão (aproveitando o momento de o Brasil estar animado com o segundo título mundial de futebol) - Eliziário Bi-Campeão Super Luxo, uma versão mais sofisticada do Eliziário Bi Campeão, com poltronas mais largas,
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anatômicas e mais espaço entre elas, oferecendo maior conforto. ANOS 70: - Eliziário Astro Rodoviário - Eliziário E 3000 Rodoviário - Eliziário E 3600 Rodoviário - Veneza II - Alguns Veneza Expresso (já fazendo parte da Marcopolo) - Primeiros Torino O anúncio da foto é uma peça publicitária rara resgata pelo pesquisador e historiador Salomão Jacob Golandski. A foto é sensacional, um ônibus com a marca Eliziário se encontra com um Marcopolo, os motoristas se dão a mão. Sinal de quer as histórias se cruzaram e que, apesar de uma empresa, no caso, a Marcopolo, adquirir a outra, a Eliziário, o tratamento seria de igualdade e parceria. A compra não seria uma imposição. Diz ainda todo o texto do anúncio, publicado na Revista de 1970: “Cruzamos nossos caminhos! O negócio foi o seguinte: no 1 de junho último compramos a totalidade das ações de Carrocerias Eliziário S.A. e passamos a operar em sua fábrica em Porto Alegre, Claro, olho no futuro. Os desafios dum País que cresce em ritmo acelerado. Vamos correr juntos. Crescendo para atender um mercado interno, que já dominamos, e outro externo, que já começamos a conquistar. Já imaginou nosso “know how”, moderno e avançado, acrescido da tradição e experiência Eliziário. Os ônibus do amanhã, meu caro. Ou porque você acha que compramos a Eliziário. Marcopolo Carrocerias Nicola S.A. Bairro Planalto – Caxias do Sul Rio Grande do Sul.” O texto é formidável e revela vários aspectos importantes. Primeiro, o que já destacamos que apesar da compra, a Marcopolo não quis mostrar-se como a impositora. Tanto é que ela disse que o que ocorreu com a compra foi um cruzamento de caminhos. Mais a frente, ela diz que a partir da negociação concretizada no primeiro dia de junho de 1970, Eliziário, a comprada, e Marcopolo, caminhariam juntas. Depois, o anúncio mostra outro aspecto importante, a força da marca Elziário. Tanto é que o texto destaca que o moderno e avançado know how da empresa se aliaria à tradição e experiência da Marcopolo. Mais um detalhe era a preocupação com o mercado externo. Se até os anos de 1950, o Brasil não
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tinha suficiência para fazer ônibus de destaque e qualidade e tinha de importar veículos para oferecer serviços diferenciados, como ocorreu com a Expresso Brasileiro e Cometa a partir desta década na disputadíssima linha Rio – São Paulo, nos anos de 1970, graças a substituição de exportações, pela política de desenvolvimento interno da indústria e a exigência das empresas e passageiros. Agora, era a vez de exportar os ônibus. E o Brasil começava a ganhar mercado externo. A compra da Eliziário foi uma estratégia também para se avolumar, ganhar mercado nacional, mas já pensando no internacional. Por fim, outro detalhe curioso, é a marca da assinatura da Marcopolo. Marcopolo Carrocerias Nicola S.A. Em 1970, a em-
presa tinha acabado de mudar de nome, estimulada pelo sucesso do modelo Marcopolo e pelo fato e nenhum Nicola mais fazer parte da sociedade da empresa. Em 1960, os primeiros integrantes da família Nicola começaram a sair para fundar a Furcare, depois Nimbus, outra aquisição da Marcopolo. Mas mudar de marca de forma abruptamente poderia ser um erro de estratégia de imagem. Por isso, o nome Nicola ainda permanecia. No início dos anos de 1980, a marca Eliziário desaparecia do mercado. Mas em sua planta, um último feito para a indústria nacional. Lá foi feito o primeiro Torino, que foi lançado oficialmente em 1983, e, depois de várias gerações, é um dos modelos mais longevos no mercado de ônibus urbanos ainda hoje.
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AS FOTOS DA SEMANA Algumas fotos da próxima atualização do Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br
1 a 7.Novidades da Ciferal trazidas pelos amigos Adriano Minervino e Josenilton Cavalcante da Cruz: as quatro primeiras fotos, de Minervino, são: Senior Midi MBB OF-1418 executivo da Transportes Coletivos Cidade Canção, de Maringá, Viale para a E. T. Mairiporã, Torino para a Viação Piracicabana e para a empresa Nova, de Vitória. As três seguintes, de Josenilton, são: Mais Torino para a Piracicabana, Torino MBB OF-1418 para a Transporte Coletivo Grande Bauru e Gran Midi para a Algarve. • 8 a 10. Fotos de Reginaldo Vieira feitas na região central do estado de São Paulo: Torino ex-Rápido Linense, da Prefeitura de Gabriel Monteiro, Apache Vip ex-Onicamp do Exp. Adamantina e Torino ex-Piracicabana da Princesa do Norte em linha que foi da Luwasa.
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MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas
09/04/2011 • Amigos reunidos durante visita aos pais do amigo Leonardo Martin. Da esquerda para a direita (em pé): Carlos Alberto, Renato de Oliveira, Fábio Henrique, Luciano Roncolato, Raissa (irmã de Leonardo), D. Zilda (mãe) e Gabriela (amiga). Agachados: Anderson Ribeiro, Márcio Douglas, Gustavo César e o sr. Martin (pai de Leonardo).
Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br
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Luciano Roncolato Estamos perdendo a história?
HOBBY & DIVERSÃO Foto: Mário Custódio
palavra “busólogo” e sua origem. A repercussão do texto não podia ter sido melhor. Vários membros da lista comentaram favoravelmente, orgulhando de serem busólogos. E detalhe: muitos dos participantes da lista são pessoas já com mais de 40 anos de idade, ou seja, com uma vasta bagagem de vida, todos se orgulhando de serem chamados de “busólogos”. Isso deveria servir de lição aos novatos que rejeitam esse termo, falando com desprezo que não são “busólogos”, que são “colecionadores”, etc. Ouçam a voz da experiência.
As fotos antigas de ônibus são muito raras. Poucas pessoas se arriscavam a fazer fotos de ônibus nos anos 80, 90... Imaginem então nos anos 70, 60, 50... Antes do hobby ser moda e ganhar a mídia, eram poucos que faziam fotos de ônibus. Muitos gostavam mas não registravam, ou por não ter câmera fotográfica, ou por acharem que eram os únicos no mundo que gostavam, ou por vergonha (a maioria), entre outros motivos. Com o advento da internet, a comunidade cresceu, grupos de amigos foram se formando e o hobby se difundiu. Dessa forma, o número de fotos se agigantou. Nunca se viu tanta foto de ônibus como se vê nos dias de hoje. Creio eu que há poucos rincões no Brasil que ainda tenha ônibus que não tenham sido registrados. No começo das listas de discussão e dos sites especializados, a busca por fotos antigas era frequente. Há muitas empresas falidas que até hoje não surgiram fotos, ou então há fotos muito ruins, ou existem fotos, porém os autores não as publicam, justamente pelo eterno problema do “furto” de fotos, onde um desocupado pega a imagem e coloca seu crédito em cima. Infelizmente há muito acervo que está escondido em guarda-roupas, caixas e estantes e são riquíssimos, vários registros raros. Antigamente essas fotos eram disputadas a tapas, mas parece que a “nova geração” está seguindo o caminho inverso, e se interessando pelas “novidades”, algo que é concorrido e dá até briga na maioria das vezes. Podemos notar a preferência pelas novidades através do site Ônibus Brasil, atual termômetro do hobby com milhares de fotos postadas vindas de todo o país, que as fotos mais vistas e mais comentadas são de ônibus novos, alguns em portas de fábrica, enquanto as antigas são apenas razoavelmente vistas e pouco comentadas. O que era motivo de muita briga até há alguns anos, hoje é desprezado pela nova geração. Nas listas de discussão ainda há muito entusiasmo quando são publicadas fotos antigas, talvez pelo fato do público dessas listas ser justamente de mais idade, mais saudosista. Mesmo assim, os comentários partem sempre
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das mesmas pessoas, que coincidentemente são as mesmas que sempre comentam todos os assuntos de todos os tópicos, como abordei em minha última coluna. Então não sei se pode ser considerado como termômetro. Já nas listas de ônibus antigos, obviamente, os comentários são muito mais volumosos e entusiasmados. O que me estranha é o porque tanta ânsia pelo novo. Os carros novos vão rodar ainda por muitos e muitos anos. Há quem viaja apenas para fotografar carros novos. O ideal é pegar os carros mais antigos, que estão para sair de circulação. Mas a ânsia do ineditismo leva os colecionadores para as portas das garagens, empresas e rodoviárias para buscar o novo, correr pra casa e já publicar na internet, desprezando a história do nosso transporte registrado nas poucas fotos antigas que existem. Alguns colecionadores antigos estão tirando a poeira de seus acervos e disponibilizando em diversos sites pela internet, para deleite dos novos colecionadores, ou seja, um fato praticamente impensável até há pouco tempo e mesmo com a disposição dos autores em liberarem as fotos para publicação, a visualização continua baixa. É hora dos colecionadores mais novos darem mais valor ao antigo, às fotos antigas, raras, que estão chegando ao conhecimento de todos com muito custo e insistência de alguns junto aos colecionadores antigos. Esses sim merecem todo o nosso respeito e apreço por terem guardado por tanto tempo o que hoje são verdadeiras relíquias. As novidades também merecem nosso apreço, porém a balança do valor está desequilibrada a favor dos comedores de fumaça e aspiradores de óleo diesel de beira de estrada. Cabe a nós corrigir isso. REGISTROS Gostaria de fazer aqui dois registros que não posso deixar passar de jeito nenhum. O primeiro é referente à lista de discussão “Ônibus Antigo”, comandada pelo sr. Antonio e pelo sr. Salomão. Foi publicado um tópico na semana passada onde é copiado um texto do site da Viação Araguarina que fala sobre o significado da
Outro registro que gostaria de fazer é referente à semana passada. No sábado passado voltei à Belo Horizonte, dessa vez com os amigos Márcio Douglas, do Rio de Janeiro, Gustavo César, de Ipatinga, Anderson Ribeiro, de Hortolândia, Fábio Henrique e Renato de Oliveira, de Belo Horizonte e Carlos Alberto, de Sumaré, quando fomos visitar os pais do Leonardo Martin, seguindo meu compromisso de voltar lá ao menos uma vez por mês. Mais uma vez foi uma espetacular visita. Todos lá são pessoas maravilhosas, profundamente abaladas pela tragédia da perda do filho mas nos dando uma lição de vida com palavras que são verdadeiras reflexões em nossas vidas. A família Martin não é como as outras, é uma família diferente, abençoada, especial, que absolutamente não merecia estar passando por tal momento de sofrimento, mas os amigos estão lá, apoiando no que for possível e necessário. Passado mais de um mês, é aí que vimos quem são os amigos de verdade. De todos do hobby que eram do ciclo de amizades do Leonardo, quantos foram lá ou ao menos ligaram? Outro fato que me chamou a atenção foi o conhecimento de todos lá dos apelidos, dos nomes das pessoas do ciclo do Leonardo. Senti algo sem explicação quando me chamaram de tio (assim que o Leonardo me chamava no MSN). Isso indica que ele conversava sobre o hobby com os familiares. Isso é raro e nobre. Poucos fazem isso. Também estiveram em BH nesse final de semana os amigos Doni e Tiago de Grande, de São Paulo, Thiago Bonome, de Mairiporã, Sérgio Carvalho, de Itu e Henrique Simões, de BH mesmo, que foram fazer turismo pela cidade. Não posso deixar de registrar também o trabalho feito pelo amigo Renato de Oliveira. Ele tem visitado frequentemente os familiares do Leonardo, tem sempre telefonado e conversado, levando palavras de conforto. Isso sim é o chamado “amigo de verdade”. Dê uma olhada ao seu redor e veja se as pessoas que a circundam fariam isso por você ou pelos seus familiares. Amigo não é o que vai com você à beira de uma rodovia tirar foto de ônibus ou vai com você a uma garagem, e sim o que está com você, além desses momentos, também nos momentos mais difíceis. Pense nisso.
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Marisa Vanessa N. Cruz Por quê grandes autoridades não andam de ônibus?
VIAGENS & MEMÓRIA
Foto: Luciano de Angelo Roncolato
Ônibus lotado em São Paulo: autoridades deveriam conhecer de perto a realidade do transporte nas cidades
Primeiramente, os ônibus eram para ser veículos de grande porte que deveriam tirar muitos carros no trânsito. E como muitas linhas não funcionam em termos de conforto e segurança, muitos passageiros simplesmente abandonam embarcar em um ônibus para ter sua própria condução, como o automóvel. Mas essa grande migração ônibus-automóvel fez com que aumentassem os congestionamentos em importantes avenidas de São Paulo e, com isso, empresários de viações retiram seus ônibus, aumentando ainda mais o intervalo e as lotações completas nos ônibus. E nesse ‘círculo’ faz com que o sistema de transporte público deixa ainda mais a desejar. Mas é praticamente impossível donos de automóveis deixarem seus carros em casa para andar apertadamente em um ônibus. Aqui em São Paulo temos o chamado ‘rodízio de veículos’, deixando o carro em casa uma vez por semana dependendo da placa do carro. Neste caso, é muito mais fácil pedir carona para um colega de trabalho ou parente para deixar ao seu destino, que é mais rápido do que pegar um ônibus cheio. Agora, imagine pessoas importantes, autoridades, artistas famosos andarem de ônibus? Primeiro, não andam de ônibus pois são muito bem pagos e são fáceis para comprar e possuir um carro, ou até gastando adoidadamente em corridas de táxi. E prefeitos e governadores, por que
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não deixam o carro em casa e vá andar de ônibus? É justamente essas autoridades como governador, prefeito e coligados não enxergam o funcionamento do sistema de transportes coletivos. Não veem como os ônibus ficam cheios, lotados, e não veem como passageiros sofrem, em pé, o aperto entre pessoas. Não entendo por que Kassab omitiu a queixa do Ministério Público contra o consórcio da área 4 enquanto o próprio prefeito incentiva a criação de outras soluções para o transporte público, como por exemplo a produção dos primeiros chassis de ônibus movido a etanol com direito à aparição do próprio prefeito. Sinceramente, em vez do Kassab ignorar essa queixa contra a área 4, por que não vá na ‘área dos ônibus de faixa vermelha’ no horário de pico e anda de ônibus junto à população para enxergar os problemas? O Ministério Público e seus reclamantes estão com a pura verdade. Acho que o prefeito está esperando algum acontecimento fatal para intervir no consórcio, como fez com a antiga Cooperauthon. Suas áreas vizinhas, a 3 e a 5, estão recebendo cada vez mais ônibus articulados, toleráveis para o conforto dos passageiros: O bairro de São Mateus, que fica nas divisas das áreas 4 e 5, está forçando a Via Sul, principal empresa da área 5, a importar ônibus articulados de outras empresas do seu grupo para transportar os órfãos da área 4, e hoje a
linha 5109/41 Terminal São Mateus-Metrô Tamanduateí não tem mais como crescer. Vale lembrar que em 1996 a antiga Masterbus comprou vários ônibus articulados para operar as linhas 3391/10 e 3391/31 – Terminal São Mateus-Terminal Pq. D. Pedro II suas linhas tinham altíssima demanda, e hoje com a empresa Himalaia, seus altíssimos intervalos fez com que seus passageiros migrassem para as linhas da Via Sul. Hoje a Via Sul tem uma linha que opera no horário de pico, a 5109/51 – Terminal São Mateus-Terminal Pq. D. Pedro II – este tem seu trajeto mais rápido por entrar no corredor do Expresso Tiradentes, mais conhecido como Fura Fila. E seus articulados da Himalaia estão servindo como ‘enfeites’, utilizados somente como reserva técnica quando acontece alguma queda de energia elétrica para a operação dos trólebus mas nunca são operados nas linhas de ônibus movidos à diesel do Terminal São Mateus e da Cidade Tiradentes. Não adianta autoridades só andarem no dia 22 de setembro – dia mundial sem carro – só para aparecer em público que foi andar de ônibus, incluindo seguranças em sua volta. Vamos lá, façam autoridades andarem de transporte público que vocês irão ver como prefeitos, governadores e outras pessoas importantes irão pensar mais (e investir) na melhoria do transporte público.
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Adamo Bazani Teatro leva conceitos da mobilidade urbana para motoristas em SBC Foto: Adamo Bazani
NOSSO TRANSPORTE
As relações na sociedade mudaram. Isso reflete nos transportes públicos, que são inseridos no dia a dia da cidade e das pessoas. Com o maior nível de educação e esclarecimento populacional, o passageiro sabe dos seus direitos e se torna mais exigente. Assim, o passageiro precisa ser atendido de forma diferenciada em relação há alguns anos. Ele torna-se cliente. Mas como passar essa nova realidade para os operadores de transportes públicos, muitos com mais de 20, 30 anos de profissão que trazem hábitos antigos anda de prestação de serviços? Treinamentos e palestras são realizados obrigatoriamente nas garagens e institutos de qualificação. MasNoroeste ao longo do tempo, os reEquipe da APBus esteve sponsáveis pelos treinamentos viram que para a forma presente na garagem da empresa de palestra se torna desinteressante para alguns conhecer novos carros motoristas, os principalmente os mais antigos que acham que sabem quase tudo de volante e que um jovem palestrante técnico não teria o tempo de experiência e nem a moral no assunto dirigibilidade que estes motoristas dizem ter. Como resolver este problema? A SBCTrans, empresa que presta exclusivamente os serviços municipais de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, pertencente ao Grupo da Auto Viação ABC, descobriu uma forma interessante e cativante: passar os conceitos técnicos de atendimento à população, cuidado na direção e respeito aos passageiros especiais pelo teatro e de forma bem humorada. Nesta quinta-feira, 14 de abril de 2011, a SBCTrans fez a primeira apresentação. Dentro de um ônibus Caio Vitória Scania F 113, que já pertenceu a Auto Viação ABC e agora está com a SBCTrans, ambas família Setti & Braga, um grupo teatral, que já desenvolve um trabalho de conscientização aos passageiro da Metra (do corredor ABD) levou uma mensagem de boa prestação de serviços, de cuidado pata com o passageiro e valorização do bom motorista, mas de forma lúdica e divertida. Esse foi um dos desafios encarados pela SBCTRans para aperfeiçoar os motoristas e os
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treinamentos, de Acordo com Ângelo Carlos Polvere, instrutor da SBCTrans. “Os treinamentos em forma de palestras são importantes, praticados na empresa e têm sim sua importância. Mas ao longo do tempo, percebemos um desinteresse dos motoristas que vão porque se sentem obrigados. Há um excesso de treinamentos iguais. Percebemos que principalmente com os motoristas mais antigos há uma resistência. Quando abordamos um assunto do dia a dia de forma humorada, mas responsável essa barreira se quebra” – declarou Ângelo. Ele explica que essa resistência muitas vezes impede resultados melhores dos treinamentos tradicionais. “Os motoristas têm alguns vícios ainda, como tratar o passageiro de uma maneira não muito cordial, provocar freadas bruscas, acelerar no semáforo quando ele está já no amarelo. São coisas que estão tão presentes nos hábitos dos motoristas que eles não percebem. Pelo teatro, o motorista tem a oportunidade de perceber isso, de se ver” – conta Ângelo. E por que foi escolhido o ônibus em vez de uma sala teatral? O diretor da peça, Fernando Lira, afirma que é uma forma de o motorista aprender e se qualificar no ambiente de trabalho dele mesmo, sem causar choque e estranheza. Ao mesmo tempo, os atores se sentem a vontade, pois, mesmo sendo um ônibus, não deixa de ser um palco com uma platéia dentro, o ambiente do artista. Passar as mensagens de forma didática, humorada e inteligente, esse é o segredo para o sucesso dos treinamentos para os motoristas, segundo Fernando Lira, que também trabalha com crianças e tirou muita experiência disso para desenvolver os trabalhados para os motoristas e cobradores. “Trabalho há 20 anos com crianças. Para auxiliar na mensagem ao motorista e cobrador usamos a mesma fórmula, que é a da clareza, verdade e muita graça. Assim sendo, quando vejo que alguém do público deu uma risada, significa que a mensagem foi entendida” = disse Fernando
Lira. A apresentação no ônibus contou com dois atores e realmente arrancou risadas do público. Um motorista hilário se envolve em várias situações engraçadas. Estressado ele se desentende com os passageiros e ao dirigir perigosamente acaba derrubando uma senhora dentro do ônibus. Quando ele vai prestar socorro descobre que é a sogra dele, que tinha tingido o cabelo. Aí que as confusões aumentam. “Os motoristas aprendem e visualizam as situações do dia a dia, mas não vão assistir a uma palestra, mas a uma peça de teatro” – complementa Fernando Lira, quer ainda diz que a educação eficiente não é aquela que aponta o dedo para cara da pessoa e relata seus erros, mas a que faz a própria pessoa a perceber suas atitudes não corretas. O gestor administrativo da SBCTrans, João Braz de Melo Filho, diz que a ação da empresa é inédita no ABC Paulista e que espera bons resultados. “O funcionário é colocado como expectador dele mesmo. Ele pode enxergar como trata os idosos, portadores de necessidades especiais e demais passageiros. Essa maneira lúdica de passar a informação para nosso colaborador está justamente dentro do novo conceito de transporte que é mostrar a ele que motorista hoje não é apenas o que dirige ônibus, mas é o que se relaciona com a comunidade, é o elo entre o passageiro e a empresa. E a boa forma de comunicação é tudo para incentivas o motorista a fazer parte desse processo.” – afirmou João Braz contou que a iniciativa vai continuar. Serão atendidas várias turmas, próximo ao horário de trabalho para não mexer com a rotina do funcionário, e outras peças com mais temas serão realizadas. O espetáculo dura de 10 a 15 minutos aproximadamente e foi muito bem recebido pelos primeiros motoristas que fizeram parte da primeira platéia. Um dos motoristas que participou da primeira exibição foi José Serafim de Andrade. “Foi uma surpresa muito boa. Passou direitinho e de uma forma legal o que os passageiros e motoristas passam no dia a dia. Há situações mesmo que o motorista tem uma sensação de poder, de ser maior, por controlar um veículo tão grande como o ônibus. Mas não é bem assim. Há limites e muitos não respeitam” – se entusiasmou José Serafim que tem 33 anos de profissão ao volante e que já auxiliou até no parto dentro do ônibus. As palestras e cursos obrigatórios continuam. “A peça teatral não vem substituir nenhum procedimento de edução. Ela vem acrescentar” – lembrou o gestor administrativo Jôao Baz de Melo Filho. A interação entre comunidade e empresa é cada vez mais necessária numa sociedade em que os agentes devem, apesar de terem interesses distintos, devem se unir para as necessidades coletivas, como o desenvolvimento mais organizado das cidades e a melhoria na mobilidade urbana.
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