Revista InterBuss | Edição 396 | 03.06.2018

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RELEMBREM AS FOTOS DA GALERIA DO INTERBUSS

PORQUE TRANSPORTE É VIDA | ANO 8 | N° 396 | 03 DE JUNHO DE 2018

A FORÇA DAS REDES SOCIAIS NO ÊXITO DA GREVE

Comunicação instantânea foi fundamental para que a greve dos caminhoneiros fosse um sucesso MARISA: TRÊS EVENTOS DE BUSÓLOGOS EM JULHO


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NESTA EDIÇÃO A GRANDE MATÉRIA

WhatsApp na articulação d

A importância do uso das redes sociais no êxito absoluto da greve dos SUMÁRIO

6 NOSSA OPINIÃO

12 PÔSTER

7 A IMAGEM MARCANTE

14 DEU NA IMP

8 A GRANDE MATÉRIA

16 REDE SOCIA

A vitória dos caminhoneiros

A foto que marcou a semana no setor de transportes

A importância das redes sociais na greve

10 ADAMO BAZANI A matriz energética elétrica

Neobus New Road N10, po

As notas da imprensa espe

O seu espaço na InterBuss

18 O MELHOR D

As melhores fotos publica


ANO 8 | Nº 396 | DOMINGO, 3 DE JUNHO DE 2018 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA ÀS 12h08 (ONTEM) EDIÇÃO COM 24 PÁGINAS O MELHOR DA INTERBUSS

da greve

Confiram seleção de fotos que já foram publicadas na Galeria

s caminhoneiros

Melhores fotos da Galeria do InterBuss estão de volta

or Fernando Martins

PRENSA ecializada

AL s

DA INTERBUSS

adas no Portal InterBuss

08

18

ADAMO BAZANI

Opinião: A necessidade da mudança da matriz energética

Veículos elétricos não poluem e não dependem do petróleo

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DEU NA IMPRENSA

BYD e Caloi entram na onda da greve dos caminhoneiros

Empresas lançam campanhas em meio a protestos no país

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REDE SOCIAL

Confira as melhores fotos que foram publicadas no Facebook

As melhores fotos da semana saem aqui na Interbuss!

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EXPEDIENTE

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda. DIRETORIA InterBuss Comunicação REVISÃO InterBuss Comunicação ARTE E DIAGRAMAÇÃO InterBuss Comunicação AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃO Agradecemos à todos os colaboradores de todo o país pelas fotos enviadas esta semana para capa, matérias e pôster. SOBRE A REVISTA INTERBUSS A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para contato@portalinterbuss.com. br ou ligue para (19) 99483-2186 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.revistainterbuss.com.br. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@ portalinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss. com.br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

NOSSA OPINIÃO

Editorial

As grandes conquista dos caminhoneiros do Brasil A greve dos caminhoneiros que ainda reflete em todo o Brasil levando transtornos a praticamente todo mundo é um dos movimentos que mais atingiram o governo Temer até o presente momento. O que mais chama a atenção é que trata-se de um movimento totalmente apartidário, ou seja, não está do lado da direita e tampouco da esquerda. Isso de certa forma tem irritado profundamente muitas das lideranças políticas pois até então nenhuma manifestação tinha conseguido tão grande repercussão quanto essa greve que desabasteceu quase todo o país, atingindo todos os setores da economia, derrubando a bolsa de valores, fazendo com que o dólar voltasse a ter a curva de alta acentuada e ainda sitiou o governo federal, forçando-o a tomar medidas concretas para que o movimento fosse debelado. Enquanto isso, microscópicos movimentos do MST, como fechamento de rodovias, invasões, crimes contra a população de bem não tem repercussão alguma, a não ser quando é contra eles, que são feitas verdadeiras badernas nas redes sociais e meia dúzia de simpatizantes dá prosseguimento ao drama falso que já encheu o saco de todo mundo. Mas voltando ao movimento dos caminhoneiros, é importante ressaltar a magnitude de tudo o que aconteceu e ainda está acontecendo pois os reflexos ainda vão durar mais alguns dias até que tudo volte ao normal. As cidades praticamente pararam, produções foram paralisadas por falta de insumos, abate de animais para o consumo humano, hortaliças apodreceram nos caminhões e os combustível simplesmente desapareceram dos tanques dos postos. Sem ter como movimentar seus carros particulares, a população também se viu sem transporte público adequado, já que as frotas foram reduzidas também para economizar já que o óleo diesel não chegou nas garagens em quantidade suficiente para abastecer todos os veículos. O prejuízo foi de bilhões de reais e ainda será maior, com a conta a ser paga pelo contribuinte. Oras, mas por que pelo contribuinte? Pois com certeza outros impostos serão incrementados para bancar a conta do óleo diesel mais barato, além das melhorias nas condições de valores dos fretes que com certeza vão incidir no preço das mercadorias. Mas isso é justo? A reivindicação dos caminhoneiros é mais do que justa e foi uma grande vitória junto ao governo fragilizado, mas essa conta deveria ser paga unicamente pelo governo, através do corte de gastos que insistem em não fazer. Há muito luxo desnecessário que poderia ser cortado, inclusive o número de parlamentares que dá um gasto absurdo para a população mas não, sempre colocam um novo tributo para a população mais pobre pagar a conta das benesses de outros setores. Nesse caso dos caminhoneiros nem pode-se considerar uma benesse mas sim itens necessários para que haja o mínimo de condição de sobrevivência desses profissionais do asfalto que já sofrem com os altos valores dos pedágios além das péssimas condições das rodovias brasileiras. Tudo isso é um alto custo que fica para os motoristas, pois há manutenção, tempo parado em atoleiros e muito prejuízo. O governo federal deveria se preocupar em fazer melhorias na infraestrutura viária do país ao invés de arrumar desculpas e culpados. Mas já é uma grande vitória. Parabeniza-se os caminhoneiros pelo movimento e pela conquista. Sem isso, o governo ia continuar rindo da cara de todos.


A IMAGEM MARCANTE

Jundiaí, SP

Segunda-feira, 28 de Maio de 2018

A Polícia Civil escoltou um caminhão-tanque até a garagem da Viação Leme, em Jundiaí, para garantir o abastecimento da frota que estava paralisada por falta de combustível. Cerca de dez policiais foram mobilizados para a operação de escolta de combustíveis para empresas de ônibus da região. A cena se repetiu em várias cidades do país durante a semana. As informações são do site Coisas de Itupeva.


A GRANDE MATÉRIA

Crise

Greve dos caminhonei manifestação convoca

Uso do WhatsApp foi fundamental para o sucesso do moviment Do BBC Brasil | notícias A greve dos caminhoneiros, que interditou milhares de trechos de rodovias em todo o país ao longo de dez dias, é a maior mobilização mundial já feita pelo WhatsApp, dizem Yasodara Córdova, pesquisadora da Escola de Governo de Harvard, nos Estados Unidos, que estuda como os governos lidam com a Internet, e Fabrício Benevenuto, professor de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pioneiro na pesquisa de conteúdos compartilhados em grupos de WhatsApp. “A mobilização ocorre por motivos sociais. As redes dão uma vazão a esses sentimentos”, diz Yasodara. “Na quarta-feira antes da greve, o (preço do) diesel aumentou. Desci para Santos para levar carga. Quando voltei, o diesel já tinha aumentado. Na sexta, aumentou de novo. A galera se comunicou no WhatsApp e falou: não está dando mais”, lembra o caminhoneiro Moisés de Oliveira, que ficou parado na Rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, onde ajudou a organizar um grupo de grevistas, sempre com o celular à mão. A essência do trabalho do caminhoneiro é circular. Isso facilitou que as mensagens se espalhassem rapidamente por diferentes pontos do Brasil. “A gente viaja o Brasil inteiro e vai conhecendo outros caminhoneiros. Quando chega no posto para dormir, a gente conversa, troca o (número de) WhatsApp. Aí, quando chegou a greve, já havia vários grupos montados e a gente distribuiu a informação”, diz Oliveira, de 40 anos, 22 anos deles passados atrás do volante do caminhão. “O Whatsapp facilitou demais a nossa comunicação. Antes, a gente era desconhecido (um do outro). Agora, o pessoal faz um vídeo e, em dois minutos, já espalhou pelo Brasil”, completa. “A gente não é envolvido com partido político nenhum. Mas a gente tem a nossa logística”. Na última quinta-feira, apesar de já não haver mais pontos de interdição nas estradas, segundo a Polícia Rodoviária Federal, os apelos pela continuidade da greve não haviam parado de circular pelo What-

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sApp. Eram desde pedidos para caminhoneiros irem até Brasília, para que ficassem parados em casa, até convocações de protestos nas cidades. Conversas fechadas, criptografadas, sem rastro e em pirâmide A comunicação por WhatsApp tem características diferentes das feitas por Twitter e Facebook. Os dois últimos “são como uma via pública, uma praça, onde você abre uma banquinha e as pessoas podem te ver e interagir com você. Já o grupo de WhatsApp é como a sala de jantar da sua casa, não entra todo mundo”, exemplifica a pesquisadora brasileira Yasodara Córdova. Na prática, enquanto postagens públicas no Twitter ou Facebook podem ser vistas por qualquer um e chegar de uma vez só a milhares de usuários, as mensagens de WhatsApp atingem apenas um indivíduo ou os participantes do grupo, limitados a um número máximo de 256 pessoas. Dali, podem ser levadas para outras pessoas ou outros grupos, em uma distribuição em pirâmide. Além disso, todo diálogo é criptografado - é como se a sala de jantar estivesse bem trancada e só pudesse entrar quem fosse convidado ou tivesse a chave. Isso faz com que a conversa fique fechada - para acessá-la, só infiltrado. “A comunicação no Whatsapp acontece de maneira mais velada, mais escondida. São grupos relativamente pequenos. E não há registro público, um rastro, porque há essa encriptação”, diz Benevenuto. Além disso, a comunicação é mais difusa. A conversa vai se propagando pelos celulares, sem registro de quem foi a fonte original da informação - seja mensagem em texto, imagem, áudio ou vídeo. Assim, fica mais difícil identificar quem são as vozes mais difundidas e que estão se transformando em lideranças. Essas características fazem com que a mobilização pelo WhatsApp represente um novo desafio para governos, acostumados a negociar com lideranças de organizações definidas, com logotipo e CNPJ. “O sindicato é um modelo que está em declínio no mundo todo. Não só em termos de representatividade, mas também

em metodologia. No caso da greve dos caminhoneiros, há um pioneirismo da organização do trabalho baseado na internet. É uma espécie de sindicato digital. É possível que no futuro a gente tenha novas formas de mobilização da força de trabalho como essa”, fala Yasodara. Governo foi driblado pela organização dos caminhoneiros No quarto dia de greve, uma quinta-feira, o governo do presidente Michel Temer fechou um acordo com parte dos representantes de associações e sindicatos de caminhoneiros, se comprometendo a baixar o preço do combustível em 10% por 30 dias. Com isso, anunciou que a greve iria ter uma trégua. Naquele momento, os postos já começavam a ficar sem combustível. Mas os caminhoneiros organizados pelo WhatsApp não concordaram com a negociação. No aplicativo, seguiram-se mensagens de repúdio às lideranças que negociaram com o governo Temer, além de aúdios e vídeos notificando sobre pontos de paralisação que se mantinham ativos. Nada de acordo, a greve continuava. “Se não tivesse o WhatsApp, eu creio que o governo já tinha enganado a


iros foi a maior ada via web do mundo

to, que paralisou o país por dez dias e deixou rastro de prejuízo

gente há dias. O governo ia na televisão dizer que a greve acabou. Até um caminhoneiro conseguir se comunicar com outro, já tinha tudo mundo ido embora, tinha acabado a greve. Agora, a gente assistiu a nota do presidente e já passou informação para os grupos de WhatsApp: não acabou não”, explica o caminhoneiro Moisés Oliveira. SP usou o WhatsApp nas negociações No Estado de São Paulo, foi traçada uma estratégia diferente para negociar com os grevistas. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, Marcos da Costa, irmão de um caminhoneiro hoje afastado da profissão, resolveu entrar nas negociações. “Não era um movimento institucionalizado, respondendo a sindicatos e associações. Eram caminhoneiros que se esgotaram com o aumento do preço dos combustíveis e começaram a parar (de rodar). A comunicação deles por WhatsApp permitiu que se formasse uma onda muito rápida no Brasil inteiro”, diz Costa. Depois de negociação fracassada do governo federal na quinta-feira, Costa pediu que colegas advogados do setor de transportes procurassem identificar quem eram as lideranças

dos caminhoneiros parados em São Paulo. Em seguida, no sábado de manhã, mais de 10 delas se reuniram na sede da OAB. “No começo da reunião, os caminhoneiros pediram para tirar foto e fazer vídeo para compartilhar nos grupos de WhatsApp. Isso viralizou. E serviu para que a gente pudesse ter segurança da capacidade de mobilização daquelas pessoas”, fala o presidente da OAB. Em seguida, foi montado um novo grupo de WhatsApp entre esses caminhoneiros e a OAB. “Esse grupo serviu de preparação das pautas de negociação. Ele canalizava as demandas dos caminhoneiros, porque cada pessoa dessas tinha interlocução com outros grupos de WhatsApp. Era uma rede gigantesca”, fala Costa. “Eu não tenho dúvida de que isso fez a diferença. Foi fundamental para abrir a possibilidade de diálogo com aqueles que estavam realmente à frente do movimento”. No sábado à tarde, o grupo de WhatsApp criado pela OAB se reuniu com o governo de São Paulo para negociar a desobstrução das estradas do Estado. “Ainda durante a reunião, eles (os representantes dos caminhoneiros) mandaram mensagens de WhatsApp para a base pedindo para liberar (as estradas). Cerca de uma hora depois, vimos pela cobertura da mídia que a liberação estava começando. Foi o diálogo por WhatsApp que permitiu a primeira liberação de rodovia”, comenta o advogado. O movimento dos caminhoneiros em São Paulo não acabou ali, mas de fato começou a diminuir. Ainda no sábado, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, esteve em São Paulo para participar das conversas com o grupo paulista, tomar conhecimento das pautas e tentar tirar as negociações de Brasília do limbo. “A greve mostrou que vamos ter que criar mecanismos para dar conta de demandas apresentadas de forma completamente diferentes. Tradicionalmente, eram instituições que iam ao governo apresentar suas pautas. Hoje, vemos movimentos líquidos, absolutamente horizontalizados. A partir de agora, os governos vão ter que

aprender a lidar com essa nova realidade e aprender a identificar canais que possam servir para diálogo”, conclui Costa. WhatsApp foi a principal forma de contato com a mobilização A primeira medição da importância do WhatsApp na greve dos caminhoneiros foi feita pelo Ipsos. Na última terça-feira, o instituto de pesquisa entrevistou cerca de 1,2 mil caminhoneiros que usam um aplicativo de cargas. Dentre os entrevistados, quase metade (46%) soube da paralisação via WhatsApp. É mais que o dobro de importância da própria estrada - 18% souberam do movimento sendo parados por colegas enquanto rodavam com o caminhão. O Facebook veio em seguida, informando 8,5% dos entrevistados. Um número ínfimo de 1% foi convocado por sindicato ou associação. Entre os entrevistados, estão tanto caminhoneiros que estavam protestando, como quem ficou em casa ou estava rodando normalmente. Por outro lado, nem tudo é digital. Entre o grupo mais ativo de caminhoneiros, que continuava parado nas estradas na última terça-feira, o corpo a corpo foi tão importante quanto a mobilização nas redes - 39% tomaram conhecimento da greve na estrada, enquanto outros 39% souberam por WhatsApp e Facebook. A importância do WhatsApp na greve também fica evidente em um boato que circulou no próprio app, alertando usuários para não atualizarem o aplicativo. Segundo a mensagem, a atualização do WhatsApp teria sido determinada pelo governo federal para inviabilizar a comunicação de participantes da greve. O WhatsApp informou que essa informação não procede. No começo desta semana, foi feito um apelo nos grupos: que os caminhoneiros passassem a informar data, hora e local da mensagem de áudio ou vídeo, já que tudo estava mudando muito rapidamente e era preciso identificar se se tratava de algo novo ou não. Em um dos grupos, criado no dia seguinte à greve, o administrador deletou mais de 200 participantes acusados de promover “fake news”. 03.06.2018 |

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COLUNAS

NOSSO TRANSPORTE ADAMO BAZANI | adamobus@gmail.com

Reflexão. A “diesel-dependência” das grandes cidades

Toda essa crise de desabastecimento de combustíveis, causada pela paralisação dos caminhoneiros (longe de ser culpa deles), revelou o alto nível de dependência das cidades brasileiras de combustíveis fósseis e etanol. Sem distribuição de combustível desde o início da semana passada, os estoques dos postos se esgotaram antes do final de semana e, desde então, um programa de racionamento foi adotado nos ônibus e claro, por parte da população e seus carros. No caso dos carros, num pioneirismo simbólico, houve no passado, tentativas de se escalarem no complicado universo da tração elétrica em solo nacional, através da Gurgel Motores, com os modelos Itaipu e E400, movidos 100% a Energia Elétrica. Já os esquecidos e preteridos por outras tecnologias, os trólebus (e novas tecnologias como os elétricos puros) tomam o protagonismo da figura do transporte público novamente. Após sucessivas desativações e constantes faltas de investimento até a renovação da frota e a modernização da rede aérea, foram deixados de lado e perderam eixos importantes da cidade de

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São Paulo como o corredor 9 de Julho/ Santo Amaro e também, linhas que iriam para zona norte e oeste da capital paulista, mostrando agora que em momentos de crise, sua função é de grande utilidade nos eixos urbanos, pois operam em sua capacidade máxima “como se não houvesse nenhum tipo de problema”. Vale a menção honrosa também, aos veículos movidos a GNV. Mesmo sendo poluidores (menos que gasolina ou diesel, por exemplo), o gás faz parte do grupo de “matrizes alternativas” que se sobressaíram nessa crise de abastecimento, pois independem de uma logística de transporte via rodovias, pois a maioria de suas estruturas, pelo menos no Estado de São Paulo, é conectada por dutos. Enquanto a situação não é restabelecida, estamos reféns de operações dignas de “guerra” para a chegada de combustível aos serviços essenciais de grandes cidades. Estamos reféns também de uma frota reduzida de ônibus, que sobrevivem como por impulso, de abastecimento em abastecimento, para retomar ainda que parcialmente o serviço. Ficamos a mercê de uma matriz

energética ao qual o país se viciou no final dos anos 50 e que até hoje, não conseguiu caminhar satisfatoriamente em outras modalidades energéticas. Seja no transporte público, seja no transporte particular. Então, vem sempre aquela reflexão… É bom depender de apenas uma matriz energética em grandes cidades? Por isso, o Movimento Respira São Paulo, de forma pioneira e com a força voluntária de especialistas e entusiastas, defende desde 2005 a causa do Transporte Elétrico, onde sempre em contato com autoridades, especialistas e empresas, tenta mostrar o quão vantajoso uma operação com veículos elétricos podem ser para a cidade e o quão bem, isso faz para a população, que consequentemente, ficará menos exposta à níveis de poluição em grandes centros urbanos. O Transporte Elétrico é benéfico para a saúde pública, para a economia da cidade e também, para a logística urbana. Respira São Paulo - Em prol da tração elétrica, por menos poluição *Rodrigo Lopes é técnico em Logística, graduando de Tecnologia em Transporte Terrestre


VEM AÍ UMA INTERBUSS RENOVADA. EM JULHO.

interbuss PORQUE TRANSPORTE É VIDA

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interbuss

FERNANDO MARTINS Neobus New Road N10 Viação Cometa, em Campinas/SP



DEU NA IMPRENSA

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RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Portugal tem início de greve de caminhoneiros

Do site | notícias Portugal se prepara para o primeiro dia das greves dos caminhoneiros, que teve como inspiração o movimento que ocorre aqui no Brasil. Lá, os caminhoneiros pedem a regulamentação do setor, a indexação do custo dos fretes ao dos combustíveis, melhores condições de trabalho, além da criação de uma secretaria de Estado para tratar as demandar do setor. A paralisação começou as 8h desta segunda-feira, dia 28 de maio. “Pagamos impostos altíssimos, combustíveis altíssimos. Por isso, o setor dos transportes vai exigir que seja respeitado.” Esta é a base do protesto que os camionistas garantem ir cumprir a partir das 08.00 desta segunda-feira: uma paralisação com “hora e data marcada para começar, mas cujo fim depende das negociações que possam existir”, garantiu Márcio Lopes, presidente da Associação

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Nacional de Transportadoras Portuguesas (ANTP), em entrevista ao jornal português Diário de Notícias. Lopes é um dos organizadores do protesto e porta-voz do movimento. “Somos responsáveis por 5% do produto interno bruto (PIB) e transportamos 95% da carga do país”, afirmou, lembrando que o preço dos combustíveis não afeta apenas os caminhoneiros e transportadores. “O país tem de abrir os olhos”, completou.

governo de forma que sejam resolvidas rapidamente”. Logo no dia seguinte a criação do grupo no FB, a ANTP decidiu apoiar o movimento, além de negociações envolvendo sindicatos. “Estamos tentando que outros sindicatos e associações de outros setores nos apoiem, pois esta luta é de todos. O cidadão também já não aguenta mais aumentos de combustíveis, os custos dos bens”, confirmou Canelas.

Estopim A proposta da greve começou a ganhar força na quarta-feira da semana passada, dia 23, através de um grupo criado no Facebook com o nome “Paralisação de Portugal”. A ideia amadureceu rapidamente e no sábado, dia 26, foi confirmada a decisão pela greve a partir desta segundafeira, dia 28. Ricardo Canelas, um dos responsáveis pelo grupo, disse que espera que as “reivindicações sejam ouvidas pelo

Desacordo A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) já se posicionou contra a greve em Portugal através de uma nota oficial publicado no site, que diz: “não é uma greve porque não é convocada por nenhuma organização sindical, as entidades que, nos termos da lei portuguesa, têm legitimidade para convocar. Trata-se de um locaute proibido pela Constituição da República Portuguesa”.


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BYD e Caloi aproveitam a crise de abastecimento de combustível para lançar novas campanhas

Do site | notícias Tem gente tirando proveito da greve dos caminhoneiros, que reivindica uma política justa de preços para o diesel. Entre as consequências, os postos de combustíveis seguem sem estoques de etanol, gasolina e diesel. Tanto que, quando chega um carregamento, longas e imensuráveis filas de veículos com propulsores a combustão se formam rapidamente até que sejam esvaziados os

tanques reservatórios dos postos. É justamente o filão de veículos que não utilizam combustíveis fosseis que está aproveitando a crise de abastecimento. Empresas como a montadora de veículos elétricos BYD e a fabricante de bicicletas Caloi não perderam tempo e, logo na primeira semana de greve, já faziam circular suas campanhas publicitárias. A chinesa BYD aproveitou o famoso meme “Logo eu”, para aproveitar

o momento. Em sua peça para mídias sociais, divulgou a seguinte mensagem: “Quis me deixar sem combustível? Logo eu, BYD #veículoselétricos. A Caloi, por sua vez, começou a calcular o preço do litro da gasolina, tendo como o valor base de R$ 5, para calcular o custo de suas bicicletas. Em uma de suas peças, diz que o consumidor pode adquirir uma magrela pelo equivalente ao preço de 145 litros de gasolina (R$ 725). 03.06.2018 |

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REDE SOCIAL

AS MELHORES FOTOS DA SEMANA NO FACEBOOK

Weiller Alves | Marcopolo Viaggio G6

Charleston Vinicius Carvalho | Marcopolo Paradiso G6

Raphael Malacarne | Marcopolo Paradiso G7

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Weiller Alves | Marcopolo Paradiso G7

Weiller Alves | Marcopolo Paradiso G7

Willian Schimitt | Marcopolo Torino


Almir Correia | Marcopolo Paradiso G7 Mateus C. Barbosa | CMA Flecha Azul

Almir Correia | Marcopolo Paradiso G7 1200 Silvano Prado JanjĂŁo | Busscar El Buss 340

Thiago M. de Souza | Comil Invictus

Fernando Martins | Caio Apache Vip

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O MELHOR DA INTERBUSS

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS NAS GALERIAS DO PORTA

Diego Almeida Marcopolo Torino Volksbus 17 230 | Empresa Barraca

Diego Almeida Marcopolo Paradiso G6 1550LD MBB O-500RSD | UTIL

Cesar Castro Marcopolo Torino Volksbus 17 230 | Manaus

Cesar Castro Irizar PB MBB O-500RSD | Expresso Itamarati

Cesar Elói Barbalho Caio Millennium MBB OH-1621 | Mito

Cesar Elói Barbalho Busscar Urbanuss Pluss MBB OF-1721 | Transdutra

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S JÁ TAL INTERBUSS

Fabiano Rodrigues Caio Millennium Volksbus 17 260 | Transkuba

Fabiano Rodrigues Caio Top Bus Volvo B12M | Viação Cidade Dutra

Cesar Castro Busscar issta Buss MBB O-400RSD | Viação Itapemirim

Cesar Castro CMA Flecha Azul Scania K113 | Viação Cometa

Christian Fortunato Busscar Vissta Buss HI MBB O-500RSD | Salutaris

Christian Fortunato Marcopolo Viaggio G6 1050 MBB O-500R | Pássaro Verde 03.06.2018 |

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O MELHOR DA INTERBUSS

Cosme Souza Oliveira Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RS | Real Expresso

Cosme Souza Oliveira Caio Millennium MBB O-500U | VIP Itaim Paulista

Anderson Ribeiro Ciferal Padron Rio Scania F113 | VB Transportes

Anderson Ribeiro Marcopolo Viale Volksbus 17 240 | Zanca

Alyson Frank E. Ferreira CMA Flecha Azul Scania K113 | Viação Cometa

Alyson Frank E. Ferreira Busscar Urbanuss Pluss MBB OF-1721 | Canarinho

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Adriano Minervino Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RS | UTIL

Adriano Minervino Marcopolo Torino Volksbus 17 230 | Real Auto Ônibus

Anderson Ribeiro Marcopolo Viale Volksbus 17 240 | Zanca

Anderson Ribeiro Marcopolo Andare Class MBB OF-1712 | Trans Netti

Alyson Frank E. Ferreira Busscar VB Elegance 360 | Auto Viação Catarinense

Alyson Frank E. Ferreira Marcopolo Paradiso G6 1800DD | Auto Viação Catarinense 03.06.2018 |

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COLUNAS

VIAGENS & MEMÓRIA

MARISA VANESSA N. CRUZ | ideiaselembrancas@gmail.com

Julho: Três eventos para entusiastas O mês de julho reserva até então, três eventos importantes para os busólogos, espalhados pelo país. Entre eles dois no Paraná, e um no interior fluminense. Segue o calendário, todos em um sábado: Exponi 8 – Campo Largo – dia 7 de julho Será realizado na garagem da Transpiedade, em Campo Largo-PR, a 30 quilômetros de Curitiba. Esta exposição tem como destaque os ônibus novos e antigos das regiões da Grande Curitiba, Litoral Paranaense e dos Campos Gerais. Será a oitava exposição, que já circulou outras vezes em Ponta Grossa, Colombo, e Joinville-SC. 10º EBT - Encontro de Busólogos de Teresópolis – dia 14 de julho Este encontro mistura sessão de fotografias na rodoviária e outros pontos da cidade fluminense. Além disso, inclui passeios turísticos e visita às garagens de ônibus, com patrocínio de diversas empresas de ônibus do município. Este evento, organizado pela TEREBUS, coincide com o mês de aniversário de Teresópolis, tornando-se um dos eventos oficiais de turismo. 4º ENBUS (Encontro Nacional de Busólogos) – Londrina – dia 21 de julho

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Este encontro é dividido em duas etapas: de manhã é aberta uma exposição de ônibus no Museu de Arte de Londrina, com participações de palestrantes. Esta inclui a coleção de ônibus antigos da Viação Garcia, que marcaram presença nos três

primeiros encontros, além de outras viações expondo suas novidades, e à tarde, visitas às garagens de ônibus da cidade. Escolha ao menos um evento e venha participar!!


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