Revista InterBuss - Edição 35 - 13/03/2011

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ANO 1 Nº 35 13/03/2011

CARNAVAL E DEPREDAÇÃO

Campinas tem 66 ônibus destruídos durante a festança na cidade

E mais: Nossa homenagem ao Leonardo Martin


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INFORMAÇÃO COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO PEDE QUE CONSÓRCIO LESTE 4 INDENIZE POPULAÇÃO

Foto: Chailander Borges

A Semana em 10 Tempos • Página 5

Um dos pouquíssimos trólebus trazidos pela Himalaia Transportes nos últimos tempos Fotos da capa: Alex Fiori, G1 e Matheus Novacki Edição número 35 • Domingo, 13 de Março de 2011 • Concluída às 21h08 • Esta edição tem 24 páginas

EDITORIAL • Carnaval da Bagunça .............................. 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 8 MATÉRIA DA SEMANA • Carnaval e avarias ........... 10 PÔSTER • Leonardo Martin ............................................ 12 COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 14 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 15

Revista na Rede Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles: • REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso blog: www.portalinterbuss.com.br/noticias

DIÁRIO DE BORDO • Suzano X Ribeirão Pires ......... 21

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COLUNISTAS • Fábio Takahashi Tanniguchi ............... 22

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ARTIGO • Quando um amigo morre ............................. 18 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 20


EDITORIAL

Carnaval da bagunça e do prejuízo A cidade de Campinas presenciou mais uma vez cenas de barbárie no transporte coletivo. Mais um carnaval se passou e mais uma vez uma série de ônibus foram depredados pelos foliões que estiveram presentes na saída do Túnel Joá Penteado. Enquanto formou-se uma bolha de segurança no local, com vários comandos da polícia e da guarda municipal, o resto da cidade ficou a ver navios. Não se via um carro de polícia sequer nas ruas, ou seja, cobre-se um lugar e descobre-se outro. A justificativa das forças de segurança para deixar a população decente da cidade desprovida de assistência durante o trânsito no transporte coletivo é sempre a mesma: não há como coibir vandalismo pois o veículo fica em movimento. Durante a greve de três dias em 2009 no transporte, a Polícia Militar e a Guarda Municipal fizeram a chamada “operação comboio”, onde escoltavam grupos de quatro ou cinco ônibus, para que não houvesse depredação. E por REVISTA

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

que algo parecido não foi feito durante o carnaval também? Com a quantidade de ônibus que circularam pela madrugada, era muito fácil fazer algo ao menos similar. Mas não. Mais uma vez as empresas e a população, de forma indireta, assumem a responsabilidade pelos prejuízos e têm que pagar as avarias causadas mais uma vez pelos vândalos, sobretudo da região do DIC. O mais curioso desses dias foi a EMDEC, empresa que administra o sistema de transporte em Campinas, comparecer nas garagens e fazer algumas poucas fotos dos carros avariados. Pra que será que ela fez isso? Só para dizer que está interessada em ajudar de alguma forma? Pois arrumar a avaria, com certeza ela não arrumará. Será que em 2012 teremos a mesma coisa? E lembrem-se, haverão eleições municipais, ou seja, o circo será ainda maior, para que mais e mais votos sejam angariados da pobre população. E os prejuízos, mais uma vez? PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Bancas Olá! Quando a Revista InterBuss chegará às bancas? Tenho interesse na compra das edições. Paulo França São Paulo/SP Nota da redação: Agradecemos o seu contato Paulo! A previsão é que estejamos nas bancas até o final do semestre.

Contatos em geral

Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem para o colunista ou para o repórter através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br e nõs faremos o encami-nhamento da mensagem à pessoa desejada. Na Revista InterBuss, você nunca fica sem contato ou sem resposta. Em até 72h respondemos sua mensagem. Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem através do e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 06 A 12/03/2011

Ministério Público pede indenização a usuários do Consórcio Leste 4 em SP Ação é de R$ 30 milhões pelos péssimos serviços prestados pelas empresas formadoras do consórcio

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Foto: Tiago de Grande

O Ministério Público paulista quer que empresas de ônibus e mais nove pessoas sejam condenadas a pagar indenização de R$ 30 milhões por dano moral aos usuários do serviço público de transporte. A instituição entrou na Justiça com Ação Civil Pública (ACP), acompanhada de medida liminar, contra companhias que formam o Consórcio Leste 4. O consórcio opera o transporte coletivo na zona leste da capital paulista, uma das regiões mais populosas da cidade. Na ação, a Promotoria do Patrimônio Público e Social da Capital pede ainda o bloqueio de bens das empresas e dos seus sócios administradores. Pelo contrato assinado com a prefeitura, as empresas se comprometem a prestar um serviço de qualidade aos usuários, mas o Ministério Público aponta inúmeras falhas no transporte de passageiros. “Cidadãos trabalhadores desta cidade são transportados pelo Consórcio Leste 4 como se fossem carga de boi”, reclama o promotor de justiça Saad Mazloum, autor da ação. “Os serviços de transporte estão muito longe e aquém do que poderia ser considerado minimamente adequado”, completa Mazloum, que viajou de ônibus, fotografou veículos e entrevistou usuários, motoristas, cobradores e técnicos do setor de transportes de São Paulo.. A conclusão do Ministério Público é a de que o Consórcio Leste 4 opera sem concorrência e se aproveita dessa condição e ainda da fragilidade dos usuários do serviço público para obter o máximo de lucro com o mínimo de custos. De acordo com o MP, os passageiros são as maiores vítimas, pois estão “totalmente à mercê” de um serviço essencial, que tem no transporte público o único meio para ir ao trabalho e à escola. “No entanto, muito longe de prestar um serviço de transporte coletivo urbano minimamente adequado, o Consórcio Leste 4 revelou a mais absoluta incapacidade de atender os usuários nos aspectos de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, conforto, limpeza e cortesia”, destaca o promotor Saad Mazloum. De acordo com Mazloum, o Con-

Ônibus da Himalaia Transportes em operação: ação pede R$ 30 milhões para prejudicados sórcio Leste 4 é formado pelas empresas Himalaia Transportes, Empresa de Transportes Coletivos Novo Horizonte e Happy Play Tour Passagens, Turismo e Transportes de Passageiros. O promotor explicou que as empresas assinaram contrato com a prefeitura paulistana em 2007, para operar o transporte coletivo na zona leste da cidade. O promotor Mazloum informou que em 2008 o Ministério Público abriu inquérito civil para apurar a situação do sistema de transporte coletivo da Capital. “Durante as investigações, ficou comprovado que o Consórcio Leste 4 apresentava diversas falhas na prestação dos serviços”, afirmou. “Esse consórcio é sem dúvida o campeão de reclamações na prestação do serviço público de transporte”, concluiu o promotor, que criou um blog para servir de canal entre a promotoria e os usuários. O promotor apontou como irregularidades superlotação, descumprimento de horários, direção perigosa e falta de manutenção e conservação dos ônibus. Mazloum contou que o consórcio foi multado pela SPTrans (São Paulo Transportes), por descumprir o

número de partidas programadas para cada faixa horária. No entanto, ainda segundo o promotor de Justiça, as empresas continuam prestando o mesmo serviço de baixa qualidade. “Vários usuários relataram que, em alguns ônibus, foram encontrados até ratos e baratas.” Na ação, o MP pede a desconsideração da personalidade jurídica. Isso porque, segundo o promotor de Justiça, as empresas que compõem o Consórcio estão se desviando da finalidade contratada com a prefeitura, realizando confusão patrimonial e dilapidação de bens, com venda de ônibus. O MP também pede à Justiça indenização de R$ 30 milhões por prejuízos morais suportados pela coletividade. Segundo o promotor, o valor serve para compensar a dor moral e as humilhações diariamente sofridas pelos milhares de consumidores usuários de transporte coletivo. Em caráter cautelar, a promotoria pede o bloqueio e indisponibilidade dos bens das empresas e de todos os sócios administradores, para que não ocorra a dilapidação do patrimônio. (Site Consultor Jurídico)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Projeto obriga viações a emitir Inaugurado novo terminal segunda via de passagem Foto: Tiago de Grande

de Campo Largo

Ônibus rodoviário: Pelo projeto, empresas deverão fornecer segunda via de passagem Está em análise na Câmara dos Dep- que o armazenamento dos dados é exequível e utados o Projeto de Lei 8009/10, do deputado tem baixo custo, pois as empresas já retêm cóHugo Leal (PSC-RJ), que obriga as empresas pia do bilhete em meio eletrônico ou mecânide transporte rodoviário e aquaviário a emitir co. “Hoje, quando o passageiro não bilhetes de passagem identificados e a man- ter os dados do passageiro arquivados até o está com o bilhete no embarque precisa ir a bilhete ser usado, ou por um ano a partir da um posto policial para registrar boletim de compra. O objetivo é criar condições para o ocorrência e apresentá-lo à empresa de transfornecimento da segunda via da passagem, porte. Caso a data da viagem esteja próxima, a exemplo do que já fazem as companhias o usuário pode não embarcar por causa da impossibilidade de cumprir os requisitos exaéreas. A informação é da Agência Câmara. A proposta altera a lei que cria igidos”, afirma Hugo Leal. O projeto será analisado em caráter as agências reguladoras de transporte (Lei 10.233/01). O autor argumenta que o acesso conclusivo pelas comissões de Defesa do à segunda via do bilhete em caso de perda ou Consumidor; de Viação e Transportes; e de extravio é um direito básico do consumidor, Constituição e Justiça e de Cidadania. (Panque pagou pelo serviço. Hugo Leal destaca rotas)

13 mortos em acidente de ônibus em Nova York Treze pessoas morreram e pelo menos outras seis ficaram gravemente feridas, neste sábado, após acidente com ônibus de turismo em Nova York. De acordo com o site do jornal “The New York Times”, o ônibus capotou após fazer uma curva, no bairro do Bronx. O acidente ocorreu por volta das 3h30, horário de Brasília (5h30, hora local). A assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros da cidade informou que o veículo se chocou contra um poste após tombar e deslizar na pista. No momento do acidente,

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o veículo seguia em direção a uma das saídas de Nova York, mas ainda não há informações sobre a origem do ônibus. O motorista contou à polícia que perdeu o controle do veículo após outro automóvel tocar de raspão contra o ônibus. Ao todo 32 pessoas estavam no ônibus e os demais feridos foram levados ao Jacobi Medical Center e ao Hospital Sain Barnabas, segundo o jornal. Ainda não foram divulgados detalhes sobre a tragédia, nem informações sobre as vítimas. (Blog do Sidney Rezende)

Foi inaugurado neste sábado (12) o novo terminal urbano de transporte coletivo de Campo Largo, como parte das comemorações dos 140 anos de emancipação política do município. A obra foi realizada pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) por meio do Programa de Integração do Transporte (PIT) e custou R$ 5 milhões. TERMINAL - O terminal tem 4.349 m² e foi construído no terreno de 11.418 m² doado pela Prefeitura Municipal. As obras iniciaram em setembro de 2008 e, em 22 de dezembro de 2010, o governo do Estado fez a entrega para a Prefeitura de Campo Largo. Porém o terminal só começou a funcionar na madrugada deste sábado. Localizado no cruzamento da Avenida Clotário Portugal com a Rua Engenheiro Tourinho, os usuários serão beneficiados com a concentração das linhas urbanas e metropolitanas no mesmo local e não precisarão mais sair do terminal para tomar linhas distintas. O terminal tem 15 plataformas para embarque e desembarque dos usuários de 23 linhas de ônibus. Também possui plataforma elevada (para o ligeirinho), vagas identificadas para as linhas metropolitanas e urbanas, bilheteria, setor administrativo, sala da Prefeitura, sala da Polícia Militar, sanitários, fraldário, área comercial, bicicletário, guarita e área verde. (Governo do Estado do Paraná)

Faixa reversível da M’Boi Mirim é ampliada em 1h

A Prefeitura de São Paulo ampliou em uma hora o funcionamento da faixa reversível da estrada do M’Boi Mirim, na zona sul. Desde a semana passada, os ônibus que seguem no sentido centro podem circular pela faixa exclusiva, formada por cones de sinalização, das 5h30 às 8h30. Antes, o horário de operação era das 6h às 8h. Segundo a prefeitura, a medida foi tomada após a verificação de um aumento de 25% na velocidade média dos ônibus que trafegam pela faixa exclusiva, no trecho que vai do número 860, altura de Piraporinha, até o 2.600, no cruzamento da via com a avenida Guido Caloi. Usuários de ônibus que passam pela estrada do M’Boi Mirim têm reclamado da superlotação e da demora dos veículos. (E-Band)

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Pacientes renais crônicos tentam Trectur começa gratuidade em ônibus de Teresina a usar biodiesel Foto: Clemilton Rodrigues

em sua frota

Ônibus urbano em Teresina: cidade é uma das poucas que ainda não concede o benefício Os pacientes renais crônicos tentam dia todo dentro de um ônibus. Acredito que conseguir, através do intermédio do Ministé- os gastos serão mínimos”, avalia Osias Lima, rio Público Estadual, o direito ao passe gra- presidente da associação. tuito nos ônibus coletivos de Teresina. Após Apenas Piauí, Pará e Minas Gerais duas reuniões com a Superintendência Mu- não oferecem a gratuidade no Brasil. O benenicipal de Transportes e Trânsito, a Secretaria fício é estipulado por portaria do Ministério Municipal de Assistência Social e Cidadania e da Saúde. o Sindicato das Empresas de Transporte Ur- A assessoria de imprensa do Setut bano de Teresina, nenhum acordo foi feito. explica que caso seja determinado por lei o Segundo a Associação dos Pacientes sindicato irá cumprir. Renais Crônicos, 300 pessoas seriam benefi- O diretor de Transportes Públicos ciadas com o passe livre para se deslocarem da Strans, Tony Carlos, explica que toda e para fazer exames, já que após as hemodiális- qualquer gratuidade a ser concedida a uma es eles não têm condições físicas de voltarem categoria deve ser repassada para a planilha para casa de ônibus. de custos do setor, o que acaba incidindo no “Apenas cerca de 300 pessoas serão valor final da passagem. “Quando se conbeneficiadas com essa medida. Os renais vão cede a gratuidade, quem paga acaba sendo o precisar da gratuidade apenas para exames. usuário que não tem gratuidade. Por isso o Após uma sessão de hemodiálise a pessoa cuidado da Strans em conceder isso”, afirma. fica muito debilitada. Não tem como ficar o (Cidade Verde)

Motorista que abandonou passageiros em Porto Alegre é afastado da Carris A direção da Carris decidiu afastar para tratamento de saúde o motorista que abandonou os passageiros dentro do ônibus 0630 da linha T5, no dia 4. O episódio ocorreu na Avenida Ceará, em Porto Alegre. Na ocasião, os passageiros relataram que o condutor estava correndo e apresentava sinais de transtorno. O nome do motorista não foi divulgado pela empresa. Com 31 anos, o motorista começou a trabalhar na empresa em dezembro de 2008. Contratado por meio de

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concurso, ele passou em todos os testes feitos para admissão de funcionários. Também não constava nenhum episódio considerado sério na sua ficha funcional, informou o gerente de comunicação social da Carris, Márcio Lara. Lara disse que os profissionais da área de saúde que prestam serviços à Carris vão revisar as fichas dos 650 motoristas à procura de indícios que possam sinalizar para uma situação extrema como essa. A Carris tem 362 veículos e transporta 100 mil passageiros por mês. (Zero Hora)

Os ônibus do transporte coletivo de Três Corações, no Sul de Minas, estão sendo abastecidos com biodiesel. A iniciativa é da empresa Trectur, que possui a concessão para a exploração do serviço no município. A empresa tem 98 veículos que circulam na cidade com o biodiesel há pouco mais de um mês. O dono da empresa diz que não há benefício financeiro com a medida, apenas o favorecimento do meio ambiente. O biocombustível é comprado em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte ou em São José dos Campos, interior de São Paulo. Cerca de 140 mil litros são usados por dia. A matéria prima é o óleo de mamona. De acordo com o engenheiro agrônomo da Universidade Federal de Lavras, Pedro Castro Neto, o biodiesel é menos poluente em 50%, se comparado com o combustível comum. Ele polui menos porque não contém enxofre, substância presente em outros tipos de combustíveis. No Sul de Minas, a empresa responsável pelo transporte em Pouso alegre também utiliza o biodiesel, mas não em todos os veículos. Apenas 12 dos 76 ônibus usados no transporte público são movidos com o combustível. (EPTV Sul de Minas)

Acidente com ônibus da Eucatur fere 43 em RO

Um ônibus interestadual da Eucatur capotou na madrugada de hoje (10), após sair do município de Ouro Preto do Oeste com destino a Porto Velho. No início da manhã de hoje a 80 quilômetros da capital, o veículo capotou. Ninguém morreu, mas todos os 43 ocupantes saíram feridos, um deles em estado grave. Ao que se sabe até agora, o motorista do veículo perdeu o controle e saiu da pista que estava molhada. A ocorrência foi registrada pela PRFRO. De acordo com dados oficiais do órgão de Segurança Pública, Corpo de Bombeiros Militar, não houve vítima fatal no local do acidente. No entanto, não se tem qualquer informação oficial que durante o transporte ou Atendimento no Hospital João Paulo II. Passageiros sofreram escoriações e alguns ficaram presos as ferragens. A área foi isolada e a rodovia funciona somente parcialmente. Os atendimentos estão sendo feitos por quatro Unidades de Resgate (U.R.) de Porto Velho e uma de Ariquemes. (Rondônia Ao Vivo)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Colecionador morre em acidente na MG-050 Foto: Acervo Pessoal

O colecionador Leonardo Martin, 20 anos, morreu em um acidente automobilístico na rodovia MG-050 na altura de Formiga no último sábado, dia 5. Ele estava na companhia do primo, Lucas Nobre, de 25 anos, que veio a falecer algumas horas depois. Apesar do resgate ter chego rápido, não foi o suficiente par que Leonardo fosse reanimado. O sepultamento aconteceu no dia seguinte. Leonardo era fã da Viação Cometa, sobretudo dos ônibus modelo Flecha Azul desde criança. Assim que a notícia chegou à comunidade de colecionadores, várias homenagens já ocorrerem em diversos sites e blogs. O Portal InterBuss suspendeu sua atualização da semana passada e fez uma homenagem ao Leonardo, e volta a fazer nesta edição da revista. (Da Redação InterBuss)

Leonardo Martin era fã da Viação Cometa e dos Flechas Azuis

Marisa Vanessa N. Cruz Minhas viagens ao Expresso Turístico da CPTM

VIAGENS & MEMÓRIA

Trem do Expresso Turístico

Desde 2009, a CPTM e a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, em parceria com a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), instituiu o Expresso Turístico. Dois vagões fabricados nos anos 50 e que eram utilizados em viagens de longo percurso agora estão nos finais de semana a serviço, e para complementar, foi contratada uma prestadora de turismo para auxiliar a visita dos passageiros às cidades. Eu fiz duas viagens: a primeira foi em Mogi das Cruzes no dia 27/06/2010 e a segunda foi para a cidade de Jundiaí, em 05/02/2011. Primeira viagem Eu e Sonia Franco, minha amiga entusiasta que frequentou festas de aniversário do Metrô de São Paulo quando criança, fomos ao Expresso Turístico em direção à cidade de Mogi das Cruzes, nas poltronas 29 e 30 do segundo vagão. A saída foi pontualmente às 8 e meia da manhã. Os atendentes foram receptivos com todos os passageiros e um deles estava no microfone explicando os lugares onde o trem percorria. Chegando no terminal, em Mogi, dez integrantes de uma pequena orquestra recepcionaram a turma que vinha dos vagões e todos foram tomar café nos estabelecimentos vizinhos, e para os que não foram inscritos, o público teve 40 minutos para escolher um dos três passeios oferecidos por uma outra empresa de turismo, a Javatur: Passeio cultural, ecológico e rural (orquidário). Optei pelo cultural (o mais barato). Após reunir todos os visitantes para o

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passeio cultural, cada um se apresentou, andamos pelo centro da cidade, visitamos o museu Guiomar Pinheiro Franco e o antigo mercado municipal. Depois, fomos almoçar, visitamos o beco do sapo – localizado na Trav. Cel. João de Souza Machado, a igreja do Carmo, uma doceria e o Museu dos Expedicionários da FEB e o anfiteatro local. Voltamos às 16h30 e chegamos na Estação da Luz 18h25, devido a obras na região

de Engenheiro Goulart. Segunda viagem Consegui reunir eu e mais seis amigos a uma viagem em Jundiaí. As passagens foram compradas com 18 dias de antecedência, e em lugares estratégicos para oito pessoas - quatro pessoas sentadas em um lado e quatro do outro, podendo até virar a poltrona para o lado. Inicial-

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V I A G E N S & M E M Ó R I A Marisa Vanessa N. Cruz

Passeio cultural a pé Para o passeio cultural a pé nas cidades de Jundiaí e Mogi das Cruzes, notei que em oito meses o preço aumentou 66,6%. Até junho de 2010, o preço do passeio era 12 reais. A partir de julho, aumentou para 15 reais e a partir de março, o preço saltou para 20 reais. Daqui a pouco o preço do passeio estará igual ou mais caro que uma viagem ida e volta de trem. A terceira (e mais nova) opção, a Vila de Paranapiacaba, em Santo André, tem duas opções de passeio cultural mais caras: Nos trilhos da São Paulo Railway, que custa 48 reais, e Vila Inglesa, que custa 59 reais: Agora vem cá: o que explica estes preços caros comparando ao passeio a pé das outras duas cidades? Monopólio do prestador de serviços aos passageiros do expresso turístico. Sinceramente, deveria ter no mínimo duas empresas prestando turismo aos visitantes para, pelo menos, agradar seus visitantes do Expresso Turístico. Existem outros passeios, como o Circuito das Frutas em sítios e o Passeio Ecológico. Este último requer aptidões físicas para subir e descer montanhas, por exemplo. E por último, parabenizo a ABPF por restaurar o prestígio de voltar a andar em um trem como se fosse andar em um de longo percurso que hoje está extinto.

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Fotos: Marisa Vanessa N. Cruz

mente iam oito pessoas, mas uma desistiu na última hora. Nas duas ou três vezes que fui ao guichê do Expresso Turístico, não havia nenhum atendente da Rizzatour, então, combinei a todos que passagem o serviço de passeio cultural a pé lá na chegada em Jundiaí. E, chegando lá, infelizmente não havia o passeio cultural. O mínimo teria que escolher um dos três passeios rurais pagando o preço de 76 reais. Aí não dava para eu e outras seis pessoas presentes. Daí, fomos sem monitoria mesmo: decidimos pegar, no terminal Vila Arens que fica do lado da rodoviária, a linha 941 Terminal Eloy Chaves para descermos próximo ao centro de Jundiaí. Ao descer, fomos direto para o Solar do Barão – antiga propriedade do Barão de Jundiaí – onde encontram objetos do século XIX como cama, espelho, quadros, utilitários domésticos. Depois, visitamos a Catedral Nossa Senhora do Desterro, cujo interior já estava preparado para um casamento que estava por vir, e depois descemos até o novo Mercado Municipal. Almoçamos lá (mesmo com pouquíssimas opções) e ficamos um bom tempo conversando e batendo papo. E antes do trem partir, caminhamos uma distância boa entre o mercado e a estação ferroviária. Para embarcar em um trem do Expresso Turístico ida e volta, temos a cidade de Jundiaí aos sábados e Mogi das Cruzes ou Paranapiacaba aos domingos, dependendo da demanda. A passagem individual teve aumento de dois reais, passando de 28 para 30 reais. Acima de uma pessoa tem desconto, e comprando passagens para quatro pessoas custa 75 reais – economia de 37%. As saídas são sempre às 8h30 e o retorno, às 16h30.

Locomotiva a Diesel que transporta os vagões

Minha amiga e eu ao lado de dois comissários

Placa da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária - ABPF

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Fotos: Luciano Roncolato

MATÉRIA DA SEMANA

FOLIA DA

DESTRUIÇÃO

Campinas teve recorde de 66 ônibus depredados durante os cinco dias de carnaval. No ano passado, foram 40 veículos, porém com avarias inferiores às registradas este ano. Os autores, para variar, ficaram impunes mais uma vez Luciano Roncolato O setor de transporte coletivo de Campinas voltou a ser alvo de vândalos no carnaval. Este ano, 66 ônibus foram destruídos pelos foliões que voltavam da Avenida do Samba, na saída do túnel Joá Penteado, onde houve desfile das escolas de samba e passagens de trios-elétricos durante toda a madrugada dos cinco dias de festa. No ano passado, a cidade sofreu com o mesmo problema, porém o número de carros depredados não passou de 40. Este ano, além de terem sido 26 veículos a mais, as depredações foram mais intensas. Os casos mais graves aconteceram na região da rodovia Santos Dumont, onde ônibus da linha 117 (DIC VI - Corredor Central) tiveram janelas quebradas, vidros traseiros derrubados, bancos arrancados e rasgados, luminárias e lâmpadas estouradas e em um dos veículos até o pistão de abertura da porta foi estourado. 41 dos ônibus quebrados pertencem à empresa VB1, que opera na região. Tiveram ônibus danificados também as empresas Onicamp, VB3 e Campibus. De acordo com a Transurc, associação que representa os empresários do setor na cidade,

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os prejuízos chegam a R$ 230 mil. Com esse valor, dá para praticamente comprar um ônibus zero quilômetro. Por conta disso, a VB1 e a Onicamp operaram com frota reduzida até sexta-feira, pois estavam com todos os seus veículos reservas nas ruas e mesmo assim houve desfalque de carros em algumas linhas. A operação especial foi autorizada pela EMDEC, empresa da prefeitura que gerencia o InterCamp, que é o sistema de transporte municipal da cidade. A nossa reportagem esteve presente nas garagens das empresas durante os três últimos dias de carnaval e os relatos de motoristas e cobradores assustavam. Em um dos veículos da linha 117, a mesma que teve os carros mais depredados de todo o carnaval, um cobrador chegou a ser expulso do seu posto pelos passageiros. O motorista parou o ônibus no acostamento da rodovia e exigiu a volta do profissional para poder seguir viagem. Além disso, houve relatos de consumo desenfreado de drogas, bebida alcoólica e muita baderna dentro dos coletivos, sem contar a evasão de tarifa, já que a grande maioria não pagou passagem e acabou viajando de graça. De acordo com a gerência da VB1, cerca de quinze dias antes houve uma reunião entre as empresas, as forças de segurança e a prefeitura,

onde foi garantido que a operação dos ônibus de madrugada iria ocorrer dentro da tranquilidade pois a Polícia Militar e a Guarda Municipal iriam assegurar a segurança dos veículos e dos profissionais das empresas, o que não ocorreu. Tanto não ocorreu o que foi prometido que em um dos ônibus, também da VB1, houve inclusive o furto da caixa do cobrador e até o validador de cartões eletrônicos foi levado pelos vândalos. A prefeitura não se pronunciou sobre o caso, e se limitou a dizer na imprensa que o carnaval foi um grande sucesso, sem grandes incidentes violentos e que a população está de parabéns por ter feito o seu papel. Sobre a depredação dos ônibus, a mesma não se pronunciou. A Polícia Militar e a Guarda Municipal disseram que não tiveram como coibir a prática do vandalismo pois a mesma ocorreu durante os trajetos dos veículos, impedindo a ação das forças de segurança. Durante os três dias que passamos nas garagens cobrindo o vandalismo, notamos um acontecimento que poderia ter sido evitado. Na madrugada de sábado para domingo, ocorreu uma depredação em grande escala em um ônibus também da empresa VB1, que operou também na linha 117. Foram arrancadas sete janelas, o vidrovigia traseiro, bancos foram quebrados e vidros

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das portas estourados. Na madrugada seguinte, um ônibus do mesmo modelo e operando na mesma linha teve o mesmo tipo de depredação, com as mesmas janelas arrancadas, o mesmo ato de vandalismo praticado. No dia seguinte, mais um veículo com a mesma depredação das noites anteriores, indicando que os atos podem terem sido praticados pelas mesmas pessoas. Ou seja, poderia ter sido evitado a partir da segunda vez. Mesmo assim, o quebra-quebra foi só crescendo e fechou o último dia com recorde de 14 veículos apenas na VB1. Parte desses carros foram avariados fora da operação carnaval, já na primeira viagem da quarta-feira, inclusive o veículo mais atacado dos 66 circulou no primeiro horário da linha 117. Apesar de também operar em uma região periférica da cidade, a Itajaí Transportes não registrou avarias em seus ônibus. Mesmo colocando apenas quatro veículos para circular, frente aos mais de 10 da VB1, nenhum dos veículos da empresa foram depredados. Entre os quatro carros, dois eram articulados. Mais uma vez, os custos das avarias registradas nos veículos depredados vão constar na planilha do reajuste da tarifa para 2012, a exemplo do que aconteceu este ano. Ou seja, a própria população que depreda é a que paga.

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Alguns dos ônibus avariados nos cinco dias de carnaval na cidade de Campinas.

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REVISTA

InterBuss

Leonardo Martin



Adamo Bazani As mulheres que conduzem Mauá Mulheres que trabalham na Leblon

NOSSO TRANSPORTE

Antes dominado pelos homens, setor de transportes conta agora com mulheres que trazem para o dia a dia dos passageiros o dom de transportar vidas

Mauá. Abaixo, a cobradora Maria e a motorista Rosimeire

Foto: Acdamo Bazani

A mulher tem várias missões especiais. Entre as mais importantes é cuidar de vidas. Esse cuidado vem desde o período de gravidez, quando assume a incumbência especial de proteger e transportar um novo ser humano. Ele está presente nas ações e no caráter da mulher no dia a dia. Ciente disso, Grupo Leblon Transporte de Passageiros tem em seus quadros mulheres profissionalmente capacitadas que atuam em várias funções. Mas não há diferenciações entre sexos. O importante é ser bom profissional e atender bem ao passageiro. Muitas mulheres podem ser consideradas verdadeiras batalhadoras. Elas são donas de casa, mães e excelentes motoristas, cobradoras, fiscais, secretárias, administradoras, funcionárias da limpeza entre outras profissões. Rosimeire Sardo, de 44 anos, trabalha há 12 anos no setor de transportes. Ela é motorista no Grupo Leblon. Rosimeire destaca que as mulheres são calmas ao volante e cuidadosas e diz que no seu caso, dirigir está no sangue. “Meu pai é motorista, minha irmã também e tenho parentes até no exterior que dirigem” - diz orgulhosa. A cobradora Maria Pereira dos Santos de 44 anos diz que o segredo para conciliar trabalho e as funções do lar é se organizar quanto aos horários. A fiscal Telma Rodrigues Pereira, de 34 anos, foi a primeira fiscal mulher do Terminal de Mauá e hoje está no Grupo Leblon. Ela garante que hoje o preconceito em relação a mulher no mercado diminuiu. A Leblon reconhece também a importância das mulheres, mães, irmãs e esposas, que atuam ao lado dos profissionais da empresa, motivando-os e fortalecendo-os no dia a dia.

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José Euvilásio Sales Bezerra Os problemas da M’Boi-Mirim...

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

CIRCULANDO

No último dia 03, mais um protesto ocorreu na região da Estrada do M’Boi-Mirim, na zona sul de São Paulo. E, mais uma vez, a população da região reinvindicou melhorias no transporte da região. Esse problema se arrasta desde meados dos anos 2000. O excesso de ônibus, o corredor sem faixa de ultrapassagem e sem distribuição de linhas por pontos, a entrada de veículos de passeio no corredor, o excesso de semáforos e saídas a esquerda, as lotações,

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A Estrada do M’BoiMirim na altura do Terminal Guarapiranga (469) e no Jardim Ângela, ao lado do ponto final da nova linha 707A/10.

que deveria seguir a direita mas entram e saem do corredor como e quando querem... Enfim, tudo isso ajuda para que o transporte na região seja extremamente lento. No ano passado, protestos pelo mesmo motivo, levou a prefeitura a adotar medidas para diminuir o congestionamento que ocorre todas as manhãs no corredor de ônibus que corta a estrada. A principal delas foi a criação de uma faixa reversível no horário do pico da manhã, na via do corredor que corre

sentido bairro. Apesar dessas medidas, o ponto a que chegamos é sempre o mesmo: congestionamento. Em dezembro passado, a prefeitura implantou uma série de alterações nas linhas da região da M’Boi-Mirim. A única linha que, de fato, foi retirada do corredor foi a 695J/10 Jardim Jacira – Metrô Santa Cruz, que virou a 7007/10 Jardim Jacira – Terminal Jardim Ângela. Para compensar a extinção dessa e de outras linhas, que seguiam para Santo Amaro, via Estrada do Guavirutuba, a linha 675K/10 Terminal Jardim Ângela – Metrô Santa Cruz, que recebeu a demanda da 695J/10, e a 737A/10 Terminal Jardim Ângela – Terminal Santo Amaro tiveram reforço de frota. E, pra completar, foi criada da linha 707A/10 Jardim Ângela – Metrô Praça da Árvore, em substituição à linha 674A/10 Jardim Horizonte Azul – Metrô Praça da Árvore, que foi seccionada no bairro do Jardim Ângela. Ela, ao contrário de sua antecessora, opera na maior parte do tempo com veículos articulados. Logo, se numericamente o corredor sofreu uma redução no número de ônibus, os que ficaram acabaram por ocupar mais espaço. Justamente o espaço que a linha que foi extinta ocupava. Mesmo com a faixa reversível, os congestionamentos continuam. E vão continuar ainda que prolonguem a faixa até o Terminal Jardim Ângela – como pediram no protesto – pois o problema não é necessariamente o tamanho da faixa e sim a enorme quantidade de passageiros que tem de ser atendida. É muita gente e, ainda que dêem conta da demanda, o excesso de veículos prejudica a fluidez do corredor, já que o número de paradas também aumenta, elevando o tempo de viagem. Na última semana, a prefeitura implantou novas medidas para tentar melhorar o fluxo de linhas pelo corredor: entre elas, recriou a linha 637C/26 Terminal Guarapiranga – Pinheiros, extinta com as mudanças feitas em dezembro passado, e extendeu o horário de operação do corredor em mais uma hora. No entanto, mesmo com essas mudanças, acredito que elas não passam de mero paliativo. A problemática da Estrada do M’BoiMirim vai muito além da sua duplicação. É necessário que se pense também na ampliação das vias de escoamento do trafego de veículos: a duplicação das Avenidas Comendador Santana e Elis Maas (que liga o Jardim Ângela ao Metrô Capão Redondo) e Maria Coelho Aguiar, a criação de uma outra via sentido centro entre as Estradas de Itapecerica e a do M’BoiMirim e, principalmente, a construção da sempre prometida linha de Monotrilho ou metrô de superfície. Ela é uma obra mais simples e mais barata que a de uma linha de Metrô convencional. Ficar esticando faixa é levar o problema com a barriga. E o que a sociedade paulistana quer é uma solução definitiva.

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Quando a amizade é realmente sincera,

A ausência nunca apaga a lembranç

Descanse em paz, amigo Léo. Sempre em nossos corações 16

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a รงa. Homenagem da Revista InterBuss ao amigo Leonardo Martin

s. Revista InterBuss

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Luciano Roncolato Quando um amigo morre

Parte desse artigo é reprodução de postagem do Blog do Roncolato, na semana passada

Leonardo fazendo uma das coisas que mais gostava: fazer fotos da amada Viação Cometa

Fotos: Acervo Pessoal

ARTIGO

Poucas vezes na vida chorei pela morte de alguém, talvez por eu ser uma pessoa dura ou nem tão sentimental. Mesmo com parentes mais próximos, sinto a morte da mesma forma que os demais, mas não choro, não sei porquê. A primeira vez que chorei pela morte de alguém foi em 1997, durante as transmissões melancólicas dos funerais da princesa Diana. Não consegui conter o choro diante da tragédia. A partir daí, acho que desentupiram as veias lacrimais, pois em toda morte, choro. E não foi diferente no domingo, quando fiquei sabendo da morte do amigo Leonardo Martin, 20 anos, em um trágico acidente na MG-050, próximo à Formiga. Leonardo, além de colecionador de fotos de ônibus era fã incondicional da Viação Cometa. Tive a grata oportunidade de conhecê-lo em 2007 durante um evento em BH e encontrei com ele algumas vezes desde então. Também conversava com ele esporadicamente pelo MSN e a última vez que nos falamos foi em novem-

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bro de 2010, pouco antes da Fetransrio, onde ele queria informações sobre uma possível exposição de ônibus da Cometa no local, já que na feira anterior o grupo JCA expôs carros antigos e ele foi até o Rio para ver as preciosidades. No retorno, me contou que estava super feliz por ter realizado o sonho de ter conhecido os veículos e mandou as fotos para publicação no Portal InterBuss, o que fiz com o maior prazer. Apesar de ter pouco contato com ele, em comparação com outros amigos que converso, fiquei extremamente chateado com o passamento dele. O Leonardo tinha algo que poucos colecionadores no Brasil tem, que é simpatia e principalmente humildade. Enquanto muita gente se gaba por ter meia dúzia de fotos inéditas, ou um monte de fotos de ônibus sem placas, com a ânsia natural do ineditismo e em querer publicar fotos primeiro que os outros, sem contar a prepotência e a arrogância de muitos, o Leonardo era uma

pessoa simples, tranquila e extremamente agradável. Talvez por isso tenho sentido muito a morte precoce dele. Sua admiração pela Cometa era tamanha que, além de várias fotos de veículos da empresa (sobretudo os clássicos Flecha Azul), Leonardo tinha muito material dela. Entre as várias fotos da Cometa que ele mantinha em seu álbum no Orkut, uma chama a atenção para este momento triste. Na foto do carro 7501, o qual ele sempre quis fotografar, colocou como legenda “Agora posso morrer feliz”. Espero que todos seus sonhos tenham se realizado nessa rápida passagem por aqui. No último sábado, eu e o amigo Fábio Henrique estivemos na casa de Leonardo para fazermos uma visita aos seus familiares. Não tenho como relatar o quão bem fomos recebidos, pois fomos mais do que bem recebidos. Obviamente que abalados com o fato, ocorrido então há exata uma semana o pai, o sr. Martin, a mãe, D. Zilda e a irmã Raíssa e nós conversamos por cerca de quatro

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horas (tá difícil escrever, não consigo não me emocionar, mas vamos lá). Logo eu e o Fábio notamos que estávamos na casa de uma família diferente. A união dos pais com os filhos, hoje algo bastante raro, é algo extremamente presente ali. A ligação do Leonardo com a Viação Cometa e com os Flecha Azul da empresa contagiou toda a família, sempre presente nos momentos de maior felicidade do filho. Enquanto a maioria dos pais não conseguem compreender a ligação de seus filhos com o hobby ônibus, a família do Leonardo se faz diferente, participando das viagens, das fotos, dos vídeos, de todos os momentos de grande felicidade do filho apaixonado pela Cometa e pelos Flecha Azul. Ainda no quarto, relatei ao sr. Ramon que nos dois dias seguintes da notícia eu prosseguia profundamente ferido pelo fato e que não conseguia entender o porquê, já que eu tive relativamente pouco contato com o filho dele, se comparado com o Fábio, que também estava no quarto. Nesse momento não contive o choro e o sr. Ramon disse que são coisas de Deus. E ao embarcar no ônibus voltando para a Rodoviária, comentando com o Fábio, caí na real que é isso mesmo. As coisas de Deus não tem explicação. A visita foi extremamente gratificante para mim, mas foi sobretudo edificante, pois apesar dela ter ocorrido por um motivo

Paixão pela Viação Cometa e pelos Flechas Azuis vinha desde criança deveras desagradável, tive a oportunidade ímpar de conhecer uma linda família, unida, e que sofre a perda do excelente filho. Com certeza, abriu-se uma lacuna no hobby que jamais será fechada. Cabe a nós colecionadores que de alguma forma conheceram o Leonardo, ao menos ligar para a família e ajudar a confortá-la nesse duro momento. Antes de embarcar, por todos que eu passava e perguntavam para onde eu estava indo, ao tomar conhecimento do motivo da minha viagem pediam para dar os sentimentos à família, pois já tinham tomado ciência

do fato e acabei não transmitindo à família na hora, o que faço neste momento. Perco um amigo, mas de herança nos deixou a família, com a qual pretendemos estreitar cada vez mais os laços e solidificar uma edificante amizade. Leonardo, seu exemplo sempre estará presente em nossos corações. Muitas pessoas passam por nossas vidas, mas as de bom coração, como você, sempre ficam. Descanse em paz, e que Deus esteja contigo. Aos pais, nossos mais sinceros sentimentos e contem sempre conosco.

Com o amigo Fábio Henrique, na rodoviaria de Belo Horizonte

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AS FOTOS DA SEMANA Seleção de fotos feitas por Leonardo Martin e publicadas no Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

Algumas das fotos enviadas pelo amigo Leonardo Martin ao Portal InterBuss desde 2007, todas do grupo da Cometa: 1. Estrelão K124IB, em Contagem/MG • 2. Flecha Leito, também entrando na garagem de Contagem • 3. Flecha Azul em Belo Horizonte • 4. Estrelão na porta da garagem de Contagem • 5. Flecha do Expresso do Sul, acessando a garagem em Contagem • 6. Fechando com o Morubixaba da Cometa, na Fetransrio de 2008, um sonho realizado pelo Leonardo.

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DIÁRIO DE BORDO

SUZANO X RIBEIRÃO PIRES Fotos: Tiago de Grande

Por Tiago de Grande

Linha: 215TRO – Ribeirão Pires (Terminal Rodoviário) x Suzano (Centro) Empresa: Rigras Transportes Carro: 935 (Caio Induscar Foz Super – Volksbus 15-190) Ligação direta entre a região do ABC e o Alto Tietê, a linha 215 tem uma demanda média e intervalos longos, porém é um trajeto curto feito em aproximadamente 80% pela Rodovia Índio Tibiriçá, e a linha é operada pela ótima empresa Rigras, considerada uma das melhores do sistema metropolitano da Grande São Paulo, e com uma manutenção impecável. A viagem: Da plataforma 01 do pequeno e muito bonito Terminal Rodoviário de Ribeirão Pires, saem as linhas intermunicipais operadas pela empresa Rigras, empresa muito conhecida pelos seus bons serviços e bom serviço de manutenção, embarco no carro para Suzano no horário das 18:55, com pouca lotação o carro deixa o terminal e o aconchegante centro de Ribeirão Pires, pela pouca lotação é justificável o uso de carros menores nessa linha, em alguns horários até micro ônibus. A saída do centro de Ribeirão Pires é pela principal via de acesso da cidade, a Avenida Francisco Monteiro, avenida longa, que da acesso a inúmeros bairros da cidade e a Rodovia Índio Tibiriçá (ligação de Suzano a Ribeirão Pires e a Via Anchieta) e a Estrada de Sapopemba (acesso a Zona Leste de São Paulo, passando por Mauá), após a rotatória de acesso a Estrada

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de Sapopemba e o bairro de Santa Luzia, chegamos no final da Francisco Monteiro, é um trevo de acesso a Rodovia Índio Tibiriçá, rodovia de pista simples, asfalto ruim e muito tráfego de caminhões, isso a torna perigosa pelo fato de muitos bairros tanto de Ribeirão Pires como de Suzano ficam as margens dela, com muito trafego de pedestres. Após pegarmos a rodovia, e um trecho de aproximadamente quatro kilometros, chegamos ao ultimo bairro pertencente a Ribeirão Pires, o bairro Ouro Fino Paulista, é um bairro grande, e as margens da rodovia estão comércios, agencias bancarias e muitas residências, além do ponto final da linha municipal, que fica bem ao lado da placa indicando a divisa de municípios de Ribeirão Pires e Suzano, porém o bairro não acaba ao passarmos a divisa, ele continua margeando mais um trecho da rodovia, porém em Suzano o bairro recebe o nome de Palmeiras, e a uns metros a frente da placa de divisa de municípios tem o ponto final da linha municipal de Suzano. Os bairros a frente já pertencentes a Suzano, são mistos de bairros residenciais com muitas industrias, sendo conhecidos e importantes na região os bairros: Baruel, Vila Fátima e Ipelândia, nesse ultimo a linha chega a entrar e dar uma pequena volta no bairro. Por ser uma linha com pouca demanda e ter a

maior parte do trecho em rodovia, os carros conseguem desenvolver boa velocidade no asfalto ruim da Tibiriçá, e nessa hora vemos como a manutenção da empresa faz a diferença, não há peças soltas e nada chacoalha com os buracos na pista e com a velocidade alta, nem o elevador que costuma ser barulhento não faz nenhum barulho. Nesse ritmo calmo, após passarmos a Ipelandia, mais alguns kilometros a frente, a rodovia termina, num pequeno trevo que dá acesso ao centro da cidade de Suzano pela rua Baruel, entramos nela, e já dentro da cidade. Na Rua Baruel está o prédio de Prefeitura de Suzano e o Fórum da cidade, é uma rua pequena mais bem movimentada. O final da rua Baruel é já no centro de Suzano, e após uma volta rápida nas praças e ruas estreitas do movimentado centro, chegamos a rua mais importante da cidade, a Rua Prudente de Morais, é a rua que corta o centro da cidade, margeando a linha férrea, e é o trecho urbano da Rodovia Henrique Eroles, mais conhecida como: Estrada Velha Rio-São Paulo, no ponto em frente a estação ferroviária todos descem, e eu também, afinal o ponto final é na rua pararela, em frente a Praça João Pessoa, ele apenas vai fazer um retorno e entrar na pararela, é uma volta desnecessária, a viagem durou 45 minutos.

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Fábio Takahashi Tanniguchi Convergência

Foto: Divulgação

PARADA DIGITAL

Se você ainda não tem um smartphone, tenho certeza que um dia você ainda terá. Segundo o estudo “IDC Latin America Predictions 2011”, apresentado no mês passado, a venda de smartphones superará a de computadores no Brasil ainda neste ano. Isso quer dizer que o brasileiro não tem mais como sonho um computador, pois ele já o tem. O sonho do notebook também está ficando para trás, vide os baixos preços dos equipamentos. Com isso, restaram os smartphones. E a compra desses aparelhos deverá ser natural, já que o brasileiro gosta de trocar de celular com grande frequência. A sorte dos novos usuários é que finalmente o mercado de smartphones está convergindo para que haja somente três sistemas operacionais predominantes: iOS (da Apple, usado no iPad e no iPhone), Android (do Google, que deverá predominar entre os smartphones vendidos no mercado brasileiro) e Windows Phone 7 (da Microsoft). Essa convergência implicará numa série de benefícios a usuários e desenvolvedores de aplicativos. Primeiramente, é uma vitória ao mercado de celulares, já que ele sempre foi marcado por sistemas proprietários dos próprios fabricantes dos aparelhos. E só com a quebra dessa barreira seria possível imaginar smartphones trabalhando como se fossem computadores móveis com infinitas

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funcionalidades. Para os desenvolvedores, maior flexibilidade e facilidade. Se antes havia um emaranhado de sistemas proprietários para um número limitado de aparelhos e a única solução que se via era desenvolver aplicativos com o Java ME, agora já se vê uma luz no fim do túnel: desenvolver diretamente para um sistema operacional para celular e conseguir, ao mesmo tempo, boa convivência com o sistema operacional e amplo público-alvo. As lojas de aplicativos do iOS (App Store) e do Android (Android Market) ajudam a garantir a visibilidade do aplicativo desenvolvido, já que ele estará disponível para usuários do mundo todo. Para os usuários virão as grandes facilidades. Ter navegadores conhecidos, programas de mensagens instantâneas, programas de comunicação VoIP, jogos consolidados (vide o sucesso do Angry Birds) e outros aplicativos úteis e conhecidos no seu smartphone farão dele o seu computador de bolso. Pelo navegador de seus aparelhos, muita gente de países desenvolvidos já consulta itinerários e horários do transporte público, acessando o site do gestor do transporte. Atualmente, muitos aplicativos são pagos, principalmente para o iOS. Já para o Android, uma quantidade enorme aplicativos é gratuita, seguindo a filosofia do próprio sistema operacional e, consequentemente,

a filosofia do Google. Como a maioria dos brasileiros também não gosta de software pago, o Android tende a ganhar muito mercado por aqui. O Windows Phone 7 possui certo potencial, mas depende ainda de maior iniciativa da Microsoft para ganhar mercado. O Android, mostrando que tem músculo e comeu muito arroz-com-feijão, começará a aparecer nos tablets concorrentes do iPad, que também só agora começam a dar as caras de forma mais ostensiva. A promessa do Google é também dominar o mercado de sistemas operacionais para tablets, e a maior prova disso é a nova versão, a 3.0 (Honeycomb). Com ele, chegarão tablets mais baratos e atraentes para consumidores de menor poder aquisitivo, mas não tão pequeno assim (por enquanto). E o Google pensou nisso. Apesar de eu ter “puxado a sardinha” para o Android, acho que você, usuário, tem pleno poder e capacidade de pesquisar e escolher o melhor. A única dica que dou é que, na hora de comprar seu próximo smartphone, independente da marca (desde que não seja de um daqueles sites como o CompreDaChina), procure comprar um com um sistema operacional do momento e com grande variedade de aplicativos para tornar o seu dia mais produtivo e/ ou mais divertido. Assim, é certeza de investimento bem aplicado. Voltando rapidamente ao assunto da coluna passada, gostaria de indicar aos órgãos públicos, empresários e especialistas em transporte público que procurem acessar sites como da RATP (www.ratp.fr), órgão que organiza o transporte em Paris. Um excelente exemplo de site bem estruturado com todas as informações necessárias e ótimo indicador de como ir de um ponto a outro da cidade. Por conta do tempo reduzido para escrever esta coluna, nesta semana não haverá a “Dica de Software”. A seção “Não deixe do olhar no...” também não foi feita nesta semana pois não houve lançamentos relacionados a ônibus para o Midtown Madness 2 e nem para o City Bus Simulator 2010. Para entrar em contato com Fábio Takahashi Tanniguchi e tirar dúvidas ou sugerir pautas para sua coluna quinzenal, é só enviar uma mensagem para o seu email: fabiott@revista.portalinterbuss.com.br

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