Revista InterBuss - Edição 34 - 06/03/2011

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TRAGÉDIA EM SC:

26 MORTOS EM

COLISÃO DE ÔNIBUS Maioria das pessoas eram da mesma família; governador do RS decretou luto de três dias

R EV I ST A

InterBuss

ANO 1 Nº 34 06/03/2011

CIFERAL PADRON RIO

Clássico modelo chegou a ser exportado como Ciferal Carnaval

JOSÉ EUVILÁSIO VOLTA À MAUÁ E ANALISA AS MUDANÇAS NA CIDADE Colunista relata se serviço melhorou ou piorou


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INFORMAÇÃO COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

AMATUR E EUCATUR VOLTAM A OPERAR NA BR-174

Foto: Norberto dos Santos Künzli

A Semana em 10 Tempos • Página 5

Ônibus da Amatur em Manaus Fotos da capa: Alex Fiori, G1 e Matheus Novacki Edição número 34 • Domingo, 06 de Março de 2011 • Concluída às 11h17 • Esta edição tem 20 páginas

EDITORIAL • Distração ou Obrigação? ....................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 DO LITORAL PAULISTA • Novidades na P. Grande.... 8 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 9 PÔSTER • Rodrigo Gomes ............................................ 10 MATÉRIA DA SEMANA • Ciferal Padron Rio ........ 12 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 13

Revista na Rede Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles: • REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso blog: www.portalinterbuss.com.br/noticias

FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 16

• GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria

DIÁRIO DE BORDO • A Rota dos Romeiros ............ 17

Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br

COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 14


EDITORIAL

Do Leitor

Distração ou obrigação? Não raro, é comum você nosso leitor que somente gosta de ônibus ou que simplesmente está envolvido neste universo pelo fato de ser um profissional da área, deparar-se com situações interessantes, inusitadas ou vergonhosas, praticadas por alguns busólogos que nos fazem refletir: É necessário isso? Mas antes de falar dessas tais atitudes vamos entender a “unidade do negócio”, o que é um hobby? Segundo o Dicionário Aurélio, hobby é: “Passatempo favorito; derivativo que serve para preencher o tempo em que se repousa de um trabalho habitual.” Pois bem, sabendo disso, muitos vão confirmar esta informação, porque há tantos busólogos com atitudes tão infantis, infames, que parecem fazer questão de se expor ao ridículo, a ponto de ser tachado de louco, com justiça? Fazer plantões em portas de garagem, infernizando a vida dos porteiros/seguranças, bombardeando a caixa de entrada dos REVISTA

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

Bancas responsáveis pela empresa fazendo perguntas cretinas e, de quebra, prejudicando quem leva o hobby com seriedade. Outras cenas bem típicas estão na rua, com pessoas que parar o simples fato de fotografar um ônibus, deitam no chão, fazem poses “exóticas”, levando a entender que todos precisam ver o que está sendo feito ou xingam as pessoas que olham. Mas o cidadão não fez de tudo pra chamar a atenção? Como a Busologia é um hobby muito rotativo (sempre tem gente nova), o alerta fica para quem está começando agora, como já comentado no primeiro parágrafo, hobby é um passatempo, um modo de quebrar a rotina. Com base nele você até poderá definir sua futura profissão, mas trabalho já é outra coisa. No que tange à vertente da Busologia e que o Portal InterBuss defende veementemente essa causa, é simples, é fácil: “Hobby é distração, não obrigação!” PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Olá! Quando a Revista InterBuss chegará às bancas? Tenho interesse na compra das edições. Paulo França São Paulo/SP Nota da redação: Agradecemos o seu contato Paulo! A previsão é que estejamos nas bancas até o final do semestre.

Contatos em geral

Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem para o colunista ou para o repórter através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br e nõs faremos o encami-nhamento da mensagem à pessoa desejada. Na Revista InterBuss, você nunca fica sem contato ou sem resposta. Em até 72h respondemos sua mensagem. Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem através do e-mail revista@ portalinterbuss.com.br. Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 27/02 A 05/03/2011

Tragédia: acidente entre caminhão e ônibus na BR-282 mata 26 pessoas Maioria das vítimas eram da mesma família e iam do Rio Grande do Sul para o estado do Paraná

Grave acidente deixou a rodovia interditada nos dois sentidos por várias horas dos corpos. Keli Regina Kraemmer A seguir, os nomes das vítimas, di- Liane Lucia Loebens Bocorni vulgados pela Polícia Rodoviária Federal: Marilei Ester Escher Alceu José Kraemmer Marlene Puhl Bocorni Antoninho Sessi Marli Angela Ickert Ari Weimer Marliste Schmidt Claudino João Bocorni Moacir José Kramer Claudio Schuster Nolar Odilo Loebens Dionisio Frohlich Paulo Cesar Bocorni Eloi Bocorni Silvino Diel Ildo José Schmidt Vanderlei José Kuhn Jilvani dos Santos Luciano André Hoffman João Irineu Bamberg Fernando Zanetti Furtado João Marcelo da Silva Saionara da Silva Rocha José Lauri, Schuster (Leouve.com com Abril/Veja e Agência Estado)

Depois da recuperação parcial da BR-174 (Manaus-Boa Vista), companhias de ônibus voltam a operar na estrada. Segundo a empresa Eucatur-Empresa União Cascavel de Transportes e Turismo Ltda, que tinha cancelado a emissão de passagens por conta do bloqueio da via, as viagens em direção à capital de Roraima foram realiza das normalmente. Operavam dentro da normalidade também as empresas Amatur Amazônia Turismo e Aruanã Transportes. Segundo o escritório da Amatur, em Boa Vista, mesmo com o problema na estrada, não houve cancelamento de viagens.

Devido às fortes chuvas que atingiram a região esta semana, o rio Urubu, afluente do rio Negro, transbordou, provocando estragos em dois trechos da BR-174. No Km 83, a força da água fez o asfalto ceder. E no Km 128 uma cratera se abriu, deixando somente uma das duas pistas da estrada livre. O problema no Km 83 deixou a estrada completamente interditada, na manhã da última quinta-feira, 3. Ontem, o trecho foi parcialmente liberado para o tráfego de veículos, de acordo com informações da Central de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Foto: Grupo RBS / Globo

Pelo menos 26 pessoas morreram em um acidente envolvendo uma carreta e um ônibus do Rio Grande do Sul, na BR-282, oeste de Santa Catarina. A tragédia ocorreu no Km 639, por volta das 3h deste sábado, em Descanso, próximo a São Miguel do Oeste e Maravilha. O ônibus da empresa de turismo Nyland, de Horizontina, partiu de Santo Cristo, no RS, para Pato Bragado (PR), com uma equipe de bolão, que participaria de um evento no Paraná. Eram 43 passageiros e dois motoristas, Uma carreta bitrem, com placa de Pelotas, que seguia no sentido contrário, tombou em uma curva e bateu na frente do ônibus. Fernando Zanetti Furtado, motorista do ônibus, morreu na hora. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Regional do Extremo Oeste e ao Hospital São Miguel do Oeste. A BR-282 ficou bloqueada até às 5h por 30km de distância. Em função da tragédia, o governador Tarso Genro decretou luto oficial de três dias no Rio Grande do Sul e enviou um avião da Defesa Civil para auxiliar no reconhecimento. De acordo com nota distribuída pelo governo do estado, foi formada uma equipe de assistência social e psicológica para o atendimento aos familiares das vítimas e aos envolvidos no acidente e que se encontram hospitalizados. Também foram deslocados, por volta do meio-dia deste sábado, de Florianópolis para a região, três profissionais do Instituto Médico Legal (IML), no intuito de agilizar os procedimentos burocráticos para a liberação

Amatur e Eucatur voltam a operar linhas na BR-174

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Segundo a PRF, o serviço de recuperação do trecho destruído no Km 83 permitia, ontem pela manhã, a passagem de um carro por vez. Também pela manhã, o chefe do Núcleo de Segurança da PRF, Afonso Neto, foi ao local, para informar se a operação de terraplanagem e recolocação da tubulação era segura e se o trânsito oferecia riscos. No Km 123, uma pista lateral a estrada foi aberta, para permitir a passagem de veículos, segundo informações de policiais rodoviários de plantão. Com o efetivo reforçado, a PRF iniciou a “Operação Carnaval” mas BRs 174 e 319. (A Crítica)

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Foto: Luciano Roncolato

A SEMANA EM 10 TEMPOS

Ônibus em Curitiba vai a R$ Protesto pede 2,50; Domingo segue a R$ 1,00 melhorias em ônibus em SP

Ônibus em Curitiba: reajuste, como em várias outras cidades, ficou acima da inflação O preço do ônibus em Curitiba (PR) ficou 13,6% mais caro desde da meia-noite deste sábado (5). A tarifa passa dos atuais R$ 2,20 para R$ 2,50, segundo anúncio feito nesta sexta-feira (4) pela Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), empresa que gerencia o transporte coletivo na capital paranaense. O valor fica acima da inflação acumulada desde janeiro de 2009, quando houve o último reajuste do transporte coletivo na cidade. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o acumulado da inflação no período foi de 10,47%. A tarifa especial aplicada aos domingos, conhecida como Tarifa Domingueira, fica mantida em R$ 1,00. Aumento de custos de mão de obra e de insumos no setor do transporte, incluindo o salário dos operadores e preço de lubrificantes e peças mecânicas, são os principais fatores apontados pelo presidente da Urbs, Marcos Isfer, como responsáveis pelo aumento de R$ 0,30. Nas últimas semanas, o aumento já era dado como certo e poderia ter acontecido antes, mas dependia do fim das negociações salariais entre motoristas e cobradores com o setor patronal, que se arrastaram durante o mês de fevereiro. Acordo coletivo da categoria garantiu 15,09% de reajuste no salário dos funcionários, em dois anos. A prefeitura de Curitiba cita ainda o aumento de 29% no preço de lubrificantes e alta de quase 10% no preço de peças e acessórios para os ônibus. A Linha Turismo (pela qual o turista conhece a cidade e pode descer em alguns pontos) também vai ficar mais cara, saltando de R$20,00 para R$ 25,00. Na Linha Circular Centro, o preço passa de R$ 1,20 para R$ 1,50. Por dia útil, a Rede Integrada de Transporte (RIT) – que interliga as principais rotas de Curitiba a outras cidades vizinhas - registra, em média, 1,1 milhão de passageiros pagantes e 2,3

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milhões de passageiros transportados. A diferença entre o número de passageiros pagantes e transportados deve-se a isenções e à integração que permite aos passageiros usar vários ônibus pagando apenas uma tarifa. Mas o sistema não é perfeito. Cerca de 25% dos passageiros que precisam utilizar os terminais de ônibus de municípios da Região Metropolitana, por trabalhar ou estudar na capital, estão fora desse sistema integrado de transporte coletivo e precisam pagar duas ou até três passagens de ônibus para ir e mais duas ou três para voltar para casa. É o caso, por exemplo, do terminal das cidades de Campina Grande do Sul e de Quatro Barras. Protestos - Nas últimas semanas, pelo menos cinco protestos foram organizados por organizações estudantis contra o aumento da tarifa do ônibus em Curitiba, que também é criticado pelo líder da bancada de oposição na Câmara de Vereadores de Curitiba, Jonny Stica (PT). Segundo o vereador, houve erros no processo licitatório do transporte coletivo da cidade, que influenciaram na tarifa. “Curitiba deixou de receber ao menos R$ 150 milhões das empresas que venceram a licitação. O recebimento de uma soma elevada como essa certamente poderia fazer com que o reajuste da passagem fosse menor”, diz Stica. O vereador explica ainda que, antes do aumento, a prefeitura precisaria ter atualizado o coeficiente técnico da atual planilha. “Alguns elementos que compõem a tabela estão defasados, como, por exemplo, o que mede o desgaste dos pneus, calculado em 1988”, aponta o vereador. Tarifas metropolitanas - As tarifas de 82 linhas de ônibus metropolitanos que não fazem parte da RIT serão reajustadas em 20%, em média, também a partir de sábado (5). (Último Segundo)

Parte da zona sul da capital parou anteontem por causa de um protesto por melhorias no transporte público. Duas mil pessoas bloquearam a Estrada do M”Boi Mirim e as Avenidas Guarapiranga e Guido Caloi. A lentidão chegou à Marginal do Pinheiros. Após quase seis horas e com a promessa da Subprefeitura de M”Boi Mirim de que melhorias serão feitas, o ato foi encerrado. Organizado por associações de moradores, o protesto pacífico começou às 6h30 na Estrada do M”Boi Mirim. O estopim foi a alteração em 17 linhas de ônibus, feita em janeiro. “Antes pegávamos ônibus no ponto. Agora temos de ir aos Terminais Jardim Ângela ou Guarapiranga”, disse o eletricista Rosevaldo Alves, de 26 anos, um dos organizadores do ato. Com as mudanças, passageiros têm de acordar mais cedo para pegar o ônibus. Da M”Boi Mirim, os manifestantes seguiram para a Avenida Guarapiranga. Eles se concentraram na frente da Subprefeitura de M”Boi Mirim, onde uma comissão foi recebida pelo subprefeito, Beto Mendes. A outra parte do grupo foi até o cruzamento da Avenida Guido Caloi com a Guarapiranga. A manifestação acabou às 11h50. A subprefeitura se comprometeu a cumprir quatro reivindicações, entre as quais analisar a ampliação da Linha 5-Lilás do metrô do Capão Redondo até o Jardim Ângela e avaliar o retorno das linhas eliminadas. “Temos ainda um projeto para criar uma avenida”, disse Beto Mendes. A licitação para a obra será feita depois do carnaval. Ao custo de R$ 450 milhões, a avenida sairá da Rua Daniel Klein até a Avenida Guido Caloi. A SPTrans afirma que estuda a criação de linhas expressas. (Estadão)

Motorista abandona ônibus em P. Alegre

Na tarde de sexta-feira, um motorista de ônibus se irritou com passageiros e abandonou o veículo no meio da Avenida Ceará, na zona norte de Porto Alegre. Testemunhas contaram que o homem dirigia em alta velocidade e fazia freadas bruscas. Por causa disso, entrou em discussão com passageiros e, pouco depois, parou o ônibus e deixou o local a pé. Cerca de 20 minutos depois, a EPTC foi até o local com um novo motorista que conduziu os passageiros aos seus destinos. (GAZ)

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Terminais precários em Manaus Bilhete Único Foto: A Crítica

Carioca passará a integrar trens

Terminal em Manaus com telhas faltando na cobertura: reclamação constante de usuários Telhas soltas, buracos na pista, go- mente, tenho que passar aqui todos os dias teiras e vazamentos de água, banheiros sem para ir trabalhar. Quem vê assim, de longe, torneiras e grades de proteção danificadas. parece que está abandonado mesmo”, afirSão nessas condições de aparente abandono mou a vendedora Kamylla Pereira dos Santos, que estão funcionando os cinco terminais de 37, que mora no João Paulo, Zona Leste de ônibus da cidade. Manaus. A estrutura dos terminais é alvo de Buracos e goteiras são vistos em constantes reclamações por parte dos usuári- quase toda a estrutura do Terminal 5, no São os do transporte coletivo. Os locais não pas- José. Segundo usuários, com o fechamento da sam por grandes reformas há mais de dez entrada principal do terminal, apenas o esanos. paço onde era a saída está funcionando para a Diariamente, pelo menos 80 mil entrada e saída de ônibus e usuários. No local usuários transitam pelos terminais na cidade. há, ainda, banheiros desativados. A desativação dos locais vem sendo anun- “Eu acredito que esse é o pior termiciada pela prefeitura pelo menos desde 2006, nal de todos. Essa estrutura tão grande fica quando o sistema de integração temporal foi sem manutenção e os problemas aparecem implantado. e ficam cada vez piores. Quando chove fica Os problemas mais graves foram cheio de goteira aqui, sem falar na água escorconstatados pela reportagem nos terminais rendo nas colunas”, disse a estudante Gisela 3, 4 e 5, nas zonas Norte e Leste de Manaus, Guimarães, 21. No T2, na Cachoeirinha, os respectivamente. usuários sofrem com a falta de espaço. O ter No terminal 3, na Cidade Nova, uma minal é um dos mais antigos e fica lotado conparte do telhado está danificada, além de estar stantemente. com banheiros quebrados, buracos na pista No terminal 1, no Centro, o princidos ônibus e ferros de rampas enferrujados. pal problema são os banheiros. O motorista No terminal 4, no Jorge Teixeira, as grades Mário Jorge Cordeiro, 42, disse que sempre de proteção estão danificadas e há goteiras de evita ir aos terminais. “Além de ter que aguenvazamentos de água em quase todas as colu- tar demora, ônibus lotado e cacareco, temos nas. que aguentar também os terminais caindo aos É possível ver uma camada de lodo pedaços”, diz ele, que precisa utilizar o T4 pelo nos locais. “Esse terminal é um nojo. Infeliz- menos três vezes por semana. (A Crítica)

A partir do próximo mês, os passageiros da SuperVia poderão usar o Bilhete Único Carioca (BUC). A prefeitura anunciou hoje que a integração entre ônibus e trens custará R$ 3,70. Os detalhes finais estão sendo fechados e a expectativa é que benefício passe a valer na primeira quinzena de abril. Atualmente, o Bilhete Único Carioca serve apenas aos coletivos, a R$ 2,40. Já a integração tarifária com a ferrovia é parcial, firmada por acordo com a SuperVia e os empresários de ônibus e limitada a 68 linhas e a oito estações: Bangu, Campo Grande, Cascadura, Deodoro, Madureira, Marechal Hermes, Méier e Santa Cruz. Aliás, o preço desse serviço será reajustado amanhã, aumentando de R$ 3,25 para R$ 3,70. Com o bilhete único municipal, as paradas de trem na capital estarão integradas a todo o sistema rodoviário. A única diferença é o tempo de integração. Hoje, o passageiro pode fazer a baldeação em duas horas e meia. Com o BUC, esse tempo cairá para duas horas. Já a inclusão das barcas e do metrô no Bilhete Único Carioca permanece sem definição. O problema maior é o da Metrô Rio, que ainda tem pela frente uma barreira considerada intransponível: a superlotação das composições. Hoje, a concessionária transporta 620 mil passageiros por dia — próximo do limite de sua capacidade, estimada entre 650 mil e 700 mil usuários diariamente. Para incluir o metrô no sistema, é preciso que os 19 trens comprados na China cheguem ao Rio. O primeiro deles está previso para desembarcar na cidade no fim do ano. No caso das barcas, a conexão seria com as linhas da Praça XV para as ilhas do Governador e de Paquetá. Quanto ao bilhete único estadual, nada muda. Ônibus, trens, metrô, barcas e vans continuam integrados em viagens intermunicipais a R$ 4,40. Segundo o governo, o serviço não será reajustado ao longo do ano. (Extra)

Um ônibus da Andorinha, que fazia a linha Campo Grande (MT) Rio de Janeiro, tombou hoje na Rodovia Castello Branco, ferindo com gravidade 12 dos 29 passageiros a bordo. Dezessete passageiros estão com ferimentos leves. O acidente aconteceu no município de Quadra, centro-oeste paulista.

Tatuí. Socorridas pelos bombeiros e por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), as vítimas foram levadas para hospitais de Botucatu, Sorocaba, Tatuí, Cesário Lange e Itapetininga. (Agência Estado)

Acidente com ônibus da Andorinha fere 12

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O motorista José Clóvis da Cruz, que escapou ileso, tentou desviar de uma motocicleta, mas perdeu o controle do ônibus que caiu no canteiro central. “O ônibus se arrastou por vários metros, agravando a situação dos passageiros”, resumiu André Luis Galvão Mariano, soldado da Polícia Rodoviária, em

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Ônibus incendeia-se na BR-050 em MG

Ônibus modelo Comil Campione 3.85 Scania K124 se incendiou chegando à Uberaba

Os dois tipos de infrações cometidas pelos motoristas que trafegam na capital paulista que mais cresceram em 2010 foram, pelo segundo ano consecutivo, transitar na faixa exclusiva de ônibus e o excesso de velocidade, segundo balanço divulgado na sexta-feira (4) pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A invasão de faixas exclusivas de ônibus gerou, em 2010, a aplicação de 277.974 autuações, o que representa um aumento de 44,22% com relação à quantidade de multas aplicadas em 2009. O excesso de velocidade provocou

1.950.111 multas ao longo do ano, o que representa um crescimento de mais de 26,77% em relação às autuações no mesmo período do ano anterior. Em relação a 2009, os cinco tipos de infração mais autuadas na capital permaneceram os mesmos: rodízio municipal de veículos, excesso de velocidade, estacionamento proibido, telefone celular e avanço de semáforo vermelho. Juntos, essas cinco irregularidades responderam por 82% das multas aplicadas em 2010. Os equipamentos de fiscalização eletrônica foram os responsáveis pelo maior número

Foto: E-Band

Um ônibus da empresa Nacional Expresso foi atingido por um incêndio na madrugada deste sábado, em Minas Gerais. Além do motorista, outras 46 pessoas ocupavam o veículo. Todos conseguiram sair a tempo e não sofreram ferimentos. O fogo destruiu totalmente o ônibus que saiu de Goiânia (GO) na noite de sexta e trafegava pela BR-050 com destino a Sumaré, no interior de São Paulo. Ao chegar à região de Uberaba, em Minas Gerais, ocorreu o acidente. Os passageiros perderam toda a sua bagagem por causa do incêndio. Agentes do Corpo de Bombeiros de Uberaba foram acionados para apagar o fogo. Eles agora realizam o trabalho de rescaldo e buscam as razões do acidente. (E-Band com Portal InterBuss)

Multa por trafegar em corredores para ônibus foi a que mais cresceu em SP de autuações. Atualmente, a cidade de São Paulo possui 547 radares em operação aptos a fiscalizar rodízio, excesso de velocidade, avanço de semáforo, invasão de faixa exclusiva de ônibus, parada sobre a faixa de pedestres, conversão proibida e inspeção veicular ambiental. Ao longo de todo o ano passado, foram aplicadas 6.974.682 multas de trânsito na cidade de São Paulo, quantidade é 11,52% superior a de 2009, quando 6.254.256 multas foram emitidas. De 2009 para 2010, a frota registrada de veículos na capital paulista cresceu 8,7%. (G1-SP)

DO LITORAL PAULISTA

Novidades no transporte da Praia Grande Viação Piracicabana vai iniciar instalação de novos abrigos e pontos de transferência na cidade

Gabriel Dias com A Tribuna A Viação Piracicabana deve iniciar, em março, a construção de 15 abrigos em pointos de ônibus na Avenida Presidente Kennedy contando com novos transbordos de passageiros, além de reforma nos telhados e revisão da iluminação dos Terminal Rodoviários Tatico e Tude Bastos. A ordem de serviço já foi emitida pela empresa já sob gestão de novo contrato firmado com a Prefeitura Municipal. As telhas de amianto serão substituídas por telhas de alumínio galvanizado, mais resistentes à corrosão, e as estruturas metálicas

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serão trocadas. As reformas devem começar no Terminal Tude Bastos, no bairro Sítio do Campo. Sobre as estações de transferência no Bairro do Jd. Samambaia, o diretor da empresa, Alceu Cremonesi Jr, afirma que a estrutura básica do local já está pronta, faltando o término do projeto, que passará por aprovação da Prefeitura, para então começar a instalação do abrigo. “ A previsão é de que até o final de abril já iniciemos os trabalhos no Samambaia. Já a estação de transbordo de passageiros do Bairro Vila Sônia será uma consequência e, mesmo estando adiantada que a outra, deve seguir a mesma

previsão para início das obras”, explicou. Outra novidade será a implantação de monitoramento eletrônico nos veículos. Através de uma central de inteligência, a empresa receberá informações do posicionamento dos veículos em tempo real. Via Urbana - A Avenida Presidente Kennedy também receberá melhorias. Alceu Cremonesi afirma que 15 novosabrigos parea pontos de ônibus já estão sendo confeccionados. “Os equipamentos fazem parte do projeto de urbanizaçãoda Cidade, seguindo o mesmo padrão arquitetônico dos demais. A previsão é que em março comecem a ser instalados os novos equipamentos”.

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Marisa Vanessa N. Cruz A troncalização das linhas de ônibus

Foto: Gabriel Dias

COLUNISTAS

Terminal São Mateus em São Paulo é um exemplo de troncalização Antigamente, quando as linhas não eram troncalizadas, as próprias empresas de ônibus ficavam no prejuízo, sem saber se aumentava a frota daquela extensa linha ou não. Nos anos 80, a empresa Vila Carrão tinha inúmeras linhas partindo além de São Mateus com direção ao Parque D. Pedro II, só que a grande maioria dessas linhas eram bastante deficitárias. Em um trecho de 25 ou 30 quilômetros, onde todos os passageiros pegavam o ônibus em São Mateus para desembarcar no centro, não existia algum lucro para a empresa. Por isso que de tempos em tempos havia greve de motoristas e cobradores e atraso de pagamentos salariais. A empresa,

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que também pertenceu ao grupo Danúbio Azul, não agüentou e fechou as portas. E também não conseguiu esperar a troncalização a partir da inauguração do Terminal São Mateus, em 1985. As viações Bola Branca e Jurema também tinham algumas linhas extensas, e algumas deficitárias, que para não ter prejuízos, deixaram seu intervalo das linhas de meia em meia hora. Com a inauguração do Terminal Santo Amaro, em 1987, a oferta entre ônibus aumentou, e com isso a demanda também. Um exemplo disso é a linha 6574 Jd. Vera Cruz-Praça da Bandeira antes da troncalização: Só haviam dois ônibus. Com a tron-

calização no Terminal Santo Amaro, a linha passou a chamar-se 6012 Jd. Vera Cruz-Term. Santo Amaro, a frota da linha aumentou de dois para cinco e a demanda progrediu. Quando as linhas extensas não rendem à empresa, o jeito mesmo é aguardar a construção de terminais de ônibus. Com seu trajeto reduzido, a rotatividade de passageiros aumenta, transformando o prejuízo em lucro. Cá entre nós, a troncalização funcionava bem quando existiu a CMTC, uma empresa estatal paulistana. Até o final dos anos 80, quem operou linhas troncalizadas era a própria CMTC, então as empresas particulares, cuja frota sobrou até para diminuir o intervalo nas demais linhas, nem precisavam investir em ônibus potentes e robustos e extremamente caros, como articulados e trólebus. A CMTC tinha o nível de eficiência excelente para operar linhas troncais, como a 6500 Term. Santo Amaro-Term. Bandeira, 2290 Term. São Mateus-Term. D. Pedro II, 3160 Term. V. Prudente-Praça Clóvis. E as linhas troncais davam muito lucro à CMTC. A partir dos anos 90, quando a CMTC deixou de existir, as próprias empresas particulares arcavam com tecnologias avançadas para operar linhas troncais. Lembro-me da Masterbus, uma antiga empresa, investindo em mais de 20 articulados para operar a linha 3391 Term. São Mateus-Term. D. Pedro II, o que nos anos seguintes, inexplicavelmente a empresa entrou em prejuízo ascendente. Seu sucessor, a Viação Vila Formosa, não conseguiu manter os ônibus articulados em boas condições até que um dia, todos os articulados foram parar em pátios de ônibus abandonados. A desvantagem das linhas troncais cabem aos passageiros, permitindo diversas baldeações e espera por outro coletivo, até aguardar em longas filas. É sempre assim em qualquer inauguração de um terminal de ônibus: nas primeiras semanas é uma confusão e desorientação de qual ônibus pegar. Foi assim nas recentes inaugurações nos terminais Sacomã e Campo Limpo: no sentido bairro e no horário de pico do final da tarde, é possível ver filas e filas de passageiros pegando uma específica linha. Sinceramente, quem deveria resolver essa situação seriam as próprias viações, agilizando o embarque aumentando a frota e diminuindo o intervalo de suas linhas alimentadoras ao terminal. A pior delas são as linhas intermunicipais da Viação Imigrantes: é possível ver extensas filas no Terminal Sacomã, mas mesmo assim não resolve o problema de seus altíssimos intervalos em suas linhas. Concluindo, para que um terminal de ônibus funcione, tanto empresas de linhas troncais como empresas de linhas alimentadoras façam juntos sua parte.

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Rodrigo Gomes



Foto: Acervo URCA / Acervo Portal InterBuss

MATÉRIA DA SEMANA

CIFERAL PADRON

CARNAVAL

Modelo que foi um dos destaques da Ciferal, que ainda era comandada pelo Governo do Rio de Janeiro, fez parte do cotidiano de muitos paulistas em um produto tipicamente do Rio. Algumas unidades do Padron Rio foram exportadas como Ciferal Carnaval Adamo Bazani Rivalidade entre paulistas e cariocas só se for na brincadeira ou no folclore. Pelo menos no setor dos transportes vários fatos da história mostram isso. A Ligação entre Rio de Janeiro e São Paulo sempre foi a mais interessante para as empresas rodoviárias, pela quantidade de passageiros. Na busca pela liderança, as empresas operadoras, em especial Viação Cometa e Expresso Brasileiro, buscavam oferecer serviços diferenciados, importando ônibus que traziam novos conceitos de transportes para o País, e, quando, pela política de incentivo industrial no Brasil, as importações se tornaram inviáveis, as empresas que faziam esta rota exigiam da indústria nacional melhores produtos. As parcerias entre fabricantes de ônibus e empresas no eixo Rio – São Paulo também são provas da proximidade entre os dois estados na história dos transportes. A paulista Viação Cometa e a fluminense Ciferal formaram por anos uma parceria de sucesso. Mas não foi só essa a relação entre fabricantes e operadoras. A Metropolitana, do Rio de Janeiro, também fabricante de carrocerias, teve vários negócios com a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos - de São Paulo, não só vendendo carrocerias, mas kits e tecnologia para a empresa

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pública paulistana fabricar trólebus e seus próprios ônibus, os famosos Mônikas, a partir de 1968, nome dado em homenagem ao nascimento da primeira neta do prefeito de São Paulo, Brigadeiro Faria Lima. Nos anos de 1990, porém, as ruas da Capital Paulista foram marcadas por um modelo de sucesso nacional, feito pela Ciferal, do Rio de Janeiro, e que ostentava com orgulho o nome do Estado. Era o Padron Rio. O Padron Rio seguia para época os requisitos de conforto e segurança exigidos pelas leis de trânsito e qualidade, apesar de ser um modelo básico. Ele teve a difícil tarefa comercial de suceder um dos maiores destaques da Ciferal pós falência de 1982, quando foi assumida pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, pela iniciativa de Leonel Brizola, o Padron Alvorada. O modelo Padron Rio foi lançado em 1991 juntamente com a carroceria, também da Ciferal, GLS. Havia diferenças estéticas claras entre os dois modelos. O Ciferal Padron Rio tinha linhas mais retas e o GLS um ar mais moderno para a ocasião e foi criado para ser uma espécie de modelo mais completo que o básico Ciferal Padron Rio. O Padron Rio, pelo seu preço, materiais simples e de fácil manutenção, design agradável e pelo apelo comercial que a Ciferal

investia, logo começou a agradar os frotistas. O modelo ganhou mercado em todo o País. São Paulo foi um dos principais mercados. O Ciferal Padron Rio era usado em categorias de ônibus leves e médios. Apesar de poder ser encarroçado sobre qualquer tipo de chassi, com motores dianteiro, central ou traseiro, foram os motores na frente que predominaram na cidade de São Paulo. A época do Ciferal Padron Rio foi marcada por uma diversidade de chassi. As marcas aumentavam. Em São Paulo, além dos tradicionais Mercedes Benz, era possível encontrar, por exemplo Padron Rio sobre Ford B 1618. Era ano da Autolatina, quando a Volkswagen também despontava com seu 16.180 CO. Maiores, era possível ver Volvo B 58 e Scania 113 também sendo abraçados pelo Ciferal Padron Rio. Ao longo de sua produção, o modelo teve algumas mudanças estéticas, mantendo o design geral. Algumas unidades foram exportadas sob o nome de Ciferal Carnaval. A Ciferal nesta época pertencia ainda ao Governo do Estado do Rio de Janeiro e há quem afirme que os nomes dos modelos não tinham apenas critérios técnicos, mas políticos para a escolha. O Padron Rio foi produzido até 1994. O GLS continuaria ainda um pouco mais e depois viria o Padron Cidade.

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José Euvilásio Sales Bezerra Transporte em Mauá...

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

CIRCULANDO

Em setembro do ano passado estivemos em Mauá para acompanhar o primeiro final de semana de operação da Leblon Transportes. Naquele dia, uma liminar a impediu a empresa de entrar em operação, o que ocorreria somente dois meses depois, no dia 6 de novembro. No último dia 26 de fevereiro, voltamos à cidade de Mauá para acompanhar a operação das linhas municipais da cidade. Nesse dia, fizemos viagens nas linhas 083 Zaíra 3, 084 Zaíra 04 e 086 Zaíra 06, da Leblon e na linha Parque Américas da Cidade de Mauá.

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LEBLON – As linhas 083, 084 e 086 são circulares. Elas partem do terminal Central de Mauá, rodam por dentro do bairro do Zaíra e retornam ao Terminal Central – cada uma seguindo por um trecho diferente do bairro. A primeira viagem foi na linha 084 Zaíra 4. Essa linha possui os melhores veículos da frota da empresa: Marcopolo Viale Volvo B12M, chassi articulado. A linha operava com quatro carros nessa configuração – o da nossa viagem foi o 2804 –, com intervalos médios de 15 minutos e tempo de viagem de ida e volta ao terminal de 45 minutos. Esses ônibus são

bons, tem uma ótima suspensão. Quase não se sentem os buracos das vias. De manhã rodavam cheios. Já no período da tarde, rodavam lotados. As viagens nas linhas 083 e 086 foram feitas em Marcopolo Torino VolksBus 17230EOD. Essas duas linhas também tem um intervalo médio de 15 minutos. Na última viagem, feita na 086, a cobradora estranhou a viagem terminar com poucos passageiros. Ela comentou com o motorista, que parecia ser novo no horário, que a linha normalmente voltava lotada ao Terminal. Uma característica de Mauá é o seu relevo irregular, tanto em termos de asfaltamento quanto o relevo em si: muito sobe-edesce, ruas estreitas, valetas fundas, buracos nas ruas e entulho no meio-fio de uma via estreita. Em uma rua do Jardim Zaíra, por onde passou a 083, havia entulho no meio fio, dificultando a passagem do ônibus. Mas os motoristas dos ônibus que acompanhamos mostraram-se muito hábeis na direção. VIAÇÃO CIDADE DE MAUÁ – A outra operadora da cidade, a Viação Cidade de Mauá, a situação não tinha mudou muito, comparando-se a última visita. A maioria da frota é composta por Apaches S21, que já estão fazendo hora extra, vários micros – alguns novos, vale ressaltar – e ônibus articulados (Mascarellos Gran Via) com motor dianteiro (MBB 1722M ou VolksBus 17-230EOD) e reboque Volvo, transplantado de articulados já aposentados. Mas o grande destaque da frota da Viação Cidade de Mauá são os melhores carros convencionais da cidade: Mascarello Gran Via, chassi MBB O500U (piso baixo). A tarde pegamos desses veículos no terminal central de Mauá. Uma das poucas linhas onde eles rodam é a Parque Américas – não anotei o número dela. O prefixo do carro era 409. O ônibus tem suspensão macia e aparenta ser bem cuidado, já que quase não se ouvia nada batendo e eram poucos os rangidos da carroceria. O bairro em que ele circulou tem um asfalto um pouco melhor do que o dos bairros por onde circulam os veículos da Leblon, o que ajuda na conservação. Como o trajeto da linha era curto, cerca de meia hora depois da partida, o veículo já estava de volta ao terminal. E, aparentemente, ia ser escalado na linha para o Itapark na próxima saída, já que configuraram seu letreiro eletrônico para essa linha. Do transporte de Mauá que vi em setembro do ano passado para o transporte de Mauá que vi neste ano, é nítida a melhoria de qualidade proporcionada pela entrada da Leblon no transporte da área 2. Espero que a presença dela motive a Cidade de Mauá a melhorar os seus serviços. Se isso acontecer, a sociedade mauaense só terá a ganhar.

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Adamo Bazani Linhas Noturnas de Santo André têm bom serviço, mas pouca divulgação

NOSSO TRANSPORTE

Foto: Acdamo Bazani

Motoristas são bem preparados, itinerários são bem elaborados e horários condizentes com os dos trens que chegam de São Paulo. Muitos moradores da cidade não saem à noite ou são obrigados a usar carro ou táxi por desconhecerem os serviços

Um dos ônibus da Viação União Santo André que prestam o serviço de linha noturna na cidade

A vida noturna em São Paulo, Região Metropolitana e em demais grandes cidades brasileiras tem sido cada vez mais agitada. Com o passar do tempo, a população aumentou, novas atividades surgiram, outras se intensificaram, e também as manifestações culturais, relacionamentos, hábitos e costumes também se transformaram. Profissões estritamente da noite, serviços de assistência 24 horas e uma vida cultural. Além disso, há os deslocamentos de emergência em relação a trabalho e saúde. Toda essa movimentação noturna necessita de um serviço de transportes adequados. E esse é um dos grandes problemas enfrentados pelas cidades que precisam conciliar esta vida na noite com os altos índices de criminalidade. Neste aspecto, não basta apenas uma série de viaturas nas ruas. Afinal, não é possível colocar viaturas e policiais em todas as vias servidas pelos ônibus, em especial as da periferia. Além de haver a presença de policiais nas ruas, estações e terminais, o próprio serviço de transporte deve passar a sensação de segurança para o cidadão. Isso ocorre com freqüência, assiduidade, área de abrangência maior atendida, cumprimento correto dos horários e

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maior oferta de veículos. Todos estes fatores dão confiabilidade ao cidadão que não possuiu meio de condução própria ou que pode deixar o carro em casa, principalmente se for a uma festa, onde normalmente há uso de álcool. E como sempre é bom lembrar: bebida e direção não combinam. A reportagem precisou se deslocar de São Paulo a Santo André na madrugada por transporte público. A sensação foi de segurança. Apesar do horário avançado. O trem era o da última partida da Luz para Rio Grande da Serra, à 1h da madrugada. A estação, em São Paulo, não estava tão lotada como no horário comercial. Mas estava bem iluminada e com seguranças. Nessas horas foi possível perceber mais um pouco de São Paulo. Além da bela arquitetura da estação, a diversidade da população. Seja em relação a diversidade religiosa, étnica, culturas, de opções sexuais entre outras. De um lado, um casal de dois rapazes esperava a composição de mãos dadas. Na mesma plataforma. Um garoto e uma garota se beijavam. Mais a frente, um homem, aparentando uns 50 anos, com feição cansada, voltando do trabalho estava bem perto de aproximadamente uns 10 religiosos vestidos a caráter de cultos afros. Ao chegar em Santo André, estávamos prontos

para procurar um táxi quando, saindo da estação, porque na cidade não há integracão nem física e nem tarifária entre os modais, um micro-ônibus da linha T 15, Bairro – Paraíso, Hospital Mário Covas – Terminal Santo André Oeste, aguardava a demanda do trem. O veículo lotou rapidamente e saiu num trajeto maior que o da linha, que já é extenso. Mas não foi apenas passageiros que desceram do trem que usaram o ônibus. Por onde ele passava, em ruas centrais e de bairro, sempre havia alguém para tomá-lo. Demanda fixa, na maior parte das vezes. O motorista Fernando Nogueira falou da importância do serviço, de como é trabalhar em linhas noturnas e do tipo de passageiros que usa o ônibus neste horário que a maioria das pessoas dorme. Há outras linhas noturnas em Santo André, como I 02 (Cidade São Jorge – Jardim Ana Maria), I 04 (Jardim Las Vegas – Parque Capuava), T 29 (Vila Suíça – Terminal Oeste), além da própria T 15. O serviço é considerado bom pelos passageiros, que pedem mais ônibus, mas muitos cidadãos não sabem dessas linhas. A divulgação é pouca e o site da SATrans não deixa claro quais as linhas noturnas.

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AS FOTOS DA SEMANA As melhores fotos da semana no Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1 e 2 • Com certeza a maior novidade no ano de 2011 até o presente momento é esse Marcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD da Viação Itapemirim. O carro é reencarroçado de um outro que foi incendiado. Por enquanto apenas essa unidade está em operação. O registro foi feito por Rodrigo Gomes, no Rio de Janeiro. 3 e 4 • Outra supernovidade trazida por Rodrigo Gomes é esse Mondego L da Auto Viação 1001 fotografado em São Gonçalo. As unidades têm chassi MBB O-500U e já se encontram em operação na região. 5 e 6 • Dois registros de ônibus da Plaza em Buenos Aires, feitos por Vagner Valani em sua passagem pelo país vizinho. O Millennium é Volvo B7RLE.

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DIÁRIO DE BORDO

ROTA DOS ROMEIROS Fotos: Tiago de Grande

Por Tiago de Grande

Linha: 082 – Pirapora do Bom Jesus (Jardim Bom Jesus) x Osasco (Vila Yara) Empresa: Viação Osasco Carro: 21.865 – Caio Induscar Apache Vip II MBB OF1722 Uma das linhas mais demandadas da região oeste da Grande São Paulo, a linha 082 liga a pequena cidade de Pirapora do Bom Jesus, um santuário religioso as margens do Rio Tietê, ao bairro de Vila Yara em Osasco, na divisa com a cidade de São Paulo. É um trajeto longo, passando por dentro dos municípios de Santana de Parnaíba, Barueri e Carapicuíba, por ter intervalos altos, seus carros andam sempre lotados, a mesma coisa com a sua derivação 082DV1 (via Parque Payol). Ponto de Partida: Terminal Amador Aguiar (Vila Yara) – Osasco/SP O terminal de Vila Yara fica na divisa do bairro de Vila Yara em Osasco, com o Parque Continental em São Paulo, dentro do terminal operam linhas municipais tanto de Osasco como de São Paulo, além das metropolitanas, devido a isso não há integração tarifária. Na parte de cima do terminal há um saguão com pequenas lojas, lanchonetes e caixas eletrônicos. A viagem: Os carros da linha 082 costumam sair do terminal ainda vazios, e dessa vez não foi

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diferente, com apenas cinco pessoas. A saída do terminal é a mesma tanto para quem vai no sentido São Paulo, como quem vai no sentido Osasco, após passar o primeiro semáforo, quem vai para São Paulo segue direto para pegar a Avenida Corifeu de Azevedo Marques, e quem vai sentido Osasco como nós entra a esquerda para pegar a Avenida dos Autonomistas, a mais importante da cidade, atravessando ela de uma ponta a outra. O primeiro trecho dela que pegamos é pequeno, menos de dois kms até a Avenida Domingos Odalia Filho, e passando ao lado do Viaduto Dr. Reynaldo de Almeida, um dos cartões postais de Osasco. Esse trecho nos leva até a Praça Antonio Menck, conhecida como Largo de Osasco, já no centro da cidade em frente a estação ferroviária, é a parte mais importante e movimentada da cidade, ponto final de várias linhas, inclusive a 082 até bem pouco tempo atrás fazia seu final na Pça. Antonio Menck, sendo prolongada até a Vila Yara. O carro encosta no antigo ponto final da linha, onde uma fila bem grande o esperava, o embarque de todo mundo foi bem demora-

do, e com o carro já lotado deixamos o Largo de Osasco, seguindo pela Avenida João Batista, importante rua do centro de Osasco, com muito comércio e transito carregado, para chegarmos novamente a Avenida dos Autonomistas, agora sim para um trecho mais longo da mesma. A Avenida dos Autonomistas margeia a linha 8 da CPTM, tem um transito bem carregado e é itinerário de muitas linhas de ônibus, a grande maioria de seus pontos de ônibus são lotados de gente, em alguns nosso carro parou e encheu bem. Após passarmos pelas Estações de Comandante Sampaio e Quitaúna da CPTM, chegamos ao final da Avenida dos Autonomistas e o município de Carapicuíba, a divisa entre os dois municípios é no bairro conhecido como Km. 21, onde fica a estação General Miguel Costa, e por onde também passa o Rodoanel, após passarmos abaixo dele já entramos em Carapicuíba, a avenida segue com o mesmo traçado, apenas muda de nome de: Avenida dos Autonomistas para Avenida Desembargador Dr. Eduardo Cunha de Abreu. Carapicuíba é uma cidade pequena

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DIÁRIO DE BORDO mas com muita gente, o pequeno trecho da cidade que a linha pega é extremamente carregado, com muito transito e paradas para embarque e desembarque em todos os pontos, principalmente no que fica próximo a estação ferroviária da cidade. Após passarmos esse trecho é a alça de acesso para o viaduto rumo ao bairro do Tamboré, o transito melhora muito, e continuamos agora pelas Avenidas Rui Barbosa, Governador Mário Covas e Deputado Emilio Carlos, ainda margeando a linha da CPTM, uma pequena ponte sobre o Rio Cotia determina o limite de municípios entre Carapicuíba e Barueri, e da mesma forma como a divisa anterior entre Osasco e Carapicuíba, a avenida segue o mesmo traçado, apenas mudando de nome para: Marechal Rondon. Porém antes de chegarmos ao centro de Barueri, a linha cruza o viaduto sobre a linha da CPTM, entrando no centro da cidade pelo outro lado da linha, onde fica o terminal de ônibus da cidade, porém antes de chegarmos lá há uma volta no centro da cidade de Barueri, que na minha opinião é muito bonito. Após passarmos o centro, chegamos ao Terminal Gualberto Tolaine, em frente a estação ferroviária de Barueri, é um terminal muito movimentado, e a lotação que já era bem grande, ficou pior, chegando a lotação máxima. De Barueri para Santana de Parnaíba e Pirapora, o fluxo de passageiros é muito grande, mesmo tendo várias linhas, além da 082 existem também a 082DV1, 418, 418DV1 para ir a Pirapora, e para ir a Santana além de todas essas ainda existe a 246, engraçado é ver que todas essas linhas não dão conta de escoar a demanda do trecho, devido muito aos intervalos altos. Seguindo a viagem voltamos ao centro de Barueri e um acesso que nos levou a Rodovia Castelo Branco, fizemos o retorno para pegar um trecho pequeno da Castelo no sentido interior, para chegar até a Estrada dos Romeiros, estrada que liga Barueri a Santana de Parnaíba e Pirapora. No começo da Estrada dos Romeiros, começam os desembarques, ainda poucos no primeiro trecho, onde ela é mais uma avenida do que uma rodovia, passando pelos bairros: Chácaras Marco, Cruz Preta e Engenho Novo, bairros ainda pertencentes a Barueri. Com pouco tempo de viagem entramos no município de Santana de Parnaíba, e ganhamos uma companhia a nossa esquerda, o Rio Tietê, e a paisagem já começa a ganhar ares interioranos com muito verde e pouco movimento de automóveis. Nesse trecho a Estrada dos Romeiros ganha um ar de rodovia de verdade, sinalização, curvas e pista simples, e segue assim passando nos bairros de Jardim Isaura e Parque Santana, até chegar a Barragem Edgard de Souza e o Centro Histórico de Santana de Parnaíba, a única coisa ruim infelizmente é o mau cheiro do Rio Tiete, principalmente próximo a Barragem Edgard de Souza.

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Um dos belos pontos da cidade de Pirapora do Bom Jesus Uma pequena saída da Estrada dos Romeiros da cidade, e onde estão as atrações turísticas da para entrarmos no pequeno centro de Santana pequena cidade. de Parnaíba, ruas estreitas, casarões no estilo co- Após passar a ponte eu desço, e o ônilonial e um pequeno terminal de ônibus onde bus ainda segue rumo ao Jardim Bom Jesus, paramos, e muita gente desembarcou. bairro não muito distante do centro, a viagem Agora com o ônibus mais vazio segui- levou 1:23 minutos. mos para o trecho final da viagem e também o mais complicado, a Estrada dos Romeiros Ponto de Chegada – Pirapora do Bom Jesus nesse trecho é cheia de curvas fechadas e subi- Cidade pequena da Grande São Paulo, das fortes, em alguns trechos margeando o Rio Pirapora é muito conhecida por ser um sanTiete em outros não, em alguns momentos após tuário religioso, e receber muitos romeiros em fortes subidas conseguimos ver o rio passando várias épocas do ano, também é muito conhecino fundo de vales, é uma paisagem muito bo- da pelo seu Carnaval, um dos melhores de toda nita. a Grande São Paulo. Esse trecho é rápido e com poucas A cidade é encravada entre morros e é paradas, a mais demorada fica no km 50, no cortada em toda a sua extensão pelo Rio Tietê, bairro Parque Payol, com mais 7 km já chega- e no pequeno centro existem atrações turísticas mos as primeiras casas de Pirapora do Bom Je- todas as margens do rio, além de bons restausus, e logo avistamos a Igreja Matriz da cidade e rantes e muitas pousadas para receber turistas e a ponte sobre o Rio Tiete que liga as duas partes romeiros.

Mais um dos belos pontos da cidade

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