Revista InterBuss - Edição 33 - 27/02/2011

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A CRÍTICA ÁREA 4: UM LONGO HISTÓRICO DE PROBLEMAS EM S.PAULO A colunista Marisa Vanessa N. Cruz faz uma linha do tempo do transporte na Zona Leste

R EV I ST A

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ANO 1 Nº 33 27/02/2011

INFORMAÇÕES PARA O USUÁRIO

Sistemas de transporte eficientes precisam também informar ao usuário os horários, trajetos e tempo de espera


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INFORMAÇÃO COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

JUSTIÇA PROÍBE ÔNIBUS DE GRAÇA EM BELÉM/PA

Foto: João Barros

A Semana em 10 Tempos • Página 7

Ônibus da Belém Rio em operação na capital paraense Fotos da capa: Luciano Roncolato e Volvo Buses Edição número 33 • Domingo, 27 de Fevereiro de 2011 • Concluída às 12h01 • Esta edição tem 20 páginas

EDITORIAL • Sistemas precários nas cidades médias ... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • Adamo Bazani ........................................ 8 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz.......................... 9 PÔSTER • Scania do Brasil .......................................... 10 MATÉRIA DA SEMANA • Scania no Ethanol Summit .. 12 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 13

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FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 16

• GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria

DIÁRIO DE BORDO • Expresso Leste no Alto Tietê .... 17

Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br

COLUNISTAS • Fábio Takahashi Tanniguchi ............... 14


EDITORIAL

Prefeituras provincianas e seus sistemas precários O Brasil vive de um mal muito grande no setor de transportes. Em quase todo o país o transporte coletivo é visto como algo repulsivo, de classes inferiores. Mas será que isso é algo da cultura brasileira, onde um quer obter vantagem sobre o outro, numa sociedade extremamente preconceituosa como a nossa e também onde a exposição de bens pessoais é enorme (ter carro é status social)? Temos que ver também que os sistemas de transporte em 99,9% das cidades brasileiras é precário. Se nas capitais o problema é grande, imagina nas cidades de porte médio. A única região do país onde parte das cidades médias tem sistemas eficientes e de qualidade é a Sul. Para exemplificar os sistemas de transportes precários, vamos nos ater no estado de São Paulo. Cidades como Santos, Jundiaí, São José dos Campos, Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Bauru e Sorocaba são grandes exemplos de sistemas ruins ou sem lógica. As prefeituras dessas cidades se apegam a coisas sem grande valia, como por exemplo a renovação de frota. A entrega de novas frotas é uma excelente plataforma política enganadora, pois a população é ludibriada com a apresentação de ônibus novos sem saber que a qualidade do serviço está em queda, principalmente nos últimos anos. Grandes e eficientes sistemas de transporte utilizam-se de veículos com motorização central ou traseira e troncalização com ônibus articulados ou biarticulados. Com exceção de Campinas e Jundiaí, nenhuma das cidades supracitadas utilizam-se de veículos articulados, mesmo tendo demandas absurdas em certas linhas. Soma-se às cidades com articulados São José dos Campos

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

e Sorocaba que contam com veículos de motor traseiro. A primeira ainda possui carros com piso baixo, trazidos recentemente, o que gerou uma grande melhora na prestação do serviço. Já Sorocaba segue o sentido contrário e está desativando carros padron para colocação de veículos com motor de propulsão dianteira. As prefeituras do interior paulista devem deixar de ter pensamento provinciano e elaborar sistemas de transporte eficientes, que atraiam a população de todas as classes sociais. A ação de exigir que as empresas concessionárias do serviço público comprem novos ônibus não melhoram a qualidade de vida por si só. Muitas das vezes é preferível ter veículos antigos em bom estado operando com eficiência do que ter ônibus novos que demoram a passar. A cidade de Campinas está vivendo um momento delicado de seu sistema denominado InterCamp, implantado em 2005 pela prefeitura. O atual secretário de transportes cismou de querer colocar um sistema de Veículo Leve sobre Pneus num corredor de ônibus que já existe. Ou seja, o corredor teria que ser demolido para colocar esses tais VLPs. Enquanto isso, outras partes da cidade vivem desconectadas com linhas sobrepostas, ônibus demorados e motoristas ruins. As empresas fazem o que podem pra melhorar a vida do passageiro, porém a prefeitura é um entrave para um deslanche do novo sistema. Ano que vem tem eleição. Com certeza inúmeros projetos eleitoreiros vão aparecer, mas não deixem se levar por isso. Analisem bem cada candidato e façam a escolha certa. O transporte também é um item importante, tão quanto saúde e educação. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Bancas Olá! Quando a Revista InterBuss chegará às bancas? Tenho interesse na compra das edições. Paulo França São Paulo/SP Nota da redação: Agradecemos o seu contato Paulo! A previsão é que estejamos nas bancas até o final do semestre.

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A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 20 A 26/02/2011

Manaus deverá ganhar 858 novos ônibus a partir de maio deste ano Licitação para o transporte manauara conta com participação de nove empresas, algumas conhecidas Foto: Norberto dos Santos Künzli

A licitação do transporte coletivo de Manaus deve viabilizar a entrada de 858 ônibus novos a partir de maio deste ano. O anúncio foi feito, nesta sexta-feira (25), pelo diretor da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Marcos Cavalcante, durante a abertura do segundo lote de envelopes com os nomes das empresas aprovadas a seguir na concorrência para exploração do serviço na capital. A Prefeitura prevê a entrada de 1.108 ônibus novos no sistema até julho. A SMTU autorizou o retorno das cinco empresas reprovadas na primeira etapa da licitação a concorrer na segunda fase do processo. Segundo Cavalcante, os empresários apresentaram documentos com garantias de ajuste das propostas apresentadas anteriormente. As empresas apresentaram propostas técnicas, como a outorga, que define o valor da tarifa cobrada e documentações sobre o serviço prestado no transporte coletivo. A Comissão Especial de Licitação (CEL) da SMTU, realizará um mutirão neste fim de semana para analisar as documentações das empresas. O resultado final da licitação deve ser divulgado na próxima segunda-feira (28), com publicação no Diário Oficial do Município (DOM). O edital da Prefeitura de Manaus prevê a divisão de dez lotes de linha no sistema. Cada conjunto terá no máximo 200 ônibus e uma empresa poderá ter apenas dois lotes. Segundo Marcos Cavalcante, “não há risco de inviabilidade” na segunda fase. Ele também afirmou que

Ônibus em Manaus: licitação deverá trazer 858 novos ônibus ainda este ano à cidade a tarifa de ônibus deve ser reajusta em meados de fevereiro, com a abertura dos envelopes com de junho deste ano, após a circulação dos no- as propostas. Ao todo, 37 empresas compraram vos ônibus nas ruas e análise das propostas dos o edital, mas apenas nove apresentaram todos empresários, Prefeitura e Câmara Municipal de os documentos: City Transportes Ltda, Viação Manaus (CMM). Segundo ele, o valor do inves- São Pedro Ltda, Rondônia Comércio e Extração timento no transporte coletivo proposto pelas de Minérios Ltda, Viação Nova Integração Ltda, nove empresas chega ao montante de R$ 10 mil- Via Verde Transportes Coletivos Ltda, Transtol Empresa de Transporte Coletivo Toledo Ltda, hões. A nova licitação do transporte coleti- Expresso Coroado Ltda, Global GNZ Empreenvo foi lançada em dezembro do ano passado. A dimentos e Participações Ltda e Auto Ônibus Prefeitura deu início ao certame no último dia 4 Líder Ltda. (Portal Amazônia)

Lucas do Rio Verde/MT tem bilhetagem eletrônica O município é o primeiro no norte de Mato Grosso a usar esse moderno sistema, que além de agilidade na hora do embarque, dá mais segurança aos passageiros, que não precisará mais usar o passe de papel e sim o cartão eletrônico. Na tarde da última sexta-feira (25), o sistema foi apresentado a algumas autoridades do município, oficializando então a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica em Lucas do Rio Verde. O prefeito Marino Franz acompanhou a apresentação do sistema e elogiou a empresa Viação Lucas pela iniciativa. “O poder público vê com muita satisfação essa modernização. A empresa que ganhou a licitação para o transporte

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coletivo investiu em veículos novos e agora está investindo em equipamentos modernos, dando agilidade e segurança aos usuários”, afirmou o prefeito, ressaltando ainda que a tendência a partir de agora são as empresas oferecerem também esse beneficio a seus funcionários, aja visto que o transito vai ficar cada vez mais congestionado e as pessoas podem optar pelo transporte coletivo. Segundo o administrador da empresa Viação Lucas, Paulo Tonetti, os passes de papel poderão ser usados até o dia 15 de abril desse ano. “O cartão eletrônico funcionará como se fosse um cartão de crédito. O usuário vai recarregá-lo nos pontos de recarga normalmente. Não haverá mais necessidade de ficar levando dinheiro para

o ônibus, além da agilidade na hora de embarcar”, afirmou Tonetti. Os pontos de venda e recarga dos cartões estão localizados no Supermercado Pasqualotto, Atacadão do Povo e Del Moro. Outro ponto positivo em relação ao sistema de bilhetagem eletrônica é que o portador do cartão poderá fazer um cadastro junto à empresa e se caso de perda ou roubo, poderá fazer o cancelamento do mesmo. Serão disponibilizados cartões de acordo com o público a ser atendido, são eles: SIGA Trabalhador, Siga Estudante, Siga Cidadão e SIGA Idoso. Os cartões serão diferenciados com desenhos diferentes. (Expresso MT)

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Foto: Portal Dia Dia

A SEMANA EM 10 TEMPOS

Acidente com ônibus da Cometa mata um em SP

Ônibus da Cometa bateu na traseira de um caminhão que carregava bobinas de aço Um ônibus da Viação Cometa bateu na traseira de um caminhão que carregava bobinas de aço na rodovia dos Bandeirantes na manhã de ontem. Uma pessoa morreu e 4 ficaram feridas - três em estado grave, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual. Mais de 40 pessoas estavam no ônibus.

A batida aconteceu por volta das 6h, no km 44 da rodovia, altura de Jundiaí, na pista sentido São Paulo. O ônibus, de acordo com a polícia, era fretado. Todos os feridos estavam dentro do veículo. O motorista do caminhão não sofreu fraturas. (Jornal Dia Dia / Folha On Line)

A queda de um ônibus em um abismo de 180 metros na estrada Central, ao leste de Lima, deixou 27 mortos e 40 feridos na última sexta-feira, informou o Ministério da Saúde peruano. “São 27 mortos na queda de um ônibus interestadual...”, revelou Javier Correa, diretor dos Serviços de Saúde do Ministério. Segundo Correa, entre os feridos há 11 pessoas em estado “bastante delicado”, que foram levadas a hospitais de Lima.

O ônibus, que seguia da cidade andina de Huancayo para a capital Lima, saiu da pista e caiu no abismo no quilômetro 57,5 da estrada Central, na zona da localidade de Tornamesa, província de Huarochirí. “Em uma curva fechada, o motorista do ônibus tentou ultrapassar outro veículo e encontrou um caminhão, caindo no abismo de 180 metros”, revelou o comandante da polícia rodoviária Gastón Ramírez. (AFP)

Ônibus da AVA cai em cratera em Americana

Um ônibus da AVA (Auto Viação Americana) caiu na semana passada dentro de uma cratera aberta numa das faixas da Avenida Brasil, em Americana/SP. O veículo passava próximo ao Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) quando o asfalto cedeu, deixando o carro preso. Aproximadamente 80 passageiros estavam dentro do ônibus no momento do incidente, mas ninguém saiu ferido e todos tiveram que aguardar por um outro transporte. Apenas o motorista da condução, Donizete Batista, apresentou dores no braço devido ao impacto. Segundo o técnico em segurança da AVA, Kleber Willian Nogueira, a empresa deve pedir ressarcimento aos prejuízos gerados pelo acidente. “Viemos até o local para ver o que estava acontecendo e percebemos uma total falta de atuação da Setransv (Secretaria de Transportes e Sistema Viário). Eles não sinalizaram a área e esse trabalho teve de ser feito por nossos funcionários e alguns trabalhadores que estão aqui nas obras do PAC contra enchente. Agora nosso departamento jurídico vai analisar as medidas cabíveis”, afirmou. (O Liberal)

Ônibus cai em abismo e mata Curitiba poderá ter horários nos 27 em Tornamesa, no Peru pontos de ônibus

Roda se desprende de ônibus e atinge seis pessoas em Salvador Seis pessoas ficaram feridas em um acidente com um ônibus do Expresso Vitória no bairro de Cajazeiras IV, próximo à rotatória da Via Regional, nesta sexta-feira, 25. O acidente aconteceu por volta das 9h quando a roda do ônibus desprendeu-se do veículo e atingiu as pessoas que estavam na via.

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De acordo com informações da Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), o trânsito chegou a se complicar no local mas, uma hora depois do ocorrido, fluía normalmente. Não há informações sobre a gravidade dos ferimentos, nem para onde foram levados os feridos. (A Tarde Online)

Os vereadores de Curitiba devem votar na próxima segunda-feira (28) um Projeto de Lei que obriga a Urbs a implantar os horários dos ônibus em todos os pontos da Capital. A proposta é do vereador Julião Sobota (PSC). Caso seja aprovada em sessão plenária e sancionada pelo prefeito, a informação de saída e chegada no terminal e ponto final deverá ser afixada em local visível e de fácil acesso. Atualmente, os horários dos ônibus são disponibilizados nos terminais e pela internet, mas o parlamentar quer melhorar este acesso aos passageiros. “Esta solicitação tem o objetivo de atender grande parte da população curitibana, usuária do transporte coletivo e que necessita desta informação”, justificou o vereador no projeto. Ele acredita que isto facilitará a vida de muitos usuários. “As pessoas poderão se programar melhor para seus afazeres diários”, acrescentou. A medida também auxiliará na fiscalização do cumprimento da programação. (Bem Paraná)

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Juiz suspende gratuidade nos Fortaleza usa ônibus de Belém aos domingos GPS no controle Foto: João Barros

do transporte

Ônibus urbano em Belém: decisão judicial barra gratuidade aos domingos A população de Belém não terá ônibus gratuito hoje. O juiz da 2ª Vara Cível, Marco Antônio Castelo Branco, concedeu liminar ao Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos de Belém (Setrans-bel), barrando a medida anunciada para começar a partir deste domingo, 27, pela Companhia de Transportes de Belém (CTBel) em cumprimento à Lei 8.779/2010. A lei é de autoria do vereador Otávio Pinheiro (PT) e promulgada pelo então presidente da Câmara de Vereadores, Walter Arbage (PTB), pois o prefeito Duciomar Costa (PTB) ignorou o prazo de sanção da nova lei, que retornou ao Legislativo municipal em janeiro. Em seu despacho, o juiz afirma que concede a liminar parcialmente, desobrigando as empresas de cumprirem a lei, criada para beneficiar a população de baixa renda um domingo por mês em busca de eventos de lazer e cultura. O juiz entendeu que somente uma emenda à Lei Orgânica do Município (Lomb) poderá instituir a gratuidade aos domingos e também se preocupou com o desequilíbrio financeiro que ele acredita que a medida poderá acarretar às empresas. O Setrans-bel ajuizou na segunda-feira, 20, Ação Declaratória de Inconstitucionalidade e Ilegalidade de Ato Normativo contra o benefício aos usuários do transporte coletivo de Belém, alegando que a lei é inconstitucional. “Não se trata nem de longe da análise de inconstitucionalidade de lei em tese, o que equivaleria a uma ação direta de inconstitucionalidade” profere o magistrado no despacho da tutela antecipada. No entanto, Castelo Branco alega que a Lei 8.799 conflita com a Lei Orgânica do Município de Belém (Lomb), cujo artigo

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146 trata da política de isenção tarifária para o município a diversos grupos de pessoas. Também se baseia na Lei Municipal 8.138/2002, que determina que no artigo 1º as emendas à Lomb, que alterem os benefícios do artigo 146, devem observar a abrangência do benefício, impacto e composição do preço da passagem e a origem dos recursos destinados à aplicação da concessão. “Portanto, a lei municipal que tratou dos artigos referentes a gratuidades previstas na Lei Orgânica, determina expressamente, que somente por emenda à Lei Maior do Município, com observância dos requisitos ali exigidos, é que poderá haver mudança no rol de gratuidades, pois se tratando de matéria extremamente relevante para o município exige-se quórum qualificado para a eficácia de mudanças no texto da lei que organiza o município”, profere o despacho judicial. Além da questão jurídica, o magistrado também questiona o desequilíbrio econômico-financeiro das empresas afetadas com a gratuidade. Ele cita a Lei Federal 9.074/95, que estabelece normas para outorga e prorrogações das concessões e permissões de serviços públicos, que no artigo 35, prevê que a estipulação de novos benefícios tarifários fica condicionada à previsão, em lei, da origem dos recursos. O autor da Lei 8.770, vereador Otávio Pinheiro, através de nota afirma que ficou surpreso com a decisão do juiz. “Não haverá nenhum desequilíbrio financeiro por parte das empresas de ônibus, em face de que já receberam do município o perdão da dívida de R$ 80 milhões no ano passado e a redução da alíquota de ISS de 5% para 2%”, conclui a nota. (Diário do Pará)

Embora pouco conhecida, uma ferramenta da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) pode, com o apoio da população, coibir a imprudência e a falta de educação contra usuários do transporte público. Funcionando desde 2008, um sistema de monitoramento da Empresa acompanha, através de um Sistema de Posicionamento Global (GPS), a posição, a velocidade e o trajeto percorrido pelos veículos. Como resultado, no mês passado, foram aplicadas 284 punições (suspensão de viagens) contra empresas de ônibus em Fortaleza. Com o GPS é possível verificar denúncias de excesso de velocidade, queima de paradas e desvios da rota. Para aqueles que utilizam ônibus e vans diariamente, não é difícil observar atos de desrespeito por parte dos condutores dos transportes. Reflexo do fato são as denúncias que chegam à Etufor. Conforme a assessoria de comunicação da Empresa, esta recebe uma média de 20 reclamações diárias através do telefone e de e-mail. Além disso, um número ainda mais significativo de denúncias é repassado à Etufor através do Fala Fortaleza (0800- 285 0880). “Às vezes, tem motorista que não para quando eu dou sinal, principalmente se eu estiver sozinha na parada. Eu já até me acostumei”, relata a aposentada Maria Luiza Ferreira, de 83 anos. Conforme o técnico responsável pelo sistema de monitoramento, Marcelo Teixeira, ocorrências desse tipo podem ser averiguadas através do acompanhamento, em tempo real, realizado pela Empresa. Segundo ele, todos os ônibus e vans que compõem o transporte público da Capital possuem um GPS que informa à central de monitoramento dados sobre sua posição e a velocidade. Desse modo, desvios realizados no trajeto original, excesso de velocidade e eventualidades semelhantes são detectadas pelo equipamento. Contudo, destaca, no caso da queima de paradas, é necessário que a população denuncie a atitude do condutor. Para fazer isso, quem presenciou o fato deve informar à Etufor o número do ônibus, o local e o horário em que se deu a ocorrência. A partir da reclamação, é verificada a velocidade do veículo no momento em que ele passou pela parada. Quando são constatadas irregularidades, destaca o técnico responsável pelo monitoramento, o motorista infrator é ouvido e a empresa onde trabalha é penalizada através da “suspensão da viagem”. A punição, explica, consiste no não pagamento da quantia que deveria ser paga à empresa pela viagem. (Verdes Mares)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

São Paulo deverá ter 140 novos trólebus

A Prefeitura de São Paulo, por meio da São Paulo Transporte (SPTrans), renovará 140 tróleibus dos 200 veículos que circulam na cidade. Onze veículos novos já estão operando com poluição zero. A idade média dos veículos em uso na cidade baixou para 4 anos e 6 meses. Dos 15 mil ônibus da frota de transporte público de São Paulo 9.684 (ou 65%) já foram renovados. Se comparado o período de outubro/2006 a dezembro/2010, a capacidade da frota aumentou 21% e o número de passageiros transportados cresceu 11%, somente com o uso de veículos maiores. Dentro da política de melhoria da frota e redução da poluição do ar, a prefeitura lançou recentemente o Programa Ecofrota, que prevê a utilização progressiva de combustíveis limpos

na frota de ônibus de São Paulo, reduzindo a emissão de poluentes no ar da capital. O selo do projeto identificará todo veículo do transporte público que estiver abastecido com combustíveis mais limpos e menos poluentes. B20 - Somente na Zona Leste da capital, cerca de 30 linhas de ônibus com pouco mais de 1.200 veículos já circulam com o chamado B20, ou seja, uma mistura de 20% de biodiesel feito de grãos de soja e milho, adicionado ao diesel usado no município. A utilização do B20 nesses veículos deve reduzir 22% a emissão de material particulado, 13% de monóxido de carbono e 10% de hidrocarbonetos, além de atingir 15% da meta anual de redução de combustíveis fósseis no sistema de transporte público.

Além dos ônibus abastecidos com B20, já em circulação, a marca Ecofrota estará em todos os veículos de tecnologia limpa da frota municipal, seja movido a biodiesel, seja a etanol, híbrido ou elétrico. Segundo a SPTrans , além da nova mistura de combustíveis limpos, a frota do sistema de transporte público municipal conta com outras iniciativas que procuram reduzir a emissão de poluentes no ar na cidade. Como, por exemplo, toda a frota usa combustível B5 S50, uma mistura de diesel de petróleo adicionado a 5% de biodiesel, mas com menos teor de enxofre. A partir de abril, começam a circular os primeiros 50 veículos movidos a etanol, será a primeira frota a usar o combustível totalmente renovável e não poluente produzido no Brasil. (DCI)

Adamo Bazani A pioneira e o ícone caminharam juntas por vários anos NOSSO TRANSPORTE

Foto: Acervo Salomão Jacob Golandski

Relação entre a primeira encarroçadora de ônibus do País e empresa de ônibus de maior destaque da América Latina foi duradoura e transformou o modo de transportar no Brasil

Existem uniões perfeitas que são impossíveis de contextos, setores e relacionamentos serem pensados sem elas. Quase se une experiência e pioneirismo com inovação e visão vanguardista, a união revela equilíbrio e todos os elementos necessários para que ela seja bem sucedida. E foi assim entre a Grassi, a pioneira, a primeira encarroçadora de ônibus profissional do País, e a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos -, empresa pública da Capital Paulista não só marcada pela sua grandiosidade, mas pelo seu constante papel no desenvolvimento de novos métodos e tecnologias para prestação de serviços de transportes coletivos. Pode-se pensar: uma era experiente e outra era inovadora. Eram diferentes, portanto.

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Mas a estabelecida Grassi e a renovadora CMTC tinham vários pontos em comum. Primeiro porque foram criadas para suprirem necessidades de transportes numa realidade urbana, social e econômica que configurava um contexto que os deslocamentos de pessoas se tornariam fundamentais para o desenvolvimento. A Grassi foi fundada em 1904, na Rua Barão de Itapetininga, número 37, no centro de São Paulo, pelos irmãos Luiz e Fortunato Grassi, inicialmente para fazerem carruagens puxadas a cavalo de madeira. Em 1910 fizeram o primeiro ônibus, sobre chassi francês Dion Bouton, para a Hospedaria dos Imigrantes. São Paulo e outras cidades do País cresciam, os trens e os bondes não davam conta do aumento populacional e urbano. Os donos de ônibus, que muitas vezes construíam as carrocerias nos quintais de casa começaram a se tornar empreendedores de transportes. Era o passo para virarem empresários e não tinham mais tempo para serem motorista, mecânicos, cobradores, administradores e construtores. O país pedia ônibus. Foi acompanhando este processo que nos anos de 1920, a Grassi deixava de lado aos poucos as car-

ruagens e se dedicava a construir profissionalmente, e para os padrões da época, carrocerias, em sua maioria sobre chassis de caminhões. A CMTC, como gestora, a exemplo da Grassi, surge para responder uma necessidade da realidade urbana, política e social voltada para os transportes, mas em época e contexto diferentes. Se a Grassi pegou bem o surgimento dos primeiros empresários, a CMTC veio para organizar o sistema que estava quase fora do controle, numa situação em que prestadores de serviços organizados e competentes dividiam espaço com aventureiros ou pessoas no mínimo pouco qualificadas. E dividiam espaço literalmente, pois a distribuição da oferta dos transportes estava completamente insuficiente para atender a demanda, com linhas se sobrepondo em áreas de maior lucro e de viário melhor para prestação de serviço, enquanto outras regiões da cidade eram preteridas. A CMTC foi constituída em 10 de outubro de 1946, pelo Decreto Municipal 365 do Prefeito Abrahão Ribeiro. Em 12 de março de 1947 começa a assumir o patrimônio dos bondes e linhas da Light and Poiwer Company Limited. No dia 14 de março de 1947 é constituída a primeira diretoria: Aldo Maria Azevedo (Presidente) Guilherme Winter (vice), Lúcio Miranha (tesoureiro) e Eurico Sodré (secretário). Em 1º de julho de 1947 começa a operar os bondes e os ônibus encampados de empresas particulares. Grassi e CMTC se cruzaram várias vezes na história. A relação mais famosa foi com os trólebus. Os primeiros ônibus elétricos nacionais foram construídos pela Grassi – Villares e operados pela CMTC em 1958. Mas os caminhos destes dois símbolos dos transportes começaram bem antes. Em 1949, quando a CMTC comprou 200 ônibus novinhos, havia vários Grassi, como este da foto, imagem preservada pelo amigo Salomão Golandski. São empresas que dão orgulho!

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Marisa Vanessa N. Cruz A história dos problemas da área 4 de SP

Fotos: Marisa Vanessa N. Cruz

COLUNISTAS

As duas atuais operadoras da área 4 de São Paulo: Himalaia e Novo Horizonte Desde 2002, a Área 4 de São Paulo está localizada em uma das duas partes da zona leste, cuja divisão dessas partes é a linha férrea da CPTM. A área compreende os bairros do Tatuapé, Itaquera, São Mateus e Cidade Tiradentes, perfazendo uma extensa área. Mas os longos problemas nas linhas da área 4 são uma velha história. Um dos casos mais velhos que ouvi dizer foi a falência da Viação Itaquera em 1977, até que a CMTC pegou todas as linhas dela. No entanto, a área operacional daquela região ficou vaga para alguma empresa particular operar – até que houve a divisão das 23 áreas operacionais na cidade e a permissão para duas empresas operar a área entre Itaquera e Vila Matilde apareceu. Entraram a Tabu, de propriedade de José Ruas Vaz, e a Pompeia, de Belarmino de Ascenção Marta. Mas no início a Tabu não tinha ônibus suficientes para operar todas as linhas que ela adquiriu na permissão. Solicitou à CMTC

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um favor para operar pelo menos duas linhas da Tabu até regularizar a situação da frota e a aquisição de veículos novos. Na mesma região, em 1984 a Companhia Auxiliar de Transportes Coletivos pediu falência. A Viação Canaã, que operou na Zona Sul e foi recém comprada pelo Nenê Constantino, emprestou alguns de seus ônibus para operar as linhas da Auxiliar – mas isso durou somente um ano, pois seus intervalos das linhas eram altíssimos e as linhas que a Canaã operava pela Zona Leste passaram tudo pela CMTC. Outra empresa que deixou de existir no ano seguinte foi a Vila Carrão. Chegou até a empresa ter outra razão social como Viação São Mateus, mas mesmo assim deixou de operar. Outras empresas ‘vizinhas’, a Santo Estevam e a Transleste, foram vendidas por Baltazar José de Sousa e Ronan Maria Pinto (inclusive a Vila Ema e a Empresa Paulista de

Ônibus cujas linhas atualmente pertencem à Via Sul). No decorrer dos anos 90, ônibus novos por aquelas empresas eram difíceis de encontrar – vieram bastante ônibus usados vindos de diferentes localidades e que não tinham bom estado de conservação – e o resultado disso é ausência de organização e de administração, tornando suas linhas de ônibus precárias. Nos anos 90, maioria das linhas da CMTC passaram para empresas particulares, como a Transkuba, Masterbus, São Paulo, Isaura, Primavera, Eletrobus, Fioravante (depois Cidade Tiradentes) e Talgo (operando a linha 372Y Vila Nova York-Metrô Belém), com frota toda nova. Suas linhas das novas empresas particulares disputavam com linhas da Santo Estevam e o resultado é que a população preferia pegar ônibus dessas empresas novas pela sua pontualidade e eficiência. E a empresa Vila Ema é unificada, absorvendo a frota da Transleste e da Empresa Paulista de Ônibus. Depois a Isaura é dividida em duas, a outra parte ficou com a Viação Cidade Tiradentes como ‘lote 70’, que novamente seu lote foi repassado à uma outra empresa, denominada Columbus. Lá por volta do ano 1999/2000 a situação dessas empresas não era boa. Pouquíssimas empresas renovaram a frota, a Primavera foi ‘engolida’ pela Viação São Paulo, a Tabu muda de nome para Vitória, e a média de idade da frota aumentou. A Santo Estevam muda de nome para Vila Formosa e a Viação Isaura muda de nome para América do Sul. A Vila Ema ocorre uma nova divisão, criando outras três empresas: Transvipa, Expresso Iguatemi e Expresso Vila Industrial. A Transvipa não durou muito e foi incorporada à Âmbar, uma empresa da Zona Oeste. A Expresso Vila Industrial também desaparece. A Viação Ibirapuera, da Zona Sul, também aparece na Zona Leste fazendo algumas linhas. A Columbus muda de nome para Viação Pérola. Anos mais tarde, a Viação São Paulo se muda para Zona Norte, trazendo a Empresa Paulista de Ônibus de volta para Zona Leste e aí é criado o Expresso Paulistano. De lá, inclusive a Santo Estevam, houve inúmeras alterações de razões sociais. A Eletrobus deixa de existir, e é criado o Consórcio Aricanduva com todas as suas empresas da região. A Âmbar também deixa de existir. A Vitória também. Teve até cooperativa transformando em empresa. Depois apareceu a Viação Capital, depois a SPBus e, finalmente no final de 2004, surge a Himalaia na área 4, tirando de cena os antigos empresários de ônibus que atuaram naquela área. Taí a ‘salada de mudanças’ naquela região com seus incabáveis transtornos, que existiram a partir da década de 70 ou 80, com uma história de passageiros prejudicados com infinitos problemas nas viações, o que infere que é uma área que teve mais problemas que todos eles juntos.

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REVISTA

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Scania do Brasil



MATÉRIA DA SEMANA

Foto: Wesley Araújo

NO CAMINHO DO ETANOL

Scania participará do Ethanol Summit 2011, em São Paulo Da Scania do Brasil A Scania, única montadora no mundo a oferecer como solução de combustível renovável motores movidos a etanol para ônibus e caminhões, participa como patrocinadora oficial do Ethanol Summit 2011. Organizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), o evento reúne em São Paulo, nos dias 6 e 7 de junho, as maiores autoridades do planeta para debater o futuro das fontes de energia renováveis. Com o tema “Soluções para a economia de baixo carbono”, a edição deste ano visa reforçar a importância dos derivados da cana para a redução de gases causadores do efeito estufa. A marca sueca é referência mundial em veículos pesados movidos a etanol, pois desde a década de 1980 trabalha no desenvolvimento e fabricação de motores

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para aplicação urbana movidos por esse combustível renovável. Atualmente, mais de 800 ônibus Scania abastecidos com etanol brasileiro circulam por cidades européias, principalmente a capital sueca, Estocolmo, que assumiu o compromisso de ter a metade do transporte de passageiros da região central realizada com combustíveis de fonte renovável até 2012. No País, a montadora já iniciou a fabricação desses veículos. As primeiras 50 unidades dos ônibus K 270 4X2 devem estrear nas ruas de São Paulo a partir de maio deste ano. Esses ônibus representam a terceira geração de veículos a etanol da Scania e contam com motor de 9 litros com 270 cavalos de potência. “O avanço que a Scania conquistou no estudo e desenvolvimento de produtos movidos a etanol fez com que nos tornássemos referência internacional. Essa tec-

nologia está disponível e com resultados altamente positivos nos locais em que foi implementada. No Brasil, inicialmente em São Paulo, vamos dar nossa contribuição para o cumprimento das metas de política ambiental e ter uma frota de ônibus composta por veículos movidos à combustível renovável até 2018”, afirma Roberto Leoncini, diretor geral da Unidade de Negócios da Scania para o Brasil. O etanol é, atualmente, o combustível com maior potencial para diminuir a emissão do CO2, cuja redução pode chegar a 90%. A alta tecnologia dos modelos Scania já atende às exigências da legislação brasileira de emissão de gases poluentes e o Comana P7, que só entrará em vigor no País em 2012, além da EEV (Enhanced Environmentally Friendly Vehicles), norma obrigatória na União Européia.

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José Euvilásio Sales Bezerra Um Giro na Ultra...

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

CIRCULANDO

Na semana passada estive em São Vicente. Fui conhecer a rodoviária da cidade e as linhas que servem a primeira cidade do Brasil. Em sua maioria são da Viação Cometa, as linhas litorâneas herdadas por ela da Expresso Brasileiro. Mas, o destaque mesmo foram os novos Caio Giro 3400, chassi MBB O500RS, da Ultra, que estão rodando na São Paulo – Santos e na São Paulo – São Vicente.

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Esses carros não são necessariamente uma novidade. Fotos deles já circularam pelas listas de discussão no final do ano passado. No entanto, ainda não tinha tido a oportunidade de vê-los em ação. O primeiro que vi foi o carro que saiu de São Vicente pra São Paulo por volta das 11h05, prefixo 2265. Como não dava tempo de comprar a passagem de volta, deixei pra pegar

o próximo carro. Às 12h05 veio outro Giro, mas um mais antigo da Rápido Brasil, empresa com quem a Ultra compartilha a operação do trecho, do mesmo Grupo Ruas. Resolvi esperar até as 13h05 pra ver se vinha outro novo da Ultra. Dito e feito. O Giro 3400, prefixo 2263, chegou cedo... Eram 12h50 quando ele estacionou na plataforma da Rodoviária de São Vicente. Embora já tivesse comprado a passagem, tive de esperar o motorista voltar. Dez minutos depois, um fiscal da empresa me liberou pra entrar no ônibus. O ônibus é muito bonito por dentro. Todos esses novos Giro vieram em versão executiva – no trecho São Paulo – São Vicente, os veículos da Viação Cometa são todos convencionais. A pintura interna é clara e leve. Possui banheiro e monitores de vídeo para exibição de filmes. Estes estão presos ao teto, mas ficam dobrados quando não estão sendo utilizados. As luminárias embaixo dos porta-bagagens são as convencionais duas lanterninhas juntas, uma pra cada lado (nesse item o G7 inovou, colocando uma caixa acústica entre as lanterninhas, deixando a do banco do corredor mais próxima a este). A parte ruim do carro são os bancos. Os assentos parecem mais curtos que os dos G6 e G7. Tanto que minhas pernas ficam acima do descansa-pernas, diferente dos do G6 onde, apesar da minha altura, minhas pernas descansam mesmo. Às 13h05 o ônibus parte da Rodoviária de São Vicente. Ele saiu com três passageiros: eu e mais dois. O veículo foi seguindo a orla da praia. No trecho entre a Rodoviária de São Vicente e a Rodoviária de Santos, foi pegando alguns passageiros. Estes, aliás, devem ter comprado passagens com o próprio motorista, uma vez que não desceram na Rodoviária de Santos, como ocorreu com os passageiros da Cometa e da Expresso Luxo na linha que vem da Ponta da Praia. As 13h45, o ônibus chegou na Rodoviária de Santos. Lá, subiram vários passageiros, deixando o ônibus praticamente lotado. E assim ele recomeça a viagem de volta à São Paulo. Durante o trajeto, ouvi uns rangidos da carroceria, que incomodava um pouco. Não dava pra saber de onde vinha – e algo que, convenhamos, é muito comum. Por outro lado, o motor Mercedes mostrou serviço e levou-nos bem até o alto da Serra. Chegamos na Rodoviária do Jabaquara por volta das 15h10, com tranqüilidade. Embora não vá ver nada diferente de Giro na Ultra – que pertence ao mesmo Grupo Ruas, da qual a encarroçadora Induscar Caio faz parte – é bom ver novidades que não sejam Marcopolo G7 nas estradas brasileiras. O rodoviário da Caio pode ser uma opção para aquelas empresas que precisam de veículos pra médias e curtas distâncias.

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Fábio Takahashi Tanniguchi O acompanhamento perfeito para um BRT de qualidade

Foto: Volvo Buses

PARADA DIGITAL

Uma coluna de tecnologia com um título desses só poderia estar induzindo que o acompanhamento perfeito para um BRT tem a ver com tecnologia. Se você pensou assim, acertou! Governantes, engenheiros da área de planejamento de sistemas de transporte, técnicos do setor e empresários vêm falando muito que o BRT será a solução para as grandes cidades brasileiras. Fazem magníficas apresentações em PowerPoint, conferências, seminários, encontros, reuniões, visitas técnicas, e muito mais. Ao final, acham que o projeto de BRT criado é perfeito e nada mais precisará ser feito além de construílo e colocar ônibus adequados para rodar. É um grande erro que estão cometendo. Em minha visita a Curitiba em julho de 2010, percebi algo muitíssimo estranho: como uma cidade com um BRT “exemplo” para o Brasil não consegue sequer manter um sistema que mostre os itinerários das linhas e indique quais linhas você deverá pegar para ir de um ponto a outro da cidade. Ao invés de incentivar a pessoa que não conhece a cidade a circular por ela de ônibus, preferem “empurrar” para os turistas uma Linha Turismo e forçá-lo a andar de táxi caso queira fazer um trajeto diferente do primeiro meio de deslocamento. Mas no site da URBS não tem o sistema de itinerários e indica-

ção de “como chegar”? Tem sim. Mas exige muita paciência. Tem hora que funciona e tem hora que o sistema cai e não dá mais para pesquisar nada. Isso não quer dizer que eu tenha desistido. Quando o sistema voltava, já planejava e anotava as principais linhas de biarticulados e os terminais em que passava cada Interbairros. Óbvio que o turista comum não iria ter a minha paciência e desistiria na segunda pesquisa sem sucesso. A impressão que dá é que a URBS acha que quem anda de ônibus em Curitiba é só quem precisa e não tem outra opção. Afinal, se você resolve andar de ônibus de uma hora para a outra, fica difícil até pesquisar os itinerários na página do órgão. Campinas e São Paulo, por exemplo, tiveram uma visão diferente de Curitiba e atualmente possuem sistemas de boa precisão (não são completamente perfeitos, mas possuem considerável grau de acerto) para indicar quais linhas pegar para ir de um ponto a outro da cidade. Lógico que, no quesito infra-estrutura para operação de ônibus, Curitiba está muito a frente dessas duas cidades. Mas talvez não no sentido de ajudar as pessoas a usar ônibus para ir a qualquer lugar da cidade. De qualquer forma, Campinas e São Paulo estão longe do ideal, mesmo no quesito de uso de sistema para indicar itinerários. Com um

• Dica de Software

Foxit Reader

Com certeza você já se irritou com a lerdeza do Adobe Reader. Sim, ler a Revista InterBuss no Adobe Reader deve ser bem pesado se você tem um computador comum, não é mesmo? Pensando nessas pessoas, foi criado o Foxit Reader. Enxuto, básico e indispensável, é um programa que consegue abrir arquivos PDF quase instantaneamente. Além disso, percorrer as páginas de um arquivo grande torna-se algo bem leve e agradável. Se você tem um pendrive, não deixe

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de instalar o Foxit Reader Portable no seu dispositivo. Assim, você poderá ler arquivos PDF com a facilidade do Foxit Reader sem precisar instalá-lo no computador. Essas são as características do Foxit Reader. Você poderá baixá-lo pelo site: http://www.foxitsoftware.com/pdf/reader/ addons.php A versão portátil para instalar no pendrive pode ser encontrada em: http:// portableapps.com/apps/office/foxit_reader_

pouco mais de investimentos, poderia ser feito um sistema para celular (plataforma Android e/ ou iOS - iPhone e iPad) que permitisse o usuário a fazer pesquisas de itinerário, tabela de horários e indicação de “como chegar”. Aí sim o usuário poderia sair de casa com a certeza de que poderá andar de ônibus pela cidade sem se perder, mesmo que vá para um local onde não sabe sequer quais linhas de ônibus passam por lá. Voltando a Curitiba, lá pude perceber outro problema, também relacionado à tecnologia está na falta de avisos de quanto tempo falta para chegar o próximo ônibus. Mesmo nos tubos de maior movimento e nos terminais, não há nenhum painel com esse tipo de informação. Assim, não dá para saber se o ônibus está para vir, se ele virá com outro ônibus da linha logo atrás ou se irá demorar muito (principalmente aos domingos). Um simples painel de mensagens variáveis de padaria interligado com um sistema de rastreamento da frota poderia resolver muita coisa, além de deixar o usuário mais calmo (um dos maiores motivos de irritação do usuário é a falta de informação, que faz com que ele não tenha noção de quanto tempo irá ficar no ponto). É um problema crônico em todo o Brasil, mas que nem a cidade-exemplo em transporte coletivo conseguiu superar. Não estou induzindo que o sistema de transporte de Curitiba é ruim. Simplesmente estou deixando claro que falta muito para que ele volte a ser exemplo. E isso exige que o sistema não seja tratado como perfeito, e sim que seja tratado como algo que ainda tem muito a melhorar. O sistema precisa perceber que estamos no século XXI, onde estações-tubo, canaletas e ônibus biarticulados não impressionam mais da mesma forma que há 15 anos. O sistema precisa começar a adotar novas tecnologias para que o serviço ganhe em qualidade e em conforto ao usuário (que na maioria das vezes é interpretado como viajar num ônibus não lotado, mas tem uma série de outros fatores por trás). Para as cidades que ainda irão implementar sistemas BRT pelo país, ficam as dicas e sugestões. Afinal, tecnologia é algo que não pode faltar a um BRT de qualidade.

portable (o PortableApps é um excelente site com programas portáteis para levar em seu pendrive). Dica: para ler a Revista InterBuss no modo “duas páginas”, vá no menu superior em “View”, depois em “Page Display”, e finalmente em “Continuous Facing”. Depois vá novamente em “View”, “Page Display” e selecione “Show Cover Page During Facing”. Assim, o pôster da revista poderá ser visto inteiro na tela de seu computador pelo Foxit Reader.

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• Não deixe de dar uma olhada no... Cuatro Ases PH11M (para City Bus Simulator 2010)

Metalpar Petrohue (para City Bus Simulator 2010)

Foi lançado no último sabado (26) o Cuatro Ases PH11M, clássico modelo chileno, para o City Bus Simulator 2010. Ele vem com quatro pinturas: Linea 124 (do sistema de Santiago que foi sucedido pelo Transantiago), Alimentador Transantiago (Zona J - Verde Água), MTA (de Nova York) e Ostee Bus (empresa fictícia criada jogar no adicional Regiobus Usedom). O modelo foi convertido para o City Bus Simulator pela equipe CBS-Chile. As imagens usadas do modelo no jogo são da equipe CBS-Chile e foram retiradas do site da equipe (http://cbs-chile.es.tl/Inicio.htm). O download pode ser feito através do link: http://cbs-chile. es.tl/Cuatro-Ases-PH11M.htm

Foi lançado durante a semana o Metalpar Petrohue para o City Bus Simulator 2010. Ele vem com duas pinturas: Alimentador Transantiago (Zona C - Laranja) e MTA (de Nova York). O modelo foi desenvolvido pela equipe GTABUSCL para o GTA e foi convertido para o City Bus Simulator pela equipe CBS-Chile. As imagens usadas do modelo no jogo são da equipe CBS-Chile e foram retiradas do site da equipe (http://cbs-chile.es.tl/Inicio.htm). O download pode ser feito através do link: http://cbs-chile. es.tl/Metalpar-Petrohue-2000.htm

Marcopolo Torino LN (para City Bus Simulator 2010)

Foi lançado durante a semana o Marcopolo Torino LN com chassi Volvo B58 para o City Bus Simulator 2010. Ele vem com três pinturas: Linea 206 (antigo sistema de Santiago do Chile, anterior ao Transantiago), MTA (de Nova York) e Troncal Transantiago. O modelo foi desenvolvido pela equipe SFDK para o GTA e foi convertido para o City Bus Simulator pela equipe CBS-Chile. Um dos destaques do modelo é o painel bastante fiel ao real. As imagens usadas do modelo no jogo são da equipe CBS-Chile e foram retiradas do site da equipe (http://cbs-chile.es.tl/Inicio.htm). O download pode ser feito através do link: http://cbs-chile. es.tl/Marcopolo-Torino-LN.htm

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GM TDH-5303 (para City Bus Simulator 2010)

Foi lançado durante a semana o GM TDH-5303 para o City Bus Simulator 2010. Para os que ainda não conhecem o veículo, ele foi protagonista do filme Velocidade Máxima. Vem uma pintura original do modelo. O modelo foi desenvolvido por Carface para o GTA e foi convertido para o City Bus Simulator pela equipe CBS-Chile. As imagens usadas do modelo no jogo são da equipe CBS-Chile e foram retiradas do site da equipe (http://cbs-chile.es.tl/Inicio.htm). O download pode ser feito através do link: http://cbs-chile. es.tl/GM-TDH_5303.htm Para entrar em contato com Fábio Takahashi Tanniguchi e tirar dúvidas ou sugerir pautas para sua coluna quinzenal, é só enviar uma mensagem para o seu e-mail: fabiott@revista.portalinterbuss.com.br

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AS FOTOS DA SEMANA As melhores fotos da atualização de ontem do Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1. A primeira foto da seleção de novidades desta atualização traz um dos novos Torinos 2007 MBB OF-1418 para a cidade de Maringá sem a identificação da empresa, porém deverá operar no sistema urbano da cidade, hoje feito pela TCCC. A foto é de Adriano Minervino • 2. O novíssimo Solar Foz na São Manuel de Botucatu, na foto de Maicon Igor Barbosa • 3. Um dos novos Torinos 2007 da Transtusa, de Joinville, na foto de Josenilton Cavalcante da Cruz • 4. Novo Torino 2007 para a empresa Nova Marambaia, de Belém/PA, na foto de Thiago Sione Silva • 5. Novíssimo Caio Induscar Apache Vip com nova pintura para a empresa Circular Cidade de Marília. O novo sistema de transporte da cidade apresenta novo layout, na foto de Maicon Igor Barbosa • 6. Um dos vários Torinos 2007 MBB OF-1721 para o sistema Transurbano da Guatemala, que saíram da Ciferal nesta semana. A foto é de Rodrigo Gomes.

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Foto: Divulgação

DIÁRIO DE BORDO

EXPRESSO LESTE NO ALTO TIETÊ Por Tiago de Grande

Linha: 11 – Coral (Luz-GuaianazesEstudantes) Extensão: 50,8 km (EstudantesGuaianazes, 26,8km e Guaianazes-Luz, 24,0km) Municípios Atendidos: São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano e Mogi das Cruzes No Diário de Bordo de hoje iremos variar um pouco, vamos sair das rotas de ônibus e hoje fazer uma rota pelos trens de passageiros que operam ligando os municípios da Grande São Paulo. Esses trens são operados pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e junto com o Metrô de São Paulo, fazem parte da Espinha Dorsal do transporte paulistano, sendo essenciais para os deslocamentos entre as cidades da região metropolitana, e com alta demanda o dia todo. A CPTM atende com seus trens todas as regiões da Grande São Paulo e cidades importantes como: Osasco, Santo André, São Caetano do Sul, Barueri e Mogi das Cruzes além é claro da Capital Paulista. A linha mais carregada é a Linha 11 – Coral, que atende os municípios da região do Alto Tietê e Zona Leste de São Paulo, a linha se divide em dois trechos: Luz a Guaianazes (Trecho conhecido como Expresso Leste, servido em 100% da frota com trens dotados de Ar Condicionado e mais espaçosos, com intervalos de 5 minutos nos horários de pico e de 8 minutos nos entrepicos e sábados, e de 10 minutos aos domingos é o trecho que mais transporta gente em toda a malha da CPTM). E o trecho Guaianazes a Estudantes, também com intervalos baixos porém

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atendido com trens mais antigos. Na estação de Guaianazes é possível fazer a transferência gratuita entre os dois trechos, porém a algum tempo a CPTM vem testando alguns horários do Expresso Leste direto até Estudantes, sem ser necessário a transferência em Guaianazes, são 8 horarios diários e é um desses horários que vamos testar hoje. A viagem: Chego na Estação Estudantes por volta das 14:10 da tarde, a partida prevista é para as 14:46, tempo de tomar um lanche, as 14:37 chega uma composição da série 7000, exatamente o Q26 (Vigésimo sexto trem da série 7000, que na CPTM é simbolizado pela letra Q). A composição é composta pelos carros: 7101, R101, R102, 7102, 7103, R103, R104 e 7104, para saber o numero da composição basta pegar a centena mais alta e dividir por 4, sendo assim: 7104, extrai-se o 7 e dividimos 104 por 4 que é igual a 26. Embarco no primeiro vagão, a série 7000 é a mais nova da frota da CPTM, é composta de 50 trens (ainda não chegaram todos) fabricados pela espanhola CAF, na sua nova fábrica na cidade de Hortolândia (região de Campinas/ SP), sendo que os primeiros três trens dessa série vieram direto da Espanha. São trens dotados

de Ar Condicionado, Assentos Ergonômicos, Câmeras de Vigilância em todos os vagões, Sistema de Som Ambiente e Painéis Informativos que mostram temperatura e informações sobre o trajeto (próximas paradas, tempo de percurso e etc.) No horário previsto, as 14:46 a viagem se inicia com uma mensagem eletrônica avisando o nosso destino (Estação Luz) e o tempo total de percurso, previsão de 72 minutos. Saímos da Estação Estudantes, estação que até algum tempo atrás era servida apenas em alguns horários, apenas em horários de entrada e saída das universidades que ficam ao lado da estação, a Universidade Brás Cubas e a Universidade de Mogi das Cruzes, daí vem o nome da estação: Antigamente era Parada dos Estudantes, hoje apenas Estudantes. O trecho até a próxima estação é curto e logo chegamos a Mogi das Cruzes, estação essa encravada no centro da cidade, e antiga parada final dos trens, é uma estação grande com muitas plataformas, porém apenas duas ainda são utilizadas. Mogi das Cruzes é uma cidade com extensão territorial grande, as duas próximas estações ainda pertencem a Mogi, as estações Brás Cubas e a Antiga Santo Ângelo (Hoje Jundiapeba), são estações pequenas com pouco fluxo, ao

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DIÁRIO DE BORDO lado da estação de Jundiapeba fica um dos lavadores da CPTM, é possível ver da estação os trens serem lavados. Saímos da cidade de Mogi com o trem ainda vazio, porém na próxima parada há um grande fluxo de passageiros a estação de Suzano. Suzano divide com Ferraz de Vasconcelos o titulo de estação mais demandada do trecho Estudantes-Guaianazes, e partir desse trecho, a paisagem que era de muito verde e estações mais distantes umas das outras vai ficar mais urbana e as estações mais próximas. Em Suzano os lugares que ainda estavam vazios são preenchidos e a viagem segue com a linha margeando o centro da cidade e a Avenida Brasil até a divisa com a cidade de Poá, e é bem na divisa que está a próxima parada, a Estação de Calmon Viana. Calmon Viana é uma estação de transferência entre as linhas 11 e 12 e foi recentemente reformada ganhando uma nova plataforma e novos acessos, porém foi preservado o prédio antigo e a subestação de energia ainda com o nome da EFCB (Estrada de Ferro Central do Brasil). Devido a transferencia entre linhas, Calmon é uma estação bem movimentada, desembarcou muita gente, por outro lado também embarcaram. O trecho entre Calmon Viana e Poá é apenas uma curva fechada e logo chegamos a estação de Poá, estância hidromineral pequena e muito simpática. A estação de Poá é bem no centro da cidade porém é pouco movimentada se comparada a outras do trecho. Agora é um trecho mais longo entre Poá e Ferraz de Vasconcelos, quase todo em linha reta, com o trem desenvolvendo boa velocidade e logo chegamos a Ferraz, uma cidade-dormitório já ao lado da capital, a estação está em reformas e sempre tem um grande movimento, em Ferraz o trem lota bastante, em todas essas estações percebi que as pessoas já sabem os horários do Expresso Leste e o esperam, pela comodidade de não fazer a transferência em Guaianazes e seguir direto para o centro de São Paulo em um trem mais confortável. A ultima parada desse trecho fica no bairro Parque São Francisco em Ferraz, é a Estação Antonio Gianetti Neto, é uma estação nova inaugurada a pouco tempo, no projeto original seu nome seria Lajeado (bairro que inclusive é bem distante da região), mais teve seu nome alterado para Antonio Gianetti Neto, em homenagem a uma das famílias mais conhecidas na região, a família Gianetti. Essa estação já fica próxima a divisa de Ferraz e São Paulo, e mais alguns metros conseguimos ver do lado esquerdo a placa indicando a divisa, e entramos no gigante bairro de Guaianazes em São Paulo. E a paisagem já é bem urbana. Com isso encerra-se o primeiro trecho, que é atendido pelo Expresso em poucos horários por dia, após passarmos pela antiga estação de Guaianazes que está semi destruída, metros a frente chegamos a nova, que é a ultima estação do Expresso Leste e transferência para os

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trens que vão até Estudantes, esse primeiro trecho foi cumprido com 37 minutos de viagem. O nosso trem encosta na plataforma 4, onde já tem muitas pessoas o esperando. Guaianazes é a primeira estação do Expresso Leste e a mais lotada, nos horários de pico a estação é um verdadeiro caos. O trecho até a Estação da Luz foi modificado quando da inauguração do Expresso Leste, novas estações foram construídas, o traçado da via foi modificado para atender essas novas estações e estações do traçado antigo foram desativadas, assim como estações ao longo do trecho que não possuíam demanda, tornando a viagem mais rápida. Ao sair de Guaianazes o trecho é subterrâneo passando nas estações José Bonifácio e Dom Bosco, ambas construídas para atender o expresso e pertencentes ao bairro de Itaquera, após passar o trecho subterrâneo chegamos a estação Corinthians-Itaquera, estação essa que atende os trens e o metrô, porém com integração paga. Fica na estação uma grande rede de serviços com um terminal de ônibus urbano, shopping center, uma agencia do Poupa Tempo, e está em construção uma Faculdade e uma Escola Técnica, e o nome da estação se deve ao fato de ser ao lado do terreno pertencente ao Corinthians, onde será erguido o seu estádio, e conseqüentemente o estádio paulista para a Copa do Mundo de 2014. Ao sairmos de Corinthians-Itaquera, acaba o trecho novo, construído para o Expresso Leste e voltamos a malha antiga, ao lado da linha do metrô e da avenida Radial Leste, porém esse trecho passou por inúmeras reformas, troca de todo sistema elétrico, construção de novas subestações e correções do traçado, a ultima terminada recentemente foi a correção da Curva de Artur Alvim, tornando ela mais aberta e menos perigosa. Nesse trecho além de vermos as estações do metrô é possível ver as estações que foram desativadas, são elas: Engenheiro Artur Alvim, Patriarca, Vila Matilde, Carlos de Campos e após a junção com o traçado da linha 12 a estação Engenheiro Sebastião Gualberto. Esse trecho é grande e sem paradas, talvez a maior diferença do Expresso Leste para os trens paradores de antigamente. Após passarmos todo esse trecho e junto com a linha 12 chegamos a estação do Tatuapé, bairro importante da Zona Leste, essa estação também é integrada com a do metrô, porém com integração tarifada, na estação ainda há dois terminais de ônibus urbanos e dois shoppings centers., é uma parada com muito movimento, e muitas pessoas desembarcaram. Do Tatuapé já é possível avistar ao longe o centro de São Paulo, no trecho entre Tatuapé e Brás, passamos no fundo de fabricas no bairro do Belenzinho e ao lado do Abrigo e Oficina de Engenheiro São Paulo, responsável pela manutenção dos trens das linhas 11 e 12, mais a frente passamos pela Oficina de Roosevelt, responsavel pela manutenção dos trens da linha

10, e com isso chegamos a estação do Brás (antiga Roosevelt). A estação do Brás talvez seja a que passou pela maior transformação ao longo dos tempos, da antiga estação Roosevelt sobrou apenas a fachada externa, no Largo da Concórdia. Por dentro é uma estação moderna, com sinalização, escadas rolantes, acessos para pessoas portadoras de necessidades especiais e muita, mais muita gente. É a estação mais lotada de toda a malha da CPTM, na estação do Brás a linha 12 tem seu final, e também é possível fazer integração gratuita com a linha 10 e a estação é interligada ao metrô através de uma grande ponte, também com integração gratuita. A estação está situada no importante bairro do Brás em São Paulo, um dos maiores centros de compras do país, e no Brás o trem praticamente esvazia. Ao sairmos do Brás rumo a Luz, o ultimo trecho é no centro de São Paulo, passando pela ponte sobre a Avenida do Estado e com poucos metros já chegamos a bela Estação da Luz, é com certeza a estação de trem mais bonita em São Paulo, passou por uma grande reforma, mais mantendo o seu padrão original, a iluminação externa a noite é algo maravilhoso! A Estação da Luz permite integração gratuita com as linhas 7 e 10 da CPTM, é interligada com o metrô através de uma passagem subterrânea, e permite integração gratuita com a linha 1 do metrô e em breve com a linha 4 que está em fase de construção. Chegamos a Estação da Luz, o Expresso Leste desembarca seus passageiros sempre na plataforma 3, desço do Q26 após cumprir o trecho de Guaianazes a Luz com 32 minutos, totalizando 69 minutos de viagem. Conclusões finais sobre a viagem: Essa fase de testes mostra que um dia o Expresso Leste pode sim chegar ao Alto Tiete, demanda vai ter, o plano de expansão projeta o Expresso Leste até a cidade de Suzano. Na minha opinião tem tudo pra dar certo, com mais alguns ajustes, que serão detectados e corrigidos nessa fase de testes. Para quem quer experimentar a viagem, são esses os horários: • Segunda a Sexta Feira Saídas de Estudantes: 05:00, 09:46, 12:16, 14:46, 20:53, 22:15, 23:20 Saídas de Luz: 08:34, 11:00, 13:32, 19:32, 20:30, 22:00, 23:50 • Sábados Saídas de Estudantes: 05:00, 07:27, 09:56, 12:19, 14:45, 17:08, 19:33, 21:57 Saídas de Luz: 06:13, 08:41, 11:09, 13:33, 15:58, 18:21, 20:46, 23:10 • Domingos e Feriados Saídas de Estudantes: 05:00, 07:27, 09:56, 12:26, 14:50, 17:21, 19:57, 22:33 Saídas de Luz: 06:13, 08:41, 11:13, 13:39, 16:03, 18:38, 21:13, 23:50 Mais informações no site da CPTM: www.cptm.sp.gov.br

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