Revista InterBuss - Edição 31 - 13/02/2011

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InterBuss

ANO 1 Nº 31 13/02/2011

VOLVO INVESTE E TRAZ I-SHIFT PARA CURITIBA

Planta da montadora passa por modificações com pesados investimentos em tecnologia. Outra novidade é a nova nomenclatura dos chassis para ônibus da empresa


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NESTA EDIÇÃO

NOSSA COLUNISTA MARISA VISITA VITÓRIA E FAZ ESPETACULAR RELATO

Foto:Tiago de Grande

Marisa Vanessa N. Cruz • Página 8

Ônibus do sistema seletivo da Grande Vitória, em foto de Marisa Foto da capa: Volvo do Brasil Edição número 31 • Domingo, 13 de Fevereiro de 2011 • Concluída às 21h04 (Sáb.) • Esta edição tem 24 páginas

EDITORIAL • A reação da Volvo ............................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz.......................... 8 MATÉRIA DA SEMANA • Os Comanches ................. 11 PÔSTER • Matheus Novacki ....................................... 12 COLUNISTAS • Fábio Takahashi Tanniguchi ............... 14 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 16

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FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 18

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DIÁRIO DE BORDO • Rio - São Paulo .................. 19

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COLUNISTAS • Adamo Bazani ........................................ 17


EDITORIAL

Do Leitor

Ao Ataque! Instalada oficialmente em terras tupiniquins desde 1979, a Volvo Bus Latin America começa 2011 com a convicção de que é possível conquistar mais do mix do mercado de ônibus aqui no Brasil. Dando o braço a torcer, vem por aí o B270F, primeiro chassi da marca, depois da experiência com o “B7F” no final da década de 90, com motor dianteiro. Com esse lançamento, certamente teremos uma nova limiar no segmento, onde a Scania já deu seu passo no ano retrasado, com resultados, digamos, aquém do esperado. De qualquer forma, é uma faixa de potência pouco explorada e cedo ou tarde, todas ocuparão inclusive a Mercedes-Benz, que é acomodada no mercado, embora com razão, pois seus produtos vendem bem e qualquer passo em falso pode gerar uma dramática perda da liderança do mercado. Por falar em faixa de potência, a outra novidade fica por conta REVISTA

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Fóruns da mudança das nomenclaturas dos chassis da marca. Seguindo a lógica que já era utilizada pela ampla e eficiente linha de caminhões da marca, a Volvo anunciou nesta semana a alteração. O senso prático desta mudança de certa forma não existe, mas houve apelo comercial, conforme disse Luis Carlos Pimenta, presidente da corporação. A mais importante notícia do plano de expansão da Volvo no Brasil, é o anuncio de um investimento na ordem de R$ 75 milhões na planta fabril de Curitiba, R$ 25 milhões vão para o projeto de nacionalização das caixas de câmbio I-Shift e os R$ 50 milhões restantes vão para construção de um centro de logística de peças de reposição também em Curitiba. Que a Volvo obtenha muito sucesso nestas novas empreitadas e que o auge do sucesso causado pelos B58 e B10M, voltem a se repetir, mas da melhor forma possível. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Olá! Gostaria de saber se os fóruns do Portal InterBuss podem ter tópicos abertos por qualquer pessoa. André Segalho São Paulo/SP Nota da redação: Agradecemos o seu contato André! Qualquer pessoa cadastrada pode sim abrir tópicos, sem nenhum problema.

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A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 06 A 12/02/2011

Volvo passará a produzir caixa de câmbio I-Shift na fábrica de Curitiba Caixa de câmbio até então era importada da fábrica da cidade de Köpling, na Suécia

número”, afirma Bernardo Fedalto Jr., gerente de caminhões da linha “F” da Volvo do Brasil. “O transportador é sábio e soube entender as grandes vantagens deste equipamento”, observa. O gerente de planejamento estratégico da Volvo do Brasil, Sérgio Gomes, lembra que caminhões equipados com esta caixa de câmbio contribuem decisivamente para reduzir o custo operacional do transportador. “Há uma substancial diminuição do consumo de combustível. Esta economia pode ser de 3% a 5% em relação à veículos equipados com caixa de câmbio manuais”, afirma Gomes. Mais segurança - A caixa I-Shift não tem pedal de embreagem e o motorista só usa os pedais de aceleração e de freio. O condutor também não precisa fazer nenhum esforço e não se preocupa em trocar marchas. No modo

automático, por exemplo, é só acelerar e frear. Tudo é feito de forma eletrônica, precisa e suave. E a manutenção é menos freqüente. Devido à variada gama de escalonamento de marchas à disposição, o painel do caminhão tem um display no qual o motorista pode se situar melhor durante a condução do caminhão. No visor, ele pode monitorar em que marcha está no momento e quais são as outras disponíveis, tanto para baixo como para cima. Outro benefício é que o veículo com a I-Shift sai equipado de fábrica com freios ABS. “É mais segurança para o transporte”, observa Fedalto, destacando ainda outra vantagem: a caixa eletrônica Volvo promove menor impacto no trem de força, uma vez que não há esforço durante a troca de marchas. (Volvo do Brasil)

Os chassis de ônibus da Volvo têm uma nova nomenclatura. Produzidos no bairro Cidade Industrial de Curitiba, em Curitiba, sede da Volvo Bus Latin America, os veículos possuem agora nomes comerciais diferentes, que levam em consideração diferentes atributos. “O objetivo é adequar os nomes dos chassis às suas características técnicas e comerciais. Essas alterações facilitam a imagem de cada um deles junto aos nossos clientes e também otimizam o nosso trabalho interno”, declara Luis Carlos Pimenta, presidente da

Volvo Bus Latin America. A nova nomenclatura é baseada na potência de motor, ao invés de capacidade cúbica (cilindrada). Agora, o foco é especificar o veículo em função de sua aplicação, com a intenção de otimizar o desempenho e especialmente a produtividade. A tendência atual é de uma faixa maior de potências com um mesmo motor. Com a mudança, fica melhorada a identificação da motorização dos chassis, em consonância com a necessidade de cada uma das aplicações e das necessidades operacionais.

“E também contribui para nos prepararmos para a introdução dos veículos da fase Euro V de emissões, programada para iniciar em janeiro de 2012. Todas as lâminas técnicas e emblemas denominando os produtos tiveram alterações. Veja abaixo as mudanças dos nomes: Atual Nova nomenclatura B7R Urbano B290R 4x2 Urbano B9Salf Articulado B360S Articulado B9Salf Biarticulado B360S Biarticulado B12M Articulado B340M Articulado B12M Biarticulado B340M Biarticulado

Foto: Volvo

O presidente da Volvo do Brasil, Roger Alm, anunciou em 8 de fevereiro, a fabricação no País das caixas de câmbio eletrônicas I-Shift, que até agora são importadas da fábrica localizada na cidade de Köping, na Suécia, sede mundial do Grupo Volvo. A empresa está investindo R$ 25 milhões no projeto, que inclui ainda a nacionalização da linha de motores 11 litros. “A caixa I-Shift tem tido uma fantástica aceitação no Brasil e nos demais países da América do Sul. Ela já equipa 60% dos caminhões da linha “F” que saem da linha de montagem”, declara Nilton Roeder, responsável pela Volvo Powertrain na América do Sul. O restante são caixas de câmbio convencionais. A montagem de caixas eletrônicas será feita nas instalações de Powertrain, localizadas no complexo industrial da Volvo, em Curitiba, no Paraná, onde a companhia produz caminhões pesados e semipesados, chassis de ônibus, motores a diesel e cabines. Quando foi lançada, em 2006, junto com a nova linha “F” de caminhões, a I-Shift representava menos de 3% das vendas de veículos desta categoria. A partir daí, iniciou uma escalada espetacular - no ano seguinte passou para mais de 7% dos negócios e, em 2008, mais que dobrou sua participação, alcançando 17% do total de caminhões que saíam da linha de produção. Encerrou 2009 registrando quase 40% das vendas, até chegar no último exercício atingindo a casa de 60%. Sucesso - “E temos certeza que este ano aumentaremos consideravelmente este

Câmbio I-Shift, que passará a ser produzido na fábrica da Volvo em Curitiba

Muda nomenclatura dos ônibus Volvo no Brasil

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

BH terá greve Ônibus metropolitanos, metrô e trem sobem em SP de motoristas Foto: Alex Fiori

e cobradores

Motoristas e cobradores de ônibus decidem paralisar os serviços na semana que vem. A partir de segunda-feira, os coletivos podem parar em garagens, ruas e estações BHBus. O estado de greve foi decidido na tarde de quinta-feira, durante Assembleia. A categoria propõe reajuste de 37% no salário, redução das horas de trabalho e um piso salarial para os trabalhadores que atuam na manutenção e no administrativo das empresas de ônibus. (E-Band)

Ônibus de turismo pega fogo em Santo André Ônibus metropolitano em São Paulo: reajuste também em Campinas e em Santos Desde a zero-hora de hoje começou a valer o reajuste das passagens dos trens, metrô e ônibus intermunicipais. Na CPTM e no metrô, a tarifa comum subiu de R$ 2,65 para R$ 2,90, alta de 9,4%. O aumento foi divulgado esta semana pela Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. Os cartões Bilhete Único Integrado Comum, da cidade de São Paulo, e Vale-Transporte serão reajustados de R$ 4,29 para R$ 4,49 (aumento de 4,6%).

Já nos ônibus intermunicipais, a média do reajuste na Grande São Paulo é de 7,66%. Nas cidades de Osasco, Carapicuíba e Barueri, Itapevi, Jandira e Santana de Parnaíba, a menor tarifa é de R$ 2,10 e a maior, de R$ 5,00, dependendo da quilometragem percorrida. Segundo a secretaria, os reajustes levam em consideração o equilíbrio financeiro das companhias e o aumento dos custos para manter os serviços, como com mão-de-obra. (Visão Oeste)

SP passa a contar com 1200 ônibus movidos a biodiesel A cidade de São Paulo tem, desde sexta-feira (11), 1.200 ônibus circulando com 20% de biodiesel, combustível menos poluente. A medida faz parte das ações da Prefeitura para diminuir a emissão de gases na atmosfera. Chamada de Ecofrota, os veículos com biodiesel emitem 20% menos dióxido de carbono, gás causador do efeito estufa. Todos os ônibus que fazem parte do programa terão um selo indicando a adesão. “Existe um estudo da USP que mostra que a perspectiva [de vida] do paulistano diminui um ano e meio em função de problemas de poluição veicular”, explica Márcio Schettino, assessor de assuntos ambientais da São Paulo Transporte (SPTrans). Apesar de o biodiesel ser mais caro,

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a Prefeitura garante que não haverá repasse para o consumidor. “Isso não vai acontecer, é um investimento da Prefeitura exatamente para reduzir os custos da saúde, que hoje são muito caros na cidade de São Paulo”, disse Schettino. Atualmente, a cidade tem uma frota de 15 mil ônibus. A lei de mudança do clima prevê que até 2018 toda a frota circule com combustível mais limpo. Outras tecnologias - A Prefeitura também testa outras tecnologias de combustíveis mais limpos. Em novembro de 2010, foi anunciada a compra de 50 ônibus movidos a etanol. Em março serão realizados novos testes com o ônibus híbrido, que tem motor a diesel e também é movido a energia elétrica. (G1)

Um ônibus de turismo pegou fogo na Rua André Ramalho, na altura do número 120, em Santo André, na tarde desta sexta-feira. O Corpo de Bombeiros foi acionado e as chamas já foram contidas. O veículo estava vazio e, por isso, não houve feridos. Por conta do incidente, a via teve de ser interditada no sentido centro. (Diário do Grande ABC)

Justiça suspende tarifa em P. Velho A decisão da Justiça de Rondônia que determinou a suspensão do aumento da tarifa de ônibus na Capital foi publicada na edição desta sexta-feira no Diário da Justiça. Se as autoridades municipais quiserem já podem executar a medida, mas não é o que deve acontecer. A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (Semtran) já informou que ainda não notificada e defendeu o reajuste dizendo, por exemplo, que a variação do salário mínimo foi maior no período de dois anos. Também defendeu a medida afirmando que em outras capitais do país reajustes semelhantes já foram concedidos. Na quarta-feira, a juíza Duília Sgrott Reis, da 1ª Vara da Fazenda Pública, considerou ilegal e arbitrária a decisão da Prefeitura de Porto Velho em aumentar a tarifa de ônibus na Capital de R$ 2,30 para R$ 2,60. A magistrada mandou suspender os efeitos do decreto de aumento tarifário até o julgamento final dos autos, mas já verificou irregularidades na decisão do Conselho Municipal de Transporte Coletivo (COMTRANS), que em tempo recorde e atendendo a demanda das empresas, acabou aprovando o reajuste. (Rondonia Agora)

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Copacabana terá corredor Prefeitura de exclusivo para ônibus dia 19 Meridiano com Foto: Divulgação

Foto: Adriano Minervino

novo ônibus

Copacabana, na Zona Sul do Rio, será o primeiro bairro da cidade a receber um corredor exclusivo para ônibus, a partir do dia 19 de fevereiro. Serão usadas as duas faixas da direita da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, e qualquer outro veículo terá que circular pelo lado esquerdo da via. O asfalto foi todo trocado e recebeu pintura nova para a mudança. De acordo com a CET-Rio, serão colocadas placas informativas para evitar que outros veículos acessem o corredor exclusivo. Cinquenta agentes da prefeitura vão orientar os motoristas e todos os cruzamentos terão fiscalização eletrônica. Segundo a prefeitura, o motorista que precisar entrar à direita poderá acessar o espaço dos ônibus, mas, obrigatoriamente, terá que dobrar na primeira rua que der mão. Se permanecer no corredor, automaticamente será multado quando passar pelo cruzamento seguinte. A mesma regra vale para a entrada em garagens. As mudanças também vão acontecer na distribuição dos pontos de ônibus. A partir do dia 19, serão apenas dezoito e os coletivos não vão parar em todos eles. Os pontos serão divididos em três grupos, de acordo com o destino

da linha. Por exemplo: um ônibus que vai para a Zona Norte e está autorizado a parar no primeiro ponto, só poderá parar depois no quarto. Em seguida, no sétimo. E assim por diante. Para os passageiros, haverá placas nos pontos indicando as linhas que param no local. “Nós organizamos os pontos de parada de forma a poder distribuir melhor essas linhas e dar fluidez ao corredor. O usuário pode ter que andar no máximo 250 metros para alcançar o ponto de ônibus onde vai ter que pegar a linha dele”, afirmou o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão. Os usuários que quiserem pegar táxis ou vans devem aguardar do lado esquerdo da via. A partir do dia 19, esses veículos ficam proibidos de circular pelo corredor exclusivo. “A fiscalização vai estar muito mais intensa, o que fará com que o motorista do automóvel e o táxi também possa se beneficiar de ter as duas faixas da esquerda mais livres para eles trafegarem”, acrescentou Sansão. Segundo a prefeitura, a primeira semana será para conscientização dos motoristas. As multas só serão aplicadas a partir da semana seguinte. Panfletos explicando as mudanças serão distribuídos para orientar os moradores. (G1)

A prefeitura de Meridiano adquiriu recentemente um ônibus ano 2001, para operar na área da educação com o transporte de alunos da rede pública de ensino. O veículo de 50 lugares semi-novo custou aos cofres públicos R$ 210 mil, que foram totalmente custeados com recursos próprios do município. Para o prefeito José Torrente (PTB), investimentos na área da educação nunca é demais, pois segundo ele a educação das crianças e adolescentes de um município sempre é muito importante, pois essas crianças e adolescentes de hoje, passarão a ser os futuros administradores de amanhã. “Quero destacar que além da aquisição deste ônibus, também já adquirimos outro veículo para a educação, que deve ser entregue nos próximos dias”, informou Torrente. Este novo veículo também foi adquirido pelo município com recursos próprios. A atual administração de Meridiano vêm investindo muito na aquisição de novos veículos. Para o prefeito Torrente é muito importante a renovação da frota, uma vez que a economia com manutenção é muito grande em relação a permanência de veículos antigos. (Região Noroeste.com)

O presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), Waldo Wanderley, participou na manhã desta sexta-feira, 11, no Terminal Rodoviário João Paulo II, em Maceió, da entrega de dez ônibus adaptados para usuários portadores de deficiências físicas. Os ônibus da empresa Real Alagoas irão atender seis linhas metropolitanas (Marechal Deodoro, Barra de São Miguel, Massagueira, Barra de Santo Antônio, Coqueiro Seco e Pilar), que transportam cerca de 200 mil pas-

sageiros por mês. De acordo com a deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB), a entrega dos ônibus equipados com elevadores de acesso resulta na concretização de um antigo sonho da classe. “Isso é só o começo, ainda temos muito que avançar. A partir de hoje, 15 municípios da região metropolitana serão agraciados com essa nova frota. É realmente uma grande conquista para nós”, frisou. A deputada ressaltou ainda que, até 2014, todas as empresas que fazem o transporte

rodoviário intermunicipal de passageiros deverão estar com sua frota totalmente adaptada. “Sinalização sonora para os deficientes visuais, sinalização visual para os deficientes auditivos, acesso a elevadores e espaço para cadeirantes serão exigidos por lei”, concluiu a parlamentar. Estiveram presentes a entrega dos ônibus, o presidente da Adefal, Luiz Carlos Santana, e o diretor da empresa Real Alagoas, Maurício Schwanbch, que garantiu a chegada de mais dez veículos adaptados já nos próximos dias. (Primeira Edição)

Ônibus no Rio de Janeiro: corredor é o primeiro na capital carioca

Maceió/AL recebe mais dez novos ônibus

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Marisa Vanessa N. Cruz A vitória de conhecer a Grande Vitória

Fotos: Marisa Vanessa N. Cruz

COLUNISTAS

No final do mês passado, fui conhecer pela primeira vez o estado do Espírito Santo, conhecendo as cidades de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, tendo o objetivo de conhecer a localidade geográfica, as praias e, é claro, o sistema de transportes. Para os fãs de ônibus urbanos, o principal atrativo da Grande Vitória é, sem dúvida, o sistema metropolitano da Transcol. É composto de terminais espalhados nas cidades de Serra, Cariacica e Vila Velha e atualmente são 10 terminais de ônibus. A tarifa de ônibus do sistema Transcol custa R$ 2,30 e aos domingos custa apenas R$ 2,00. Desde criança sempre quis conhecer Vitória, não só pela sua geografia, e sim porque peguei muito ônibus da extinta Viação Paratodos aqui em São Paulo e lá em Vitória também tinha essa mesma empresa, mas como a Unimar comprou a viação, os rastros deixados pela Paratodos existem somente pelas linhas que a Unimar herdou. Assim que cheguei em Vitória, fui o mais rápido possível

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conhecer o Jardim Camburi e seus pontos finais, como vocês lerão a seguir: Viagem 1 – Vitória: Jardim Camburi e Rodoviária Antes desta primeira viagem, cheguei no hotel em Vitória às 18h40 de uma quinta-feira. O trajeto a partir do aeroporto foi um Apache S21 O-500M da Viação Grande Vitória, prefixo 13093, fazendo a linha 527 (Terminal Carapina-Terminal Jardim América). Agora, a viagem. Às 10h45 de sextafeira, iniciei minha viagem embarcando em um Neobus Mega geração 2006 da Unimar, prefixo 9025, fazendo a linha 121 RodoviáriaJardim Camburi, na Av. Nossa Senhora da Penha. Segundo passageiros, o ônibus não passava há cerca de meia hora e por isso que estava extremamente lotado. Mal dava para ver a geografia do local. Somente quando o ônibus entrou mesmo no bairro do Camburi, o coletivo começou a esvaziar, e eu consegui

rodar a catraca e sentar no lado da janela, podendo até tirar fotos do bairro. Desci no ponto final, e avistei um estacionamento de ônibus utilizado por três empresas: Unimar (assumiu as linhas da hoje extinta Viação Paratodos em 2006), Tabuazeiro e Grande Vitória. Fiquei cerca de dez minutos fotografando a área até sair a partida da linha 111 Rodoviária (via orla). Embarquei e fui observar a orla inteira até chegar ao centro. No sentido Rodoviária, havia muita lentidão entre veículos, e depois de enfrentar congestionamentos, cheguei à rodoviária. A rodoviária de Vitória é bastante simples: não há controle de entrada e saída, facilitando a entrada de pessoas que não tem nada o que fazer, tornando um lugar não seguro. No horário do meio-dia, não tinha muito movimento de ônibus rodoviários: só fotografei um Paradiso G6 1350 da União (prefixo 10174) preparando o embarque para Belo Horizonte. E aproveitei para ver a paisagem da Segunda Ponte, um dos cartões postais

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de Vitória. Em seguida, tomei o ôniubs 3447 da Tabuazeiro, fazendo a linha 123 Bairro República, voltando ao meu ponto de origem, na Av. Nossa Senhora da Penha, voltando ao hotel. Nesta viagem 1 pude com calma fotografar alguns lugares históricos do centro, como o relógio da Praça Oito de Setembro, o Moinho Vitória e o Palácio Anchieta. A tarifa municipal em Vitória é R$ 2,20. Viagem 2 – Vila Velha e Cariacica Às 14 horas do mesmo dia iniciei minha expedição à Vila Velha. Peguei o ônibus da linha 531 (Terminal Campo GrandeTerminal Vila Velha), operada exclusivamente pela Santa Zita. Nesse trajeto, conheci pela primeira vez a Terceira Ponte (e o pedágio urbano antes dela). Já no outro lado, poucos quilômetros à frente, o ônibus entrou no terminal. Desembarquei no Terminal Vila Velha, localizado na Av. Carioca. Andei um pouco e lá por volta das 14h45 embarquei na linha metropolitana 525 Terminal Vila Velha – Terminal Itacibá. É uma linha que passa em três terminais de ônibus: Ibes, São Torquato e Jardim América, ligando as cidades de Vila Velha e Cariacica, e são operadas por três empresas: Santa Zita, Metropolitana e Satélite. Após pegar o ônibus da Santa Zita, observando as paisagens e o cotidiano da cidade através da janela, avistei a região da loja e escritório dos chocolates Garoto e desci no próximo ponto de parada na ES-080. Voltei a pé pela Avenida do Sol e pela Estrada Jerônimo Monteiro, visitando a loja da Garoto. Parada técnica: a loja da Garoto Observando os preços comparando com os praticados na cidade de São Paulo, os valores eram praticamente os mesmos – não haviam descontos. Pelo menos comprei somente algumas lembrancinhas – e mandei a moça fazer o pacote, visto que quando cheguei em São Paulo, a qualidade do chocolate não estava 100% quando comprei em Vila Velha devido ao longo transporte. Fiz um passeio nos arredores da loja e andei em algumas ruas do bairro da Glória. Fui à uma padaria, que estava servindo café colonial, tradição que existe não só na região sul – a pessoa escolhe o que quer comer e pesa na balança. Continuando a viagem, voltei ao ponto de ônibus na Avenida Carlos Lindenberg, a ES-080, e observei os ônibus da linha 525, todos lotados – bem diferente da minha viagem anterior. Lá no ponto (ou na parada, como queiram), peguei o ônibus 28028 da Metropolitana Transportes e Serviços – um Neobus Mega geração 2006 - e fiquei ao lado dos degraus da porta de entrada e do primeiro

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Estacionamento de ônibus no Jardim Camburi

Ônibus da Sanremo em frente à loja/fábrica da Garoto assento individual – pelo menos uma senhora dispôs a segurar meus pacotes. Chegando ao primeiro terminal, o Terminal IBES - tem este nome por causa do “Instituto do Bem Estar Social”, localizado ali próximo. (nota da entusiasta: pensei que o nome fosse Igreja Batista do Espírito Santo ou algo assim). Passei pela catraca (ou roleta, como queiram) e fiquei ainda a pé no ônibus, no trajeto entre o IBES e o próximo terminal, o São Torquato. Permaneci no ônibus e até que enfim pude sentar e conhecer a cidade de Cariacica. O próximo terminal foi o Jardim América e, por último, o Terminal Itacibá. Desci do ônibus e fui direto ao ponto final da linha 504 (Terminal Itacibá – Terminal Jacaraípe). Eis que aparece um Busscar

Urbanuss Pluss articulado, o 20276 da Santa Zita. A viagem no articulado foi agradável – não estava superlotado e maioria dos passageiros sentados. Observei belas paisagens, como a travessia da Segunda Ponte e o centro histórico de Vitória. Enfim, desci no Aeroporto para ver se há guarda-volumes para utilizar no dia seguinte. Fiquei minutos nos arredores do aeroporto para ver a movimentação e em seguida peguei o ônibus de volta à Av. Nossa Senhora da Penha – lugar onde eu estava hospedada. Um aviso: Na fábrica da Garoto, é permitido visitas agendadas com antecedência, pagando o valor de 10 reais, mas infelizmente não é permitido fotografar nas dependências da empresa.

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Marisa Vanessa N. Cruz Viagem 3 – Serra: os três terminais Já no sábado, antes de despedir do hotel, tomei um café e andei dois quilômetros até a Praia do Canto, observando as paisagens e prédios de alto padrão. Voltei ao hotel, peguei as malas e ao meio-dia tomei o ônibus da Unimar (linha 504, prefixo 21327) para o aeroporto, inicialmente para guardar minhas malas. No retorno, esperei a linha 504 para conhecer os três terminais da cidade de Serra, na ordem de proximidade: Carapina, Laranjeiras e Jacaraípe. Na minha surpresa, o ônibus 20260, que estava fazendo a linha 504, ultrapassou três ônibus que estava no ponto e o perdi. Logo atrás apareceu o ônibus da linha 507 (Terminal IBES-Terminal Laranjeiras) vazio, da Unimar, e eu entrei. Este é direto, não entra no Terminal Carapina. Observei as principais avenidas da cidade e logo o ônibus entra no Terminal Laranjeiras, seu ponto final. Desci, andei o terminal inteiro de um lado a outro e eis que chega o mesmo 20260, um Torino geração 2007 da Santa Zita. Avistei-o no desembarque de passageiros, e eu entrei mesmo assim no ônibus, bem na área de desembarque (para compensar a perda deste ônibus na parada do Aeroporto). Em seguida, o ônibus dirigiu ao ponto de embarque, onde entraram cerca de 50 pessoas de uma vez pela porta traseira. Lotou!! A viagem até o Terminal Jacaraípe é muito rápida: entre os terminais, o tempo é de 16 minutos – parou somente para alguns desembarques. Ali, o destino de alguns passageiros é a praia de Jacaraípe (próximo ao terminal), já providos de trajes de banho. Desembarquei no Jacaraípe, um dos mais novos terminais do sistema Transcol. Ali é um lugar sossegado e espaçoso. Dei a volta em todo o terminal e já estava me preparando para a volta, pegando o 504 da Unimar. De passageiro estava o motorista que fez o primeiro horário daquela linha, comentando que estava trabalhando desde três e vinte e cinco da manhã. No meio do caminho, decidi que minha parada técnica será, de novo, o Jardim Camburi, bairro litorâneo de Vitória. Desci de volta ao Terminal Laranjeiras para pegar a linha 505 (Terminal Laranjeiras-Terminal Itacibá). O ônibus da Satélite, de prefixo 15995, tal qual nem lembro a carroceria, me levou à praia do Camburi. Descansei na orla da praia e andei a pé até o ponto final dos ônibus municipais, que enfim descobri o atalho, entrando pela rua Milton Manuel dos Santos. Observei o lugar – como era sábado, tinha muito menos ônibus do que na sexta-feira. Parei para comer alguma coisa na padaria, que ficava ali próximo. Depois, fiz o caminho de volta ao aeroporto, pegando dois ônibus: O primeiro é a linha 572 (Terminal São Januário-Terminal Laranjeiras). Estava lotado, era o 15987 da Viação Satélite. Desci no Terminal Carapina e esperei o novíssimo Torino da empresa Serra-

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Um articulado da Unimar - sistema Transcol

Vista da Praia do Canto e da orla mar, que estava fazendo a linha 527 (Terminal Carapina-Terminal Jardim América). Minha jornada encerrou às 17h15, desembarcando no Aeroporto. Balanço Fazendo o balanço da viagem, somente dois terminais não pude conhecer: o Terminal Itaparica, em Vila Velha, e o Terminal Campo Grande, em Cariacica. Outro ponto turístico (para os entusiastas de ônibus) é a nova pintura dos ônibus seletivos. Desde 2009 a operação é feita por dois consórcios: Consórcio Serra (prefixo milhar 31) e Consórcio Centro-Sul (prefixo milhar 30). Há tarifas com preços entre 3,40 e 3,90, operada pelas empresas da Transcol. E lá tem também o sistema “mão na roda” – microônibus destinado exclusivamente a cadeirantes (reparem no trocadilho do nome do sistema). Bastidores Tudo começou quando na noite do dia 24 de janeiro eu estava pesquisando algumas promoções de passagens aéreas, e daí pensei na cidade de Vitória. E como no site da TAM realmente estava em promoção, daí foi minha chance de conhecer a cidade. Esta viagem foi realizada entre 27 e 29 de janeiro de 2011 e foi conquistada graças à promoção

da companhia aérea, que de ida e volta com as taxas custaram 280 reais. Se fosse sem promoção, eu pagaria no mínimo 700. O voo de ida teve um problema: tive de descer no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, almocei de graça pago pela TAM, fotografei alguns ônibus que passavam no saguão do aeroporto e em seguida peguei outro voo para Vitória. Como eu cheguei depois das 18 horas (cinco horas de atraso), não tinha mais como fazer algum passeio diário – só mesmo nos dois dias seguintes. O hotel onde hospedei foi no Formule 1, na Av. Nossa Senhora da Penha, a dois quilômetros da Praia do Canto e em frente ao Carrefour. E como a diária vencia ao meio-dia, após o vencimento aluguei um guarda-volumes no aeroporto custando 9 reais para eu continuar o restante da viagem. E durante meu passeio embarquei em 16 ônibus diferentes: gastei somente 10 passagens de ônibus, sendo 3 municipais de Vitória e 7 do sistema Transcol. E muito obrigada por ler até aqui. Quando há alguma promoção de passagem aérea e tiver disponibilidade para viajar nos dias úteis, essa é a ideia! Planeje sua viagem e bom divertimento!! E no próximo número, algumas fotos aéreas da minha viagem.

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MATÉRIA DA SEMANA

OS COMANCHES

“Comanche” da Expresso Brasileiro, na Rodoviária Júlio Prestes, em São Paulo. Modelo foi uma reação da Expresso, mesmo não sendo da mesma época, ao apelido indígena dado pela Cometa ao seus ônibus GM, os Morubixabas. A disputa era tão grande entre as empresas que até um simples apelido dado aos ônibus, que seria uma estratégia de marketing, era motivo para troca de farpas e provocações. Hoje, as duas empresas não mais se degladiam e não pertencem mais às famílias de seus sócios-fundadores

Adamo Bazani Uma das características comuns entre quase todas as tribos de índios é disseminar conhecimento através do contar histórias. Histórias reais, da formação de determinado povo ou região, ou mesmo lendas, mas todas cheias de lições e significados diferentes. E esse “Comanche”, da Expresso Brasileiro, foto de acervo de Charles Machado, revela diversos aspectos da história não somente dos transportes, mas do desenvolvimento econômico e social como um todo, ao qual o setor é intimamente ligado. Havia uma verdadeira Batalha, entre os anos de 1950 e 1980, na Rodovia Presidente Dutra. Era a busca pela liderança e consolidação no trajeto de maior destaque re lucratividade para as empresas de ônibus rodoviários: era a ligação Rio – São Paulo. E os principais protagonistas eram as empresas Viação Cometa S.A. e Expresso Brasileiro. Não só disputas nas estradas, com horários e uma competição de quem oferecia o melhor veículo para atrair os passageiros, havia também a briga no “tapetão”, envolvendo, dos dois lados, autoridades locais e nacionais aliadas e financiadas pelas empresas, ora barrando as operações viárias, como o que a Cometa sofreu no Litoral Paulista, ou impedindo as importações de veículos de destaque que poderiam ser diferenciais na

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concorrência, como a Expresso Brasileiro que teve em meados dos anos de 1950, as importações do Twin Flxible barradas por autoridades portuárias. Em todos os casos, sempre havia “a mão” da empresa concorrente. O Comanche foi um apelido dado pela Expresso Brasileiro a seu ônibus como uma provocação e resposta dada à Viação Cometa, que em época anterior, apelidava seus ônibus de Morubixabas. Os Morubixabas, na verdade os importados dos Estados Unidos GM PD, foram um dos fatores que levaram a Cometa a liderar no trajeto Rio – São Paulo. A disputa era tão grande que até o simples apelido dado a um modelo de ônibus era motivo para haver farpas e uma querer superar a outra. Assim, como em um território a ser disputado, Comanches e Morubixabas participaram da concorrência entre as duas empresas para ligar a Capital do Desenvolvimento à cidade Maravilhosa, que até os anos de 1960 era a Capital Federal, mesmo que não exatamente na mesma época. Morubixaba era a designação usada por índios brasileiros e uma parte dos sulamericanos para aquele que comandava a tribo, o que liderava. E foi bem esse o papel do GM Norte Americano para a Cometa: Liderou a ligação rodoviária que, apesar do crescimento do setor aéreo, ainda é o mais interessante e lucrativo no setor de trans-

portes. Comanche era o nome dos nativos norte-americanos que ocuparam a região entre o Novo México e o Texas. Os comanches não podem ser considerados uma tribo, pois havia divisões entre eles, que provocavam sangrentas disputas. No ano de 1700, eles se separaram dos índios Shoshones para conquistar mais terras. Estes nativos logo perceberam que dominando e utilizando cavalos, eles teriam mais flexibilidade, maior velocidade e maior abrangência para as conquistas e lutas. O cavalo e os búfalos foram uma das marcas dos comanches. E na Expresso Brasileiro, o seu Comanche teve esta função também. A ajudou a conquistar mais mercado nesta linha concorrida e auxiliou a empresa como um todo, a fortalecendo para outras. Os Comanches da Expresso tinham a potência de muitos cavalos. Esse nosso contador de histórias aprece na foto na Rodoviária Júlio Prestes, inaugura em 1961, tendo sido construída na época de Ademar de Barros em parceira com os empresários Carlos Caldeira Filho e Octávio Frias de Oliveira. O modelo Diplomata foi um dos de maiores sucessos da indústria nacional. Ele começou a ser produzido em 1961 pela Nielson e reinou até 1989, com diferentes versões. No ano seguinte, nasceriam os modelos El Buss e Jum Buss e a marca Busscar.

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REVISTA

InterBuss

Matheus Novacki



Fábio Takahashi Tanniguchi iPad e o futuro dos periódicos

COLUNISTAS

Ultimamente, o iPad está atraindo a atenção dos apaixonados, ou não, por eletrônicos. A Apple e muitos entusiastas prometem que será uma revolução, que parece estar longe ainda, e depende do iPad 2. Vou explicar o porquê. Testando o iPad numa loja de eletrônicos de Campinas, pude perceber o que o produto tem de bom e de ruim. A tela touchscreen é ótima e garante uma boa experiência navegando na internet. Usando o wi-fi do shopping, acessei o Portal InterBuss e inclusive li o fórum. Com um deslize de dedos, é possível ampliar a página para facilitar cliques em textos e botões pequenos e para ler textos em fonte pequena. Porém, como não há suporte para Flash, não foi possível ler a Revista InterBuss. Isso se torna um incômodo porque muitos sites ainda usam o Flash. E olha que sou defensor fanático da extinção do Flash, que é antiquado, pesado, instável e ineficiente. Abrindo o Google Maps, aí pude perceber um dos potenciais do iPad. Num país decente em que as pessoas podem usar o iPad no meio da rua, fica bastante agradável descobrir caminhos. Andar por Campinas passa a ser uma tarefa facílima, apenas deslizando os dedos. A resolução da tela do iPad é excelente, bem como os ajustes de vídeo, garantindo uma excelente imagem. Dessa forma, a visualização de fotos no iPad, inclusive com opção de fazer uma apresentação de fotos ao estilo de um porta-retrato digital, é excelente. Com um pedestal (que não sei se já inventaram), ficaria bastante fácil transformar o produto num porta-retrato digital. Outra atividade muito boa para se fazer num iPad é jogar. O touchscreen bastante preciso ajuda bastante, mostrando a qualidade dos produtos da Apple. O Angry Birds, um dos mais baixados jogos para o produto, é um jogo onde você tem que jogar passarinhos por meio de uma catapulta para derrubar construções e eliminar o(s) porquinho(s). Parece bobo, mas é bastante divertido. Um outro “app” para o iPad é um livro de receitas virtual. Bastante organizado, ajuda bastante as cozinheiras “high-tech”, e vem com belíssimas fotos. Porém, o livro é em inglês. Mas nada impede da dona-de-casa “high-tech” de abrir o navegador Safari, acessar o Tudo Gostoso e ver uma deliciosa receita. Com um pedestal, o iPad pode ficar em cima da mesa da cozinha para ir fazendo a comida enquanto olha os ingredientes necessários e o modo de fazer. Tudo com muita tecnologia, lógico! A BMW Magazine vem nos iPads usados para as pessoas testarem nas lojas. Dá para perceber o quão o produto é flexível na hora de ler revistas e jornais. Dá para ampliar e reduzir o zoom da página deslizando os dedos e ir passando de página da mesma forma. Foi suficiente para perceber o porquê de revistas, como a Info

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Exame e a Veja, estarem disponibilizando suas edições em formato para iPad. Aos poucos, a imprensa vai percebendo algo que já deveria ter se tornado tendência: as revistas digitais. Logicamente, sou contra as revistas específicas para iPad, bem como sou contra as revistas totalmente impressas. No primeiro caso, é porque o iPad não é o único aparelho móvel no mundo, e os tablets que vêm aí serão, em sua grande maioria, equipados com a nova versão do Android, a Honeycomb. Além disso, as pessoas também precisam ter mecanismos para ler a revista digital no laptop ou num mero desktop. No segundo caso, é porque essas revistas totalmente impressas não acordaram para o século XXI. Cada vez mais haverá leitores que preferem o meio digital, e não a revista impressa. Além disso, milhões de árvores poderão deixar de ser cortadas se finalmente acabar a mídia impressa. Os benefícios das revistas em formato digital vêm inclusive para a editora, que pode cortar gastos com a logística de distribuição e recolhimento das edições encalhadas e gastos com impressão. Atualmente, o formato Flip é bastante popular, fácil de ser implementado e que pode ser acessado em diversos aparelhos, desde que execute o Flash. Inclusive é esse um dos dois formatos da Revista InterBuss. Por sua flexibilidade, é bastante interessante. O download da publicação em PDF também é interessante, pois torna possível levar o conteúdo em pen drive, conseguindo ler mesmo num local sem internet ou com o site bloqueado pelo administrador. Já o formato para iPad, como foi dito, é mais restrito, mas excelente para quem tem um

bom público que possui o aparelho. Com o tempo, e o aparecimento de um aplicativo universal para visualização de revistas digitais, as editoras passarão a focar quase exclusivamente no mercado digital. Não é um futuro tão longe quanto parece, apesar de poder parecer estranho. Em relação ao iPad, vamos esperar a próxima versão. A Apple tem cartas na manga, e vai ter que equipá-lo bastante para combater os concorrentes que estão vindo com o Andoid Honeycomb. Afinal, o que o iPad oferece hoje será facilmente superado pelas concorrentes. Quanto a comprar um iPad, é bastante difícil no Brasil. Nós temos pouca disponibilidade de wi-fi, a rede de 3G não tem boa cobertura (poucos lugares são atendidos com alta qualidade de sinal). Fica difícil usar o iPad sem rede, pois tudo o que tem de melhor nele precisa de internet. Até para instalar programas precisa da rede para baixar aplicativos na App Store. Além disso, estamos num país em que é perigoso andar com um tablet na bolsa ou na mochila. Sugiro que compre um notebook ou um netbook. Além de ser mais barato, tem melhor custo-benefício e você pode instalar e usar os programas que você já usa no seu desktop. Dica de software 18 Wheels Of Steel - Extreme Trucker Foi lançado no último mês o 18 Wheels of Steel - Extreme Trucker 2, da consagrada série 18 Wheels of Steel. Porém, como ainda não fiz o teste do jogo, irei falar da primeira versão do Extreme Trucker. Com cenário que envolve três regiões do globo, América do Sul, Alasca e Austrália. To-

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PARADA DIGITAL dos com suas características bem definidas. Vamos ver região a região. No Alasca, o grande desafio é controlar o caminhão nas estradas cobertas com neve. Alguns trechos possuem apenas uma camada de gelo, extremamente escorregadia. Na Austrália, há uma interessante experiência: dirigir na mão inglesa. No início, confunde bastante. Mas, com o tempo, você vai se acostumando. As estradas são longas e sem problemas. Na América do Sul, a aventura realmente é maior. Num cenário tipicamente de floresta, você dirige na mão inglesa com caminhões dotados de volante à esquerda. Além disso, as estradas são precárias e estreitas. Dos caminhões disponíveis, o único familiar é o Volvo FH. Porém, no cenário sulamericano, uma carga com carcaças de veículos possui uma carroceria de modelo Caio Carolina bem deteriorada. Você vai ganhando pontos assim que vai entregando mercadorias. Com o tempo, você poderá conseguir ir para outra região, até que todas sejam liberadas. Porém, não percebi muita coisa no sentido de montar uma empresa ou administrar um negócio. Nisso, o German Truck Simulator é muito superior, e mostra que os desenvolvedores da série 18 Wheels of Steel ficaram para trás e não correram atrás, uma vez que todos os jogos da série são deficientes de enredo verdadeiramente atraente. Apesar de tudo, não deixa de ser um bom jogo e uma opção de divertimento. Dica: assim que for liberando os cenários, vá trocando com certa frequência para evitar o tédio. Caso você queira comprar o jogo ou fazer download da versão demo, acesse o site oficial: http://www.extremetrucker.com/. O jogo custa R$ 34,99 para download. É um valor de bom tamanho para o nível do jogo. Não deixe de dar uma olhada no... Thamco Águia (para City Bus Simulator 2010) Foi lançado no último dia 30 de janeiro o Thamco Água com chassi Mercedes-Benz OF1114 para o City Bus Simulator 2010. Ele vem com quatro pinturas: Viação Mauá, Viação NovaSuiça, MTA (de Nova York) e Ostee Bus (empresa fictícia criada jogar no adicional Regiobus Usedom). O modelo foi desenvolvido pela equipe GTABUSCL para o GTA e foi convertido para o City Bus Simulator pela equipe CBS-Chile. As imagens usadas do modelo no jogo são da equipe CBS-Chile e foram retiradas do site da equipe (http://cbs-chile.es.tl/Inicio.htm). O download pode ser feito através do link: http://cbs-chile.es.tl/Thamco-Aguia.htm Ciferal GLS Bus (para City Bus Simulator 2010) Foi lançado durante a semana o Ciferal GLS Bus com chassi Volvo B10M para o City Bus Simulator 2010. Ele vem com três pinturas: Buses BaseNaval (de Concepción, Chile), MTA (de

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Nova York) e Ostee Bus (empresa fictícia criada jogar no adicional Regiobus Usedom). O modelo foi desenvolvido pela equipe GTABUSCL para o GTA e foi convertido para o City Bus Simulator pela equipe CBS-Chile. Um dos destaques do modelo é o painel bastante fiel ao real. As imagens usadas do modelo no jogo são da equipe CBS-Chile e foram retiradas do site da equipe (http://cbs-chile.es.tl/Inicio.htm). O download pode ser feito através do link: http://cbs-chile.es.tl/Ciferal-GLS.htm Busscar Urbanuss Ecoss (para Midtown Madness 2) No final de semana passado foi lançado o Busscar Urbanuss Ecoss com chassi MercedesBenz OF-1722 para o jogo Midtown Madness 2. O desenvolvimento do veículo teve participação de Weverton, Marco Tulio Valadares, BlackHawk

e Jose Arnaldo. O download pode ser feito através do link: http://www.mm2br.com/forum/index. php?app=downloads&showfile=1523 Marcopolo Senior Midi (para Midtown Madness 2) No final de semana passado foi lançado o Marcopolo Senior Midi com chassi MercedesBenz OF-1418 para o jogo Midtown Madness 2. O veículo foi desenvolvido por Weverton e convertido para o MM2 por André VV (Red Stroke). O download pode ser feito através do link: http://www.4shared.com/file/0-27sZjT/ MM2BRSenior_Midi__OF1418.html Para entrar em contato com Fábio Takahashi Tanniguchi e tirar dúvidas ou sugerir pautas para sua coluna quinzenal, é só enviar uma mensagem para o seu email: fabiott@revista.portalinterbuss.com.br

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José Euvilásio Sales Bezerra O Estado e as Concessões...

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

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nais, etc, de modo a diminuir os “altos custos” de operação. Feito tudo isso, o estado repassaria à iniciativa privada a operação desse sistema. Área 4 – Já na área 4 paulistana, o problema é bem mais antigo. Desde o início da implantação do sistema interligado, essa área só teve problemas com suas operadoras. Na licitação de 2003, o Consórcio vencedor, formado pela Viações Capital, Coortub e Celeste, foi descredenciado, deixando a região em operação emergencial pelos demais consórcios por um bom tempo. Em 2007, uma nova licitação foi realizada, sendo o Consórcio Leste 4, formado pelas viações Himalaia e Novo Horizonte, declarado vencedor do certame. No entanto, de uns tempos pra cá, várias alterações foram ocorrendo na área. Algumas delas até curiosas, como transferência da operação da linha 309T/10 Cidade Tiradentes – Terminal Princesa Isabel, uma das de maior demanda da área, da Himalaia, que a operava com carros 15m, para a Novo Horizonte, cuja frota é majoritariamente composta por ônibus com motorização dianteira. O estopim da greve desta semana foi a notícia de que a Himalaia iria transferir a operação da sua garagem Sapopemba para a Novo Horizonte sem o pagamento dos direitos trabalhistas. E, como conseqüência da greve, o povo ficou mais uma vez a pé ou a mercê de pouquíssimos ônibus em PAESE. Estes dois casos nos mostram o quanto falta de atitude ao Estado – no caso, o governo estadual e a prefeitura de São Paulo. No caso da EMTU, uma solução seria mesmo a operação própria e temporaria. É uma solução muito cara, de fato. O custo de aquisição e manutenção de uma frota de ônibus é muito alto, muito dinheiro pra uma entidade pública, que tem dezenas de outras prioridades. No entanto, entendendo-se que se trata de uma questão emergencial, é uma solução que tende a evitar que a não-realização das licitações eternizem as promessas de melhorias do transporte de uma das regiões mais desenvolvidas do Estado – e que merece ter um transporte metropolitano a altura. No caso da Área 4 paulistana, a SPTrans deveria monitorar melhor essas transferências de modo a evitar que acontecimentos como os que ocorreram na última semana voltem a ocorrer. Por mais que a operação das áreas caiba ao Consórcio, a SPTrans deveria fiscalizar essas alterações, questionando as empresas sobre os critérios e motivações dessas transferências. Concessões devem sempre ser fiscalizadas totalmente, assim como todas as implicações decorrentes das alterações propostas... E não simplesmente serem deixadas ao sabor dos interesses dos consórcios.

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revista@portalinterbuss.com.br

E SAIBA COMO ANUNCIAR! É RETORNO GARANTIDO! Na semana que passou, dois fatos ressucitaram a velha discussão da operação estatal dos meios de transporte por ônibus: a licitação da Área 5 da Região Metropolitana de São Paulo e a greve da garagem Sapopemba da Viação Himalaia. Na licitação da Área 5 da EMTU – composto pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – pela quarta vez, nenhuma empresa ou consórcio entregou proposta para a operação da área. Apesar de nenhum interessado ter apresentado proposta é sabido que eles existem: no mínimo são os atuais operadores da área que, há anos, operam autorizados por contratos emergenciais que, de tempos em tempos, são renovados. A Associação das Empresas de Transporte Coletivo do ABC (AETC – ABC), mais uma vez, alega que as

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condições apresentadas no edital não são compatíveis com a realidade operacional da região. Mas, independente das motivações que levaram os empresários a se recusarem a participar do certame, uma coisa é certa: passou da hora da EMTU tomar uma atitude com relação a essa área. Não dá mais pra esperar que as melhorias, há anos prometidas para o transporte da região, tenham de esperar que uma empresa que aceite as condições do edital apareça. O Governo do Estado poderia muito bem estatizar a operação das linhas metropolitanas da área, operando-a, logicamente, com frota própria – descartando toda a sorte de veículos antigos que ainda rodam na área. Dessa forma, seriam implantadas as melhorias que devem ser feitas: racionalização de linhas, troncalização, construção de termi-

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INFORMAÇÃO COM QUALIDADE

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Adamo Bazani EMTU quer ampliar competitividade na licitação do ABC Paulista COLUNISTAS

Apesar de os serviços de linhas intermunicipais na Área 5, do ABC, serem reconhecidamente longe do ideal, Governo do Estado não vai enfrentar os empresários

Você se lembra da sua época de escola? Ou você ainda está estudando? Pois é, se você não fizesse a lição de casa levava bronca dos professores, dos pais, dos tios e até os coleguinhas reparavam. Se você não se comportasse bem, primeiro era uma bronca, depois uma advertência, se repetisse, castigo, suspensão e, dependendo do comportamento em casos extremos, vinha a expulsão. É uma lógica de punição educacional com vistas ao melhor desempenho do aluno e formação não só acadêmica, mas humana. Afinal, quem não faz o básico ou desrespeita alguma regra legal, merece ser punido. É muito óbvio isso. Tão obvio que aparentemente, pelo que é visto na prática, parte do setor dos transportes coletivos de pessoas precisa voltar para a escola. Muitos certamente não receberiam a estrelinha de bom comportamento, outros levariam bronca e alguns, à forma mais antiga, mereceriam colocar as orelhas de burro e ficar no canto da sala. Porém, a máxima da repreensão e sanção a quem merece parece passar longe quando o assunto é prestação de serviços de qualidade. Nos dias 31 de janeiro de 2011 e em 1º de fevereiro de 2011, empresários de ônibus boicotaram licitações esperadas à muito tempo pela população e que representariam uma esperança para a melhoria dos transportes intermunicipais no ABC Paulista (área 5) e no Litoral Paulista, que contemplaria até a instalação de um VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos ente Santos e São Vicente. No caso do Litoral Paulista, o principal grupo controlador dos transportes na região se mostrou contrário à reestruturação dos serviços. No ABC Paulista, a rejeição pela mudança foi semelhante, só que pela quarta vez desde 2005, quando a EMTU licitou todas as outras 4 áreas operacionais dos transportes intermunicipais da Grande São Paulo. Em todas elas, houve formação de consórcios, reorganização de linhas, tornando-as mais eficientes, e uma renovação na frota. Mas no ABC, os empresários alegam que os custos operacionais são maiores e que a licitação deve ser diferenciada. Realmente, os salários dos funcionários de transportes no ABC chegam a ser 30% maiores que outras áreas de São Paulo. Mas nada que não dê para acertar na relação dos custos da licitação. Culpar somente os empresários pelo fracasso das licitações seria simplificar demais o problema. Eles apresentam argumentos que pouco são discutidos. Mas a pergunta é: Será que o ABC Paulista e Litoral de São Paulo são tão diferentes assim? E os custos são tão altos para

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O secretário Jurandir Fernandes prestar serviços? Se essas regiões são tão ruins de operar, então por que continuam nelas? Se o viário é tão exigente, então alguns ônibus com mais de 15 anos de uso que não agüentariam fazer os trajetos, não é verdade? E o poder público? Responsável não só por delegar funções, mas também fiscalizar e exigir qualidade para a população que paga os salários da máquina que teoricamente deveria funcionar, os gestores públicos dizem que aplicam multas às empresas que operam fora dos padrões mínimos de qualidade, prestação de serviços e segurança. Mas se estas multas realmente fossem salgadas, elas corrigiriam o problema. A verdade é que tais multas saem mais baratas que renovar uma frota, colocar mais veículos nas ruas quando necessário, entre outras coisas mínimas que se espera de uma empresa de ônibus. Quando o assunto é punir de fato, intervir, mostrar que o poder do povo é acima do poder econômico, todos se esquivam. A situação é encarada como normal. Normal é pegar um ônibus grande com motor de micrão? Normal é andar numa linha que não tem integração nos dias de hoje e que não satisfaz em nada a atual realidade social e econômica das cidades que são dinâmicas e mudam? Normal é pegar um ônibus velho, com partes soltas, lanternas quebradas, freios com manutenção duvidosa, partes amarradas com arame? A EMTU já declarou que não haverá punições para os empresários que boicotaram as licitações que poderiam, senão mudar, melhorar um pouco a condição do passageiro, que é um cliente e consumidor. A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos respondeu com exclusividade aos questionamentos de nossa reportagem sobre o boicote à licitação da área 5. O órgão de economia mista diz querer ampliar a concorrência

na próxima licitação, que não tem data para ser realizada. Outros grupos que não são do ABC pegaram o edital, mas não apresentaram propostas. Acompanhe com exclusividade: 1) Como a EMTU se posiciona mais uma vez diante do desinteresse e postura contrário dos empresários de ônibus do ABC PAulista que impediram mais uma vez de a licitação da área 5 ser realizada? / R: É importante destacar que houve falta de proponentes para a licitação. Como gerenciadora do sistema, a obrigação da EMTU é realizar todos os esforços para que esta concessão se concretize. 2) Contando com hoje, quantas vezes a EMTU tentou licitar a área 5 e qual o motivo de não conseguir? / R: A EMTU realizou três sessões de abertura de propostas, porém as licitações não receberam proponentes. 3) Quais os prejuízos para a população do ABC Paulista com a licitação não sendo concluída na prática, mais uma vez? / R: O sistema de concessão poderá melhorar ainda mais a qualidade do transporte oferecido. Apesar disso, a EMTU/SP continuará gerenciando, fiscalizando e mantendo os serviços dentro do nível de qualidade estabelecido para todas as regiões. 4) A EMTU pode convocar outras empresas para operarem emergencialmente, já que as que estão hoje operam em título precário? / R: Não há necessidade de contratação emergencial, já que o sistema opera hoje normalmente. 5) A partir de agora, o que acontece? Será feita uma nova licitação? Quais os procedimentos diante deste mais esvaziamento? / R: Será realizada oportunamente uma nova licitação. 6) A EMTU têm o interesse de que outras empresas, de outras regiões do país, tentem participar de uma eventual nova licitação ? / R: A licitação é aberta nacionalmente e internacionalmente. A EMTU busca ampliar a competitividade. FRUSTRAÇÃO: As expectativas do secretário estadual dos transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, foram frustradas, isso a contar pela declaração dele ao lado do Governador Geraldo Alckmin. Na cerimônia, em entrevista ele já demonstrava preocupação em licitar a área 5. “Quero na região do ABC, resolver o problema da área 5, cuja concessão não foi realizada” E continuou: “Isso (os boicotes) impede algumas melhorias que nós não podemos fazer, por exemplo, o uso do bilhete com chip inteligente que ‘tá’ em todas as áreas da região metropolitana. Isso na área do ABC até hoje não foi resolvido. É um dos primeiros pontos que queremos resolver” – disse no início do ano. E pelo jeito, não vai resolver tão já. As empresas no ABC, encabeçadas por Ronan Maria Pinto e Baltazar José de Sousa, e o Grupo da Família Constantino, no Litoral, continuam operando da mesma forma que há anos. Secretário, não foram só as suas expectativas que foram frustradas.

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AS FOTOS DA SEMANA As melhores fotos da semana na InterBuss Galeria Premium. Acessem www.portalinterbuss.com.br

1. Novo Spectrum City da Transportes Barra, por Rodrigo Gomes, da equipe OCD Holding, do Rio de Janeiro • 2. Novíssimo Paradiso G7 Scania da Viação Real já em circulação, em foto de Osmar Cordeiro na cidade de Maringá • 3. Busscar Elegance da Nordeste com a nova pintura da empresa, em foto de Osmar Cordeiro em Maringá • 4. Novos Irizar PB Scania da Ipojucatur em pátio da Irizar na cidade de Botucatu, na foto de Alexandre Mizael Detoni • 5. Um dos novos Senior Midi da Londrisul municipal de Londrina, na foto de Victor Hugo Guedes Pereira • 6. Encerrando a série, um dos novos Paradiso G7 1200 Mercedes-Benz da Eucatur na garagem de Porto Velho, em belo registro feito por Cesar Castro.

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DIÁRIO DE BORDO

RIO - SÃO PAULO

Linha: Rio de Janeiro x São Paulo Empresa: Expresso do Sul Serviço: GTV Service Carro: 9102 (Marcopolo Paradiso G7 1200 – MBB O-500RSD) Por Tiago de Grande A linha rodoviária ligando as duas maiores e mais importantes capitais do país é uma linha com muito fluxo de passageiros, serviços diferenciados, carros na sua grande maioria novos. A linha é operada por quatro empresas que usam o esquema de Ponte Rodoviária, com horários intercalados, sendo que cada empresa tem partida programada a cada duas horas, fazendo o intervalo na ponte ser de 30 minutos (tirando os horários extras). Há opções de serviços Convencionais, Executivos e Leito sendo que cada empresa tem uma peculiariedade, o Expresso Brasileiro por exemplo escala nos seus horários convencionais os mesmos carros do serviço executivo, porém sem serviço de bordo. A 1001 escala DDs na grande maioria de seus horários, o Expresso do Sul tinha na minha opinião os melhores executivos da rota, os seus ótimos Paradisos 1200 de 34 lugares, e ainda tem a Itapemirim com seus Golden novinhos na rota. O trajeto é feito todo pela Avenida Brasil, Rodovia Presidente Dutra e Marginal Tietê, feito em média com 6 horas de percurso.

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Ponto de Partida: Rio de Janeiro – Terminal Rodoviário Novo Rio Localizado entre o Centro e a Zona Norte, o Terminal Novo Rio tem uma localização estratégica, ao lado do Cais do Porto, a Avenida Brasil, principal entrada e saída do Rio de Janeiro, e a Ponte Rio-Niterói. É um terminal grande, com muito movimento tanto de ônibus como de pessoas, seu saguão passou recentemente por uma reforma, deixando o terminal um pouco menos confuso, porém as áreas de embarque e desembarque continuam bem confusas. O terminal é afastado das estações de metrô, mais é bem servido por várias linhas de ônibus para todas as regiões da cidade e da Baixada Fluminense, inclusive uma linha integrada ao metrô que sai de dentro do terminal, na área de desembarque. A viagem: Com tanta opção de horários e serviços na rota, optei pelo polêmico serviço GTV do Expresso do Sul, os carros desse serviço são Double Service com poltronas Leito e

Executivas, comprei a minha na ala executiva e fui para o embarque, onde o carro já estava estacionado. Na hora do embarque, o motorista confere os documentos de identidade e te oferece um kit lanche bem simpático, com algumas bolachinhas e um refrigerante bem gelado. O carro possui 34 poltronas, sendo 9 leitos e 25 executivas, talvez seja isso que torne o serviço “polêmico”, pois os carros tem as mesmas 34 poltronas dos antigos executivos, porém com espaço menor devido a divisão dos serviços, quem andou nos executivos antigos vai notar a diferença, que não é tão absurda porém é visível, mas o carro continua sendo muito confortável, com uma ótima reclinação, apoio para as pernas, água, travesseiro, manta e o ar condicionado bem regulado, nem muito quente nem muito gelado. Após o motorista se apresentar, e explicar dados sobre a viagem ele toma o seu posto e exatamente as 14:30 o carro sai da Novo Rio rumo a São Paulo. Após contornar o terminal e pas-

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DIÁRIO DE BORDO

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Fotos: Luciano Roncolato

sar pela alça de acesso a Ponte Rio-Niterói, já caímos na importante Avenida Brasil, principal entrada e saída da cidade é uma avenida enorme, que passa por inúmeros bairros da Zona Norte e Zona Oeste, tem transito carregado o dia todo, é impressionante a quantidade de ônibus urbanos que passam por ela. Pela Avenida Brasil vamos passar nos bairros de São Cristóvão, Benfica, Manguinhos, Bonsucesso, Penha, Ramos, Parada de Lucas e Cordovil até chegarmos no inicio da Via Dutra, que fica próximo aos bairros de Acari e Jardim América, no extremo da zona norte. Saímos da Avenida Brasil e entramos na Via Dutra, a rodovia mais importante do pais e com poucos quilômetros já saímos do Rio de Janeiro e entramos na Baixada Fluminense, o primeiro município é São João de Meriti. A Via Dutra segue adentrando a baixada, com acessos para as cidades de Nilópolis, Belford Roxo, Nova Iguaçu e Duque de Caxias, nesse trecho há muito movimento, que vai ficando menor conforme passamos por cidades mais afastadas da baixada como Queimados e Japeri, a ultima cidade da baixada, já bem longe do Rio. Ao sairmos da baixada, vem a região do Vale do Café, é nessa região que fica a Serra das Araras, o trecho mais complicado da Via Dutra, é um trecho de serra com muitas curvas, subidas e descidas fortes entre os municípios de Paracambi e Piraí são aproximadamente 30 kms de serra. Após 15 kms de Piraí, chegamos a um trecho importante, são as cidades de Volta Redonda e Barra Mansa, importantes cidades do estado fluminense com forte influencia industrial, nesse trecho há um fluxo enorme de caminhões. Esse trecho já corresponde a parte carioca do Vale do Rio Paraíba, e por um longo trecho ele nos acompanha, pois a Dutra margeia o rio. A próxima cidade é Resende, cidade conhecida por ser a sede da AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras) e também pelo seu pólo industrial, mais 6 quilometros a frente, chegou a hora de fazer uma paradinha, no posto Graal Itatiaia, no km 317 da Via Dutra. Chegamos na parada com 2:40 de percurso, hora de descer, descansar um pouco, comer alguma coisa e aproveitar os 20 minutos de pausa na viagem, o posto é pequeno porém é bem aconchegante, na parte de gastronomia eu recomendo experimentar um ótimo feijão preto que comi por lá. As 17:05 o nosso ônibus reinicia a viagem, após sairmos do posto, com mais 30 quilometros a frente e passando pela cidade de Engenheiro Passos, saímos do Estado do Rio de Janeiro e entramos no Estado de São

Vista geral do Graal de Itatiaia, com um GTV do Expresso do Sul parado Paulo, a primeira cidade paulista é a pequenina Queluz. Essa região do estado é conhecida como Vale do Paraíba, por ser banhada pelas águas do rio Paraíba do Sul, essa região é cortada pela Dutra e possui cidades conhecidas e importantes, tais como: Cachoeira Paulista (cidade pequena, porém conhecida por ser a sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE), Lorena, Guaratinguetá, Aparecida (O trecho da Dutra que corta a cidade é com muito movimento, e da beira da rodovia é possível avistar o Santuário Nacional e a Basílica), Taubaté, Caçapava e a maior cidade da região: São José dos Campos. O trecho da Dutra que corta São José dos Campos, lembra muito uma grande avenida, com muito tráfego e shoppings centers, hipermercados, hotéis, restaurantes e vários outros serviços a beira da rodovia, é o trecho com maior transito desde a saída do Rio, em alguns trechos chegou a parar. Nessa parte da viagem começa a cair a noite e o cansaço também já aparece, porém já estamos chegando na parte final da viagem, após passar São José dos Campos e a próxima cidade que é Jacareí, entramos na Grande São Paulo, na pequena cidade de Santa Isabel, nesse trecho o movimento é fraco, e segue assim nos perímetros de Santa Isabel, Arujá e uma pequena parte de Guarulhos, ficando mais pesado após passarmos o trevo de acesso ao bairro de Bonsucesso. Guarulhos é a maior cidade da Grande São Paulo, e uma das maiores do estado, seu perímetro é conurbado com o perímetro de São Paulo, e vários bairros fazem a divisa. A Dutra em Guarulhos também serve como uma grande avenida, ligando os

bairros mais afastados da cidade ao centro, e também ligação para o Aeroporto de Cumbica e as regiões industriais da cidade. O trecho mais complicado na cidade tem aproximadamente 12 quilometros, entre o acesso ao bairro Jardim Cumbica, o Trevo de Acesso a Rodovia Hélio Smidt, ligação com o Aeroporto e os acessos ao centro, a Rodovia Fernão Dias e ao Shopping Internacional, são trechos de transito muito carregado, e com mais alguns metros a frente do Shopping, já entramos na cidade de São Paulo, pelo bairro Parque Novo Mundo. Mais um trecho pequeno da Via Dutra dentro de São Paulo, já entramos na Marginal Tiete, principal entrada e saída da cidade, ligação entre varias rodovias, que dessa vez para a minha sorte estava sem congestionamentos. Do final da Dutra até o Terminal Rodoviário do Tietê, são apenas 5 minutos pela marginal, e as 20:55 nosso ônibus encosta na plataforma 77 do desembarque do Tiete com 06:25 minutos de viagem. Ponto de Chegada: São Paulo – Terminal Rodoviário do Tietê Localizado na Zona Norte da cidade, o Tiete é o maior terminal rodoviário da América Latina, com movimento intenso 24 horas por dia. Do terminal saem ônibus para inúmeras localidades brasileiras, e no saguão há uma espécie de mini-shopping, com lanchonetes, restaurantes, lojas e caixas eletrônicos. O terminal é atendido por linhas de ônibus municipais e intermunicipais na Avenida Cruzeiro do Sul e pela linha 1 do Metrô, sendo de fácil acesso para todas as regiões da cidade.

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