Revista InterBuss - Edição 23 - 05/12/2010

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DOIS NOVOS COLUNISTAS FAZEM ESTREIA: FÁBIO TANNIGUCHI, HOJE, FALA SOBRE TECNOLOGIA E THIAGO BONOME, SEMANA QUE VEM, RECORDA OS TEMPOS ÁUREOS DO NOSSO TRANSPORTE

R EV I ST A

InterBuss

ANO 1 Nº 23 05/12/2010

GUARULHOS: 450 ANOS

Resgatando o passado, de olho no futuro


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NESTA EDIÇÃO

VIAÇÃO ABAREBEBE: SEU DESTINO ESTAVA NESSE ITINERÁRIO

Foto: Autor Desconhecido

Especial • Página 16

Viação Abarebebe, quando ainda operava em Fotos da capa: Acervo Guarubus e Peruíbe, cidade hoje atendida pela Intersul Maicon Igor Barbosa Edição número 23 • Domingo, 04 de Dezembro de 2010 • Concluída às 16h01 • Esta edição tem 32 páginas

EDITORIAL • Volvo com motor dianteiro ................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz.......................... 9 MATÉRIA DA SEMANA • Guarulhos 450 anos ........ 10 PÔSTER • Maicon Igor Barbosa ................................. 16 ESPECIAL • A falência da Viação Abarebebe ............ 18 COLUNISTAS • Fábio Takahashi Tanniguchi .............. 20 INTERNACIONAL • A primeira partida da Ormeño.. 21 COLUNISTAS • Adamo Bazani ........................................ 22 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 23 VÁ, MAS VISITE • Foz do Iguaçu .................................... 24 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 27 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 27 DIÁRIO DE BORDO • Rota da Costa Verde ......... 28

Revista na Rede Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles: • REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso blog: www.portalinterbuss.com.br/noticias • GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br


EDITORIAL

Novo chassi com motor dianteiro da Volvo: verdade? Vazou na internet na última sexta-feira algumas fotos de um veículo, encarroçado com Caio Induscar Apache Vip, com chassi que está sendo chamado pelo autor das fotos de “B270F” da Volvo. Seria um protótipo de testes da montadora sueca com propulsor dianteiro. No Brasil, a última tentativa da Volvo nesse segmento foi nos anos 90, quando foram feitos três chassis, então denominados “B7-F”, também com propulsor dianteiro e encarroçados com carroceria Marcopolo Torino GV. Esses carros estão em operação até hoje pela Viação Campos Gerais, de Ponta Grossa. A experiência ficou apenas nesses três carros. Nossa reportagem entrou em contato com a Volvo em Curitiba, e fomos informados de que a montadora está sempre realizando testes de novos motores, chassis, porém nem todos eles vão ao mercado. Em caso de um teste não atingir a satisfação suficiente da montadora, os testes não vão mais adiante. Questionada sobre um suposto chassi com denominação “B-260F”, que vem sendo ventilado há algum tempo no mercado nacional, a Volvo informou que não há nada nesse sentido no momento, porém reiterou que testes são sempre realizados, a fim de trazer novos produtos ao mercado. Obviamente que caso realmente seja verdadeira a informação do REVISTA

InterBuss

A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

lançamento dos motores dianteiros da Volvo para ônibus, a montadora não confirmará antes do lançamento, também por motivo de segredo industrial. Nossa reportagem também tentou fazer contato com uma revenda Volvo há pouco tempo, questionando sobre chassis com propulsor dianteiro da montadora. A vendedora que nos atendeu não negou e inclusive até fez alguns questionamentos sobre o real interesse na compra desse tipo de chassi. Tudo isso é muito preocupante. A Volvo é a última montadora que estava resistindo ao lançamento desse tipo de chassi no Brasil, e vendo o crescimento das vendas dos concorrentes, sobretudo da Mercedes-Benz, a montadora sueca viu-se em uma sinuca de bico e parece que vai tentar pegar uma parte desse filão. Para o usuário do transporte, isso é ruim. Os chassis de motorização dianteira, quando aplicados em piso bom, trazem muito desconforto ao passageiro. O ideal mesmo são os com motorização traseira ou central. Com mais produtos de propulsão dianteira no mercado, fazse cada vez mais necessária a criação de regulamentações que parametrizem a compra de ônibus, principalmente em grandes cidades, onde há linhas muito longas e o conforto é fundamental, ainda mais com tarifas tão caras. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor 50 ônibus a etanol Sou Admirador de ônibus desde criança, e acesso diariamente o site portalinterbuss, bem como as revistas. Li a notícia sobre o etanol que passará a ser utilizado em 50 carros com motor scania, e acredito que seja a solução para combater a poluição em nosso mundo, em conjunto com a informação da renovação da frota dos trolébus bem como a recuperação de todas as suas linhas. A EMTU poderia implantar este projeto em todas as regiões metropolitanas, ou em suas principais, São Paulo, Campinas, Baixada Santista, fazendo com que a frota fosse padronizada em carros com três portas, motor traseiro e piso baixo, visando atender as pessoas idosas e com dependência física. Além disto, proporciona melhor espaço aos passageiros e uma condição de trabalho para os motoristas, que ficariam livres do calor e do barulho ensurdecedor dos motores dianteiros. Parabéns por este ótimo trabalho de divulgação em memória e avanço e tecnologia para o transporte em nosso país. Sandro Santos São Paulo/SP Nota da redação: Obrigado pelo contato Sandro! Agradecenos os elogios e são eles que nos incentivam cada vez mais a buscar o melhor para nossos leitores. Quanto à EMTU, concordamos que seria necessário uma padronização, melhorando os serviços ao usuário. Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 28/11 A 04/12/2010

Sem mais subsídios, tarifa em São Paulo pode passar dos R$ 2,90 Prefeitura já estaria trabalhando com o valor de R$ 2,90; Secretaria de Transportes diz não saber Foto: Gabriel Dias

O vereador Milton Leite (DEM), relator do Orçamento da cidade de São Paulo para 2011, estimou em entrevista ao site R7 que o aumento da tarifa de ônibus na capital pode ultrapassar R$ 2,90 já em janeiro do próximo ano. Mesmo com a alta da passagem, o parlamentar propôs e a Câmara Municipal aprovou em primeira votação um aumento nos subsídios para as empresas de ônibus em mais R$ 143 milhões. Se o Orçamento for aprovado com essa proposta de Leite, os repasses ficarão em um total R$ 743 milhões em 2011. O subsídio é a verba dada pela prefeitura para as empresas que operam os ônibus a fim de que o preço da tarifa seja mantido. Com esse dinheiro, também são custeadas gratuidades, como o benefício para idosos, e descontos para estudantes. Técnicos que analisaram a proposta orçamentária ouvidos pelo site R7 dão como certo que a prefeitura já trabalha com o valor de R$ 2,90. Em setembro passado, o próprio prefeito Gilberto Kassab (DEM) disse que a tarifa passaria dos atuais R$ 2,70 para R$ 2,90. Já a Secretaria Municipal de Transportes afirma que não há previsão de aumento. Em teoria, a possível alta da tarifa deveria reduzir a necessidade de subsídios. Porém, a proposta de gastos da prefeitura pede um aumento de 67% em relação aos R$ 360 milhões aprovados para 2010. Com a emenda do vereador Leite, o aumento passa dos 100%.

Ônibus em São Paulo: impasse quanto ao aumento da tarifa, que deve ocorrer ainda este ano propor e estudar melhorias para os corredores de ônibus da cidade.

O vereador do DEM afirma que “o

buraco do sistema de ônibus” só vai fechar com esses R$ 743 milhões. Questionado se haveria uma solução que não envolvesse aumento de subsídios e tarifa, ele respondeu que “não há alternativa”. Antônio Donato, vereador de oposição do PT, afirma que o ideal seria melhorar as condições de operação do transporte, o que diminuiria o custo das empresas. Segundo o parlamentar, a própria Secretaria Municipal de Transportes já admitiu que a passagem em São Paulo é cara por causa da lentidão dos ônibus. – Se você investir em melhorias a médio prazo, não vai precisar mais de tantos subsídios ou de aumento na tarifa. Donato afirma que vai articular propostas de melhorias do sistema de transporte público. Leite também disse que iria

Cobradores e motoristas de Blumenau aprovaram na noite desta terça-feira as últimas propostas das empresas do Consórcio Siga e do Ministério Público do Trabalho. Com a aceitação da maioria dos trabalhadores, a greve do transporte coletivo chega ao fim.

Todas as linhas de ônibus voltam a operar normalmente a partir das 4h desta quarta-feira. A assembleia da categoria terminou às 22h50min, no Terminal da Fonte, no bairro Garcia. Eles acataram o reajuste de 7% ofe-

recido pelas empresas e o aumento para o valor de R$ 250 do vale alimentação, além de auxílio-creche e do arquivamento do processo movido pelo Seterb na Justiça, que cobrava multa diária de R$ 20 mil ao Sindetranscol devido à paralisação total do serviço. (Diário Catarinense)

“Buraco do sistema”

Preço A passagem de ônibus na capital paulista aumentou de R$ 2,30 para R$ 2,70 em janeiro deste ano. Esse aumento de R$ 0,40 representou reajuste de mais de 17%. Em 2009, o valor permaneceu inalterado, conforme promessa de campanha. O aumento de R$ 2,90 em 2011 representaria alta de 26% em relação ao valor praticado em 2009, mais que o dobro da inflação no período. O IPCA, cálculo do índice de reajuste de preços oficial do país, fechou 2009 em 4,13%. A estimativa do mercado é de que a inflação de 2010 feche em 5,72%, de acordo com pesquisa semanal realizada pelo Banco Central. (R7)

Termina a greve de motoristas em Blumenau

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Foto: Luciano Roncolato

Tarifa em Belo Horizonte pode subir para R$ 2,50

Ônibus em Belo Horizonte: valor deve subir R$ 0,20 até o final deste ano O percentual de aumento das passagens de ônibus urbanos de Belo Horizonte (MG) poderá ser anunciado dia 29/12 pela BHTrans. O reajuste deve ser de pelo menos 6,5% e a passagem passará de R$ 2,30 para R$ 2,45, podendo ser arredondado para R$ 2,50. As informações são do jornal Hoje em Dia. Na quinta-feira, o diretor-presidente da empresa, Ramon Victor Cesar, informou, durante 73º Fórum Nacional de Secretários de Transporte Urbano e Trânsito, que estão sendo realizados estudos, a partir dos índices da Fundação Getulio Vargas e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar do valor estimado, Ramon Victor Cesar não quis assumir o aumento, alegando que a BHTrans ainda não sabe qual será o resultado da “conta”, lembrando que em 2009 não houve aumento e que poderá não haver também neste ano. Ramon apresentou o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Belo Horizonte e o Plano Estratégico 2020, que trazem metas para serem alcançadas e projetos, como o BRT (Bus Rapid Transit), um transporte coletivo que será construído até a Copa do Mundo de 2014. O investimento será de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1 bilhão de empréstimos da Caixa Econômica Federal e o restante de recursos da Prefeitura de Belo Horizonte. Segundo levantamento, há um carro para cada duas pessoas na capital mineira. A população cresceu 6% nos últimos 10 anos, enquanto a frota cresce 6% ao ano. Com tan-

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tos veículos nas ruas, a velocidade no entorno da praça Sete e Rodoviária, no horário de pico, chega a 10 km/h. O grande desafio, segundo o diretor da empresa, é fazer com que essas pessoas deixem o automóvel em casa e passem a usar o transporte público. Ramon acredita que isso só acontecerá se for oferecido mais conforto e rapidez. Algumas medidas, como as estações de embarque e desembarque com o piso nivelado com o do ônibus e com passagens pagas antes de entrar nos veículos, são exemplos de conforto. Haverá ainda um controle na central da BHTrans. O órgão saberá se os ônibus estragaram, se eles estão atrasados e o que deve ser feito para solucionar o problema. Ramon Cesar disse ainda que no dia 12 de dezembro, aniversário da cidade, será anunciada a contratação de um primeiro conjunto de obras de ciclovias. Serão cerca de 20 km. Estão planejadas seis rotas. Uma delas, a rota leste (4,82 km), que vai ligar a região ao centro da cidade pelo vale do ribeirão Arrudas. Outra é a rota nordeste (2,10 km), ligando a ciclovia da avenida Saramenha à estação São Gabriel, com implantação de calçada da via 240. A rota Estação Barreiro (1,95 km) vai iniciar na avenida do Canal e atingir a estação Barreiro do BHBUS pela avenida Afonso Vaz de Melo. Há ainda a rota norte, da avenida Vilarinho à futura estação Pampulha; a rota Savassi, com 2,40 km e a rota avenida Américo Vespúcio. (R7)

Mais aumentos: Itu movimentase para evitar reajuste de tarifa No último sábado (27) o vereador Adauto Gonçales (PR) distribuiu mais de cinco mil panfletos em praça pública protestando contra um possível aumento na tarifa de ônibus. No folheto o vereador afirma que: “prefeito Herculano e vice Josimar vão castigar o povo ituano. Vem aí novo aumento de na tarifa de ônibus”. Para o protesto o vereador montou uma bancada com cartazes na Praça Padre Miguel (Praça da Matriz) e contou com a participação de populares. Ao Jornal Periscópio, Adauto argumentou que seu protesto se trata de uma prevenção às “atitudes reincidentes” da administração do atual prefeito. “Anos após ano, a tarifa dos coletivos é aumentada na calada da noite, de um dia para o outro, durante o período de férias. Assim a população é pega de surpresa, por isso eu estou protestando desde já”, argumentou o vereador que ainda relembrou o último aumento registrado no primeiro dia deste ano. Adauto argumentou que o valor atual de R$2,60 é o maior da região, e ainda afirmou que neste ano o ajuste foi muito maior que a inflação. Em Itu a taxa de ônibus em Itu subiu 11% em 2010, enquanto a inflação ficou em cerca de 4%, caso que ainda está em análise no Ministério Público. Questionado a respeito Prefeitura de Itu, por meio do Departamento de Trânsito e Transportes, informou que até o momento não existe estudo sobre aumento de tarifa de ônibus. (Jornal Periscópio)

Ônibus é incendiado em Belo Horizonte

Um ônibus foi incendiado na noite de terça-feira, no bairro Ribeiro de Abreu, em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), seis suspeitos atearam fogo ao veículo como forma de protesto. Eles reivindicam melhorias em uma ponte que caiu depois que fortes chuvas atingiram a região. Os homens entraram no coletivo da linha 5506, por volta das 21h40, na Rua Feira de Santana. Depois de fazer as camisas como capuz para esconder os rostos, os suspeitos ordenaram que o motorista e os passageiros descessem do veículo. Em seguida, eles incendiaram o ônibus. Ninguém ficou ferido, informou a PM. (Estadão)

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Fetranspor apresenta amanhã Hibribus da Volvo no Aterro do Flamengo, no Rio Foto: Wesley Araújo

A Fetranspor inicia nesta segundafeira (6) os testes com um ônibus híbrido movido a biodiesel e a energia elétrica financiado pela Fundação Clinton, do ex-presidente dos EUA Bill Clinton, com recursos de US$ 1,5 milhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Produzido pela Volvo, o veículo possui motor com bateria de lítio. A expectativa é que a economia de combustível chegue a, pelo menos, 30%, com redução de mais da metade da emissão de gases que provocam o efeito estufa. Segundo a Volvo, testes na Europa revelaram economia de 35% no consumo e corte de 80% a 90% no lançamento de gases poluentes no ar. As negociações entre a Fetranspor e a Fundação Clinton duraram cerca de um ano. O ônibus será testado na linha 172 (Rodoviária-Leblon), do Consórcio Intersul. Segundo o diretor de operações da Fetranspor, Guilherme Wilson, o teste deve durar, no mínimo, dez semanas, período em que serão avaliados emissão de gases poluentes, consumo e performance do veículo. - Queremos saber o custo-benefício para, se for viável, implantar esse motor em toda a frota visando aos Jogos Olímpicos, em 2016. O objetivo dessa parceria com a Fundação Clinton é trazer outras montadoras para testar esse motor e montar esses ônibus no país. Aqui, vamos usar diesel e biodiesel, com a energia elétrica gerada pelo motor usada para mover o ônibus - explica Guilherme Wilson.

O Hibribus, quando rodou em São Paulo: teste de até 10 semanas no Rio de Janeiro

Motor desliga quando estiver parado Segundo a Volvo, para economizar

combustível, o ônibus tem o motor desligado quando parado. Ao arrancar, o propulsor se vale da energia elétrica, passando a funcionar a diesel ou biodiesel a partir dos 20km/h. Cidades como Londres e Nova York já operam ônibus semelhantes. Na capital inglesa, aliás, o que mais se vê nas ruas são os famosos double-deckers, como são chamados os ônibus vermelhos de dois andares, com pouca emissão de gases. Aqui, Curitiba e São Paulo já testaram o modelo híbrido e agora é a vez de Rio e Bogotá, na Colômbia. - Essa tecnologia é vista hoje como uma das maiores oportunidades para sustent-

abilidade econômica na operação de ônibus. Na Europa e nos EUA, as empresas já têm essa opção. A média de consumo desse motor é 30% menor, com emissão de gases reduzida em mais de 50% - completa o diretor de operações da Fetranspor. Outra vantagem do ônibus é ter o seu piso rebaixado, na altura da calçada, facilitando embarque e desembarque de passageiros. O veículo será apresentado no Aterro do Flamengo. No evento, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Fetranspor assinarão um convênio para promover experiências com combustíveis alternativos e tecnologias ecologicamente mais limpas. (Extra Online)

A greve dos funcionários da viação Translitorânea, que integra o consórcio Intersul, vai continuar pelo menos até segundafeira. Não houve acordo durante a reunião realizada ontem entre comissão de empregados e a direção da empresa, que deixou de usar o antigo nome Amigos Unidos. Por causa da paralisação, mais de 50 mil passageiros foram prejudicados em 11 linhas na Zona Sul. O funcionamento da integração do metrô também foi afetado com a greve. A linha expressa 591-A, que liga a estação Cardeal Arcoverde ao Leme, é operada pela empresa e não funcionou ontem. O Metrô Rio informou que a venda de bilhetes para esta rota foi suspensa. De acordo com o Sindicato dos

Rodoviários do Rio, os funcionários da viação estão trabalhando sem carteira assinada desde 6 de novembro, quando o consórcio começou a operar e o Bilhete Único Carioca foi implantado. A direção da Translitorânea teria aceitado regularizar a situação dos funcionários, mas não quer assumir as dívidas trabalhistas da Amigos Unidos. A Secretaria Municipal de Transportes não participou da reunião e também não cobrou solução da empresa. “A direção da Translitorânea não aceitou indenizar os funcionários da Amigos Unidos. Por isso, eles vão continuar com os braços cruzados até tudo ser resolvido”, avisa o diretor do sindicato, Antenor Carlos. Nova reunião será realizada segunda-feira.

Em nota, o consórcio Intersul informou que utiliza veículos da reserva técnica de outras empresas do grupo para substituir os ônibus da Translitorânea. Mas em ronda nos pontos finais, O DIA constatou que muitos passageiros ficaram a pé. É o caso do estudante Tadeu Gollo Felix, 23 anos, que não sabia da greve. “Estou embaixo de um sol forte há 15 minutos. Estranhei não ver nenhum ônibus, mas ia continuar esperando. Eles poderiam pelo menos avisar”, critica Tadeu, que utiliza a linha 593 para ir do Leme a Copacabana. Já o empresário David Bohadana, 58, esperou por 20 minutos e desistiu. “A greve embolou meu dia todo. Isso é falta de respeito”, reclama. (O Dia)

Antiga Amigos Unidos continua em greve no RJ

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Modal mais usado no Brasil é o ônibus urbano, indica pesquisa Foto: Luciano Roncolato

Estudo divulgado na quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que os ônibus urbanos continuam com principal modal de mobilidade urbana do país em todas as faixas de renda. O estudo mostra que, entre os 25% mais pobres e os 5% mais ricos, houve uma frequência de 23,1% e de 28,4%, respectivamente. Os dados indicam ainda que é alta a participação dos gastos com transporte público na despesa das famílias mais pobres. Usado por 38,5% do universo de 25% da população mais pobre, o transporte público, segundo o Ipea consumia 8,7% da renda dessas famílias; enquanto que dos 5% mais ricos, 40,7% utilizavam transporte público, mas as despesas representavam apenas 0,8% de suas rendas. “O levantamento aponta um aumento de demanda pelo transporte público, entre 2002 e 2009, com a população mais pobre usando mais o ônibus por causa do emprego e da necessidade de deslocamento diário”, disse o técnico de planejamento e pesquisa do Ipea Pedro Humberto Carvalho. Segundo ele, a pesquisa revela que a população mais rica tem utilizado mais o transporte individual.

Ônibus urbano: modal ainda é o mais usado no Brasil, em todas as faixas de renda O estudo do Ipea mostra também que os 25% mais pobres tiveram frequência maior no uso do transporte pirata (vans, lota-

das, moto-táxis, e kombis). A análise do Ipea comparou os dados de 2002/2003 com os de 2008/2009. (DCI)

GE desenvolve “ônibus elétrico do futuro”

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Foto: Reprodução

A GE sempre foi a favor do desenvolvimento sustentável, mostrando isso com o projeto Ecomagination, presente em vários países, que incentiva o desenvolvimento de produtos tecnológicos que não agridam o meio ambiente. Um dos projetos gerados por essa iniciativa foi o “ônibus elétrico do futuro”, que tem como premissa mostrar que o ônibus elétrico pode ser tão eficiente quanto o convencional, sem agredir o ambiente. Um dos grandes problemas do projeto foi o fato do ônibus elétrico ter uma bateria de baixa autonomia, fazendo com que ele se locomovesse em curtas distâncias. Pensando nisso, a GE criou uma tecnologia híbrida, que usa bateria de lítio e sódio unidas, fazendo com que o veículo andasse por mais tempo. Baterias de lítio podem fornecer correntes extremamente altas de energia, mas descarregam muito rápido; já as baterias de sódio, não fornecem tanta energia, mas duram muito mais tempo. Unidas, as baterias

Ônibus híbrido de testes da GE está em circulação por diversos países pelo mundo oferecem corrente de energia poderosa e têm durabilidade, excluindo quaisquer problemas presentes nas mesmas, mostrando que duas baterias combinadas funcionam melhor que

uma grande. O ônibus foi às ruas e mostrou que a ideia realmente dá certo, e ainda reduz os custos da bateria gigante convencional em 20%. (Olhar Digital)

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Marisa Vanessa N. Cruz A história dos transportes em Diadema

Foto: Waldemar Freitas Jr.

COLUNISTAS

Mafersa da ETCD: lote de 40 carros de uma vez Nos anos 1930, ainda não existia a cidade de Diadema. Aquele local era chamado de Vila Conceição e era distrito da cidade de São Bernardo do Campo. A principal empresa de ônibus da região, a Empresa Auto Viação São Bernardo, existe desde os anos 1930. Comandado por Antônio Romano, a principal linha que passava pela vila nos 40 e 50 era São Bernardo do Campo – Praça João Mendes que tinha seções tarifárias em Piraporinha, Vila Conceição e 1ª secção (imagino que seja no bairro da saúde, ali na Praça da Árvore). Em 1959, a Viação São Bernardo cria uma variante indo para o bairro do Eldorado, às margens da Represa Billings, local turístico naquela época. Enquanto isso, neste mesmo ano acontece a emancipação local da Vila Conceição, tornando-se município. E nesse ínterim foi criada a Viação Diadema, transferindo-se a linha Eldorado da Viação São Bernardo para a nova empresa. E de lá foi criado uma outra linha São Bernardo do Campo – São Paulo (Liberdade) via Av. Cupecê e Av. Santo Amaro. Já em 1964, surge a Auto Viação Triângulo, empresa criada pelos portugueses Fernando Neves de Assunção, Antônio Leandro Cardoso da Cruz e Antônio Teixeira, cujo objetivo é atender a região norte de Diadema. Três anos depois surge sua primeira linha: São Bernardo do Campo (Rudge Ramos) – São Paulo (Liberdade) via Jardim Campanário, Zoológico e Aeroporto de Congonhas, transferido da Viação Santa Amélia. Em 1970, em concorrência com a Viação Colina, Viação Ferraz, Auto Viação São Bernardo e até com a CMTC, a Triângulo venceu a concessão da linha Diadema (Vila Santa Luzia) – São Paulo (Liberdade). Hoje, estas duas linhas, respec-

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tivamente AOL 050 e 051, atendem somente até o bairro da Saúde próximo ao Metrô e esta última é operada pela Viação Imigrantes. A Empresa São Luiz Viação S/A, o mesmo que fazia as linhas na região da Estrada de Itapecerica, tinha a linha Santo Amaro – São Bernardo do Campo (Acampamento dos Engenheiros) cujo local fica do lado da represa Billings e na divisa com Diadema, atendendo principalmente a região de Eldorado. Em 1966, a linha passou para a recém criada Viação Represa, dos mesmos donos da extinta Viação Mar Paulista. Nos anos 60 e 70, só existiam na cidade a Viação Diadema, Auto Viação Triângulo, Viação Represa e Viação Imigrantes (esta última criada como sub-divisão da Viação Diadema fazendo linhas municipais). Veio o metrô, e maioria de suas linhas intermunicipais para São Paulo foram reduzidos até Jabaquara ou Saúde. Os Romano vendem a Viação Diadema para Joaquim dos Santos Amaral, Manuel Maria Afonso, Antônio Simões da Fonseca e Joaquim Gomes de Souza. Veio os anos 80, e os donos de empresas resolvem vender para conhecidos “tubarões” como Nenê Constantino e Baltazar José de Souza. Em 1986, suas linhas da Viação Diadema foram repartidas entre várias empresas, como Viação Represa (Constantino), Viação Riacho Grande (Baltazar), ETCD (Prefeitura de Diadema) e o restante das duas linhas intermunicipais ficou com Baltazar José de Souza, utilizando ônibus usados da Viação Santa Rita. A Rápido Zefir Junior fez sua pequena participação por alguns meses de 1986, na então recém criada linha 279 (Diadema Vila Paulina – São Paulo Metrô São Judas) que passava pelos bairros de Jardim

Rosinha e Campanário com 30 ônibus usados de sua filial em Praia Grande. Depois esta linha foi absorvida pela Viação Riacho Grande. A ETCD no início trouxe 30 ônibus novos, os Caio Amélia 86. Depois os Condor e os Gabrielas ficaram na empresa. Em 1989, aproveitando a intervenção da Viação Bandeirante, empresa localizada na capital paulista, pegou vários Amélias e um Vitória e trouxe tudo para Diadema, uns com a pintura vermelha, outros com a pintura da Viação Bandeirante/Santa Cecília. Alguns não foram aproveitados. Até 1993 rodaram os Amélias 057, 059, 069 a 079, o Gabriela 068 e o Vitória 080, tal qual achei estranho este último rodar só 4 anos: o motivo talvez deva ser ônibus reencarroçado). E a cada um ou dois ônibus, a ETCD lançava uma pintura nova, diferente... se eu contar nos dedos, foram oito pinturas diferentes de 1986 até hoje. O prefeito Filippi (hoje deputado federal) foi um ótimo busófilo. Trouxe ao município 40 Mafersas M-210 de uma vez no mandato 1993/96, e no outro mandato 2001/04 fez parecido. Trouxe 54 Apache S21 com motor traseiro Volkswagen de uma vez. Lembro-me que li algo a respeito de um boato que foi a Viação Imigrantes que comprou toda essa frota nova para a ETCD como exigência, e consultando na Internet não encontrei mais a matéria. Hoje o ex-prefeito é bastante requisitado pelo partido: foi tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff à presidência. Minhas palavras Lembro-me da cidade em 1982. Quando ia à Diadema, para mim era a “cidade dos ônibus azuis”, pois as cores da Viação Diadema para o serviço municipal era azul. Pegava os ônibus intermunicipais amarelos com freqüência, da zona sul de São Paulo até Diadema e às vezes até São Bernardo do Campo. Os ônibus da empresa tinham duas catracas, uma na entrada e outra na saída do ônibus. Lembro-me da chegada dos 11 Amélias no final de 1984. Pena que um ano depois os Amélias foram renumerados do 101/111 para 1401/1411 (ou era 1301/1311?) pois fizeram um sistema de numeração parecida com a Viação Pássaro Marron. Daí em 1986, toda a Viação Diadema foi dividida em partes, conforme citei acima. Vi a chegada dos ônibus da Metra e a população cresceu desordenadamente. Hoje o transporte municipal em Diadema está organizado, e o transporte intermunicipal comum precisa melhorar em partes. A Trans-bus pode deixar do jeito que está. Deixo parabéns pelo aniversário de Diadema e espero que muitos êxitos e conquistas se realizem. Esta história só foi possível contar com a ajuda do Diário Oficial de São Paulo disponível na Internet.

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Foto: Acervo - Preservação Ferroviária

MATÉRIA DA SEMANA

GUARULHOS 450 ANOS

Um dos maiores PIBs e populações do País em um município, Guarulhos nasceu protetor e a serviço da Capital. Mas logo depois mostrou ser uma das forças econômicas e políticas de maior destaque do Estado Adamo Bazani com William de Queiroz (Guarubus) Aeroporto Internacional André Franco Montoro, atividades econômicas intensas e de diversos ramos, uma estrutura de vias e rodovias que fazem jus à cidade que é uma das portas de entrada do Brasil. Toda essa rede de serviços, indústrias e a população que gira em torno dos 1,3 milhão de habitantes são frutos de anos de luta e busca pelo desenvolvimento. No caso de Guarulhos, mais precisamente, 450 anos a serem comemorados no próximo dia 8 de dezembro. Guarulhos passou pro praticamente todas as etapas de evolução dos grandes conglomerados urbanos brasileiros, desde as primeiras habitações por colonizadores, que conferiam um aspecto mais urbano para a realidade da época, pela escravidão, a forte interferência da igreja católica nos negócios do estado, passando pela fase que implantou a urbanização de fato, nos anos de 1920 e pela a que consolidou em 1940. Com a urbanização e o aumento dos bairros cada vez mais distantes dos centros territoriais e econômicos, que atraíam pessoas em busca de oportunidades e melhores condições de vida, obviamente se fez necessária a atuação

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de transportadores de passageiros, que não tinham apenas a visão de subsistência ou pequeno lucro. Mas que, mesmo começando pequenos, tinham a ambição e a visão de que Guarulhos ainda se tornaria maior. Neste contexto, resume bem a história dos transportes de Guarulhos e a própria do município, a Empresa de Ônibus Guarulhos Ltda. A empresa foi criada para responder ao rápido crescimento populacional e ao aprimoramento das atividades econômicas, fatores que resultaram em maior necessidade de deslocamentos internos, a partir dos anos de 1940. A Guarulhos foi fundada em 1º de março de 1946 pelos empreendedores José Nascimento dos Santos e Fioravante Iervolino. O início foi modesto, com seis ônibus que ligavam a Pena, na zona Leste da Capital, ao centro e a alguns bairros de Guarulhos. Assim, como a população foi crescendo, também expandiram-se as linhas e a quantidade de carros da empresa. Em 1º de setembro de 1960, a empresa já tinha várias ligações e mais investidores, além das famílias fundadoras, o que fez com que nesta data fosse transformada em sociedade anônima. Apesar de ter enfrentado problemas financeiros e administrativos, decorrentes da conjuntura econômica da inflação dos anos de

1980, que aumentava os custos e diminuía a rentabilidade das empresas, a Guarulhos continuava ser atraente para grandes investidores a do setor. Um deles conseguiu adquirir a empresa, o Grupo de Jacob Barata, formado por empreendedores do Rio de Janeiro que viram na Guarulhos uma oportunidade para aumentarem a participação no Estado de São Paulo. Em 1996, mesmo pertencente ao mesmo grupo, a empresa foi desmembrada, surgindo a Guarulhos Transportes ao lado da Empresa de Ônibus Guarulhos. Os transportes urbanos sempre foram presentes na história da cidade de Guarulhos. A cidade teve grande incremento urbano com a chegada do ramal Guapyra – Guarulhos, do Trem da Cantareira em 1915. Várias empresas de ônibus marcaram e ainda fazem parte da cidade. Entre elas, Oito Irmãos, Canarinho, Icaraí, Transcol, Ponte Alta Tupã, Itaquaense, Transguarulhense (já extinta) e as em operação Vila Galvão, Arujá, Atual, Transdutra, Transmetro, alpem das próprias EO Guarulhos e Guarulhos Transportes. Esta potência de cidade foi criada em 08 de outubro de 1560 como povoado estrategicamente localizado para defender a São Paulo de Piratininga dos ataques indígenas. A descoberta de monas de ouro por Afonso

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Foto: Empresa de Ônibus Guarulhos

Sardinha em 1590, foi fundamental para a autonomia economia de Guarulhos. GUARULHOS PONTO A PONTO DE ÔNIBUS NA LINHA DA HISTÓRIA O Geórgrafo, professor e pesquisador William de Queiróz, criador do site Guarubus, que conta a história dos transportes pelas pinturas e modelos de ônibus de diferentes épocas, ajudou nosso site, com uma trabalhosa, detalhada e valiosa cronologia exclusiva sobre os transportes. O material, com base em pesquisas de dados especiais, é divulgado de maneira inédita e deve servir como consulta futura e uma forma de deixar registrada para as atuais e futuras gerações a tão rica história dos transportes de Guarulhos, que está entre as cidades de maior destaque do País. Mantenham os créditos e visitem o site de Wiiliam: http:// www.guarubus.fotopic.net/ Cronologia dos Transportes Públicos de Guarulhos (Geóg. William de Queiroz) 1. Início do Século XX • 29-12-1908 – O Governo do Estado autoriza a construção de um Ramal da Tramway da Cantareira até o bairro de Guapyra e, daí em diante passando por Nossa Senhora da Conceição de Guarulhos, Bonsucesso e Tomé Gonçalves. • 04-02-1915 - Inauguração da estação de Guarulhos. • 24-02-1915 – Inauguração do Ramal de Guarulhos da Tramway da Cantareira com 10.500m de extensão. A cidade contava inicialmente com 5 estações: Vila Galvão, Torres Tibagy, Gopouva, Vila Augusta e Guarulhos. Na década de 40 estendeu-se até a Base Aérea de São Paulo. • 23-10-1915 – Inauguração da estação de Vila Galvão. • 01-12-1916 – Inauguração da estação de Vila Augusta. 2. Anos 20 • 31-02-1922 - Inauguração da estação de Gopouva. • 15-09-1922 – Um ofício da The São Paulo Light and Power Company comunicando a possibilidade de não poder fazer o prolongamento de serviços de bondes até Guarulhos. • 26-01-1923 – José Saraceni, residente à Avenida Guarulhos pede o privilégio de cinco anos para a exploração de uma linha de automóveis para o transporte de passageiros de Guarulhos ao bairro da Penha e vice-versa. O pedido foi reiterado em 13-02-1923. • 11-01-1924 – Pelo Ofício nº 115 é pedida a eletrificação da Tramway da Cantareira nos molde da linha férrea São Paulo-Santo Amaro.

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Monobloco Mercedes Benz O 321 da Empresa de ônibus Guarulhos nos anos de 1960.Empresa criada em 1946 é a mais tradicional do setor de transportes urbanos da cidade em operação. A empresa sempre acompanhou as mais modernas tendências, renovando a frota com os melhores modelos de cada época • 15-04-1925 – Paulo Faccini, na qualidade de gerente da Empresa Auto Bonds, requereu privilégio de transitar com passageiros de Guarulhos à Penha. • 15-09-1926 – Lei nº 70 regulamenta o serviço de tráfego de auto bond entre Guarulhos e o bairro de Ponte Grande. • Art. 1º - Todo auto bond é obrigado a colocar na parte interna da frente do carro o horário de trens da Tramway da Cantareira. • Art. 2º - Todo condutor de carro auto bond deverá trazer consigo um relógio certo com o Tramway. • Art. 3º - Aos infratores será aplicada a multa de Rs 50$000 (cinqüenta mil-réis) e caçada a carta na reincidência. • 16-07-1928 – O serviço de transporte de passageiros de Guarulhos à Penha foi posto em concorrência pública. • 15-09-1926 – É aprovada a Lei nº 70 que regulamenta o serviço de tráfego de auto bond entre Guarulhos e Ponte Grande. • 14-08-1928 – É expedido edital de concorrência pública para a concessão dos serviços de transportes de passageiros, de Guarulhos à Penha, via Avenida Guarulhos. • 15-02-1929 – A requerimento do proprietário da empresa Auto Omnibus, Adil Darghan, a Câmara concede Rs 500 (quinhentos réis) para a colocação de mais um veículo no percurso Guarulhos à Penha de França. 3. Anos 30 • 15-05-1930 – Guarulhos contava com 4 ônibus.

• 27-11-1930 – Pela Portaria nº 29, o Prefeito Municipal Provisório, Delezino de Almeida Franco, resolve aceitar as propostas dos senhores Manzano & Abrahão referente ao serviço provisório de auto bonds entre esta cidade e a Penha. Esse serviço foi autorizado provisoriamente com as passagens a Rs 600 (seiscentos réis) e com o funcionamento de 3 carros grandes de 24 passageiros e 1 de 30 lugares. • 24-05-1931 - Inauguração da estação de Torres Tibagy. • 13-06-1931 – O Inspetor José Barbosa informa ao Prefeito Major Ariovaldo Panadés haver a Empresa de ônibus Manzano & Abrahão, sem qualquer aviso, retirado os ônibus que faziam o percurso Guarulhos à Penha de circulação, causando transtorno e sérios prejuízos aos usuários. • 28-05-1932 – Guarulhos tinha 5 ônibus. 4. Anos 40 • 25-01-1945 - Inauguração da estação da Base Aérea de Cumbica. • 01-03-1946 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A passa a ser gerida pelo Grupo Fioravanti Iervolino e Irmãos Nascimento dos Santos, sendo a primeira atividade comercial foi a linha que ligava a cidade de Guarulhos ao bairro da Penha, na zona Leste da Capital. 5. Anos 50 • 24-06-1958 – É inaugurada a sede do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexos de Guarulhos.

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MATÉRIA DA SEMANA Foto: Mário do Santos Custódio

Caio Amélia da Viação Canarinho. Outra empresa tradicional com sua marca inconfundível de cor amarelo canário nos ônibus. Empresa em 1991 foi comprada pelo Grupo da Rodoviário Atlântico, empresa depois incorporada pela Viação São José de Guaratinguetá,e posteriormente, Pássaro Marron

• 1958 – Parte das operações da Empresa de Ônibus Guarulhos S/A são transferidas para E.O.Vila Galvão Ltda. 6. Anos 60 • 05-05-1960 – A Empresa de Ônibus Guarulhos passa a integrar aos empresários Paschoal Thomeu e João Thomeu e as cotas adquiridas de Fioravante é associada aos Irmãos Nascimento dos Santos. • 17/06/1960 – Decreto nº 36.780 determina que a Viação Atibaia-São Paulo ser permissionária da linha Guarulhos – Atibaia. • 1964 – A E.O.Guarulhos S/A reforça a frota com 40 novos ônibus Mercedes-Benz modelo O-321, culminando em um grande evento na cidade. • 31-05-1965 – Desativada a Tramway da Cantareira, ramal Guarulhos por questões de economia. Na época a Tramway era supervisionada pela Estrada de Ferro Sorocabana. O último trem de número 3131 deixou a Estação de Tucuruvi as 22:00 horas. • 28-01-1966 – É fundada a Empresa de Ônibus Vila Galvão Ltda. 7. Anos 70 • 1970 – A E.O.Guarulhos S/A reforça a frota com 50 novos coletivos Mercedes-Benz O-362 e garantem a qualidade no transporte. Nesta época começa operar a linha intermunicipal Haroldo Veloso – Parque D. Pedro II. • 24-07-1972 – É dada a permissão à Empresa de Ônibus Guarulhos S/A a explorar a linha no percurso da fábrica da Pfizer – Depósito Mu-

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nicipal. Na mesma data é concedida permissão à Viação Gato Preto S/A a operar a linha Haroldo Veloso – Vila Galvão. • 08-08-1972 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A inicia as atividades na linha Guarulhos à Arujá. Esta linha por sua vez ia até o Jardim Aracília, mas tinha que ir até Arujá para retornar à Guarulhos, passando esta ser intermunicipal. Mais tarde passou para a Viação Danúbio Azul que hoje é a Viação Transdutra Ltda. • 1973 – Com a inauguração do Metrô de São Paulo, a E.O.Guarulhos S/A é pioneira a operar na Estação Ponte Pequena (hoje Armênia). • 09-09-1973 – Decreto 4.033 permite a Viação Gato Preto estender a linha Haroldo Veloso até o Jardim Lenize. • 14-08-1973 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A passa a operar a linha que cobre o trecho das avenidas Dr. Samuel Ribeiro (atual Av. Santos Dumont) e Antonio Bardella até o portão da Base Aérea de Cumbica. • 31-10-1973 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A obtém do Estado a permissão de explorar os serviços de passageiros do Jardim Moreira à Capital. • 01-12-1973 – Começa a operação da linha que cobre o percurso Guarulhos à estação rodoviária Tietê sob a responsabilidade da Empresa de Ônibus Guarulhos S/A. • 1974 – O Recibo nº 27.251 da Prefeitura Municipal de Guarulhos, tem como contribuinte a Transcol E.T.C. Ltda que refere-se ao caução de uma linha municipal e oito ônibus no montante de Cr$ 10.608,00, conforme Item II Art. 8º do Decreto 2.742 de 10 de março de 1971. • 08-04-1974 – Decreto 4.523 é transferida à

Transcol E.T.C. Ltda. A permissão da Viação Gato Preto para operar no trecho à segunda deferido. • 12-07-1974 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A é autorizada a operar no trecho compreendido da Rua Conceição (Centro) à Base Aérea (Cumbica). • 14-01-1975 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A obtém permissão para o transporte de passageiros do Jardim Tranqüilidade – São Paulo. • 13-12-1977 – É criada a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU, órgão estadual responsável pelos transportes públicos intermunicipais da Região Metropolitana de São Paulo. • 1978 – A E.O.Guarulhos S/A renovou sua frota com 200 ônibus. Na época, o modelo mais moderno era o CAIO Gabriela, conhecido por “Gabrielinhas”. • 06/07/1979 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A começa a operar a linha intermunicipal Vila Rio – Penha (via Phillips). 8. Anos 80 • 12-06-1980 – Decreto nº 7.252 revoga o Decreto nº 3636/72 que permite a Empresa de Ônibus Vila Galvão Ltda a explorar a linha de transporte coletivo – Pfizer Experimental (Bonsucesso) / Depósito Municipal. • 09-12-1980 – Decreto nº 7.969 permite a Empresa de Ônibus Guarulhos S/A estender a linha Guarulhos-Pq. Uirapuru até o Jardim Cumbica. • 26-02-1981 – É deferido à Transcol E.T.C. Ltda. Estender a linha Vila Galvão-Haroldo

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9. Anos 90 • Fevereiro de 1991 - Ocorreu a mudança dos acionistas da Empresa de Ônibus Guarulhos S/A. O controle acionário passou para o Grupo Jacob Barata, composto de vários empresários do Rio de Janeiro que atuavam e ainda atuam fortemente no transporte coletivo em todo o Brasil. • 19/04/1991 – O Decreto nº 16.437 outorga a permissão de linha de ônibus à E.O.Vila Any Ltda explorar a título precário a linha municipal Vila Any – Residencial Mazzei. Esta

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Fotos: Denir Camargo

Veloso até o bairro Capelinha. • 29-05-1981 – Decreto nº 7.298 permite a Empresa de Ônibus Guarulhos S/A estender até o Jardim Jacy a linha Guarulhos-Bairro dos Pimentas. • 07-08-1981 – Decreto nº 7.667 a Empresa de Ônibus Guarulhos S/A é autorizada a operar com a linha Guarulhos-Bonsucesso até o Jardim Maria Dirce. • 12-12-1981 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A dá início a operação do transporte de passageiros na ligação Guarulhos-São Vicente. Esta linha operava com ônibus Mercedes-Bens modelo O-364 e saía as 7:00 horas no bairro do Bom Clima todos os domingos com 10 carros para a Baixada. O Estado implantou um mandato de segurança para a E.O.Guarulhos e esta linha ficou por um tempo sem operação. Depois de dois meses voltou a operar com a linha Guarulhos-Santos-São Vicente, mas novamente um novo mandato de segurança tirou novamente de operação. Esta linha ficou durante dois anos com a E.O.Guarulhos. Um detalhe interessante era a pintura desses ônibus, diferente dos tradicionais verdes-amarelos, eram vermelho, branco e azul. Esta linha mais tarde passou a ser operada pela Expresso Brasileiro que continua até hoje. • 06-01-1984 – Face uma decisão judicial, os moradores do Bairro dos Pimentas ficaram sem ônibus para o Metrô Ponte Pequena. • 18-06-1984 – É concedido pela Lei nº 2.863, o ingresso às gestantes, nos ônibus que circulam no município, pela porta dianteira. • Janeiro de 1985 - Foram colocadas em operação as linhas de ônibus especiais para o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, SP. Eram duas linhas, uma saindo da Praça da República e outra do Aeroporto de Congonhas. Os ônibus operariam durante as vinte e quatro horas do dia, num percurso médio de trinta quilômetros. • 16/12/1988 - A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A começa a operar a linha intermunicipal Jardim São Paulo – Penha. • 01-09-1989 – Começou a operação do sistema seletivo do Aeroporto Internacional de Cumbica com duas ligações: uma para a Praça da República e outra para o Aeroporto de Congonhas.

Caio Vitória nos anos de 1990, da Viação Ponte Alta. Empresa no inicio desta década foi incorporada também pelo Grupo Rodoviário Atlântico

Caio Vitória da Viação Nova Cidade, outra empresa que passou por várias administrações como da do Grupo da Rodoviário Atlântico e Empresa Guarulhos de Ônibus Ltda. empresa com sede à Rua Lagoa de Pedra, 182 – Parque São Miguel é gerenciada por Umberto e Ricardo Auriemma e Valdete Ataíde dos Santos. • 13/05/1991 – O Termo de Permissão nº 02/91 permite a E.O.Vila Any Ltda a linha Vila Any – Residencial Mazzei com o número de 10 ônibus. • 1991/1992 – O Grupo Atlântico compra a Viação Canarinho renovando boa parte da frota com ônibus novos. • 28/01/1992 – O Termo de Permissão nº 08/92 permite à Marlin Transportes Especiais Ltda a operação da linha Jardim Maria Dirce – Residencial Mazzei. Esta empresa tinha sua garagem na Rua São José do Paraíso, s/nº - Parque das Nações. • 27/07/1992 – O Termo de Permissão nº 02/91-I (Anexo 6) dava a permissão a E.O.Vila Any Ltda a operar a linha Conj. Marcos Freire – Residencial Mazzei.

• 1992 – A Transcol E.T.C. passa a ter nova gerência renovando parte da frota com 5 novos carros 0 km da CAIO modelo Vitória e usados vindos do Rio de Janeiro com nova pintura. • 1992 – O Grupo Atlântico adquire algumas empresas pequenas da cidade como a Viação Ponte Alta e Viação Nova Cidade, trocando totalmente a frota com carros novos e uma nova pintura, onde antes estavam em péssimas condições de uso. • Dezembro de 1992 – É inaugurada a nova sede e garagem da Empresa de Ônibus Guarulhos S/A na Rua Deputado Ulisses Guimarães, 270 no bairro do Taboão. • Dezembro de 1992 – As empresas que operam em Guarulhos somam 16 empresas, são elas: E. O. Guarulhos S/A, Viação Canarinho C.T.L., Expresso Brasileiro Viação Ltda., Transcol E.T.C. Ltda., Viação Itaquaense Ltda., Marlin Transportes Especiais Ltda., Viação Nova Cidade C.T.L., Viação Ponte Alta Ltda,

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MATÉRIA DA SEMANA

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em caráter emergencial a linha Jd. Santo Afonso – Residencial Mazzei. • 1997 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A foi eleita a melhor empresa do setor de todo o Brasil. • 22/05/1997 – Ofício nº 003/97 altera as linhas: 191 Jd. Angélica – Jd. Iporanga; 191-1 Jd. Guilhermino – Jd. Iporanga; 292 Vila Any – Jd. Iporanga; E3 Pq Jandaia – Jd. Iporanga; E4 C. Satélite – Jd. Iporanga; E5 Jd. S. Afonso – Jd. Iporanga; E6 Pq. Piratininga – Jd Iporanga; E8 Pq. Jandaia – Jd. Iporanga, passando estas a atender a Avenida Rio de Janeiro. • 04-07-1997 – É fundada o Grupo Atlântico • 14/04/1998 – Processo nº 2038/97 prolongamento da linha 491 Ponte Alta - Jd. Iporanga (Viação Nova Cidade); Processo nº 2891/97 alteração da linha E8 Pq. Jandaia – Jd. Iporanga (Icaraí T.U.); Processo nº 3731/97 extinção da linha E3 Santo Afonso – Res. Mazzei passando para a linha 191 Jardim Angélica – Res. Mazzei (Viação Nova Cidade); Processo nº 2736/97 inclusão de veículos na frota municipal da Icaraí T.U. Ltda. • 06/07/1998 – Ofício nº 011/98 aprova as alterações do itinerário da linha E5 Jd. Santo Afonso – Jd. Iporanga operada pela empresa Icaraí T.U. Ltda. • 29-09-1998 – É fundada a Viação Transguarulhense Ltda, que passou a operar as linhas da Icaraí T.U., Viação Tupã e algumas linhas que restaram da Viação Nova Cidade. • 1994 – É criada a GUARUPAS (Associação das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Guarulhos e Região). • 22/08/2000 – Paralização das linhas: 892 – Jd. Maria Dirce – Jd. Flor da Montanha (Proc. 0717/2000); 892-1 Hosp. D. Luiza – Iporanga (Proc. 3524/99); E-8 Pq. Jandaia – Jd. Iporanga (via Dinamarca) (Proc. 2006/2000); 291-1 Cj.

Marcos Freire – Jd. Iporanga (Proc. 2007/200). 10. Século XXI • 28/06/2001 – Portaria nº 2295/2001 determina a Viação Transguarulhense realize o seguinte itinerário intermunicipal: Guarulhos (Vila Carmela) – São Paulo (Metrô Penha) via Pimentas/Airton Senna. • 10-10-2001 – A GUARUPAS, associação que reúne as empresas de ônibus que operam em Guarulhos, apresentou o sistema de catraca eletrônica que começará a implantar e que deve começar a funcionar em fevereiro de 2002. • 06-11-2001 – A Empresa de Ônibus Vila Galvão Ltda apresentou à Administração Municipal os novos ônibus que está colocando em circulação até dia 12 de novembro. De um total de 110 coletivos, a frota está sendo ampliada para 128 - um incremento de 16,5%. • 2002 – Processo 4305/2001 determina que a Viação Ferraz Ltda realize o seguinte itinerário intermunicipal: Guarulhos (Centro) – São Paulo (Guaianazes), perante a EMTU. • 06/02/2002 – A Viação Transguarulhense entrega 20 novos ônibus da marca Marcopolo modelo Viale e renovando sua frota sugerido pela Prefeitura. • 03/04/2002 – Portarias nºs 007 e 008/2002 – SU determinam que sejam realizados os itinerários intermunicipais: M884TRO Guarulhos (Cumbica) – São Paulo (Erm. Matarazzo) e M889TRO Itaquaquecetuba (Pq. Piratininga) – São Paulo (Metrô Carrão). • 10-04-2002 – Cerca de 30 ex-funcionários da Viação Canarinho C.T.L. compareceram à sessão da Câmara munidos de cartazes, para conseguir a sensibilização dos vereadores. A empresa está sendo fechada, e agora será reaberta com o nome Atlântico Transportes MetropoliFoto: Sérgio Lopes / Acervo Waldemar de Freitas Jr.

Viação Poá Ltda., Viação Transdutra Ltda., Viação Tupã Ltda., Turismo Bom Clima Ltda., Viação Any Ltda., E. O. Vila Galvão Ltda., Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU e Auto Viação Urubupungá. • 1993 – O Grupo Atlântico adquire a Transcol E. T. C., empresa que operava as linhas da região do Jardim São João para o Centro e Vila Galvão utilizando boa parte da frota que era da Viação Canarinho com uma nova pintura nos mesmos moldes do grupo. A Viação Any, essa com uma única linha – Vila Any-Pça do Estudante passa a ser operada pela Viação Ponte Alta também do mesmo grupo. Nesse mesmo entra em operação a Icaraí Transportes Urbanos Ltda assumindo as linhas que eram da Viação Itaquaense Ltda. • 02/07/1993 – Processo nº 17.277/93 determina que a Viação Currupira Ltda realize o itinerário Hospital Dona Luíza – Residencial Mazzei com o Termo de Permissão nº 08/92-I (Anexos 3 e 4). Esta empresa tinha sua garagem na Avenida Papa João Paulo I, 367 – Bonsucesso. • 14/10/1993 – A EMTU com o documento nº CT PC 1030/93, autoriza a linha intermunicipal Vila Carmela – Metrô Guilhermina-Esperança. Nessa época esta linha foi operada pala Viação Itaquaense Ltda. • 20/10/1994 – O Termo de Permissão nº 08/92 (Anexo 5) dá a Viação Currupira a linha Jd. Maria Dirce – Residencial Mazzei que pertencia a Marlin T. E. Ltda. A garagem desta empresa mudou para a Rua Itaquara, 15 – Jd. Presidente Dutra. • 1994 – O Grupo Atlântico unifica a Transcol, Ponte Alta e Nova Cidade, passando a ser denominada apenas Viação Nova Cidade CTL. A empresa adquiriu cerca de 100 novos carros 0km da marca Marcopolo, modelo Torino G4 com pintura nova e reformou alguns outros carros da empresa. • 11/04/1995 – É autorizado à Icaraí Transportes Urbanos Ltda no prazo de 120 dias a exploração da linha Hosp. Dona Luíza - Res. Mazzei que pertencia a Viação Currupira. • 25/09/1995 – Processo nº 22.381/95 a E.O.Guarulhos S/A pelo prazo de 120 dias a explorar a linha Praça 08 de Dezembro – Jd. Santa Clara. • 01-04-1996 – É fundada a Guarulhos Transportes S/A a “filha” da Empresa de Ônibus Guarulhos S/A. • 15/05/1996 – Portaria nº 2441/96 autoriza à Viação Nova Cidade CTL pelo prazo de 120 dias a explorar a linha Cidade Satélite – Res. Mazzei e Parque Jandaia – Res. Mazzei. • 02/08/1996 – Ofício nº 196/96 autoriza a Viação Nova Cidade CTL o itinerário Jd. Santo Afonso – Res. Mazzei passando a atender o bairro de Cidade Satélite e fazendo ponto inicial no Jardim Guilhermino. • 18/10/1996 - Portaria nº 4666/96 autoriza a Icaraí T.U. Ltda até o dia 28/02/1997 a explorar

Ciferal GLS, Mercedes Benz da Empresa de Ônibus Guarulhos, nos anos de 1990. Nessa década, Empresa foi comprada pelo poderoso grupo empresarial do Rio de Janeiro de Jacob Barata

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Foto: Acervo William de Queiroz

tanos. Desde o mês de março, foram demitidos 144 funcionários. • 22/04/2002 – Portaria nº 023/2002 – SU pede a autorização da linha Guarulhos (Itapegica) – São Paulo (Metrô Tucuruvi), pernate a EMTU. • 29/04/2002 – Portaria nº 026/2002 – SU determina a criação de uma linha intermunicipal Guarulhos (Aeroporto Internacional) – Santo André (TERSA), perante a EMTU. • 01-05-2002 – Começou a operar duas novas linhas circulares operadas pela Viação Transguarulhense, sendo elas a 290-1 - Vila Carmela/Cidade Satélite e E-08 – Circular Pimentas/ Centro. • 13-05-2002 – Implantação da Bilhetagem Eletrônica. • 14-05-2002 – A Empresa de Ônibus Vila Galvão Ltda entregou 10 novos ônibus que circularão nas linhas municipais, inaugurando as novas cores e a atual logomarca da empresa. • 23-05-2002 – A Empresa de Ônibus Vila Galvão Ltda entregou 30 novos ônibus da marca Marcopolo, modelo Viale para as linhas intermunicipais, cujas cores obedecem ao padrão da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos). • 03-06-2002 – Greve prejudica mais de 500 mil usuários de ônibus na cidade. Os trabalhos foram interrompidos após o sindicato das empresas de ônibus ter oferecido aumento de 5% e continuação das negociações salariais. Em assembléia, a categoria rejeitou a proposta. Alguns coletivos da Empresa de Ônibus Vila Galvão circularam pela manhã, mas retornaram às garagens. As empresas em greve são as E. O. Vila Galvão, E. O. Guarulhos, Guarulhos Transportes, Viação Canarinho, Viação Transvale, Viação Transdutra e Viação Transguarulhense. • 15-08-2002 – Último de utilização do Passe Escolar de papel. • 06/09/2002 – Portaria nº 033/2001 – SU determina a Viação Transguarulhense realize o seguinte itinerário intermunicipal: Guarulhos (Pq. Piratininga) – São Paulo (Metrô Penha) via Pimentas/Jd. Santo Afonso. • 2003 – A Transmetro Transportes Metropolitanos Ltda inicia suas atividades operando parte das linhas intermunicipais que eram da Guarulhos Transportes S/A. Esta empresa é da antiga Viação Canarinho (Grupo Atlântico) que é apenas administrada pela E.O.Guarulhos S/A. • 16/01/2003 – Processo Administrativo nº 2769/2002 determina a criação e realização da linha intermunicipal Guarulhos (Vila Carmela) – São Paulo (Metrô Carrão). • 18/01/2003 - Processo Administrativo nº 3860/2002 determina a criação da linha intermunicipal Itaquaquecetuba (Pq. Piratininga) – São Paulo (Metrô Patriarca). • 27/02/2003 – Portaria nº 015/2003 determina a autorizar a linha intermunicipal Itaquaquecetuba (Pq. Piratininga) – São Paulo (Metrô Car-

Viação Curupira, empresa típica de Guarulhos, uma das 16 viações que figuravam nos anos de 1990 na cidade rão). • 01-03-2003 – A Empresa de Ônibus Guarulhos S/A começou a operar a linha 175 BI-1 Jardim Adriana II - Metrô Armênia (Via Jardim Santa Emília e Jardim Jovaia), que vai atender os bairros Jardim Adriana II, Jardim Jovaia, Jardim Bela Vista, Jardim Santa Emília, Parque das Laranjeiras, Condomínio Ilhas Gregas e Parque Flamengo. • 31-03-2003 – A Empresa de Ônibus Vila Galvão Ltda assume definitivamente as linhas da extinta Atlântico Transportes Metropolitanos na região do Bairro dos Pimentas (Jardim Leblon, Parque Piratininga, Jardim Angélica, Vila Any e Itaim) com 70 novos carros. Apenas a linha Jd. Cumbica continuou com a Atlântico por alguns meses. • 19-05-2003 – A Prefeitura retira 6 ônibus da Viação Transguarulhense (prefixos 001, 002, 016, 028, 030 e 254) que faziam a linha 187-1 (Circular Pimentas/ Bom Clima - Via Centro) foram lacrados depois de serem reprovados em vistoria realizada pela Secretaria de Serviços Públicos. Os principais problemas verificados pelos fiscais foram caixa de direção com vazamento de óleo, tanque de combustível danificado, terminal de barra de direção com folga, entre outras irregularidades. Para operar a linha, a Secretaria remanejou veículos da Empresa de Ônibus Guarulhos, Empresa de Ônibus Vila Galvão e Guarulhos Transportes, que passaram a fazer o itinerário. • 12-08-2003 – Greve de motoristas e cobradores da Viação Transguarulhense. A Prefeitura montou um esquema especial de transporte para atender as regiões de Bonsucesso, Cumbica e Pimentas. Foram deslocados na operação 14 ônibus da frota reserva das demais empresas que atuam no município e 13 lotações que,

durante todo o dia, foram liberados para circular em período integral na cidade. A greve foi o único meio encontrado pela categoria para forçar a empresa a registrar cerca de 150 funcionários que trabalham sem carteira assinada. • 03-09-2003 – Começam a operar com bilhetagem eletrônica cerca de 29 Lotações Regularizadas pela Prefeitura. • 12-2003 – A Viação Transguarulhense Ltda passa a ser gerida pelo Grupo Belarmino. • 08-01-2004 – Inicio de teste de bilhetagem eletrônica em algumas linhas intermunicipais (100 - Mikail/Penha, 253 - Paraíso/Metrô Penha e 105-EX - Jd. Moreira/Metrô Tucuruvi). O 1º teste foi realizado pelo Secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e o presidente da EMTU, Joaquim Lopes. • 01-05-2004 – A Viação Transguarulhense Ltda ganha 70 novos ônibus, sendo 40 microônibus e 30 convencionais. PESQUISA E REALIZAÇÃO DA CRONOLOGIA: William de Queirós, responsável pelo site Guarbus, que retrata a história dos transportes não só de Guarulhos, mas de todo o Estrado de São Paulo e outras regiões do País por desenhos de modelos e pinturas que marcaram épocas e cidades Texto: Adamo Bazani CONFIRA O SITE, POIS VALE A PENA http://www.guarubus.fotopic.net/ Fontes: • Ranali, J. 1986. Cronologia Guarulhense. • E.O. Guarulhos S/A. Site: www.onibusguarulhos.com.br e Jornal Roda Viva • Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU. Site: www.emtusp.com.br • Guarupas. Site: www.guarupas.com.br • Jornal Olho Vivo. Site: www.olhao.com.br

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REVISTA

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Maicon Igor Barbosa



ESPECIAL Vitórias da Abarebebe depenados na antiga garagem da empresa, em Peruíbe

AS RUÍNAS DA ABAREBEBE Carros da tradicional empresa que operou em Peruíbe estão às traças

Gabriel Gonçalves Dias O trocadilho mencionado no título acima, refere-se à extinta Viação Abarebebe, a qual foi detentora das linhas municipais de Peruíbe/SP, entre os anos 80 e 90. Empresa simples, que mantinha poucas linhas de transporte, talvez essas suficientes para a época, com veículos de pintura conhecidos naqueles anos como saiablusa de cores azul e branco respectivamente e alguns carros oriundos da Viação Cidade Dutra de São Paulo, capital.Há quem diga ainda que seus carros vieram da extinta Viação Cruz da Colina também de SP e outros que foram comprados 0km para rodar na cidade no início dos anos 90. São quase inexistentes os registros sobre tal empresa, mas o que se comenta é que, o seu serviço não era dos melhores, uma vez que, era muito grande a deficiência em diversas linhas chegando a operar com apenas um carro em algumas delas, e os atrasos eram pavorosos. Outro fato que chama a atenção é que esta empresa por anos monopolizou o transporte na cidade e em diversas

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gestões municipais ganhou o direito de prestar o serviço de transporte, sem ao menos se manifestar ou ter uma concorrente. Só que a sua quebra estava por vir e em 2004/2005 a empresa é dada como falida, e logo depois dá o seu lugar à sua sucessora, a Intersul Transp e Turismo. Com o passar dos anos os carros da Viação Abarebebe foram sendo esquecidos no pátio onde ainda era considerada a sua garagem, daí foram sendo distribuídos aos poucos, onde alguns foram vistos em pátios da VCD Viação Cidade Dutra, junto de carros desativados da mesma, em São Paulo. Estes carros não demoraram muito para ter o seu fim definitivo declarado. Já outros cinco exemplares (2 Caio Vitória VW 16.180CO, 2 Caio Vitória MBB OF-1318 e 1 Thamco Scorpion MBB OF-1318), foram deixados no pátio até serem levados para um terreno baldio às margens da Rodovia Pe. Manoel da Nóbrega, km 343 em uma via de terra no Bairro dos Prados, posteriormente. Foi ai que, passaram a se deteriorarem com a ação do tempo, vendo os dias passarem pelas suas dianteiras, ser-

vindo de sustentação para algumas plantas e até mesmo de flores e deixando para os usuários uma lembrança nada boa, já que o transporte da cidade passava por melhorias. Hoje se resumem à verdadeiras sucatas em processo de desmanche e aos poucos vão sumindo do local, deixando para trás muito vidro quebrado, borrachas de vedação das janelas, as tampas do alçapão de ventilação e até mesmo pedaços do forro do teto. A luz da campainha, original do modelo Vitória está jogada no chão bem na entrada do terreno, o banco do motorista do carro Nº12 ainda intacto, nos leva a imaginar um tempo que não é nosso e chegamos a imaginar como seria o ronco do motor pelas ruas e avenidas de Peruibe, muitas na época sem asfalto e que mais se pareciam com um rallye em tempos chuvosos. No letreiro, mesmo que meio turvo devido o ao limo que se formou por conta das chuvas ainda é possível ver a numeração no letreiro o qual correspondia ao prefixo do carro e a lona com os nomes dos bairros ainda moram ali. Um dos veículos ainda ostentava

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Fotos: Gabriel Dias

(talvez a sua última linha antes de ser desativado) o nome RUÍNAS...um bairro turístico de Peruibe, onde está localizada as “Ruínas do Abarebebe”, daí o seu nome...e que hoje mostra a verdadeira situação daquilo que um dia esteve em seus tempos de glória pelas ruas de Peruíbe e até mesmo a situação deplorável da empresa. O que teria arruinado o reinado da Abarebebe? Porque vários de seus funcionários a processaram e a processam até hoje? Por qual motivo ela teria se desfeito de tantos carros e apenas cinco teriam permanecido com ela até pouco tempo? Quem era o seu verdadeiro dono? São perguntas que nunca se calaram. INTERESSANTE Existe registros que um ônibus da Viação Abarebebê ficou preso em atoleiro no Bairro Barro Branco por uma semana. “Com vinte dias de chuvas ininterruptas, as estradas do Barra do Una e do Bananal estão intransitáveis. Um dos únicos meios de transporte da população destes locais, os ônibus da Viação Abarebebê, não estão conseguindo vencer os buracos e os lamaçais.Há uma semana, um ônibus da viação ficou atolado e nem mesmo o trator da prefeitura conseguiu tirá-lo. Os ônibus não conseguem passar do Barro Branco. Não pára de chover em janeiro. Com as chuvas, muitos problemas com os ônibus são registrados na cidade e se agravaram. É o caso da conservação de estradas e ruas, pedida várias vezes ao governo passado e, agora, de responsabilidade da atual administração. Exemplo do caos é a situação da Viação Abarebebê. Há uma semana um ônibus da empresa atolou na região do Barro Branco e a linha que segue até a Barra do Una não está trafegando, por absoluta falta de condições do ônibus chegar lá em decorrência do carro que ficou no meio da estrada bloqueando-a. Segundo a administração da Viação Abarebebê, além do prejuízo com um ônibus parado por uma semana, teve platô e disco queimados na tentativa de sair do atoleiro. O excesso de buracos causa a torção do chassis dos ônibus e a quebra do diferencial. A empresa teve 6 veículos com diferenciais quebrados nos últimos dez dias. “Queremos ver qual empresa colocaria ônibus novos nas condições de tráfego encontrada em Peruíbe, tanto nas estradas como próximo do centro. “Basta ver o péssimo estado de conservação da Avenida Luciano de Bona, por exemplo”, disse um dos representantes da empresa.”

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Fábio Takahashi Tanniguchi O que a briga “avião vs. ônibus” tem a ver com tecnologia?

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

COLUNISTAS

Tem tudo a ver. Nas próximas linhas, você terá uma breve noção das diferenças. Cabe a você, leitor, refletir sobre como ambas as partes, mas principalmente as empresas de ônibus rodoviários, podem estar perdendo clientes e, conseqüentemente, dinheiro. Vamos comprar a passagem pela internet? Se você optou pelo avião, conseguiu facilmente comprar sua passagem, reservar seu assento e já até pegou o código para acessar o site algumas horas antes da viagem para imprimir seu cartão de embarque em casa. Se você optou pelo ônibus, dependerá da empresa. Algumas empresas de grandes grupos já possuem sistema web para compra de passagens. Legal! Porém, se a empresa escolhida não possui venda online, você poderá comprar a passagem na rodoviária (o que é uma enorme perda de tempo para pessoas que trabalham e têm o que fazer da vida), você poderá ir com outra empresa que possui vendas online, ou então pode ir de avião de uma vez por todas. Ah, você conseguiu ir para a página de pagamento! Se vai de avião, as companhias oferecem diversas formas de pagamento, aceitando todos os cartões de crédito do mercado e ainda com outras opções alternativas. Se vai de ônibus, muito provavelmente você estará restrito a uma ou duas operadoras de cartões. Certa vez, minha família tentou comprar passagens online da Pluma e tivemos que ir à rodoviária comprar em dinheiro porque o site e os balcões de rodoviárias só aceitam Visa e Visa Electron. Sorte da Pluma, pois não desistimos de viajar com ela. Bem, se você já comprou online, vamos ao embarque, certo? Se você vai de avião, só precisará imprimir o cartão de embarque em casa, que já sai com todas as informações do bilhete que seria impresso no guichê, inclusive com o código de barras para passar na fiscalização da Infraero (antes de entrar na sala de embarque) e para entrar no avião (controle da companhia aérea). O máximo que você terá que fazer será ir ao guichê para despachar sua mala ou ir a um dos computadores de auto-atendimento para imprimir seu ticket definitivo em alguns segundos (caso não tenha feito o check-in online em casa). Se você vai de ônibus, terá que imprimir um voucher para ir ao guichê da rodoviária (onde você provavelmente pegará fila), pegar seu bilhete de embarque e seu bilhete para passar nas catracas (no caso das burocráticas rodoviárias da Socicam). Aliás, a Socicam cria uma burocracia imensa para embarcar. Porque não mandar a empresa só colocar um pequeno

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código de barras no canto da passagem para passar nas catracas, código que poderia ser gerado na própria impressão do bilhete, ao invés de gerar tanta dificuldade aos passageiros que compram online? E por que as empresas não geram o bilhete propriamente dito para o passageiro imprimir em casa, preencher os dados (nome, RG, endereço, etc.) em casa, e ir direto ao ônibus (no caso de rodoviárias sem burocracia) quando for à rodoviária? Basta entrar no ônibus e perceber que tudo é espartano. Muitas empresas mal oferecem jornal e/ou revista para você, mesmo em serviços leito. Uma quantidade de empresas que dá para contar no dedo oferece sistema de áudio (no qual a empresa oferece fones de ouvido que são conectados na lateral da poltrona, onde você pode selecionar dentre vários canais de música que costumam ser descritos na revista da empresa). Da mesma forma que no ônibus, basta embarcar numa das duas companhias aéreas que “duopolizam” o transporte aéreo doméstico para ver que tudo também é espartano. Poucas revistas, jornais escassos, sistemas de áudio desativados, sistema de vídeo que só funciona para mostrar as instruções de emergência. Aliás, instruções de emergência que também são obrigatórias em linhas interestaduais, mas nem sempre isso é respeitado. Você provavelmente vai querer ouvir uma música de seu MP player, celular ou então vai querer usar seu notebook ou netbook, já que nem o ônibus e nem o avião possuem entretenimento satisfatório a bordo. Se você estiver no avião, terá que desligar seus aparelhos eletrônicos durante toda a decolagem e procedimento de pouso. Já no ônibus, está liberado. O problema será ficar

com o notebook no colo por muito tempo, já que os ônibus brasileiros não costumam ter mesinhas. Outro problema será carregar os aparelhos eletrônicos, problema que também ocorre na classe econômica dos aviões. As diferenças podem ir muito além disso, inclusive quanto ao uso de sistemas de informação para gerenciamento por parte de empresas de ônibus e por parte das companhias aéreas. Mas isso já é outra conversa. Alguns devem pensar: “Que besteira! Quem viaja de ônibus não viaja de avião”. Em algumas linhas, viajar de ônibus não é uma hipótese totalmente descartável nestes momentos em que as passagens de avião se equipararam as dos ônibus ou até ficaram menores. Eu mesmo tenho viajado mais de ônibus para lugares mais próximos, pois o stress nos aeroportos atingiu níveis exorbitantes para alguém que só quer relaxar nas viagens, e não se estressar mais do que já faz no dia-a-dia. E muita gente poderia estar escolhendo o ônibus para viajar nas férias. Basta vontade das empresas em mostrar que 6 horas num ônibus pode ser melhor que 1 hora de avião acompanhada de 2 horas de stress no aeroporto mais o tempo que o avião irá atrasar (que é imprevisível num país que está a beira de um colapso na infra-estrutura do transporte aéreo). E também cabe as empresas de ônibus maiores facilidades para comprar a passagem. Dica de Software

Foi lançada no dia 2 a versão estável do Google Chrome 8. O navegador está ganhando mercado e se aproveita, junto com o Mozilla Firefox, a queda no uso do criticado Microsoft Internet Explorer. O Chrome tem atraído muitas pes-

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TECNOLOGIA soas devido à sua interface simples e direta com o usuário. Até a janela de configurações é simples, sem frescuras. Outro ponto bastante considerável é a velocidade do navegador. Rápido e leve, o Chrome agora tem visualizador de PDF próprio na nova versão. Porém, quem esperava o lançamento da Chrome Web Store (loja de complementos do navegador) junto com a versão 8 estável terá que esperar mais um pouco. Como houve poucas alterações anunciadas pelo Google, acredita-se que o Chrome 8 já está vindo com os recursos necessários para viabilizar esse futuro lançamento. Leve, rápido e fácil. São definitivamente as virtudes do Google Chrome. Fábio Tanniguchi usa o Google Chrome diariamente e não se arrepende.

rante boas fotos em diversas condições. Além disso, é possível tirar fotos panorâmicas e ainda vem com o recurso Smile Shutter (que faz a captura da foto no momento do sorriso) e o Face Detection (que otimiza as fotos para capturar os detalhes do rosto das pessoas), comum das câmeras simples da linha CyberShot. Excelente para busólogos que que-

rem migrar para câmeras profissionais mas não gostam de algumas frescuras delas, a NEX-3K custa R$ 2.499,00 no site da Sony do Brasil. A partir desta edição, Fábio Takahashi Tanniguchi conversará com nossos leitores sobre tecnologia, sempre trazendo dicas legais para todos. A princípio, sua coluna será publicada a cada 15 dias. A próxima coluna sairá em nossa edição especial, no dia 18.

Sonho de consumo Câmera híbrida Sony NEX-3K A câmera NEX-3K, da Sony, é uma câmera híbrida. Possui as facilidades de uma câmera comum com a possibilidade de troca de lentes e toda a qualidade de uma câmera profissional. Com 14,2 megapixels, a câmera ga-

Nova Sony NEX-3k

INTERNACIONAL Quarta-feira, 24 de novembro, começou a operação da linha São Paulo x Lima. Tal linha está sendo operada pela Expreso Internacional Ormeño S A, empresa tradicional e uma das maiores do Peru. Com sede na capital, Lima. O veículo saiu de São Paulo, rumo a Lima, as 12h30. O veículo escolhido pela empresa para a rota é o Comil Campione 4.05HD MB O500 RSD, dos mais novos adquiridos pelo grupo. O veículo é dotado de 44 poltronas semi-leito, sendo quatro poltronas invertidas. O tempo estimado de viagem é de 5 dias, são 5.800km de distância, passando por Cuiabá, Porto Velho, Puerto Maldonado, Cuzco e Nazca. A principal rodovia utilizada pela rota é a Interoceânica, recém-inaugurada. A Ormeño informou que as próximas partidas serão nos dias 08 e 19 de dezembro, lembrando que dia 19 de dezembro cairá num domingo. O horário será o mesmo praticado no dia 24 de novembro, meio-dia. Para quem quiser viajar pela Ormeño até Lima, o valor promocional, se com-

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1º ORMEÑO NO BRASIL

Primeira saída aconteceu no dia 24/11 Campione 4.05 da Ormeño saiu do Tietê em sua primeira viagem no dia 24/11 prada passagem de ida e volta, sai a módicos R$ 750,00. Agora vem a pergunta: alguma

empresa brasileira concorrerá com a Ormeño nessa linha? É aguardar pra ver.

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Fotos: Wesley Araujo

Wesley Araújo


Adamo Bazani Empresa tradicional familiar é comprada por grupo de investidores em negócio surpreendente COLUNISTAS

Depois de 76 anos sob responsabilidade da família fundadora, Viação Garcia é vendida para um dos maiores grupos de logística da América Latina

Foto: Adamo Bazani

VIAÇÃO GARCIA, DEPOIS DE 76 ANOS COM O GRUPO FUNDADOR, AGORA TEM NOVO DONO. UMA DAS MAIORES TRANSAÇÕES COMERCIAIS NO SUL DO PAÍS NOS ÚLTIMOS ANOS LEVANTA DISCUSSÕES SOBRE A GESTÃO FAMILAIR NA ATUAL DINÂMICA DOS TRANSPORTES NO PAÍS A Viação Garcia, empresa que cresceu junto com Londrina, no Paraná e boa parte das regiões Sul e Sudeste é uma das várias companhias de transporte que deixam de ter gestão familiar. A Garcia, junto com outras duas empresas que pertenciam a família Garcia, Viação Ouro Branco e Princesa do Ivaí, foi adquirida pelo empresário Mário Lufth e um grupo de investidores por aproximadamente R$ 400 milhões. O que até então era especulação, foi confirmado pelo empresário Mário Lufth ao repórter Daniel Costa, do Jornal de Londrina. Apesar de o Grupo Lufth ser um dos maiores da América Latina no setor de Transportes e Logística, Mário disse que a compra foi feita por ele como pessoa física e outros investidores, sem a interferência do grupo. A negociação envolveu também 37 garagens, pontos de apoio, escritórios e insumos e equipamentos. Mário Lufth comentou as dívidas da Garcia, que acumulam R$ 100 milhões. O empresário procurou minimizar as causas do déficit, dizendo que essas dívidas são referentes mais a despesas da Garcia. “Nesse valor estão englobados o Fundo de Garantia dos funcionários e férias proporcionais. O restante é pequenas contas, mas são

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coisas menores”. A compra da Garcia levanta discussões sobre a gestão familiar das empresas de transportes por ônibus. O mercado passa nos últimos anos por uma nova fase de concentração. Essa fase começou na segunda metade dos anos de 1990. Grandes negócios chamaram a atenção do setor. A São Geraldo foi comprada pela Viação Gontijo, formando um dos maiores conglomerados de transportes do País. O Grupo JCA adquiriu no início dos anos 2000, a Viação Cometa. Além de ser realizado o maior sonho empresarial do patriarca do Grupo, Jelson da Costa Antunes, com a compra, foram concentradas ainda mais as disputadas operações entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Mas será o fim das gestões familiares nos transportes? Não necessariamente. O que ocorre é que essa gestão familiar teve de evoluir com as transformações sócio-econômicas. Assim, o gerenciamento das empresas teve de mudar de postura, sem deixar de ser familiar. Prova disso é que os grandes negócios de empresas de ônibus na verdade passam de família para família. O grupo Gontijo é familiar. O Grupo JCA foi montado em estrutura familiar e Lufth é tradicional nos transportes. Soma-se a isso, o engajamento pessoal dos herdeiros. Não que seja o caso da Gar-

cia, mas o fato é que muitos herdeiros ao tem a mesma dedicação e o laço sentimental a empresa como seus fundadores. Não são dispensados os esforços que os fundadores das empresas tiveram de fazer para formar as companhias. Como receberam as viações com mais facilidade, não possuem o mesmo laço sentimental com a empresa. E laço sentimental não significa necessariamente deixar de assumir critérios técnicos, mas é ter um carinho pelo patrimônio material e humano. A boa notícia para os amantes de história e das marcas tradicionais é que, de acordo com Mário Lufth, o nome Garcia será mantido na empresa, assim como nos anos de 1990, Constanino de Oliveira manteve o nome Breda ao comprar a empresa da família de Ítalo Breda. Lufth descartou demissões, principalmente do setor operacional, e afirmou que a compra da empresa foi a realização de um sonho. “Gosto do segmento, pois envolve desafios constantes. Nosso foco será no passageiro e vamos desenvolver um trabalho bom e bonito.”- disse o empresário que auxilia a filha numa empresa de ônibus de fretamento em São Paulo. Ao Jornal de Londrina, o presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade, Nivaldo Benvenho garantiu que essa foi a maior transação comercial do município.

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José Euvilásio Sales Bezerra Sessão de Cinema

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

COLUNISTAS

O ônibus da viagem, em sua parada

Há algumas semanas, escrevi sobre uma viagem que fiz, usando a linha São Paulo – Ponta Grossa, da Expresso Nordeste. Nessa viagem, a parte mais insuportável foi a hora da “Sessão de Cinema” – que, pra minha alegria, não durou muito. Mais uma vez, a “Sessão” pintou em uma viagem onde eu estava. Desta vez foi na viagem que fiz na linha São Paulo – Rio de Janeiro, da Itapemirim. Fiz esta viagem em um belíssimo Busscar Jum Buss 380. Cheguei às 6h30 da manhã na Rodoviária do Tietê. Fui ao guichê da Itapemirim comprar a passagem. Olhei para o monitor para escolher o lugar. Surpresa

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minha: quatro lugares ocupados. Ou seja, tinha o ônibus inteiro pra escolher. Escolhi a poltrona 17 – janela esquerda. Às 7h00, já dentro do ônibus, e com todos os lanches comprados, vejo que a procura foi enorme na última meia-hora. Não chegou a lotar o carro, mas ao menos preencheram quase todas as janelas. Eu, vendo que tinha um lugar vago em uma poltrona junto à janela mais a frente, mudo de lugar, ficando mais perto da minha bagagem de mão, que tive de deixar distante da minha poltrona devido à falta de espaço no bagageiro acima da minha poltrona, devido ao ar condicionado, que ocupa parte da área do bagageiro no

centro do carro. No meio da primeira parte da viagem, o amigo motorista liga o monitor. Depois de uns institucionais, começa mais uma “incrível” sessão de cinema. Mais um filme B (de Bem meia-boca). Se não me falhe a memória, o nome do filme era “Apolo XIII” e, pra variar, não conhecia ninguém que lá contracenava. Meu bom humor foi embora, tendo de assistir – ou, no mínimo, ouvir – a esse filme na marra. Mas, como aconteceu em 100% das minhas viagens, logo o DVD enroscou e o filme não continuou. Um passageiro, descontente com o filme, levantou-se e foi ao motorista, avisar que o DVD havia travado. O motorista acabou desligando o monitor. Na parada, o motorista confessou a mim que recebeu reclamação de gente que queria ver o filme e de gente que não queria. A pessoa que queria ver o filme mais insistente – e acho até que era a única – era uma senhora, loira, que encheu o motorista até dizer chega, reclamando do fim abrupto da sessão. Logo a viagem recomeça. E o filme volta ao monitor, atendendo ao pedido da senhora insistente. Mas, desta vez, o DVD travou logo no começo. A senhora cinéfila levantouse e foi até a cabina do motorista para, mais uma vez, reclamar que o filme havia parado. Pacientemente, o motorista tentou adiantar o DVD pra ver se o filme seguia. Mas a imagem continuava estática. A senhora, auxiliando-o, narrava a situação da imagem, olhando pelo monitor logo em cima da porta de acesso à cabina – detalhe: o motorista mexia no aparelho ainda na condução do veículo. Para a senhora cinéfila, a situação estava ficando desesperadora. Tanto que, em uma vã tentativa de fazer o filme prosseguir, a senhora dá umas batidas de leve no monitor, esquecendo-se que o problema era com o disco do DVD, cujo aparelho fica na cabina do motorista. Por fim, depois de muitas tentativas frustrada – e muita reza brava deste escriba e de outros passageiros que não queriam nem saber do filme – o motorista desistiu. E a nossa amiga senhora cinéfila acabou voltando ao seu lugar, sem ter de ver seu filme. Acho até legal que as empresas invistam em conforto para tornar a viagem mais sossegada e confortável. Mas, convenhamos, essa iniciativa de colocar TV em ônibus, pra mim, é ridícula. Até porque tem gente que gosta e gente que não gosta. Sem falar que ninguém tem escolha do que assistir ou se quer mesmo assistir. E, quando quer, acaba tendo de ver tudo pela metade por causa da falta de condições do aparelho ou do DVD. Sem falar que é uma atividade a mais para o motorista, que não tem de ficar olhando aparelho de DVD enquanto conduz o veículo.

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V Á, M A S V I S I T E

FOZ DO IGUAÇU UM PROGRAMÃO!

Fotos: Fábio T. Taniguchi

Itaipu Binacional • Parque das Aves • Cataratas do Iguaçu

Vista das Cataratas do Iguaçu, em Foz: bela imagem atrai visitantes Fábio Takahashi Tanniguchi Um pouco sobre Foz do Iguaçu Foz do Iguaçu, no extremo oeste paranaense, é uma das principais cidades do estado e está na Tríplice Fronteira (Brasil - Foz do Iguaçu, Argentina - Puerto Iguazú e Paraguai - Ciudad del Este). Com mais de 250 mil habitantes, é o segundo principal destino de turistas estrangeiros e um dos principais destinos dos brasileiros. A cidade é bastante agradável. Se você se hospedar no Centro, poderá ter fácil acesso ao comércio, que tem como destaque (pelo menos foi o que reconheci como destaque) as roupas (principalmente as malhas). O que costuma ser oferecido em todo pacote turístico é um jantar na Churrascaria Rafain. Lá são exibidos, enquanto você come carne, shows típicos. Porém, não fui pra lá (não aprecio refeições misturadas com shows) e não me arrependi de ir à Churrascaria Boi de Ouro. Pode parecer caro de início, mas vale a pena pela qualidade das carnes e pelo excelente atendimento. Aliás, excelente atendimento foi algo

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que marcou Foz do Iguaçu para mim. Desde os guias da Cassino Tur até a vendedora de uma loja de malhas, todos atendiam muito bem. Os guias eram muito bem preparados, conheciam suficientemente bem a cidade e os pontos turísticos, e tinham boa formação para atender estrangeiros. No grupo, estavam chineses e um casal de ingleses, e foram muito bem atendidos (os guias perguntavam para eles com maior freqüência se haviam entendido o que falaram em inglês e tiravam dúvidas com bastante atenção e dedicação). Itaipu Binacional A Usina Hidrelétrica de Itaipu, localizada no rio Paraná, entre Brasil e Paraguai, é a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, perdendo apenas para a recente Usina de Três Gargantas, na China. Itaipu é, com certeza, um grande orgulho nacional. Seu tamanho impressiona os visitantes. Numa das fotos, é possível ver um ônibus de dois andares passando ao lado do coração da usina. Dá para ver o quão grande é a obra. O visitante começa vendo como fun-

ciona a usina, pode conhecer algumas curiosidades da construção. Você poderá ver na foto uma maquete que mostra o funcionamento de uma das turbinas e todo o maquinário que está envolvido na transformação da força da água em energia elétrica. Do mirante é possível ver a grandiosidade da obra. Dá para tirar belíssimas fotos (principalmente com as câmeras mais novas com função de foto panorâmica) e admirar uma das maiores obras da engenharia sul americana. Para algumas pessoas, a ficha só cai quando é feito o passeio de ônibus ao lado das turbinas, dando a volta pela usina e voltando por cima dela. Aí sim o visitante tem uma real noção da grandiosidade da usina. As comportas do vertedouro, que sempre estão abertas nos cartões-postais e durante as visitas de autoridades importantes, dão grande vazão de água e o tamanho é bastante impressionante. Infelizmente, como não sou uma pessoa importante e não havia ninguém importante visitando a usina no dia, as comportas não foram abertas. Parque das Aves Quando o guia falou do Parque das

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Aves, logo pensei que seria mais um passeio sem graça de metidos a defensores da natureza ou metidos a radicais. Bem, entre ficar no ônibus esperando o pessoal visitar o parque para seguirmos até as Cataratas e ir ao Parque das Aves, fiquei com a segunda opção. Não só não me arrependi como o parque superou positivamente todas as minhas expectativas. O Parque das Aves é um empreendimento privado, criado em 1994 por um casal de estrangeiros, é um interessante mini-habitat de aves de diversas espécies. Você pode andar no meio das aves, vê-las de perto e ouvir bem próximo delas seu canto. É uma experiência incrível para criaturas urbanas que estão acostumadas ao som (se é que podemos chamá-lo assim) das grandes cidades. Há diversos viveiros de aves. Em alguns deles, você poderá ter medo de entrar e acabar ficando do lado de fora só olhando-as e ouvindo de não muito perto o canto delas, caso seja um explorador tipicamente urbano. Numa das fotos, você poderá ver duas araras “namorando” em plena luz do dia, na frente dos visitantes. Uma cena mais que romântica! Um pouco do que o Parque das Aves pode proporcionar aos visitantes. Em outra foto você poderá ver os flamingos vivendo livremente no parque. Há ainda outras diversas espécies de aves, incluindo periquitos, papagaios, emas, avestruzes, beija-flores, tucanos, mutuns, urubus e muito mais. Vale lembrar que o Parque das Aves não é zoológico. É um parque que visa a conservação das aves. Cada viveiro foi projetado para proporcionar as condições ideais para cada espécie sobreviver e se reproduzir. Inclusive o parque é de grande importância por proporcionar essas condições a aves em extinção, dando a ele reconhecimento internacional. Idosos e portadores de necessidades especiais não precisarão se contentar apenas com fotos, pois o parque possui todas as trilhas totalmente acessíveis, permitindo que possam apreciar todo o conteúdo do parque. Aos admiradores de souveniers, o Parque das Aves possui uma lojinha com tudo várias opções de lembrancinhas. Vale lembrar que, em Foz do Iguaçu, você não encontrará aquelas camisetas manjadas e bregas com frases “Eu fui para tal lugar”, “Fui para tal lugar e não me esqueci de você”, dentre outras. O Parque das Aves é o maior parque de aves da América Latina e está localizado próximo ao Parque Nacional do Iguaçu. A tarifa inteira para brasileiros é de R$ 18,00. Parque Nacional do Iguaçu e as famosas cataratas O Parque Nacional do Iguaçu, Pat-

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Imagens da Itaipu Binacional, gerenciada pelo Brasil e pelo Paraguai

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V Á, M A S V I S I T E rimônio Mundial Natural da Humanidade desde 1986, está sob administração privada da Cataratas S/A desde 1999. O parque faz fronteira exatamente com outro parque, só que argentino, o Parque Nacional Iguazú. É possível ver as cataratas pelo lado argentino. Alguns dizem que o lado argentino tem melhor vista e um parque de melhor infra-estrutura, mas aí vai do gosto de cada um. Infelizmente, não fui ao lado argentino para conferir. Bom, então vamos ao lado brasileiro, do qual já estava começando a falar. O Parque Nacional do Iguaçu é enorme, e possui uma área que abrange territórios de 10 cidades paranaenses. Porém, apenas 0,3% da área total do parque está aberta para visitação. E é exatamente nesta parte que estão as famosíssimas cataratas e o Macuco Safari. Como não tenho coragem nem porte físico para encarar a segunda atração, fiquei só com a primeira, que foi mais que suficiente. Até as cataratas, você passará por uma passagem concretada que passa dentro do parque, muito bem preservado. Não se assuste quando os quatis passarem por você. Somente não os alimente, recomendação do parque. Inclusive na lojinha de lembrancinhas há diversos produtos com a figura do quati. Bem, a beleza das cataratas é inigualável. Toda a passagem até as cataratas tem vista privilegiada. A cada passo que você dá em direção a elas, seus olhos se enchem com a belíssima visão de uma obra que só a natureza consegue arquitetar. É tão belo que é muito difícil de descrever a paisagem. E acreditem: isso não é preguiça deste colaborador amador da Revista InterBuss. É possível caminhar por uma passarela para chegar bem perto das cataratas. Você entra no meio de uma nuvem de vapor de água. O único som é o da força das águas. Uma mensagem importante: por favor, em nenhuma hipótese, jogue moedas nas cataratas, como fazem muitas pessoas. Cheguei a jogar uma moeda e me arrependi depois que vi na TV ambientalistas entrando na água para retirar moedas, que poderiam causar o aumento excessivo do nível da água, além de contaminar a água e poder alterar o ecossistema. A infra-estrutura do parque é regular, com banheiros, lojinha e lanchonete. Porém, não havia nada de relevante nesse aspecto. Como não estava ali por conta, e sim com a CVC, não utilizei nem mesmo o ônibus interno (na época, os Paradisos GV DD Volvo), já que os ônibus da CVC podem circular dentro do parque. Visite: http://www.fozdoiguacu.pr.gov.br/portal2/home_turismo/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Foz_do_ Igua%C3%A7u http://www.visitefoz.com.br/

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Algumas imagens de belas aves do Parque das Aves ht t p : / / p t . w i k i p e d i a . o r g / w i k i / Us i n a _ Hidrel%C3%A9trica_de_Itaipu http://www.itaipu.gov.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_ do_Igua%C3%A7u

http://www.cataratasdoiguacu.com.br/index_ brasil.asp http://www.parquedasaves.com.br/v2/br.htm http://www.boideouro.com.br/default.htm http://www.rafainchurrascaria.com.br/home/

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AS FOTOS DA SEMANA 4 fotos antigas já publicadas nas galerias do Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1 e 2. Belos registros de Eduardo São Felipe, do Megabuss: Amélias da Viação Radial e da Viação Poá • 3 e 4. Registros históricos no acervo de Waldemar Freitas Jr.: Volvo da Cristália e Monobloco da Itamarati

MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas 03/11/2007 • Entrega das doações colhidas durante a realização da 7ª Bus Brasil Fest em Campinas/SP. Anderson Ribeiro, do Portal InterBuss, junto com a representante do Lar da Criança Feliz, entidade assistencial de Campinas que recebeu os mantimentos.

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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Fotos: Tiago de Grande

DIÁRIO DE BORDO Relato por Tiago de Grande

RUMO À

COSTA VERDE

Uma das vistas do trecho: belas paisagens A linha São Paulo x Angra é uma das linhas mais procuradas em altas temporadas e feriados prolongados, nessas ocasiões a quantidade de carros extras é absurda, chegando muitas vezes a triplicar ou até quadruplicar os horários já existentes, que são apenas quatro diários, sendo que um deles é um prolongamento da linha até a cidade de Itaguaí, já na Baixada Fluminense. O serviço na linha é apenas convencional, não há horários executivos. O trajeto é feito pelas rodovias: Dutra, Tamoios e RioSantos, com paradas nas cidades de: São José dos Campos e Paraty, o tempo de percurso varia muito por ser uma região de transito carregado em altas temporadas, e a situação precária da Rio-Santos é quase impossível estipular o tempo de viagem nessas situações, em casos normais o tempo médio de viagem é de 07:30. O Carro da Viagem: Os Centurys Scania da Reunidas Paulista, são carros muito confortáveis, possuem 42 poltronas com descanço de pernas e ótima reclinação, os pontos negativos são a

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Linha: São Paulo (SP) x Angra dos Reis (RJ) Empresa: Reunidas Paulista Carro: 45221 (Irizar Century – Scania K124IB) má conservação do carro, que já demonstra sinais do tempo, afinal de contas já rodam a dez anos, além da sujeira e peças soltas, nos horários fixos costumam rodar carros mais novos, mas no meu horário como era um extra, pode vir qualquer coisa que estiver disponível na garagem, mais uma coisa vale a pena, o ótimo desempenho do Scania K124IB, principalmente nos trechos de serra, com sua suspensão sem dar trancos, e nos trechos retos, com suas ótimas esticadas. A viagem: O meu horário era o das 17 horas, primeiro de vários carros extras que sairiam até a meia noite, afinal de contas era uma sexta feira, véspera de feriado prolongado, e no horário previsto o carro saiu, e esse horário o transito em São Paulo, já estava infernal, mal atingimos a Marginal Tietê e o transito já parou, e foi a ritmo lento por todo trecho da Marginal, até a entrada da Rodovia Presidente Dutra, e por um trecho de aproximadamente 20 kms, até o bairro de Bonsucesso, na cidade de Guarulhos. Trecho que em dias normais é feito em meia hora, foi feito em 1:50, após

passar esse trecho, a rodovia ficou livre, e aí sim a viagem começou. A Via Dutra é a rodovia mais importante do país, ligando as duas cidades mais importantes do Brasil: São Paulo e Rio de Janeiro, é uma rodovia ótima, duplicada, com asfalto bom na maioria do trecho, porém com muitos pedágios, e alguns com preço bem salgado. Após sairmos do trecho de Guarulhos, que é conurbado com o trecho de São Paulo, a paisagem já muda, o transito caótico, o barulho, os prédios e o stress da cidade grande vai ficando pra trás, e o verde do interior vai aparecendo, já no município de Arujá, ainda na Grande São Paulo. Como já estávamos com um bom atraso, o motorista resolveu andar um pouco mais rápido, botou o nosso carro na pista da esquerda e foi embora, e com aproximadamente 2:40 de percurso (1:30 de atraso) deixamos a Grande São Paulo pra trás, ao passarmos na divisa dos Municípios de Santa Isabel e Jacareí, este já no Vale do Paraíba. Após passar por Jacareí, chega mais um trecho complicado na Dutra, a cidade de

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O carro da viagem São José dos Campos. O trecho da rodovia que corta São José, a maior cidade do Vale do Paraíba e uma das maiores e mais importantes do estado, perde um pouco o ar de rodovia, e ganha o ar de grande avenida, com pontos de interesse a beira, muito tráfego urbano, shoppings, grandes lojas, restaurantes e etc. Mais um trecho de transito complicado, apesar de lento não chegou a parar. Os horários fixos dessa linha entram em São José para embarque, o nosso como era extra, e já saiu lotado de São Paulo, não entrou. Saímos da Dutra no Trevo do CTA (Centro Tecnológico Aeroespacial), e pegamos a Rua Paraibuna, alça de acesso para a Rodovia dos Tamoios e Litoral Norte. Após passarmos por alguns bairros afastados em São José, chegamos no início da SP-099 (Rodovia dos Tamoios), rodovia que liga São José até o Litoral Norte, e a Rodovia Rio-Santos, descendo a serra. Ainda no trecho do Planalto as curvas começam, e o asfalto bom, e as retas da Via Dutra já são passado, e o nosso carro fazia as curvas sem economizar na velocidade, chegando muitas vezes, a jogar meu corpo para os lados. Antes da descida de serra começar pra valer, há a primeira parada para descanço e lanche, numa pequena lanchonete a beira da Tamoios no município de Paraibuna, a previsão de chegada nessa parada era com três

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horas após a saída de São Paulo, porém chegamos lá com quatro horas e quinze minutos, exatamente as 21:15. Hora de descer, ficar um pouco em pé, fazer um lanche. O posto apesar de ser pequeno, é bem limpo e bem organizado, e os lanches são muito bons, ainda pode-se também pegar de graça mapinhas da região, e comprar doces, lembrancinhas e postais da Cidade Histórica de Paraibuna. A parada foi de 20 min., e as 21:35 o nosso carro é ligado e a viagem segue, já descansados, agora começa o trecho de serra. A descida da Serra do Mar pela Tamoios é considerada uma das mais bonitas do estado, e também uma das mais perigosas, devido a má condição da rodovia. São curvas fechadas, pontes mal conservadas, neblina forte e má sinalização, mas a nossa descida foi sem maiores problemas, e mais uma vez o nosso motorista tentando compensar o atraso, andou bem rápido, fazendo as curvas sem economizar de novo, e meu corpo sendo jogado pra direita e pra esquerda, apesar de já ser noite, é um trecho difícil pra se pegar no sono. Ainda no final da descida, o transito parou de novo, e seguiu travado até terminar a descida, e entrar no município de Caraguatatuba, primeira cidade litorânea do trajeto. Do final da descida, até a entrada de Caraguatatuba, é um trecho curto, porém perdemos mais de uma hora para faze-lo, a rodovia ter-

mina bem no centro da cidade, e com mais alguns metros chegamos a Praia do Centro, a passagem pela orla é obrigatória para chegarmos a Rio-Santos. Caraguá é uma cidade pequena, mais com transito confuso, devido ao acesso difícil as rodovias. Esse trecho da Orla também estava com o transito ruim, e grande tráfego de pedestres, é muitos radares e lombadas, a situação só melhorou quando finalmente pegamos a Rio-Santos, e o centro de Caraguá ficou pra trás. A Rio-Santos é uma rodovia com talvez a paisagem mais linda de todo o país, de um lado o mar, do outro os paredões e encostas da Serra do Mar, mas isso não esconde os problemas da rodovia, tais como: Asfalto esburacado, falta de acostamento e passarelas ligando as praias aos bairros a beira da rodovia e má sinalização. Agora até Angra, vamos beirando o mar, e a Rio-Santos tem muitos trechos de subidas e descidas de serra, e bairros a margem da rodovia, com muito trafego de pedestres, e ciclistas, o que pede uma atenção redobrada de quem trafega por ela. Mesmo com a atenção redobrada, o nosso motorista continuou pisando fundo e o carro não negava fogo, respondia! Em Caraguá, o trecho é pequeno e com alguns kms, fizemos uma pequena parada num bairro chamado Tabatinga, bem na divisa dos municípios de Caraguá e Ubatuba, onde desceu uma pessoa, e adentramos

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DIÁRIO DE BORDO no ultimo município dentro do estado de São Paulo: Ubatuba. Ubatuba, já é um município maior e com mais tráfego de veículos na pista, mesmo sendo já por volta de meia noite, o tráfego é intenso de carros, pedestres e ciclistas, e mesmo durante a noite, a paisagem é de tirar o fôlego. Antes da entrada principal da cidade, tem a segunda e ultima parada para lanche e descanso, dessa vez é em um posto de gasolina, com estacionamento e uma baia exclusiva para os carros dessa linha, eram 00:40, o atraso já atingia quase duas horas, essa hora deveríamos se não já ter chego em Angra, estar já bem próximos. Essa parada não tem muita estrutura, é um posto de gasolina com loja de conveniência e sanitários, e a parada é mais rápida, apenas 15 minutos. Exatamente a 00:55 saímos do posto, e voltamos a pista. Esse trecho a frente, é talvez o mais perigoso, passando por Ubatuba, a divisa dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, até próximo a cidade de Paraty, a rodovia tem pouca sinalização, muitos buracos, pista simples, e asfalto em péssimas condições, além de muitas curvas e muitas subidas e descidas, eu estava com muito sono, mais era difícil dormir, pois não conseguia parar quieto no meu assento, devido a isso passamos pela divisa dos estados e eu acabei nem notando, quando percebi já estava no estado do Rio. Após aproximadamente 40kms de Ubatuba, está a cidade histórica de Paraty, primeira parada oficial da linha para desembarque. A entrada da cidade fica em um trevo da Rio-Santos com a rodovia de acesso a Cunha e Guaratinguetá, e da entrada da cidade até a pequena mais aconchegante rodoviária de Paraty o trecho é bem pequeno, e exatamente a 01:35 o 45221 da Reunidas encosta em Paraty, onde a grande maioria das pessoas desembarca. Com menos de cinco minutos já saímos da rodoviária e contornamos o trevo de volta a Rio-Santos, agora para o trecho final de aproximadamente 45 kms entre Paraty e Angra. Nesse trecho a rodovia continua ruim, e isso torna a viagem bem mais cansativa, já não agüentava mais ficar balançando de um lado pra outro e minhas pernas também já estavam doendo. Após mais alguns minutos passamos a divisa de Paraty com Angra, e chegamos ao maior bairro da cidade, que curiosamente é o primeiro: O bairro do Perequê, lá paramos no ponto da linha urbana, e algumas pessoas ficaram por lá. O território pertencente a Angra é bem grande, e da divisa com Paraty até a entrada do centro, a viagem ainda é bem longa, e com trechos legais que vale a pena destacar:

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Belas paisagens fazem parte do cenário

A Vila Histórica de Mambucaba, a Praia de Itaorna, ao lado do Complexo Nuclear, que possui uma visão linda de quem passa pela rodovia a noite, com ele todo iluminado, o Condomínio de Praia Brava, exclusivo para trabalhadores da Usina, e os bairros do Frade e Japuíba, com suas praias. O pior problema da Rio-Santos nesse trecho são as encostas, que são juntas a pista, e na época de chuvas deslizam, causando interdições, acidentes e transtornos. Dez kms após o entroncamento com a RJ-155, que dá acesso as cidades de Barra Mansa e Volta Redonda, já vemos o centro de Angra, ainda da rodovia é possível avistar os casarões do Centro Histórico, o Cais do Porto, as Marinas e o Shopping Center, além da imensidão do mar e a Baía de Angra com suas milhares de Ilhas. Saímos da Rio-Santos já na principal avenida da cidade, que contorna as Marinas e o Shopping Center, e após 09:30 de viagem, as 02:30 da madrugada, chegamos ao Terminal Rodoviário de Angra, com duas horas de atraso. Destino final: Angra dos Reis Principal cidade da região da Costa Verde, Angra é destino dos mais procurados no país, suas praias de águas calmas e claras

são ótimas para passeios de Escuna, ou de Lancha, sendo que no centro da cidade é possível contratar esses serviços para grupos, ou individual. A Baía de Angra possui mais de 300 ilhas, algumas de fácil acesso por barco, a mais conhecida e maior delas, é a Ilha Grande, destino muito procurado é possível chegar lá apenas de barco, com saídas do Porto de Angra. As praias mais conhecidas e visitadas são: Vila Velha, Mambucaba, Japuíba, e Ponta Leste, e além das praias Angra possui outros atrativos turísticos, tais como: O Complexo Nuclear, Colégio Naval, os casarões do Centro Histórico e o Estaleiro de Jacuecanga, um dos maiores do Brasil. Angra também sofre de um problema grave, por ser uma cidade de relevo muito montanhoso: A ocupação desordenada de suas encostas. Não é difícil ver morros e encostas tomados de construções, na maioria das vezes sem segurança, o que em épocas chuvosas pode ocasionar tragédias de grandes proporções. O centro da cidade é bem agitado e com muito movimento em qualquer hora do dia ou da noite, e vale a pena também visitar a feira de artesanato do centro, e trazer lembranças da cidade, que é um paraíso! Vale muito a pena uma visita!

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THIAGO BONOME ESTÁ CHEGANDO PARA TRAZER O QUE NOSSO TRANSPORTE JÁ TEVE DE MELHOR. FOTOS HISTÓRICAS DO TRANSPORTE NACIONAL, EM NOVA COLUNA QUE ESTREIA DIA 11/12 AQUI, NA REVISTA INTERBUSS. PORTAL

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