Revista InterBuss - Edição 21 - 21/11/2010

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InterBuss

ANO 1 Nº 21 21/11/2010

TESTADO

E ANALISADO VEJA NESTA EDIÇÃO A ANÁLISE DO HIBRIBUS LEBLON

EM MAUÁ A OPINIÃO DO USUÁRIO


ATENÇÃO VOCÊ QUE JÁ FEZ SEU CADASTRO NO PROGRAMA DE FIDELIDADE INTERBUSS: O PRIMEIRO DEPÓSITO DE PONTOS SERÁ FEITO NO PRÓXIMO DIA 30. SERÃO COLOCADOS OS PONTOS DESDE OUTUBRO. FIQUE DE OLHO EM SUA CONTA! PORTAL

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE


NESTA EDIÇÃO

SALÃO DO AUTOMÓVEL: ESTIVEMOS LÁ!

Foto: Chailander Borges

Salão do Automóvel • Página 20

Chevrolet Camaro de demonstração, feito com material leve que possibilitava seu voo

Fotos da capa: Wesley Araújo e Maicon Igor Barbosa

Edição número 21 • Domingo, 21 de Novembro de 2010 • Concluída à 00h31 (2ª) • Esta edição tem 28 páginas

EDITORIAL • Linhas internacionais em crescimento .... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 MATÉRIA DA SEMANA • Testamos o Hibribus ........ 10 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 13 PÔSTER • Ailton Florêncio da Silva .............................. 14 COLUNISTAS • Adamo Bazani ........................................16 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz.......................... 17 ESPECIAL • O povo fala em Mauá............................. 18 SALÃO DO AUTOMÓVEL • 50 anos de sucesso ......... 20 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 22 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 23 DIÁRIO DE BORDO • Estreando a Leblon em Mauá .... 24 DESPEDIDA • O fim dos Caio Vitória em Campinas .... 25 VÁ, MAS VISITE • Rio Claro ....................................... 26

Revista na Rede Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles: • REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso blog: www.portalinterbuss.com.br/noticias • GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br


EDITORIAL

O crescimento das linhas internacionais de ônibus Nesta semana, o Expreso Internacional Ormeño inicia a operação da linha interatlântica São Paulo X Lima, no Peru. É mais uma linha internacional que começa a ser operada no Brasil. A viagem completa, sem passar por dentro da Bolívia, dura cinco dias e a passagem está com valor promocional para ida e volta. Partindo da capital paulista, são diversas linhas internacionais com saídas frequentes, como por exemplo Assunção, Buenos Aires, Montevideo, Pedro Juan Caballero, Puerto Suarez, entre várias outras cidades. Com o dólar em queda livre, as passagens internacionais estão com valores muito baixos, em alguns casos até mais baratas que passagens nacionais. Mas há um ponto em tudo isso: as viagens aéreas. A nova linha da Ormeño por exemplo leva cinco dias para ser cumprida de ponta a ponta, principalmente por circundar a fronteira boliviana. De avião, não leva nem 1/5 desse tempo, sem contar que em boa parte das vezes a passagem aérea sai mais barata. REVISTA

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

Mesmo com o advento do avião no Brasil, porque tantas empresas de continuam procurando a ANTT para operar linhas por aqui? Por que uma pessoa deixaria de fazer uma viagem aérea, às vezes mais barata e com certeza mais rápida, para fazer um trajeto que leva vários dias? Medo de altura, talvez? As empresas internacionais têm um curinga que as nacionais não têm: o serviço de bordo. Com o serviço cada vez mais pífio nos aviões, as viações internacionais aumentam seu leque de ofertas aos passageiros, com refeições a bordo, vinho, champagne, sucos, refrigerantes, doces, tudo à vontade, a bordo de carros confortáveis, exibindo filmes durante todo o tempo. Logicamente que isso, na maioria das vezes, não vai tirar o passageiro do avião com passagem mais barata, porém é um diferencial que ajuda muito os passageiros que preferem ir por terra. As viações nacionais deveriam pensar um pouco nisso, vendo que a concorrência com as aéreas está cada vez maior. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Galeria InterBuss Olá amigos! Parabens pelo site, está ótimo. Queria saber porque a atualizacao nao sai em um horario mais cedo, já que foi transferida para o sabado porque já nao saiu no sábado de manhã? Tenho 28 anos, parabéns e obrigado pela atenção. Junior Dias da Silva Limeira/SP Nota da redação: Obrigado pelo contato Junior! Com a chegada da Revista InterBuss, e como o comando é o mesmo da Galeria, centralizado apenas em um lugar, estamos fazendo um grande esforço para manter a atualização da galeria de imagens no sábado, porém por conta das matérias que fazemos aos sábados, não temos como adiantá-la. Dessa forma, mantemos para o horário noturno.

Contatos em geral

Você também pode enviar seu contato diretamente para cada um de nossos colunistas e repórteres. Basta verificar logo no início ou no final o contato de cada um deles e enviar uma mensagem. Caso não haja nenhum canal de relacionamento disponível na matéria, você pode enviar sua mensagem para o colunista ou para o repórter através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br e nõs faremos o encami-nhamento da mensagem à pessoa desejada. Na Revista InterBuss, você nunca fica sem contato ou sem resposta. Em até 72h respondemos sua mensagem. Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 14 a 20/11/2010

Caso Busscar: decisão da Justiça do Trabalho sai só em dezembro Com isso, encarroçadora em estado financeiro crítico ganha mais tempo para tentar se reerguer

Salários atrasados somam R$ 35 milhões A virada da Busscar pode acontecer se a venda da unidade for concluída e a montadora conseguir levantar os recursos para quitar sete meses de salários atrasados, estimados hoje em cerca de R$ 35 milhões. Caso contrário, ao chegar de férias, o juiz decidirá se a fabricante de carrocerias precisa pagar também multa ou correção de

Foto: Mário Custódio

O processo aberto pelo Sindicato dos Mecânicos de Joinville para garantir o pagamento dos salários atrasados aos funcionários da Busscar já está na mesa do juiz da 4ª Vara do Trabalho, Nivaldo Stankiewicz, aguardando uma sentença. Mas, ao contrário das expectativas da entidade joinvilense, a decisão judicial só deve ser tomada em dezembro. Stankiewicz entrou em férias na terça-feira e só retorna em 16 de dezembro. Com isso, a fabricante de carrocerias de Joinville ganha mais um mês para tentar encontrar uma saída para a crise financeira, que se agrava desde 2008, diante da queda acentuada das exportações. A venda da Tecnofibras, uma das unidades do grupo Busscar, é apontada como a principal estratégia para iniciar uma recuperação da empresa, mas continua estagnada. Não há previsão para a conclusão do negócio. O presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville, João Bruggmann, afirma que a fabricante de carrocerias e a empresa interessada em comprar a Tecnofibras ainda não conseguiram entrar em um acordo sobre como seria feito o pagamento.

Nielson Diplomata da extinta Fioravante: embrião da Busscar contrasta com fiasco atual valores, além dos salários conquistados judicialmente em agosto. Procurada ontem pela reportagem, a Busscar não se pronunciou sobre o assunto. Na terça-feira, o sindicalista João Bruggmann conversou com o presidente da Busscar, Claudio Nielson. O objetivo da reunião era conseguir respostas definitivas para o atraso nos pagamentos de salários, mas a voz cansada de Bruggmann denunciou a ausência de novi-

dades. Bruggmann lembra que a Busscar conta atualmente com cerca de 1,7 mil funcionários contratados. – Cerca de 70 trabalhadores foram chamados e se revezam para finalizar 18 carrocerias que estão paradas na linha de produção – diz Bruggmann. Ele afirma que o grupo de trabalhadores está sendo pago por dia e já está finalizando o trabalho. (Diário Catarinense)

Licitação em Ribeirão Preto poderá atrasar A concorrência do transporte coletivo de Ribeirão Preto pode sofrer atraso caso a empresa de consultoria contratada para elaborar o edital de licitação cumpra o prazo previsto para o serviço. A tomada de preços para contratação de uma empresa de consultoria terminou em 16 de setembro, mas só ontem a Prefeitura publicou a assinatura do contrato

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para o trabalho, com prazo de 12 meses e valor de R$ 1,4 milhão. Por um acordo judicial assinado em março deste ano, na 2ª Vara da Fazenda Pública, o edital de licitação deve ser publicado em 15 meses, o que ocorrerá em junho de 2011. Mas a empresa contratada terá até novembro do ano que vem para encerrar o trabalho.

Para o secretário da Administração, Marco Antônio dos Santos, o atraso não ocorrerá, porque o cronograma prevê prazos escalonados. Também caberá à empresa realizar diagnóstico da mobilidade urbana, elaboração do Plano de Mobilidade Urbana e Projeto Básico da nova Rede de Transporte Coletivo. (Gazeta de Ribeirão)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Primeira viagem da Ormeño de Balneário Rincão São Paulo a Lima será na quarta em SC restringe

Foto: Ricardo Aquino

acesso de ônibus para preservação

Ônibus do Expreso Internacional Ormeño em Cuzco: linha agora também no Brasil A Expresso Internacional Ormeño, empresa peruana de transporte terrestre de passageiros, informou que o primeiro ônibus com destino à cidade de Lima (Peru) partirá no próximo dia 24 de novembro desde o Terminal Rodoviário Tiete, da cidade de São Paulo.Esta nova rota também permitirá aos passageiros brasileiros chegar nas cidades peruanas de Porto Maldonado, Nasca e Cuzco.

Expresso Internacional Ormeño atenderá a rota Lima – São Paulo com uma frota nova e moderna conformada por nove ônibus recém adquiridos com um investimento de US$2.5 milhões. As próximas saídas para Cuzco e Lima desde São Paulo estão programadas para os dias 8 e 19 de dezembro de 2010 e 5 de janeiro de 2011. (Mercado e Eventos)

A Subprefeitura do Balneário Rincão determinou a fim parcial da circulação de ônibus no distrito. A justificativa é em torno da preservação das ruas, que são marcadas pelo peso desses veículos. Apesar disso, a reportagem do Clic A Tribuna flagrou na tarde desta sexta-feira um ônibus no sentido norte-sul. Questionado sobre o fato, o subprefeito, Jairo Custódio informou que a empresa ainda está em fase de adaptação. “Além disso, no final da tarde os motoristas precisam levar os veículos para a garagem da empresa, que fica na Zona Sul”, acrescentou. A definição é que apenas microônibus circulem no Balneário Rincão. Por serem mais leves eles não causariam prejuízo às ruas. Assim, os passageiros embarcam em Criciúma (ou regiões próximas, como Içara) e descem no início da Avenida Leoberto Leal, em terminal instalado ao lado do campo municipal. A idéia é que dali elas embarquem no micro partindo para o destino desejado. “Várias ruas recebem manutenção e depois são estragadas novamente pelos ônibus”, ressalta o subprefeito. (Clic A Tribuna)

Fluminense recebe ônibus personalizado

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Foto: Divulgação

O Fluminense recebeu ontem um ônibus Volksbus sob medida para o transporte de sua comissão técnica e jogadores. O veículo possui pintura personalizada, câmbio automático, poltronas em couro com repousa pernas, três telas de LCD, toalete e ar condicionado. “Os ônibus VW utilizados pelos times de futebol brasileiro possuem alta tecnologia comparada aos veículos utilizados por times europeus. Agora o Fluminense também poderá usufruir de todo esse conforto”, diz Ricardo Alouche, diretor de Vendas da MAN Latin America, fabricante dos caminhões e ônibus Volkswagen. A pintura do novo veículo foi escolhida por meio de uma enquete, coordenada pela Vice-Presidência de Marketing do clube e realizada no site oficial do Fluminense, com quase 10 mil votos em apenas uma semana. O modelo 3, criado pelo ilustrador carioca Gilberto Zavarezzi, torcedor fanático pelo clube, foi o grande vencedor com 6.220 votos, um total de 65% de aprovação.

Novo ônibus que atenderá o time do Fluminense foi fornecido pela Volksbus/MAN “Mais um grande sonho realizado. O Fluminense chega ao nível dos outros grandes clubes mundiais que já possuem este tipo de transporte personalizado. Espero que este ônibus nos conduza a muitos títulos”, disse o presidente Roberto Horcades. Hoje, 13 importantes times do futebol brasileiro, além da Seleção Brasileira, uti-

lizam ônibus Volkswagen para o transporte de seus jogadores. O projeto chamado Seleção Volksbus começou em março de 2009. Nele, os clubes Vasco da Gama, Flamengo, Atlético Paranaense, Internacional, Grêmio, Sport, Náutico, Goiás, Palmeiras, São Paulo, Atlético Mineiro, Cruzeiro e Resende Futebol Clube receberam os modernos ônibus. (Superesportes)

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Motoristas e cobradores da Grande Vitória prometem paralisação na próxima semana

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Foto: Luciano Roncolato

A partir da próxima semana os usuários do transporte coletivo da Grande Vitória ficarão a pé. Ou terão que ter muita paciência para esperar um ônibus nos pontos. Isso porque os rodoviários decidiram, na manhã desta quinta-feira (18), em assembleia a paralisação do serviço. Cerca de três mil funcionários e representantes do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários) votaram apoiam o movimento. Ainda não está definido o dia do início da greve, pois ainda precisa ser aberto o edital, esperar um prazo de 72 horas para dar início a paralisação. A categoria adianta que entre segunda e terça-feira da semana que vem os trabalhos param. Eles reivindicam reajuste salarial de 30%, aumento de R$ 4 reais no tíquete- alimentação e plano de saúde integral. Atualmente a empresa paga 20%, os outros 80% fica a cargo do funcionário. O Sindicato Patronal, das Empresas do Transporte Metropolitano da Grande Vitória negou a reivindicação, e a partir de agora o caso está com a Justiça do Trabalho. Até o início da tarde desta quinta, a GV Bus ainda não havia feito nenhum posicionamento sobre o caso. “O futuro dos rodoviários está nas mãos do Poder Judiciário, através do dicídio coletivo”, declara o Diretor de Patrimônio do Sindirodoviários, Silvio Carlos Ramos de Oliveira. A assembleia aconteceu no Clube Náutico Brasil, em Caratoíra. A paralisação terá adesão completa, dos quase 12 mil rodoviários. Respeitando a lei de greve, 30% da frota está nas ruas. A adesão é dos ônibus do Sistema Transcol e os Municipais. Atualmente, os motoristas têm um salário de R$ 1.154,00 e os cobradores recebem R$ 600,00. Ambos têm tíquetealimentação de R$ 364. “Um lixeiro e um gari ganham mais que a gente. Ainda tem os descontos de impostos, não dá para ficar assim”, desabafa um dos diretor. A data-base para o reajuste dos salários dos motoristas e cobradores de ônibus é 31 de outubro. O último aumento foi em maio do ano passado, antiga data-base, quando tiveram um aumento de 6% no salário e de R$1,50 no tíquete. Porém, quando a data foi alterada para outubro, receberam mais um reajuste de 1,9% no salário e R$0,50 de tíquete, para que o salário não fosse defasado. A última greve da categoria por motivo salarial foi em julho deste ano. De

Ônibus no Terminal Jacaraípe, em Serra: paralisação também deverá atingir municipais acordo com a Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb), o movimento prejudicou mais 650 mil usuários. A vendedora, Rosangela Delfino depende do transporte público para trabalhar, e diz que espera compreensão do chefe nessa hora. “Espero que ele entenda a situação, ou então busque canais alternativos para que os funcionários não deixem de trabalhar nesses dias”, conta a trabalhadora. GVBus e Setpes oferecem reajuste de 5,39% em salário, plano de saúde, seguro e ticket O Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Espírito Santo (Setpes) informam que ofereceram aos rodoviários um reajuste de 5,39%, referente ao INPC acumulado entre novembro de 2009 e outubro de 2010, a ser aplicado sobre salário, plano de saúde, seguro de vida e ticket refeição. O índice de reajuste de 9% foi uma proposta do próprio Sindirodoviários para ser levada à apreciação da categoria.

Se aprovado, o valor seria, posteriormente, submetido à avaliação dos empresários. O GVBus informa ainda que a remuneração dos motoristas do sistema de transporte metropolitano no Espírito Santo é a quarta maior do País, mesmo antes do reajuste, só ficando atrás dos estados de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. De acordo com os sindicatos que representam as empresas de transporte, reajustes na casa de 30% nunca estiveram na pauta de negociação até porque provocariam um colapso do sistema de transporte no Estado, inviabilizando o fornecimento do serviço. Além disso, vale ressaltar que o dissídio julgado no mês de maio em Guarapari concedeu aos trabalhadores reajuste de 7,79% e que o próprio Sindirodoviários negociou junto às empresas do transporte intermunicipal reajuste de 7,5%. O GVBus e o Setpes esclarecem que adotarão as medidas legais cabíveis para garantir a circulação de parte da frota e minimizar os prejuízos que a decisão do Sindirodoviários irá causar à população. (ES Hoje)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

TJ mantém reajuste de tarifa em Cuiabá Foto: Alexandre Ismael Neves

O Tribunal de Justiça derrubou a liminar que suspendia o reajuste da passagem do transporte coletivo de Cuiabá e com isso o valor voltou a ser de R$ 2,50. O reajuste voltou a vigorar novamente na capital hoje. A decisão é do Tribunal de Justiça, que derrubou a liminar que suspendia o reajuste. O Instituto de Defesa do Consumidor de Mato Grosso (IDC-MT), que move ação civil pública já afirmou irá recorrer da decisão. Na decisão do desembargador José Tadeu Cury, o reajuste da passagem não pode ser atrelado ao do salário do funcionalismo público, como prevê o artigo 206 da lei orgânica do município. Em decisão, sustenta, que “não é admissível que sejam compelidas a cobrar tarifa inferior àquela estimada pelo órgão gestor, especialmente quando se sabe que os insumos e impostos constituem carga bastante significativa na definição da contraprestação a ser paga pelo usuário”. As 3 empresas do transporte coletivo que entraram com recurso e compreendem a Associação Matogrossense de Transportes Urbanos (MTU), defendem que um reajuste foi dado aos funcionários público há 1 ano e todos os valores foram aprovados em Conselho. O procurador-geral de Cuiabá, Fernando Biral, afirma que o município não tomou nenhuma decisão por orientação do prefeito. “Não seria plausível tomar essa medida, pois é um aumento que afeta as empresas e não o município.” O presidente do IDC-MT, João Batista, afirma que irá recorrer ao Supremo Tribunal de

Ônibus urbano em Cuiabá: reajuste de tarifa está mantido depois de fim de liminar Justiça (STJ) da decisão. Em relação ao requerimento de indenização no valor de R$ 2.920 a cada um dos usuários do transporte coletivo em detrimentos de cobranças nos últimos anos, inseridos na ação civil pública, o presidente do IDCMT diz que levará adiante esta reivindicação. Por dia, 250 mil usuários utilizam o transporte coletivo na Capital, composto por 430 veículos, entre ônibus e microônibus. O decreto municipal nº 4.560, que fazia o reajuste da passagem de ônibus em Cuiabá

foi assinado pelo prefeito Chico Galindo no dia de 9 de novembro. As passagens intermunicipais entre a Capital e Várzea Grande e a municipal desta cidade, também foram reajustadas para R$ 2,40 e tendo fixada a mesma data-base para início da cobrança. Em julho a Prefeitura da Capital chegou a informar que a tarifa seria aumentada em 8,7%, mas resolveu recuar na assinatura do decreto e buscar a unificação de datas e preço da passagem, como defendeu o prefeito Chico Galindo, à época. (A Gazeta com Só Notícias)

tarão utilizando faixas de rolamento distintas”, destacou Fernanda Moreira, secretária Semtran. O corredor está instalado do lado direito da via e tem aproximadamente quatro metros de largura. O restante da Avenida foi dividido em três partes, duas para o rolamento de veículos e a outra do lado esquerdo, está destinada para o estacionamento de motocicletas e demais veículos. Segundo a secretária, as linhas foram mantidas, mas os pontos de paradas dos ônibus foram afastados uns dos outros para que os coletivos tenham mais espaço para chegar e sair, evitando assim, principalmente nos momentos de maior movimento, o engarrafamento, a fila dupla e o congestionamento de ônibus, “para isto instalamos as paradas seletivas, com as novas placas informativas, assim os ônibus param em pontos específicos e o trânsito flui melhor, além de aumentar a segurança tanto para o pedestre, quanto para os outros motoristas”, explicou Fernanda Moreira. As sinalizações vertical e horizontal foram todas refeitas e ampliadas, inclusive todos os semáforos da Sete de Setembro, também foram substituídos por novos modelos com mar-

cadores de tempo.

Corredor de ônibus começa a funcionar em Porto Velho Desde ontem, dia 20, o corredor exclusivo para ônibus coletivo começou oficialmente a ser utilizado na Avenida Sete de Setembro. O corredor inicia na Avenida Rogério Weber e termina no encontro das Avenidas Nações Unidas e Sete de Setembro. Nesta quinta-feira,18, a secretaria municipal de Trânsito e Transportes (Semtran), já iniciou a transferência dos taxistas da Sete para os novos pontos de táxi localizados nas sub esquinas com a própria Sete de Setembro, a única exceção é o ponto de táxi da praça Jonathas Pedrosa. Durante duas semanas a fiscalização de trânsito da Semtran vai orientar os condutores de veículos, de motocicletas e de ônibus para as novas regras de tráfego dentro do trecho do corredor de ônibus. “O prefeito Roberto Sobrinho, mais uma vez, faz importantes ajustes no sistema de trânsito de Porto Velho, para modernizar e tornar mais seguro o tráfego de veículos. Com este novo corredor exclusivo para os coletivos, todos saem ganhando, principalmente o usuário do sistema que ficará menos tempo na parada esperando o ônibus e o fluxo de veículos ficará mais rápido, pois os coletivos e os demais veículos es-

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Estacionamentos e Segurança De acordo com o planejamento da Semtran, o estacionamento do lado esquerdo foi escolhido para facilitar a visibilidade dos condutores e pedestres que pretendem entrar na Sete de Setembro. As motocicletas têm estacionamento exclusivo próximo às esquinas e os veículos no meio das quadras. Também para garantir a segurança e a visibilidade, as esquinas foram demarcadas com limite máximo de estacionamento. A secretaria está distribuindo para os pedestres, usuários de coletivos, taxistas, motoristas de ônibus, de caminhões e motoristas em geral panfletos informativos sobre as novas alterações e melhorias implantadas na Sete de Setembro, além de poder responder pessoalmente sobre as possíveis dúvidas. A prefeitura também está realizando estudos sobre os trânsitos das Avenidas José Amador dos Reis, na zona Leste, e da Jatuarana, na zona Sul. Estas Avenidas também serão modernizadas para atender a realidade de cada uma. (Rondônia Ao Vivo)

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Curitiba quer desenvolver projeto de ônibus elétrico e busca recursos Foto: Divulgação

O prefeito Luciano Ducci foi um dos convidados de honra quinta-feira no Fórum Internacional de Patrimônio Cultural e Ambiental, em Florença. Curitiba foi citada pelo prefeito de Florença, Matteo Renzi, logo na abertura do evento internacional, que reúne algumas das principais personalidades nos setores de sustentabilidade e patrimônio cultural. Para Renzi, Curitiba é um exemplo do qual outros governos podem aprender com as experiências realizadas. Ducci participou de um painel sobre o desenvolvimento das cidades, ao lado do prefeito de Boston, Thomas Menino, e de um representante da Turquia, Yilmaz Kurt. O prefeito de Curitiba citou exemplos do transporte coletivo e práticas do meio ambientes aplicadas a Curitiba, como o uso do biocombustível em algumas linhas de ônibus, a separação do lixo e a retirada de plantas invasoras. Durante o encontro, Ducci anunciou ainda que está buscando recursos para desenvolver um projeto de ônibus elétrico, que já está sendo testado em Curitiba e que já circula em Londres, para que esteja pronto na Copa do Mundo de 2014. “A sustentabilidade é somente uma ideia até que seja colocada em prática e adotada pela população. Isso envolve essencialmente a adoção de boas práticas”, afirmou.

Volvo B5L Hybrid em operação na cidade de Londres: Curitiba busca recursos Ducci também afirmou que pretende implantar um Polo Logístico, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, que seria uma cadeia de distribuição urbana para o trânsito de cargas, reduzindo custos. “Vamos elaborar um estudo para promover a ocupação incentivada de áreas por empresas para reduzir impactos ambien-

tais e favorecer a mobilidade urbana, um dos maiores problemas atuais nas cidades”. Em entrevista ao jornal O Estado, o prefeito de Florença falou que Curitiba tem feito um bom trabalho com na área de sustentabilidade. “E esse trabalho tem tido continuidade nos últimos anos, o que é importante para as práticas darem certo”, avalia. (Paraná Online)

Av. Japão ganha novos pontos em Mogi A Secretaria de Transportes de Mogi está promovendo a pintura dos abrigos dos pontos de ônibus na avenida Japão, no distrito mogiano de Brás Cubas. Pelo menos quatro pontos na extensão da avenida recebiam o trabalho de manutenção na manhã de ontem. Os serviços começaram há cerca de três meses, com o programa de implantação de 120 novos abrigos para as paradas do transporte coletivo da cidade, além da recuperação de 80 dos pontos já existentes. A área central foi a primeira a receber a revitalização dos pontos, que agora chega às regiões periféricas de Mogi, em bairros e distritos. O secretário municipal de Transportes, Carlos Nakaharada, afirmou que o serviço é contínuo, para que se mantenham as melhorias aplicadas no decorrer do ano. De acordo com um funcionário que

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trabalhava na pintura de uma das estruturas durante a manhã de ontem, as regiões centrais e do Shangai já foram atendidas pelo serviço. O pintor aplicava a tinta azul, novo padrão para os abrigos dos pontos da cidade. “Vamos em seguida para o Jardim Aeroporto, em continuidade ao serviço da avenida Japão”, disse. As estruturas reformadas são pontos de ônibus antigos, que apresentavam danos por vandalismo ou ação do tempo. Para a dona de casa Zilda Maria da Costa, 38 anos, que utiliza diariamente o ponto de ônibus da avenida Japão, a revitalização é muito bem-vinda. “Já faz tempo que o ponto está destruído, precisando de uma reforma”, diz a mulher, moradora de Brás Cubas. “Os vândalos destroem os pontos e a ação do tempo também prejudica”, afirma. Zilda mostra que os bancos do abrigo foram roubados ou danificados por atos de vandal-

ismo. “É uma vergonha que a própria população faça isso com algo que é para o uso de todos”, disse a dona de casa. Para o comerciante Antônio Macedo da Silva, 46, a reforma dos novos pontos de ônibus no centro e nos bairros acabou com um incômodo antigo. “Antes tínhamos que esperar a condução debaixo de sol ou chuva”, diz o comerciante, que também esperava o ônibus no ponto da avenida Japão. “As novas estruturas não resolvem completamente este problema, mas ajudam bastante”, completou. Segundo Nakaharada, o serviço de recuperação das estruturas também prevê a reforma ou instalação de bancos, quando necessários. “Os funcionários da Prefeitura realizam a limpeza inicial, pintura e recuperação daquilo que estiver danificado”, diz o secretário. (Mogi News)

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MATÉRIA DA SEMANA

TESTAMOS O

HIBRIBUS

OS PRÓS E OS CONTRAS DO VOLVO B5L QUANDO PASSOU PELA CIDADE DE SÃO PAULO Wesley Araújo e Tiago de Grande Passando pela Rua Cardeal Arcoverde, a Volvo Bus Latin America mostra o porquê de trazer seu híbrido para o Brasil. Trouxe por ser superior e aguentar qualquer tranco, eu disse QUALQUER. Quando penso no monobloco 7700 HYBRID, logo vem a minha mente o seguinte questionamento: quem se importa com o estofado de suas poltronas, se o xis da questão é o que ele pode oferecer para o meio ambiente, além da tecnologia nele embarcada? É disso que falaremos aqui. Até meados de 2011, a Volvo Bus Latin América testará em três cidades brasileiras o modelo híbrido do monobloco 7700, o 7700 HYBRID. Produzido na Suécia, o veículo já fez teste em Curitiba, sexta-feira, dia 5 de novembro, encerraram os testes em São Paulo e em breve ele estará no Rio de Janeiro. Na cidade de São Paulo ele rodou pela Transppass – Transporte de Passageiros na linha 724 A – Cidade Universitária x Aclimação. Nesta matéria mostraremos o comportamento do carro em relação a outros híbridos que já rodam no Brasil, bem como os avanços tecnológicos que

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ele nos traz. São Paulo já conta com uma frota razoável de veículos desse porte, hoje todos operando pela Via Sul, porém, tais veículos não possuem potência suficiente para agüentar o dia-a-dia. Aliás todos os híbridos que já vi não possuem potência superior a 150cv, o que, na prática, faz com que o projeto de um veículo híbrido seja INVIÁVEL para cidades de grande porte. A Volvo, ao criar o monobloco híbrido, pensou nestes empecilhos que poderiam fazer com que tal projeto ficasse arquivado e esquecido. Equipado com dois motores, um diesel de 210cv com torque de 800Nm (82.5kgfm) e um motor elétrico de 160cv com os mesmos 800Nm (82.5kgfm) de torque. Provavelmente você, caro leitor, já deve ter ouvido uma frase do tipo: Híbrido não anda híbrido rasteja. Se formos analisar a experiência da cidade de São Paulo com híbridos, a pessoa que afirmou isso não estaria errada, não fosse o fato de que a frase foi dita de forma generalizada, ou seja, TODOS os híbridos. Mas o monobloco da Volvo provou o contrário.

Sobre o carro O chassi utilizado no HYBRID é o B5L, com um propulsor Volvo D5E, de 5 litros. Para minha surpresa o desempenho do veículo é excelente para um híbrido, superou as expectativas. Vale lembrar que o sistema híbrido da Volvo é paralelo, ou seja, ambos os motores operam para o funcionamento do ônibus, sendo que o motor a diesel só opera quando o veículo atinge a velocidade de, aproximadamente, 20 km/h. O design do veículo, europeu, desperta e desvia o olhar de todos por onde ele passa. Também pudera, é muito diferente do que temos aqui no Brasil. Claro que não é dos mais belos, porém é um carro que possui um design muito atraente se formos comparar com vários modelos concorrentes do 7700. Comportamento Ao contrário do que muitos imaginam, o HYBRID possui um comportamento ideal para operar em uma cidade como São Paulo, por exemplo. Lá, a velocidade máxima

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Fotos: Wesley Araújo

que um coletivo pode desenvolver é de 60 km/h em vias públicas e em corredor, 50 km/h. O que pude perceber é que o motorista queria pisar um pouco mais, já que o possante respondia aos comandos como se fosse um padron com um propulsor mais potente. O que mais chama a atenção no comportamento do carro é que o câmbio I-Shift (sim, I-shift) casa com os motores e a troca de marchas ocorre em perfeita harmonia, ao contrário do V-tronic da VW/MAN que costuma dar uns solavancos. A suspensão, controlada eletronicamente, garante total conforto ao passageiro, garantindo assim uma ótima viagem, sem contar que o veículo é dotado de freios a disco com ABS. Conforto O monobloco 7700 HYBRID é dotado de 29 poltronas de polipropileno com estofado aveludado, porém em formato de concha, proporcionando maior conforto (mas com um baita carro deste, quem se importa com as poltronas?), possui piso baixo total (motor acoplado verticalmente do lado direito, na parte traseira do veículo), e possui aparelho condicionador de ar. Apesar de o equipamento gelar o suficiente, em se tratando da temperatura de São Paulo, em certos momentos o calor do motor do veículo fala mais alto. A temperatura do motor D5E se iguala ao propulsor do O500M/UA, logo, o aparelho condicionador de ar poderia ter maior potência. Ao que parece, para testes no Rio de Janeiro, a Volvo abrirá as janelas do veículo. É aguardar para ver o que ocorrerá. A suspensão, como dito anteriormente, é eletrônica e possui sistema de ajoelhamento. Como ela é regulada automaticamente, faz com que o carro se adapte a diversas condições de piso. Veredicto A Volvo, caso este carro seja aprovado no Brasil, já adiantou que o monobloco não será produzido no Brasil, apenas o chassi. Ainda há possibilidade de o chassi ser importado da planta fabril no México, o que encareceria

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Veículo foi avaliado pela equipe da Revista InterBuss na última semana em SP muito um produto desse porte. Independentemente de valores, o que ficou claro neste produto é que a Volvo aliou o que havia de melhor em todos os projetos e colocou neste carro. É claro que o veículo possui seus contras, e muitos contras, como por exemplo, o aparelho condicionador de ar é fraco para manter a temperatura uniforme no veículo inteiro, o motor esquenta demais chegando a mesma temperatura do O-500MA. Mas tudo isso é esquecido, até mesmo pelos usuários que sequer entendem nada de mecânica ou de ônibus, se formos aliar o design, a tecnologia, o conforto

(poltronas de polipropileno muito mais confortáveis do que as do G7 da Marcopolo) e a sustentabilidade. Enfim, um ônibus que está à altura das cidades que precisam se desculpar com o meio ambiente, porém, não suficiente, já que ele, mesmo sendo híbrido, polui. De uma forma geral, o carro está aprovado, e digo isso não como colecionador, mas como passageiro e cidadão de bem. Palavras de quem dirigiu o HYBRID

O motorista que dirigiu o carro foi

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MATÉRIA DA SEMANA

Cockpit do condutor: elementos de alta tecnologia proporcionam excelente dirigibilidade ao Volvo B5L Zé Carlos, da Transppass. Ele foi escolhido a dedo para passar pelo treinamento da Volvo e, consequentemente, dirigir o ônibus e dar sua opinião sobre o coletivo. Conversando com ele, me disse: o carro é perfeito, muito superior aos outros que já dirigi, o carro tem bom desempenho, anda bem e é rico em equipamentos de segurança. Se dependesse de mim, amanhã mesmo já teríamos vários destes, pois o que queremos (nós, motoristas) é condição favorável de trabalho. E este carro oferece total condição para trabalhar. Nem precisei usar o sistema ajoelhamento na Cardeal Arcoverde, nem na entrada do terminalzinho. Prós: • Conforto • Desempenho • Polui 35% menos que um carro convencional Contras: • Motor esquenta demais • Ar condicionado não mantém a temperatura uniforme no veículo

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Conforto interno com padrão europeu difere do padrão brasileiro em vários aspectos

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José Euvilásio Sales Bezerra Combustiveis alternativos

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usado para dar a partida no veículo; e o a diesel convencional, acionado quando ele atinge a velocidade de 20km/h. Na feira, os visitantes puderam dar uma volta dentro dele pelos arredores da Marina da Glória. As viagens foram concorridíssimas. Mais atrás, um pouco mais escondido, estava o Busscar Urbanuss Pluss movido a Hidrogênio com pilha de combustível. Essa tecnologia foi desenvolvida pelo Laboratório de Hidrogênio da COPPE, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Esse ônibus possui um conjunto de baterias que é alimentada através de energia elétrica, quando este está ligado em uma tomada. O restante da ener-

Foto: José Euvilásio Sales Bezerra

Entre os dias 10 a 12 de novembro ocorreram, paralelamente, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, a 14º Etransport e a 8ª FetransRio. Esta feira, dirigida a empresários do setor de transporte urbano, mostrou o que há de mais moderno no que se refere à industria do transporte urbano e seus acessórios. Nessa feira, um dos grandes destaques foram os veículos movidos a combustíveis alternativos. O que mais chamou a atenção foi o HibriBus, ônibus com a tecnologia Híbrida desenvolvida pela Volvo, que rodou em Curitiba e em São Paulo. Esse veículo possui dois motores: o elétrico, que é

gia vem da pilha de combustível e da energia cinética produzida pela movimentação e frenagem do veículo durante o trajeto. Essa energia, em ônibus comuns, é disperdiçada. É pretensão do laboratório que este veículo seja usado nos deslocamentos durante a Copa do Mundo de 2014. Além dos exemplos citados, haviam mais dois ônibus que merecem registro: um Marcopolo Torino, da Rodoviária A. Matias, adaptado para rodar com 20% de Biodiesel; e, por fim, havia ainda um Caio Millennium MBB O500U da Viação Santa Brígida, de São Paulo, movido a diesel de cana. Essa grande quantidade de veículos expostos, assim como vários outros em testes, mostram o quanto estão avançando as pesquisas referentes a combustíveis alternativos. Só falta as empresas e os gestores encamparem essa idéia.

Busscar Urbanuss Pluss com motorização movida a hidrogênio, circula em caráter experimental pelo Rio de Janeiro há algumas semanas

Volvo 7700 com motorização B5L híbrido, que já passou pelas cidades de Curitiba e São Paulo, agora ganhará as ruas do Rio de Janeiro por alguns dias

Caio Millennium com chassi MBB O-500U, movido a diesel de Marcopolo Torino da empresa Matias circulando com cana. Outros dois veículos estão em circulação em São Paulo motorização adaptada para receber biodiesel. Várias outras com motor convertido também para esse diesel cidades já adotaram o biodiesel em suas frotas

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Ailton FlorĂŞncio da Silva



Adamo Bazani De olho nos BRTs, Volkswagen apresenta seu primeiro chassi articulado nacional

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Foto: Divulgação MAN

Veículo pertence a linha de 2012 de produtos da empresa, cuja divisão foi adquirida recentemente pela MAN. Outros modelos receberam novidades no sistema de embreagem e na capacidade de transporte

O PAC da Mobilidade Urbana e os investimentos voltados para a demanda maior de transporte urbano gerada pela Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, provam que a tendência dos deslocamentos dentro das cidades será predominantemente formada por BRTs – Bus Rapid Transit – corredores de ônibus exclusivos, realmente segregados, modernos e com possibilidade de pré-embarque, ou seja, pagamento de passagem e acomodação melhor antes mesmo da chegada dos ônibus. Mais da metade dos projetos das cidades que receberão jogos do mundial de futebol contempla a construção do BRT: as explicações são óbvias. Os custos para um corredor

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de ônibus são muito menores em relação aos gastos para a construção de um monotrilho, VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) ou do metrô convencional subterrâneo. As obras são mais rápidas, mais seguras e necessitam de menos intervenções no espaço urbano já concretizado, havendo menos desapropriações e remodelações da área que receberá o modal de transporte. A necessidade de modernização dos transportes já é antiga. Mas parece que só com os eventos esportivos mundiais é que as autoridades públicas decidiram se mobilizar. Ou seja, se o Brasil não fosse país sede destas competições ao que parece os projetos de trans-

portes andariam lentamente como o trânsito nas grandes cidades, que sempre priorizaram o meio individual de deslocamento. Tais projetos, mesmo sendo tarde, representam oportunidades de negócios para muitas empresas e fabricantes. E não atender aos pedidos que serão gerados pela instalação dos BRTs seria perder o bonde da história nos ônibus do Brasil. Por isso que a Volkswagen/MAN – Latin América, apresentou o novo chassi para ônibus articulado 18-320 EOD. Por ser de alta demanda, a grande maioria dos corredores terá como prestadores de serviços ônibus articualdos e a marca, que quer se consolidar como vice líder no mercado e se aproximar da líder Mercedes Benz, era a única que ainda não tinha esta configuração de chassi. Volvo, Mercedes e Scania já oferecem este tipo de ônibus. Prevista para ser vendido como linha 2012 da Volks/MAN, o chassi tem motor de 320 cavalos de potência e conta também com suspensão pneumática com sistema de ajoelhamento para facilitar embarque e desembarque, segue todas as mais modernas normas de acessibilidade e conforto e recebe carrocerias de piso alto com elevador de até 18,20 metros de comprimento. Segundo a Assessoria de Imprensa da marca, há novidades também em outras categorias de ônibus; Na linha de micros, o 9-150 ganha a versão Pluss, com PBT de 9,2 toneladas, o que representa mais capacidade de peso e possibilidade de receber carrocerias maiores. Os motores são Cummins e MWM. O médio 15-190 e o convencional 17230 receberam novas caixas de transmissão. Com isso, os frotistas podem escolher entre as marcas Eaton e ZF. Os rodoviários 18-320 também tiveram alterações no sistema de embreagem. A troca de marchas é feita com auxílio do sistema servo-assistido, que consiste em dois cabos que reduzem o esforço do motorista nas trocas de até 60%. A alavanca de troca foi reposicionada de acordo com a ergonomia do posto do motorista que foi atualizada. A suspensão pneumática, amortecedores e freios foram reforçados para receber carrocerias de maior peso com mais segurança. De acordo com a Volkswagen, o mercado de ônibus respira bons ares. Em outro, a montadora vendeu 946 chassis, é o segundo maior volume de vendas na história da empresa, que começou em 1993, com a comercialização do 16-180. Esse volume do último mês de outro representa uma participação no mercado da marca de 31.2%.

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Marisa Vanessa N. Cruz A renumeração dos trens Um dos vagões do Metrô de São Paulo do Metrô de São Paulo já com a nova numeração

Fotos: Marisa Vanessa N. Cruz

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Aos poucos está sendo traçado o futuro do Metrô de São Paulo. Novos trens, novas estações, e também, novas nomenclaturas de prefixos de vagões dos trens. Daí fico filosofando a nova numeração dos novos vagões da composição 50, ou C-150 como queiram a logística do Metrô, ou A50 - nova denominação, onde a letra é o tipo de frota, cuja letra A representa os trens Budds fabricado pela Mafersa que circula na linha 1-Azul. Os números dos vagões serão mais fáceis para identificação aos passageiros? Creio eu que sim, pois pelo novo número do vagão, dá para saber imediatamente o número da composição. O vagão A506 da foto é da composição A50, e antigamente este vagão já foi chamado de 1300. Então os vagões 1295-1296-1298-1297-1299-1300 passaram a chamar-se A501, A502, A503, A504, A505 e A506. A mistura: na verdade, toda a composição 50 veio da frota B, ou ‘108’, fabricado entre 1978/80, ante a frota A ou ‘198’ fabricado entre 1972/75. Daí, por existir várias composições que tem 2 vagões de frotas A e 4 vagões B ou vice-versa, toda a frota B juntou tudo à única frota A.

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Os números antigos dos vagões de toda a frota do Metrô de São Paulo estão no link http://tgvbr.protrem.org/phpBB3/ viewtopic.php?f=24&t=2333 . Na Rodoviária do Tietê Neste último dia 13, sábado, viajei para Campinas. No guichê da rodoviária do Tietê, a fila estava enorme, e recepcionistas trabalhando a todo vapor. Era 13h40 quando fui atendida, e na recepção fui informada que o próximo horário era 14h20. Comprei a passagem e fui observar o movimento em diversos pontos do terminal. Faltando dez minutos para o horário, observei uma centena de pessoas esperando o ônibus nas plataformas 07 e 09 (para Campinas as duas plataformas são próprias para o embarque). Vi o das 14 horas saindo (era um G7 com pintura de fretamento). Minutos depois, aparecem juntos dois Flechas: um saindo às 14:05 e outro às 14:10. O primeiro foi rápido no embarque, mas o segundo demorou um pouco. E nesse instante surge outro flecha no horário das 14h31 na plataforma 07. Peraí... pulou o meu horário, das 14h20!! Veio bem mais tarde depois da

saída das 14h10. E veio uma surpresa: Um Marcopolo Paradiso G6 1200 chassi Scania K124IB fazendo o horário das 14h20!! Raridade na linha: o 3508 veio com ar condicionado e até com WC, mas estava trancado. Embarquei na poltrona 18, e após sair do terminal rodoviário, avistei dois busólogos que estavam por terra, fotografando o ônibus onde eu estava (e também achando estranho esse ônibus de modelo diferente fazendo a linha). Primeira vez que embarquei em um ônibus com ar para Campinas. E voltando à sala de embarque: além de uma centena de pessoas, encontrei uma senhora, desesperada, querendo pegar qualquer ônibus, pois segundo ela, alegava que estava atrasada. E no horário impresso na passagem, estava impresso como 14h40. Obs: No site de venda de passagens da Viação Cometa, procurando por São Paulo-Campinas ou Campinas-São Paulo, nos dias de maior movimento (como por exemplo 20 de novembro) nota-se que não há visualização total dos horários. Aparecem somente as 76 primeiras partidas e não mostra mais que isso. Extremamente impossível consultar horários noturnos para os dias seguintes.

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ESPECIAL

NOVO TRANSPORTE TRANSPORTE EM EM MAUÁ MAUÁ NOVO

Foto: Adamo Bazani

O POVO FALA

Na primeira semana após a implantação da nova fase do sistema municipal, no sábado dia 06 de novembro, Mauá apresenta duas realidades bem distintas: satisfação e revolta por parte dos usuários Adamo Bazani Quem conversa com os passageiros do sistema municipal de Mauá, na Grande São Paulo tem a impressão de que está falando com pessoas que vivem realidades diferentes. E não é apenas impressão. É nítida a satisfação dos usuários do lote 02, da Leblon Transporte de Passageiros, que assumiu os serviços no sábado dia 06 de novembro, apesar de algumas reclamações ainda principalmente em relação a atrasos e lotação. Os passageiros do Lote 01, operado pela Viação Cidade Mauá (ainda chamada pela população de Barão de Mauá – nome anterior à licitação de 2008), são os mais descontentes. A maior parte revelou ser tratada com descaso. A reportagem esteve em boa parte da manhã da quarta-feira da semana passada nas proximidades do Terminal de Mauá e em pontos como das Avenidas Barão de Mauá, Rio Branco e Governador Mário Covas, no centro da cidade. Os passageiros viam na reportagem

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uma oportunidade para se expressarem e serem ouvidos, uma das principais queixas há anos, já que faltavam canais de comunicação para receberem e solucionarem as demandas de quem depende de Ônibus em Mauá. Por volta das oito horas da manhã, o movimento era bastante intenso no Terminal de Mauá. Boa parte dos usuários pega o ônibus nos bairros para depois embarcar nos trens da CPTM que partem para Santo André e São Paulo, as cidades que recebem mais trabalhadores de Mauá. Outra parcela significativa também utiliza os veículos para trabalhar no próprio município. As mudanças a partir de 06 de novembro foram bem recebidas, mas ainda há muito o que ser feito, na opinião principalmente dos passageiros que precisam dos ônibus da Viação Cidade de Mauá. Já os que se utilizam da Empresa Leblon dizem ter boa parte de seus anseios em relação aos transportes atendidos. Acompanhe os depoimentos na íntegra dos passageiros ouvidos. Passageira da linha que serve o

Itapark Novo, operada pela Leblon, Maria de Araújo, de 74 anos, destaca o aumento do número de veículos na linha “Eu achei que melhorou bastante, tem bastante ônibus na linha. Os ônibus são mais novos e confortáveis” – opinou Maria de Araújo. Já o passageiro José Alexandre Lopes, morador do Jardim Silvia, diz pegar diariamente os ônibus da Leblon. O número maior de veículos servindo o bairro chamou a atenção: “Tá bem melhor. Bem mais ônibus na linha, tem uns 4 ou 5 ônibus fazendo a mesma linha. A qualidade mudou bastante. A rapidez também tá melhor. Antes os ônibus ficavam muito tempo parados no terminal” – relembra José Alexandre Lopes. Passageira da Viação Cidade de Mauá, Maria Verônica Araújo diz não ter sentido nenhuma diferença com a reformulação dos transportes. “Tá muito demorado o ônibus. Segunda-feira eu fiquei uns 40 minutos no ponto. Acho que tá igual” – Lamenta MariaVerônica.

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A passageira Ana Meire, usuária da linha da Vila Esperança, do lote 01, da Viação Cidade de Mauá, no momento da entrevista, disse que estava muito atrasa para o trabalho. “Prá mim, que uso a Barão, não mudou nada. O serviço da antiga (empresa de ônibus) não é bom, eles precisam melhorar muito. Agora eu já deveria estar no serviço. São 09h40, saí de casa 08h20. Só passou o Vila Mercedes (lote 01) só às 09h10. Eu uso ele (o ônibus da Vila Mercedes) para ir para o centro e depois o Vila Esperança (outra linha do lote 01) para o trabalho. Ele (o Vila Esperança) também demora de 40 a 50 minutos. Eu vejo os ônibus da empresa nova passar de 10 em 10 minutos” – compara Ana Meire. Onilda Soares Cesário, usuária da linha Bógus, do lote 01 – Viação Cidade de Mauá, se revolta com a condição dos veículos. “A linha do Bógus tá precária. A gente fica quase 1 hora no ponto. É da empresa antiga. Eles colocam os piores ônibus para a gente. Tudo quebrado, banco quebrado, parece que era ônibus que estava encostado. A linha Bógus não melhorou nada. Tem muita gente nesta linha que tem de andar bastante a pé até a Avenida Barão de Mauá, onde passa mais ônibus” – disse Onilda. Apesar de o primeiro dia útil da semana com a segunda fase de alteração dos transportes de Mauá ter sido na segunda-feira da semana passada, algumas pessoas estavam usando os novos ônibus pela primeira vez na quarta-feira. É o caso de Enoque Vidal Pereira, que utiliza a linha do Santa Rosa, da Leblon. “Hoje é o primeiro dia que andei. Prá mim tá mais confortável. Diminuiu o tempo de espera. Essa empresa nova(Leblon) tá com ônibus mais confortáveis. A educação do motorista e do cobrador é melhor. Às vezes o ônibus da Januária mal parava no ponto, a pessoa ainda estava na porta e o motorista já tocava com gente na porta. Eu vi várias vezes senhor de idade pendurado na porta porque o motorista não tinha paciência.” - explica Enoque. Isabel Batista da Cruz faz um comparativo entre os dois serviços. “A linha da empresa antiga está péssima. A gente fica mais de uma hora no ponto prá pegar o Boa Vista (Viação Cidade de Mauá), outro dia peguei o Leblon só prá andar nele e achei maravilhoso, muito organizado, muito limpo, pessoal atencioso e fiquei pouco tempo no ônibus” – disse Isabel. Mas os serviços da empresa ainda não são considerados ideais pra muitos pas-

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sageiros, principalmente em relação ao tempo de espera e lotação. É o que reclama a passageira da linha Zaíra 5, Patrícia Pereira. “Melhorou sim na questão dos transportes. Mas o tempo de espera ainda é grande. Precisa melhorar em quantidade de ônibus” – destacou Patrícia. Pereira. Luis Carlos Motta mora numa região servida pelas duas empresas de ônibus, mas ainda teme se as melhorias terão continuidade ou não. “Por enquanto tá ótimo, vamos ver se continua. Essa empresa nova (Leblon) tem mais ônibus. Antes ficava 40, 50 minutos esperando o ônibus. Posso usar as duas empresas, prefiro a nova. Ela tem de mostrar serviço e a outra via ser obrigada a acompanhá-la” – aposta Luis Carlos Motta. Naur de Souza Ramos utiliza a linha de maior demanda da empresa Leblon, a Zaíra 4 e destaca a redução do tempo de espera e o melhor trato com os usuários. “Eu achei que mudou completamente para melhor. Sempre peguei o Zaíra 4 e a gente ficava de 40 a 50 minutos esperando o ônibus. Agora no máximo são 10 minutos. Antes eu fazia o seguinte, quando ouvia o barulho do ônibus, saía correndo de casa. Agora não dá prá ouvir pois os ônibus são silenciosos. Eu sou idoso e mostro a carteirinha para entrar (pelas portas do meio ou de trás). Quando era da Januária (antiga operadora do lote 02), os motoristas nem paravam. Já estes param, abram a porta. Se fica cheio atrás, eles pedem prá entrar na frente” – relata Naur de Souza Ramos. O passageiro Wellington Dias Rocha é outro que destaca os ganhos pela entrada da Leblon, mas ainda diz que a empresa precisa melhorar. “Em termos de conforto tá melhor. Mas tempo de espera ainda é grande. Os motoristas são mais atenciosos e educados e não tem comparação, mas preciso ficar esperando menos tempo” – pede Wellington, que usa a linha Zaíra 06. Já Margarida Rosa de Souza diz que há menos espera nas linhas da Leblon.. “Melhorou, to menos tempo no ponto. Eles são rápidos e cuidadosos. (Os ônibus) andam mais vazios. Era lotado porque demorava muito. Uns 30 minutos eu ficava no ponto, agora são uns 15 minutos. Antes parece que ficavam enrolando no terminal” – conta Margarida. Maria Odete, usuária da linha Boa Vista, viu nos microfones uma oportunidade para desabafar. Ao ser perguntada qual empresa que utiliza, se a nova (Leblon) ou a antiga (Viação Cidade de Mauá), ela simplesmente respon-

deu: “Por enquanto nenhuma porque não passa nenhum ônibus da minha linha. É sempre essa demora. O serviço da Barão não vale nada, revolta a população. A gente liga, falam que o ônibus vai vir e não vem. Precisa melhorar muito. Assim não tem condição. É certo ficar 45 minutos no ponto?” – questiona e desabafa Maria Odete. Sandra Lopes reclama da linha Esperança, do lote 01, da Viação Cidade de Mauá. “A gente espera mais de uma hora no terminal. Essa linha Esperança é uma porcaria. As pessoas que estão usando a Leblon tão comentando e tão gostando, mas da Barão (Viação Cidade de Mauá) tá cada vez pior. Tem de pensar nos trabalhadores. O pessoal sai cedo e chega tarde. Não pensam nos trabalhadores. Não pensam no usuário. Não tem nem canal de comunicação. A população fica a mercê da sorte. Na rua onde eu moro foram feitos vários abaixo assinados.” Tatiane Pacheco também reclama do atual serviço no lote 01 da Viação Cidade de Mauá. “Pego o Feital. Tá uma porcaria. Tem dia que a gente fica 2 horas. Sem exagero, duas horas prá passar no ponto. Da uma da tarde às três horas da tarde, não passa nada no meu bairro. É troca de turno e não planejam ônibus para isso. No terminal chega a ter até briga. No Feital, às vezes ficam seis, sete ônibus parados e não saem. A passagem não é barata para andar em 10 minutos e quando vamos reclamar a gente não tem direito a nada” – reclama Tatiane. Quase todos os passageiros se queixaram da falta de informações no Terminal Central. RESPOSTAS O Grupo Leblon Transporte de Passageiros afirmou em nota que “tem recebido boas referências pela maior parte dos passageiros que entram em contato. Segundo a empresa todos os casos pontuais de atrasos e lotações relatados pelos que a procuram são analisados”. A Leblon ainda diz ter como postura atuar na melhoria dos serviços e que a operação das linhas será ainda mais aprimorada. A Prefeitura de Mauá confirmou que várias autuações foram aplicadas para a empresa Viação Cidade de Mauá, operadora do lote 01 e que todo o período de transição está sujeito a uma adaptação. Para os munícipes, o poder público disponibiliza o telefone 156 pra informações e reclamações. Ninguém da Viação Cidade de Mauá quis atender a reportagem.

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SALÃO DO AUTOMÓVEL

50 ANOS DE SUCESSO

Realizado a cada dois anos em São Paulo, o Salão Internacional do Automóvel já é uma referência mundial Chailander Borges Aconteceu entre os dias 27 de Outubro e 07 de Novembro o 26º Salão do automóvel, evento realizado na capital paulista no parque de Exposições do Anhembi, onde foi celebrado 50 anos de sua existência a qual teve início em 1960, sendo um dos eventos automotivos mais importantes do mundo. Além de pessoas ligadas ao setor e imprensa, estavam presentes também milhares de pessoas apaixonadas por veículos e tecnologia, que saíram até de outros países, só para prestigiar o evento. Ao longo destes 50 anos, o Salão foi muito importante para o setor automobilístico nacional, já que varias das novidades expostas, são muitas vezes aplicadas nos novos veículos a serem fabricados a seguir, além de movimentar o setor de acessórios, um dos mais aquecidos do Brasil atualmente, que vem passando por constantes transformações e investimentos. O evento também vem passando por grandes mudanças, e a cada ano que passa, os investimentos e parceiros vêm aumentando, contribuindo assim para um evento cada vez

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mais organizado. Para se ter idéia, a primeira edição do evento foi no Parque do Ibirapuera, onde se reuniu cerca de 400 mil pessoas, fabricantes de acessórios e autopeças e apenas 12 montadoras de veículos. O evento foi realizado no Ibirapuera pela última vez em 1968, pois dois anos mais tarde, seria inaugurado o Parque de Exposições do Anhembi, a qual é realizado o evento até hoje. Desse período até os dias atuais, muitas novidades foram expostas. Podemos citar em 1976 o lançamento do primeiro carro da Fiat produzido no país, o modelo 147, em 1981 a chegada do Volkswagen Gol, em 1983 uma edição especial com automóveis a álcool, onde priorizaram o incentivo ao uso do combustível, em 1988 os primeiros carros nacionais equipados com injeção eletrônica, a chegada dos carros populares em 1994, a apresentação da Ferrari que levou o nome de seu fundador Enzo em 2009 e o carro mais caro comercializado no Brasil até então em 2008, o Pagani Zonda. Em 2010, denominada a Edição de Ouro, foram investidos cerca de 35 milhões de reais e o principal foco das montadoras foi a interação com os participantes e a preo-

Mustang Shelby, um dos carros mais visitados no Salão deste ano cupação com o Meio Ambiente, onde foram apresentados veículos com baixa emissão de poluentes (Híbridos), ecologicamente corretos (Elétricos) e carros conceitos, conhecidos por parte do publico como “carros do futuro” em todos os casos, apresentadas ao lado de lindas modelos, a qual chamava a atenção de todos os presentes. Outra atração foram as novas versões dos Clássicos Ford Mustang Shelby, Chevrolet Camaro e Dodge Challenger para comercialização aqui no País, a apresentação da britânica Bentley e da Francesa Bugatti com o seu veloz Veyron que pode chegar aos incríveis 407 km/h, que pela primeira vez participaram do evento além de duas Lótus que foram pilotadas por Airton Senna, este que faria 50 anos em 2010, acessórios e áudios pertencentes a ele também estavam sendo apresentados, emocionando a todos que estavam presentes. A Revista Interbuss agradece e parabeniza a Reed Exhibitions Alcantara Machado pela organização do evento, a qual é uma ótima opção de um passeio familiar que é realizado a cada dois anos na Cidade de São Paulo.

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O QUE DESFILOU PELO SALテグ ESTE ANO Fotos: Chailander Borges

Volvo S60

Porshe GT2RS

Lamborghini Gallardo

Bugatti Veyron

Ferrari 599GTO

Audi R8 Spyder

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AS FOTOS DA SEMANA As 10 melhores fotos da atualização de ontem do Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1. Campione HD MBB O-500RSD que circulará pela Auto Viação Americana já está na garagem da empresa, por Carlos Alberto. • 2. Um dos novos Campiones da Rápido Campinas, por Anderson Ribeiro. • 3 e 4. Belos registros de Lucas Filipe da Silva de Paula: primeiro o novo DD da São Raphael e depois um dos novos G7 da Medianeira. • 5. Millennium ex-Campo Belo na Oak Tree, por Cosme Souza Oliveira. • 6. Belo registro de Diego Almeida, do Jum Buss 360 da Gontijo. • 7. Jum Buss 400 ex-Osastur na São João, por Maicon Igor Barbosa. 8. Excelente foto do Flecha Azul da Viação Cometa, por Thales Alexandre. • 9. Excelente registro do Eucatur próximo à balsa, por Cesar Castro em Rondônia. (Continua...)

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10. Belo Campione da Alfa Tour, registrado por Diego Almeida.

MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas 14 de Novembro de 2010 • Colecionadores na Rodoviária de Curitiba. Da esquerda para a direita: Kevin Willian, Ricardo (motorista da Catarinense), Rainer Abreu, Eliel, Leandro Macedo e Wellington Santos. Foto enviada por: Wellington Santos

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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DIÁRIO DE BORDO Fotos: Tiago de Grande

Relato por Tiago de Grande

ESTREANDO A LEBLON

Linha: 061 – Jardim Sônia Maria x Centro Empresa: Leblon Transporte de Passageiros Carro: 2810 – Marcopolo Viale – Volvo B12M A linha 061 de Mauá, é uma das linhas pertencentes ao Lote 02, que desde o dia 06/11/2010 é operado pela empresa Leblon. A linha liga o bairro Jardim Sônia Maria ao Terminal Central da cidade, onde há a integração para outras linhas municipais. O trajeto é curto, leva menos de trinta minutos, porém com uma demanda alta de passageiros, devido ao Jardim Sonia Maria, e seu bairro vizinho, Jardim Silvia Maria, que também é atendido pela linha, serem grandes e também pela linha passar em uma grande área industrial, pertencente ao Pólo Petroquímico de Capuava. A linha tem intervalos baixos, e conta com seis carros, sendo cinco convencionais e um articulado. Ponto de Partida: Jardim Sônia Maria Bairro situado em uma área de tríplice divisa (Mauá, Santo André e São Paulo), o Jardim Sonia Maria é um bairro grande, com muitas moradias e comércios pequenos. O ponto inicial da linha 061, é no terminal de ônibus do bairro, q é pequeno e interligado com o Corredor ABD através de uma passarela, no único trecho do corredor pertencente a cidade de Mauá. A viagem: Chegando no Terminal Sonia Maria, encostei no ponto do 061 para esperar o

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único articulado da linha, após saírem dois convencionais, eis que vejo entrando no Terminal o carro 2810 da Leblon, já encostando no ponto para dar o embarque, por dentro aquele cheiro de ônibus novo, limpo, ainda sem sinais de vandalismo, sentei logo após a catraca para ouvir e ver de perto o desempenho do B12M nas ruas acidentadas e asfalto ruim de Mauá. Saímos do terminal e já entramos na principal rua do bairro Sonia Maria, a rua Carmem Miranda. É uma subida com lombadas onde se concentra a maioria do comércio do bairro. Ao sair dessa rua adentramos nas ruas estreitas e apertadas do bairro, em algumas delas é até difícil um carro articulado manobrar, em menos de dez minutos chegamos a Rua Oscarito, no Jardim Silvia Maria, é a ultima rua do bairro, e o final dela é na parte dos fundos do Pólo Petroquímico, após passar esse trecho, entramos na maior avenida do trajeto, a Ayrton Senna da Silva, avenida essa que beira os fundos do Pólo, e tem um tráfego intenso de caminhões, e asfalto ruim, esburacado, sem calçadas e trafego quase nulo de pedestres, servindo mais como alça de acesso a industrias do Pólo, nesse trecho há muitos embarques de funcionários das empresas. O trecho do Jardim Silvia Maria até o final do Pólo é uma descida, feita em torno de dez minutos, e após esse trecho chega

na minha opinião a pior parte do trajeto, uma passagem por baixo do trecho sul do Rodoanel, entramos dentro do bairro Jardim Oratório, é um bairro pobre, e é o trecho que mais maltrata o carro, a Ayrton Senna é esburacada e em alguns trechos o asfalto já cedeu, sobrando apenas o chão batido, muitos buracos e de vários o carro precisa desviar, pois são verdadeiras crateras. Após passar por esse trecho ruim, em que diga-se de passagem o carro se comportou muito bem, chegamos ao final da Ayrton Senna, que já é bem próximo ao centro, a beira da linha férrea, na Avenida Antonia Rosa Fioravanti, um trecho curto margeando o Shopping Center e a Fatec de Mauá, pontos onde desembarcam muita gente, e ao passar do lado do Shopping, já avistamos o terminal urbano, e a viagem curta chega ao fim no terminal urbano ao lado da estação de trem com 26 minutos de viagem. Ponto de Chegada – Terminal Urbano de Mauá Ponto final de todas as linhas urbanas de Mauá, o terminal urbano é bem movimentado, porém necessita urgente de uma reforma, ou até de uma reconstrução. É um lugar escuro, embaixo de um viaduto, e ao lado da estação de trem da cidade, tem uma grande movimentação de pessoas e de ônibus.

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DESPEDIDA Fotos: Guilherme Rafael

O FIM DE UMA ERA

Os últimos Caio Vitória municipais de Campinas/SP foram desativados e deram lugar a novos Caio Millennium

Guilherme Rafael Outubro de 1994. Nascem os Caio Padron Vitória Volvo B58ECO que, na época, seriam tal como foram, entregues à Urca – Urbanos de Campinas. Carroceria com para-brisa inteiriço, bancos estofados, piso emborrachado, campainhas de “Parada Solicitada” com botoeiras eram o que havia de mais moderno naquela época e se enquadravam no “Projeto Padron”, dos anos 80. O chassi Volvo com parcos 245cv e 107 Kgfm gerados pelo motor THD102KF, que hoje soam como anêmicos, o câmbio automático Allison com a categórica plaquinha na caixa de itinerário com a seguinte inscrição: “This is vehicle is equipped with Allison Transmission”, eram uma revolução tremenda à época. Hoje é obsoleto. Algo único, era paixão à primeira vista, com certeza. Em Outubro de 2010, passados 16 anos, 192 meses ou aproximadamente 832 semanas, 5.850 dias, 140.400 horas, 8.424.000 minutos, 505.440.000 segundos, eles deram adeus. Na sexta-feira 29/10/2010 rodaram as últimas unidades do modelo restantes na ci-

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O Vitória com pintura anterior à última que teve, antes de ser desativado dade de Campinas, sendo que alguns já não tinham mais o imponente para-brisa inteiriço e todos já convertidos a câmbio manual de 6 marchas, igual do B10M rodoviário. Uma boa notícia: Quem não conseguiu andar, ainda pode procurar pela Metra (São Bernardo do Campo) ou pela Auto Viação Ouro Verde (Sumaré), pois as mesmas ainda possuem destes modelos em configuração parecida e igualmente em ótimo estado de conservação, diga-se de passagem.

No lugar, entraram 10 Caio Induscar Millennium MBB O-500MA, o que pode ser bom, ou ruim, dependendo do ponto de vista, mas é só uma questão de opinião. Os novos já começaram a operar no sábado subseqüente à despedida e já estão em sua totalidade na rua. De qualquer forma, não tem o mesmo carisma dos Vitórias, que com suas formas quadradas e conservadoras marcou a vida de uma grande legião de colecionadores, encarroçando os melhores (e piores) chassis da época...

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V Á, M A S V I S I T E

A PEQUENA-GRANDE

RIO CLARO

Conhecida como a Cidade Azul, Rio Claro tem tudo o que seus moradores precisa, além de um belo shopping para diversão Luciano Roncolato A cidade de Rio Claro, também conhecida como a Cidade Azul, está localizada próxima à rodovia Washington Luis, importante corredor de ligação com a cidade de São José do Rio Preto. Tem como principal atividade econômica a agricultura, sobretudo a canavieira, porém a cidade abriga grandes indústrias e há alguns anos atrás o município foi citado pela revista Veja como uma das melhores para investimento industrial. Rio Claro ficou conhecida nacionalmente principalmente por ter abrigado o parque industrial da primeira e até então única indústria automobilística 100% nacional, a Gurgel. Hoje, anos após a falência e o falecimento de seu fundador, João do Amaral Gurgel, os galpões continuam abandonados, aguardando comprador. A cidade tem a típica cara de local interiorano, com praça central, um belo

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calçadão próximo à estação ferroviária, hoje ponto de parada das linhas de ônibus urbanas é um importante ponto de encontro local. Porém, um dos grandes destaques da cidade é o belo Shopping Rio Claro. Inaugurado há 15 anos, o centro comercial proporciona belas paisagens com seus jardins internos e largos pátios. Um rinque de patinação faz a diversão da garotada e dos mais velhos. Conheça Rio Claro. Uma cidade grande com jeito de pequena. De São Paulo, a empresa VB Transportes faz o transporte para o município. A cidade dispóe de linhas suburbanas para as vizinhas Santa Gertrudes, Cordeirópolis e Limeira. As linhas fazem ponto final justamente em frente ao Shopping Rio Claro, porém antes passam pela rodoviária da cidade, que fica localizada próxima a principal entrada do município, às beiras da Rodovia Washington Luis. Partindo da Rodoviária, há suburbano para a cidade de Itirapina.

Rio Claro é também conhecida por ter sido sede do parque industrial da primeira montadora de carros 100% nacional, a Gurgel Revista InterBuss


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