Revista InterBuss - Edição 19 - 07/11/2010

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R EV I ST A

InterBuss

100 ANOS da família

Setti Braga nos transportes

ANO 1 Nº 19 07/11/2010



NESTA EDIÇÃO

BUSSCAR ATRASA PROMESSAS E PARALISAÇÃO É INEVITÁVEL

Foto: Maicon Igor Barbosa

A Semana em 10 Tempos • Página 7

Fotos da capa: Tiago de Grande e Adamo Bazani Edição número 19 • Domingo, 07 de Novembro de 2010 • Concluída às 22h06 (4ª) • Esta edição tem 20 páginas

EDITORIAL • Novo articulado da MAN ............................. 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 8 COLUNISTAS • Adamo Bazani ......................................... 9 PÔSTER • Matheus Novacki.......................................... 10 MATÉRIA DA SEMANA • 100 anos de Setti Braga... 12 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz.......................... 15 FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 16 MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 17 Atenção: Excepcionalmente nesta edição não são publicadas as seções Diário de Bordo e Vá, mas Visite, que voltam na semana que vem.

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EDITORIAL

A MAN entra de vez no segmento de articulados Depois de um longo período de espera, a MAN Latin American (“antiga” Volkswagen Caminhões e Ônibus) apresenta um chassi para ônibus articulado, até o momento, chamado de 18-320 EOT. Este marco (que por sua vez pode ser considerado histórico, até), acontece justamente em um momento muito oportuno, pois esta década está marcada com a promessa de grades obras de BRT (Bus Rapid Transit) que contemplam ônibus do tipo “Padron” e Articulados Traduzindo: Agora é a grande chance de a MAN poder mostrar o seu know-how aplicado no desenvolvimento e na linha de montagem de seus bons produtos. Solução inusitada, mas dentro da NBR15570, que normatiza parametros mínimos na construção dos ônibus, o novo modelo, ainda em fase de testes, foi apresentado com suspensão dianteira mista (ou seja, molas de aço e bolsão de ar). Demais detalhes, são comuns à concorrência, que é brava. O motor instalado no módulo traseiro, fabricado pela Cummins, como a nomeação sugere, desenvolve 320cv de potência máxima e 131 Kgfm REVISTA

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de torque máximo. Este propulsor equipa também um pseudo-rodoviário e alguns caminhões Constellation, da marca “Volkswagen” ou MAN, como preferirem. Ainda em atendimento à NBR15570, o chassi é equipado com transmissão automática (possívelmente ZF Ecomat, ou no pior dos casos, V-tronic). Também é interessante ressaltar que até o momento, o chassi anunciado tem somente piso normal. Ajoelhamento também é um item que mereceu flag no check-box de equipamentos disponíveis. Condenado à aprovação de um oráculo chamado mercado, que é capaz de colocar um produto no céu, como ao mesmo tempo no inferno, veremos se o 18-320 EOT Articulado será uma boa opção. Cacife para fazer bonito frente aos excelentes B12M e K310, a MAN tem, isto é fato, mas não custa lembrar que o homônimo rodoviário (nascido bem antes) foi e é um fiasco de vendas... Para fins comparativos, até setembro/2010 o 18-320 EOT Rodoviário vendeu 158 unidades, ante 344 do MBB O-500R e 211 do Scania K310, segundo informações da Anfavea. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Entrevista DCZ Muito legal a matéria com o grande Douglas DCZ. Tive o prazer de conhece-lo pessoalmente, lembro que a primeira vez foi através de um grande amigo meu que chamo de meu padrinho que é o saudoso Alessandro de Bem Barros, o Douglas é um cara sincero e correto, amizade e respeito ao próximo é fundamental sem isso não chegaremos a lugar algum. Um abraço a todos os parceiros de estrada. Jair Fernando São Paulo/SP Nota da redação: Obrigado pelo contato e pelos elogios Jair Fernando! São comentários como o seu que nos incentiva cada vez mais a buscar o mlehor para nossos leitores. Obrigado!

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A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 31/10 A 06/11/2010

Av. Jacu-Pêssego em SP deverá ganhar corredor baseado em BRT Embarque deverá contar com pagamento de passagem ainda no ponto para agilizar viagem

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Foto: Carlos F. Pardo

Outro plano da gestão Geraldo Alckmin para o transporte na Região Metropolitana é a criação de um corredor exclusivo de ônibus na Jacu-Pêssego, avenida que liga Guarulhos a Mauá, passando por São Paulo. A ideia da nova equipe é fazer um corredor no estilo Bus Rapid Transit (BRT) - nele, o passageiro paga a passagem antes de embarcar em plataformas elevadas e faz quantas baldeações quiser. O sistema ficou famoso em cidades como Bogotá, na Colômbia, e Curitiba. A ideia da equipe é dotar a zona leste da capital - que deverá ser palco da abertura da Copa do Mundo - de um meio de transporte de média capacidade que atravesse o eixo norte-sul. Atualmente, as linhas de metrô e trem (Linha 3-Vermelha, 11-Coral e 12-Safira) cortam a região de leste a oeste, direção que também será seguida pelo monotrilho da Cidade Tiradentes. O projeto do BRT visa a aproveitar os 13,6 km da Nova Jacu-Pêssego, cuja ampliação foi entregue à população no mês passado. O novo trecho foi construído como via expressa - são três pistas de asfalto novo e sem semáforo. Mesmo assim, não foi descartada a adoção de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ou mesmo um monotrilho para cortar a região transversalmente. O prazo para a obra sair, no entanto, deve ficar para o fim da gestão Alckmin, em meados de 2014, ano da Copa. “A JacuPêssego funciona como um minianel viário e muitos caminhões devem ir para lá. Então, para o BRT começar a funcionar, o Trecho Leste do Rodoanel tem de estar pronto”, afirmou Jurandir Fernandes, líder da equipe de transição do governo estadual. A estimativa é de que a construção do Trecho Leste demore 40 meses. Melhorias - Para a mesma região, a Prefeitura de São Paulo aposta nas melhorias das ruas próximas do trecho antigo da JacuPêssego como parte da Operação Urbana Rio Verde-Jacu, que visa a aumentar a oferta de empregos na zona leste. A parte mais antiga da avenida tem cruzamentos e semáforos. “Vamos estudar melhorias na transposição da Jacu-Pêssego para melhorar a ligação dos dois lados”, adiantou o secretário municipal

BRT Transmilênio em Bogotá, na Colômbia, é exemplo para o mundo de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem. A operação urbana atinge uma área de 11 mil hectares e mais de 1 milhão de habitantes. Dentro desse perímetro, a Prefeitura pretende construir três polos, que seriam conectados por parques lineares. O Polo Institucional, ao lado do Metrô Itaquera e do futuro estádio do Corinthians, seria formado por uma rodoviária interestadual, um Fórum de Justiça, um Senai, uma Escola Técnica Estadual (Etec) e uma Faculdade de Tecnologia (Fatec) - estas, atualmente em construção. O espaço também teria uma incubadora, que serviria para alimentar o Parque Tecnológico, o segundo polo. O terceiro equipamento público é o Polo Econômico, um espaço onde será incentivada a instalação de indústrias e empresas de tecnologia da informação e logística. Para atrair empresários, a Prefeitura pretende lançar, no primeiro semestre de 2011,

editais da Lei de Incentivos Seletivos, que preveem descontos nos impostos municipais para quem instalar-se na área. PARA ENTENDER A previsão é de que as cidades-sede da Copa de 2014 receberão 20 projetos de BRT. Um dos grandes impulsionadores deve ser o PAC da Mobilidade Urbana do governo federal. Somente os projetos previstos para o Mundial deverão absorver investimentos de mais de R$ 4 bilhões. Em média, o custo para adotar os VLTs é o dobro dos modelos de Curitiba e Bogotá. Um projeto para trens leves exige pelo menos R$ 37 milhões por quilômetro, enquanto um BRT sai por R$ 18,8 milhões/ km. Os defensores de corredores exclusivos ainda argumentam que, a um custo de operação menor, conseguem transportar praticamente a mesma quantidade de pessoas dos VLTs. (O Estado de S. Paulo)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Vereador denuncia ausência Bilhete Único de cobradores em Uberaba Carioca já está operando

ham um cobrador. Segundo Tony, a lei surgiu quando a empresa Transmil tinha o interesse de trabalhar com a bilhetagem eletrônica, que extinguia a função dos cobrados, portanto através do projeto foram criados dispositivos que asseguram a manutenção da função de cobradores, mesmo que haja catracas eletrônicas. “A lei 9822 rege o sistema organizacional de transporte coletivo de Uberaba e no artigo n° 33 diz que no caso de implantação de sistema de bilhetagem eletrônica deverão ser mantidos os postos dos cobradores, que passarão a exercer a função de agentes de bordo, sem redução do número de empregados. A lei disciplina inclusive o processo de licitação, as empresas que participaram estavam ciente desta legislação”, comenta o vereador, ressaltando que também foi autor da lei, que proíbe a substituição de frentistas por atendimento automatizado. Os vereadores disseram que irão procurar respostas sobre a denúncia, se realmente está acontecendo demissões de cobradores. Eles ainda ressaltaram que existe uma lei no município e ela deve ser cumprida. (Jornal de Uberaba)

Pessoas acima de 65 anos serão as primeiras beneficiadas com a integração dos sistemas de bilhetagem eletrônica do Tri, usado nos ônibus da Capital, e do Sim, utilizado no trensurb. Na primeira fase, cerca de 160 mil usuários serão beneficiados. A partir da segunda-feira, dia 07/11, os idosos poderão apresentar o Tri para andar de metrô.

Já os usuários dessa faixa etária que andam de trensurb precisarão se cadastrar nas estações do trem e retirar a carteira Sim Idoso, para poder embarcar nas linhas de ônibus de Porto Alegre. A medida que implanta o uso de um único cartão para andar nos dois meios de transporte foi anunciada ontem pelo prefeito José

Fortunati, pelo presidente da Trensurb, Marco Arildo Cunha, e pelo presidente da ATP (Associação das Empresas de Transporte de Passageiros de Porto Alegre), Enio Roberto dos Reis, em entrevista coletiva, na sede da Trensurb. De acordo com o prefeito, o próximo passo será a inclusão dos usuários de vale-transporte, o que deverá acontecer em 2011. (Diário Gaúcho)

Foto: Luciano Roncolato

Na sessão ordinária do dia 3/11 na Câmara Municipal, o vereador Samuel Pereira disse ter recebido denúncia de que algumas linhas de transporte coletivo estariam circulando sem cobradores. Entretanto, vale lembrar que foi aprovada uma lei municipal, que diz que é obrigatório ter cobradores em todas as linhas de ônibus da cidade. Segundo Samuel, além de ter recebido inúmeras ligações fazendo a denúncia, algumas pessoas lhe procuraram em plenário para contar que as empresas de transporte coletivo estariam deixando de lado o uso de cobradores nas linhas, sendo que alguns foram até demitidos. Diante disso, o vereador mobilizou toda a sua assessoria de gabinete para que encontrasse quais linhas estariam sem o profissional. No final da tarde, Samuel anunciou que as linhas Josa Bernardino (Líder), Uniube (Piracicabana), Costa Teles (Piracicabana) e Bairro de Lourdes (Piracicabana), não têm cobrador. Em discussão em plenário, o vereador Tony Carlos lembrou que em 2005 foi aprovada uma lei de sua autoria que obriga que todas as linhas do transporte coletivo ten-

Os cariocas já podem utilizar apenas um bilhete para jornadas de até duas horas em dois ônibus de linha municipal ao custo de R$ 2,40, valor correspondente ao de uma passagem normal. A mudança está valendo, desde o dia 6, com a entrada em vigor do sistema de Bilhete Único Carioca. Para ter acesso ao novo cartão, o usuário tem que fazer o cadastro pela internet ou em um dos postos disponibilizados pela prefeitura. Quem já possui o Bilhete Carioca (estadual) ou o cartão de Vale-Trasporte Convencional, ou o Cartão Expresso (incluindo as duas modalidades da RioCard jovem) pode utilizar o sistema sem a necessidade de novo cadastro. Nestes casos, as novas tarifas são descontadas automaticamente do cartão. Como funciona - O cartão précarregado pode ser obtido em uma das lojas RioCard ou nas agências do banco Itaú credenciadas. Os créditos iniciais dos cartões pré-caregados são de R$ 21,00 ou de R$ 55,00. Mesmo comprando o cartão pré-carregado, ele deve ser cadastrado no site da RioCard (www.cartaoriocard.com.br) e desbloqueado. O Bilhete Único Carioca é um cartão magnético que registra o crédito do usuário e desconta as tarifas quando utilizadas. Para utilizar, basta carregar o crédito mínimo de R$ 4,80. O valor da tarifa será descontado quando o cartão for aproximado do validador, presente nas roletas dos ônibus. É permitido apenas um cartão por CPF. Os créditos têm validade de um ano. Se não utilizado em 120 dias, o cartão será bloqueado automaticamente. Como o cartão fica ligado ao CPF do usuário, ele pode bloqueá-lo em caso de roubo, perda ou quebra. Para adquirir um novo cartão, será cobrado o valor de R$ 15. Em caso de defeito ou mal funcionamento, o cartão deverá ser trocado em uma das lojas RioCard. A troca será efetuada em quatro dias. (Terra)

Ônibus da Viação Piracicabana em Uberaba: a Líder também estaria sem cobrador

Começa a integração trem-ônibus em Porto Alegre

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Foto: Wesley Araujo

Cidades querem proibir som alto dentro de ônibus

Ônibus em São José dos Campos: uma das cidades que quer proibir o som alto no transporte Dois municípios brasileiros podem proibir a utilização de aparelhos com som alto dentro dos ônibus. Um deles - São José dos Campos (SP) - já aprovou um projeto de lei com esse objetivo. O problema ocorre porque muitos usuários se incomodam com o barulho - e, muitas vezes, com o gênero musical- que sai, especialmente de celulares. Em São José dos Campos (91 km de São Paulo), os vereadores aprovaram o projeto anteontem. Lá, se quiser ouvir música, o passageiro terá que usar fone de ouvido. Para virar lei, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito. A administração municipal informou que o projeto ainda será analisado. Em Curitiba, a assessoria da Urbs (empresa da prefeitura que administra o transporte coletivo) diz que falta uma lei específica no município. Um projeto de lei com o objetivo

de proibir o som alto dentro dos ônibus tramita desde agosto na Câmara. Enquanto não existe uma lei, dois estudantes usaram o Twitter para lançar uma campanha contra o som alto. Um cartaz virtual pede respeito aos outros passageiros e alerta que nem sempre quem está ao lado aprecia o mesmo gênero musical. Segundo seus organizadores, a campanha deve ficar no ar para conscientizar os usuários do transporte coletivo que ônibus é lugar de respeito ao espaço comum. “Muita gente está voltando para casa do trabalho e está cansada. Achamos desagradável ter de enfrentar o som alto de uma música que sai de um celular a todo volume, por exemplo”, diz o estudante Cassio Camargo Ferreira, 19 anos, autor da campanha com o amigo e também estudante Ricardo Ickert, 20 anos. (Jornal da Cidade - Bauru)

SP libera mais R$ 60 mi a viações O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vai pagar mais R$ 60 milhões do orçamento às empresas de ônibus na forma de subsídios. O remanejamento da verba foi publicado ontem no Diário Oficial da Cidade. A maior parte do dinheiro - R$ 32 milhões - veio do excesso de arrecadação, mas também houve retiradas do orçamento de obras como as de monotrilhos, além de aquisição de imóveis para instalação de corredores de ônibus e implementação de motofaixas. No começo do ano, o orçamento tinha R$ 360 milhões para compensações tarifárias. Esse total foi elevado a R$ 480 milhões, dos quais R$ 479,8 milhões já foram liq-

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uidados (quando o serviço foi feito) até o fim de setembro. Com o novo aporte, e mantida a atual média, a Prefeitura deve fechar o ano com R$ 600 milhões pagos em subsídios. Apesar disso, Kassab já anunciou que, no próximo mês, a tarifa subirá de R$ 2,70 para R$ 2,90. O valor da tarifa de ônibus que consta da proposta orçamentária de 2011 representará um reajuste de 7,4%. Essa alta vai ficar acima da inflação estimada pelos institutos de pesquisa para 2010. A meta do Banco Central é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 4,5% e o acumulado até agosto do IPC-Fipe foi de 3,45%. (O Estado de S. Paulo)

13º sai atrasado e em várias parcelas; funcionários param Enquanto não consegue uma solução definitiva, a Busscar Ônibus S.A, tenta amenizar a dívida com os funcionários. Desde a semana passada, já está disponível no banco Itaú – onde os trabalhadores tem conta salário – mais uma parte do 13º de 2009. O dinheiro corresponde 47% da segunda metade do 13º que ainda não foi quitada. A previsão era de que toda a segunda parcela fosse depositada até 15 de outubro, mas dificuldades nas negociações com o BicBanco atrasaram o pagamento. De acordo com o presidente do Sindicato dos Mecânicos, João Bruggmann, os problemas seriam questões jurídicas no contrato de alienação de três terrenos que a fabricante de carrocerias possui na região Sul de Joinville. “Foi liberado apenas R$ 1 milhão, ao invés de R$ 2,5 milhões, como era esperado, pois estariam faltando documentos. A expectativa é de que o restante possa ser pago até a próxima semana”, afirma. Bruggmann diz que, com o pagamento, a empresa espera que pelo menos parte dos funcionários retorne ao trabalho para poder finalizar 20 ônibus que estão parados na linha de produção da empresa há quatro meses. “Quando depositaram a primeira parcela, foram finalizados cinco carrocerias. A matéria-prima para os carros já foi comprada e agora esses ônibus devem ser finalizados”, diz. (Diário Catarinense)

Sindicato resolve não dar mais prazo para encarroçadora pagar salários atrasados A história que é acompanhada de perto por milhares de funcionários da Busscar Ônibus, teve ontem seu capítulo de estreia na esfera judicial. Na primeira audiência do processo que pede o pagamento dos salários atrasados aos cerca de 3,1 mil trabalhadores da fabricante de carroceiras, o Sindicato dos Mecânicos de Joinville e região optou por não dar mais prazo para a empresa. A entidade que representa os trabalhadores tem agora dez dias para analisar a defesa da Busscar e se pronunciar. (Diário Catarinense)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Prefeitura de Maceió “agiliza” licitação Foto: Marcos André Lisboa

Depois de mais de três anos após a Justiça determinar prazo de seis meses para a Prefeitura de Maceió realizar a licitação do transporte público coletivo, o prefeito Cícero Almeida (PP) encaminhou à Câmara de Vereadores da capital, em caráter de “urgência”, o projeto de lei que regulamenta as concessões do serviço. Segundo o procurador-geral do município, Marcelo Teixeira, a licitação deve ser feita até o fim de dezembro deste ano. Até lá, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió (SMTT) terá de concluir o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana (PDTU) e realizar audiências públicas. Isso sem contar com os recursos judiciais das empresas licitantes, que porventura surgirem. “Temos de fazer a licitação este ano, o mais rápido que se possa imaginar. Havendo a aprovação na Câmara e a conclusão do PDTU... O edital da licitação já está sendo concluído e estaremos soltando imediatamente. Pretendemos atender à determinação do prefeito para que isso seja cumprido até dezembro”, disse Marcelo Teixeira. A pressa pode ser entendida como umapercepção de que a paciência da Justiça

Ônibus urbano em Maceió: Licitação deverá ocorrer em breve pode acabar, já que a pendência jurídica do município data de maio de 2007, quando o juiz da 14ª Vara Cível da Capital, Antônio Emanuel Dória, estabeleceu o primeiro prazo de seis meses para a conclusão da licitação, sob o risco de multa de R$ 1 milhão ao prefeito e agentes públicos responsáveis.

A ação civil pública impetrada pelo Ministério Público passou por muitos recursos. Prazos foram restabelecidos, outra multa de R$ 10 mil foi incluída - esta diária -, em julho de 2009, junto com o novo prazo de um mês para a licitação ocorrer. (Gazeta de Alagoas)

Porto Alegre colocará radares em corredores de ônibus Para tentar conter atropelamentos, a EPTC implantará radares em corredores de ônibus de Porto Alegre a partir do dia 16 de novembro. A medida foi anunciada às conces-

sionárias de ônibus, motoristas e sindicato, e o dispositivo será usado sem anúncio prévio, como ocorre nas vias públicas. Segundo a EPTC, nos últimos 20

meses, 141 pessoas foram atropeladas nas vias de coletivo da Capital. Destas, 30 foram encaminhadas aos hospitais em estado grave e oito morreram. (Zero Hora)

Adamo Bazani Grupo Gontijo de olho na Grande São Paulo

COLUNISTAS

Proposta da empresa é ampliar não somente o número de veículos, mas também linhas nas cidades que cercam a Capital Paulista Após passados os sustos da crise econômica global, no biênio 2008 – 2009, que trouxe incertezas para praticamente todos os setores do País, o segmento rodoviário de transportes de passageiros mostrou que o fôlego de investimentos foi retomado, apesar de cautelas por parte das empresas de ônibus. Além disso, foi justamente neste biênio que ocorreram as disputas judiciais e até mesmo na esfera política para que a licitação de todas as linhas de ônibus interestaduais e internacionais brasileiros, promovida pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres – fosse barrada. Para variar, as empresas alegaram

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que a licitação estava muito exigente, o que poderia deixar alguns serviços economicamente inviáveis. E para variar também, o poder público recuou e a licitação, a maior do País no setor de transportes, ficou para 2011/2012. Com esta definição, as empresas rodoviárias votaram a investir, já com vistas a mostrarem-se tecnicamente capazes, com frotas e linhas, para disputarem as melhores linhas. Embora que quem pegar o melhor vai ter se assumir os serviços considerados nada interessantes, para haver equilíbrio no sistema e os subsídios cruzados de uma linha para outra por parte de uma mesma empresa.

Uma das Viações que está de olho nessas possibilidades geradas pela nova licitação é a Gontijo de Transportes. A empresa é considerada a segunda maior do País no Setor. Possui mais de 1100 ônibus, isso sem contar que detém outras grandes empresas, como a Nacional e a gigante Viação São Geraldo, última grande aquisição. É a segunda em liquidez, com índice de 2,09, o que significa que para R$ 2,00 que possui, R$,0.90 representam dívidas e encargos, segundo levantamento no Ministério do Desenvolvimento, feito pela Revista Especializada “Melhores e Maiores dos Transportes” – referente ao ano de 2009. è a terceira do setor de transportes

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José Euvilásio Sales Bezerra ASTERISCOS - Notas, comentários e impressões...

COLUNISTAS

* A Viação Raposo Tavares, antiga Viação Bragança, empresa que opera linhas intermunicipais pelo Consórcio Intervias, entre Cotia e São Paulo, tá com novidades na frota. Recentemente recebeu alguns Marcopolo Viale VolksBus 17-230EOD. É a velha carroceria Viale, entrando no seu 13º ano...

Foto: José Euvilásio Sales Bezerra

* Enquanto a padronização da pintura dos ônibus da cidade do Rio de Janeiro começou oficialmente neste sábado, aqui em São Paulo ela existe há quase vinte anos. A primeira pintura-padrão foi a branca com faixa vermelha, que durou até 2003, com algumas alterações pequenas, de acordo com o prefeito do momento. Eu gostava desse padrão, mesmo sendo mais estático que o atual, onde os consórcios são padronizados por área, com cores diferentes, mas sempre no mesmo estilo.

* Esses dias, andando em um ônibus da Miracatiba, deparo com uma cena lamentável. O motorista teve de frear bruscamente para não bater em um carro. Um senhor, que ainda não havia passado pela catraca, deixou cair parte dos documentos. O motorista, solícito, pediu desculpas. O senhor retrucou dizendo pra ele não dizer mais nada que poderia processá-lo. O motorista novamente tentou se justificar

* A Viação Cometa já começou a operar as linhas que seguem para o litoral paulista, que eram da Expresso Brasileiro Viação Ltda, com os carros já pintados nas suas cores. No começo, todos os carros com a pintura da EBVL estavam com um cartaz no para-brisa dianteiro: “A serviço da Viação Cometa.” No entando, o atendimento dos guichês do Jabaquara segue o mesmo, padrão “lotação” de antes. Nesse padrão, vendedores anunciam, em voz alta os destinos, o que é feito pelos guichês das outras empresas que operam o trecho. O passageiro é pego no grito.

* Nesta semana, o Instituto de Criminalística concluiu que a pane na Linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo, ocorrida em 21/09, foi causada pela superlotação dos trens. Superlotação essa que só existe porque integraram, parcialmente, as passagens do Metrô e o Bilhete Único. Isso possibilitou que um maior número de pessoas tivesse acesso ao sistema, mesmo que este não tenha condições de receber toda essa demanda. Reflexo de uma política de transportes inexistente que, ao invés de implantar soluções de maneira técnica, se preocupou em expandir o BU apenas para satisfazer as massas. Como essa integração não tem mais volta, cabe aos escalões competentes darem condições ao Metrô de implantar melhorias de forma mais rápida, como é o caso da instalação do sistema CBTC, que possibilitará uma diminuição da distancia de segurança entre os trens, o que possibilitará a inclusão de mais composições nas linhas, tornando o sistema mais ágil e menos desconfortável.

rodoviários em receita operacional líquida. Conservadora, como é a postura de seu patrono, Abílio Gontijo, a empresa quer ser maior ainda e não descarta encostar na maior empresa rodoviária do País, a Itapemirim, fundada por Camilo Cola. Segundo a Gontijo, um dos pontos estratégicos para o crescimento da empresa é a Região Metropolitana de São Paulo. Já estão sendo estudadas ampliações de trajetos, horários e de frota em serviço nas cidades de Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. A companhia percebeu que o deslocamento dessas cidades para terminais da Capital como do Tietê e da Barra Funda

é difícil, principalmente para quem precisa viajar e levar uma grande quantidade de mala, um verdadeiro sacrifício nos trens, metrô e ônibus urbanos lotados. Nem todos podem pagar táxi dessas cidades até às rodoviárias principais de São Paulo. Se há demanda, por que não chegar a ela? Foi assim que cresceu a Gontijo. A empresa começou com uma simples jardineira, dirigida pelo fundador, o mineiro Abílio Gonjtijo, que enfrentava lama e estradas quase intransponíveis, em 1943, entre Patos de Minas e Carmo do Parnaíba. Abílio Gontijo começou no ramo com 19 anos e idade e foi um dos primeiros a usar o álcool como combustível em transportes coletivos. Na época, ocorria a

Segunda Guerra Mundial que ocasionou uma enorme escassez de petróleo em todo o Planeta. As empresas tinham cotas para compra de gasolina e o diesel (na ocasião, pouco usado para abastecer os rústicos ônibus de madeira. A maioria das empresas optava pelo insalubre gasogênio, um combustível pobre e muito poluente, considerado cancerígeno, obtido pela queima de carvão e madeira. Com amplo conhecimento prático em mecânica, Abílio Gontijo conseguiu fazer sua Jardineira Chevrolet Comercial rodar com álcool. Tradicionalmente cliente da marca Busscar, a empresa teve de buscar alternativa na encarroçadora Marcopolo para atender seu plano de crescimento.

Novo Viale da Viação Raposo Tavares * Neste sábado, a Leblon Transportes, empresa curitibana, depois de muitos problemas jurídicos, finalmente conseguiu iniciar suas operações na cidade de Mauá, na grande São Paulo. Isso põe fim a anos de monopólio de um grupo que, praticamente, domina mais da metade do transporte do Grande ABC. Espero que isso marque o início de dias melhores no transporte da região.

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mas, de novo, o senhor disse pra ele não falar mais nada que podia processá-lo. Não sei quem é esse senhor, mas, convenhamos, direitos todos nós temos. Um pouco de compreensão não faz falta a ninguém.

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Matheus Novacki



MATÉRIA DA SEMANA Réplica em tamanho original de um Tílburi, espécie de carruagem. A família começou no negócio de transportes antes mesmo da chegado dos ônibus no ABC Paulista. No interior do veículo, a bela jornalista, escritora e professora, Andréia Rosmaninho Costa

FAMÍLIA SETTI BRAGA NOS TRANSPORTES

Foto: Adamo Bazani

100 ANOS Adamo Bazani Com os olhos cheios de lágrimas, tons de voz que mesclavam recordações de bons momentos, mas de tempos difíceis também. O ar de vitória nas palavras convivendo com uma das mais incontestáveis realidades de que enquanto há vida, as batalhas jamais acabam. Foi desta maneira que discursaram os atuais responsáveis pelo Grupo ABC, João Antônio Setti Braga e a irmão Maria Beatriz Setti Braga, num evento para celebrar os 100 anos de atuação da Família Setti & Braga, no setor de transportes. A cerimônia ocorreu neste sábado, dia 6 de novembro, no Espaço Anchieta, Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo. E não era pra menos. Um século guarda muitos acontecimentos, mas acima de tudo, relacionadas a estes acontecimentos, há muitas emoções que são geradas e que marcam um período de 100 anos. Quando se pensa em empresa, logo vêm à mente negócios. Mas por trás dos

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negócios há vidas. Principalmente num setor tão presente no dia a dia da vida das pessoas, como é o de transportes coletivos. No Brasil, a mudança do perfil agrário para o urbano no Sudeste, em diferentes épocas e proporções, com destaque para os anos de 1920, 1950 e de 1980. A República, que não tinha ainda nem 21 anos quando a família começou. A Política do Café com Leite, quando os poderes político e econômico no Brasil eram revezados por Minas Gerais e São Paulo, o Estado Novo, a Revolução Constitucionalista, o Brasil Bossa Nova e a Industrialização e Urbanização do Perídio Juscelino Kubitscheck, os anos de chumbo da Ditadura Militar, a luta pela democracia, a possibilidade de escolher de novo os representantes, a decepção com o poder político desde a era Collor, a política com transtorno bi-polar, dividida entre PT e PSDB. O café que ainda era o principal produto da economia brasileira, mas já perdia espaço para os primeiros sinais de urbanização, mesmo que tímidos. A ferrovia

cortando o Brasil e a São Paulo Railway, ou simplesmente a Inglesa, fazendo com quer o ABC Paulista se tornasse uma das áreas mais prósperas do País. A formação dos primeiros bairros e a criação das primeiras avenidas de São Bernardo, que abrigava todo o ABC. A posterior luta pela emancipação dos municípios. As plantações de batata e cebola na região, dando lugar a industria, primeiro a moveleira, em seguida, a gigante automobilística. A necessidade por um sistema mais eficiente de deslocamento mediante uma população maior, em número e em ocupação das áreas nas cidades. O Milagre Econômico, a Inflação que crescia e assustava. Os custos para operar ônibus que, nos anos de 1970 e 1980, superavam a arrecadação das tarifas, que por sua vez, superavam o ritmo de crescimento dos salários dos trabalhadores, que por sua vez deixavam de usar transporte público, que por sua vez, via seus ganhos caírem ainda mais. O sindicalismo, a estabilização da moeda, conceitos de transportar na região diferentes dos tradicionais. Muitos transportadores não sobreviveram a estas

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Foto: Adamo Bazani

fases, mas a Família Setti & Braga conseguiu superar tudo isso. As guerras mundiais que afetavam os transportes, principalmente na dificuldade de se importar peças e a escassez de combustível, obrigando soluções não muito salubres, mas necessários como o uso do gasogênio (combustível pobre obtido pela queima de carvão ou madeira numa câmara na traseira do ônibus). Os Setti & Braga passaram por tudo isso e muito mais. Quando se fala em pioneiros dos transportes logo se pensa nos investidores que se dispunham de tempo, coragem e amor para operar as rústicas jardineiras, ônibus de madeira, normalmente feitos em oficinas caseiras, sobre chassis de caminhão. E é verdade, muitos dos pioneiros tiveram esse início. Mas a saga nos transportes da Família Setti & Braga começou antes do uso do ônibus na região. Foi em 1910, quando Adelelmo Setti e o filho João Setti começaram a ligar a Villa de São Bernardo (correspondente à região central da cidade) a estação de São Bernardo (hoje a Estação de Trens da CPTM de Santo André). O serviço era feito num tílburi da Inglaterra, construído no final do século XIX. Era uma carruagem puxada por dois cavalos, que tinha lanternas como faróis. A necessidade de transportes internos na região logo foi percebida pela família que presenciava os sinais de urbanização devido à chegada da ferrovia. A demanda de passageiros crescia na proporção que a área de São Bernardo se tornava mais populosa. A família, visionária, antevendo a necessidade de transporte mais rápido, adere a motorização dos transportes públicos. Em 1920, João Setti compra um Chevrolet Romana e começa a trabalhar com ele como carro de aluguel. Mas a população precisava de um veículo com maior capacidade de transporte. Por isso que em 1925, a família investe na primeira jardineira, e faz a primeira linha regular de ônibus entre a atual Santo André e São Bernardo do Campo, constituindo o primeiro grupo empresarial do setor na Grande São Paulo. Realmente, pioneirismo é uma das marcas da família Setti & Braga. Adiantando um pouco no tempo, para se ter uma idéia, foi da família o investimento e a criação do primeiro ônibus elétrico híbrido do País (que funciona com diesel até determinada rotação do motor, depois acionando a tração elétrica). Esse primeiro ônibus elétrico híbrido do Brasil também foi o primeiro ônibus deste tipo a rodar comercialmente no mundo, em 1999.

Uma das dezenas miniaturas expostas no evento, pertencentes ao acerco histórico da famílai Setti e Braga e da Auto Viação ABC Quer ainda mais pioneirismo? A Família foi a primeira (e a ainda permanece) a operar o primeiro corredor segregado de trólebus metropolitano da Grande São Paulo. Não basta, no entanto, ser o primeiro, é necessário permanecer. E para isso, só o dinheiro não é suficiente numa empresa. Ser apenas uma razão social, não é o bastante para manter um empreendimento. É necessário ter amor, carinho, espírito de união, comprometimento e valorização ao ser humano. Num mundo com os valores tão desvirtuados, esse discurso pode soar como demagogia e até utopia. Mas a história da família Setti & Braga mostra que, apesar de estarem sufocados pela malícia, egoísmo e falta de ética crescentes nos dias atuais, estes valores são reais e demasiadamente importantes. E a família é ainda o alicerce para tais virtudes. A luta da Família Setti & Braga para iniciar, se firmar, conquistar e superar os desafios do mercado tem como um dos seus maiores símbolos os pioneiros do Grupo da Auto Viação ABC. Homens e mulheres. Pessoas experientes e as mais jovens, faziam de tudo, desde limpar os veículos até gerir o negócio. Maria Luiza Zaparolli Setti e a filha Maria Myrths Setti Braga faziam de tudo. A mãe com balde escovão limpava as jardineiras e a filha contava a arrecadação do dia. Outras famílias de pioneiros que atuaram com o Setti & Braga também merecem citação: Pinitti, Maranesi, Tosi , Romano... Todas nesta mesma filosofia: trabalho duro no qual todos faziam tudo. O empreendedor José Fernando Medina Braga casa-se com a bela Maria Myrths. Esse lado de empreendedorismo

e visão, numa ABC que recebia os maiores investimentos na indústria automobilística, percebeu que a expansão econômica e populacional exigia uma ampliação no negócio dos transportes e a consolidação de uma marca. Em 1956, era criada por José Fernando Medina Braga e João Setti a Auto Viação ABC. E realmente a empresa é uma marca nos transportes na região. Não somente por ostentar as siglas que representam as três primeiras cidades, mas por desbravá-la, abrir avenidas onde havia apenas caminhos de terra, bairros, onde havia apenas terrenos, plantações, pouca casa ou vegetação. E também por ser uma empresa que ainda preserva seu nome, seu bom nome. Os moradores do ABC e Capital perceberam já que repentinamente, uma empresa de ônibus tradicional desaparece e com os mesmos carros, funcionários, garagem, etc, surgem com outros nomes. Quando se faz uma pesquisa breve, o que se encontra em alguns casos é que por conta de débitos fiscais altíssimos, pendências judiciais, entre outros problemas, para participar de determinada licitação, o grupo empresarial desaparece com uma determinada viação e surge com outra. Quantas empresas tinham nomes de destaque, mas foram degradadas e seus nomes deixam saudades. Mas com a ABC, o prezar pelo bom nome é um reflexo de pensar na ética e na imagem, ou seja, trabalhar de forma limpa para o principal cliente, a população. São poucas as empresas de ônibus urbanos que mantém um nome por tanto tempo. E assim como as famílias têm filhos que crescem e se desenvolvem, ficando maiores que os pais, assim foi com a Auto Viação ABC.

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MATÉRIA DA SEMANA

João Antônio Setti Braga, um dos atuais responsáveis pelo Grupo ABC, recebendo cumprimentos no evento de 100 anos da família nos transportes

Foto: Andreia Rosmaninho

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Foto: Adamo Bazani

Dela surgiram empresas de destaque no setor de transportes, como a Metra (Sistema Metropolitano de Transportes Ltda), que opera o corredor ABD, de trólebus. Antes mesmo da criação da Metra, o grupo já atuava quando os servfiços fora iniciados com a marca do Metrô, participando pelo consórcio de empresários Inter-Três, formado pela Viação ABC e Viações Diadema e Santa Rita, de outros empreendedores. Do grupo ABC, faz parte o Consórcio operador dos transportes municipais de São Bernardo do Campo – SBC Trans. Apesar de ser relativamente novo, dos anos de 1990, o SBCTrans mantém também uma estrutura voltada para a família. Um dos seus responsáveis é José Romano Netto, o Zeca, de uma das famílias mais respeitadas e tradicionais do setor. O lado familiar não significa aversão à tecnologia, como muitos pensam, de maneira errada. Ônibus híbridos, trólebus modernos de corrente alternada que permitem o uso de eixos de tração nacionais barateando os veículos de tecnologia 100 % limpa e a manutenção, são frutos de trabalho e inovação da Eletra, fabricante nacional de ônibus e sistemas de transportes públicos não poluentes, que deixa o Brasil no exterior em posição de destaque quando o assunto é inovação, inclusive exportando os equipamentos dos trólebus que são feitos no Brasil. Este repórter teve a oportunidade de participar não somente de uma festa, mas de um evento, de um marco. Participaram autoridades políticas, de vários setores econômicos, funcionários de diversas áreas e funções, como motoristas, mecânicos de tradição do grupo, como o senhor Laudelino e o senhor Eliziário, pessoas de destaque no jornalismo histórico, como o respeitado repórter Ademir Médici, que graças a seu trabalho, muito da memória do ABC não se perdeu, e não somente empresários de ônibus, mas uma família, que nos discursos emocionados, passavam emoção e também verdade. Muitas foram as dificuldades da família: as municipalizações que prejudicaram os negócios de outras empresas que o Grupo ABC mantinha, como a Viação Cacique (extinta) e a Alpina (que deixou de circular em Santo André no início dos anos de 1990, com a criação da Empresa Pública dd Transportes, privatizada pouco tempo depois, as guerras mundiais, os barro e a lama, o enfrentamento de crises locais, como de tudo o que ocorreu em casos como de Celso Daniel, quando João Antônio Setti Braga teve coragem e postura de esclarecer muitas dúvidas. Porém momentos de alegrias e conquistas marcaram a e vão marcar a família. O jornalismo prima pela isenção e impar-

Repórter ladeado com empresas e modelos que marcaram sua vida de usuário, cidadão, busólogo e de repórter também, pois ao pesquisar os fatos dos transportes da região, sempre via as viações do grupo como bons referenciais cialidade. E é isso que fazemos aqui neste espaço. Mas isenção e imparcialidade não significam que o jornalista só deve apresentar problemas e deixar os bons exemplos de lado. Como busólogo, jornalista, usuário e

morador há mais de 30 anos do ABC, posso falar sem medos: que bom seria se outras empresas seguissem o exemplo da ABC e da Família Setti & Braga. Que venham mais 100 anos.

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Marisa Vanessa N. Cruz Conversando sobre as empresas do ABC

COLUNISTAS

Fotos: Marisa Vanessa N. Cruz

Turquesa da Vila Isabel e Alpha da Santa Paula, ambas ostentando pinturas próprias. A paulista iniciou processo de padronização a pedido da EMTU em 1998. Já a carioca terá que mudar sua pintura dentro de um ano, também para um layout padronizado

Para ter uma empresa de ônibus, não é somente dizer que tem uma viação. Tem que atentar a certos detalhes, tais como: renovação periódica de frota com veículos novos, manutenção preventiva, impostos e obrigações trabalhistas em dia, partidas no horário exato... enfim, existem inúmeros itens para cuidar de uma empresa, que eu chamo de qualidade. Imagine mais de 20 empresas? Na minha opinião, não adianta ter esse número de empresas somente pela quantidade, e sim pela qualidade. Não adianta ter duas ou três empresas com qualidade total e o restante sem nenhuma qualidade, prejudicando até a reputação do próprio empresário. Falando sobre a história de Baltazar José de Souza: Ele é comprador de empresas desde 1984, e de lá pra cá não parou mais: Comprou a EAOSA, Barão de Mauá, Riacho Grande, Triângulo, Jundiaiense, Ribeirão Pires, São Camilo, Campo Limpo, Cidade de Ibiúna, ressurgiu a Imigrantes, chegou a ter empresas municipais de São Paulo com o mesmo nome de algumas empresas do ABC, entre outras. E a Viação Januária, fundada em

1972, não consegui pesquisar se foi ele mesmo que fundou a empresa, já que, ouvi falar, que é a cidade natal dele. Citarei o caso da Viação Imigrantes, que do meu ponto de vista é a única empresa bi-ressuscitada do Brasil. Esta empresa já existia nos anos 70 fazendo algumas linhas municipais em Diadema, e em 1985, com a estatização de todas as linhas municipais, a empresa foi extinta. No dia 20 de agosto de 1990, já na administração Baltazar, a empresa foi ressuscitada, no lugar da Viação Represa, operando 31 Amélias da hoje extinta Viação Barão de Mauá. De lá pra cá, a Imigrantes parte II operou somente durante 4 meses e novamente foi extinta. Algumas linhas passaram para a Triângulo, outras foram troncalizadas e transformadas em linhas municipais + linha 290 do corredor EMTU. E, no final de 1999, surge a Viação Imigrantes pela terceira vez, trazendo os 14 Urbanuss ano 90 (prefixos 102 a 128) vindos de Atibaia e ex-Triângulo quando novos e tinham os prefixos, na época, 33x, 40x e 41x. Falando da ainda não implantada

área 5 da EMTU: Na região do ABC, existem inúmeras empresas, do mesmo dono, que estão com vários itens inexistentes dos que citei acima, como por exemplo renovação periódica de frota. Com essa licitação que está durando anos para concluir, é fato que a quantidade de ônibus novos irá aumentar, e igualará à qualidade nas outras empresas das 4 áreas restantes, onde a renovação da frota é constante. Mauá Neste último sábado, a empresa Leblon Transporte de Passageiros iniciou suas atividades renumeradas na cidade de Mauá-SP. Desejo votos de prosperidade, e que essa empresa seja um exemplo de transportes no ABC. Foi muito bom quebrar o monopólio daquela cidade, pois sempre é saudável uma cidade ser servida por mais de uma empresa de ônibus operando o transporte municipal. Assim ajuda a melhorar o serviço até do concorrente. Busscar Mudando de assunto, mas no mesmo foco: Quanto à encarroçadora catarinense Busscar, conheci pela primeira vez um ônibus desta encarroçadora a partir da frota dos ônibus verdes da então Viação Diadema, na linha EMTU 234 Santo André-Diadema, em 1988. Buscando pela minha memória, eram 17 ônibus, numerados do 820 ao 980, comprados pelo próprio Baltazar José de Souza, apostando na nova marca que estava por vir. Baltazar comprou a Viação Diadema em 1986, que era de propriedade da família Romano. Pelo menos, Baltazar obteve um feito histórico: Trazer os primeiros urbanos Busscar para o ABC. Nota No RJ, os ônibus da Transcarioca com o novo prefixo 210xx já era esperado, e óbvio, pois na minha lógica só restaram duas alternativas: a primeira, 21, que é o mesmo número do DDD local, e a segunda, o número 15 (51 ao contrário). Já a ‘nova’ Algarve, funcionários estão a todo vapor renumerando todos os seus ônibus para 900xx (que foi uma surpresa para muitos entusiastas).

ATENÇÃO LEITORES DA REVISTA INTERBUSS: EXCEPCIONALMENTE, NESTA EDIÇÃO NÃO PUBLICAMOS O “DIÁRIO DE BORDO” E A SEÇÃO “VÁ, MAS VISITE”. NA PRÓXIMA SEMANA, ELAS VOLTAM A SER PUBLICADAS NORMALMENTE. Revista InterBuss

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AS FOTOS DA SEMANA As 10 melhores fotos da atualização de ontem do Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1. Bela foto de um dos últimos Marcopolo Torino ostentando a pintura própria, da Real Auto Ônibus, em registro de Adriano Minervino • 2. Excelente foto de um dos vários Paradiso G6 da Viação Itapemirim, por Thales Alexandre. • 3. Belo registro do Urbanuss Volvo B7R da São Jorge ex-Transcorp, por Michel de Souza. • 4. Belo Torino trucado da Cidade do Natal, por Tiago Moraes • 5. Belo Viaggio G7 da Transturismo Rei (TREL), na foto de Juliano Souza • 6. Excelente foto de Apache Vip da Vila Real ainda antes de receber nova pintura padrão da cidade do Rio de Janeiro, por Adriano Minervino. • 7. Um dos novos Irizar PB da Reunidas Paulista, em foto de Márcio Douglas Ribeiro Venino, no Rio de Janeiro • 8. Um dos quatro biarticulados da Itajaí Transportes, por Anderson Ribeiro. • 9. Novo Spectrum da Andorinha Rio, por Juliano Souza (continua)

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10. Belo Irizar argentino em terras brasileiras, passando por Foz do Iguaçu, em mais uma das belas fotos da fronteira, feita por Vagner Valani.

MURAL Colecionadores, frotistas e pessoas ligadas ao setor de transportes estarão aqui, todas as semanas 09 de outubro de 2010 • Visita à cidade de Itapeva no interior paulista: da esquerda para a direita Tiago de Grande, Guilherme Rafael e Sérgio Carvalho, diante do Comil Versátile da Polentur Transportes e Turismo, no dia em que ela deixou de operar sua linha. A mesma foi assumida pela Rápido Luxo Campinas.

INFORMAÇÃO: Informamos que as demais fotos recebidas durante a semana serão publicadas na próxima edição.

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é revista@portalinterbuss.com.br

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Um sistema integrado que recompensa você pelo envio de Finalmente os colecionadores serão recompensados pelas suas fotos. Muitas imagens que caem na internet tem uma história por trás: gastos com viagens, chuva, hospedagem, insultos, brigas e as mais diversas dificuldades. Pensando justamente nisso, o Portal InterBuss criou o Programa de Fidelidade. Com ele, cada foto enviada para o Portal InterBuss será pontuada. Dependendo da forma que a foto for usada (publicação na Revista, Papel de Parede, Pôster, publicação normal, etc), a foto ganha pontos extras. Acumulando um certo número de pontos, você pode resgatar brindes que serão distribuídos pelo Portal InterBuss e parceiros. Essa foi a forma encontrada para que você seja recompensado pelas fotos que faz e que usamos para publicação em nossos sites e na revista. Lembrando que todas as fotos continuam com os seus créditos normalmente, inclusive na revista, onde o crédito da foto passará a constar também na página 3 a partir de dezembro. Ah, e tem mais: caso a sua foto seja escolhida por alguém para uso comercial (confecção de miniaturas, por exemplo) você pode converter seus pontos em reais, e receber um valor em dinheiro! É benefício que não acaba mais!

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14. E ATENÇÃO: O CADASTRO QUE JÁ EXISTE NA GALERIA DE IMAGENS NÃO VALE PARA O PROGRAMA DE FIDELIDADE. É NECESSÁRIO FAZER O CADASTRO ONLINE NO SITE ESPECIAL, OU POR ENQUANTO PODE SER FEITO O PRÉ-CADASTRO POR E-MAIL COM OS DADOS QUE CONSTAM NO ITEM 12.

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