Revista InterBuss - Edição 09 - 29/08/2010

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R EV I ST A

InterBuss • RIO X SÃO PAULO Auto Viação 1001 revista passageiros com detector de metais

ANO 1 Nº 9 29/08/2010

SCANIA ENTRA DE VEZ NA BRIGA POR

BRT NO BRASIL Montadora contrata consultor especializado em BRT em busca de soluções para a América Latina

Scania movido a Etanol em testes na Viação Gato Preto, em SP

Vitória/ES proíbe música em ônibus urbano


OS COLUNISTAS DA REVISTA INTERBUSS TÊM BAGAGEM DE SOBRA. É TANTO CONTEÚDO QUE UM BAGAGEIRO SERIA INSUFICIENTE PARA TANTOS RELATOS. A Revista InterBuss tem um time de colunistas de qualidade. São colecionadores, jornalistas e historiadores que contam em excelentes textos grandes momentos do nosso transporte, trazem novidades e opinam sobre tudo que acontece em nosso país. Aqui, você fica muito bem informado!

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INFORMAÇÃO COM QUALIDADE


NESTA EDIÇÃO

1001 USA DETECTOR DE METAIS PARA REVISTAR PASSAGEIROS NA LINHA RIO X SP

Foto: Villela Design

A Matéria da Semana • Página 7

Fotos da capa: Divulgação Scania Edição número 8 • Domingo, 29 de Agosto de 2010 • Concluída às 09h38 • Esta edição tem 24 páginas

EDITORIAL • ANTT, Licitação e Fiscalização ....................... 4 A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5 COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra .................. 9 COLUNISTAS • Adamo Bazani ........................................ 10 COLUNISTAS • Diego Almeida ........................................ 11 PÔSTER • Marcopolo do Brasil .................................... 12 MATÉRIA DA SEMANA • A história da GM no Brasil ....... 14 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ......................... 17

Revista na Rede Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles: • REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso blog: www.portalinterbuss.com.br/noticias

DIÁRIO DE BORDO • Corredor ABD ......................... 20

• GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria

VÁ, MAS VISITE • A aconchegante Ourinhos ............ 22

Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br

FOTOS DA SEMANA • Seleção de Papeis de Parede.. 18


EDITORIAL

ANTT, licitação e fiscalização Há alguns anos o governo federal criou a Agência Nacional de Transportes Terrestres com a missão de fiscalizar os transportes rodoviários e ferroviários visando uma melhora nos serviços. Passados nove anos da sua criação, a ANTT ainda não disse a que veio. O governo federal muito pouco fez pelo transporte rodoviário, e menos ainda pela manutenção das rodovias. E ainda privatizou alguns dos principais trechos, o que culminou na instalação de várias praças de pedágio, porém com pouquíssimas melhorias. Um dos principais pontos para uma ampla reforma no sistema de transportes rodoviários do país é a licitação de todas as linhas, cujo processo começou já há algum tempo mas até o momento, de concreto mesmo praticamente nada foi feito. E um detalhe: a ANTT só começou o processo licitatório das linhas rodoviárias por pressão judicial, pois senão tudo continuava como está. A primeira pesquisa feita com os usuários das linhas de transportes rodoviários demorou tanto para ser feita que quando foi concluída, já estava defasada, e por esse motivo foi necessário fazer uma nova pesquisa, o que acabou atrasando todo o processo. Bom para as atuais operadoras, que pelo menos a médio prazo não vê ameaçadas as suas operações. A licitação do sistema de transporte rodoviário nacional é muito im-

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A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo. Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países. Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail revista@portalinterbuss.com.br. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

portante para que abusos cometidos por algumas empresas se findem. Nas linhas operadas por apenas uma empresa, o passageiro é o maior prejudicado pois o serviço geralmente é mais precário e o preço da passagem acaba não sendo acessível à maioria da população. A maior prova disso são as linhas operadas por mais de uma empresa, onde a concorrência força a introdução de novos serviços a fim de conquistar o cliente. Todo esse imbróglio do processo licitatório das linhas rodoviárias mostra como a ANTT é deficitária em suas operações. Outro exemplo são as fiscalizações, que pouco ocorrem, fazendo o passageiro ficar ao léu. Os postos de fiscalização nas rodovias federais estão quase sempre vazios, permitindo que abusos aconteçam sem maiores problemas. É hora do governo federal tomar rédea da situação para evitar que mais pessoas percam suas vidas em ônibus precários e em rodovias caindo aos pedaços. O número de ônibus clandestinos se prolifera cada vez mais e a fiscalização não acontece, colocando em risco a vida de milhares de passageiros todos os dias, que se arriscam em viajar em ônibus velhos e desconfortáveis por conta dos preços baixos. Vamos ver se com as eleições, que ocorrerão dentro de mais algumas semanas, alguma coisa possa mudar para melhor. PARA ANUNCIAR Envie um e-mail para revista@portalinterbuss.com.br ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos! PARA ASSINAR Por enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibilizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem para revista@portalinterbuss.com.br e faremos o cadastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado. CONTATO A Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conversar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para revista@por-

Do Leitor Parabenização Gostaria de desejar meus parabéns pela revista que leio em formato PDF que tem um ótimo conteúdo com informações que até eu mesmo desconhecia sobre as empresas de ônibus, carrocerias ou novidades nas empresas. Aqui eu posso confiar nas informações passadas pois pelo time de colunistas que vocês tem a revista não é qualquer coisa. Eu mesmo posso dizer que sou um busólogo desde 1986 quando eu tinha 5 anos de idade quando ganhei meu primeiro ônibus de brinquedo de cor verde-escura de plástico. Mas eu mesmo comecei a clicar ônibus aqui da cidade de São Paulo neste ano. Vocês não pensam em um dia fazer a versão da revista impressa para ser vendida em bancas de jornais pelo Brasil ou vocês pensam só em fazer ela on-line mesmo? Adorei a entrevista com a Samantha Chaves que é a “musa dos busólogos” lá de Governador Valadares (MG) (edição nº 7). Já até adicionei o Orkut dela e o blog dela também. Parabéns pela revista e que ela dure muitos anos dando as informações do mundo dos ônibus para nós busólogos. Já até coloquei o link de vocês no meu flog e colaboro para a galeria de fotos do site com algumas fotos minhas e desenhos da minha empresa fictícia de rodoviários e em breve a de urbanos também. Abraços para todos e um bom serviço. Roberto Teixeira Varadi São Paulo/SP Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail revista@portalinterbuss.com.br. Na próxima edição, publicaremos sua opinião neste espaço. talinterbuss.com.br ou contato@portalinterbuss.com. br. Procuramos atender a todos o mais rápido possível. A EQUIPE INTERBUSS A equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sempre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe. Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo email contato@portalinterbuss.com.br ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.


A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 22 A 28/08/2010

Scania entra na briga e contrata consultor especializado em BRT Ação tem como objetivo intensificar os esforços em busca de soluções viáveis para melhorar o transporte urbano no Brasil e em outros países da América Latina

Revista InterBuss

Foto: Scania do Brasil

A Scania acaba de reforçar a área de Vendas de Ônibus contratando o consultor internacional de infraestrutura e planejamento estratégico em transporte urbano, Claudio de Senna Frederico. O executivo chega para ajudar a montadora a buscar soluções viáveis para o transporte urbano no Brasil e em outros países da América Latina, acirrando a disputa pelo mercado interno brasileiro, que deve crescer por conta dos investimentos e das renovações de frotas do veículo previstas antes da Copa 2014 e Olimpíadas 2016. “A Scania tem uma longa tradição em oferecer soluções para o transporte urbano, como já acontece com os ônibus articulados, em Curitiba, e com os ônibus movidos a Etanol, em São Paulo. O Cláudio de Senna Frederico chega a Scania como uma peça fundamental para intensificarmos os esforços em busca de soluções para o transporte urbano que contribuam com a sociedade e superem as expectativas dos operadores”, afirma Wilson Pereira, gerente executivo de Vendas de Ônibus da Scania no Brasil. Cláudio de Senna Frederico é especialista no setor de BRT (Bus Rapid Transport), foi Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo entre 1995 e 2001 e Secretário de Serviços e Obras do Município de São Paulo, após ter sido o primeiro gerente de operações do Metrô de São Paulo. Hoje é membro da diretoria da Fecomercio de São Paulo e atual Vice Presidente da ANTP Associação Nacional de Trânsito e Transporte Público. O consultor será responsável por contribuir na elaboração dos próximos projetos e planejamentos da empresa no setor. Além de atuar junto às entidades de classe e o Poder Público, Claudio de Senna Frederico tem a missão de inserir a Scania nos principais debates e discussões sobre a qualidade e o futuro do transporte urbano no Brasil. A chegada de Frederico à Scania insere de vez a montadora sueca na briga pela implantação de projetos de BRT principalmente no Brasil, que nos próximos anos sediará dois grandes eventos esportivos (a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos no

Chassi Volvo B7RLE: Mil unidades vendidas para a Cidade do Panamá

O consultor internacional Claudio de Senna Frederico é também vice-presidente da ANTP Rio de Janeiro em 2016.). Conforme nossa reportagem flagrou na semana passada, a Scania já está com ao menos dois carros de demonstração andando pelo Brasil. Um deles é o K310 articulado de quatro eixos, destacando seu tamanho, que pode chegar a ser até 1,8mt maior que um ônibus articulado convencional. Outro veículo de demonstração

é o K270 15 metros piso baixo com terceiro eixo direcional, tido como modelo alternativo ao articulado com fácil acessibilidade. Outro campo que a Scania está trabalhando é o de combustíveis alternativos, testando algumas unidades do K270 15 metros movidos a etanol, na cidade de São Paulo. (Scania do Brasil/ Redação Revista InterBuss).

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Foto: Luciano Roncolato

Prefeito de SP destina R$ 30 milhões de corredores para pagar subsídios a empresários do transporte local

Ônibus em São Paulo: dinheiro de obras importantes vai para subsídio do sistema pal desembolsou R$ 359,8 milhões nos sete primeiros meses do ano com as compensações tarifárias. Esse gasto é necessário porque o valor arrecadado com a venda das passagens não cobre os custos das empresas de ônibus. Segundo o Orçamento para 2010, deveriam ser depositados R$ 30 milhões por mês a título de compensação tarifária. Mas, logo em janeiro, foram gastos R$ 46,6 milhões, valor que se repetiu até julho, quando aumentou para R$ 79,8 milhões. A Prefeitura diz que a diferença seria coberta com o dinheiro arrecadado na licitação do mobiliário urbano, que está parada. (Estadão).

Plataforma inteligente integra GPS e 3G a ônibus O projeto de transportes coletivos com informações ao usuário foi desenvolvido com apoio da FAPESP, e é baseado num sistema europeu, onde os ônibus são equipados com computadores completos. Porém, como cada ônibus custa R$ 17.000, os brasileiros da empresa Transdata Smart criaram uma alternativa mais barata: “A solução para o Brasil foi optar por um conjunto mais enxuto: um hardware dedicado que usa uma plataforma utilizada em aparelhos de celular do tipo smartphone e dispõe de entradas para dispositivos de memória sólida, que pode ser do tipo USB, chip ou cartão... O equipamento também pode contar com tecnologia de comunicação 3G, o que permitiria atualização de conteúdo em tempo real, e GPS para acompanhar o tra-

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jeto do veículo.” Essa plataforma provavelmente é open-source, e pode ser de qualquer sistema operacional. Com todo o equipamento e uma tela LCD, o smart-ônibus poderá mostrar locais turísticos, notícias, previsão do tempo em tempo real, e poderá enviar a localização do coletivo para seu computador e smartphone. A conectividade também ajudaria em casos de problemas no trânsito, como acidentes e congestionamentos, ou aaté mesmo assaltos. O equipamento teria um custo estimado de R$ 5.000 por ônibus, menos de um terço do preço pelo sistema europeu. O projeto do sistema já foi realizado com sucesso e agora só basta montar um protótipo e testá-lo nas ruas. (PDAMagazine).

Na sua primeira semana no comando-geral da Polícia Militar, o coronel Dário César terá uma difícil missão: convencer os trabalhadores rodoviários a não suspenderem os ônibus nos horários de jogos de CRB e CSA em Maceió. Através do seu sindicato, motoristas e cobradores de ônibus decidiram que não vão trabalhar quando houver jogo na capital. Isso porque a ação de vândalos travestidos de torcedores põe em risco a integridade física desses trabalhadores e dos passageiros. Na próxima semana, devem ter início as conversas nesse sentido. Hoje, a expectativa é de que o problema seja contornado, a partir da garantia de uma presença efetiva da polícia nas ruas, dentro dos ônibus urbanos ou na escolta. (O Jornal - Alagoas).

Lançado no Japão ônibus movido a energia solar

Foto: Divulgação

O prefeito Gilberto Kassab (DEM) vai usar R$ 30 milhões que seriam destinados à construção de corredores de ônibus para pagar mais subsídio às empresas de transporte coletivo. A transferência foi publicada ontem no Diário Oficial da Cidade. O valor equivale à metade da verba para novos corredores prevista no Orçamento municipal para este ano, que é de R$ 60 milhões. Até agora, o governo empenhou (comprometeu para gasto) R$ 1 milhão. A Prefeitura gastou até julho os recursos reservados para o pagamento de subsídios de todo o ano. O governo munici-

Motoristas e cobradores se negam a trabalhar em dia de futebol em Maceió

A Sanyo anunciou nesta sexta-feira, no Japão, o lançamento do primeiro ônibus público equipado com células solares para geração de energia. O “Solarve” foi anunciado para comemorar os 100 anos da empresa de transportes e logísticas do japão chamada Ryobi, filiada à Sanyo. As células solares sobre o ônibus geram energia limpa para a iluminação interior do veículo. O motor continua sendo impulsionado de forma híbrida, com diesel e energia elétrica. Segundo o site CrunchGear, as células solares são capazes de gerar 798 watts no total. Quando o sol não está brilhando por um período prolongado de tempo, a energia será fornecida por baterias de armazenamento dentro do ônibus capazes de gerar iluminação por cerca de nove horas. O Solarve deve entrar em funcionamento no dia 1º de setembro em Okayama, no sul do Japão. (Galileu).

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1001 passa a revistar passageiros na linha São Paulo x Rio de Janeiro

Foto: Chailander Borges

Uma empresa que faz o trajeto de ônibus São Paulo–Rio de Janeiro adota um procedimento que tem constrangido passageiros. Antes do embarque, as pessoas e as bagagens passam por revista com detectores de metais. Segundo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestre), a medida não está prevista na resolução que regulamenta o setor e o passageiro pode reclamar. No último dia 22 de julho, o jornalista argentino Fernando Moura passou por revista quando embarcava em ônibus da viação 1001 no terminal rodoviário do Tietê, na zona norte de São Paulo. O destino era Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Ele contou que todos os passageiros foram revistados por funcionários que pareciam seguranças terceirizados. - Foi a primeria vez que passei por isso e eu já viajei por vários lugares da América Latina. Achei uma invasão de privacidade. Moura questionou o funcionário da empresa sobre o que aconteceria, caso o detector apitasse, e foi informado que a bagagem teria de ser colocada no bagageiro, não podendo carregá-la no interior do ônibus. Ele contou que o aparelho também foi passado ao redor de seu corpo para garantir que nada de metálico fosse levado com ele dentro do veículo. - A empresa parte do ponto que a pessoa é culpada. A cabeleireira Selma Maria Ribeiro, que mora em São Paulo há quatro anos e costuma viajar para Ibotirama (BA), onde mora sua família, diz que nunca foi revistada. - Se fosse, eu agiria com tranquilidade, embora ache um constrangimento. Por causa de uns, outros acabam pagando. A assessoria da empresa informou que adota o procedimento há nove anos como segurança para os próprios passageiros. Segundo a 1001, a revista é realizada em todas as linhas que fazem o trajeto São

Ônibus da 1001 na Rodoviária do Rio de Janeiro: uso de detector de metais Paulo-Rio e também em algumas linhas dentro do Estado fluminense. A empresa diz que, como a ANTT não proíbe expressamente a prática, a prática continuará a ser adotada. A ANTT informou que vai enviar um ofício à viação 1001 para que ela se manifeste sobre a denúncia. A assessoria do terminal Tietê informou que só a ANTT pode regulamentar os procedimentos de embarque e desembarque. Segurança O que pode constranger algumas pessoas não interfere na vida de outras. O músico Francisco Oliva, que mora no Rio e costuma viajar duas vezes por ano para São Paulo e outros Estados a trabalho, afirma que já foi revistado. - Para vir do Rio para cá [São Paulo], a polícia costuma passar o detector de

metais nas mochilas ou na bolsa da guitarra, o que é normal para mim. Douglas Silva e Reginaldo Dantas contam que também já passaram por abordagens ao chegar ao Rio por volta das 19h. - Nós viajamos a cada 20 dias para o Rio de Janeiro e, quando desembarcamos, os policiais pedem para nos revistar, mas só a bagagem. Nunca chegaram à revista corporal. Nem todas as companhias de ônibus fazem a revista. É mais comum em umas do que em outras. Para o assessor comercial Vitor Resende, que mora com a esposa em São Paulo e tem parte da família no Rio de Janeiro, o procedimento é necessário. - Vou uma vez por mês para o Rio e seria até melhor que revistassem os passageiros para garantir a segurança. Pessoas podem carregar armas ou drogas e colocar todos em risco. Eu gostaria que a revista fosse mais comum. (R7)

Fiscalização tira 12 ônibus de circulação no RJ Fiscais da Subsecretaria de Fiscalização de Transportes estiveram, nesta terça-feira (24), fiscalizando coletivos que estavam no Terminal Rodoviário de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Todos os 12 veículos avaliados foram re-

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provados e dois deles não possuíam autorização junto à SMTR (Secretaria Municipal de Transportes) para circular. Todos os ônibus, das empresas Zona Oeste, Ocidental e Campo Grande, receberam multas e foram retirados de cir-

culação. As principais irregularidades apresentadas foram: bancos rasgados; extintor de incêndio vencido; falta de sinalização e ausência do certificado de dedetização. (R7 Rio).

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Vitória proíbe música em ônibus Rodoviários não querem atuar como fiscais Apesar de reconhecer que o som alto dentro dos ônibus atrapalha, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sindirodoviários) não concorda que motoristas e cobradores tenham que fiscalizar a nova lei. “O som alto incomoda, mas a responsabilidade de fiscalizar não pode ser atribuída ao trocador e ao motorista. Os profissionais já têm outras preocupações com o trânsito e vão ficar expostos”, afirma o presidente interino do Sindirodoviários, Alessandro Vieira da Silva. Para o líder sindical, cabe à prefeitura desenvolver ações de fiscalização dentro dos ônibus do sistema municipal de Vitória. (Gazeta Online)

O uso de aparelhos sonoros com alto-falantes dentro dos ônibus da Capital está proibida. Ontem, foi publicada a regulamentação da Lei 7.798. A partir de agora, quem quiser ouvir música nos coletivos, por exemplo, deverá usar fones de ouvidos. A lei já está valendo e quem descumpri-la será advertido e poderá ser convidado a se retirar do veículo, caso insista em manter o som alto. Para o representante comercial Edson Silva, a lei veio em boa hora: “Som alto no ônibus incomoda muito. Quando quero escutar algo no ônibus, faço o uso de um fone de ouvido”. O subsecretário de Transportes de

Vitória, Léo Carlos Cruz, disse que, apesar de a lei já estar em vigor, as empresas de transporte público terão ainda 30 dias para fazer a publicidade da regra dentro dos veículos, por meio de cartazes e adesivos. Segundo Cruz, a fiscalização caberá aos motoristas e cobradores. “Se o passageiro se recusar a descumprir, o motorista para o veículo e pede para que ele se retire”, disse. “Esperamos que tudo seja resolvido na conversa. Nos casos extremos, deve ser solicitado apoio policial. Qualquer passageiro que se sinta prejudicado também pode pedir que a lei seja cumprida. Acredito que ela vai pegar, como a lei do cigarro nos ônibus”, afirma.

Projeto prevê multas e cassação a viações de Angra dos Reis

João Pessoa entrega amanhã 13 novos ônibus

Já tramita na Câmara de Vereadores de Angra dos Reis um projeto que, se aprovado pelos parlamentares e sancionado pelo prefeito Tuca Jordão (PMDB), promete alterar a prestação do serviço de transporte público na cidade. O vereador Jorge Eduardo, o Mascote (PMDB), apresentou na última semana uma proposta de lei que prevê multas e sanções legais à empresa Senhor do Bonfim. As multas e até a perda da concessão podem ser adotadas se os atrasos forem constantes nas linhas de ônibus que a empresa oferece à população. Conforme explicou o vereador, a apresentação do projeto foi motivada pelas “constantes reclamações” de moradores sobre o descumprimento de horários dos ônibus e até mesmo pelo “desrespeito e a retirada” de horários sem aviso prévio à população o que, segundo ele, tem sido comum na cidade. - A população tem estado muito descontente com o serviço de transporte público em Angra dos Reis. A empresa tem o monopólio das atividades, é a única a oferecer o serviço e, por isso, a população fica refém dela. Foi por conta disso, que resolvi apresentar o projeto que prevê todas essas multas e sanções - explicou. O projeto esteve na última semana sob análise da Comissão de Justiça da Casa e, se não houver ressalvas, deve entrar em primeira votação no legislativo essa semana. Pelo texto inicial do projeto, será multada a empresa concessionária de transporte coletivo quando ocorrerem dez atrasos no horário de qualquer de suas linhas licenciadas. O projeto prevê também que “havendo mais

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Na próxima segunda-feira (30), a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Superintendência de Transportes e Trânsito (STTrans), entrega á população mais 13 ônibus acessíveis que vão atender pessoas portadoras de necessidades especiais, entre elas, os cadeirantes e deficientes visuais. A entrega será feita pelo prefeito Luciano Agra, às 10h, no Parque Sólon de Lucena (Lagoa). Nos últimos oito meses, a PMJP quase triplicou o número de veículos acessíveis, passando de 42 em dezembro do ano passado para 128 neste mês de agosto, um crescimento de 67%. Dos 445 ônibus circulando diariamente na cidade, 28,7% são adaptados. Na atual gestão, a frota de veículos adaptados cresceu mais de 18 vezes. Em 2005, a cidade contava com apenas sete veículos (1,7% da frota) dotados de mecanismos que facilitam o transporte de pessoas com necessidades especiais. Atualmente, a Capital conta com uma frota de ônibus dois anos mais nova que a média nacional, que é de 5,5 anos. Em João Pessoa a média é de 3,2 anos. Os ônibus que serão entregues nesta segunda-feira (30) são adaptados com elevadores, para permitir o fácil acesso a cadeirantes. As portas são mais largas (medem um metro e 10 centímetros, enquanto que os ônibus convencionais têm apenas 90 centímetros), contam com cadeiras diferenciadas, mais largas, destinadas a mulheres grávidas e

pessoas obesas, corrimãos especiais para deficientes visuais, sinal de parada com escrita em Braile e um dispositivo que só possibilita a partida após as portas estarem completamente fechadas. Além disso, os veículos são zero quilômetro, possuem novo design e motorização eletrônica que causa menos poluição. “Quem sai ganhando com esta renovação da frota é a população pessoense, pois além de contar com ônibus novos e mais confortáveis, que dispõem de recursos que facilitam o transporte, agridem menos ao meio ambiente. Buscamos esta melhora contínua do Sistema de Transporte Público de João Pessoa, com o Terminal de Integração, com a Integração Temporal, Integração nos bairros e a Integração Metropolitana, além do Passe Legal, mas também investimos na qualidade dos ônibus”, afirmou a superintendente da STTrans, Laura Farias. A renovação da frota faz parte do programa de melhoria do sistema de transporte urbano e é possível a partir de um Termo de Compromisso firmado pelas empresas de transporte junto à STTrans. “A mobilidade urbana e o transporte público de qualidade são grandes objetivos seguidos pela STTrans. Ao longo destes cinco anos, a frota de veículos acessíveis cresceu muito e nossa meta é que ela cresça ainda mais”, assegurou Laura Farias. (Assessoria e PB Agora)

de 3 (três) multas numa mesma linha, será formalizada uma advertência à empresa”. Se a empresa somar três advertências, “poderá

ocorrer o cancelamento da prestação dos serviços pela empresa, em sua linha mais multada”. (Diário do Vale).

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José Euvilásio Sales Bezerra As primeiras horas da Estação Vila Prudente

COLUNISTAS

Fotos: José Euvilásio Sales Bezerra

Estação Vila Prudente

Estação Vila Prudente: plataforma ampla No último dia 21 foi inaugurada a 13ª estação da linha 2-Verde do metrô paulistano: a Estação Vila Prudente (cuja abreviação é VPT). O evento contou com a presença do governador Alberto Goldman, do prefeito da cidade de São Paulo Gilberto Kassab, do Secretário dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portela além de outras autoridades, políticos e moradores do bairro que, por 25 anos, lutaram pela construção desta estação. A Estação Vila Prudente é uma das mais belas do sistema. Ela foi construída com teto de vidro, de modo a aproveitar a luz do sol e, assim, economizar energia elétrica. A luz natural ilumina, inclusive, a plataforma de embarque, que fica a 29m abaixo do teto. Seguindo a tendência das novas estações, esta também veio com bloqueios com portas de vidro, escadas rolantes que diminuem de velocidade enquanto não estão sendo utilizadas, portas de plataformas, que separam o usuário da

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via, elevador para acesso de cadeirantes e monitores para informações e avisos institucionais. Diferente da plataforma da estação Sacomã, a da estação Vila Prudente é bem mais espaçosa, provavelmente já preparada para receber a demanda da integração com o Monotrilho que será construído, que a ligará até a Cidade Tiradentes. Do lado de fora da estação, um amplo gramado. Quase escondido, junto ao muro que delimita a área dessa estação, há um espaço para estacionamento de bicicletas. E, do outro lado desse muro, há obras que, até o momento, não se sabe se são do futuro terminal de ônibus ou da estação terminal do monotrilho. Operação Assistida – Depois da cerimônia de inauguração, houve a viagem inaugural, que marcou o início da “Operação Assistida”. A “Operação Assistida” é um período onde a estação é aberta ao público, com horário reduzido, com cobrança ou não de tarifa. Nesse

período, as viagens são monitoradas para que sejam detectados eventuais problemas operacionais. Como foi o dia da inauguração, excepcionalmente houve uma Operação Assistida no próprio sábado. Mas, por enquanto, ela só ocorrerá de segunda a sexta. Fiz minha primeira viagem, partindo da estação Vila Prudente, até a Estação Sacomã (SAC). Dentro do trem, no indicador das estações acima das portas, já estava inclusa a Estação Vila Prudente. A Estação Tamanduateí, que fica entre ela e Sacomã, e que ainda não foi inaugurada, estava coberta por uma tarja. Ainda sobre a Tamanduateí, no meio desta viagem, passamos por ela. Ela será a próxima a ser inaugurada e sua plataforma está em fase final de acabamento. Aliás, não só a plataforma, mas também a via elevada, que ainda estava recebendo a cobertura. Quase cinco minutos depois de partir de Vila Prudente chegamos à Estação Sacomã. Nesta fase de “Operação Assistida”, optou-se pela viagem gratuita entre VPT e SAC. A partir de Sacomã, quem quisesse seguir viagem pelo restante da linha, teria de pagar passagem e entrar nos demais carros. Muitos passageiros desavisados precisaram ser retirados pelos agentes do Metrô. Eu optei por pegar o trem de volta para VPT. Chegando em VPT, uma anormalidade ocorreu: o trem, que viaja em modo automático, pára com as portas alinhadas à porta de emergência da plataforma, que possuem barras vermelhas. O condutor termina por alinhar o veículo corretamente junto às portas da plataforma, que então se abrem concomitante às do trem. Os trens seguintes também chegaram estacionando desalinhados com as portas da plataforma, mas ainda com espaço para desembarque. Logo que os passageiros descem, os agentes do Metrô começaram a investigar os motivos do desalinhamento. A partir da próxima segunda, 30/08, o horário da operação assistida, que antes era das 9h30 às 15h00, passará a ser das 9h30 até às 16h00, mas ainda de segunda a sexta. Uma ótima oportunidade para, quem não conhece dar uma passada e conhecer mais esta estação, mais uma jóia do metrô paulistano. * E já que falamos em Metrô, a empresa, aparentemente, desistiu de substituir as placas indicativas das estações, que tem ao fundo as cores das linhas, pelas novas placas com fundo branco. Isso por causa de várias reclamações de usuários que rejeitaram a mudança. E que fique assim. ** Pra não deixar de falar de ônibus: ontem andei em um ônibus articulado aqui em São Paulo. Por boa parte do trajeto a articulação do veículo arrastava-se no asfalto. Colocar ônibus desse porte em ruas com asfaltamento ruim e em trajetos com excesso de curvas e valetas só podia dar nisso. São coisas como essa que só fazem aumentar o custo do transporte – que termina no bolso do passageiro. Até a próxima semana.

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COLUNISTAS

Adamo Bazani

Volare virá com chassi Mercedes-Benz Objetivo da empresa é ampliar rede de concessionários e consolidar liderança no mercado

veículos mais esforço. Extra oficialmente, a pareceria com a Mercedes Benz também levou em consideração este aspecto, já que o Programa Caminho da Escola. A Volare foi criada num momento em que os empresários começaram a exigir mais veículos de pequeno porte. Com altos índices

Foto: Adamo Bazani

Volare: além de Agrale, agora também sobre chassi Mercedes-Benz A partir de outubro, a Volare, empresa do Grupo Marcopolo, especializada no setor de minionibus , vai ter veículos encarroçados sobre chassis Mercedes Benz. Os veículos sairão completos de fábrica já sobre a plataforma da montadora alemã. Ou seja, não haverá possibilidade de o frotista comprar o chassi para depois encarroçar na Volare. O minionibus já será vendido montado. Sobre o LO 915, inicialmente virá o modelo W 9 da Volare, um dos maiores minis da linha de produção da empresa. Atualmente, a Volare é isolada no segmento em todo o País. Para se ter uma idéia, de acordo com o próprio balanço do Grupo Marcopolo, são atualmente 35 mil minionibus da Volare que estão circulando por todo o País. Os modelos V 5, V 6, V 8, W 8 e W 9 são líderes no segmento de fretamento de pequena distância, turismo, traslados e transportes escolares. Os modelos também são usados, em menor escala, no setor de linha regular urbana. Atualmente, com mecânica Agrale, a Volare quer aumentar ainda mais sua participação no mercado pela parceria com a Mercedes Benz. Com isso, o cliente Volare terá tam-

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bém a oportunidade de contar com a rede de concessionários da Mercedes Benz que é a maior de ônibus em todo o País. Os donos de minis mais antigos ou da linha Agrale também terão mais pontos de assistência técnica e venda à disposição da própria marca Volare. O objetivo da empresa é ampliar as concessionárias no Brasil e no exterior, já que os modelos Volare também lideram as exportações em alguns segmentos. No final do ano passado, por exemplo, em parceria com a empresa especializada em blindagem, Amalcaburio, um veículo blindado foi exportado para a Nigéria. Foi W 8, com proteção B 4 Plus, um dos mais resistentes de todo o mercado internacional. Para se ter uma idéia, esse sistema protege contra ataques por armas de fogo de calibres 22, Magnum .357, Magnum 44 e AK 47 7,62 x 39mm (FJ/PB/Fe). O motor foi um MWM International 4.10 TCA. No mercado nacional, um dos grandes clientes da Volare é o Programa Caminho da Escola, que desde 2007 visa proporcionar um transporte de estudantes de melhor qualidade em diversas regiões do País, inclusive em áreas que contam com trajetos dificultados pela falta de estrutura e relevo irregular que exigem dos

de desemprego em meados dos anos de 1990, uma modalidade que sempre existiu teve um crescimento assustador: o de perueiros clandestinos, que de simples desempregados que usavam as indenizações para comprar uma van e ter um novo ganha pão, o serviço acabou se tornando numa verdadeira máfia em muitas cidades. Mas a verdade inegável é que os perueiros começaram a oferecer um serviço em lacunas deixadas pelo sistema regular, seja em relação aos longos intervalos entre os ônibus ou bairros que não eram atendidos por serem de difícil acesso. Os empresários partiram para o micro-ônibus. Vendo este nicho crescente, a Marcopolo em 1998 cria a Volare, Unidade de Negócios LCV – Veículos Comerciais Leves, com o modelo A 6. Em 99, foi lançado o 1º ônibus brasileiro feito unicamente para transportes escolares, o Escolarbus. Em 2000, surgiram o A 5 (menor do mercado), A 8 e W8. Entrou no mercado internacional em 2003, com vendas para Argentina e Chile e em 2004 para África do Sul, com volante a direita. Em 2005, os veíuclos ganham nova denominação: V5,V6, V 8 e W8 e em 2007, surge o W 9, maior da categoria até então. Em 2007, é lançado o Volare com piso baixo na traseira, e em 2010, a empresa muda sua logomarca, como estratégia de negócios.

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Diego Almeida Dicas de fotografia de um amador para amadores

COLUNISTAS

Fotografar ônibus é cada vez mais comum nas cidades brasileiras Ultimamente em nosso hobby, vemos uma necessidade recorrente em evoluir a qualidade do trabalho realizado nas estradas do país pelos colegas, ocasionadas pela corrida atrás das novidades, muitas vezes em condições adversas, ou simplesmente pelo

gosto à fotografia adquirido com a prática e aquisição de equipamentos de qualidade superior. Dado esse fato, o hobby vem passando por grande mudança desde a época que eu comecei, em 2006, mas nem sempre as pes-

soas conseguem acompanhar devido à necessidade de tecnologia adequada, o que requer investimentos. O que eu posso falar, do ponto de vista de um amador, como a imensa maioria é, a necessidade de adequação de cada equipamento à condição de fotografia se faz necessária. Não adianta, tentar fotografar um veículo em movimento, com um tipo de lente que não o permita, como a lente de câmeras para celulares comuns, por exemplo. Ela é uma lente simplificada, de pequeno porte, apta a realizar fotografias de curta distância e imagens paradas. Em alguns casos, a lente é tão simples que não consegue nem fotografar o veículo inteiro parado, vide que o tamanho do ônibus comum é em média de 12m, fora a distância que se toma para enquadramento. A minha sugestão, é que se pesquise antes da aquisição de novos equipamentos. Existem câmeras portáteis, com objetiva e zoom óptico de 3x em média, a partir de R$ 200,00 no mercado, o que é mais barato que a média de preços de celulares com câmeras com 3 megapixels ou mais. Com um orçamento que você gastaria na compra de um celular com uma câmera razoável, que ainda é inferior ao equivalente equipamento, comprase o celular e a câmera. Portanto, pesquisem preços, se informem sobre os equipamentos e não acreditem em milagres fotográficos! A partir desta edição, Diego Almeida com colaboradores escreverão neste espaço uma vez por mês. O objetivo da coluna é trazer algumas dicas interessantes para os fotógrafos de todo o Brasil. Poderá ocorrer de em algumas edições outra pessoa escrever a coluna, sem prejuízo do conteúdo. Para quem não conhece, o carioca Diego Almeida está no comando dos sites Dalarbus e OCD Holding, que congrega importantes sites sobre ônibus do Rio de Janeiro. Ele se ofereceu para escrever neste espaço, com o intuito de auxiliar os colecionadores de todas as partes a fazerem fotos cada vez melhores. Para entrar em contato com Diego Almeida e colaboradores desta coluna, basta enviar um e-mail para revista@portalilterbuss.com.br.

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Marcopolo do Brasil S/A



Acervo: Antonio Carlos Belviso/Pesquisa: Adamo Bazani

MATÉRIA DA SEMANA

GM ODC 210 Rodoviário, do Expresso Brasileiro. A montadora produziu o primeiro monobloco brasileiro que mesclou o que era de mais desenvolvido aplicado em outros países com as realidades operacionais brasileira

GM, uma das pioneiras do transporte no Brasil

A história deve se repetir: com a comercialização de ônibus da GM no Brasil, empresas já instaladas no País devem melhorar produtos. Montadora norte-americana marcou a história dos transportes no Brasil e pretende marcar novamente, de olho no crescimento do setor Adamo Bazani A General Motors tem uma longa história relacionada com os transportes por ônibus no Brasil. E essa história se remete ao início dos serviços, a partir dos anos de 1920. Boa parte das jardineiras, os rústicos ônibus de madeira, era encarroçada sobre chassis de caminhão da Chevrolet. Muitos devem se lembrar do Chevrolet Gigante, uma plataforma de caminhão, que era por vezes “vestida” de veículo de transporte coletivo. Muitas desses chassis eram importados, mesmo com a implantação da General Motors do Brasil. Não é exagero dizer que em quase todas as cidades que entravam num ritmo de urbanização maior a partir dos anos de 1920, tiveram uma jardineira ou um ônibus Chevrolet. No dia 26 de janeiro de 1925, a GM se instala, na Avenida

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Presidente Wilson, 2935, na região do Ipiranga, na Capital Paulista. Em 1928, muda-se para São Caetano do Sul, no ABC Paulista, onde atua até hoje. Vendo que as cidades estavam crescendo, que uma nova dinâmica economia se instalava, a General Motors percebeu que as necessidades de deslocamento dentro das cidades e entre elas cresciam a cada dia. Com a periferização dos grandes centros urbanos, o contingente de pessoas que precisavam ir de casa para o trabalho era muito grande. O ônibus é olhado de uma maneira especial pela GM. Tanto é que em 1932, em São Caetano do Sul, a empresa fabrica sua carroceria própria para ônibus. O chassi ainda era como de caminhão, mas na fábrica já sofria alteração para se adaptar melhor aos transportes de pessoas. Não é exagero também dizer que a GM contribuiu e muito para o desenvolvimento tecnológico dos ônibus brasileiros. Seja pela sua atuação no mercado interno ou pela qualidade dos produtos importados dos Estados Unidos que faziam com que as empresas brasileiras, para continuarem competitivas se aperfeiçoassem para chegar ao nível dos Coachs vindos da América do Norte. Os Coachs eram tão desenvolvidos para época que sua vinda para o Brasil foi uma revolução no setor de ônibus. Setas elétricas e

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Foto Museu da NTU / Pesquisa: Adamo Bazani

Primeiro lote de ônibus da GM, importado dos Estados Unidos, agradou empresários, usuários e poder público, já que oferecia diferenciais em relação aos ônibus montados no Brasil. Modelo da foto foi importado pela CMTC luminosas e não as bananinhas de mão de direção, ar condicionado e não as entradas convencionais de ar, suspensão a ar e não os duros feixes de molas de caminhão, direção hidráulica e não os queixos duros que davam dor nos braços do motorista, calafetação e não os buracos que apareciam nas emendas das carrocerias, essas eram apenas algumas diferenças dos ônibus norte-americanos da GM que desembarcavam no Brasil e chamavam a atenção de usuários e investidores. Tanto é que em 1954, para concorrer na disputadíssima linha Rio São Paulo, a Viação Cometa adquiriu vários GMs PD 4104, apelidados aqui no Brasil de Morubixaba. Em 1947, a EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André – comprou um lote de GM Coach, como revelou para nossa reportagem o memorialista e funcionário da empresa nessa época, José Duda da Costa. No segundo semestre deste mesmo ano, a CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos, recém criada na Capital Paulista, adquiriu o primeiro lote de 10 Coachs importados, que serviram a linha Centro – Jardim América. E para os padrões da época dos ônibus impressionavam não só pelos itens de conforto e segurança, mas pelo design. Os GMPD de (General Motors Parlour Diesel) 3703, 4102, 4103 e 4104 eram os rodoviários e os TDH, como o 4008 e 4010, faziam parte dos produtos urbanos. No entanto, importar era caro e a GM queria marcar o mercado nacional.

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Entre 1947 e 1948 apresenta o que seria o primeiro ônibus monobloco (com a carroceria, chassi e motor formando um bloco só, uma peça só) e um projeto audacioso. Nascia, com carroceria toda metálica, em estrutura de aço, o GM ODC 210 Coach Brasil, fabricado em São Caetano do Sul. O veículo trazia todo o conforto, segurança e design avançados como dos modelos importados, mas já produzido para atender à realidade brasileira, como vias com pavimentação inadequada, relevos irregulares e condições climáticas mais severas, variando de região para região. O veículo tinha algumas curiosidades. A sigla ODC vem de Overseas Diesiel Chassi. O número 210 era a distância de entre-eixos em polegadas, que correspondia a 5,43 m. O câmbio de 4 velocidades era bem diferente. Para engatar a ré, por exemplo, o motorista tinha de fazer uma verdadeira operação. Com o ônibus parado, tinha de engatar a primeira. Rapidamente, tinha de acionar o botão de ré e logo engatar a segunda marcha. Só assim o ônibus começaria a andar para trás. Para desengatar a ré, o motorista tinha de colocar na primeira de novo, logo em seguida, em ponto morto. Apesar do malabarismo, os motoristas da época garantem que era muito mais confortável o sistema de marchas do GM

ODC 210 do que os do caminhões encarroçados como ônibus, com a alavanca inclinada, popularmente chamada de “coça sovaco”. O General Motors Overseas Diesel Chassis 210 polegadas, ou simplesmente GM ODC, 210 tinha as seguintes dimensões gerais: entre-eixos de 5,34 metros, largura de 2,5 metros, altura de 2,95 metros e comprimento total de 10,25 metros, um ônibus pequeno, se comparado com os veículos de hoje em dia. A primeira unidade foi comercializada em 1951 e foi um sucesso. Os primeiros lotes produzidos chegaram a 300 ônibus. Os empresários tiveram a oportunidade comprar ônibus com melhor qualidade nacionais, com valores mais baixos que os importados, a população de desfrutar de serviços com veículos de mais categoria e, de quebra, o poder público se promover em nome de um transporte melhor. Afinal, política e transportes sempre andaram juntos. O nosso Coach tipicamente brasileiro tem nomes e sobrenomes. Ele foi elaborado pelo engenheiro de produto da GM, E.M. Kennedy, e pelo projetista de ônibus J. Romanelli. O GM ODC Urbano marcou várias frotas de grandes empresas, como da própria CMTC de São Paulo. No final dos anos de 1960, alguns destes ônibus foram reformados e receberam novas características. Alguns viraram trólebus e outros tiveram motores instalados da

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Foto: Livro Linhas e Trajetos/ Pesquisa: Adamo Bazani

MATÉRIA DA SEMANA

A EAOSA – Empresa Auto Ônibus Santo André, do ABC Paulista, foi uma das primeiras empresas de ônibus urbano a importar os GM Coach, em 1947. Ar condicionado, direção hidráulica, sinais de direção elétricos e luminosos, boa disposição interna dos bancos no salão de passageiros, suspensão a ar, sistemas de embreagens mais precisos, calafetação e um design agradável eram itens novos no Brasil nesta época Alfa Romeo, Cummins e Scania. Nesta época, alguns caminhões da GM ainda eram encarroçados como ônibus. A empresa norte-americana tem larga experiência mundial em fabricação de ônibus. No seu país sede, boa parte dos veículos é da montadora. Há veículos inclusive com tecnologias não agressivas ao meio ambiente. A expectativa é grande no mercado brasileiro, segundo os especialistas no setor. Se parte da tecnologia desenvolvida fora do país for trazida para a indústria nacional, mesmo inicialmente os ônibus e caminhões sendo importados do mercado andino, as fabricantes em território nacional, todas de capital estrangeiro, terão de se mobilizar. OS ÔNIBUS GM DEVEM VOLTAR Depois de uma recessão que abalou o mundo entre 2008 e 2009, as perspectivas da construção de novos sistemas de ônibus urbanos e o crescimento do setor de turismo e fretamento principalmente por conta de grandes eventos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a concessão de todas as linhas interestaduais do Brasil entre 2011 e 2012, representam um excelente momento para o negócio ônibus no País. Os números da Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Auto Motores, comprovam essa realidade. De

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janeiro a julho de 2010, o número de venda de chassis de ônibus registrou um acréscimo de 28,1% de unidades, em relação ao mesmo período do ano passado. “Ainda não definimos como será o retorno, mas é um mercado que temos de participar”. A declaração é de Jaime Ardilla, presidente da GM da América Latina, ao se referir sobre as intenções da empresa em comercializar ônibus e caminhões no Brasil. O mercado de caminhões foi deixado pela empresa no ano 2000. Já nos anos de 1980, quando se viam alguns micro-ônibus nas ruas, a GM não produzia mais ônibus brasileiros. Ao lado da nova presidente da empresa no Brasil, a engenheira mecânica Denise C.Johson, Ardilla declarou que num primeiro momento, até 2013, o interesse da empresa é ampliar a participação no mercado de veículos de passeio e comerciais leves, para depois disso, comercializar os ônibus e os caminhões. Até este ano, toda a gama de produtos da GM deve ser renovada no Brasil. Ainda não está decidido se a produção será no Brasil ou se os ônibus e caminhões serão importados da Colômbia, Venezuela, equador ou Chile. Nestes países, a GM monta ônibus em sistema CKD. Os kits são produzidos pelas parceiras da GM Isuzu, do Japão, e Faw e Wulling, da China. Os ônibus chegam destes países

asiáticos e são montados nas linhas andinas. A perspectiva de importação é grande por conta de um acordo entre os países andinos, que incluem as montadoras de ônibus da GM, e o bloco do Mercosul. As alíquotas de importação entre as duas regiões têm registrado queda gradual. Atualmente são de 25 % do valor da negociação. Até 2005, a perspectiva é que esse percentual se reduza a 15%. Denise Jhonson, de 44 anos, é a primeira presidente mulher de uma montadora no Brasil Formada em engenharia mecânica, ela atua há 21 anos na montadora e diz estar preparada para as relações com os sindicatos brasileiros, Antes de vir para o País, ela foi vice-presidente de Relações Trabalhistas. A preocupação é com a planta de São José dos Campos, no Interior de São Paulo. O sindicato dos metalúrgicos local e a GM divergiram e em vários pontos, deixando as relações entre patrões e empregados menos cordiais. Tanto é que a GM chegou a cogitar a possibilidade de reduzir os investimentos em São José dos Campos. Para os ônibus, as adaptações para o mercado brasileiro estão previstas para serem feitas na Planta de São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Uma informação importante: Não está descartada a possibilidade de os ônibus serem do conceito monobloco, com carroceria, motor e chassi formando uma única peça.

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Marisa Vanessa N. Cruz O crescimento do hobby nos últimos 10 anos

COLUNISTAS

Fotos: Marisa Vanessa N. Cruz

Kodak KB-10 sem rebobinação automática que comprei em 1998, revelar, ir em uma loja especializada para escanear as fotos em uma resolução de 100 dpi e enviar as novidades às listas. E como as listas de discussão tinham poucos associados, os encontros eram abertos, mas só compareciam poucas pessoas. Meu primeiro encontro com busólogos foi em agosto de 2001. Eu e mais cinco pessoas em um terminal de ônibus no centro de São Paulo, vendo álbuns dos integrantes e comentando sobre os principais assuntos sobre ônibus.

Há exatos dez anos, no dia 31 de agosto de 2000, iniciei minha contribuição ao hobby. Naquela época, um dos únicos meios para interação com outros admiradores de ônibus eram listas de discussão e sites especializados cheios de minúsculas fotos de veículos. Para ter uma ideia de como era o ano 2000, haviam muito poucas listas de discussão, entre eles a UBB e a Bushobby (hoje Nacionalbus). Normalmente eram hospedadas no eGroups.com, comprada pelo Yahoo no mesmo ano. Fotologs e redes sociais eram praticamente inexistentes. Faziam tudo via código HTML para divulgar fotos no site. Nas listas de discussão, como maioria dos usuários utilizava o acesso discado à Internet, o upload de uma foto tinha que ter no máximo 50 KB. Banda larga era um sonho para muita gente, portanto, poucos usuários dessa banda tinham que respeitar um grupo gigantesco de usuários de acesso discado. As câmeras digitais eram um desejo número 1 de aquisição dos busólogos. Gastavam em torno de 1500 reais (valores da época) para comprar uma câmera de 0,3

megapixels (640x480 VGA) e a memória externa era um disquete de 3,5’’ que cabia somente 1,44 MB!! (ou um CompactFlash de 2 MB). O top de linha era o de 3 megapixels e girava em torno de 4 mil reais. Em substituição às câmeras analógicas, que necessitavam filme, revelação e utilização de um scanner para digitalizar as fotos, as câmeras digitais ganhavam em rapidez e praticidade. Simplificava em tirar fotos e passar os dados da memória para o computador, e a vantagem para interação do hobby é, até hoje, divulgar no mesmo dia as novidades do transporte urbano e rodoviário de todo o Brasil. Ainda nesse último ano do século XX, o acontecimento mais marcante foi a chegada da linha de produtos da geração 6 da Marcopolo, muito comentado na época. Também foram comentados a falência da Caio, o Estrelão nas linhas da Cometa e a concorrência de ônibus x vans clandestinas em diversos pontos do país. As minhas primeiras participações em grupos de discussão se resumiam em: Tirar fotos na minha câmera analógica

O fortalecimento do hobby É fato que, a cada ano, o número de busólogos multiplicam. Hoje existem muitos blogs e fotologs, com o objetivo de divulgar fotos de ônibus aos entusiastas, listas de discussão com temáticas diferentes, eventos com cada vez mais ônibus expostos, a imprensa fazendo inúmeros documentários e reportagens sobre os que gostam de ônibus, e equipes de associações que reúnem afiliados para uma sessão de fotografias em um lugar. O hobby se diversificou entre pesquisadores, colecionadores, fotógrafos, cronistas, historiadores... até colaboradores de empresas, como motoristas e cobradores, que se identificam com o hobby contando suas histórias. E as redes sociais ajudaram a aproximar e a entreter de forma virtual as paixões de cada um, entre pintura, design e frota de cada empresa. E existem busólogos que vestem a camisa pela sua empresa de ônibus preferida e que exaltam, vibram como se fossem times de futebol e torcem pela chegada de novos ônibus. De lá pra cá, aposentei minha câmera analógica em 2007 e comprei uma digital. Foi uma diferença muito grande em termos de qualidade fotográfica. Viajei às principais capitais das regiões sul e sudeste do Brasil para visitar outros eventos sobre ônibus e também para apresentar como é o cotidiano dos ônibus em São Paulo a busólogos de outras regiões. Posso dizer que nestes 10 anos de interação com outros entusiastas, em conhecimento eu aprendi enormemente, e agradeço muito por poder compartilhar minhas ideias, histórias e toda minha lembrança durante todo esse tempo aos interessados.

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AS FOTOS DA SEMANA Seleção especial de 14 Papéis de Parede do Portal InterBuss: www.portalinterbuss.com.br

1. Ótima foto de Alyson Frank Ehlert Ferreira na Rodoviária de Curitiba do DD da Pluma • 2. Urbanuss Pluss da VB na ótica de Rodrigo Padilha Rodrigues • 3. Viale da Campibus recém saído da fábrica de Duque de Caxias, por Rodrigo Gomes • 4. LD da UTIL logo que começou a operar, na foto de Sérgio Canuto. • 5. Um dos poucos Flecha Azul leito que sobraram, registrado por Diego Almeida. • 6. Excelente foto de Rainer Abreu, do DD da Eucatur. • 7. Ótima foto de Junior Schimitt Lima do Expresso Nordeste. • 8. Uma das melhores fotos do Portal InterBuss, do biarticulado de Curitiba, por Isaac Matos Preizner. • 9. O então novo Apache Vip do Expresso Pégaso, por Josenilton Cavalcante da Cruz. • 10. Mais um Nordeste, agora por Elton John de Oliveira. • 11. Scania traz novo S. Terezinha, por Maicon Igor Barbosa. • 12. Espetacular foto do Andorinha, por Francisco Ivano. • 13. Lindo DD. da Stel Turismo, por Vagner Valani. • 14. O recém-lançado F230 da Scania, por Maicon Igor Barbosa.

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DIÁRIO DE BORDO

CORREDOR

Relato por Tiago de Grande

Foto: Tiago de Grande

ABD

Linhas: Trecho 01: 285 – São Paulo (Terminal São Mateus) x São Bernardo do Campo (Terminal Ferrazópolis) e Trecho 02: 288 – São Bernardo do Campo (Terminal Ferrazópolis) x São Paulo (Terminal Jabaquara) Empresa: METRA – Sistema Metropolitano de Transportes Carros: Trecho 01: 8102 (Marcopolo Torino GV – Volvo B10M Powertronics Trólebus) e Trecho 02: 5309 (Caio Induscar Millennium – Scania K270UB) O ABC Paulista é uma das regiões mais importantes do estado, cidades grandes e com economia baseada na industria, todas as cidades da região possuem industrias de médio e grande porte, sendo que as maiores empresas do setor automobilístico possuem fábricas no ABC, tais como: General Motors (São Caetano do Sul), Scania e Mercedes Benz (São Bernardo do Campo), e Pirelli (Santo André). Vale destacar também o polo petroquímico, no bairro de Capuava em Mauá. Ponto forte também na região, o turismo atrai receitas para a região. Cidades como: Ribeirão Pires, Santo André e São Bernardo do Campo, possuem atrações turísticas bem conhecidas, como: O Distrito Turístico de Riacho Grande em São Bernardo, a Vila de Paranapiacaba em Santo André e o Festival do Chocolate de Ribeirão Pires, atraem muitos turistas graças a sua facilidade de acesso e também pela proximidade da capital paulista, são ótimas opções para passeios de um dia. A região conta com várias linhas de ônibus, uma linha da CPTM, e o Corredor ABD são responsáveis pelos deslocamentos na

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região, devido a grande demanda de usuários, principalmente trabalhadores das industrias da região, foi criado o corredor na década de 80, ligando as cidades de São Paulo, Mauá, Santo André, São Bernardo e Diadema, hoje é vital para o transporte na região, e tem um funcionamento exemplar, operando apenas com veículos adequados e por canaletas exclusivas. Ponto de Partida: São Paulo – Terminal São Mateus Localizado no extremo da Zona Leste de São Paulo, o Terminal São Mateus faz a integração das linhas municipais de São Paulo, com as linhas do Corredor ABD gratuitamente, é um terminal grande, com muitas linhas rumo aos bairros da Zona Leste, ao Centro de São Paulo e ABC, e com muita demanda de passageiros. A viagem: (Trecho 01) No Terminal São Mateus as linhas mais demandada são as linhas do corredor ABD, com intervalos baixos, os carros costumam sair todos lotados rumo a Santo André e São Bernardo e não foi diferente dessa vez, a

Metra possui 10 Trólebus Articulados, e todos rodam na linha 285. Ao sair de São Mateus, já se inicia o corredor na Avenida Adélia Chohfi, e com apenas uma parada pertecente a São Paulo, a parada Santa Adélia, logo após o terminal. No final da Avenida Adélia Chohfi, entramos no pequeno trecho do corredor pertencente a cidade de Mauá, no bairro Sonia Maria, onde há uma parada integrada a um pequeno terminal, de onde sai uma linha municipal de Mauá, e outra pertencente ao corredor, a 487. Após esse trecho já entramos em outra cidade: Santo André, e o corredor segue pela Rua Oratório, com muitos embarques e desembarques nas paradas nesse trecho do corredor. Após passar a Parada Nevada, a Rua Oratório se afunila, ficando em pista simples, e nesse trecho não há canaletas, os ônibus seguem pela rua que quase não tem movimento de carros, sendo assim, não influencia na viagem dos ônibus. É um trecho irregular, com muitas subidas e descidas e os ônibus se comportam muito bem por lá, mesmo passando na grande maioria das vezes superlotados como agora.

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Fotos: Tiago de Grande

Um dos carros da viagem: Marcopolo Torino GV Trólebus da Metra Esse trecho termina no Parque das Nações, importante bairro de Santo André, com bancos e comércio. Na Parada Bonfim, em frente a igreja de mesmo nome há um numero bom de desembarques e também embarques, e após passarmos pelo Parque das Nações o trecho volta a ser com canaletas, seguindo pelo final da Rua Oratório e Avenida Antonio Cardoso, que é uma grande subida e no topo já avistamos o centro de Santo André, já bem próximo. No Final da Antonio Cardoso, já estamos no centro de Santo André, e após cruzarmos com a Avenida dos Estados, talvez a mais importante do ABC, Praça Diário do Grande ABC, em frente ao Terminal Santo André Leste e pelo viaduto sobre a linha férrea e a Estação de Santo André, chegamos no Terminal Oeste, ponto de parada da linha. Santo André é a maior cidade da região e possui dois terminais interligados entre si e com a estação da CPTM, o Terminal Leste e o Terminal Oeste. Desses dois terminais saem linhas para os bairros e para as cidades vizinhas, com grande fluxo de passageiros. O ônibus que seguiu até ali superlotado, esvaziou um pouco, pois várias pessoas desembarcaram no terminal, mais ainda há muitas pessoas em pé, a viagem continua pelo centro de Santo André, Praça IV Centenário (Paço Municipal) e volta a canaleta na Avenida Ramiro Colleoni, que é pequena, logo muda de nome para Pereira Barreto. O primeiro ponto de interesse desse trecho é a Parada Santa Tereza, que fica em frente ao Shopping ABC, Hospitais Brasil e Mário Covas e Parque da Cidade, parada com muita demanda de passageiros em ambos sentidos. O traçado do corredor segue pela Pereira Barreto, pelos bairros de Vila Gilda e Paraíso, até chegar a divisa com a cidade de São Bernardo do Campo, onde a avenida continua com o mesmo nome. A entrada em São Bernardo é pelo bairro Baeta Neves, que é vizinho ao centro da cidade, e com mais três paradas che-

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gamos a Praça Samuel Sabatini, sede da prefeitura de São Bernardo, e ao Terminal Metropolitano de São Bernardo do Campo, ultima parada para quem vai fazer integração com as linhas do corredor rumo a Diadema e ao Jabaquara, sendo que as linhas também saem de Ferrazópolis, porém lá a integração é tarifada, com 47 minutos de viagem desembarcamos no Terminal São Bernardo. Terminais São Bernardo e Ferrazópolis O Terminal de São Bernardo, fica no centro da cidade ao lado do Paço Municipal, e serve de ponto de integração entre as linhas do corredor ABD, e também de lá saem linhas com destino a outras cidades, e as linhas municipais de São Bernardo passam na rua ao lado e na Rodoviária João Setti, que também fica ao lado do terminal. Um trecho pequeno do corredor pela Avenida Faria Lima separa o Terminal São Bernardo do Terminal Ferrazópolis, ponto final das linhas do corredor. O Terminal Ferrazópolis é aberto, e além das linhas do corredor possuem outras linhas metropolitanas saindo de lá, é localizado próximo a Via Anchieta e as fábricas da Scania e Volkswagen, e as linhas municipais de São Bernardo passam no ponto externo, na avenida Faria Lima, linhas essas que atendem toda a cidade passam por lá, sendo o terminal de fácil acesso. Trecho 02: A linha rumo ao Terminal Jabaquara já passa por São Bernardo lotada, e por lá lota ainda mais, a demanda das linhas do corredor ABD é algo absurdo, difícil ver um carro vazio, mesmo em finais de semana. Ao sair do terminal, todas as linhas contornam o Paço, e se separam logo após, as linhas rumo a São Mateus e Santo André, entram na Pereira Barreto, e as linhas para Diadema e Jabaquara sobem o viaduto e pegam a Avenida Lucas Nogueira Garcez.

Na Lucas Nogueira Garcez as paradas tem muita demanda de embarque, e o carro que já estava superlotado vai ficando pior, principalmente nas paradas Jardim do Mar e Vera Cruz. Ao passar pelo viaduto sobre a Via Anchieta a Lucas Nogueira Garcez termina e começa a Avenida Piraporinha, e nessa avenida há muitas industrias, e nos pontos próximos a elas há grande fluxo de embarques e desembarques, e um outro ponto que vale destacar é a Parada Cecom, ponto que dá acesso a garagem da Metra e a sede da EMTU. Logo após passarmos a divisa dos municípios de São Bernardo e Diadema, passamos pela Praça Bom Jesus de Piraporinha e o primeiro terminal do trecho, o Terminal Piraporinha. O Terminal Piraporinha possui integração entre as linhas do corredor ABD e as linhas municipais de Diadema, e as intermunicipais que saem de dentro do terminal, com muita demanda de passageiros, o ônibus esvazia, mais lota novamente. Ao sair do terminal o corredor segue pela Avenida Piraporinha, em uma região industrial, onde nas paradas ao longo desse trecho também há muita demanda, e no final da Piraporinha, cruzamento com a Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquivel e ligação para o Bairro Paulicéia, o corredor entra na Avenida Antonio Piranga, ainda em região industrial. Após passar pelo bairro de Jardim Canhema, o corredor cruza novamente com a Fabio Eduardo e passa por baixo da Rodovia dos Imigrantes, esse trecho é a entrada do centro de Diadema, e mais algumas paradas ao longo da Antonio Piranga, chegamos a praça Castelo Branco e ao Terminal Diadema. O Terminal Metropolitano de Diadema também possui integração entre as linhas do corredor, com as linhas municipais de Diadema, e as linhas intermunicipais que saem de dentro do terminal, tais como: 254 (São Caetano do Sul) e 279 (São Paulo – Metrô São Judas) e também agora com a ligação Diadema-Brooklin com as linhas 376 e 376M O trecho entre Diadema e o Jabaquara é bem pequeno, feito em média com 15 minutos, pelas Avenidas Conceição em Diadema e Engenheiro Armando de Arruda Pereira em São Paulo, boa parte do trecho é ao lado da Rodovia dos Imigrantes e mais ao fundo as matas do Parque do das Estado, nesseda trecho o carro Uma vistas viagem continua lotado, porém com poucos embarques e desembarques, e chegou assim no Terminal Jabaquara com 46 minutos de viagem. Ponto de Chegada: Terminal Jabaquara Faz a integração tarifada das linhas do corredor, com linhas municipais de São Paulo, e o Metrô, do outro lado da avenida há o Terminal Rodoviário, com linhas rumo a Baixada Santista e Litoral Sul, o Terminal é bem localizado, com várias linhas de ônibus servindo o local, e o bairro do Jabaquara é próximo ao Aeroporto de Congonhas, e possui uma boa rede comercial e de serviços.

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V Á, M A S V I S I T E

A ACONCHEGANTE

Fotos: Guillherme Rafael

OURINHOS

Guilherme Rafael Pequena e aconchegante, a cidade de Ourinhos, com aproximadamente 100 mil habitantes, esconde quase no estado do Paraná, às margens do Rio Paranapanema, uma beleza interessante, como deve ser em uma cidade pequena. Distante a aproximadamente 365 km da capital do estado (São Paulo), foi um importante entrocamento ferroviário do país, porém é mais lembrada pela fabrica da aguardente que atende pelo nome de Oncinha e o seu característico orelhão, que tem o formato de... Uma onça! Em tempo, a cidade também ficou conhecida como a “A Capital Nacional do Basquete Feminino” graças à uma equipe de jogadoras vencedora que possui o seu QG em Ourinhos. Mas talvez isso nem venha tanto ao caso, mas passo para lá, passo para cá, de repente se você gosta de tirar fotos de ônibus, poderá acabar encontrando a garagem da AVOA (Auto Viação Ourinhos Assis) e antes que você se pergunte, já respondemos: Os ônibus ficam “guardados” na rua, facilitando a operação de clicar os carros... Falando em cliques, não deixe de fotografar os ônibus da simpática CCO (Circular Cidade Ourinhos), que faz parte do grupo da AVOA, por sinal...

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