Revista InterBuss - Edição 06 - 08/08/2010

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R EV I ST A

• COLUNAS

InterBuss

ANO 1 Nº 6 08/08/2010

O novo corredor Diadema-Brooklin

A NOVA BREDA

Uma luz no fim do túnel

Tradicional empresa renova seu layout, apresenta novos serviços e inicia uma nova fase de sua história


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NESTA EDIÇÃO

Foto: Renato Moreira

A nova Breda

Novos serviços e nova identidade visual pretendem fazer com que a tradicionalíssima Breda Turismo mude a sua cara. Padronização está avançando. Matéria da Semana • Páginas 10 e 11

Fotos de capa: Wesley Araújo e Adamo Bazani

EDITORIAL • Curitiba na berlinda .................................. 4

Revista na Rede

A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5

Os sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles:

COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra .................. 9 MATÉRIA DA SEMANA • Novidades na Breda ........... 10 PÔSTER • Chailander Borges ........................................... 12 COLUNISTAS • Adamo Bazani ........................................ 14 COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ......................... 15

• REVISTA ELETRÔNICA Acesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em: www.portalinterbuss.com.br/revista • NOTÍCIAS Veja notícias do setor de transportes atualizadas diariamente em nosso blog: www.portalinterbuss.com.br/noticias

DIÁRIO DE BORDO • A rota do sossego ........................ 18

• GALERIAS DE IMAGENS Nossas galerias são atualizadas semanalmente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em: www.portalinterbuss.com.br/galeria

VÁ, MAS VISITE • Pontos de Parada ............................ 22

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FOTOS DA SEMANA • As melhores do Portal InterBuss.. 16


EDITORIAL

Os problemas de Curitiba O transporte coletivo na cidade de Curitiba é tido como referência para várias outros municípios não só no Brasil mas para diversas localidades do mundo. Porém, a Rede Integrada de Transporte (RIT) da capital paranaense já dá vistas de saturação e problemas de infra-estrutura. Apesar das reformas feitas em alguns terminais o conforto oferecido nos mesmos é mínimo. Há problemas estruturais em algumas dessas paradas e as plataformas elevadas representam um perigo aos seus usuários. A impressão passada é que investiram nos corredores e nos veículos e esqueceram dos terminais.

quebrados e pisos soltos são alguns desses problemas que as paradas apresentam. Convenhamos que o usuário também não ajuda, pois depreda o patrimônio público ao invés de conservá-lo, porém desde a implantação do BRT curitibano, não houve nenhum plano alternativo para tentar mudar essa realidade, seguindo o famoso bordão “não mexer em time que está ganhando”. O aumento dos intervalos entre os biarticulados fez com que a superlotação aumentasse em todas as linhas. Mesmo aos sábados à tarde os biarticulados estão circulando com lotação acima do normal.

Do Leitor Espaço para você A Revista InterBuss disponibiliza este espaço para que você possa fazer comentários sobre qualquer matéria que ver por aqui. Neste espaço você poderá criticar, elogiar, sugerir matérias ou até fazer comentários sobre outros acontecimentos do mundo dos transportes. Semanalmente iremos selecionar alguns comentários para postar aqui e nos reservamos no direito de editar o texto enviado para que mais opiniões sejam publicadas. Dependendo do volume de comentários que chegar, podemos deixar algumas mensagens para a semana seguinte. Por conta disso, pedimos paciência a todos para a publicação das mensagens neste espaço. Todas as mensagens dos leitores serão atendidas e publicadas.

Nas estações-tubo, os problemas são os mesmos, e em alguns casos até maiores. Portas que não funcionam, vidros

Seria hora de repensar na forma de transportar os passageiros curitibanos? A Copa de 2014 está chegando…

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A SEMANA EM 10 TEMPOS DE 01 a 07/08/2010

Foto: Luciano Roncolato

Empresas do DF têm lucro Começou a de 3%, porém informam licitação no RJ ter prejuízo de 28%

Um dos ônibus de propriedade de Wagner Canhedo, que operou até há pouco Os donos das empresas de ônibus insistem: afirmam que estão operando no vermelho e, por isso, querem aumentar o preço das passagens. “Nós apresentamos uma planilha que tem um déficit de 28%. Para cobrir essa defasagem é preciso um aumento de 48%. E é isso que nós vamos provar para o governo, porque vamos conhecer a planilha dele agora. Com o aumento, a passagem passaria para R$ 4,25”, afirmou o presidente do Sindicato das Empresas de Ônibus Wagner Canhedo. Os empresários alegam que, com a atual tarifa, teriam um prejuízo de 28%. Mas nessa segunda-feira, dia 26, o governo Rogério Rosso divulgou a auditoria feita nas planilhas de custos das empresas que mostra o contrário. O relatório aponta lucro de 3,11% e traz outras diferenças como o gasto com lubrificantes. No cálculo dos empresários: R$ 0,06 por quilômetro rodado. No estudo do GDF, a metade (R$ 0,03). O total de despesas por quilômetro rodado é R$ 0,68 mais caro do que a estimativa do governo. Os empresários só teriam prejuízo de 0,15% se tivessem de arcar com os dois terços da passagem, como

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prevê a Lei do Passe Livre. E isso para o governo não justificaria o aumento da tarifa. Rosso não descarta ainda a possibilidade de cassar as concessões das empresas. “Pode acontecer, claro que pode. O governo é o poder concedente. Se de outro lado o governo perceber que existe intransigência ou utilização política de forçar ainda reajustes, o governo vai tomar as medidas que achar conveniente”, enfatizou o governador do DF Rogério Rosso. Na semana passada, o governador também assinou um decreto determinando que o DFTrans faça um estudo detalhado dos ônibus que circulam no Distrito Federal. Esse vai ser o primeiro passo para a licitação da frota, que ainda não tem prazo pra ser aberta. Desde 2001, o Ministério Público cobra na Justiça a renovação das empresas concessionárias e uma maior concorrência no serviço. “É a mesma coisa quando se tem vários produtos no mercado, se um oferece o preço mais barato, a tendência é diminuir”, disse o técnico judiciário Antônio Carlos. O governo determinou também auditoria nas planilhas das cooperativas de ônibus, que substituíram as vans. (Bernardo Menezes / Josuel Ávila / Romildo Gomes)

A prefeitura do Rio de Janeiro começou a analisar as propostas de empresas interessadas em mudar o sistema de ônibus na cidade. Seis consórcios participam do processo, sendo que quatro deles são liderados por empresas do Rio, e dois por grupos de São Paulo. Milhões de passageiros aguardam ansiosos pelas melhorias prometidas. As empresas vencedoras também vão ter que assumir o compromisso de implantar o Bilhete Único nos ônibus até o fim do ano. Na quarta (4), a prefeitura começou a abrir os envelopes com as propostas das empresas para a licitação das linhas. Os consórcios disputam a concessão para operar linhas de ônibus pelo prazo de 20 anos. A cidade foi dividida em quatro lotes: Zona Sul e Tijuca, Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá, Zona Norte e Zona Oeste. A região do Centro não foi licitada por ser área de operação comum a todas as empresas. Nos últimos 20 anos, foram feitos muitos flagrantes de sufoco e sofrimento dos passageiros. Com a prometida redistribuição da frota, a Zona Oeste ganharia mais ônibus, enquanto haveria uma redução em bairros onde, atualmente, há ônibus sobrando. A comissão de licitação já analisa as propostas feitas pelos interessados. Com a licitação, empresas que há mais de 50 anos ganharam permissão para explorar os ônibus vão se tornar concessionárias, com direitos e obrigações. “Vai passar a haver um contrato, ou seja, as regras vão estar mais claras. Na hora que a regra está clara, o poder concedente – ou seja, a prefeitura – pode cobrar e punir aquele que não cumprir com as regras”, disse, no dia 16 de junho, o prefeito Eduardo Paes. Mais conforto Para aumentar o conforto dos passageiros, o edital determina que as empresas vencedoras terão que modernizar toda a frota até 2016 e respeitar limites estabelecidos para o número máximo de passageiros nos ônibus e tempo previsto para as viagens. A empresa tem a obrigação de respeitar o contrato e tratar bem o passageiro. O poder público tem a obrigação de fiscalizar o funcionamento do sistema. Os vencedores da licitação devem ser anunciados ainda este mês. (G1/RJTV)

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Demissão indireta chega à Justiça; são 350 pedidos O Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região começou a dar entrada nas 350 ações judiciais de rescisão indireta pedidas por funcionários da Busscar Ônibus que querem sair e garantir os benefícios de uma demissão. “A expectativa é concluir os trabalhos até o fim da semana. Estamos pedindo para que os trabalhadores possam receber o fundo de garantia (FGTS) e dar entrada no seguro-desemprego o quanto antes, mas não sabemos quando devem acontecer as audiências”, diz a advogada do sindicato, Luiza de Bastiani. Os processos serão individuais, e não coletivos, como imaginava o sindicato. Por isso, o andamento pode demorar mais que o imaginado. Somente após ser cadastrada no site do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) é que cada ação será julgada pelos juízes do TRT. Os pedidos foram protocolados após assembleia no dia 7 de julho. No dia 2, a Busscar fez um pedido de liberação das contas de duas empresas do grupo (Tecnofibras e da Climabus) para não comprometer a produção. Parte dos bens está bloqueada. Na semana passada, a Justiça liberou três terrenos que a empresa quer dar como garantia para conseguir dinheiro para pagar parte dos salários atrasados e retomar a produção. O desbloqueio ajudará a cumprir outra decisão da Justiça: que manda a Busscar pagar dois salários atrasados e o 13º de 2009. Os pagamentos estão previstos para o começo deste mês. (A Notícia).

Liberados três terrenos para garantia ao Banco BIC O juiz Nivaldo Stankiewicz, da 4ª Vara do Trabalho de Joinville, já liberou três terrenos bloqueados e que a Busscar Ônibus quer dar como garantia ao banco BIC, de Blumenau, para conseguir dinheiro para pagar parte dos salários atrasados e retomar a produção que estava parada. As informações da Justiça do Trabalho são de que um oficial foi ir ao cartório em São Francisco do Sul para fazer a liberação dos imóveis, que ficam no bairro Itinga, em Araquari, e somam cerca de 921 mil m². Com a liberação das áreas, a fabricante de carrocerias espera conseguir R$ 11 milhões junto ao banco. Parte do valor, R$ 5 milhões, será destinada ao pagamento de um salário aos cerca de 3,1 mil trabalhadores que estão sem receber três pagamentos e o 13° do ano passado. A expectativa é de que os pagamentos ocorram no começo do mês que vem. O restante dos recursos será usado na retomada da produção. O desbloqueio de parte dos bens ajudará a empresa a cumprir outra decisão da Justiça: que manda a Busscar pagar dois salários atrasados e o 13º de 2009. Em relação aos R$ 7,5 milhões de restituição de PIS e da Cofins que a Busscar espera receber o mais breve possível, a Justiça do Trabalho de Joinville afirmou que ainda não tem maiores informações. (A Notícia).

Guarulhos paga R$ 2 milhões por estudo sobre VLT A Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) pretende implantar na cidade um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nos mesmos moldes do fura-fila – sistema que não vingou na Capital devido aos altos custos. Para isso, segundo apurou o Guarulhos Hoje, a Prefeitura contratou a empresa Lenc laboratório – Engenharia Consultoria Ltda para elaborar estudos e projetos para a implantação do sistema. Os gastos – Apenas com o estudo de viabilização, no primeiro momento, estão estimados em pelo menos R$ 2 milhões e o prazo para a execução é de 270 dias. Ou seja, nove meses contados da assinatura do contrato. A Lenc, que presta vários serviços para a Prefeitura, está diretamente envolvida com projetos de empresas que operam no setor metroferroviário, como o Metrô de São Paulo, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e a FerroNorte. A STT não revelou onde pretende implantar o transporte sobre trilhos, qual o seria o percurso e se será integrado ao terminal intermodal rodoviário, que está sendo construído na região do Cecap. Também ignora o fato de a Empresa Paulista de Transportes Metropolitanos (EPTM) já contar com um projeto em início de execução de um Corredor entre Guarulhos e São Paulo. No novo sistema de transportes, em curso pela própria STT, não existe previsão alguma de implantação de VLT na cidade.

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Opinião – Para o vereador Geraldo Celestino (PSDB), líder da oposição na Câmara, a iniciativa é inviável, já que seriam necessárias várias intervenções viárias e um grande número de desapropriações. “Vou pedir vistas ao processo, pois estou achando muito estranho isso tudo. Na minha opinião, trata-se de um projeto mirabolante. Além disso, os gastos para um estudo nesse sentido estão muito elevados, cerca de R$ 2 milhões. E ainda sem uma licitação para a elaboração do tal projeto”. O VLT – O veículo leve sobre trilhos (VLT) é uma espécie de trem urbano de passageiros, cujo equipamento e infraestrutura é tipicamente mais “leve” que a usada normalmente em sistemas de metropolitano (metrô) ou de ferrovias (caminhos-de-ferro) de longo curso. Os sistemas de light rail são normalmente alimentados por electricidade, havendo, no entanto, alguns a diesel e outros que usam um terceiro carril. Capital – Um projeto semelhante surgiu em São Paulo, em 1997, quando o ex-prefeito Celso Pitta, indiciou a construção do Fura-Fila, que deveria ligar a região do Parque Dom Pedro à zona Leste da capital. Depois de iniciadas as obras, devido aos altos custos, o sistema foi modificado para transporte sobre pneus. No entanto, ele terminou a administração sem concluir uma estação sequer. Quando a ex-prefeita Marta Suplicy

assumiu a Prefeitura, ela reiniciou as obras, batizando o Fura-Fila de Paulistão. Ela também não conseguiu dar continuidade ao projeto que permaneceu inacabado até o final de sua gestão. Apenas quando o então prefeito José Serra (PSDB) assumiu o Município, o sistema – então batizado de Expresso Tiradentes – teve continuidade a partir de 2005. Em 2007, o atual prefeito Gilberto Kassab (DEM) inaugurou o primeiro trecho, ligando o Parque Dom Pedro ao Sacomã. Desde a sua criação, o projeto consumiu cerca de R$ 950 milhões. Em Campinas, a Prefeitura local tentou implantar um sistema parecido em julho de 1990, utilizando o antigo leito da E.F. Sorocabana para reduzir custos e tempo do projeto. No dia 23 de novembro deste mesmo ano teve início a operação assistida de um pequeno trecho. A inauguração oficial ocorreu somente no dia 15 de março de 1991 do trecho entre as estações Central e Vila Teixeira que funcionou gratuitamente durante dois anos no período da manhã. A inauguração comercial ocorreu somente no dia 22 de abril de 1993. O sistema operou com um alto déficit por causa da má localização de suas estações, principalmente a estação Central que ficava longe do Centro da cidade, e baixa demanda pela falta de integrações com os outros sistemas de transporte da cidade. Por isso no dia 17 de fevereiro de 1995 a linha foi desativada. (GuarulhosWeb).

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Movimento de fretados caiu 50%, diz sindicato

Fretado em São Paulo: Queda do movimento acompanhou nova lei portes de Passageiros por Fretamento para Turismo da região metropolitana de São Paulo, Jorge Miguel dos Santos. Ainda de acordo com Santos, a restrição provocou redução da frota, de 490 para cerca de 200 ônibus que fazem transporte privado. Para substituir os veículos grandes, com capacidade para 50 lugares, são necessárias ao menos três vans para 9 lugares. “O custo do transporte com vans praticamente dobra”, diz Santos. O embarque e desembarque de passageiros passou a acontecer em pontos específicos para o transporte coletivo privado. As empresas que não cumprirem a legislação terão de pagar multa de R$ 2,5 mil por veí-

culo considerado irregular e ainda correm o risco de perder o Termo de Autorização (TA) e o Certificado de Vínculo ao Serviço (CVS). Fretados clandestinos podem receber multa de R$ 3,4 mil e ter o veículo apreendido. Em 11 de fevereiro de 2010, a Secretaria Municipal dos Transportes de São Paulo publicou portaria no Diário Oficial do Município de São Paulo determinando a instalação de GPS em veículos de fretamento. Em abril, as empresas de fretamento conseguiram liminar na Justiça que permitia circular sem a instalação do GPS. O setor ainda moveu na Justiça uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a lei. A ação está sob análise do Tribunal de Justiça. (Redação Terra)

O motorista Carlos Alberto Orestes tem 42 anos de idade. Destes, 11 anos foram dedicados à Empresa Circular Cidade de Bauru (ECCB), que operou na cidade até maio de 2002. “Era um emprego excelente. Quando você falava que trabalhava lá, o comércio te dava crédito. Era um sinal de respeito”, relembra, orgulhoso. Porém, o emprego, o orgulho e a solidez da empresa deram lugar a um longo imbróglio que já dura oito anos: ex-funcionários não receberam seus direitos trabalhistas após o fechamento da empresa. A ECCB fez parte da rotina bauruense por 62 anos. Os ônibus conhecidos popularmente como “amarelinhos” eram a principal forma de locomoção daqueles que utilizavam o transporte público da cidade. Porém, em 2002, imersa em dívidas e recémsaída de uma concordata, a empresa encerrou suas atividades. O motorista Carlos Alberto Orestes trabalhava no local na época. A última avaliação, feita em 2005, revelava que ele tinha para receber cerca de R$ 30 mil em salários, férias

e fundo de garantia atrasados. “É um dinheiro que iria arrumar minha vida. Eu não passo necessidades, porém, é uma quantia que me ajudaria a sanar algumas dívidas”, conta. Entre outras utilidades, o dinheiro serviria para pagar os estudos de uma das filhas, que precisou trancar a faculdade devido às despesas. Carlos revela que está quase sem esperanças de reaver o dinheiro. “Esperança a gente sempre tem. Mas, hoje em dia, me sinto jogando na loteria. Não tenho muitas perspectivas de receber. Quem sabe um dia meus filhos ou até netos recebam”, espera. Apesar da situação, Carlos Alberto se considera um privilegiado: ele está entre os que foram trabalhar na Grande Bauru, empresa sucessora da ECCB. Na ocasião, aproximadamente 700 funcionários trabalhavam na ECCB e, destes, cerca de 500 foram para a nova empresa. O motorista recorda o caso de um amigo que exercia o cargo de auxiliar de mecânico na empresa e encontrou sérias

dificuldades. “Ele e a família passaram muitas necessidades. Tiveram que pedir ajuda para os vizinhos.” Sem previsão De acordo com o atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes de Bauru e Região (Sindtran), José Rodrigues, esse tipo de processo é lento. “Temos outros casos aqui que demoraram até 25 anos para a pessoa receber. Essa demora é normal. Nossa justiça é demorada”. A lentidão em questão é no leilão dos bens da ECCB. Segundo Rodrigues, não há alguém que queira arrematar esses bens, que serão utilizados para pagar os direitos trabalhistas pendentes. Os bens em questão são vários terrenos e uma garagem, e estão avaliados em R$ 5 milhões. Entretanto, mesmo afirmando que não há previsão para o fim do imbróglio, ele afirma que os ex-funcionários da empresa irão receber seus direitos. (Jornal da Cidade de Bauru)

Foto: Luciano Roncolato

Um ano após a restrição à circulação de ônibus de transporte privados, os chamados fretados, na zona central de São Paulo, o número de usuários do serviço caiu a menos da metade, segundo o sindicato da categoria Transfretur. A Companhia de Engenharia de Tráfego, órgão da prefeitura que monitora o trânsito da capital paulista, estimou em 11% a melhora na fluidez. As regras começaram a vigorar no dia 27 de julho de 2009 e valem para dias úteis, das 5h às 21h, quando os veículos não podem circular na chamada zona máxima de restrição aos ônibus fretados (área de 70 km² a partir do centro da cidade São Paulo). O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento para Turismo da região metropolitana de São Paulo, que representa os proprietários de empresas de transporte privado de passageiros, divulgou nota em que estima o prejuízo acumulado no último ano em R$ 1,280 bilhão devido à mudança. Segundo o Transfretur, as perdas refletem diminuição no número de usuários do serviço e a necessidade de substituir ônibus por vans para se adaptar à regulação, entre outros custos antes inéditos. O Transfretur afirma que, dos 20 mil passageiros que usavam o serviço, mais de 9 mil abandonaram os coletivos de aluguel pelo transporte individual. “Nosso negócio, dentro da zona máxima de restrição, ficou praticamente inviabilizado. Dezoito empresas deixaram de operar, entre aproximadamente cem”, diz o Sindicato das Empresas de Trans-

Ex-trabalhadores da ECCB esperam por direitos

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A SEMANA EM 10 TEMPOS

Transcarioca até o Aeroporto Tom Jobim será antecipado de endividamento das cidades que servirão de sede da Copa, permitindo que municípios se endividemindividem até o limite de 120% das receitas líquidas, teto previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). - A licitação está bem adiantada. E avançamos também com os processos de desapropriações – disse o secretário de Obras. Traçado deve beneficiar alunos do Fundão - O trecho entre a Penha e o Galeão deve custar cerca de R$ 570 milhões. Bem menos que o R$ 1,3 bilhão do trecho BarraPenha, que além de mais longo, exigirá mais desapropriações. Alexandre disse que as sondagens e topografia do terreno estão sendo feitos. O secretário, no entanto, não quis antecipar qual será o traçado porque o prefeito Eduardo Paes quer divulgar o trajeto. Mas, com base em mapas viários e na circulação de veículos pela região, já é possível especular uma parte desse trajeto. Um roteiro provável para Aeroporto Internacional Tom Jobim a partir da Penha usaria uma das faixas do Viaduto João XXIII (liga a Penha à Avenida Brasil). No trajeto, o BRT teria um dos seus pontos na Avenida Brigadeiro Trompowsky , em frente à Cidade Universitária, para atender à demanda da UFRJ. Por fim, pegaria uma faixa de acesso à esquerda da Linha Vermelha que serve de acesso tanto para a Ilha do Governador quanto para o aeroporto. (O Globo)

Foto: Luciano Roncolato

Um acordo fechado entre a prefeitura e o governo federal antecipará a implantação do BRT Transcarioca (linha de ônibus articulados) até o Aeroporto Internacional Tom Jobim já para a Copa de 2014. A Secretaria municipal de Obras lançará em duas semanas o edital de licitação para contratar os estudos técnicos necessários para construir o trecho entre a Penha e o Galeão. Esta fase da obra estava prevista para sair do papel apenas para os Jogos Olímpicos de 2016. O sistema será operado pelas mesma concessionária vencedora da licitação que a prefeitura realizou para operar as linhas de ônibus. O secretário de Obras, Alexandre Pinto, trabalha com o prazo de dezembro de 2013 para a conclusão de todo o projeto, que será financiado pelo BNDES e tem custo de cerca de R$ 2 bilhões (incluindo contrapartidas do município). Inicialmente, a Transcarioca seria construída apenas entre a Barra e a Penha para a Copa. A execução desta fase, porém, está sofrendo com os atrasos. MP de Lula aumenta limite de endividamento - O cronograma original da prefeitura previa que as obras no trecho BarraPenha fossem concluídas até março de 2013. Mas os recursos do BNDES até terça-feira ainda não foram liberados devido aos limites de endividamento da prefeitura. O problema foi solucionado pela medida provisória editada na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A MP aumenta a margem

BRT em Curitiba: modelo para diversas cidades, inclusive para o Transcarioca

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Guarulhos convoca empresas para assinar contrtato Conforme publicado no Diário Oficial de Guarulhos, estão convocadas as empresas vencedoras da licitação para a operar o novo sistema de transporte da cidade (modalidade estrutural e complementar). As vencedoras da licitação foram: Empresa de Transpores Vila Galvão, que está participando da licitação no Rio de Janeiro, Empresa de Ônibus Guarulhos uma das mais antigas empresas da cidade e a Viação Campo dos Ouros que para muitos é a nova razão social da Viação Transguarulhense.

Joinville testa painéis que mostra horários Apesar das vantagens, a implantação definitiva do sistema de informação implicaria em aumento no preço das tarifas Duas linhas de ônibus de Joinville estão equipadas com um novo sistema de informação que permite ao usuário saber quanto tempo vai precisar esperar pelo transporte. O equipamento está em fase de testes. As empresas vão avaliar se adotam o sistema para novos pontos da cidade. Por enquanto, só os ônibus das linhas 0700 Sul/Centro e 0800 Iririú/Centro estão monitorados via GPS. Os painéis estão instalados em frente ao Hipermercado Big e perto da Estação Ferroviária. Com o sistema, as empresas também podem monitorar o percurso dos veículos e visualizar os passageiros por câmeras. Apesar das vantagens, a implantação definitiva do sistema de informação implicaria em aumento no preço das tarifas. — Por enquanto, o uso desse recurso ainda não foi considerado 100% satisfatório. Além do que o custo de implantação, nesse momento, seria elevado —, explica o diretorexecutivo do Ippuj, Vladimir Constante. Até agora, não houve reflexo na tarifa porque as empresas de ônibus têm bancado os testes. Mas quem desenvolve o sistema garante que os dados colhidos com o monitoramento podem ajudar na redução do onsumo de combustível e baixar os custos de manutenção. Na teoria, a economia com essas e outras despesas operacionais poderia abater o custo de implantação e manter o valor atual das tarifas. - É por essa expectativa que as empresas ainda têm estudado o uso do recurso e pedido alguns ajustes —, diz Vladimir. (Diário Catarinense)

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José Euvilásio Sales Bezerra Impressões sobre o novo corredor

COLUNISTAS

Trecho do corredor em São Paulo: semelhante aos “Passa Rápidos” No último final de semana começou a funcionar, na Grande São Paulo, o novo trecho do Corredor Metropolitano ABD. Este novo trecho liga o Terminal Diadema, em Diadema, ao Brooklin, em frente ao Shopping Morumbi, em São Paulo, passando pelas avenidas Presidente Kennedy (em Diadema), Cupecê, Vereador João de Luca, Vicente Rao e Roque Petroni Júnior (em São Paulo). A obra completa levou mais de vinte anos, sendo iniciada e parada por várias vezes. No projeto original o corredor seria igual ao trecho inicial do Corredor Metropolitano, que faz a ligação do Terminal São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, ao Terminal Jabaquara, na Zona Sul, passando pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. Este corredor possui duas faixas (uma em cada sentido) e paradas em suas laterais.

as linhas deixam o corredor, acessando outras vias. Depois do cruzamento com a Avenida Santo Amaro, somente três linhas seguem até o final do corredor, no Brooklin: a 607C/10 Jardim Miriam – Shopping Morumbi, 376 Diadema/Terminal Diadema – São Paulo/ Estação CPTM Berrini e 376M Diadema/Terminal Diadema – São Paulo/Shopping Morumbi. Das três linhas, apenas a primeira é municipal, operada pela VIP Transportes Urbanos. As outras duas são intermunicipais, operadas pela Metra. Segundo conversei com o motorista de um dos ônibus da Metra, somente neste primeiro momento está havendo pagamento de passagem dentro dos ônibus intermunicipais – que, aliás, é feita ao próprio motorista. Com o passar do tempo, a tendência será receber apenas o passageiro que tenha adquirido o bilhete eletrônico, a venda na estação Berrini, da CPTM, ou no Terminal Diadema. O transporte dos passageiros residentes dentro da cidade de São Paulo, partindo do Brooklin, ficaria a cargo apenas da linha 607C onde estes pagariam sua passagem em dinheiro ou usando seu Bilhete Único. Outro defeito deste novo corredor é a existência de linhas que seguem pelo lado direito das vias, inclusive com paradas. São

Hoje, o único trecho que remete à idéia original é o que segue dentro da cidade de Diadema, da divisa com São Paulo até o Terminal Diadema. O trecho paulistano é igual aos “Passa Rápidos”, os últimos corredores de ônibus construídos na cidade. Ele possui faixa única e exclusiva à esquerda de cada sentido das avenidas, com paradas no canteiro central. E ele também agregou seu maior defeito: falta de faixa de ultrapassagem. Ao contrário de outras avenidas onde foram construídos os “Passa Rápidos”, as avenidas por onde passa o novo corredor comportaria perfeitamente uma Na altura do Shop. Morumbi: ônibus dentro e fora do corredor segunda faixa ou, ao menos, um recuo para ultrapassagem, sem muitos gastos os casos das linhas 517J/10 Jardim Selma – adicionais. As avenidas, em geral, Shopping Morumbi e 5127/10 Vila Guacuri são largas e, em alguns trechos, – Berrini, do Consórcio Autho Pam. Essas linhas sofrem interferência direta do trânsito possuem até quatro faixas. Um dos trechos com maior da região. Se a intenção é priorizar o translargura encontra-se no início do porte público, por que não trazê-las para o corredor, logo na entrada de São corredor também? Apesar dos defeitos, este novo corPaulo, na Avenida Cupecê. E, jus- tamente nesse trecho, encontra-se redor é um estímulo para que o cidadão use o a maior quantidade de linhas de transporte coletivo. Em média, gastei cerca de ônibus. Uma faixa extra, ou ao 35min no trecho entre a Divisa e o Brooklin. menos um recuo para implanta- Se o corredor funcionar de maneira eficiente, ção de uma ultrapassagem, agiliz- e com um tempo de viagem próximo a este aria bastante o fluxo de ônibus durante a semana, certamente, vai ser um estímulo para que muita gente deixe o carro em nos horários de pico. A medida que o corredor casa. A espera de tantos anos, ao menos, terá Trecho do corredor em Diadema: semelhante ao original avança, no sentido do Brooklin, valido a pena.

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MATÉRIA DA SEMANA

Nasce uma nova Breda

Foto: Adamo Bazani

Mudança começa pelo visual

Dois carros da empresa, com os dois padrões visuais: em breve, todos estarão com a pintura do da direita

Em poucos meses, empresa de fretamento e turismo deve já ter todos os veículos no novo padrão azul. A Breda também quer renovar conceitos de atendimento, imagem da empresa e já oferece produtos inéditos Adamo Bazani Tivemos acesso a informação de que em poucos meses, toda a frota de ônibus da Breda Serviços e Turismo já estará com a nova pintura do grupo, azul e laranja com as letras cinza, sendo que o E do nome é em vermelho e há uma seta, indicando movimento e crescimento na letra D da palavra BREDA. A empresa decidiu acelerar o cronograma de pinturas. Não somente veículos novos, mas os mais antigos também devem receber a nova padronização. Em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, onde a Breda, do Grupo de Constantino de Oliveira, possui boa parte dos clientes, incluindo a General Motors. Já é possível ver grande parte dos veículos na nova cor, em especial os Marcopolo Viaggio 1050, da Geração 7, Mercedes Benz O 500 M. O objetivo da Breda é renovação, não só de pintura, mas de imagem do grupo

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empresarial. Assim, todos os negócios com o nome Breda, terão a mesma pintura, inclusive os veículos de cargas e vans. Entre tratores, ônibus, micro-ônibus, caminhões e vans são atualmente 1400 veículos. A Breda conta hoje com 2500 funcionários. A empresa quer renovar também sua forma de gestão, capacitando operadores e o pessoal da área administrativa. Renovação é a palavra de ordem da Breda Entre as renovações estão a proximidade maior com o cliente e comunidade. Para isso, o grupo já diz seguir as normas de atendimento ao cliente, inclusive disponibilizando um serviço telefônico gratuito: 0800 – 019 45 14, e treinou funcionários para novas formas de relacionamento com passageiros, fornecedores e empresas para as quais presta serviços de fretamento, tanto eventuais como contínuos. A Breda também começou a oferecer um produto inédito para empresas de ônibus: seguros independentes dos já estabelecidos por lei. Assim, pela Breda é possível segurar a viagem, as malas, materiais pessoais e há apólices específicas para notebook, residenciais e até pessoais e familiares. Os

seguros são parcerias com as empresas IG Seguros Affinity e Ace Seguros. Quanto a imagem, o grupo quer mostrar que, apesar de estar já comandando a empresa há mais de 20 anos, os controladores não são mais da antiga administração, apesar da manutenção do nome, que é tradicional. O Grupo de Constantino de Olivera, Nenê Constantino, o mesmo da Gol Linhas Aéreas, assumiu a Breda em 1990. Aliás, uma das principais clientes da Breda é justamente a empresa aérea. Os ônibus laranjas, “envelopados” com o a foto de um dos aviões, continuarão neste mesmo padrão. A história da Breda é toda relacionada à figura de empresa familiar e também a Viação Cometa Filho de Luiz Breda, Ítalo, juá tinhas raízes firmadas nos transportes. Luiz era importador de ônibus Volvo. Com 14 anos de idade, Ítalo, indicado pelo pai, foi trabalhar na empresa Reunidas São Paulo – Paraná, no setor de almoxarife, em 1938. Um ano depois, o pai, Luiz, tornouse sócio da Auto Viação São Paulo Santos, que havia sido adquirida pela Reunidas. Os proprietários da Reunidas convidaram Luiz para a sociedade.

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Foto: Adam Xavier Rodrigues Lima

Carro ex-Piracicabana na Breda, já com novo padrão visual: mudança acelerada O ramo então apaixonou Ítalo. No entanto, diferentemente de outros profissionais de transportes e filhos de donos da empresas de ônibus, na época, Ítalo Breda não deixou os estudos. E isso foi fundamental para que ele ganhasse destaque no setor e futuramente se tornasse empresário. Formado em economia pelo Colégio Dante Alighieri, com fluência na língua inglesa, Ítalo aproveitou sua paixão por ônibus e começou a se corresponder com a publicação norte-americana Bus Transportation e, mais tarde com a empresa fabricante, Twin Coach. Uma das maiores produtoras de ônibus do mundo na época, com sede em Kent, Ohio, Estados Unidos. Isso orgulhava sobremaneira o pai, Luiz Breda, que prometeu ajudar o filho no setor e cumpriu. Em 1947, quando a recém criada CMTC encampara boa parte das empresas de ônibus que operavam na Capital Paulista, os investidores Major Tito Masciolli e Arthur Brandi, responsáveis pela Auto Viação Jabaquara S.A, decidiram continuar no ramo de transportes. Quem tinha mais afinco e prosseguiu o sonho foi o Major, militar italiano. Assim, foi comprada a Auto Viação São Paulo Santos, empresa que Luiz Breda tinha participação. Meses depois da compra, já no ano de 1948, a empresa passa a se chamar Viação Cometa. A Viação precisava apresentar diferenciais diante das concorridas linhas rodoviárias. A indústria de ônibus ainda estava

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engatinhando no Brasil. A maioria, tanto urbanos como rodoviários, consistia em caminhões “vestidos” com carrocerias de ônibus. Direção hidráulica, suspensão pneumática, ar condicionado, banheiro, bancos anatômicos e outros itens de conforto e segurança eram impensáveis para os ônibus fabricados no Brasil. Luiz aproveitou a oportunidade e apresentou o filho Ítalo a Mascioli. Ítalo, muito bem articulado e inteligente, explicou sobre os Twin Coach e despertou o interesse de Tito pelos ônibus norteamericanos. Ítalo Breda foi então, com tudo pago para os Estados Unidos, para firmar uma espécie de acordo de fornecimento para a Cometa. Mas não foi só isso, o que não fez com que a compra desses ônibus se tornasse ape nas uma importação. Entendido de economia e inglês, Ítalo Breda era apaixonado por mecânica e viu que a suspensão e a embreagem dos ônibus norte-americanos seriam fracas demais para as condições brasileiras, inclusive nos trechos de serra. Em Ohio, Ítalo Breda conseguiu elaborar adaptações que tornassem a parte mecânica dos ônibus mais condizentes para o Brasil. O primeiro lote de 30 Twin Coach chega para a Cometa em 1949. A Viação não tinha condições de pagar a comissão para Ítalo, por causa do custo da recente compra e por praticamente estar iniciando nos transportes rodoviários. Ítalo então fica com 5 % de par-

ticipação, na Viação Cometa. Paralelamente a isso, com dois ônibus usados da empresa, Breda fazia o transporte de estudantes do colégio onde se formou, o paulista Dante Alighieri. Masciolli, um grande visionário dos transportes, percebeu que Ítalo tinha muito talento para ser apenas um chefe de tráfego (não desmerecendo a função), cargo que Ítalo exercia na Cometa com muito orgulho, apesar de ter participação na empresa. O ex militar italiano então chama Ítalo para conversar e dá a idéia para a criação de uma empresa de fretamento. Ítalo, já com este sonho, convidou na oportunidade Masciolli para fazer parte do negócio. Mas o convite não foi aceito. Masciolli então sugeriu um sócio, mas para Ítalo, ou era o aviador italiano ou ninguém. Em 1950, nascia a Breda Turismo. Com o crescimento industrial, principalmente no ABC Paulista, a empresa de fretamento prosperava. Cinco anos depois, em 1955, já tinha 30 veículos. A demanda crescia, Ítalo precisava comprar mais ônibus, mas não tinha condições de realizar a compra a vista e, como era novo, dificilmente conseguiria crédito. Foi aí que Tito Masciolli se apresentou,m muito mais que um ex sócio, mas um amigo verdadeiro. Ele deu um impulso e tanto para a Breda. Ítalo Breda adquiriu 82 ônibus da Cometa, inclusive os 30 Twin Coach que havia intermediado a compra. Em troca, ele assumiu apenas algumas notas promissórias de Masciolli. O detalhe era que Masciolli poderia sim pagar as notas promissórias e elas venceriam num prazo mais longo que qualquer financiamento de ônibus. Além disso, se somassem os valores, eles ficariam abaixo dos ônibus transferidos para a Breda. Vitor Mattos, um dos nossos entrevistados na Rádio CBN sobre história de transportes, foi motorista da Expresso Brasil e depois da Cometa e da Impala, por volta dos anos de 1970. “O major, conforme a gente chamava, fazia questão de às vezes ficar na porta da garagem para conhecer os motoristas” – relato. A Breda se beneficiou com as indústrias e sentiu a saída delas do ABC e Capital nos anos de 1990, quando foi adquirida pelo grupo de Constantino. Pouco depois, a Breda comprou a Maria Bonita, empresa de fretamento que fazia serviços em aeroportos e levando as caravanas de Silvio Santos, além de transportar os funcionários de Sênor Abravanel.

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Chailander Borges, em S達o Paulo/SP



Adamo Bazani Nova empresa de ônibus já está pronta para operar em Mauá

COLUNISTAS

Grupo de Curitiba, premiado por qualidade em transportes urbanos já definiu o design e a frota que irá prestar serviços numa das cidades mais carentes de ônibus da Grande São Paulo. Todos os ônibus serão 0 km

Conseguimos com exclusividade a imagem de um dos vários ônibus que irão operar em Mauá, na Grande São Paulo, pela Leblon Transporte, empresa que, em 2008, ganhou o segundo lote operacional da cidade em Licitação, mas que ainda não começou a prestar serviços por conta do Grupo TransMauá, que contestou na Justiça o fato de ter perdido o certame. As linhas do lote 02 são operadas há mais de 20 anos pela Viação Januária, do mesmo Grupo da TransMauá. O lote 01, correspondente às linhas da Viação Cidade de Mauá, antiga Viação Barão de Mauá, é do mesmo Grupo TransMauá, que tinha a intenção de continuar operando com exclusividade os transportes no município do ABC Paulista. A própria Prefeitura de Mauá admitiu que a cidade é a que possui um dos sistemas mais complexos e carentes de melhorias da Grande São Paulo. Além de obras do próprio poder público, como um cronograma de pavimentações e recapeamento de vias servidas pelos ônibus, previsão de reformas

de terminais e readequação de algumas das principais linhas, a expectativa é que a entrada da nova empresa represente uma melhora significativa nos serviços da cidade. A começar pelo fato de há muito tempo Mauá ter algo que há muito tempo não contava: mais de um grupo operando na cidade, o que estimularia a busca pelos passageiros resultando em melhorias na qualidade dos serviços. Outra coisa que os passageiros de Mauá até então já não tinham acesso é a uma frota quase totalmente nova. Na verdade, o que se via em Mauá, era a troca de ônibus velhos por usados um pouco mais novos e poucos ônibus zero quilômetro, para atender as leis de acessibilidade e diminuir a idade média da frota, para o máximo permitido. Toda a frota será zero quilômetro, como este Torino, da foto exclusiva. Todos os ônibus serão carroceria Marcopolo, incluindo micros, midis (micrões) e articulados Volvo, modelo Gran Viale Outra boa expectativa em relação à entrada da empresa Leblon é a tradição e o

retrospecto do Grupo empresarial de Curitiba. A capital paranaense que é referência mundial em transportes públicos, principalmente a partir de 1974, com a implantação do primeiro BRT (Bus Rapid Transit) do planeta, conta com os serviços da Leblon há várias décadas. Em 1969, a empresa começou com serviços escolares e de fretamento. Em 1982 entrou para o serviço urbano no Paraná, com a linha Fazenda Rio Grande. No ano de 1989, foi a primeira empresa a integrar o sistema integrado da Região Metropolitana de Curitiba. Haroldo Isaak, proprietário do Grupo Leblon, falou com este repórter, com exclusividade, sobre os diferenciais que a empresa oferecerá em Mauá. “Além de seguir todas as normas de segurança, conforto e acessibilidade vamos oferecer mais ainda para os passageiros e nossos funcionários em Mauá. Os ônibus serão dotados de câmeras internas e externas para inibir a violência, a evasão de receitas, o vandalismo e até mesmo elucidar acidentes de trânsito. Todos terão cofres temporizados, o que também inibe a ação de criminosos, proporcionando mais segurança a quem trabalha e viaja no ônibus” – contou Haroldo. Serão 75 ônibus em operação mais uma frota de carros reservas, totalizando 86 ônibus. Haroldo se recorda das conquistas obtidas pelo Grupo Leblon Transporte no setor. “Somos a empresa de ônibus urbanos mais antiga em operação a ter o ISO 9000, certificado de qualidade obtido em 1997, com o processo para a certificação iniciado em 1995. Fomos finalistas do Prêmio da ANTP – Associação Nacional dos Transportes Públicos, o que nos orgulha muito, mostra que nosso trabalho está no caminho certo. Mas sempre vamos partir para uma melhora constante.” No ano passado, Haroldo recebeu prêmio como melhor empresário do setor. A águia, pintada na lataria do ônibus, com efeito formado por 4 rostos, é símbolo da empresa e tem o intuito de evidenciar as principais características do animal, como visão, força e agilidade. “Esperamos trazer o melhor para Mauá e, logo de início, instruir nossos funcionários a valorizar quem usa ônibus, que não é apenas um usuário, mas um cliente” – finaliza Haroldo. A estimativa é de a empresa Leblon começar a prestar serviços já neste mês de agosto.

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Marisa Vanessa N. Cruz Novo corredor EMTU DiademaSão Paulo: Agora sim!!

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o pedestre atravessar. Na minha opinião, a travessia deve ser livre para o pedestre, principalmente para não prejudicar o comércio. No mesmo local, há um supermercado, e não vi nenhuma faixa para pedestres neste lugar. Tudo bem que as grades servem para proteger vidas, mas desde os anos 70 a população da Av. Cupecê sabe muito bem como atravessar a avenida e, para mim, não será tão necessária. As grades existem somente na Av. Cupecê, e as demais avenidas, não.

Foto: Marisa Vanessa N. Cruz

Mudanças nas linhas

O novo corredor, já em operação

Finalmente o novo corredor EMTU Diadema-São Paulo foi inaugurado!! Ligando a cidade de Diadema à estação Morumbi que fica no bairro do Brooklin, zona sul de São Paulo, o nome da parada não será mais Brooklin, pois futuramente haverá uma estação Brooklin-Campo Belo no trecho da linha 5 do metrô que fará integração a este corredor no cruzamento com a Av. Vereador José Diniz. É também para não confundir o bairro Brooklin como se fizesse parte do bairro Morumbi. O objetivo maior foi alcançado: Ir para São Bernardo do Campo, Santo André e outros destinos do corredor ABD pagando apenas uma só passagem. E além, o bilhete de integração EMTU-CPTM, criado em 2007 para ser utilizado entre o Terminal Santo André e a linha 10-Turquesa da CPTM, também

passa a ser utilizado na linha 9-Esmeralda, desembarcando nas estações de transferência Morumbi ou Berrini. Nesta primeira semana de operação da nova faixa exclusiva para ônibus, os usuários do corredor ganharam tempo e os ônibus trafegavam com mais agilidade e rapidez, li vrando dos congestionamentos de veículos nas avenidas. Mas dias antes da inauguração deste corredor, surgiu uma polêmica: Serão mesmo necessárias às telas (alambrados) de proteção como grades na ilha central da avenida Cupecê? A desvantagem é que os pedestres que querem atravessar a avenida Cupecê irão andar até 500 metros a pé. Por exemplo: Entre as ruas Públio Pimentel (nº 3850 da Cupecê) e Dervile Allegretti (nº 4280) não há mais como

Desde segunda-feira passada, já constam no site da SPTrans as novas altera ções das linhas de ônibus para atender o corredor ABD. Estão no link http://www.sptrans. com.br/noticias/noticia.aspx?1726. Dentre as melhorias, destacamos três: - O prolongamento da linha 5129/10 Jardim Miriam – Socorro até o Terminal Guarapiranga: resultado de vários abaixo-assinados entre a população e a prefeitura. Facilita ainda mais para quem tem como destino bairros próximos à Av. M´Boi Mirim. - Facilitação ao transporte no bairro do Jardim Lourdes: bairro próximo ao Parque do Estado e ao início da Rodovia dos Imigrantes (e longe do novo corredor), a população contava desde 1992 com dois ônibus ao Metrô Jabaquara. Como era insuficiente com intervalos de até uma hora nos finais de semana, uma linha de micro-ônibus que terminava próximo ao bairro passou a atender também toda a extensão da antiga linha, garantindo aos moradores maior facilidade para deslocar ao bairro do Jabaquara, com intervalos de 15 minutos aos domingos. É a linha 5010/10 Jabaquara (até Jd. Lourdes) – Santo Amaro. - Os ônibus na Av. Cupecê que tinham intervalos maiores passaram para os micro-ônibus de cooperativa, cuja função é aumentar a frota de micros e diminuir o intervalo. Já a superlotação das linhas de microônibus passaram a ser atendidas por ônibus, evitando o empurra-empurra entre passageiros no interior do veículo.

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DIÁRIO DE BORDO

A ROTA DO

Relato por Tiago de Grande

Foto: Tiago de Grande

SOSSEGO

Linha: 351TRO – Cotia (Terminal Metropolitano) x Cotia (Caucaia do Alto) – Via Tijuco Preto Empresa: Auto Viação Bragança (Consórcio Intervias) Carro: 12.417 (Marcopolo Viale – Volksbus 17-230) A ligação entre o centro do município de Cotia, e distrito de Caucaia do Alto, é feito por 2 linhas que mesmo tendo pontos iniciais e finais dentro do mesmo município, são linhas metropolitanas, pois adentram ao município vizinho (Vargem Grande Paulista). A linha 256TRO, faz o trajeto pelo centro de Vargem Grande, Rodovia Bunjiro Nakao e Estrada da Água Espraiada, sendo o trajeto mais longo, e a linha 351TRO faz o trajeto direto pela Estrada de Caucaia do Alto, o que faz dela a linha com maior demanda, e intervalos mais curtos.

minal Metropolitano. O Terminal de Cotia permite integração das linhas municipais de Cotia, com a linha metropolitana que segue até o bairro de Pinheiros em São Paulo, alem de ser ponto inicial de linhas com destino a região de Osasco, Itapevi, Barueri, Alphaville e Aldeia da Serra, além da linha suburbana com destino as cidades de Ibiúna e Piedade. O Terminal possui um bom movimento, principalmente em dias de semana, e ainda conta com quiosques de alimentação, caixas eletrônicos e um estacionamento.

Ponto de Partida: Terminal Metropolitano de Cotia

A viagem:

A Rodovia Raposo Tavares, importante ligação da capital paulista com o interior, corta o município de Cotia de ponta a ponta, e ao longo dela estão muitos comércios, grandes redes de supermercados, lojas, bares, fazendo da rodovia nesse trecho uma importante avenida, e no km. 34 está o viaduto que dá acesso ao centro de Cotia, e o Ter-

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As linhas com destino ao Distrito de Caucaia do Alto, são curtas porém com intervalos baixos e uma boa demanda, por ser um bairro afastado, possui poucas ligações, sendo essas duas linhas as mais vitais. O carro deixa o terminal com meia lotação, e a primeira parada fica a uns metros a frente, na Praça Joaquim Nunes, entrada do centro de Cotia, ali há muitos embarques,

e nos próximos pontos nas ruas estreitas do centro de Cotia, tais como: Lopes de Camargo, 10 de Janeiro e Ladislau Nunes dos Santos. O Centro de Cotia é pequeno, mais possui uma grande rede de serviços, principalmente comércio, além de praças típicas de cidades interioranas e um transito um tanto confuso. Após passarmos pelo centro, chegamos a Av. Professor Joaquim Barreto, que nos leva ao Bairro Atalaia, um dos maiores da cidade, ponto inicial de várias linhas de ônibus, e o bairro Mirante da Mata, no entroncamento com o km.36 da Raposo Tavares. Entramos na Raposo sentido interior, rodovia duplicada, com asfalto bom e pouco movimento, um trecho de apenas 3kms, mais onde o carro desenvolveu uma boa velocidade, mesmo sendo em subida, no km.39 uma placa nos indica: Estrada de Caucaia do Alto, retorno a esquerda, e do outro lado, na pista sentido capital, há a entrada da pista, porém a visão é curiosa, é uma estrada que parece se perder no meio da mata. Fizemos o retorno, entrando na pista sentido capital,

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e pegamos a Estrada de Caucaia, pista simples, sem acostamento e já nos primeiros metros uma descida bem forte, seguida de uma freada forte. A estrada não tem muito movimento, a visão é no mínimo impressionante, uma mata fechada nos cerca dos dois lados, e o cheiro de mato é sentido em praticamente todo esse trecho. Saímos do município de Cotia e entramos no municipio de Vargem Grande Paulista, no bairro do Tijuco Preto, é um bairro com residências e comércio na beira da estrada, com ar de bairro de interior, lá há muitos desembarques, talvez por essa linha ser a única que serve o bairro, e alguns embarques também, saindo do Tijuco Preto, continuamos pela Estrada de Caucaia, e em trecho de descida, com muita mata fechada e com alguns descampados, mais uns 20 minutos de viagem, já dentro do município de Cotia novamente, avistamos um reservatório da Sabesp, e um bairro chamado Jardim Oliveiras, onde o nosso ônibus entra em ruas estreitas, algumas de paralelepípedo. Percebe-se que é um bairro relativamente novo, devido ao grande numero de casas ainda em construção, é um bairro alto, de onde temos uma visão da mata e bem ao fundo o distrito de Caucaia do Alto. E também passa pelo bairro, a linha férrea pertencente hoje a iniciativa privada, e com grande tráfego de trens de carga. A volta no bairro é pequena e os embarques e desembarques também são rápidos, e já voltamos a Estrada de Caucaia, agora para o trecho final da descida, com mais 10 minutos de pista simples e com curvas, começamos a passar pelas primeiras residências e comércios de Caucaia, ainda na beira da estrada, no final da Estrada de Caucaia, há um trevo que junta a Estrada de Caucaia do Alto, Estrada da Água Espraiada e Avenida Roque Celestino Pires, a principal do bairro, onde se localizam os comércios e serviços do bairro, mais a frente está o Terminal Vereador Benedito Lopes, mais conhecido como Terminal de Caucaia, onde as linhas com destino ao bairro fazem ponto final, ao lado há uma praça com uma igreja, alguns comércios, agencia dos correios e um supermercado. Com 47 minutos de viagem, desembarcamos no Terminal de Caucaia.

Separado do centro de Cotia, o distrito de Caucaia, tem ar de município a parte, possui a sua própria infra-estrutura, e um jeito típico de cidadezinha do interior, cercado por muito verde, o distrito possui muitas chácaras, sítios e casas de veraneio em alto padrão, além de ser cortado pela linha férrea e possuir uma estação, que hoje serve de escritório da administradora da ferrovia, o tráfego de trens de carga é intenso, e o barulho de seus apitos pode ser ouvido em todo bairro. Cercado de natureza, estradas de terra e muita calmaria, é um lugar que vale a pena uma visita, principalmente para quem é amante de paz e sossego.

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Fotos: Tiago de Grande

Destino final: Distrito de Caucaia do Alto (Cotia)

Trechos da rota, e o carro da viagem

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V Á, M A S V I S I T E

PONTOS DE PARADA

Fotos: Luciano Roncolato

Acima: parada da Motta em Casa Verde/MS. Abaixo, Graal em Itatiaia/RJ Quando for viajar de ônibus, nunca deixe de descer nos pontos de parada, sejam eles quais forem. Cada um conta um pouco da história da região pela qual você está no momento. Apesar dos preços dos produtos geralmente serem muito acima do que costumeiramente paga-se em mercados perto de casa, vale a pena dar uma volta por essas paradas e ver os quadros, produtos vendidos e alguns outros aspectos que fazem valer a pena a descida do ônibus. É comum ver em algumas paradas mais tradicionalistas quadros de diversas empresas de ônibus que param ou paravam ali.

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Em alguns casos, algumas empresas já nem existem mais, como no caso do restaurante Nova Brescia, em Garuva/SC, que ostenta, entre vários quadros, um da La Paraguaya, empresa internacional do grupo Eucatur. No Graal Shopping de Perdões/MG há uma pequena loja de produtos típicos mineiros, muito interessante. Vale a pena também degustar algumas iguarias clássicas de alguns lugares, como por exemplo as bananas chips (doce ou salgada) do Graal Petropen, em PariqueraAçu/SP, ou o excelente almoço do Restaurante do Japonês, em Sombrio/SC.

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