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Tra n s p o r t e s & P n e u s Ano 1 - Edição 6

Tipler DNA Sustentável

Pneus

Perfil com Creso de Franco Peixoto Iveco e MAN Segundo semestre é a grande aposta das montadoras Operação Inverno Combate a Fumaça Preta 1


prodv

O TRANSPORTE É NOSSO. O LUCRO É SEU.

CANOAS-RS

OPERAÇÕES DIÁRIAS: RS • SC • PR • SP • RJ • BA • MG • ES

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www.modular.com.br


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Sumário 13

NEGÓCIOS

Filial São Paulo, da Coopercarga, está de endereço novo

SEGURANÇA

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Técnicos alertam sobre a importância da manutenção preventiva nos veículos

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TRANSPORTE

Companhia aérea investe em novas contratações

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RECAPAGEM

Empresas investem em treinamento de mulheres

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MEIO AMBIENTE

Operação Inverno 2012 no combate à fumaça preta

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PNEUS

Tipler comemora 37 anos de história

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TRABALHO

Mulheres estão cada vez mais presentes nos cargos das empresas

INVESTIMENTO

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Continental anuncia nova fábrica em Sumter, nos Estados Unidos

LOGÍSTICA

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Fretes aéreos têm sido a saída de empresas que buscam agilidade na entrega da carga

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PROFISSÃO Cresce o número de roubos de cargas em São Paulo

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s e õ ç e S IAS 05 ÍC NOT

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MERCADO

Montadoras apostam em recuperação no segundo semestre

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IG ART

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Notícias

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mecânico MAN TGX 29.440 “Made in Brazil”. Além dele, o VW Constellation 24.280 ADVANTECH, sucessor do caminhão VW Constellation 24.250, que também esteve exposto no estande da montadora. No evento, a montadora ofereceu condições especiais para aquisição de veículos para associados do SETCERGS Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do

Rio Grande do Sul. “O Sul do Brasil é um mercado de grande importância para nós, principalmente agora que passamos a oferecer os caminhões extrapesados MAN, nicho em que não atuávamos antes. Com os novos veículos, nosso objetivo é aumentar ainda mais nossa participação nas vendas da região”, diz Ricardo Alouche, diretor de Vendas, Marketing e PósVendas da MAN Latin America.

Foto: Divulgação MAN

MAN Latin America, fabricante dos veículos comerciais das marcas Volkswagen e MAN, participou da 14ª TranspoSul - Feira e Congresso de Transporte e Logística -, realizada no início de julho, no Centro de Eventos da FIERGS, Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre/RS. A empresa apresentou a grande novidade do mercado de extrapesados: o cavalo

MAN TGX 29.440

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49 Anos de Atividades

A

Jamef Encomendas Urgentes, empresa criada em Divinópolis/ MG, com frota de mais de 800 veículos e atuação nacional, completa 49 anos de atividades. Recentemente, ela ganhou duas novas unidades: em

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Caxias do Sul/RS e Manaus/AM, totalizando 20 filiais. De acordo com a Jamef, os planos de expansão irão continuar. “Será um período de investimentos em frota, novas tecnologias e expansão. Isso, certamente, nos trará

mais um resultado positivo no final do ano”, afirma Adriano Depentor, diretorpresidente da Jamef. A empresa encerrou o ano de 2011 com crescimento de 15% e a expectativa é que esse número se mantenha em 2012.

Transporte Rodoviário de Cargas

Fundação Getulio Vargas (FGV) criou o curso Transporte Rodoviário de Cargas: meios de pagamento e conta frete. O curso tem a finalidade de esclarecer e mostrar os desafios, oportunidades e melhorias na gestão de negócios, mudanças regulatórias, como a resolução nº 3.658/2011 da Agência Nacional

de Transportes Terrestres (ANTT), que regulamenta o pagamento dos caminhoneiros autônomos. Revolucionou o mercado, que até então utilizava a carta-frete como principal forma de pagamento. Além disso, o curso analisa e discute temas diretamente relacionados, como vale pedágio, RNTRC (Registro

Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga), ferramentas existentes de pagamento eletrônico de frete, regulamentação da jornada de trabalho e tempo de direção dos motoristas e implantação do conhecimento eletrônico de frete (CTe). As inscrições estão abertas até 22 de agosto ou até o término das vagas.

Serviço: Curso: Transporte Rodoviário de Cargas - meios de pagamentos e conta frete Prazo para inscrição: 22.08 Prazo para matrícula: 29.08 Início das aulas: 05.09 Término das aulas: 07.11 Carga Horária: 40 horas-aula Local: Rua Itapeva Mais informações: http://gvpec.fgv.br/cursos/transporte-rodoviario-de-cargas-meios-de-pagamentos-e-conta-frete

A

Conexão Entre Itajaí, São Paulo e Santos

Estrada Transportes, especializada no transporte de cargas de comércio exterior, está estabelecendo uma nova conexão ligando o Sul ao Sudeste do País. A frota da empresa em Itajaí/SC realiza, todos

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Grupo Rodonaves anunciou, recentemente, inauguração de sua quarta concessionária Iveco em São Paulo. A unidade de Araraquara irá oferecer serviços

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os dias, o trajeto ligando a cidade à Grande São Paulo e a Baixada Santista. “O Brasil está cada vez mais interligado, e um transporte de cargas eficiente, principalmente aquelas envolvidas nas operações de exportação e

importação, é fundamental para a competitividade das empresas. A logística de qualidade é hoje o fator diferencial no mercado internacional”, destacou Sérgio Ricardo, gerente de negócios ltl & Comex.

Nova Concessionária de pós-venda, atendimento de emergência 24 horas e a venda da nova linha Ecoline da Iveco. Estiveram presentes na ocasião mais de 400 empresários do setor de

transportes, além do presidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu; diretor comercial da Iveco, Alcides Cavalcanti; e diretor de pós-venda, Maurício Gouveia.


Notícias

8ª Maratona de Supply Chain

C

onsiderado um dos maiores eventos do segmento na América Latina, a 8ª Maratona de Supply Chain, realizada em maio deste ano e organizada pelo Inbrasc - Instituto Brasileiro de Supply Chain -, apresentou atrações ligadas à área de logística, compras e cadeia de suprimentos. O

A

“No Instituto ensinamos conceitos e a Maratona ofereceu a oportunidade de ver estes conceitos traduzidos na prática”, conta. O Inbrasc tem como finalidade desempenhar o papel de valorizar e profissionalizar o colaborador da área, além de se tornar referência em educação corporativa.

Curso Criança Segura no Trânsito

ONG Criança Segura abriu inscrições para cursos gratuitos que irão abordar os acidentes de trânsito, que incluem atropelamentos e acidentes com a criança na condição de passageira de veículo e ciclista. O curso Criança Segura no Trânsito tem como objetivo formar mobilizadores da prevenção de acidentes de trânsito com crianças e adolescentes e está direcionado a profissionais do trânsito, saúde,

educação, lideranças comunitárias e outros com potencial de multiplicação em suas áreas e comunidades de atuação. A primeira turma está com inscrições abertas entre 4 de julho e 2 de agosto, com início previsto para 6 de agosto. Além do contato com estatísticas sobre os acidentes de trânsito, artigos de especialistas e vídeos, o participante elabora um plano de ação com atividades a serem aplicadas na comunidade

que serão relatadas na conclusão do curso. O relato da experiência desenvolvida como resultado do curso é uma atividade obrigatória. Serão disponibilizadas 400 vagas e a carga horária é de 24 horas. Os interessados devem acessar o link http://ead.criancasegura.org.br/inscricao/, preencher seus dados, selecionar o curso e aguardar e-mail de confirmação de inscrição. Mais informações no email eadtransito@criancasegura.org.br.

Transporte Sustentável

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o mês de junho, a Metra empresa que opera o Corredor Metropolitano de Ônibus ABD - e a Eletra - empresa brasileira que desenvolve tecnologia de tração elétrica para ônibus urbano organizaram o seminário “Transporte

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evento reuniu mais de 400 profissionais e, de acordo com o diretor de Marketing do Inbrasc, Henrique Gasperoni, a 8ª edição da Maratona de Supply Chain excedeu as expectativas. O presidente do Inbrasc, João Fábio, explicou que a Maratona tem o objetivo de mostrar as melhores práticas baseadas em cases.

Coletivo: Sustentabilidade, Mobilidade e Saúde”, na sede da ACISBEC (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo do Campo). O evento teve como finalidade reunir especialistas para discutir propostas e tendências para o transporte

coletivo em grandes cidades e regiões metropolitanas. Sustentabilidade e saúde, mobilidade urbana e as contribuições que o transporte coletivo com baixo impacto ambiental estiveram entre os temas debatidos.

Rede Fácil de Atendimento ao Cidadão

Truckvan, uma das maiores empresas de baús e carretas customizadas do Brasil, forneceu a primeira unidade móvel da Rede Fácil de Atendimento ao Cidadão, programada para ficar disponível em vários bairros, a cada semana. A unidade tem como objetivo garantir comodidade e facilidade para os que vivem em localidades mais

distantes, principalmente onde não existe unidade fixa, o que representa 60% das pessoas. O Fácil Móvel tem capacidade de atendimento diário de 150 pessoas e está instalado em uma carreta de 15 metros de comprimento. Oferece acessibilidade para pessoas com deficiência e sala de espera com 15 lugares. Além disso, dispõe de sala de reunião e copa. São cerca de 700

serviços oferecidos pela Prefeitura e pelo Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto). “As nossas carretas, que já levam a quem precisa comodidade em atendimento de saúde e treinamento, agora também chegam para oferecer serviços públicos e informações de diversas secretarias municipais”, explica Alcides Braga, diretor da Truckvan. 7


Notícias

A

Elog, empresa de logística do Grupo EcoRodovias, passa a contar com a solução de Customer Relationship Management (CRM) da Salesforce. A agência, que disponibiliza pacote de serviços para atendimento de toda a cadeia logística (gestão de logística integrada, armazenamento, comércio exterior, transportes e informação), está na fase final de implantação

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urante Pit Stop, organizado pelo GAPE - Grupo de Mecânicos de Guarulhos -, no início de julho, em Guarulhos/ SP, a NGK avaliou velas e cabos de ignição dos veículos. O evento teve como finalidade realizar checkup gratuito de diversos itens de segurança dos veículos. De acordo com a empresa, os check-ups periódicos contribuem, inclusive,

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o mês de maio, o Banco Volkswagen registrou 26.312 operações de financiamento, volume 21% superior aos 21.713 contratos do mês anterior. Foram 18.686 contratos de automóveis e 1.937 de caminhões, índices 24% e 58% superiores a abril, respectivamente. No mês, a carteira de crédito da instituição acumulou R$ 21 bilhões. De acordo com a instituição, os novos negócios movimentaram R$ 849 milhões, aumento de 24% em relação aos R$ 685 milhões registrados no mês de abril. “Desde o início do ano, o Banco Volkswagen está trabalhando em soluções para aumentar o volume de crédito, essencial para aquecer o setor automotivo e a economia em geral. As medidas de estímulo do governo,

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Solução Logística do CRM Salesforce.com Enterprise Edition, com os módulos Sales Cloud e Service Cloud. O projeto está sendo implantado pela Valuenet – consultoria especializada em desenvolvimento e integração de soluções em cloud computing e SaaS (Software as a Service) – e visa atender as áreas de Gestão de Campanhas de Marketing, Gestão de

Operações de Vendas e Atendimento ao Cliente. A empresa espera obter mais agilidade com o CRM utilizando a tecnologia de computação em nuvem, proporcionando visão integrada e completa dos dados dos clientes, além de possibilitar a tomada rápida de decisões pela direção, com a visualização dos resultados em forma de gráficos e relatórios (dashboards) oferecidos pelo programa.

Pit Stop NGK para a segurança de motoristas e ocupantes do automóvel. A iniciativa visa, ainda, conscientizar motoristas sobre a importância da manutenção preventiva em seus veículos, além de alertar sobre os riscos de circular com peças em condições precárias de conservação. No Pit Stop também foi realizada campanha de arrecadação de alimentos, que foram doados para o Asilo Lar Portal da Esperança.

Foto: Divulgação NGK

Banco Volkswagen

como as reduções no IPI e no IOF, foram positivas, sobretudo, por atrair os consumidores às concessionárias. Neste sentido, nos concentramos em desenvolver planos com condições e taxas atrativas, forma pela qual fizemos crescer as operações de financiamento”, explica Décio C. de Almeida, diretorpresidente da instituição. O Consórcio Nacional Volkswagen ultrapassou a marca de 10 mil cotas em um único mês. O resultado consolidado em maio apontou 10.014 cotas prospectadas, número 25% acima da meta estabelecida para o período. Em comparação com abril, que fechou 8.930 contratos, o avanço foi de 12%. Já a Volkswagen Corretora de Seguros gerou 9.271 apólices, entre novos

contratos e renovações, número 19% maior do que as 7.789 do mês anterior. Do total, 5.388 são referentes a casco e 3.883 a proteção financeira. A Volkswagen Serviços Financeiros - formada pelo Banco Volkswagen, Consórcio Nacional Volkswagen e Volkswagen Corretora de Seguros – totalizou 45.978 negócios, volume 18% acima do obtido no mês anterior. Em maio, o Banco Volkswagen foi responsável por 49% dos financiamentos de veículos novos da marca. A participação no segmento de automóveis alcançou 48% do comercializado no período. O setor de varejo de automóveis foi responsável por financiar 50,9% dos veículos novos da marca. Caminhões e ônibus também tiveram boa participação no total de vendas.


Entrevista

Eleito presidente da Anfir - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários -, Alcides Braga fala de seus planos na entidade e sobre o atual cenário do setor

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É necessário mostrar à sociedade a importância do implemento rodoviário que, atualmente, é responsável pelo transporte de 60% de todos os produtos fabricados no Brasil. Trata-se de um setor presente na vida de todos nós, direta ou indiretamente, que, como produtor de bens de capital, reage aos primeiros sinais de atividade econômica e sofre rapidamente quando há retração na economia Revista INDK: Qual era a sua relação com o setor de implementos rodoviários antes de ser nomeado presidente da Anfir? Alcides Braga: Sou sócio/diretor da Truckvan, empresa que atua no mercado há 20 anos, e participei das últimas três diretorias da Anfir. Comecei minha vida profissional na fábrica da Randon, em Guarulhos/SP, no ano de 1980. Toda a minha carreira está ligada ao setor de implementos rodoviários. Revista INDK: Quais são os planos da associação entre 2012 e 2015? Alcides Braga: Seguir no desenvolvimento constante de soluções para tornar o transporte rodoviário de cargas do Brasil, cada vez mais, eficiente e seguro. É necessário mostrar à sociedade a importância do implemento rodoviário que, atualmente, é responsável pelo transporte de 60% de todos os produtos fabricados no Brasil. Tratase de um setor presente na vida de todos nós, direta ou indiretamente, que, como produtor de bens de capital, reage aos primeiros sinais de atividade econômica e sofre rapidamente quando há retração na economia. Assim, é importante que a sociedade conheça melhor a indústria de implementos rodoviários e sua importância para o desenvolvimento do Brasil. Revista INDK: O que pode explicar a queda de 3,71% nas vendas de implementos rodoviários no primeiro quadrimestre deste ano? Alcides Braga: No ano passado, o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - baixou a parte financiável de 100% para 70% e aumentou os juros anuais de 5,5% para 8,7%. Essas alterações atingiram em cheio a indústria de implementos rodoviários por ser um setor que depende de financiamento oficial para girar seus negócios. Além disso, tivemos o recrudescimento da situação econômica europeia, com diversos países desenvolvidos contaminando o bloco, atuando nas estratégias de suas subsidiárias brasileiras, que passaram a reter investimentos. Por fim, tivemos ainda o problema da tecnologia dos motores, com a entrada do Euro 5, que tumultuou o mercado com variações de preços nos veículos e no combustível S-50. Neste caso, tanto em relação ao valor do combustível quanto à sua disponibilidade nos postos de abastecimento. 10

Revista INDK: Diante desta retração no setor, qual foi o segmento mais prejudicado? Alcides Braga: Os dois segmentos, pesado e leve, estão enfrentando queda em suas vendas, como mostram os números de emplacamento. O segmento pesado tem apresentado índices mais elevados de retração. O impacto disso no faturamento do setor é maior, porque os produtos desse segmento têm maior valor agregado que os do segmento leve. Revista INDK: Há previsão de recuperação no setor para os próximos meses? Alcides Braga: Vai depender de como a indústria reagirá aos dois pacotes de incentivos baixados pelo governo federal (abril e maio), o PSI 4. A Anfir acredita que se o desempenho desse ano igualar 2011 será um ótimo resultado, considerando que no ano passado o setor estabeleceu novo recorde de produção e vendas. Porém, somente a partir de julho poderemos vislumbrar qualquer sinal que indique que essa possibilidade poderá de fato se materializar. Produtos que são bens de capital não são comercializados com tanta agilidade como os bens de consumo. Por isso, há uma demora natural em se verificar os efeitos positivos que as mudanças no cenário acarretarão na realidade de mercado. Revista INDK: Como as empresas ligadas ao setor reagiram a essa retração? Alcides Braga: As empresas procuraram se adaptar à queda, racionalizando custos e focando suas ações em estratégias mais agressivas de conquista da preferência do cliente. Os efeitos dessa estratégia demoram a aparecer, porque estamos falando de um mercado de bens de capital, onde as compras são totalmente racionais e direcionadas à estratégia e necessidade de cada empresa. Revista INDK: É prematuro afirmar que este mercado vive uma crise? Alcides Braga: Estamos em uma situação que se continuar no rumo em que está poderá ser chamada de crise sim. Todavia, como as medidas de incentivo à indústria, que contemplaram o setor produtor de implementos rodoviários, baixadas pelo Ministério da Fazenda, em abril e maio, ainda estão sendo absorvidas, poderemos sim evitar a crise.


Entrevista Revista INDK: Há estimativa de crescimento para o segundo semestre? Alcides Braga: Ainda é prematuro fazer qualquer tipo de previsão sobre como será o desempenho da indústria de implementos rodoviários em 2012. Não podemos perder de vista que a situação geral tende a mudar por conta das duas medidas baixadas pelo Ministério da Fazenda, que estão sendo absorvidas pelas empresas do setor. Portanto,

a expectativa em toda a indústria é que em junho haja um equilíbrio no mercado, ou seja, a queda seja interrompida. Se isso de fato acontecer, poderemos trabalhar com a possibilidade de retomada de crescimento na atividade das empresas do setor ao longo do segundo semestre do ano, tornando possível pensar em um desempenho próximo ao de 2011, quando alcançamos nosso recorde histórico com 190.825 unidades emplacadas.

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Negócios

De

Filial São Paulo pretende obter mais oportunidades em logística, já que a unidade atual é maior em relação ao espaço anterior Viviane Oliveira

D

da filial São Paulo, localizada em Itupeva/ SP. O novo complexo logístico conta com dois armazéns cobertos, com mais de 11 mil m² de área, capacidade estática para

20 mil toneladas e um total de 13.500 posições paletes - com previsão de incremento para 24.500 posições paletes ainda este ano.

Fotos: Divulgação

ispondo de nova estrutura, a Coopercarga - uma das melhores empresas de transporte do Brasil anunciou, recentemente, novo endereço

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O novo espaço proporcionará novos negócios, conforme salientou a Coopercarga, já que a região tem grandes empresas instaladas e um forte crescimento. Segundo a empresa, a mudança de localidade proporciona novas oportunidades em logística, no entanto, conta com uma área maior, com 131 mil m². A unidade passa a oferecer serviços integrados em armazenagem, distribuição, cross docking e transit point. Além disso, o local, que dispõe de posto de abastecimento em uma

área de 2,3 mil m², disponibiliza serviços como lavação, lubrificação e oficina de manutenção. A estrutura do condomínio possui área para movimentação e estacionamento com 115 mil m².

em armazenagem, que é um segmento que cresce a cada dia, a nova filial oferece melhor estrutura física para os motoristas, peças-chaves para o nosso negócio”, ressalta.

Antes da mudança de endereço, a filial São Paulo estava localizada às margens da rodovia Anhanguera (Km 18). Para o gerente da regional, Cláudio Galvan, a mudança vem somar para a Coopercarga. “Temos muitos pontos positivos. Além das novas possibilidades

Galvan explicou, ainda, que a necessidade de estar em um posicionamento geográfico próximo à Grande São Paulo e com uma estrutura maior para oferecer logística completa aos clientes também motivaram a mudança. “Devido às

elhor erece m istas f o l a li fi motor a nova para os alvan, G a a ic r ís a f P ra estrutu 14


Negócios

restrições de circulação em São Paulo e à posição geográfica da nova filial, entendemos que teremos oportunidades de atendimento aos nossos clientes estratégicos em uma área estruturada para o recebimento, armazenagem, cross docking e expedição”, explica. A empresa, que não divulgou o valor do investimento na nova filial, destacou a estrutura diferenciada para os motoristas, como amplo

estacionamento, áreas destinadas ao descanso e comodidade, posto de abastecimento, além de estrutura de manutenção, borracharia e escritórios para os associados. As novas instalações já estão em pleno funcionamento, conforme informou a empresa, embora alguns ajustes deverão ser feitos até o final deste ano. “Grande parte do complexo logístico está operando. Ainda temos alguns projetos em

implantação e, ao longo do ano, eles estarão 100% consolidados”, reforça. Por fim, a empresa acrescenta que, nos próximos anos, estará focada no incremento dos negócios. “Nosso foco está nos serviços de armazenagem e distribuição urbana, a exemplo do que têm ocorrido nos últimos anos: acréscimo significativo das unidades operando com a logística completa dos clientes, como transferência, armazenagem e distribuição urbana”, finaliza o executivo.

Ponto de Apoio em Osasco A Filial São Paulo conta com mais um Ponto de Apoio na Região Metropolitana. Trata-se do PA de Osasco, localizado na Rodovia Anhanguera, anexo ao Posto Presidente, na Rua Jair Afonso Inácio, nº525, Vila Jaraguá - São Paulo/SP.

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Segurança

Medida

Inteligente

Iniciativa visa conscientizar motoristas de caminhão e alertar sobre os riscos causados pela falta de manutenção preventiva Alessandra Sales

I

reforçar os cuidados necessários para evitar riscos de acidentes. A medida tem sido muito importante, conforme declaração da Nakata, pois é possível tirar as dúvidas dos motoristas em relação ao produto, além de contribuir com a prestação de serviço. A ação faz parte do Programa

Caminhão 100% - Projeto Estrada para a Saúde. “O objetivo é orientar os condutores sobre as condições do veículo e também disseminar a manutenção preventiva, não havendo nenhuma fiscalização, pois esta fica a cargo dos órgãos públicos competentes”, explica Edson Vieira, técnico da Nakata.

Fotos: Divulgação

ncentivar a manutenção preventiva tem sido o objetivo da Nakata, referência em sistemas de direção e suspensão, que, mensalmente, realiza avaliação gratuita nos caminhões para verificar a funcionalidade da barra de direção, considerada componente de segurança. A iniciativa permite, ainda, identificar os principais problemas e

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De acordo com Vieira, quando o motorista é parado para avaliar as condições de seu caminhão, os técnicos da empresa fornecem instruções sobre as condições de uso da barra de direção e identificam possíveis desgastes. E, novamente, eles são motivados para realizar a manutenção preventiva. Entre os problemas mais recorrentes, segundo os técnicos, estão folga na barra de direção e desgaste das peças. A Nakata reforçou a finalidade da ação, que é meramente para orientar e citou alguns lugares que já ocorreram a iniciativa, como os postos da Rodovia Presidente Dutra 18

nos trechos de Guaratinguetá/SP e Roseira/SP. Para Vieira, a falta de manutenção nos itens de segurança e de mecânica dos caminhões pode ser um dos fatores de acidentes graves. A saída de pista, por exemplo, pode ser ocasionada por problema no sistema de direção, que está entre os problemas mais comuns verificados no Programa Caminhão 100%. Para tanto, é importante verificar se a barra de direção está empenada, assim como se existe algum tipo de desgaste ou folga. “As coifas protetoras também devem estar em ordem. Peças soldadas ou recondicionadas podem representar

trágicos acidentes. Qualquer movimento brusco e/ou estradas esburacadas podem romper a peça quando soldada, ocasionando perda da direção. É preciso ficar atento para o principal sinal de desgaste na peça: a folga na direção. Recomendamos que o motorista faça manutenção do veículo em uma oficina de confiança para realizar o exame adequado no conjunto de direção e suspensão”, recomenda. Segundo dados da Nakata, mais de 60% dos 576 caminhões que passaram pela inspeção da barra de direção até 2010 apresentaram algum defeito no sistema de barra de direção.


Segurança

Iniciativa Social O Programa Caminhão 100% foi criado, em 2008, pelo GMA - Grupo de Manutenção Automotiva -, que reúne as entidades que representam o setor da reposição automotiva, como Sindipeças, Andap/Sicap, Sincopeças e Sindirepa. É uma iniciativa que visa conscientizar

motoristas sobre a importância da manutenção preventiva. Desde 2009, o Programa Caminhão 100% realiza avaliações gratuitas na Rodovia Presidente Dutra em parceria com o Projeto Estrada para Saúde, do Grupo CCR, prestando serviço e orientação ao motorista sobre as condições

de uso do veículo - uma forma de contribuir para a segurança no trânsito. Já foram realizadas mais de 750 avaliações gratuitas de caminhões na Rodovia Presidente Dutra. Em 2011, foram realizadas 400 inspeções gratuitas (média de 34 por mês) em diversos pontos da Rodovia Presidente Dutra.

CAMINHÃO 100% MANUTENÇÃO PREVENTIVA QUEM TEM CHEGA BEM

Calendário Das Avaliações Gratuitas Mensais Data 27 e 28 junho 11 a 14 de julho 23 a 25 julho 29 a 30 agosto 26 e 27 de setembro 24 e 25 de outubro 28 e 29 de novembro

Local Posto Graal Três Garças Rodovia Presidente Dutra, km 58,6 – pista sul– Guaratinguetá – SP FEIRA DO CARRETEIRO (BASÍLICA DE APARECIDA) Av. Dr. Júlio Prestes s/nº Ponte Alta - Aparecida – SP FESTA DO CAMINHONEIRO (POSTO SAKAMOTO II) Rodovia Presidente. Dutra, km 210,5 – pista sul - Guarulhos – SP Posto Graal Embaixador Rodovia Presidente Dutra km, 299 – pista sul – Resende – RJ Posto Arco-Íris Rodovia Presidente Dutra, km 81,9 – pista norte – Resende – RJ Posto Amigão Dutra Rodovia Presidente Dutra km 181,3 – pista sul – Nova Iguaçu – RJ Posto Sakamoto II Rodovia Presidente. Dutra, km 210,5 – pista sul – Guarulhos - SP 19


Inovadoras Companhia investe em novas contratações e pretende crescer 100% este ano Viviane Oliveira

A

área de passageiros da Avianca no Brasil, uma das mais renomadas empresas aéreas, anunciou recentemente a contratação de seu novo diretor comercial, Rodrigo Napoli, que terá como desafio for talecer e aproximar a área comercial do trade turístico, especialmente dos agentes de viagem.

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O executivo, que dispõe de experiência na área de vendas, sendo que, nos últimos dez anos, esteve à frente de projetos de expansão de redes hoteleiras no País, como Sofitel, Hyatt, Marriot e Hilton, terá ainda como parte de suas atividades na empresa conquistar e fidelizar mercados, amparar os investimentos realizados pela

companhia na ampliação e modernização de sua frota. De acordo com a Avianca, o novo diretor comercial domina as mais avançadas técnicas de vendas no setor de turismo, o que irá colaborar e contribuir para seu desempenho na companhia, principalmente por absorver com mais facilidade este novo produto.


Transporte Para o vice-presidente comercial e de marketing da Avianca, Tarcísio Gargioni, devido ao respaldo do histórico profissional de Napoli, a empresa confia em sua capacidade de se relacionar com o mercado. “Assim, aprimora o relacionamento e desenvolve novos negócios”, explica. A área comercial não foi a única a receber um novo reforço no time da companhia. Desta vez, foi a vez da Avianca Cargo que anunciou a chegada de seu novo gerente geral, Anselmo Mastrandea, que auxiliará a companhia a alcançar seu objetivo até o final deste ano: crescer 100%. Com mais de 10 anos de experiência no gerenciamento da área operacional de carga aérea, Mastrandea foi o escolhido para coordenar a reestruturação de toda a área. Sua trajetória profissional foi marcada com passagens pela Varig, como gerente operacional

de cargas, e pela Varig Logística, como gestor de franquias. “Os investimentos feitos pela companhia em terminais, frotas, equipamentos e tecnologia demandam colaboradores qualificados para que a empresa suporte as transformações decorrentes de sua própria expansão”, afirma Tarcísio Gargioni.

A companhia, que desde abril de 2010 licencia a marca Avianca no Brasil, detém de uma frota atual de 26 aeronaves e opera em 24 aeroportos nacionais. No entanto, a empresa tem como expectativa e meta transportar 5,4 milhões de passageiros em 2012.

Para ele, a divisão de cargas da companhia vem crescendo continuamente acima da média do setor, favorecida pela distribuição de sua malha aérea, que propicia vantagens, como pontualidade e agilidade na entrega das encomendas. Por fim, a Avianca nomeou como novo gerente comercial Regional Oeste, Rodinei Correa, profissional renomado com mais de 20 anos de experiência nas empresas Vasp e Gol.

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COMPETÊNCIA Feminina

Empresas investem em treinamento de mulheres com a finalidade de aprimorar o conhecimento na reforma de pneus Alessandra Sales

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Fotos: Divulgação

ara incentivar o aprimoramento profissional de colaboradores, fornecedores e clientes, por meio de um processo ativo e contínuo de aprendizagem, que estimule a criação, difusão, assimilação e aplicação do conhecimento, a Norte

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Sul lançou o Centro de Treinamento Automotivo (CTA), com a proposta de reforçar a prática existente na empresa: fazer do conhecimento parte integrante do negócio. Edson Antonio Pereira, coordenador técnico da Divisão Automotiva do

CTA da Norte Sul, explicou que o centro visa estimular o aprendizado contínuo. “Uma das preocupações constantes da empresa é que nunca estamos completamente formados, pois não deixamos de aprender e nos aperfeiçoar a cada dia”, explica.


Recapagem “O treinamento foi ótimo. Todos os envolvidos dispõem de muita paciência para explicar passo a passo como funciona cada processo. A partir de agora será possível realizar um trabalho com mais agilidade e, claro, mais qualidade para nossos clientes”, comentou Luciana. Para Joseane, a resposta não foi diferente. “Neste treinamento tive a oportunidade de tirar todas as dúvidas, o que irá facilitar muito meu dia a dia na empresa. Excelente chance de aprimorar os conhecimentos e estar por dentro de novas tecnologias”, complementa a jovem.

O CTA, que dispõe de aproximadamente 400 metros quadrados, desde que entrou em operação, em 2012, dezenas de clientes já participaram dos treinamentos. Entre os assuntos abordados durante o treinamento destaque para as instruções de segurança, orientações gerais, ferramentas, composição do pneu, componentes do pneu relevantes para o reparo, áreas e definições dos limites dos danos reparáveis nos pneus, estrutura da carcaça, regras de reparo, orientação sobre a preparação do dano, formato da escariação, sistema de reparo, escolha do reparo correto, tabela de reparo e aplicação do reparo.

A Norte Sul também apoia e disponibiliza treinamentos para mulheres que atuam no processo produtivo de recapagem e, inclusive, formou no mês de julho a primeira turma do Curso de Formação de Reparos de Pneus de Carga - Rema Tip Top. As mulheres que participaram deste primeiro grupo são da Renove Pneus, empresa parceira da Norte Sul, localizada em Paulista/PE. Luciana Regina da Silva, 31, e Joseane Lúcia dos Santos, 24, ambas de Pernambuco, exercem a função de escariador de pneus e participaram do treinamento durante uma semana, em São Paulo. De acordo com elas, a experiência não poderia ter sido melhor.

Muitas empresas dispõem de mulheres nesse setor. E, infelizmente, ainda há quem pense que esta é uma atividade masculina, quando na verdade o cenário é outro. Cada vez mais, o sexo feminino tem assumido papel de destaque em vários segmentos, como já acontece na área de recapagem de pneus. Segundo o coordenador técnico, que acompanhou de perto todos os dias de curso, as mulheres acabam tendo mais destaque na atividade, em razão da atenção, tranquilidade, além de outras características. “Elas participaram do treinamento com êxito e mostraram empenho, dedicação e comprometimento tanto na teoria quanto na prática”, reforça. Para ele, as mulheres são mais detalhistas na hora de executar as tarefas, principalmente em procedimentos que necessitam de mais cuidados, exemplo do processo de escariação, pré-consertos, enchimento e aplicação do conserto. De acordo com a Norte Sul, a procura pelo treinamento tem sido expressiva pelas empresas de recapagem de pneus, que buscam formar e aperfeiçoar o conhecimento de seus funcionários. Desta forma, já está prevista para o mês de agosto a realização de novos cursos. “O CTA pode se estruturar e se organizar para avaliar, em tempo real, as necessidades de desenvolvimento e aprimoramento das diversas competências técnicas”, finaliza.

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Meio Ambiente

Saúde F c em

Iniciativa prevê a conscientização de motoristas de veículos a diesel para combater o excesso de fumaça preta Viviane Oliveira

O

peração Inverno 2012, realizada entre os meses de junho e agosto deste ano, período considerado mais frio e seco, no qual as condições meteorológicas

costumam ser desfavoráveis à dispersão dos poluentes atmosféricos, está mobilizando os motoristas de veículos a diesel, em razão da fiscalização por excesso de fumaça

preta. A ação, organizada pela CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, aconteceu nas principais rodovias do Estado.

Fotos: José Jorge

Fiscais utilizaram a Escala de Ringelmann

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De acordo com a Assessoria de Imprensa da CETESB, dos 40.121 veículos a diesel que passaram pelos 21 pontos do megacomando de fiscalização, em todo o Estado, foram constatados 1.173, aproximadamente 2,9%, que estão emitindo fumaça preta acima dos padrões legais e que deverão ser multados pela Companhia. O lançamento da operação ocorreu no Km 13,5 do Rodoanel, trecho Oeste, próximo à capital. Paralelamente ao local, aconteceram comandos em

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outros 20 pontos de fiscalização, nas principais rodovias de acesso a São Paulo. Cerca de 500 técnicos da agência ambiental paulista participaram da ação, com apoio da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Militar Rodoviária. Dados divulgados pela Companhia indicam que caminhões, ônibus, vans e picapes, que utilizam diesel, respondem por 28,51% das 63 mil toneladas de material particulado lançadas anualmente na atmosfera na Região Metropolitana de São Paulo.

O percentual de veículos a diesel emitindo fumaça preta em excesso no Estado de São Paulo caiu mais de 30% nos últimos anos, com base nas pesquisas e ações realizadas pela CETESB. Estatística foi feita pela entidade em outubro de 2011 e registrou percentual de 7,67% de veículos em desconformidade, semelhante ao verificado em 2010. A CETESB destaca que este número é em decorrência às ações de fiscalização e de atividades preventivas e educativas junto às oficinas de manutenção, montadoras


Meio Ambiente e empresas de transportes, além do desenvolvimento de programas de gestão ambiental de frotas. Nos primeiros quatro meses deste ano foram multados, em ações de fiscalização rotineiras, 4.373 veículos que estavam emitindo fumaça preta. Durante todo o ano de 2011, esse número chegou a 16.204 veículos. Como efeito de comparação, a companhia destaca que no primeiro megacomando da Operação Inverno de 2011, também em 21 pontos no Estado, foram constatados 1.458

veículos a diesel emitindo fumaça preta acima dos padrões legais. A multa ambiental básica por emissão excessiva de fumaça preta é de 60 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo – UFESPs, que correspondem a R$ 1.106,40 (a unidade da UFESP equivale, este ano, a R$ 18,44). Em casos de reincidência, os valores cobrados são dobrados, até o máximo de 480 UFESPs, que correspondem atualmente a R$ 8.851,20 e a soma até a 4ª reincidência de

multa totaliza 900 UFESPs, que pode chegar a equivalência de R$ 16.956,00 em 2012. A assesoria de imprensa da companhia destaca, ainda, que para incentivar a conscientização do dono do veículo, quando não se tratar de reincidência, o valor da multa pode ser reduzido em 70%, desde que se comprove que o veículo foi reparado em uma oficina cadastrada no Programa de Melhoria da Manutenção de Veículos a Diesel – PMMVD, o qual a CETESB desenvolve desde 1998, ou, então, comprovado com laudo emitido por organismos de inspeção veicular autorizados pelo INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

Conscientização em Foco A CETESB também organizou, no mês de junho, campanha de conscientização dos motoristas de veículos diesel, no pátio do CEAGESP - Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo -, que recebe em média três mil caminhões por dia. Durante a ação, realizada em parceria com o SINDIREPA - Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo-, foram utilizados opacímetros (instrumento portátil utilizado para medição da quantidade de material particulado (fumaça preta) emitido por veículos a diesel), sem a aplicação de multas, além da distribuição de panfletos aos motoristas, com informações e orientações sobre o assunto.

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DNA

Sustentável

Com mais de 30 anos atuando na reforma de pneus, a Tipler é hoje uma das empresas mais preocupadas e ligadas às questões do meio ambiente Alessandra Sales

Recapadora

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Pneus

I

novação e rentabilidade. São esses os conceitos que fizeram parte da história da Tipler, uma das mais representativas empresas na indústria de borracha, focada no setor de recapagem. Este ano é comemorado seus 37 anos de atividades e, para relembrar cada momento de sua trajetória no setor, desde origem, histórico e produtos, vamos contar como começou esta história. A Tipler surgiu como fabricante de manchões e consertos para pneus. Já com o seu portfólio, passou a fabricar camelbacks e insumos para reforma de pneus, que na época ainda eram reformados por processo a quente. Com a chegada dos pneus radiais ao Brasil, na década de 80, a empresa lembra que isso impulsionou os negócios da marca. Desta forma, por meio da visão de mercado de seus sócios, a Tipler resolveu investir

na fabricação de bandas pré-moldadas, produto até então pouco conhecido no Brasil, mas introduzido nos mercados europeu e americano. Felipe Arnold, diretor de Marketing da Tipler, conta que a empresa se tornou pioneira na recapagem a frio no Brasil e passou a difundir o processo em todas as regiões. “A partir deste trabalho, a recapagem a frio se consolidou e com ela a marca Tipler, que continuou aprimorando tecnologias para este mercado e investindo na inovação de processos e produtos. Isso fez com que a marca se tornasse a primeira a desenvolver desenhos próprios de bandas e também bandas específicas antiarraste para carretas, onde os pneus dos primeiros e terceiros eixos sofrem com o arraste lateral durante as manobras”, explica.

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Já na década de 90, conforme informações da Assessoria de Imprensa da Tipler, a performance das bandas pré-moldadas conquistou empresas de transporte de todo o país, com soluções específicas para vários segmentos, expandindo os negócios da marca. No entanto, culminou na formação da Rede de Concessionários da Tipler, lançada em 2000, com a finalidade de garantir que os pneus reformados com bandas da empresa fossem submetidos a um processo de reforma com padrão compatível aos produtos da marca. “Hoje, a Tipler conta com uma rede composta com mais de 75 concessionários em todo o Brasil e também no Mercosul. Os concessionários operam dentro dos padrões do MTR - Manual Tipler de Reforma -, com processos e equipamentos de tecnologia de última geração, fazendo com que os pneus reformados rodem com alta performance e segurança”, afirma Arnold.

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Entre os produtos mais consagrados na opinião da empresa, o destaque ficou por conta das bandas pré-moldadas Tipler, reconhecidas pelo desempenho quilométrico. Arnold destaca as linhas Performance, formada por bandas com composto de borracha, escultura e profundidade de sulcos, otimizados para garantir o desempenho quilométrico, e a Ecomais, formada por bandas que contam com o mesmo desempenho quilométrico da linha Performance aliado a menor resistência ao rolamento, o que gera economia de combustível podendo chegar a 12%. A linha Ecomais está disponível nos modelos RT35 Ecomais Eixo Livre, RT74 Ecomais Tração, RT51 Ecomais Antiarraste e RT61 Ecomais Ultra. Na opinião de Felipe Arnold, o atual cenário do setor é desafiador, mas traz oportunidades para a marca, porque apesar do mercado de veículos e implementos rodoviários estar

desacelerado, o segundo semestre de 2012 tende a ser muito bom para o setor de reforma de pneus. “Isso, porque as vendas de veículos pesados, registradas em 2010 e 2011, terão reflexo agora em nosso mercado. Os veículos comercializados são equipados com pneus novos, uma vez que os pneus, após período de dois anos, estão na época de processo de reformas”, salienta. O diretor complementa dizendo que a regulamentação da atividade de reforma de pneus, por meio do registro junto ao INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - trará benefícios ao setor, fazendo com que apenas os reformadores comprometidos com a segurança e qualidade dos pneus reformados continuem operando nesta atividade. “E para a Tipler, que conta com uma rede que há tempos opera de acordo com estes padrões, é excelente”, destaca.


Pneus

A empresa tem investido na ampliação e renovação de seu portfólio de produtos. Até o final de 2012, mais de R$ 1,6 milhão serão investidos em matrizes para as novas bandas pré-moldadas. Além disso, a Tipler aposta na efetivação do modelo de redes para coleta de carcaças para reforma, o que irá gerar novos negócios para os concessionários, por meio do CTS - Centro Tipler de Serviços. Os CTS são pontos de serviços para veículos da linha pesada, como borracharias, truck centers, postos de combustíveis etc. “Local onde o caminhoneiro encontra os produtos e serviços da marca, podendo direcionar os pneus

do seu veículo para reforma no concessionário Tipler mais próximo. Investimos na padronização visual dos pontos e na qualificação da mão de obra. A meta é homologar 100 pontos até o final de 2012, o que demandará investimento de mais de R$ 2 milhões” , revela. A empresa destacou, também, que pretende investir mais, mas por enquanto não está autorizada a divulgar novas ações e investimentos. No entanto, o complexo industrial da Tipler está em fase final de expansão e chegará a 80 mil metros quadrados de área dedicada à produção de produtos para reforma

de pneus. Já que estamos tratando de investimentos, a Tipler lançou recentemente a linha de bandas pré-moldadas Extra, composta por bandas desenvolvidas e testadas para condições extremamente severas, como em operações de mineração, canaviais, madeireiras e canteiros de obras. As bandas da linha Extra contam com composto de borracha, profundidade e escultura de sulcos otimizadas, que garantem maior resistência à picotamentos e arrancamentos da banda, menor penetração de objetos no pneu e maior poder de tração para o veículo, conforme especificações da própria empresa.

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Ações sustentáveis Preocupada com a responsabilidade ambiental, a Tipler destaca seu compromisso com o meio ambiente. Felipe Arnold ressaltou que a reforma de pneus está diretamente associada à sustentabilidade. De acordo com ele, por meio dela se utiliza apenas um terço da matéria-prima

necessária para a produção de um pneu novo, além de evitar o descarte prematuro de carcaças. Reforçou que a fábrica da empresa segue o conceito green build, que reduz o impacto ambiental da atividade industrial. “O emprego de sistemas especiais de iluminação e ventilação natural garante a redução do consumo de energia. A Estação de Tratamento de Efluentes, que trata toda água utilizada na fábrica, e a coleta seletiva interna são práticas que ilustram a cultura de sustentabilidade incorporada à Tipler. Está no DNA da marca”, explica. O executivo destacou, ainda, os produtos “verdes”, como a linha Ecomais, que reduz o consumo de combustível e a emissão de CO2, além das bandas em tamanhos otimizados para aplicação, que eliminam o desperdício de borracha. O compromisso sustentável, segundo a empresa, também é estendido aos seus concessionários por meio do STSA - Sistema Tipler de Sustentabilidade Assegurada-, responsável pelo crescimento rentável e ambientalmente dos recapadores da marca. Por fim, a Tipler planeja para os próximos anos continuar focada no mercado de reforma de pneus, na inovação dos produtos e processos para o mercado e rentabilidade de seus parceiros de canal. “Isto significa que a Tipler consolida o seu posicionamento como marca especialista em recapagem. O plano é continuar investindo em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento para continuar entregando produtos de alta per formance, que garantem maior redução de custos e rentabilidade para empresas de transpor te e para a rede de concessionários”, conclui.

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Pneus

Centro de Treinamento Tipler Com o objetivo de capacitar os profissionais da Rede de Concessionários Tipler e de sua equipe de consultores, além dos responsáveis pela gestão e operação das frotas de clientes, o CT T - Centro de Treinamento Tipler - oferece conhecimento sobre as melhores práticas de utilização de pneus. Com isso, gera mais rentabilidade para frotas do Brasil e do

Mercosul. Recentemente, a iniciativa dispõe do CT T online, que possibilita a realização de cursos à distância, via web. Para a empresa, esta é uma forma muito mais prática de atualizar conhecimentos para a gestão e o uso consciente dos pneus e de todos os produtos, tecnologias e processos de recapagem da marca.

No mês de junho, durante três dias, a Tipler e o concessionário Cruz de Malta Pneus, de Guarulhos/SP, realizaram ação na empresa Metra - Sistema Metropolitano de Transportes -, empresa que opera no transpor te público na Grande São Paulo, com a finalidade de conscientizar os colaboradores. Na ocasião, eles foram aler tados sobre os devidos cuidados com os pneus dos veículos. Mais de 90 motoristas e cobradores da Metra foram chamados para par ticipar desta iniciativa.

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Esforço Oportunidades profissionais estão sendo, cada vez mais, disputadas e alcançadas por mulheres Alessandra Sales

A

quela velha história de que apenas os homens são bem-sucedidos na profissão deixou de existir há tempos. O mercado mudou e com ele as pessoas. Na verdade, o mercado está expandindo cada vez mais, o que tem favorecido e dado chance às centenas de mulheres, que tanto quanto os homens estão à frente de atividades desde as mais leves até as mais pesadas. E as empresas têm sentido este reflexo no mercado e dado oportunidades para o sexo feminino.

De acordo com ele, o tabu era fruto do machismo instalado de maneira inconsciente na sociedade e, por isso, deveria acabar dentro da empresa. “Como diretor de grandes organizações mundiais, especialmente na etapa do Grupo TNT, na época da administração australiana, foi possível acompanhar filmes, folhetos, catálogos e apresentações gerais, nas quais, já na metade da década dos 70, mulheres ocupavam posições como ajudantes e conferentes nos armazéns, motoristas entre outros cargos”, lembra. 34

Maria Gilserli explica que hoje seu salário como motorista corresponde a 50% da sua renda familiar

Fotos: Divulgação

É o caso da TRA - Transportes da Amazônia -, que não faz nenhuma distinção entre homens e mulheres. Para a empresa, o importante é fazer com que cada vaga existente seja ocupada por um profissional que reúna as melhores capacidades e esteja preparado para ocupá-la. “Conseguimos quebrar alguns “tabus”, fruto da simples e mera imaginação social, como exemplo, dispor de motoristas do sexo feminino dirigindo caminhões de grande capacidade e viajando quilômetros e quilômetros para concluir os processos de distribuição da empresa”, conta Gilvan H. Ramos, diretor da TRA - Transportes da Amazônia.


Trabalho Ramos explicou que a TRA procura profissionais adequados e citou que na empresa tem mulheres que ocupam posição de destaque em toda a organização. Segundo ele, para funções de maior concentração, normalmente, a mulher está mais preparada do que o homem.

com mais de 300 quilômetros. A motorista dispõe dos Cursos de Mopp - Movimentação e Operação de Produtos Perigosos -, Direção Defensiva, Primeiros Socorros, além de outros. Para Maria, hoje seu salário como motorista corresponde a 50% da sua renda familiar.

Na matriz da empresa, localizada em Manaus, toda a estrutura de funcionários é composta por mulheres, que conta com mais de 19 profissionais que se dedicam a várias áreas, como cobrança, fluxo de mercadorias, controle, vendas, distribuição, área administrativa e também na condução da frota. Além disso, a TRA destacou uma mulher, motorista de caminhão da empresa. Ela é Maria Gilserli da Silva Oliveira, que começou a dirigir caminhões menores há 08 anos. Dentre as viagens realizadas, Maria já foi de Manaus/AM a Boa Vista/RR, enfrentando um dia e meio de viagem, passando por reservas indígenas e percursos

“A TRA tem orgulho de ter a Maria Gilserli em seu quadro de funcionárias. Além do grande comprometimento, elas têm um cuidado todo especial para conduzir o veículo na hora de coletar ou entregar a mercadoria. Na Amazônia, onde a figura da mulher no trabalho está mais ligada às questões da casa e da terra, podemos afirmar que Maria Gilserli contribuiu para abrir o caminho da profissão e serve de exemplo para outras”, salienta o diretor. A empresa informou, ainda, que no momento cinco mulheres ocupam a posição de motorista de caminhão. No entanto, atualmente, o percentual do sexo feminino na TRA é de 29%. Ramos finaliza reforçando que a cada dia

aumenta mais a participação da mulher na sociedade. “Temos, por exemplo, mulheres ocupando, inclusive, a posição de presidente de determinadas repúblicas na África. O mercado, rico em oportunidades, vai acabando com esses tabus. O fato, por exemplo, de nosso País ser dirigido por uma pessoa do sexo feminino ajuda a transformar tudo isso em realidade”, finaliza.

De acordo com Gilvan H. Ramos, a empresa tem mulheres que ocupam posição de destaque em toda a organização

Quadro de Funcionárias 35


Investimento

rescimento Mundial Construção de fábrica pode gerar 1.700 novos empregos na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, nos próximos anos Alessandra Sales crescente pelas marcas de pneus de passeio e de caminhões leves da Continental e da General Tire. A construção desta nova fábrica, em Sumter, é uma parte importante da estratégia de crescimento mundial da Continental e, nesse caso em particular, para o mercado dos Estados Unidos. Temos orgulho em gerar, no total, 1.700 novos empregos na Carolina do Sul nos próximos anos. Cerca de 80 desses novos postos fazem parte da expansão da nossa sede no Condado de Lancaster”, disse Jochen Etzel, chief executive officer (CEO) da Continental Tire Américas (CTA).

C

omo estratégia de crescimento global, a Continental Pneus Américas, LLC (CTA) anunciou, recentemente, que irá construir sua nova fábrica de pneus em Sumter, na Carolina do Sul, Estados Unidos, e o processo de construção deverá ser concluído até o final de 2013. O novo local terá aproximadamente 330 acres (cerca de 1,320 milhão de metros quadrados) e uma instalação de produção de 1.000 mil m². A nova fábrica produzirá pneus de passageiros e caminhões leves, com a finalidade de atender a demanda das marcas Continental e General Tire tanto para o segmento de reposição quanto para os fabricantes de automóveis. De acordo com a Assessoria de Imprensa da empresa, mais de US$ 500 milhões serão investidos na nova fábrica. A produção da nova fábrica deverá ser iniciada no final de 2013 ou

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início de 2014. A primeira fase da planta, segundo a empresa, alcançará capacidade de produção de aproximadamente cinco milhões de unidades por ano em 2017. Já a segunda fase deste projeto deverá aumentar a capacidade total de produção da planta para aproximadamente oito milhões de unidades anuais até 2021. A Continental contratará, ainda na primeira fase de produção, cerca de 300 funcionários. O processo de recrutamento pessoal e de treinamento de fabricação para os primeiros 150 funcionários deve começar nos primeiros três meses de 2013. A empresa realizou parcerias com colégios técnicos locais para auxiliar na seleção e na formação dos candidatos interessados. “Estamos experimentando uma demanda

Com o investimento Sumter, a Continental Pneus Américas terá aportado mais de US$ 1 bilhão em produção e desenvolvimento de produtos nos Estados Unidos, México, Equador e Brasil desde 2006. No Brasil, foi anunciado investimento de US$ 210 milhões para duplicar a capacidade de produção até 2015. Além de os Estados Unidos, a Continental está atualmente expandindo a capacidade de produção também na Rússia, China e Europa. A Continental Corporation anunciou, recentemente, intenção de investir mais de 2,5 milhões em âmbito mundial em 2012.


Logística

o ã ç Op Eficiente Transporte aéreo tem sido a saída de empresas que necessitam de agilidade na entrega de suas cargas Viviane Oliveira

P

rocura por fretes aéreos aumentou continuamente nos últimos anos. Dados apontados pela Abralog - Associação Brasileira de Logística - mostraram que o transporte aéreo de cargas tem crescido entre 12% e 15% ao ano, em relação os outros modais de transporte.

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Para o vice-presidente da Abralog, Edson Carillo, há diversos fatores para uso do transporte aéreo, principalmente o tempo de resposta, o que orienta na decisão pelo uso do modo aéreo. O executivo conta ainda que, no Brasil, o transporte aéreo é muito baseado em rotas de passageiros existentes, modelo combinado passageiro-carga, com apenas poucas rotas se viabilizando na modalidade exclusivamente de cargas.

Foto: Divulgação

Além disso, em valores absolutos, o frete aéreo tende a ser mais elevado do que qualquer outro modo de transporte, conforme explicações da entidade. Contudo, se considerar o valor do estoque em trânsito para mercadorias de alto valor, o custo total pode ser menor quando utilizado o modo aéreo.

Em relação à segurança deste tipo de transporte, Carillo afirma que o aéreo é o mais seguro. “Não podemos desprezar que ‘nas pontas’ há a necessidade de utilização 38

de outro modo de transporte para assegurar o ‘porta a porta’, geralmente executado pelo modo rodoviário”, esclarece. Mirele Mautscke, diretora de operações da DHL Express, comenta que as empresas estão cada vez mais alinhadas com suas estratégias de negócios. “As vantagens do frete aéreo, em relação ao rodoviário, são velocidade (tempo de trânsito), agilidade (disponibilidade de voos) e a segurança (roubos, extravios e avarias)”, conta.

de fazer as contas de quanto será o valor cobrado pelo serviço. “Como em todos os sistemas, o preço é formado por uma variável que é o resultado da equação: distância entre a origem e o destino do bem transportado, peso e/ou dimensões cúbicas do material transportado, valor do material transportado e a necessidade ou não de agregar serviços ao transporte, como embalagem, seguros etc”, conclui Munhoz.

De acordo com ela, no caso de cargas expressas, os produtos mais transportados são aqueles de alto valor agregado, como eletrônicos, farmacêuticos, tecnologia fina, contratos etc. Em relação aos valores cobrados para realizar este tipo de transporte, a diretora da DHL Express explica que depende muito do tipo de produto, tempo de trânsito desejado, destino final (oferta de voos) e a forma de contratação do serviço, por exemplo, com ou sem liberação alfandegária, porta a porta etc. “Todos os fatores descritos acima alteram o valor final do transporte”, reforça. Já a empresa DVA Express, que há duas décadas desenvolve trabalho voltado às operações de cargas expressas, conta que seus serviços aéreos obteve crescimento anual de aproximadamente 25%. Segundo a companhia, o aumento por este serviço envolve tanto operações nacionais quanto internacionais. “O modal rodo aéreo é um dos mais promissores do transporte devido à revolução das novas tecnologias”, comenta Sidelcio Munhoz, diretor comercial da DVA Express. O executivo apresenta fatores que são considerados decisivos na hora

Outra empresa que também realiza este tipo de transporte é a TNT Brasil, que destaca que a procura pelos fretes aéreos dentro e fora do País depende muito da necessidade do


Logística

cliente. “A TNT pode, por exemplo, trazer uma carga da China e entregar em qualquer parte do Brasil. Do

mesmo modo que coletamos em mais de cinco mil municípios no Brasil e entregamos em 220 países”, enumera

Luiz Fernando Simabukulo, gerente de marketing da TNT Brasil.

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Problemas à Cresce índice de roubo de cargas em São Paulo e lei que restringe circulação de caminhões nas principais vias da cidade é alvo de reclamações Viviane Oliveira

A

Fotos: Divulgação

umento do roubo de cargas nas estradas, principalmente, na Grande São Paulo tem sido um dos assuntos mais debatidos ultimamente. Dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo mostram que, nos

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seis primeiros meses de 2012, foram registrados 3.477 roubos de cargas no Estado, sendo que 3.011 casos foram ocorridos na Grande São Paulo e 466 no Interior. A região de Campinas é a mais crítica, com total de 163 ocorrências. Isso

mostra, ainda segundo as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Estado, que o roubo de cargas na cidade de São Paulo aumentou 39% em março deste ano, se comparado com o mesmo período de 2011.


Profissão De acordo com o presidente da ABCAM - Associação Brasileira de Caminhoneiros -, Claudinei Pelegrini, em março deste ano começou a fiscalização e os caminhões passaram a ficar parados nas proximidades das transportadoras e nos acostamentos às margens das principais rodovias, na chegada à capital paulista. Isso para aguardar o fim da restrição de trânsito. “O que os deixou ainda mais vulneráveis e isso é o que está sendo apontado pelo setor como principal motivo para o aumento dos roubos”, opina. A medida, publicada pela Portaria nº 143/11 da Secretaria Municipal de Transportes, prevê restrição aos caminhões na cidade, com regras para limitação da circulação em vias importantes, como a Marginal Tietê, avenidas Ermano Marchetti, Juntas Provisórias, Marquês de São Vicente

entre outras. Os veículos de carga não podem circular na Marginal Tietê das 5h às 9h, e das 17h às 22h,

Delegacias com mais roubos de cargas 90° DP - Parque Novo Mundo 46° DP - Perus 74° DP - Parada de Taipas 12° DP - Pari 69° DP - Lajeado

de segunda a sexta-feira, e das 10h às 14h aos sábados.

2011 07 17 10 12 04

2012 32 31 30 22 17

% de aumento 357,1 82,4 200,0 83,3 325,0

Secretaria de Segurança Pública do Estado

Em março do ano passado, os distritos policiais e delegacias especializadas da cidade de São Paulo registraram total de 314 roubos de cargas. Já no mesmo período, em 2012, no primeiro mês de restrição foram 437 casos. Se considerados apenas os dados deste ano, o aumento entre fevereiro e janeiro foi de 9%. Já se avaliados os dados de março e fevereiro, o crescimento das ocorrências foi de 18%, segundo pesquisa divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. A delegacia com mais registros de roubos é a do Parque Novo Mundo – foram 32 casos no último mês de março. Como comparação, sete roubos de carga foram registrados no distrito em março de 2011 - aumento de 357%. Na delegacia localizada nas proximidades da Rodovia Presidente Dutra, pouco

antes das 22h (horário em que a restrição na Marginal Tietê termina), é possível acompanhar as filas com mais de 50 caminhões que se formam no acostamento e em ruas próximas. Ainda na capital paulista, seis distritos policiais concentram 150 casos, mais de um terço das ocorrências. Em março do ano passado, os mesmos distritos tiveram 62 roubos de carga. Em Guarulhos, na Grande São Paulo, por onde passa a Rodovia Presidente Dutra, o número de casos aumentou de 18 para 31 em relação ao mesmo período deste ano. “Infelizmente, aconteceu o que já prevíamos. Nos deram a oportunidade de ficar à mercê das fatalidades. Estamos pagando duas contas: por não poder rodar e pelo risco de sermos roubados”, afirmou Norival de Almeida

Silva, presidente do Sindicam-SP. Ainda de acordo com ele, este número é maior do que esse. “Isso é apenas os que foram registrados, muitos casos não estão sendo computados. Tem muitas coisas que o caminhoneiro nem vê, o cara tira uma caixa, peça e o motorista nem percebe”, conta. Para o presidente da ABCAM pouco vem sendo feito para coibir a ação criminosa, e a categoria se sente abandonada pelos órgãos públicos. “O caminhoneiro que, infelizmente, já era tratado à margem da sociedade, agora está sendo abandonado à sua própria sorte pelas autoridades da capital. Um absurdo quando o caminhoneiro se abriga e para nos acostamentos das rodovias de entrada para São Paulo. Ao invés de ter segurança, ele é multado por estacionar em lugar proibido”, argumenta. 41


da Engenharia Trabalho, dedicação e amor à família são combustíveis para mover um dos mais conceituados engenheiros civis do País Viviane Oliveira

C

reso de Franco Peixoto nasceu em Campinas/SP, no dia 3 de junho de 1957. Percorreu muitas estradas, trabalhou e estudou incansavelmente, ajudando na construção de importantes projetos para a sociedade, até alcançar seu espaço no setor de Transportes. Hoje, é considerado um dos mais renomados

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engenheiros civis do País. Venha de carona para conhecer uma história que tem como pano de fundo o trabalho, a dedicação e o amor pelo que faz. Além de sua formação em Engenharia Civil, o pai de Larima e o esposo de Giselda é também professor

universitário e possui título de Mestre em Transportes. Para ele, uma de suas maiores realizações é sua família, além de ter alcançado o respeito dos amigos e colegas de trabalho. Por falar em trabalho, o engenheiro, palmeirense, além de se dedicar à vida acadêmica, passou por muitas empresas.


Perfil Na década de 80, ele iniciou sua carreira como projetista de estradas, em companhias do Interior Paulista, desenvolvendo projetos de readequações de acessos viários, geometria, terraplenagem e pavimentação para empresas do ramo de Citrus e Destilarias. Desenvolveu, ainda, pesquisa sobre regimes de fluxo em meios porosos na EESC-USP - Escola de Engenharia São Carlos USP-, instituição na qual obteve seu Mestrado em 1988. Já nos anos 90, Peixoto foi projetista de elementos viários em empresas coligadas à DERSA - Desenvolvimento Rodoviário S/A -, com participação em projetos de readequação viária da Rodovia Ayrton Senna (antiga Rodovia dos Trabalhadores), além de também ter sido coordenador de um curso de Engenharia Civil em escola particular de São Paulo. Atualmente, ele coordena cursos de Pós Graduação em Engenharia Rodoviária, em São Paulo e em Ribeirão Preto/SP. É também membro de equipe junto ao GRSP (Global Road Safety Partner Chip), ministrando palestras sobre segurança viária.

1985 e também faz parte do grupo de pesquisas na área de Transportes Rodoviários. Por fim, ele leciona aulas de Engenharia Civil no Centro Universitário FEI - Fundação Educacional Inaciana -, instituição que atua desde o ano 2000.

e conversar com amigos sobre temas relativos ao transporte brasileiro, além de praticar pedestrianismo - caminhada em ambientes naturais - e snorkeling, mergulho em águas rasas com o objetivo de recreação, relaxamento e lazer.

Acha que ele para por aí? Não mesmo. É também professor, em tempo parcial, na FEC/UNICAMP - Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo - desde

Longe do trabalho, Peixoto, que já foi piloto de pequenas aeronaves, aproveita seu tempo para fazer o que mais gosta: viajar com a família

Quando indagado sobre o futuro do setor, Creso de Franco Peixoto tem boas perspectivas, acreditando que há forte tendência de melhoria da infraestrutura de transporte no Brasil, em função da absoluta saturação dos sistemas nacionais, tal como ocorre nos parceiros do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Ele associa essa positividade à necessidade de programas eficazes de manutenção de rodovias federais e à ampliação de ferrovias para o transporte de carga, desafogando o sistema rodoviário, que deve permanecer como coletor. Novos rumos ao transporte aéreo, com a entrada de parcerias público-privadas nos aeroportos para efetivar sistema baseado em hubs aeronáuticos, bem como ampliação de portos quanto à capacidade de atendimento de navios como os supermax. Por fim, ele destaca a participação fundamental do Brasil no futuro ‘Canal Seco’, que deverá ser construído para interligar países do MERCOSUL, firmando definitivamente o Brasil como potência do amanhã. 43


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Mercado

SinaiS

o ã ç a r e p u c e R e d

Montadoras de caminhão apostam no segundo semestre de 2012 para melhorar cenário do setor Alessandra Sales

C

Fotos: Divulgação

hegada de 2012 não podia ser diferente. Diria que foi um dos anos mais aguardados por algumas empresas de transportes por uma série de motivos, representados por novos planos, projetos e metas. Mais que isso, para alguns, um ano marcado por comemorações, afinal, a Atlas Transportes e Logística, uma das maiores transportadoras do País, celebra 60 anos de atuação no Brasil.

De acordo com o presidente da empresa, Lauro Megale Neto, nesses 60 anos de atividades a transportadora se diferencia de seus concorrentes porque é uma empresa eminentemente nacional, que conhece as diferentes particularidades de cada região do País e possui estrutura 100% própria, a qual garante a integridade no manuseio e distribuição em qualquer ponto do Brasil. “Aliado

a isto, priorizamos a qualidade das informações prestadas aos nossos clientes. Estes são os diferenciais que nossos concorrentes dificilmente conseguem copiar”, afirma.

Constellation 24.280 45


Semipesado Tector

P

ara adequar a produção de caminhões, as montadoras têm utilizado a nova tecnologia Euro 5 cujo principal objetivo é reduzir o nível de emissão de gases poluentes na atmosfera. Com a nova tecnologia, os preços dos veículos aumentaram em até 15% e, em razão deste cenário, algumas montadoras têm sentido reflexo no setor. A Iveco, por exemplo, revelou que o mercado total no primeiro semestre deste ano registrou retração da ordem de 27% em relação ao mesmo período do ano passado. Para Alcides Cavalcanti, diretor comercial da Iveco Brasil, a retração não se deve à nova tecnologia Euro 5, mas principalmente à insegurança dos transportadores em relação ao abastecimento. “É uma questão de informação e adaptação. Mas, como as empresas e os motoristas começam a conhecer os postos onde existe o combustível, eles já começam a refazer rotas, reprogramar paradas e a rotina começa a voltar ao normal. Situação parecida, mas em menor escala, foi enfrentada com a transição para o Euro 3, quando os clientes tinham resistência aos veículos eletrônicos e dúvidas quanto à manutenção. Depois de um período de adaptação, o mercado seguiu seu curso”, salienta.

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Mercado Assim, como em todo o mercado, a Iveco registrou queda e os fatores demonstrados, segundo a montadora, foram disponibilidade do diesel S-50, preço do combustível e o custo do Arla 32 - solução de ureia utilizada nos novos veículos pesados a diesel. “Além disso, os fretes não subiram nos últimos tempos, pois a economia não está mantendo o ritmo de crescimento que experimentamos há alguns meses”, reforça. Cavalcanti explica, ainda, que há certa apreensão quando existe algo novo. Os clientes da Iveco, com atuação mais regionalizada, circulam em área mais restrita, geograficamente, e acabam tendo uma aceitação melhor aos novos modelos de caminhão, por haver mais segurança de encontrar o diesel S-50. Em contrapartida, os clientes com atuação nacional estão mais receosos. “Acreditamos que se trata de um momento de passagem e, aos poucos, o equilíbrio irá retornar”, confia. No primeiro semestre de 2012, os destaques da montadora ficaram por conta dos lançamentos da linha de caminhões leves Daily, do extrapesado Trakker e do semipesado Tector, todos da geração Ecoline, que atendem a legislação Proconve 7 - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. A Iveco informou que continuará com seu plano de lançamentos da geração Ecoline durante todo o ano. Para o mercado acima de 2,8 toneladas de PBT - Peso Bruto Total -, a Iveco prevê, até o final do ano, total de 180 mil unidades, representando 15% a menos do que em 2011. “Mesmo em queda, este é um mercado bastante importante. A Iveco pretende vender 20.000 caminhões, número muito parecido com as vendas da marca de 2011, que chegaram a 21.000 unidades. A meta é continuar ganhando mercado”, estima. Outra que registrou retração nos cinco primeiros meses do ano foi a MAN Latin America, fabricante de caminhões e ônibus da Volkswagen e MAN, com queda de 12%, principalmente em função da uma antecipação de compra e da restrição de crédito no início de

2012. A montadora revelou preocupação, nos quatro primeiros meses do ano, em torno da pequena procura por caminhões Euro 5 e grande procura pelo estoque remanescente do Euro 3. Para Antonio Cammarosano, diretor de Vendas - Mercado Nacional, a procura por essa nova tecnologia Euro 5 começou a melhorar no mês de maio. A montadora listou, no primeiro semestre do ano, os produtos destaques. Entre eles, o Constellation 24.250 Euro 3, com mais de quatro mil unidades vendidas nos primeiros meses do ano. “Com o fim do estoque deste modelo na rede, a boa notícia foi que a procura pelo novo Constellation 24.280 Euro 5 cresceu muito no mês de maio, principalmente em função dos resultados de consumo de combustível que os primeiros clientes que estão utilizando o novo caminhão testemunharam. O veículo,

além de ser mais econômico na versão Euro 5, como não necessita da utilização da Ureia por ter o sistema EGR, está realmente tendo um grande destaque nas vendas neste momento”, conta. Cammarosano ressaltou que as novas medidas do Governo para o incentivo da economia devem ajudar o mercado a se recuperar no segundo semestre. “Além disso, estamos intensificando nossas ações para que os nossos clientes conheçam as vantagens dos nossos produtos Euro 5, como menor custo de manutenção, economia de combustível etc”, explica. O diretor completou dizendo que para a queda no final do ano ficar em torno de 1012% comparado ao ano de 2011, as novas medidas do governo deverão ser prorrogadas até 31 de dezembro de 2012. Caso contrário, a queda poderá ser ainda maior”, finaliza. 47


Opinião

Combinação

Perigosa Alessandra Sales

Em época de campanha política é comum ouvir promessas de quem acha que conhece todos os problemas brasileiros. Segurança pública, saúde, moradia, transporte e desemprego estão entre os assuntos mais recorrentes, embora não tenham sido solucionados até então. Mesmo assim, ainda existe outro problema que assombra muita gente e é pouco lembrado pelos governantes: a precariedade das estradas brasileiras. Isso porque muitas pessoas dependem deste meio para sobreviver e têm perdido a vida por isso. Mostrar a atual situação dessas estradas é também conviver com a falta de investimento e sinalização, que já deixou de ser novidade para os usuários que necessitam utilizar essas estradas para trabalhar, caso dos motoristas de caminhão e ônibus, que esboçam amor à

profissão. Cada vez mais esquecida, as estradas necessitam de investimento pesado do governo. Com este atual quadro de realidade, infelizmente, o que se tem acompanhado é o aumento da incidência de acidentes envolvendo vítimas. Isso assusta, porque a impressão que fica é que ninguém está fazendo nada para resolver o problema. Vidas estão em jogo, mas até agora a única coisa que tem mudado é a estatística de vítimas. As estradas mineiras, por exemplo, são muito perigosas. É o que acontece na BR040, no trecho que liga Belo Horizonte a Juiz de Fora, pois não conta com iluminação eficiente. Além disso, as placas de sinalização estão cobertas pelo mato, principalmente em trechos de curvas perigosas. Para quem conhece a estrada, se vira da maneira

que pode, caso contrário, a coisa muda de figura. A cada quilômetro uma surpresa e, sem predicativos, uma surpresa desagradável. Com o atual período de fortes chuvas na região Sudeste, a situação só se agrava, uma vez que as pistas se tornam escorregadias, os veículos nem sempre diminuem a velocidade, conforme recomendação, e as estradas, claro, não contribuem. Uma combinação perigosa que favorece para ocorrer um acidente. Tá na hora de nossos governantes olharem para isso. Na verdade, falar menos e fazer mais, com urgência, porque antes de pensar na redução de IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados - é necessário dar condições a estes motoristas, para que possam utilizar uma estrada de forma segura. Não adianta facilitar a compra de um veículo se não há condições de tráfego para os usuários. É esta consciência que a população precisa ter. As estradas estão péssimas e, quando boas, os pedágios estão aí. D e q u a l q u e r fo r m a , f i c a a d i c a p a r a vo c ê, u s u á r i o d a s e s t r a d a s brasileiras: tome cuidado e se p ro t e j a o q u a n t o p u d e r. A s u a vida vale mais do que qualquer coisa. Quem sabe um dia a l g u é m d e s c u b r a u m a fo r m a d e u t i l i z a r o d i n h e i ro p ú b l i c o e m o b r a s q u e, re a l m e n t e, f a ç a m a d i fe re n ç a n a v i d a d a s o c i e d a d e, principalmente aos usuários a s s í d u o s d a s e s t r a d a s b r a s i l e i r a s.

Boa sorte a todos! 48


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