Geração Sustentável - Edição 34

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e princípios estarão mais aptos à inovação e de se alinharem ao mercado global em transformação”, destaca Pegorini. Para Arruda Filho, os grandes benefícios da adesão ao PRME são a possibilidade de agregar mais valor aos produtos da organização, melhorar a reputação institucional, atrair melhores parcerias e oportunidades de negócio, assegurar a competitividade e sobrevivência em longo prazo, ter acesso à rede internacional, eventos, pesquisas e estudos sobre o tema, e o relacionamento com uma rede global de instituições que possuem experiências e informações valiosas para serem trocadas.

Capacitação

“Meu sonho é que pessoas e instituições compreendam a abrangência do que vem a ser esse tipo de educação a tal ponto que se torne algo tão incorporado que não precise constar como uma diretriz curricular”, Mari Regina Anastácio da PUC-PR

Para educar o aluno é preciso que o professor esteja capacitado, por isso o Movimento já realizou cursos de capacitação e teve a aula inaugural com Leonardo Boff e com a participação do Presidente do CPCE, Victor Barbosa. A professora Mari Regina Anastácio, coordenadora do Núcleo de Projetos Comunitários da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) foi coordenadora pedagógica da proposta, onde constavam os princípios fundamentais daquilo que ela acredita ser uma efetiva educação voltada à sustentabilidade. Segundo ela, deveria ser um dever das instituições educacionais estarem preocupadas com o tema e direcionarem suas reflexões a ações nesse sentido, uma vez que elas estão formando as mentes e os corações que guiarão o nosso futuro. “Não é novidade que estamos vivendo, na condição de espécie, a maior crise da nossa história. E esse tema não pode estar fora do cenário educacional. Todavia, ressalto que em grande parte, as próprias instituições educacionais não têm clareza do seu significado efetivo e conse-

quentemente de sua amplitude”, reflete. A professora entende que sustentabilidade vai além dos aspectos sociais, ambientais e econômicos. “Envolve aspectos culturais, éticos e por que não dizer espiritualidade, entre outros. Além do que não é possível trabalhar educação na sustentabilidade sem trabalhar educação integral. Meu sonho é que pessoas e instituições compreendam a abrangência do que vem a ser esse tipo de educação a tal ponto que se torne algo tão incorporado que não precise constar como uma diretriz curricular explícita”, diz.

União de esforços • Sob o ponto de

vista dos princípios do Pacto Global, as instituições signatárias ao PRME deixam de ser concorrentes para serem parceiras no mesmo objetivo. É o que pensa Arruda Filho. “Nesse momento, deixamos de ser concorrentes e nos tornamos uma rede em prol do mesmo objetivo. Prova disso são os constantes encontros para troca de ideias e experiências sobre conquistas e dificuldades na sensibilização diária de estudantes e professores, que realizamos com instituições muitas vezes consideradas nossas concorrentes diretas”, defende.

Cases • Como forma de reunir as melhores iniciativas educacionais voltadas para a promoção da sustentabilidade,o PRME lança a cada dois anos o “PRME Inspirational Guide”. Os cases publicados no documento são selecionados entre as melhores práticas da rede global de signatários do PRME. A primeira versão do guia foi lançado na Rio+20. Considerado um dos cases de sucesso do PRME e percussores também do Movimento, a UniBrasil conseguiu engajar os alunos sobre a GERAÇÃO SUSTENTÁVEL

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