General Carneiro: hospital municipal

GENERAL CARNEIRO FOCO NA SAÚDE

Hospital passou por ampla reforma e recebeu equipamentos

e há prioridade na admiS nistração de General Carneiro “ela está para o setor de saúde pública”, disse o prefeito Marcelo Aquino ao anunciar a aquisição de um aparelho de ultrassom de última geração para “qualificar o atendimento à população local e começar as cirurgias eletivas ainda neste semestre e zerar a demanda existente no município”, sem ter que recorrer com dada frequência aos polos de Barra do Garças ou à capital Cuiabá, conforme suas palavras.

Segundo o chefe de gabinete da prefeitura, Claudemir Teles, o Hospital Municipal foi submetido a uma ampla reforma que ele prefere chamar de “reparo”, com TVs em to

dos os quartos, ar condicionaA Saúde pública de General Carneiro teve seu do e cobertura para recepção de ambulância hospital e o laboratório de análises clínicas reformados, além da aquisição de uma na emergência, aquisição de ambulância semi-UTI, centro cirurgico entre outros equipamentos. duas camionetes, um Sandero para serviços No distrito de Paredão Grande há atendimento médico e odontológico das UBS, e uma ambulância semi-UTI. Em agosto, aquela casa de saúde recebeu um aparelho gerador para evitar incidentes no caso de queda de energia. Além de todo o aparato instrumental, o HM conta com 15 leitos, cinco enfermarias, sendo duas clínicas, uma pediátrica e uma cirúrgica. “A determinação do prefeito tem sido a de fazer contenção de despesas e com isso aplicar recursos nas áreas que mais necessitam, que são prioridades, como é o caso da saúde pública”, disse ele.

De acordo com a secretária de Saúde, Lorena Neves Rodrigues, o município possui um laboratório “ultramoderno” que só encontra equivalente no polo de saúde Barra do Garças, “com equipamento de última geração”. A gestora disse ainda que a administração está prestes a implantar um laboratório no distrito de Paredão Grande, localizado a 90 km, na BR-070, sentido Cuiabá.

Tanto na cidade quanto na UBS de Paredão Grande, o atendimento médico, determinado por Marcelo Aquino, se necessário “é de 24 horas”. No caso do distrito o prefeito exigiu que o médico e dentista residissem naquela comunidade “para assegurar a todos o direito aos serviços da saúde 24 horas”, diz Lorena.

Desde que assumiu a prefeitura em janeiro de 2017, Marcelo Aquino mantém fechada a Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade, alegando existir problemas estruturais da obra como rachaduras, infiltrações e que, para tanto, já recorreu à Justiça para que a empreiteira repare todos os danos. A UBS de Paredão encontra-se em situação quase similar à UBS da cidade, mas ainda serve para o atendimento local. Ambas as unidades foram construídas com recursos do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, na gestão que antecedeu a de Marcelo Aquino.

Fotos Assessoria

NOVA XAVANTINA BEM ASSISTIDA

A evolução de 7 para 22 médicos mostra a preocupação da gestão com o atendimento público

prefeito de Nova Xavantina,

OJoão Batista Vaz, instituiu na tarde de 05 de agosto, o terceiro turno para a atenção básica de saúde, das 18 horas às 22 em um PSF da região central de sua cidade, para “desafogar a demanda existente no Hospital Municipal durante o dia”. O atendimento, segundo disse, será feito “três vezes por semana”.

Eleito em outubro de 2016, João Cebola, como é conhecido por sua comunidade, sabia dos desafios que o esperava a partir de janeiro do ano seguinte no que diz respeito ao setor de saúde pública do município. Na entrevista concedida à reportagem de Gente ele disse que “entre atenção básica, média e alta complexidade gastamos a média de 33% da nossa receita”, o que significa, em suas contas, cerca de 1 milhão de reais mensais no Hospital Municipal, incluindo salários, medicamentos, manutenção, equipamentos, plantões, sobreaviso, exames. “Nosso hospital é uma máquina de comer dinheiro”.

“Investimos demais. Quando assumi haviam sete médicos em nossa rede, hoje temos 22”, diz e ressalta que muitos desses profissionais atendiam na atenção básica, e “faziam um faz-de-contas no máximo de duas horas no PSF e voltavam pro hospital onde ganhavam um plantão, além de realizarem cirurgias. Hoje nossos médicos da atenção básica trabalham oito A atual administração de Nova Xavantina custeia a Saúde com horas diárias nos PSFs”. Ao fazer c o m p a r a ç õ e s quase 1 milhão por mês e, com isso aumentou sua capacidade de atendimento médico, ele cita Barra do Garças onde passou 7 para 22 profissionais, reformou unidades de saúde e as filas para cirurgias eletivas implantou o terceiro turno em uma de suas UBS´s

Fotos Assessoria

devem estar em torno de 6 a 7 meses de espera. Em Água Boa vai de 3 a 4 meses. “Neste quesito a nossa fila é zero”, diz. Em recente data, a prefeitura firmou convênio com um laboratório para cobrir a demanda existente de exames clínicos. Enquanto isso, um cirurgião de Barra do Garças foi contratado para uma visita semanal à cidade onde faz cerca de sete cirurgias. De outra parte, o setor de obras empreende uma reforma no Hospital Municipal. “Mexer com saúde é difícil, ainda mais pra nós que não pertencemos aos consórcios de Barra ou de Água Boa, estamos na zona do meio”, avalia. “Nossa saúde é 100% SUS”, diz João Cebola, uma vez que não há hospitais particulares em sua cidade e por isso mesmo faz com que ele recorra a Cuiabá ou à bancada mato- -grossense no Congresso em busca de emendas parlamentares. Quando desta entrevista, em 7 de agosto, ele disse que havia recebido 1 milhão de reais, (500 mil do senador José Medeiros e outros 500 de Nilson Leitão). “Essa busca de recursos deve ser feita todos os dias. Não fosse isto eu já estaria enterrado”, brinca.

PREFEITURA INICIA OBRA DO NOVO HOSPITAL MUNICIAL

Orçada em 2.5 milhões de reais, a obra deve ficar pronta em 2020, quando poderá receber o mesmo valor em equipamento para melhor atender à população de Novo São Joaquim

om investimento estimado

Cde cerca de 5 milhões de reais, a administração pública de Novo São Joaquim constrói um novo Hospital Municipal. A ordem de serviço foi dada em abril deste ano e com isso cumpre não somente uma promessa feita em campanha pelo prefeito Antonio Jordão, como vem de encontro à expectativa da unanimidade de seus moradores.

De longe, a novo Hospital Municipal, (próximo ao Conjunto Habitacional Maria Dolores, construído no primeiro mandato de Jordão 2005- 2008), segundo avaliação do próprio prefeito, “é a obra mais importante já feita na cidade e parte dos recursos está garantido”. Há meses,

Fotos Fernando Collor

a unidade hospitalar da cidade funciona de improviso em um antigo posto de saúde. A ideia é que este novo hospital preste um bom serviço de atendimento a sua população. “Nesses dois últimos anos conseguimos economizar um valor significativo, algo em torno de 2 milhões de reais, dos 3 milhões que foram orçados inicialmente. Contudo, o investimento não se resumir somente à estrutura física. “Há a aparelhagem, instrumentos e sua equipe deve se dedicar a angariar fundos, através de emendas de deputados estaduais e da bancada mato-grossense do Congresso Nacional para a compra desses equipamentos.

O novo hospital, três vezes maior que o antigo, tem área de 1.704 me

tros quadrados, capacidade para 30 leitos, centro cirúrgico, laboratório, sala de raUm novo Hospital Municipal está sendo construído pela gestão foi transferido para o antigo posto de saúde. O antigo hospital sequer diografia, entre outros. A conclusão dessa obra do prefeito Antonio Jordão, em Novo São Joaquim. O obra orçada havia sido legalizado pela Vigilância Sanitária e, sem e seu pleno funcionamento vão oferecer à população atendimento, segundo daem 2.5 milhões deverá ser concluída até o final deste ano. Essa unidade de saúde terá 30 leitos, saída, a atual gestão se empenhou nos últimos dois anos em viabilizar o novo dos da prefeitura, de até média complexidade. O centro cirurgico, sala de radiografia, entre outros projeto, enquanto o prédio antigo recebeu novas instaprefeito Jordão conta que lações onde funcionam um ao assumir a administração o antigo centro de fisioterapia e Farmácia Hospital Nossa Senhora de Lourdes Básica do município. “já não oferecia condições de funA reportagem de Gente apurou cionamento em sua estrutura de que a alvenaria da obra está com 680 metros quadrados” e por isso mais de 80% concluída.

A SANTA CASA

A interferência do governador Mauro Mendes foi fundamental para sua reabertura

o início de março o governo

Nestadual assumiu a administração da unidade da Santa Casa de Cuiabá, que havia dois meses sem atendimento. Logo no início da gestão Mauro Mendes o secretário de Saúde, Gilberto Gomes de Figueiredo, disse que o hospital deveria ser aberto, que era necessário retomar contratos, serviços médicos e realizar a compra de medicamentos.

A Santa Casa tem em sua história mais de 200 anos de fundação. Neste início de ano a Santa Casa contava com cerca de 248 leitos e atendia casos de alta e média complexidade. A administração ficou sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde e funciona agora como hospital público estadual. O hospital recebeu uma avaliação de todos os seus móveis e também da estrutura de seu prédio.

Em 23 de julho a unidade foi reaberta em Cuiabá com a presença do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. A reabertura foi dividida em três fases: a de pacientes que já faziam tratamento contra o câncer e que voltaram a ser atendidos no local, atendimentos infantis e de nefrologia. No final do mês (29), quando marcavam 149 dias do fechamento da Santa Casa, a unidade hospitalar voltou a atender ao público. Entretanto, os pacientes que estavam agendados antes do fechamento, tiveram que enfrentar nova fila. Exames e consultas também serão reagendados. Até o fim de agosto a equipe esperava oferecer todos os serviços e funcionar em plenitude.

Para o ministro Mandetta a reinauguração foi um ganho para todo o Estado porque “a população não quer saber se é municipal, estadual ou federal, eles querem saber se vai ter serviço, profissionais e mais leitos. Quem ganha é o Estado de Mato Grosso e a sociedade Cuiabana”, disse. A unidade de saúde é referência no atendimento oncológico e responde por 18,9% das cirurgias oncológicas e 21% dos tratamentos quimioterápicos de Cuiabá. Agora inteiramente pública, o Hospital Estadual Santa Casa qualificou ainda mais seu atendimento e oferece atendimento a um número maior no Estado.

O JEITO TÉIA DE SER

Pecuarista de mil facetas é destaque do agronegócio no Vale do Araguaia

Erik Lopes, TNC E m 15 de setembro Barra do Gar- ças completa seus 71 anos de emancipação política, mas não é somente a cidade que tem razão para comemorar. Quem tem a vida marcada pela data é a pecua- rista Maria Ester Tiziani Fava (Téia Fava), que também neste dia celebra 27 anos desde que se mudou para o município. Nessas quase três déca- das, a produtora, e uma das primeiras mulheres a assumir a representação regional da Acrimat, buscou se doar para a região, tanto na área da pro- dução rural, quanto em atividades sociais. Hoje ela compõe o escalão de pessoas que ambicionam o melhor para o trato do agronegócio na região.

À frente da Acrimat em Barra do Garças há três anos, Téia divide seu tempo entre os mil e um assuntos ao longo do dia. Essa pró-atividade é re- sultado da ânsia por “tomar a frente de tudo” como ela mesma pontuou em entrevista à revista Gente.

Além de um rebanho de 1,1 mil ca- beças, há 10 anos a produtora tam- bém está a frente de duas empresas de eucalipto tratado. A sustentabili- dade da iniciativa é o que ela destaca entre as suas atividades no campo, desenvolvidas na fazenda Estrela do Sul, de 2 mil hectares.

“Em vez de desmatar, o que eu po- deria fazer legalmente, já que eu te- nho um ativo ambiental grande, pre- feri intensificar”, explicou, ao receber a reportagem em seu escritório, em Barra do Garças. “A madeira do euca- lipto tratado é um produto altamen- te renovável, é uma madeira exótica e só plantada para essa finalidade.” Téia ressalta que o sucesso do seu empreendimento está justamente por fazer parte das três pontas: tem a distribuidora, a loja de varejo e, como produtora rural, também utiliza o eu- calipto. Suas empresas Extra Madei- ras e Amaru Araguaia, dão conta da venda e distribuição do produto. No final do ano passado, a ONG The Nature Conservancy (TNC) indicou a Estrela do Sul como uma das pro- priedades mais sustentáveis do Bra- sil para a Revista Dinheiro Rural. Foi premiada com bronze. Essa ONG é uma das maiores do mundo, quanto à questão ambiental, e está presente em 71 países.

Mas além do dinamismo na produ- ção rural e desse “lado ambientalista” que ela afirma ser inato, Téia ocupou outros espaços de destaque no cená- rio barra-garcense, dando contribui- ções ainda hoje relevantes. Em 2011, a produtora assumiu a Secretaria Mu-

nicipal de Paisagismo e Urbanismo, a tar e o Sindicato Rural, tem trabalhaconvite do então prefeito Vanderlei do com a construção de um banco de Farias. dados das propriedades locais, que

Na época, ainda atuante no campo quiserem se cadastrar. da arquitetura, foi ela a responsável Só nesse período, já foram recupepor coordenar o projeto e instalação rados mais de 500 cabeças de gado. das avenidas Ana Lira e Salomé Ro“Agora, o tenente coronel (Antonio drigues. A iluminação da cidade tal Gilvando) Souza, (do 5º Comando como é hoje também surgiu naquele Regional) da Polícia Militar, conviperíodo, com os trabalhos da então dou a Polícia Federal e a Polícia Rosecretária. doviária Federal a também fazerem

“Começamos a dar a identidade parte do grupo. Estamos fazendo um visual de Barra do Garças, a partir piloto para poder passar para o resdaquele trabalho, já pensando no to do Estado. O piloto vai sair daqui.” município como um potencial para a Entre suas ocupações, Téia ainda é exploração do turismo”, recorda, com coordenadora do leilão beneficente satisfação. Segundo ela, essa atuação que arrecada, todos os anos, recursos foi um divisor de águas, que a ajupara o Hospital do Amor, em Barredou a descobrir “a que veio para este tos. A migração dos pacientes oncomundo.” Percebeu que doando um lógicos para a cidade referência em pouco de si mesma, poderia mudar a tratamento da doença, é uma luta que vida de muita gente. a pecuarista também tem assumido.

Na Acrimat (Associação dos CriaEla é diretora de captação de recursos dores de Mato Grosso), como suplenda Associação de Pacientes Oncológite de diretoria e representante da encos de Barra do Garças, a APOBAG, tidade em Barra do Garças, o desafio que mantém uma casa de apoio na citem sido colocar o município e a redade paulista, e que hoje acolhe mais gião no trilho de potencial ao de 30 hospedagens diárias. agronegócio a nível estadual Pecuarista, empresária À equipe da Gente, a proe nacional. Para isso, foi buscado que a associação tivesse uma atuação mais marcante e engajada em outras causas, Téia divide seu tempo entre a produtividade de seus dutora se diverte quando questionada sobre como consegue lidar com tantas nessa faixa do Estado. A briga da Téia por essa bandeira, ao longo desse trinegócios e as ações beneficentes em prol de pacientes oncológicos. Essa pró-atividade é tarefas. “Acho que é o jeito Téia de ser. Eu não consigo esperar 5 minutos para reênio como representante da região, fará de Barra do Garças, já no próximo ano, sede resultado de sua ânsia por tomar a frente de tudo solver um problema. O celular é meu amigo íntimo, mas é meu maior inimigo”, disse, de uma diretoria regional da com o aparelho a poucos Acrimat. Antes, o município compucentímetros da mão sobre a mesa. nha a unidade Sul da associação, se“Eu não tenho hora. Se você me perdiada em Rondonópolis. guntar qual é o meu lazer, qual é a

“Por causa disso, nós passamos de 8 hora que eu espaireço, vou te responpara 13 regiões e Barra do Garças será der que é trabalhando. E amo viajar, a região Médio Araguaia, que compremas até viajando eu ‘tô’ trabalhando enderá 18 municípios, desde Gaúcha também. Não sei te falar como eu addo Norte a Ribeirãozinho”, diz. Téia já ministro, mas eu acho que é com muiestá convidada para participar de uma to amor.” das chapas para o próximo triênio é se Na cidade que aprendeu a amar, a fiforem eleitos, será a titular da regional. gura da Téia é de peso não apenas por

A relevância da entidade para a reser a representante local da Acrimat. gião tem sido notável. Entre as ações Prova de sua influência, a empresária de peso, Téia cita a parceria com o foi indicada como membro do prograCorpo de Bombeiros para a doação ma Produzir, Conservar, Incluir (PCI), de abafadores de fogo, parte de uma desenvolvido em Barra do Garças. campanha em prol do combate aos A iniciativa propõe que um conjunincêndios. Esse trabalho acompanhou to de entidades civis, públicas e privaa distribuição de uma cartilha aos das ponham em prática um plano de produtores locais com orientações de desenvolvimento da região com rescomo combater o fogo. ponsabilidade social, cultural e am

Outra intervenção, também recenbiental. “Como exemplo nós temos, te, é a mobilização contra as ocorno município, 200 mil hectares de rências de roubo de gado na região. área degradada, prontas para o uso. Há um ano e meio, a Acrimat, junto à Então nós temos a meta até 2030 de Polícia Civil, à Politec, à Delegacia de diminuir para 100 mil hectares”, diz Roubos e Furtos (Derf), à Polícia Milisobre um dos pilares do programa.