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crescimento de 15% Jardim Paraíso vai receber pavimentação asfáltica este ano

JARDIM PARAÍSO VAI

Fotos Semana7.com

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RECEBER PAVIMENTAÇÃO

A luta do prefeito Getúlio é fazer a ligação por asfalto do trecho da MT-100 ao bairro

prefeitura de Araguaiana

Adeve investir este ano mais de 800 mil reais em pavimentação no Jardim Paraíso. O setor, que ainda não foi contemplado com o asfalto, sofre com a poeira no período de estiagem e por isso, é de longe a obra mais desejada por seus moradores. O prefeito Getúlio Dutra diz que metade da verba para as obras do bairro já está em caixa, mas para que o asfalto seja licitado é preciso ajustar o projeto junto à AMM (Associação dos Municípios Mato-grossenses), conforme exigências da Caixa Econômica Federal.

A expectativa, no entanto, é de que o projeto seja aprovado nos próximos dias, quando a prefeitura marcará a licitação da obra. O valor da empreitada deve ultrapassar a casa de 800 mil reais, custeada através de emendas parlamentares do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) e do senador Wellington Fagundes (PR). Cada um deles destinou 400 mil, enquanto o município arca com a contrapartida restante.

De acordo com o prefeito, a obra é importante porque alcança um bairro sem pavimentação. Distante da região central da cidade, o Jardim Paraíso não recebeu ainda investimentos que a prefeitura conseguiu nestes últimos dois anos, enquanto o Jardim Urânia I e II, Saveco e São José são regiões que já receberam asfalto. “Agora chegou a vez do Paraíso”, diz o prefeito.

Com essa obra, prevista para este ano, o mandato de Getúlio ultrapassa os 2 milhões de reais de investimento em asfalto. Mesmo com esse montante, a população ainda considera pavimentação como sendo um serviço de maior urgência no município.

O bairro Jardim Paraíso onde moram cerca de Segundo dados levantados pelo 800 pessoas receberá o tão sonhando asfalto. Além de outras obras na Instituto Meta, 36,5% dos mocidade, o prefeito Getúlio radores classifi

Dutra promete mais 200 casas populares no próximo ano, sem contar cam a pavimentação de ruas a o novo prédio para a Secretaria de Saúde e a urbanização da cidade demanda mais urgente, à frente de construção de casas populares ou mesmo a instalação da orla portuária. Getúlio diz que sua cidade ficou seis mandatos sem receber uma obra para o setor de pavimentação urbana.

Outras obras: De acordo com o calendário da prefeitura, foi entregue neste final de mês uma praça no Jardim Urânia 1, que já recebeu pavimentação. Enquanto isso foi refeita a licitação para a construção de uma quadra coberta na Escola Municipal Laura Vicuña, também entregue em agosto e que passa a ser a primeira quadra da rede municipal de ensino, construída com recursos do governo federal (Mec) e contrapartida de 80 mil reais do município. Até o final do ano a prefeitura pretende entregar uma rampa náutica para o público que utilize jet-skis, lanchas e também barcos de pesca. A orla do porto, que havia sido contemplada com verba advinda do então deputado Nilson Leitão não chegou ao município.

Saúde pública: A gestão de Getúlio Dutra fez também investimentos com recursos próprios na saúde do município. Até o final do ano ele espera entregar a extensão do Posto de Saúde da Família (PSF) da cidade. Esse anexo foi feito para dar mais conforto à população, tendo em vista que os pacientes não tinham espaço suficiente. A obra está sendo custeada com recursos próprios do município.

Já a construção do prédio exclusivo para a Secretaria de Saúde, atendendo a um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) da promotoria, está em fase final de acabamento. Atualmente a Secretaria atende junto ao prédio da prefeitura, mas pela necessidade de um espaço próprio, o novo prédio está sendo construído no centro da cidade. A prefeitura adquiriu uma ambulância para atender casos que precisam ser transferidos para o polo regional de Barra do Garças.

Estradas: Principal via para se

chegar à Araguaiana é a rodovia estadual MT-100, embora a prefeitura local esteja sempre fazendo remendos ou mesmo correndo atrás de emendas para que sejam feitas melhorias em seus trechos. De acordo com Getúlio, em conversa com o secretário adjunto da Sinfra, Nilton de Britto, está garantida a ordem de serviço, em setembro da construção das pontes sobre os córregos Pitomba e Ouro Fino.

Na zona rural, a recuperação das estradas “é prioridade”, conforme Getúlio. O prefeito lembra que o último período chuvoso foi um dos mais extensos da região, ocasionando vários danos às estradas locais e por isso mais três pontes na zona rural serão construídas, totalizando 140 mil reais custeados pelo Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) que chega ao município.

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PAREDÃO GRANDE RECEBE SUA PRIMEIRA PRAÇA

"O próximo passo será a pavimentação das ruas do distrito", garante Marcelo de Aquino

padre salesiano Anderson

ODias de Oliveira classificou a inauguração de uma praça no distrito de Paredão Grande, interior do município de General Carneiro, como sendo a realização de um grande sonho de sua comunidade. Segundo ele, desde a fundação do distrito, que remonta aos anos 1950, um local de lazer era desejado pelos moradores. O religioso sabe disso porque a sua congregação está presente na região há 117 anos.

A praça a que se refere o sacerdote foi entregue ao público no sábado, 17 de agosto, em concorrida solenidade organizada pela equipe do prefeito do município, Marcelo Aquino (PL). O evento contou com a presença de autoridades locais e do deputado estadual Max Russi (PSB), com direito a um show com a dupla de sertanejos Mario e Thizil.

Construída com recursos do município, a primeira praça do distrito possui 1,7 mil metros quadrados onde se incluem área de passeio, pergolados e academia ao ar livre, sem contar farta arborização e iluminação com lâmpadas a LED para segurança e beleza cênica do local cortado pela BR-070, na altura do km 150, sentido Cuiabá.

Dados da Secretaria Municipal de Obras estimam que a praça foi construída em dois meses e custou cerca de 100 mil reais à prefeitura. Marcelo Aquino lembrou na solenidade que “este sonho da população” foi uma promessa que fez na campanha elei

A construção da primeira praça em Paredão Grande cria uma nova era daquele distrito que necessita de obras estruturais desde sua criação. A prefeitura já anunciou a pavimentação de ruas e novo sistema de distribuição de água. "Para nós é uma grande safistação está à frente da administração", disse o prefeito

toral de 2016. “Nosso compromisso político faz parte do nosso plano de governo que estamos cumprindo integralmente”, disse. À reportagem, Marcelo Aquino disse

que a expectativa até ao final deste seu mandato será a de trazer “outras ações de importância” e citou, de início, “serviços de pavimentação asfáltica, construção de uma sede para a subprefeitura local e a conclusão do sistema de abastecimento de água para o distrito”.

Em sua agenda, segundo disse, constam pelo menos outros 7 mil metros de asfalto por fazer na cidade e lembra que “já concluimos mais 21 mil metros em dois anos de governo”. A verba para a pavimentação das ruas de Paredão Grande já está protocolada e aguarda liberação do governo federal, através de emenda parlamentar do senador Wellington Fagundes (PR) em cerca de 1 milhão de reais. A expectativa de Marcelo Aquino é asfaltar todas as ruas do distrito até o ano de 2020.

TRANSPOSIÇÃO

Prefeitura de Luciara constrói duas pontes na rodovia MT-412 que somam mais de 2 milhões de reais. Esforço federal e municipal para oferecer acesso a turistas, sitiantes e produtores rurais que usam a via para encurtar a viagem entre Luciara e Porto Alegre do Norte.

Assessoria

uando o prefeito de Lu

Qciara, Fausto Aquino de Azambuja Filho (Faustinho), assinou em março deste ano a ordem de serviço para construção de duas pontes de concreto numa estrada estadual que liga a cidade à comunidade indígena de Canela, ele já apostava no desfecho que estava por vir, a conexão entre Luciara à BR-158, na altura de Porto Alegre do Norte, um trecho de 100 km, região de varjão.

Somadas, as duas pontes medem 110 metros de extensão, construídas com recursos (2.4 milhões de reais) do Ministério da Integração, através da Defesa Civil. Sendo uma no Rio Ribeirãozinho e outra no Rio Lodrina ambas no formato monovia, com 5 metros de largura. A obra em curso tem prazo de 180 dias para sua conclusão e está sob responsabilidade da empreiteira Condor Construtora Brigde. O trecho que é conhecido como MT-412, encurta em cerca de 100 km o percurso entre Luciara e o eixo da 158. “Assim que for liberada essa rota não precisaremos mais acessar 240 quilômetros passando por Alto Boa Vista, pelo Contorno Leste para chegarmos à rodovia e depois a Porto Alegre”, diz o prefeito Faustinho.

Essa obra facilita o acesso ao polo de Confresa, segunda maior cidade do Vale do Araguaia. Luciara contará com essa opção, MT-412, mas constinua a espera pelo desenrolar da pavimentação da MT-100, “iniciado na gestão do então governador

Silval Barbosa. A MT-412 poderá ser a Hoje, você chega e sai de Luciara pela MT-100, saída mais viável para o desenvolvimento de Luciara que aguarda licenças ambientais mas nós vamos inverter essa logística porque para pavimentação da MT-100 desde a gestão do ex-governador Silval Barbosa. Depois dele, se trata de um c o m p ro m i s s o veio a gestão de Pedro Taques e agora a de Mauro Mendes de nossa gestão”, diz o prefeito que sonha também que estado melhore a estrada, a 412. “O município, por falta de recursos, não daria conta de mantê- -la”, diz.

Essa falta de recursos de que fala o prefeito vem de encontro a uma possível manobra que terminou por deixar do lado de fora do pacote da Sinfra trechos da MT-100 que demandam ao município, a saber, o MT-Integrado de Silval Barbosa e o Pró-Estradas de Pedro Taques, motivado em parte, segundo consta, por falta de licenças ambientais e estudos de componente indígena para o asfaltamento que emperra o desenvolvimento do município.

OBRAS URBANAS: Atento às demandas do município, o prefeito disse à reportagem que somente para o início das obras de asfalto na cidade reservou 400 mil reais “para atender o máximo de pessoas. Investimos em média, 30% do que nos chega do Fethab em obras da cidade e pavimentação é nossa maior demanda. Geralmente priorizamos ruas com mais movimento” e citou uma avenida no Setor Universitário que conecta duas partes da cidade, dá acesso a uma escola pública e ao Hospital Municipal.

O coração do Brasil bate aqui Barra do Garças de terra multicultura

Asociedade de Barra do Garças é o reflexo do “encontro” de várias culturas. Desta forma, sertanejos mato-grossenses, goianos, baianos, paulistas, mineiros, cariocas, gaúchos, paranaenses, libaneses, sírios, jordanianos, indígenas de várias etnias, entre outros, formaram um rico cabedal de vivências, o que reforça ainda mais a certeza de que a História desta sociedade é um exemplo de multiculturalidade.

A região onde hoje está localizada Barra do Garças começou a ser explorada em 1673, quando o bandeirante Manoel de Campos Bicudo teria iniciado uma busca pelas lendárias Minas (Serra) dos Martírios, antes dele Bororos viviam aqui e depois outros guerreiros viriam a se estabelecer na região, os Xavantes.

No início do século XX, encontramos na intrigante história do Coronel Fawcett (o verdadeiro Indiana Jones), mais uma narrativa sobre uma expedição branca dirigida à região de Barra do Garças e à Serra do Roncador. Um texto, conhecido como “Documento 512”, achado em 1838 na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, descreve uma enorme cidade perdida na Bahia. Esta descrição foi à motivação que trouxe em 1925 uma expedição ao interior do Brasil, mais precisamente a Mato Grosso. Na Serra do Roncador, o explorador Cel. Percy Harrison Fawcett, seu filho Jack e um amigo desapareceram. Eles já haviam dito que descobriram túneis na serra que levavam à cidades subterrâneas. Certa vez outro filho do explorador, que não foi na expedição, recebeu uma carta de um soldado alemão dizendo que seu pai estava vivo e morando numa dessas cidades. Fawcett levava consigo, quando desapareceu, um pequeno ídolo negro encontrado numa viagem anterior à região o que, para o inglês, era uma das provas da existência de não apenas ruínas, mas de uma civilização sobrevivente ainda hoje, isolada por completo do resto do mundo, assim desapareceu e até hoje atrai pessoas para nossa região.

Muitas cidades têm em sua formação cultural, o chamado mito de origem ou mito fundador, uma prática que remonta a Antiguidade, como por exemplo, na lenda de Rômulo e Remo acerca da fundação de Roma. Barra do Garças insere-se neste contexto pois tem na narrativa conhecida como “O desaparecimento da Garrafa de Diamantes” o que nós chamamos de mito fundador. Na década de 1920, foram fundados os primeiros núcleos garimpeiros, época em que a região de Mato Grosso estava sob o comando de um poderoso “Coronel” do Garimpo, o engenheiro baiano José Morbeck. O líder Morbeck era quem autorizava a abertura de garimpos por toda região dessa forma em 1924 com sua autorização, Antônio Cristino Cortes e Francisco Dourado fundaram a vila garimpeira que daria origem a Barra do Garças moderna.

Na década de 1940 do século passado iniciou-se efetivamente a exploração e ocupação da região conhecida por Vale do Araguaia. É nesta época que o Estado Novo, sob a liderança do ditador Getúlio Vargas, temendo perder este imenso território no coração do Brasil, organizou a “Marcha para o Oeste”, que segundo o escritor Valdon Varjão em seu livro “Aragarças – Portal da Marcha para o Oeste” surgiu para ocupar esse imenso território no coração do Brasil.

Em 15 de setembro de 1948 o distrito de Barra do Garças por meio da Lei Estadual n° 121, passa a ser considerado município, recebendo status “emancipativo” político-administrativo. Interessante ressaltar que Barra era distrito de Araguaiana e que após tal Lei ser criada os papéis se inverteram e Araguaiana passou a ser distrito de Barra, é neste momento que o município recebe o apelido de “maior município do mundo”, pois adquire uma área de terras correspondente a mais de 200.000 km², em realidade pode-se afirmar que era o maior município do Brasil na época.

Na década de 1960, mais precisamente em 1966 o Governo Federal criou a Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que em conjunto com a Superintendência para o Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), como também do Programa de Desenvolvimento dos Cerrados (Ppolocentro), instituído em 1975 pela Sudeco injetou dinheiro na região. Esses órgãos foram fundamentais para fomentar a criação de grandes empresas agropecuárias e de latifúndios em Mato Grosso.

É neste contexto que surge um outro grupo de migrantes que se dirigem para a região do “Maior Município do Mundo”, são as chamadas colônias dirigidas, projetos baseados na criação de Cooperativas de Colonização no interior do Rio Grande do Sul, que por meio de apoio governamental adquiriu terras financiadas na região, assim esses grupos se fixaram na região e posteriormente fundaram diversas cidades no Vale do Araguaia e trouxeram muito desenvolvimento para Barra do Garças. Por fim é no depoimento de migrantes que chegaram aqui nos últimos quarenta anos que entendemos de fato quem somos hoje. Segundo Pedro Possamai sua família veio motivada em realizar um sonho. Para Olmeri Barcelos o futuro estava em Mato Grosso. Para Elcides Salamoni e Norberto Schwantes era a oportunidade de quem não tinha terra, de adquiri-la e prosperar. Para o Aparício “Bagaceira” era a chance de prosperar e crescer com o comércio. Para os bancários João Batista e José Américo uma transferência “desafiadora”. Para a professora Nina uma paixão adquirida por meio da literatura que exaltava as belezas do Araguaia. Para o arquiteto Dionísio um local onde as energias do bem estavam concentradas. Vários são os motivos pelos quais esta região do Roncador foi escolhida como fronteira migratória nos anos 60 e 70 e que com toda essa mistura de povos e culturas, nos transformou no melhor lugar do Brasil para viver.

Alessandro Matos do Nascimento

é professor universitário, vereador em Barra do Garças MT

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