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reta final Janaina Riva: a primeira deputada a comandar o Legislativo em MT
PODER LEGISLATIVO
Ronaldo Mazza/Secom-AL
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‘ÚNICA’ NA HISTÓRIA
Janaina Riva é a primeira deputada a assumir o comando da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso nos seus 184 anos de existência
rimeira mulher a assumir P o cargo de presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso em 184 anos, Janaína Riva Fagundes (PMDB), substituiu em abril deste ano, por 47 dias, a Eduardo Botelho (DEM), que se licenciou para tratamento de saúde. No balanço do seu rápido período no comando da Casa, a deputada disse que foi “um momento único para as mulheres, o de mostrar nossa capacidade de organização, de resolução e sobretudo de sermos pragmáticas”. Dessa sua passagem pela presidência tem-se o registro de 47 sessões, (sete delas extraordinárias), 62 projetos de resolução, 150 projetos de lei, uma PEC e 10 projetos complementares. “Nunca se produziu tanto em tão pouco tempo”, disse a atual vice-presidente que lamenta ter ficado naquele período “muito distante do povo porque eu preciso sair, visitar regiões, andar pelo interior, consultar minhas bases”.
Além de recordista de votos (51 mil nas eleições passadas), ela também está entre os primeiros em números de indicações. Neste seu segundo mandato, depois de ter sido a pedra no sapato do ex-governador Pedro Taques, “naquele seu longo mandato”, Janaína já apresentou, entre outros, nestes sete meses do ano, nada menos que 118 indicações, 41 projetos de lei, 28 moções, 22 requerimentos e 21 projetos de resolução.
Única mulher entre o efetivo da Casa formado por 24 deputados, Janaína Riva sabia desde que foi eleita em 2014 que teria pela frente uma biografia a cuidar, a missão que lhe fora confiada pelo seu pai, o ex-deputado também campeão de votos no Estado, José Riva, que em sua última corrida eleitoral, em 2010, arrebatou exatos 93.594 votos. O carisma que a filha mantém com seu público não se resume somente a votos, mas também em verve afinada para os debates, para os confrontos que possam acontecer no parlamento.
Em seu primeiro mandato Janaína Riva partiu para um embate acirrado na oposição ao governo de Pedro Taques. “A rixa de Taques com meu pai era pessoalizada e ele tentava com isso me atingir. Da minha parte não levei nada para o lado pessoal, fiscalizei, fiz cobranças, fiz o dever de casa”, diz.
É sabido Janaina Riva quando que José Riva e Taques tinham lá suas diverpresidente interina da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, mas de olho em suas bases gências. Segundo Janaína, “ele espalhadas pelo interior do Estado como convém a uma campeã de votos. tentava obsNa recente greve da truir meu mandato, algo que Educação a deputada defendeu o diálogo entre as partes "é cedo para não aceitei para cobranças ao governo" não misturar as coisas com minha atuação parlamentar que deve estar focada no interesse público. Como aquele governo não tinha nada a dizer, partia para insinuações para tentar me desacreditar, mas nunca deixei me levar por esse tipo de conversa fiada”.
Janaína diz não se esquecer dos embates passados e que voltaria facilmente a questioná-los caso se repetissem. Nos debates de agora, a deputada defende, apenas para citar um exemplo, o projeto que proíbe a pesca por cinco anos em Mato Grosso e que gerou polêmica e encontra-se em discussão na Assembleia. Outro levante de peso foi com seu colega de parlamento Ulisses Moraes (DC). Em sua campanha Moraes teria defendido a extinção de verba indenizatória aos deputados que recebem salário de cerca de 65 mil reais e hoje ele utiliza essa verba no seu mandato.
Sobre a avaliação que faz da gestão passada ela diz que Taques “foi extremamente inabilidoso, seja com a população ou mesmo com a Assembleia Legislativa. Tudo isso somou para que ele se isolasse à frente de um mandato pífio que, ao meu ver, não imprimiu nenhuma marca de sua passagem, a não ser a bagunça nas contas públicas que acho que seja o retrato de sua incompetência pelo governo”, esbraveja.
Por ironia do destino, a deputada será a relatora da contas do seu algoz político Pedro Taques, mas afirma agir de maneira técnica e justa “independente do voto do TCE, vou fazer uma análise técnica e justa em cima da realidade”, garantiu a parlamentar em publicação em suas redes sociais. Vale lembrar que o parecer da Corte de Contas serve apenas para orientar os deputados na votação, podendo ser acatado ou simplesmente ignorado, uma vez que trata-se de uma votação de cunho político.
Na mais recente greve de professores do Estado e que durou cerca de 70 dias, Janaína diz que defendeu o diálogo entre as partes. “É muito cedo para cobranças, Mauro Mendes assumiu sem caixa. O momento não era propício para greve. Este governo terá meu apoio no que for favorável ao Estado. O que for contrário e que na minha opinião cause qualquer tipo de prejuízo à população, serei contra. Apoio irrestrito não faz bem a ninguém”, avisa.
Numa análise sobre seu primeiro mandato ela diz que “foi produtivo, com evidência da minha atuação parlamentar dentro da Assembleia e fora dela. Havia uma cobrança muito grande dos municípios, exigiam muito de mim, enquanto circulavam vídeos sobre meu trabalho porque me entreguei mesmo à atividade legislativa, a de fiscalizar, coisa que até meus adversários reconhecem esta minha aproximação com as bases da sociedade”.
Para este seu segundo mandato ela propõe “um trabalho disciplinado, linear como fiz anteriormente, quando fiscalizei as contas do governo e foi por isso que evitamos que licitações fossem fraudadas ou direcionadas. Continuo minha luta em defesa dos servidores para que não sofram tanto com a defasagem salarial”. Mas de todas suas bandeiras levantadas até aqui, a RGA (Revisão Geral Anual) terá sido a principal de sua atuação, assim como a questão do municipalismo, a descentralização da administração pública para que fique mais perto das pessoas. Ela conta que foi pela RGA que seu nome se tornou conhecido. “Acabei ganhando aliados espontâneos entre os servidores”, disse ela no início do governo de Mauro Mendes que teve seu apoio velado logo no round do primeiro e único turno das eleições mato-grossenses.

Karen Malagoli/Secom-AL
CENTRO DE ONCOLOGIA

Em breve Barra do Garças ganhará um Centro de Excelência em Oncologia, implantado pela Unimed Araguaia, importante passo para o avanço no combate ao câncer na região.
ão se contesta o índice de
Ncâncer no país, assim como o combate sistemático à doença com tecnologia de ponta e profissionais renomados que salvam vidas, embora o saldo de mortos seja assustador. Indicadores do Inca (Instituto Nacional do Câncer) mostram que o índice de óbitos em homens em 2017 ultrapassou a casa dos 115 mil e 300 mil em 2018. Para mulheres, somadas todas as neoplasias (tumores) 103 mil para mulheres em 2017 e 282 em 2018.
Esta crescente escala que deixa mortos e sequelas pelo caminho motiva tanto o poder público quanto a iniciativa privada a promoverem estudos, pesquisas científicas e investimentos para conter seu avanço danoso com milhares de mortes no país. O impacto humano do câncer é bem conhecido: são mais de 225 mil mortes no Brasil a cada ano.
O portal da BBC Brasil noticiou em fevereiro de 2018 que “um estudo inédito mediu as perdas que esse mal impõe à economia, levando em conta o recuo na produtividade causado pelos 87 mil óbitos registrados na população economicamente ativa - ou seja, pessoas com idade entre 15 a 65 anos. A estimativa é de que o país sofra um prejuízo de US$ 4,6 bilhões anuais, o equivalente a R$ 15 bilhões e a 0,21% de toda a riqueza gerada”.
Em Barra do Garças, a partir de 2020, pacientes oncológicos da região podem contar com a nova referência para o tratamento de câncer, o Centro de Excelência em Oncologia da Unimed Araguaia para o tratamento da doença em todo o Estado de Mato Grosso. A unidade será um anexo do prédio do Instituto de Nefrologia do Araguaia (INA) e vai ofe-
recer tratamentos de quimioterapia e medicina nuclear.
O início de atendimento está previsto para meados do segundo semestre de 2020. A estimativa inicial é que o Centro de Oncologia possa realizar mais de 150 atendimentos por mês. Os serviços médicos-ambulatoriais, nutricionais, psicológicos e sessões de quimioterapia serão realizados no Centro de Oncologia. Esse centro será dotado de uma equipe formada por cerca de 20 colaboradores, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, recepcionistas, farmacêuticas,

auxiliares de farmácia e médicos.
O presidente da Unimed Araguaia, o pediatra Quidinho Tolentino (ao lado), diz que esse Centro de Oncologia vai garantir assistência integrada. “Será um grande avanço para os pacientes oncológicos que terão atendimento em um só local e com isso proporcionando a agilidade no tratamento. Nosso objetivo é oferecer todo o cuidado que o paciente e a família necessitam”, explica. Ele ressalta ainda que o funcionamento desse CO engrandece o polo de saúde em que se transformou Barra do Garças para o Vale do Araguaia.
Foto: Ministério da Sáude

Após investir em nefrologia (acima) e A diretora superintendenoncologia, a Unimed te da Unimed
Araguaia, segundo a superintendente Darcyane Faria, passa a gerenciar Araguaia, a médica Darcyane ainda este ano a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do novo Hospital MedBarra, próximo ao Faria (ao lado), garante que o Centro terá terminal rodoviária de Barra do Garças uma equipe de p ro f i s s i o n a i s preparada para contribuir com a otimização do tratamento e o bem-estar do cliente, assim como de sua família. “Com a inauguração do Centro de Excelência em Oncologia Unimed Araguaia será possível cuidar dos nossos pacientes oncológicos sem ter que sair de Barra do Garças, o que proporciona certo conforto, qualidade e segurança. A nova estrutura contará com um espaço moderno e ambiente acolhedor, o que proporciona privacidade e bem-estar durante a fase de tratamento. Teremos uma infraestrutura moderna e atendimento de excelência. Pretendemos oferecer aos pacientes segurança e comodidade durante este período de suas vidas”, disse.
A inauguração deste Centro de Excelência integra as ações da co


operativa de médicos previstas no processo de planejamento estratégico 2019/2020, com investimentos através de recursos próprios.
ESTRUTURA E TECNOLOGIA
A parte superior do prédio, que foi construída em março de 2012, conta com ampla área no piso superior do INA com espaço para salas de quimioterapia e medicina nuclear destinadas ao atendimento de pacientes, além de abrigar os setores de administração.
Fotos: Getúlio Costa/Grupo Leste
Toda a estrutura foi construída com base em critérios como conforto, qualidade e humanização. O Centro de Oncologia possuirá consultórios para equipe multidisciplinar e médicos.
A equipe médica contará com especialistas em hematologia e oncologia prontos para orientar os pacientes, conduzindo o diagnóstico, acompanhamento e tratamento. As sessões de quimioterapia serão realizadas com conforto e privacidade. Os pacientes terão à disposição 10 leitos para as sessões de quimioterapia.
Com a chegada do Centro de Excelência em Oncologia, a região do Araguaia ganhará um aliado de peso nos diagnósticos e tratamentos do câncer. A tecnologia que hoje é sinônimo de sobrevida, qualidade de vida para os doentes, precisão e menos efeitos colaterais estarão presentes nos investimentos. Equipamentos e exames de última geração conseguirão agir no local exato do tumor, onde somente serão utilizando medicamentos de procedência com registro junto na anvisa. Equipes multidisciplinares com um profundo conhecimento completam o cenário ideal para o combate da doença que mais mata na atualidade.
Todo esse aparato vem somar ao Instituto de Nefrologia da Unimed Araguaia, inaugurado em dezembro de 2011 e que hoje cobre praticamente a demanda da região. Uma equipe de 30 profissionais garante a excelência de atendimento somado à tecnologia de ponta no tratamento de hemodiálise recomendado pelas melhores práticas internacionais.
O INA atende, atualmente a média de 120 pacientes por mês, o que significa cerca de 1440 sessões de hemodiálise mensais e tem perspectiva de aumentar a quantidade de máquinas e com isso elevar esse número para 180 pacientes renais (2.160 sessões de hemodiálise/mês).
Toda a prestação e serviço, seja de oncologia ou nefrologia, entre outros, é integrada com os demais serviços da Unimed Araguaia, o que garante o atendimento multidisciplinar aos seus clientes com a mesma qualidade e atenção praticada nos mais modernos centros do país. Professor da rede pública estadual, Isaque Rosa Madalena (foto), de 56 anos, é paciente de hemodiálise do Instituto de Nefrologia do Araguaia (INA) e, segundo disse, submete-se à sessões em uma máquina do 3º turno nas segundas, quartas e sextas-feiras há cerca de um ano e oito meses e diz que se sente bem e que o tratamento não o impede de exercer suas funções em sala de aula.
Isaque conta que no início do tratamento, em 2018, ficou preocupado com o ritmo de vida. “Passei a levar, mas hoje sei que a clínica facilitou minha vida, já que não tinha condições de submeter a um tratamento desta magnitude fora da cidade e, sobretudo, gratuito, pelo SUS. Depois que me adaptei ao tratamento mantenho uma rotina normal, como as outras pessoas”, diz.
Humberto Medeiros Magalhães também é paciente do INA em Barra do Garças onde faz tratamento há 18 meses em dias alternados. Ele conversou com a reportagem e disse que se tivesse que se submeter a uma clínica particular seria difícil, uma vez que o preço por sessões varia de 300 a 500 reais. “Nenhum pobre teria acesso. Seria caso de vida ou morte”, diz.
Ao descrever seu tratamento, Humberto, de 45 anos, disse que “é

Acima, a enfermeira Natiely Santos com um paciente (Isaque Rosa) e os médicos Unimed: pedriatra Quidinho Tolentino; ortopedista José Luiz e o nefrologista Marttonio Nunes

tranquilo, mas assim que termina a sessão a gente fica muito fraco, é regra. É por isso que nós temos psicólogos, médicos, nutricionistas, assistentes sociais que nos acompanham e isso nos fortalece, nos ajuda a vencer obstáculos próprios de quem faz hemodiálise”, conclui. (Assessoria)

PARCERIA ENTRE UNIMED ARAGUAIA E MEDBARRA GARANTE UTI COM EQUIPAMENTOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO
Acrise que afeta o país atinge principalmente os investimentos relacionados à saúde. Na contramão desses indicativos, a Unimed Araguaia em parceria com o Hospital MedBarra inaugura em outubro, em Barra do Garças, dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com recursos próprios através de um contrato quando a cooperativa passa a ser a responsável pela administração dos leitos de UTI dentro daquele hospital.
Após quase cinco anos em construção, o novo Hospital MedBarra, localizado na avenida Valdon Varjão (próximo ao terminal rodoviário), vai atender pacientes em casos de alta complexidade, onde o espaço foi projetado em um conceito moderno e técnico, mas que prioriza o atendimento humanizado.
De acordo com o presidente da Unimed Araguaia, o médico Quidinho Tolentino, o investimento vai melhorar a qualidade dos atendimentos aos usuários de toda a região do Vale do Araguaia. “Com a inauguração dessa UTI, os pacientes que necessitem de uma terapia intensiva ou procedimentos de maior complexidade, terão aumento do número

de leitos para atender a demanda da região do Araguaia que já conta com a UTI do hospital e pronto socorro municipal de Barra do Garças Milton Pessoa Morbeck”.
Para atuar neste novo setor, serão contratados dezenas de profissionais, entre regime CLT e contratados, que vão atuar diariamente na assistência e apoio a unidade a exemplo de médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, nutricionista, auxiliar administrativo e funcionários de limpeza, além de outros profissionais do próprio hospital.
A superintendente da Unimed Araguaia, Darcyane Farias, destacou que esse projeto integra outros investimentos que estão sendo realizados. “Esta parceria é um sonho que se torna realidade. A união entre a Unimed Araguaia e o MedBarra deverá garantir saúde de maior qualidade na região. Essa UTI vem preencher uma lacuna que existia no atendimento dos nossos beneficiários e outros em termos de alta complexidade. Temos a certeza que esse projeto irá consolidar Barra do Garças como um polo de saúde para toda região. Como a Unimed Araguaia se tornou uma referência no cooperativismo, temos a certeza que essa parceria fará a diferença na saúde de Barra do Garças e região”, diz.
A nova unidade de UTI do hospital MedBarra deve iniciar o seu funcionamento em outubro, e atenderá convênios, além dos cerca de 18 mil clientes da Unimed Araguaia. (Assessoria).


SAÚDE NO ARAGUAIA Deputados falam dos avanços que a saúde teve na região, mas afirmam que ainda falta muito para se chegar no conceito bom
ssim que a Unimed Ara
Aguaia anunciou a criação e um Centro de Excelência em Oncologia para 2020 em Barra do Garças, o deputado estadual Eugênio Paiva da Silva (Dr. Eugênio) (PSB) elogiou a medida e disse que “iniciativas dessa magnitude engrandecem o atendimento de saúde em toda a região”.
Na entrevista ao portal de notícias Semana7 o deputado não escondeu seu entusiasmo: “estou junto com esse projeto de oncologia da Unimed em Barra do Garças”.

Assessoria de Gabinete

Em ligeira análise sobre saúde no Vale do Araguaia mato-grossense ele disse que a atenção básica e a média complexidade “nós fazemos bem em boa parte dos municípios”. Eugênio ponderou, no "Mauro Mendes já se posicionou em relação à saúde do Araguaia, está bem focado, consciente de que é preciso descentralizar o entanto, que o baixo Araguaia “peca apenas na atenção baixa, infelizmente”. atendimento", segundo Dr. Eugênio, "Cuiabá já não suporta a demanda de pacientes que recorrem Em sua concepção “precisamos desenvolà capital para tratamento de saúde" ver aqui a alta complexidade
Edevilson Arneiro/Secom-BG
que Barra do Garças, através da Unimed, está chamando a responsabilidade para si já com mais de 10 leitos de UTI, com amplo atendimento de nefrologia e agora a oncologia que está sendo montada para tornar-se uma referência. É isso que temos que fazer, descentralizar a alta complexidade”.
Em sua avaliação, o governo de Mauro Mendes “já se posicionou em relação à saúde do Araguaia, o secretário (de Saúde) Gilberto Figueiredo está bem focado, consciente de que é preciso descentralizar o atendimento porque Cuiabá não dá conta de cobrir a demanda que chega do interior”. Atribui-se a isto “à falta de recursos. Em Água Boa, os 11 municípios que fazem parte do consórcio conseguem resolver bem essa média complexidade já que mandam tudo para o seu Regional. Ali se realiza cirurgias de média complexidade, e faz muito bem, cerca de 300 por mês e se há casos mais graves recorremos a Cuiabá ou Goiânia”.
Consoante ao seu colega de Assembleia Legislativa, o deputado Max Russi (PSB) destaca que a regularização dos pagamentos à saúde em Barra do Garças neste início de ano, assim como de outras cidades, tem sido objeto de sua atenção. “Essa estabilidade nas finanças da saúde devolve às prefeituras condições para realizarem com planejamento as ações para o setor”, diz. Membro da Comissão de Saúde na AL, Max Russi visita com frequência cidades do Vale do Araguaia e suas unidades hospitalares onde houve reivindicações e tenta fazer o que seja importante para melhorar o atendimento à população. “Não imagino que minhas ações sejam interpretadas como se eu estivesse prestando um favor, pelo contrário, cumpro meu dever de intermediar as bases com o poder do Estado”.
Com especialidade em anestesiologia e médico regulador por 14 anos em Água Boa, Dr. Eugênio elogiou vários prefeitos da região, entre os quais Janaílza Taveira, de São Félix do Araguaia, Abmael Borges da Silveira, de Vila Rica e Dalva Peres de Cocalinho, empenhados na construção de hospitais. “A saúde é um saco sem fundo!”, exclama Dr. Eugênio e diz que Nova Xavantina gasta 1.2 milhão mensais em saúde pública, a mesma quantia que o Consórcio de sua cidade. Confresa recebe do Governo Estadual 500 mil reais. No que diz respeito a Porto Alegre do Norte, numa audiência pública em abril deste ano, o vice-governador Otaviano Pivetta jogou um balde de água fria na expectativa local: “o hospital daqui não vai sair”, disse ele diante do orçamento previsto de 30 milhões de reais para a execução da obra.
Barra do Garças é considerada por muitos como a capital da região do Araguaia e oficializa esse status também em saúde. Sendo polo para a região, a cidade que fica na divisa com o Estado de Goiás termina por aten-
der os dois estados e tornou-se referência em "A estabilidade financeira para o setor de Saúde devolve às prefeituras saúde pública para mais de 30 cidades do Vale condições para um planejamento de ações", diz Max Russi, membro da Comissão de Saúde na do Araguaia mato-grossense e Assembleia Legislativa e que visita com frequência cidades do Vale do goiano. Para aumenAraguaia, como o polo Barra do Garças tar sua capacidade, nos últimos anos a administração local construiu uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), aumentou seu número de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Municipal Milton Pereira Morbeck (Pronto-Socorro), além de várias Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas por diversos bairros, incluindo novas em construção. A secretária Municipal de Saúde do município, Clenia Monteiro Silva Ibrahim, diz que o sistema em Barra do Garças possui considerável capacidade de atendimento, com 20 UBS, duas policlínicas, duas farmácias básicas, Laboratório Municipal, Centro Regional de Referência em Especialidades (CRRE), entre outros. Dados da Secretaria mostram que cerca de 25 mil pessoas são atendidas por mês.
Com a inauguração da UPA, no setor Industrial, em dezembro de 2017,
Fotos: Edevilson Arneiro/Secom-BG

para serviços de urgência e emergência hospitalar, desafogou em parte a concentração de pacientes no Hospital Municipal, deixando a unidade especializada para internação. A ampliação dos leitos de UTI, de 10 para 20, aumentou a capacidade de atendimento na região Leste do Estado, disse a secretária.
Clenia diz que a administração de Barra do Garças se desdobra na expansão de atendimento, e cita como
Maycon Falkony

exemplo a fase de conclusão do Conjunto Residencial Carvalho, pelo Minha Casa Minha Vida, onde a prefeitura pretende abrir mais uma UBS, assim que as obras daquele conjunto habitacional forem concluídas onde o governo federal injetou 50 milhões de reais para seu término, previsto para este ano.
Todas essas ações ainda poderão ser potencializadas com o pagamento da dívida que o Estado tem com Barra
Com a inauguração da UPA, no setor Industrial, em dezembro de “ 2017, para serviços de urgência e emergência hospitalar, desafogou em parte a concentração de pacientes no Hospital Municipal, deixando a unidade especializada para internação. A ampliação dos leitos de UTI, de 10 para 20, aumentou a capacidade de atendimento na região Leste do Estado “
do Garças na área da saúde, cerca de 14 milhões de reais.
A rede particular também se movimenta para aumentar sua capacidade de atendimento na cidade. O hospital Medbarra, a exemplo, está finalizando a construção de uma nova unidade, próximo ao terminal rodoviário.
Além dessa nova unidade, o Instituto de Nefrologia do Araguaia (INA) administrado pela Unimed, destina seus serviços à pacientes em tratamento de doenças renais. O instituto recebe recurso do governo federal e promove convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), para quem não pode pagar procedimentos caros, como o de hemodiálise.
A Unimed prepara ainda seu Centro de Excelência em Oncologia da Unimed Araguaia na cidade. A referência mais próxima para esse tipo de tratamento é o Hospital do Câncer, na capital Cuiabá, ou Barretos, em São Paulo. Reflexo desse aumento de capacidade na estrutura da saúde em Barra do Garças é que de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre os seis primeiros setores que mais contrataram em 2019, até junho, três são da área da saúde. O primeiro é Agente Indígena de Saúde, com 304 admissões, em terceiro técnico em enfermagem, com 265 admissões e em sexto enfermeiro, com 129 admissões
Em Santa Terezinha, no extremo Nordeste do Estado, (a 1.328 km de Cuiabá), a administração de Euclésio Ferretto, segundo o mais recente boletim publicado pela a prefeitura, investe em equipamentos para o Hospital Municipal, em infraestrutura,



quadro pessoal e campanhas preventivas no sentido de sanar os problemas ali existentes e diz que “nunca a saúde local foi tão respaldada com tantos benefícios” e cita a frota de veículo destinada ao setor, um aparelho de raio-x, atendimento médico e a aquisição de um gabinete odontológico, apenas para citar alguns como a cobertura de alguns setores da saúde pública local.
A contenção de despesas está
presente nas ações da prefeitura, conforme garante o prefeito Ferretto e por conta disso “tiramos a Secretaria de Saúde do aluguel mensal para o expediente em prédio próprio do município” onde funciona também o atendimento de fisioterapia, Farmácia Básica e laboratório.
Além disso, mesmo sem ressarcimento por parte do Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), a prefeitura do município, conforme dis

Semana7.com

se o prefeito, oferece atendimento de saúde aos indígenas que residem na Ilha do Bananal, no Tocantins. “O nosso propósito é tornar o atendimento de saúde em Santa Terezinha mais prático, rápido e de qualidade a toda a nossa gente”, resume o prefeito.
A gestão de Cocalinho, comandada pela prefeita Dalva Peres, espera diminuir a dependência do Hospital Regional em Água Boa com a refor
Assessoria
O nosso propósito é tornar o atendimento de saúde em Santa “ Terezinha mais prático, rápido e de qualidade a toda a nossa gente”, resume o prefeito Euclesio Ferreto “
ma e ampliação da unidade hospitalar de seu município. A prefeitura investiu mais de 2 milhões de reais para reabrir o Hospital Municipal, a partir de uma nova estrutura e de melhor qualidade.
Contudo, a administração aguarda a vinda de recursos para a aquisição de equipamentos para o centro cirúrgico e, com isso, a diminuição de transferências para os polos de Água Boa e Barra do Garças. A nova

Na página ao lado, a prefeita Dalva Peres, estrutura do Hospital Munide Cocalinho, inaugura o hospital municipal. Acima, o prefeito de Santa Terezinha Euclesio cipal conta com climatização e alguns elemenvistoria equipamentos hospitalares. Nesta página, a prefeita Janailza, de São Félix do Araguaia tos técnicos que devem propiciar conforto às (de branco) fiscaliza obra do Hospital Regional pessoas. Outra obra i m p o r t a n t e , segundo dados da prefeitura, é a readequação do Laboratório de Análises Clínicas que ocupa o espaço do antigo hospital. A nova estrutura conta com três salas, sendo uma para coleta, uma de exames e recepção. Os novos equipamentos e mobiliário foram adquiridos com recursos de emenda parlamentares no valor de 230 mil reais, enquanto a obra do Hospital Municipal foi custeada com recursos próprios da prefeitura. “A prioridade agora é a instalação do centro cirúrgico”, diz a prefeita. Nesses últimos dois anos as Unidades Básicas de Saúde (UBS) fizeram cerca de 86 mil atendimentos, 35 mil exames laboratoriais, 23 mil

Itael Silva/Assessoria hospitalares, além de 16 mil procedimentos odontológicos e 2.3 mil em escolas do município. A Secretaria de Saúde informa que não há mais filas de espera para o setor de fisioterapia e que cerca de 500 atendimentos foram realizados no Centro de Reabilitação no período de janeiro a agosto de 2018, enquanto a Farmácia Básica mantém a demanda, sem que falte medicamentos à população. A saúde pública em São Félix do Araguaia é tratada como prioridade, como gosta de afirmar a prefeita Janaílza Taveira. Prova disso são as obras em curso do Hospital Municipal em parceria com o Governo do Estado ao custo de mais de 700 mil reais. A entrega deste HM à comunidade remonta a várias administrações que precederam à atual gestão. Outra ação considerável foi a recente contratação de um médico cirurgião para o município que de certo modo diminui em parte encaminhamento de pacientes para a capital Cuiabá.
De acordo com dados da prefeitura, somente a contratação desse médico gerou uma economia em cerca de 46 mil reais, posto que antes da vinda deste profissional os casos emergenciais dependiam do frete aéreo em torno d e 12 mil reais apara Cuiabá, a 1.115 km de distância. Além disso, hoje as unidades de saúde do município contam com médicos e odontólogos que atendem a população.
Nesses dois anos de gestão de Janaílza, já foram realizados cerca de 2 milhões de atendimentos na cidade e comunidades do interior. Além disso 1.854.825 medicamentos foram distribuídos pela a Atenção Básica e, através do consórcio intermunicipal, 311 cirurgias foram realizadas, 1.308 exames de raio-x, 350 eletrocardiogramas, 9.931 consultas médicas, 1.045 ultrassonografias e 637 internações no hospital, entre outras ações. Se o assunto é saúde pública, “os distritos não ficam de fora”, diz a prefeita. Unidades Básicas de Saúde para atender à comunidade, juntamente com a nova frota de veículos, sejam ambulâncias ou para a vigilância da saúde fazem parte das aquisições, assim como a parceria com o Estado e Tribunal Regional do Trabalho para adquirir equipamentos eletrônicos e condicionadores de ar para o Hospital Municipal que deve ser inaugurado este ano.