MEMÓRIAS
A EVOLUÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO
HE TEN Engenharia de Moldes
SUCESSO DA EMPRESA SE DEVE NÃO APENAS AO INVESTIMENTO E ÀS TÉCNICAS UTILIZADAS, MAS AO COMPROMETIMENTO DE TODOS. Por Gisélle Franciane de Araújo (gisellefranaraujo@gmail.com)
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Brasil é um dos maiores empreendedores do mundo, mas se de um lado muitas empresas abrem, diversas outras fecham as portas. Do que depende o sucesso de uma empresa? Do atendimento, do produto oferecido, dos investimentos realizados, da qualidade de seus profissionais. Sim, ainda é preciso conhecer bem os clientes, os concorrentes, o mercado econômico. E se falarmos em comprometimento? Muitos empresários diriam que a aplicação desta palavra é fundamental no mundo dos negócios. A Herten Engenharia de Moldes completa 35 anos. É a mais antiga ferramentaria de Joinville, que é a maior e mais industrial cidade catarinense. A empresa surgiu em 1981, quando os sócios da Akros, para poderem crescer e competir com a Tigre, sua maior concorrente, resolveram montar uma ferramentaria para desenvolver moldes com diferenciais tecnológicos. Os sócios-fundadores, Ninfo Valtero König, João Rufino de Bruns Neto, Arlindo Alfredo Steffens e Ingo Hertenstein, sócios da Akros, mais Fredolino Osmar Jung (Fred), que veio de outra ferramentaria de Joinville, pensando em uma estratégia de marketing para atrair novos clientes, deram o nome à empresa, naquele momento, de Fred Jung Moldes e Matrizes. No início, contava com 12 funcionários e as atividades eram
Edson, Ingo (sócio fundador) e Jackson Hertenstein
realizadas dentro da Akros e com as máquinas que eram da ferramentaria desta empresa. Os primeiros serviços realizados foram moldes de conexão para a Akros e ferramentas de estampo para a Britânia Eletrodomésticos. A empresa era administrada pelos sócios Ingo e Fred. Dois anos depois, em 1983, devido ao crescimento da ferramentaria, houve a necessidade de mudar de endereço. A empresa foi para a Rua Tenente Antônio João, no bairro Bom Retiro, onde está até hoje. A economia do país estava crescente e o mercado de construção civil, foco da Akros, a pleno vapor. Por isso, a ferramentaria teve um grande crescimento, chegando a ter mais de 100 funcionários, inclusive com um centro de formação de mãode-obra interno. Durante este período, foram implantadas na empresa algumas metodologias japonesas de trabalho, em conjunto com a implantação na Akros, tais como: Just in Time, CCQ, e Kanban, para controle do processo produtivo. Para a empresa, o que proporciona um diferencial em termos de produtividade é o comprometimento e controle do processo produtivo em relação aos concorrentes. “Trabalhávamos de 70 a 85% de nossa capacidade para a Akros e o excedente era destinada aos outros clientes, principalmente para moldes, que exigiam um grau de complexidade maior em termos tecnologia e comprometimento de prazo de entrega”, aborda o diretor comercial da empresa, Edson Hertenstein. E, assim, 14 promissores anos, situação que perdurou até 1995, quando a Akros praticamente completou sua linha de produtos e sua demanda de moldes iria reduzir para 25% da capacidade instalada da empresa. “Tínhamos duas opções: reduzir para o tamanho necessário para atender a Akros ou buscar este excedente no mercado”, comenta Edson. A opção escolhida pelos sócios foi a segunda, manter o tamanho existente da empresa e buscar no mercado novos clientes que suprissem essa capacidade. “No primeiro momento, não conseguimos ocupar a capacidade em função de que, como trabalhávamos muito para a Akros, nossa estrutura indireta estava um pouco pesada, acarretando em nossos preços serem bastante elevados para o mercado”, lembra o diretor. REVISTA FERRAMENTAL MARÇO.ABRIL 2016
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