Revista Ferramental Edição 41

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31 de maio – DIA DO FERRAMENTEIRO

O profissional ferramenteiro tem muito a comemorar no seu dia, pois o mercado de trabalho está carente dessa profissão. Por esse motivo é uma profissão altamente valorizada pelo mercado. Existem diversas formas de tecnologia surgindo todos os dias, e o ferramenteiro tem de ficar atento às ideias inovadoras, trazendo ao mercado ferramentais de maior qualidade, durabilidade e precisão. Desde a pré-história tem-se a utilização da profissão de ferramenteiro, pois nos primórdios já se utilizavam técnicas de fabricação de peças como armas e utensílios, onde através do processo de forjamento obtinha-se a dobra e corte dos materiais que davam formas ao produto. Com o passar dos séculos, as inovações trouxeram um reconhecimento ao profissional ferramenteiro agregando valor aos ferramentais. Podemos citar a fabricação de moedas por exemplo, que utilizavam técnicas de corte e estampagem com uma certa precisão. A partir do século XIX a profissão se torna ainda mais significativa na Europa e na América do Norte. É nesse momento que inicia a produção de utensílios de alta precisão, como exemplo os relógios fabricados durante o período de 1850. A partir do século XX, em consequência da industrialização, em quase todo o mundo, a profissão começou a ser divulgada, principalmente pelos Europeus que já dominavam algumas técnicas de ferramentaria. Desse modo, a evolução e a comprovação da importância dessa profissão para a indústria metalúrgica se tornaram mais robustas.

JK opera a caldeira de fundição para produzir o primeiro bloco de motor da Sofunge destinado à Mercedes Benz do Brasil

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Ferramental

Maio/Junho 2012

Ernesto Berkenbrock Núcleo de Usinagem e Ferramentaria da ACIJ ernesto.b@sociesc.org.br

No Brasil, no dia 21 de dezembro de 1955, Juscelino Kubitschek, às vesperas de sua posse, presidiu em São Paulo a cerimônia organizada para a fundição do primeiro bloco de motor diesel para caminhões. Vazando o ferro líquido no molde de areia, surgia no Brasil o primeiro motor. Logo depois da posse, em janeiro de 1956, Juscelino divulgou seu Plano de Metas, incluindo entre elas o desenvolvimento a curto prazo, da indústria automobilística, o GEIA - Grupo Executivo da Indústria Automobilística que foi criado e foi responsável pelos índices de nacionalização da indústria automobilística. Dentre os projetos aprovados pelo GEIA, 11 foram concretizados: FNM, FORD, GM, International Harvester, Mercedes-Benz, Scania-Vabis, Simca, Toyota, Vemag, Volkswagen e Willys. Isso incentivou a expansão do setor de autopeças, cujo número de fábricas chegou a ter 1.200 em 31 de dezembro de 1960. É nesse contexto, que na segunda metade da década de 50, os ferramenteiros conquistaram uma posição de destaque como mão de obra qualificada e de importância estratégica. A classificação da profissão se dá pelo Ministério do Trabalho, através da CBO - Classificação Brasileira de Ocupações que classifica o profissional Ferramenteiro com o código 7211 e a descrição desse profissional é: “Constroem e desenvolvem ferramentas e dispositivos de usinagem, estampo de corte, dobra, repuxo e corte fino, moldes de sopro, de injeção e eletroerosão, modelos de moldes metálicos para fundição; fazem controle dimensional de produtos e peças usinadas e planejam o processo de construção de produtos ou protótipos”. E também destaca que a formação e experiência necessária para exercer na profissão: “O exercício das ocupações requer ensino médio e cursos de qualificação profissional, seguido de especialização em ferramentaria, com duração de mais de quatrocentas horas/aula. O exercício pleno das atividades demanda experiência de três a quatro anos. As condições gerais do exercício são destacadas pela CBO: “Trabalham empregados com carteira assinada na metalmecânica, em minerais não-metálicos, borracha e plástico; é também comum o trabalho em equipe, com supervisão


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