

ESCRIBAS REVISTA








Ficha Técnica
Direção de criação:
Maria Gabriela Cardoso
Produção:
Maria Gabriela Cardoso
Capa:
Maria Gabriela Cardoso
Colunistas Fixos:
Ademilson Lopes, Ana Kelly, Aryane Braun, Crís Vérissimo, Conceição Costa, Chirles Oliveira, Lucas Villela, Maria de Melo, Marina Stolfi, Matheus Roberto, Michele Fernandes, Patrícia Macedo, Renata Mathias de Lima e Yohanna R. Gulanovski.
Colaboradores:
Adeneri Nogueira de Borba, Beatriz Moraes Viana, Draylton Tavares, Gutyerrez Filho, Nicolas Irurzun, Pedro Garrido, Beatriz Moraes Viana, Walter JS Coutinho, Lilian
Farias, William R.F. Ramires, Marcelino Rodrigues Cutrim, Jé Oliveira de Burgos, Paula Anias, Mari Ricomini, Joana
Nunes Rivera, Eduardo Martínez, Helena Solfyere, Soraya
Jordão e Vivian Bonfim.
Comercial: revistaescribas@outlook.com coletivoescribas@outlook.com













































































































ADENERI NOGUEIRA DE BORBA
O Coletivo Escribas para mim
Ser um escriba é respeitar seu processo criativo e do outro
É fazer parte de uma coletividade que te inspira, te abraça
É encontrar no colega seu(s) escritor(es) favorito(s)
É ter um ponto de partida em projetos coletivos
É se descobrir escritor, criar seu espaço com originalidade
Ser você em meio à diversidade.























Solidão e medo e por fim acabam por arrastar todos a sua volta com uma vibração negativa, espalhando o baixo-astral, são como buracos negros. Mas o melhor de todo esse papo sobre estrelas e humanos, é que os humanos podem escolher como administrar seus próprios sentimentos, chamamos isso de inteligência emocional. Você não pode escolher o que irá lhe acontecer, o futuro é imprevisível, mas a forma como você reagirá é puramente uma escolha. E aí? O que você escolher ser, uma supernova ou um buraco negro?


















ACERVO PESSOAL - UM POR DO SOL, PINTURA EM TELA - CHIRLES OLIVEIRA
Um pôr-do-sol à beira-mar
Um pôr-do-sol vívido no céu
As aves cantam alegre melodia
O vento sopra uma suave brisa
Doce momento de paz e alegria
O mar sublime agita suas ondas
Lugar perfeito para descansar
Ouve-se o suave som das águas
Sua música fantástica a embalar
Ao anoitecer, a escuridão tão bela
Deixa o mar com aspecto sereno
A luz da lua traz seu brilho intenso Percebe-se ante à natureza, tão pequeno.





















MARIA GABRIELA CARDOSO
No dia 11 de abril o Coletivo Escribas completou dois anos. Nunca imaginei que uma simples brincadeira de criar um coletivo literário poderia trazer tantas coisas boas pra minha vida. Hoje também temos a Revista Escribas, um projeto que ainda não completou um ano, mas que já conta com diversos escritores publicados gratuitamente. Esses dois projetos que me renderam diversas oportunidades, são a crença de que a literatura pode ser algo DEMOCRÁTICO, ACESSÍVEL e que ela precisa estar ao lado de quem deve: o POVO, independentemente de classe social, nível acadêmico ou quaisquer outras características que tendem a ser excludentes. Deixo aqui o meu agradecimento a todos os colegas talentosíssimos que tenho ao meu lado e que fazem esse projeto acontecer, assim como também a todos que nos acompanham.





Saúde Mental Poesia Versos














O que são as palavras pra você?
As palavras são como pontes que me levam a tocar o coração das pessoas. Por outro lado, são minhas companheiras nas horas de introspecção ou de ansiedade, quando minha mente está com um turbilhão de pensamentos acelerados
Você tem dificuldade para se concentrar? É difícil para você escrever? Possui muitos bloqueios criativos? Como lida com eles?
Sou portadora de fibromialgia e um dos sintomas é a dificuldade de concentração, muitas vezes decorrente das dores intensas, por outro lado, a escrita também me alivia de alguns sintomas Parece contraditório, mas é exatamente assim. Quando a escrita vem espontaneamente não há dificuldade, diferente de quando me submeto a escrever sobre determinado tema, nesse caso a concentração é um desafio e a música e aromas me ajudam.
Não, mas admiro quem assim o faz e desejo ter essa disciplina Pretendo organizar minha rotina incluindo um momento diário para escrita Escreve todos os dias?
Como é a sua rotina de escrita? Você escreve pela manhã, tarde ou noite? Descreva.
Confesso que não tenho uma rotina de escrita. E só há algum tempo entendi que para me consolidar como escritora preciso dessa rotina, contudo ainda não consegui essa disciplina e organização, pois muitos dos meus poemas surgem espontaneamente e nos mais diversos momentos.
Você tem algum ritual ou local para escrever? Bebe ou come algo enquanto escreve?
Quando me proponho a escrever algo de forma mais programada, gosto de ouvir uma música instrumental e colocar algum aroma no ar, seja um incenso, um óleo essencial ou mesmo um aromatizador de ambiente. Não costumo beber ou comer enquanto escrevo, pois me sinto imersa em outra dimensão
Sobre o que você mais gosta de escrever?
Minha escrita é muito diversa, gosto de escrever sobre minha infância, meus avós, amor, paixão, desilusão e todos os sentimentos e emoções que vivencio.
Quando foi que você olhou para si mesma e disse: “é isso mesmo que quero fazer, serei escritora”?
Escrevo desde criança e meu maior sonho de menina/moça era publicar um livro, na minha cabeça era o auge. Realizado aquele sonho, percebi que mais importante que a publicação era alcançar o coração das pessoas Quando comecei a participar de saraus, de Academias de Letras, do Sindicato de Escritores, de Bienal do Livro e o reconhecimento dos colegas me trouxe essa percepção São esses momentos que me validam como escritora e penso: sim, quero continuar nesse caminho!
Quem te inspira? O que te inspira? Onde você busca criatividade?
Vejo minha inspiração, de fato, como um dom divino. Mas, minhas experiências e leituras acabam ativando a criatividade Ler Cora Coralina, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Florbela Espanca, Mário Quintana, entre outros me inspira demais
Qual o seu maior medo no ramo da literatura?
Não sei bem se é um medo, talvez seja um risco, que a minha escrita não seja valorizada e reconhecida como desejo
Como a sua família lida com o fato de você ser escritora?
Como sou de uma família muito humilde e me esforcei para me destacar na vida acadêmica e literária, então meus pais sentem muito orgulho Já minha filha e esposo que me conheceram escritora, eles lidam com mais naturalidade e me incentivam muito, pois sabem o quanto essa trajetória me deixa feliz
Como você gostaria de ser visto pelos seus leitores?
Quero ser vista como inspiração para outras pessoas começarem a trilhar o caminho da literatura, seja pela leitura ou escrita. Tenho uma origem humilde, que foi transformada pelo poder da educação, que está de mãos dadas com a literatura. Esse é o legado que quero deixar não só para meus leitores, mas para todos aqueles que posso alcançar, inclusive nos projetos sociais dos quais participo
Qual a sua zona de conforto na escrita? Poesia, conto, crônicas…?
Desde a infância percebi o dom de escrever poesias Mas, quero lapidar minha escrita em outros gêneros literários como contos e crônicas.

Como é você quando o assunto é leitura? Você lê muito ou pouco? Quais foram as suas primeiras experiências com livros?
Fui adotada pela minha avó paterna, que era professora e me incentivou a ler desde cedo Nós tínhamos uma estante com livros e eu tinha livre acesso Lembro de um livro de literatura que me marcou muito, ele trazia resumo de clássicos como Iracema, Dom Casmurro, A Moreninha e Vidas Secas, então eu lia o resumo e pegava o livro na biblioteca da escola para ler na íntegra Hoje já não leio tanto quanto gostaria, haja vista as responsabilidades da vida adulta, mas consigo ler de 12 a 15 livros por ano.
Deixe aqui algum pensamento:
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina
O saber se aprende com mestres e livros
A Sabedoria, com o corriqueiro, com a vida e com os humildes.
O que importa na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada Caminhando e semeando, sempre se terá o que colher ”
Cora Coralina
Você escreve pelo computador ou à mão?
Gosto de escrever à mão, mas não é uma regra, também faço uso do computador e celular, às vezes, a inspiração vem de forma inesperada e o importante é aproveitar o momento.
O que você detesta no mundo literário?
A oferta indiscriminada de cursos que prometem transformar pessoas em escritores reconhecidos, como se pudesse comercializar o talento que, a meu ver, deveria ser nato
Como você vê a sua carreira na escrita daqui a 5 anos?
Quero alcançar o objetivo de disciplina para escrever rotineiramente e com isso publicar mais livros, inclusive num gênero diverso da poesia.























