Revista 297 janeiro 2018

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Professora Marcela Irian Angélica Machado Marinho

– se nele, mesmo sendo variado entre si e carregando um ligação de singularidade que os constitui subjetivamente, compartilham uma identidade com outros indivíduos, o que revela uma teia de intricada complexidade (Deschamps & Molinhe, 2009). Nesse segmento, podemos interpretar os conceitos de identidade, subjetividade e cultura atrelados aos de diversidade, em que características de indivíduos ou grupos inerentes se determinam em diversidade aos que não possuem tais características (Cassab, 2004). A construção da identidade se dá por uma reunião de indivíduos ao compartilharem significados e objetos simbólicos como língua, história, religião, interesses, gostos e cultura, em oposição aos que não distribui e se colocam, portanto, no lugar de alteridade. O costume quilombola, por ser um espaço de compartilhamento de conhecimentos simbólico e afetivo, e por se dar ligação em um quadro social e político específico, ressalta as particularidades dos indivíduos que compõem. Preservar princípios culturais carregados de um transcorrido histórico e social e que propicia um posicionamento subjetivo do individuo ao aceitar nesse

passado. E contrapartida, as áreas políticas devem ser cuidadosas para não engessar as possibilidades indenitárias quilombolas, seja por as fixarem a um passado ou por lhes traçar um futuro. É de suma importância que a psicologia, tão interessada em questões relativas à identidade e à subjetividade, de ênfase também para o estudo de processos de subjetivação não hegemônicos, como é o caso dos quilombolas hegemônicos. A Teoria Humanista de Rogers (19021987) considera o indivíduo como um todo: mente e corpo, sentimento e intelecto são partes integrantes do mesmo ser e são inseparáveis. Assim, quando se fala em indivíduos em formação é importante fazer uma reflexão sobre as mudanças necessárias e que devem ser buscadas, tanto dentro como fora do contexto, “o único homem que se educa é aquele que aprendeu como aprender: que aprendeu como se adaptar e mudar; que se capacitou de que nenhum conhecimento é seguro, que nenhum processo de buscar conhecimento oferece uma base de segurança”. (ROGERS, 1997) . A aprendizagem centrada na pessoa

é revolucionária e transformadora por aproveitar o desejo natural do todo de participar e interferir em seu próprio processo. Rogers defende a ideia de mudança de comportamento através da aprendizagem significativa, pois sua experiência no consultório como terapeuta lhe mostra que um aprendizado centrado no cliente provoca a transformação interna do homem. ROGERS (1997) afirma que: “Por aprendizagem significativa entendo aquela que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação da ação futura que escolhe ou nas suas atitudes e na sua personalidade”. Os psicólogos humanistas preferem o estudo do homem em seu potencial mais positivo e a abordar a Psicologia a partir do prisma da saúde e do crescimento psicológico. É com embasamento nessas afirmativas que a utilização da psicologia e áreas afins, se torna um instrumento que propicia ao indivíduo reflexão, interatividade e aprendizado significativo através de vivências de si mesmo, resgatando a importância do autoconhecimento e dos processos de aprendizagem. Visa atender um onde poderá ser realizados Revista Ecoturismo - Turismo & Energias Renováveis

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