Distinção - Edição 11

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ARTIGO A INFLAÇÃO BRASILEIRA • Ernane Galvêas É lógico que as pressões inflacionárias estão aumentando. Os salários continuam tendo aumentos reais da ordem de 2% a 3%; a desvalorização cambial dos últimos 12 meses ainda não foi estabilizada; o Governo vem forçando os aumentos de crédito do BNDES, da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, e o Banco Central, em 2012, liberou R$ 100 bilhões dos depósitos compulsórios dos bancos, para que expandissem seus empréstimos. Ao lado de tudo isso, os agentes financeiros, através da mídia, vêm alimentando a expectativa de elevação da SELIC. Vamos admitir que a inflação brasileira atual seja um problema de excesso de demanda, ou, mais precisamente, de consumo. Cabe, então, perguntar o que alimenta essa demanda. E a resposta aponta três causas principais: 1) alto nível de emprego; 2) reajustes reais de salários; e 3) expansão do crédito.

Ademais, SELIC alta significa maiores gastos inflacionários do Governo.

competitividade, graças às contribuições da Embrapa. Por incrível que pareça, os preços dos alimentos em geral e da comida fora de casa, no Brasil, são mais altos que nos Estados Unidos e na Europa. Até as diárias dos hotéis brasileiros são mais caras que as americanas e européias, em nível equivalente.

É impressionante o desacerto; o Governo alimenta as pressões da demanda e se espanta com o resultado, que é o aumento da inflação. Esse é o “cenário prospectivo”, o que assusta o presidente do Banco Central.

Há muitas razões para que o Brasil seja o país mais caro do mundo, mas, indubitavelmente, a razão mais óbvia é a excessiva carga tributária, situada, hoje, em 36% do PIB.

Na conjuntura atual, antes de qualquer providência, seria prudente aguardar o resultado da redução dos preços da energia elétrica e da desoneração fiscal da cesta básica, assim como esperar os efeitos antecipados da nova safra recorde da agricultura. Todo mundo observa e comenta, com espanto, o incrível nível de encarecimento a que chegaram os bens de consumo no Brasil. Para nosso desespero, temos a energia elétrica mais cara do mundo, a gasolina idem, assim como o vestuário, sapatos e artefatos de couro. Nem mesmo nos alimentos temos vantagem, ainda que a agricultura brasileira seja imbatível em

Sendo assim, qual seria a utilidade ou eficácia de subir a taxa de juros SELIC? Não cabe imaginar que o objetivo de aumentar os juros possa ser o de aumentar o desemprego. Tampouco se poderia jogar o Banco Central contra o projeto do Governo, com base na elevação do salário mínimo. Finalmente, admitindo-se que uma elevação da SELIC possa contribuir para refrear a expansão do crédito, haveria uma total contradição com o fato de que o Governo é o principal responsável pela expansão do crédito no BNDES, na Caixa Econômica e no Banco do Brasil.

É incrível imaginar que, em nosso país, pague-se 45% de ICMS sobre a conta de energia elétrica e sobre o consumo de gasolina. Mas não param aí os absurdos tributários, que também pesam sobre os alimentos (cerca de 20%). * Ex-presidente do Banco Central e Ex-Ministro da Fazenda (texto publicado no Informativo de Comércio Exterior AEB)

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Isto posto, cabe considerar que, na conjuntura atual, uma elevação da SELIC iria impactar diretamente o déficit fiscal, outra fonte inflacionária. O objetivo básico da elevação dos juros é a contenção do crédito. E isto não está na programação do Governo. Aliás, o Banco Central acaba de reduzir os juros do redesconto, o que vai permitir aos bancos privados maior expansão do crédito. Se o Banco Central aumentar a taxa SELIC, vai “jogar lenha na fogueira”, pois reforçará as expectativas de que a inflação irá mesmo subir.

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COCAMAR

COCAMAR CHEGA AOS 50 MAIOR PARQUE INDUSTRI No livro que está para lançar, sobre os 50 anos da Cocamar, o jornalista Rogério Recco (Flamma Comunicação) conta, com minúcias, a epopéia da fundação e desenvolvimento de uma das maiores cooperativas agropecuárias brasileiras. Estão ali os aspectos pioneiros, passagens pitorestas, exemplos de bravura, as crises econômicas, a evolução tecnológica, a expansão, a diversidade, os lançamentos de produtos. Fundada em 27 de março de 1963, a Cocamar Cooperativa Agroindustrial tinha a denominação de Cooperativa de Cafeicultores de Maringá Ltda. Reuniu, inicialmente, um grupo de 46 fundadores, todos eles produtores de café. O objetivo era organizar a produção regional, receber e beneficiar o produto. Com o tempo, a cooperativa diversificou os seus negócios, cresceu e hoje está entre as maiores organizações cooperativistas do País, sendo dona do maior e mais diversificado parque industrial do cooperativismo brasileiro. Sua região compreende

54 municípios do norte e noroeste do Paraná, contando com 11,8 mil associados que atuam com a produção de soja, milho, trigo, café e laranja. A obra de Rogério Recco, de leitura indispensável, conta detalhes, mas, em síntese, os 50 anos da Cocamar tem como fatos importantes, além, evidentemente, da fundação, o início da diversificação agrícola com o algodão em 1967, a construção do primeiro armazém graneleiro com fundo V do Paraná em 1972, o início da expansão de unidades pela região em 1975, a inauguração da primeira unidade de produção de óleo e farelo de soja do Paraná em 1979. Em 1989, tem início uma nova fase, quando o então diretor de industrialização e comercialização Luiz Lourenço ascendeu à presidência. Até então, eram várias unidades industriais: produção de óleo e farelo de soja, óleo de caroço de algodão, refino e envase de óleos vegetais, fiação de algodão, fiação de seda, café torrado e moído. Em 1992, a Cocamar foi uma das pioneiras no Brasil em programa de terceirização de serviços. Nesse mesmo ano, inovou ao divulgar o sistema de café adensado e o cultivo de canola no Brasil. Em 1993, aconteceu o ingresso no segmento alcooleiro. Entre 1995 e 1996, desenvolveu com sucesso um amplo programa de reestruturação de suas dívidas. Em 1997, deu início ao programa de integração lavoura e pecuária na região noroeste do Paraná. Em 2002, acontecia a mudança de nome: de Cocamar Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Maringá Ltda. para Cocamar Cooperativa Agroindustrial. Em 2003, inaugurou um novo conjunto de indústrias – néctares de

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ANOS COM O IAL COOPERATIVO frutas, bebidas a base de soja, maioneses, catchup e mostarda. Em 2006 a Cocamar deixa o setor alcooleiro e o de seda para focar em grãos. Em 2010 arrenda 24 unidades de negócios da Corol (sede em Rolândia), expandindo sua atuação na região norte do Estado. Em 2012, aconteceu o faturamento histórico de R$ 2.010 bilhões, com 11,8 mil associados – o dobro em relação a 2010.

O COMEÇO DE TUDO Rogério Recco conta em seu livro como começou, realmente, a fundação da cooperativa. Eis um trecho, que publicamos de maneira inédita, antes do lançamento da obra:

“O engenheiro agrônomo Aloysio Gomes Carneiro, que vem a ser o primeiro executivo da Cocamar, na função de diretorgerente, explica que outras cooperativas já estavam sendo organizadas na mesma época e Maringá não poderia ficar para trás. Ele relata: “Veio uma ordem da direção do Banco do Brasil para que o gerente Milton Mendes providenciasse a fundação de uma cooperativa. Era preciso ter uma cooperativa para o banco refinanciar o café da nova safra.” Segundo Aloysio, o refinanciamento se fazia necessário porque o café do produtor praticamente não tinha preço. “O cafeicultor era muito desestruturado, colhia mal, os grãos fermentavam na terra e a qualidade era ruim”, cita. Então, para que ele pudesse sobreviver nessa atividade, entregava a safra na cooperativa, que iria beneficiar, rebeneficiar e formar um lote para financiamento no banco. Quando o recurso saía, quitava-se o financiamento realizado, o que dava direito de

Uma foto histórica do começo de tudo: mulheres separando café

Os primeiros armazéns da então cooperativa dos cafeicultores Revista Distinção • 5


COCAMAR refinanciar aquele estoque a um valor bem maior. Aloysio prossegue: “Como a diferença do preço do café era muito menor em relação ao produto rebeneficiado, o cafeicultor recebia um adiantamento que, por si só, já era bem maior do que se ele vendesse o seu café no mercado. A diferença ficava com a cooperativa para fazer capital de giro.” Coube ao então gerente da agência do Banco do Brasil, Milton Mendes, a tarefa de arregimentar os produtores e discutir a ideia. Várias reuniões se seguiram até que a entidade fosse, enfim, formatada e ganhasse personalidade jurídica”. Sobre a primeira sede, conta Rogério Recco: “Como instalações não havia, por algum tempo a Cocamar se estabelece na máquina de café pertencente a um de seus fundadores, Joaquim Romero Fontes, situada na rua Caramuru, 152, Maringá Velho. Adquirida em 1951, essa máquina é mantida em boas condições de conservação até 2009, no mesmo endereço, quando o próprio Fontes, na época com mais de 90 anos, decide doá-la ao Acervo Histórico da Cocamar. A participação de Fontes para a arrancada da cooperativa é das mais importantes. Além de ter emprestado sua estrutura sem qualquer custo, “apenas para a ideia não ficasse no papel”, como costumava dizer, ele pediu que vários parentes seus engrossassem a lista de fundadores e, de quebra, foi quem subscreveu o maior número de quotas-partes”.

Fiação de algodão

PRODUTOS NA PREFERÊNCIA DOS CONSUMIDORES (texto da Flamma Comunicação) Uma pesquisa divulgada pela Revista Super Híper Meu Fornecedor, da Associação Brasileira de Supermercados(Abras), revela o sucesso alcançado por alguns dos principais produtos da linha de varejo da Cocamar Cooperativa Agroindustrial nas gôndolas dos supermercados do País.De acordo com a publicação, o óleo de soja produzido pela cooperativa com as marcas Cocamar e Suavit é o 5º mais vendido no Brasil, atingindo nada menos que 22,3% dos lares brasileiros. Ou seja: de cada cinco unidades de óleo de soja consumidos no País, um é proveniente do parque industrial da Cocamar em Maringá.Outros dados que chamam atenção: o óleo de soja da Cocamar é o 3º quando considerada apenas a Região Sul, o 4º no interior paulista e o 5º entre os preferidos dos consumidores da Grande São Paulo. Na linha de óleos especiais, a marca Suavit da Cocamar (que congrega óleos de girassol, milho e canola) é a 4ª mais consumida em todo o território nacional. Regionalmente, segundo aponta a Revista Super Híper Meu Fornecedor, é a 3ª no Sul do País e no interior de São Paulo, 4ª na Região Leste e no interior do Rio de Janeiro, e 5ª entre os mais consumidos no Centro-Oeste, Grande Rio e Grande São Paulo Em relação às bebidas prontas para beber (sucos e néctares), a marca Purity, da cooperativa, é a 2ª na preferência dos consumidores do Sul do Brasil, enquanto as bebidas à base de soja, da mesma marca, estão entre as três mais vendidas na mesma Região.O superintendente de Negócios da Cocamar, José Cícero Aderaldo, chama atenção para o destacado posicionamento dos produtos da cooperativa em meio a segmentos tão competitivos, como é o caso do óleo de soja. “Na nossa frente estão três das maiores companhias multinacionais que atuam com soja em todo o mundo”, lembra. Segundo ele, o mercado se rendeu à qualidade dos produtos da cooperativa, percebida em todos os itens do portfólio, composto também por café torrado e moído, cappuccinos, café gourmet, bebida à base de soja adicionada a café, linha de lanches (catchup, mostarda e maioneses), álcool doméstico nas formas gel e líquido, chás e farinha de trigo.

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AVANÇO EM LONDRINA E REGIÃO O presidente da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, Luiz Lourenço, anunciou investimentos para o curto prazo da ordem de R$ 50 milhões no município de Londrina e região. De acordo com Lourenço, a Cocamar vai investir na construção de estruturas de recebimento de grãos, lojas de atendimento, reformas de unidades já existentes e na instalação de uma rede de postos de combustíveis. Recentemente, foi entregue aos produtores um novo espaço de atendimento em Londrina, na Avenida Tiradentes – o mesmo tendo ocorrido em Cambé, Rolândia e Jaguapitã. Carlópolis está na fila. Vão ser implantadas estruturas de recebimento de grãos na BR-369, entre Arapongas e Apucarana, em Ibiporã e no Km 12 em Cambé. Uma amoderna estrutura de transbordo de grãos foi construída no distrito londrinense de Warta e, também em Primeiro de Maio. Em Apucarana, foram adquiridos os armazéns da antiga e falida Lorenz, na BR-376.

mercado, surpreendeu o mercado por sua qualidade e está entre os destaques do portfólio. Enquanto o mercado de néctares em geral apresentou em 2011 um crescimento de 16% no país, o de produtos da chamada linha “caseira” avançou 28%. Segundo especialistas, o consumidor está preferindo itens mais saudáveis, sem esquecer o sabor e a praticidade. Na abertura da Expoingá 2012, o ministro da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro, fez um elogio ao novo néctar de laranja da Cocamar. Em seu pronunciamento, ao falar sobre a importância do cooperativismo no Estado, Ribeiro fez questão de destacar a qualidade do produto que havia degustado momentos antes, em sua chegada ao palanque onde ocorreu a cerimônia. Um mês antes, logo após a abertura da Expo Londrina, o governador Beto Richa visitou o estande da cooperativa, onde saboreou o néctar e também o elogiou.

Entram em funcionamento, ainda, postos de combustíveis operados pela cooperativa, com a bandeira Ipiranga, para atendimento aos produtores e ao público em geral – em Londrina, na cidade e no distrito de Tamarana, Santa Cecília do Pavão, São Jerônimo da Serra e São Sebastião da Amoreira. O presidente afirma que “queremos construir uma nova Cocamar aqui na região, pois a receptividade dos produtores e da comunidade de Londrina tem sido grande”. A Cocamar tem 11,8 mil associados, dos quais aproximadamente 5 mil na região de Londrina. Das 52 unidades de negócios nas regiões noroeste e norte do Estado, 24 estão na região de Londrina.

NOVOS PRODUTOS: NÉCTARES “BEM CASEIRO” O suco de laranja com sabor caseiro, de espremido na hora, foi o que a Cocamar lançou durante o 28º Congresso e Feira de Negócios em Supermercados – APAS 2012 -, em São Paulo. Trata-se da linha “Bem Caseiro”, com a marca Purity e envasado em embalagem cartonada de 1 litro. O néctar da laranja foi concebido para manter o sabor natural e o seu conteúdo inclui até mesmo os “gominhos” de quando se espreme a fruta. A linha “Bem Caseiro” conta também com o néctar de uva branca. Lançado em 2011, esse produto, até então o único do

Envase de óleo Revista Distinção • 7


COCAMAR

COGERAÇÃO PRÓPRIA DE ENERGIA Em setembro de 2009 a Cocamar colocou em funcionamento uma unidade de cogeração de energia elétrica, com capacidade para 13 megawatts, podendo atender toda a demanda do parque industrial. Além de fornecer energia elétrica, atua também na produção de vapor – 85 toneladas/hora, a uma temperatura de 520ºC. A unidade foi projetado para consumir 240 mil toneladas/ano de bagaço de cana, uma matéria-prima adquirida de usinas da região. A usina custou R$ 36 milhões, sendo 90% desses recursos financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 10% de recursos próprios. Enquanto em outras regiões brasileiras projetos de construção de unidades termelétricas contemplam abastecimento a base de carvão, gás ou óleo BPF (derivado de petróleo), a cooperativa deu preferência por uma fonte renovável. Para o consultor da ATA (Ativos Técnicos e Ambientais), Rafael Molina, “a iniciativa da Cocamar de gerar a sua própria energia a partir de fontes renováveis, demonstra sua preocupação em minimizar o impacto de suas atividades ao meio ambiente, e segue o caminho de grandes empresas de todo o mundo ao diminuir a dependência em relação aos combustíveis fósseis”.

LULA NA COCAMAR Trecho do novo livro de Rogério Recco: “Cumprindo promessa feita aos dirigentes da Cocamar quando ainda era candidato, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve em Maringá no dia 12 de abril de 2003 especialmente para inaugurar as novas indústrias da cooperativa. Era a terceira visita de Lula à Cocamar em menos de um ano. Ao lado de três ministros (Roberto Rodrigues, da Agricultura, Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), e José Graziano da Silva (da Segurança Alimentar e Combate

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Lula e Luiz Lourenço à Fome), ele agradeceu a atenção com que foi recebido nas vezes anteriores e reafirmou o compromisso de promover o desenvolvimento do cooperativismo no País. Durante a solenidade, o presidente começou seu discurso falando da Cocamar. Ele lembrou que havia estado na cooperativa duas vezes em 2002: “Fomos tratados pela diretoria de uma forma muito digna”, enfatizando que tudo o que aprendeu sobre cooperativismo, foi na Cocamar. Após os pronunciamentos, foi feito no próprio palanque o descerramento da placa que marcou a inauguração das fábricas. Em seguida, o presidente e o governador puxaram a fila de autoridades em direção às fábricas. No caminho, Lula avistou quatro caminhões com doações feitas pelas cooperatias Cocamar, Coamo, Cooperval e Copagra para o Programa Fome Zero.


Depois de percorrer as instalações do novo conjunto industrial, o presidente saiu para a rua onde estava sendo aguardado pelos veículos oficiais. Fugindo do protocolo, dirigiu-se a um ponto de ônibus quase em frente para cumprimentar e abraçar algumas pessoas. Finalmente, na Avenida Constâncio Pereira Dias, Lula cumpriu a parte final da visita à Cocamar, plantando um ipê-roxo. Por volta das 13h, retornou ao Aeroporto Regional, onde embarcou rumo a Londrina para visitar a Exposição da cidade”.

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SERINGUEIRAS

EM PARCERIA COM A COCAMAR, SERINGAIS CHEGAM AO PARANÁ O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, vai subsidiar 50% do custo da muda de seringueira para incentivar o plantio nas regiões Norte e Noroeste do Paraná, onde a espécie é recomendada e pode gerar mais renda para o produtor com a exploração do latex. O mercado para o produto está aquecido. Só a Sumitomo, empresa japonesa de pneus, que irá inaugurar em outubro próximo uma fábrica no município de Fazenda Rio Grande, precisará de 15 mil hectares de seringueira plantada para suprir a capacidade de produção da unidade. A indústria foi atraída para o Estado pelo programa Paraná Competitivo. O Plano de Apoio ao Plantio da Seringueira foi anunciado pelo secretário Norberto Ortigara, durante evento na cidade de Maringá. A iniciativa tem parceria da Cooperativa dos Cafeicultores Agropecuaristas de Maringá (Cocamar), que vai processar a matéria-prima e oferecer a borracha para as indústrias. “É uma boa alternativa de geração de renda e de desenvolvimento sustentável ao pequeno e médio produtor”, avalia Ortigara. No prazo de 10 a 12 anos, o projeto prevê o plantio de 35 mil hectares de seringueiras no Estado, para atender a demanda que está sendo gerada no Paraná e estados como São Paulo e Rio Grande do Sul. Há espaço ainda para exportação porque o mercado mundial está aberto para comprar a borracha. O fomento ao plantio da espécie está sob a responsabilidade do Departamento de Floresta Plantada (Deflop), órgão criado pelo governador Beto Richa para ampliar a política de florestas plantadas e trabalhar diretamente com a silvicultura, que irá desenvolver ações para intensificar o plantio de seringueira de forma maciça. O Estado conta apenas com 2.800 hectares plantados atualmente. Deflop, Emater, Cocamar e prefeituras irão estimular proprietários rurais para o plantio da seringueira nas regiões definidas no Zoneamento Agroclimático

Seringais chegam ao Paraná elaborado pelo Iapar. A meta da Secretaria é plantar 400 hectares da espécie até 2014. Para isso, será necessário o plantio de 200 mil mudas. Este prazo poderá ser reduzido caso as grandes indústrias consumidoras de borracha participem no apoio ao fomento junto aos produtores rurais daquela região, observou o diretor do Deflop, Mariano Felix Duran. Revista Distinção • 11


CAMPANHA FIEP

UMA CAMPANHA POR UM SISTEMA DE IMPOSTOS MAIS SIMPLES E JUSTO A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em parceria com outras 45 entidades representativas do Estado, lançou em maio o movimento “Simplifica Já – Por um sistema de impostos mais simples e justo”. Através da mobilização, a Fiep pretende fazer chegar ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que apresenta sugestões de medidas para tornar o sistema tributário brasileiro menos complexo, o que traria reflexos positivos tanto para a competitividade do setor produtivo quanto para toda a sociedade. Desde o ato de lançamento do Simplifica Já, a coleta de assinaturas continua sendo feita fisicamente pelas entidades parceiras do movimento em todo o Estado. Além disso, o abaixo-assinado também está disponível por meio digital, através do site www.sombradoimposto.org.br, onde também podem ser encontradas mais informações sobre a mobilização e a PEC. “Agora, com este novo movimento, apresentamos propostas concretas de solução para tornar o sistema tributário brasileiro mais simples e justo”, diz o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. As propostas integram a “PEC Simplifica Já”, que foi elaborada em conjunto por representantes das entidades parceiras da Sombra do Imposto, reunidos no Conselho Temático de Assuntos Tributários da Fiep. As mudanças sugeridas pela PEC têm cinco objetivos principais: simplificar o sistema tributário nacional, que tem prejudicado o desenvolvimento da economia brasileira e a competitividade das empresas; avançar no processo de desoneração tributária da produção e do consumo, transferindo gradualmente a carga tributária para o patrimônio e a renda; eliminar distorções decorrentes da utilização indiscriminada do regime da substituição tributária, por todos os entes da federação; regular a criação de novas contribuições pela União; e instituir a adoção ampla do sistema de aproveitamento do crédito financeiro nos tributos não cumulativos. Com a adoção dessas medidas, a Fiep e entidades parceiras pretendem reverter alguns números bastante negativos que mostram a complexidade do sistema de impostos nacional. Como por exemplo, o fato de o Brasil ser o país onde as empresas levam mais tempo para o cumprimento de suas obrigações tributárias. No total, as companhias gastam em média 2.600 horas por ano nessas 12 • Revista Distinção

atividades. Dados como esse fazem com que o Brasil, segundo um estudo do Banco Mundial, ocupe apenas a 130ª posição em um ranking que mede a facilidade para se fazer negócios em 183 países.

AÇÕES Produzidas pelo Sistema Fiep, as cartilhas “A Sombra do Imposto” chegarão no final de junho com a 4ª. e última edição. A intenção principal é conscientizar a sociedade sobre a necessidade de mudanças no sistema tributário do país. Conforme o presidente da Fiep, “mostram que todo cidadão, independente de sua renda, paga altos impostos ao comprar qualquer produto, apontam que os recursos arrecadados nem sempre são revertidos em serviços públicos de qualidade e destacam que boa parte do dinheiro dos tributos é desviada pela corrupção”. Cada tiragem superou os cem mil exemplares. O que se deseja é fortalecer as propostas que integram a PEC Simplifica Já e atingir uma meta: aprovação das propostas e sua simplificação pelo Governo Federal. A favor da PEC já foram colhidas mais de 15.000 assinaturas, mas a inserção no site da assinatura eletrônica, que começou a partir do dia 31 de maio, “levará a um crescimento exponencial em muito pouco tempo”, conforme os diretores da Federação.


AKER

AKER LANÇA NOVA FÁBRICA NO PARANÁ Para substituir a atual fábrica de equipamentos submarinos e dobrar a capacidade de produção no país, a Aker Solutions deu início as obras de construção das novas instalações em São José dos Pinhais. A nova planta deverá entrar em operação em 2015, conforme informações do presidente executivo Oyvind Eriksen e do presidente das operações brasileiras, Luis Araujo, que participaram no final de maio do lançamento da pedra fundamental no novo terreno. Estavam presentes também representantes do Governo do Estado e o prefeito Luis Carlos Setim. “O Brasil é um mercado muito importante para a Aker Solutions e esta nova fábrica fortalecerá o nosso fornecimento de equipamentos submarinos,” diz Araujo. A nova instalação terá aproximadamente 1,200 funcionários e gerará 5 000 empregos entre os fornecedores. A planta será construída em um terreno de 168 220 metros quadrados.

PETROBRAS A Aker Solutions está ampliando sua capacidade de produção após vencer um contrato em abril para entrega de equipamento submarino à Petrobras. O contrato, no valor de R$ 1 600 milhões, é para o fornecimento de 60 conjuntos de poço com árvores de natal verticais, sistemas de controle submarinos, ferramentas e peças de reposição a serem usadas pela

Aker: presença no Paraná Petrobras no desenvolvimento de campo do pré-sal em águas profundas no Brasil. “As previsões para a indústria brasileira de óleo e gás são muito promissoras e estamos comprometidos com o desenvolvimento de nosso potencial de produção e conteúdo local,” diz Araujo. A Aker Solutions, estabelecida no Brasil desde 1978, emprega atualmente 1 400 pessoas no país. A empresa é líder no fornecimento de equipamento submarino e serviços no mercado offshore do pré-sal no Brasil. Também fornece tecnologia de processo para refinamento e superfície, sistemas de amarração e carga offshore, sistemas de perfuração em águas profundas e serviços de intervenção submarina. A empresa reúne engenharia e tecnologia para a perfuração, desenvolvimento de campo e produção na indústria de óleo e gás. A empresa emprega aproximadamente 28 000 pessoas em mais de 30 países.

Lançamento da pedra fundamental Revista Distinção • 13


TREM PÉ VERMELHO

TREM PÉ VERMELHO: LUTA PARA ENTRAR NOS TRILHOS Mais um passo será dado visando a implantação do chamado “Trem Pé Vermelho” no Norte do Paraná para transporte de cargas e passageiros, contemplando 13 cidades, entre Paiçandu e Ibiporã, passando por Londrina e Maringá, numa extensão de 152 quilômetros de via férrea. No dia 20 de junho, será realizada a audiência pública para apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental. A reunião será no Teatro Fênix em Apucarana, a partir das 10 horas. A região a ser beneficiada – Ibiporã, Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Apucarana, Cambira, Jandaia do Sul, Mandaguari, Marialva, Sarandi, Maringá e Paiçandu – concentra cerca de 1,75 milhão de habitantes.

PROJETO A audiência é uma etapa jurídica e tecnicamente indispensável para o processo de outorga da linha, conforme explica Luiz Antônio Aranovich, geólogo do Labtrans, Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina, responsável pelo estudo. Após ser finalizado, o projeto foi encaminhado ao Ministério dos Transportes, e somente agora foi liberado para apresentação e discussão. Conforme adianta Aranovich, o parecer do Ministério foi favorável ao projeto, cujos estudos já haviam

O mapa do roteiro 14 • Revista Distinção

apontado sua viabilidade. A audiência pública, sustenta Aranovich, é uma etapa de extrema importância para esclarecimento e discussão com todos os envolvidos e interessados no projeto. O Labtrans é responsável pelo estudo de viabilidade técnica, econômica, financeira, social e ambiental do Trem Pé Vermelho. O projeto de revitalização ferroviária traz como objetivo principal a avaliação da viabilidade técnica e econômico-financeira e os benefícios sócio-ambientais advindos da implantação de sistemas ferroviários de transporte de passageiros de interesse regional. Foi analisada a influência do transporte de cargas ferroviário, sendo apresentadas as melhores soluções.


Trem: Norte do Paraná pede passagem

PARTICIPAÇÃO O presidente da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa Investimentos, José Carlos Valêncio, ressalta a importância da participação da população e das instituições neste momento. “Esta é mais uma etapa importante e necessária de se cumprir em prol do projeto. Sem ela, não podemos avançar nos próximos passos, que demandarão cada vez mais articulação da região e suas lideranças políticas, junto aos governos estadual e federal”, esclarece Valêncio. Rejane Karam, coordenadora de programas e planejamento da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, também destaca a importância dessa etapa do processo e diz que “o Governo do Paraná vai trabalhar para que se viabilizem os investimentos federais do Trem Pé-Vermelho”.

13 ANOS O projeto do Trem Pé Vermelho teve início em 2000, quando o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) avaliou 64 rotas ferroviárias abandonadas em todo o País. Após análises, 13 destinos foram destacados, entre eles dois no Sul do País: trecho Bento Gonçalves-Caxias do Sul (RS) e Londrina-Maringá.

Por volta de 2007, a Agência Terra Roxa iniciou as discussões e articulações para debates mais profundos sobre a implantação deste meio de transporte na região e em 2009, o Ministério dos Transportes contratou o Labtrans para realizar os estudos necessários para dar prosseguimento ao projeto. Segundo Aranovich, os estudos só foram concluídos em 2012 porque não havia nenhum modelo a ser seguido. “Não tínhamos nenhum exemplo a seguir. Foi um estudo piloto e que, inclusive, servirá como modelo para os demais trechos”, informa. De acordo com pesquisa feita pelo Labtrans, em 2011, em conjunto com as universidades estaduais de Londrina e Maringá (UEL e UEM), mais de 60% dos passageiros de ônibus e 43% dos viajantes de automóvel que transitam diariamente entre Ibiporã e Paiçandu aceitariam trocar o transporte atual pelos trilhos. A região concentra cerca de 44 mil empresas em operação, sendo 8.400 indústrias e 23 complexos industriais. Há fortes clusters industriais, em áreas como a moveleira, de alimentos, têxtil e agrobusiness. As empresas de tecnologia de informação igualmente se destacam.Também há alta concentração de faculdades devido à necessidade de mão de obra qualificada nas empresas, o que ocasiona alta mobilidade de estudantes e acadêmicos de vários cursos superiores entre as cidades. Revista Distinção • 15


PARANAGUÁ E PONTA DO POÇO

PORTO DE PARANAGUÁ PODE AGILIZAR ARRENDAMENTOS Mesmo antes da definição dos pontos mais polêmicos da Medida Provisória 595 – a chamada MP dos Portos –, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) deu prosseguimento aos processos para garantir que as obras de ampliação dos portos paranaenses sejam umas das primeiras a serem licitadas pelo Governo Federal. “Antes mesmo de a MP ser publicada pelo Governo Federal, nós já havíamos terminado o plano de arrendamento dos portos paranaenses. O documento foi protocolado junto à Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) antes da proposta de mudança do marco regulatório”, explicou o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. Os estudos de viabilidade de diversos projetos foram concluídos e, em alguns casos, a licença ambiental foi expedida. “Com isso, hoje temos um dos únicos portos do país com possibilidade de dar início imediato às licitações para os projetos de expansão”, complementa o secretário.

ÁREAS O superintendente dos portos de Paranaguá e Antonina, Luiz Henrique Dividino, informou que o Plano Arrendamento da Appa listou 20 áreas de expansão. “Trata-se do levantamento e cadastro das áreas suscetíveis de arrenda-

Porto de Paranaguá agiliza ações de ampliação 16 • Revista Distinção

mento para novos empreendimentos. Fizemos também o inventário dos contratos vigentes, dentre os quais foram levantados os contratos vencidos em operação em regime emergencial e os contratos com vencimento nos próximos cinco anos”, disse. Dividino explicou ainda que os valores de investimento para todos os empreendimentos só poderão ser definidos após a elaboração dos Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEAs), dos quais a Appa já elaborou 16. O plano desenvolvido pela Appa foi realizado em consonância com o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado (PDZPO), e seguiu as premissas estabelecidas pela SEP e Antaq. Entre as principais mudanças trazidas pelo novo marco legal está a centralização, em âmbito federal, das principais atribuições da atual Autoridade Portuária. “Se analisarmos as novas atribuições da Autoridade Portuária Local e do Governo Federal, se pode perceber que as autoridades portuárias passarão a ter funções de gestores operacionais locais, ou seja, a gestão da operação, cabendo a Antaq e SEP o estabelecimento das políticas do setor, do planejamento, da definição e estabelecimento de tarifas portuárias, da celebração dos contratos de arrendamentos e fiscalização dos terminais privados, dragagem, entre outros”, detalhou Dividino.


UM NOVO PORTO EM ÁGUAS PROFUNDAS DE PONTAL A nova Lei dos Portos vai estimular a implantação de portos privados. Antes, eles tinham que movimentar carga própria preponderantemente. Agora, estes terminais poderão movimentar as cargas próprias e de terceiros, sem diferenciação entre elas. No Paraná, deverá voltar a cena, então, o projeto de implantação de um grande e moderno porto em Pontal do Paraná, o Terminal Portuário Porto Pontal, na localidade conhecida como Ponta do Poço, com um calado profundo e natural. A profundidade, ali, chega a 24 metros, ideal, portanto, para a atracação de grandes navios – dos maiores existentes hoje no planeta. O empresário João Carlos Ribeiro, do grupo JCR, tem há anos o projeto do Porto privado de Pontal, assim como o Governo do Paraná, no tempo do Governador Requião, tinha o projeto do Porto público do Mercosul – ambos no mesmo local. Pode ser que surja, agora, uma parceria público privada, já que o Governador Beto Richa tem, reiteradas vezes, anunciado sua disposição de implantar esse terminal marítimo. O TPPP foi concebido como um Terminal Privativo de Uso Misto, para movimentação de contêineres e como Centro de Carregamento e Distribuição de Cargas Conteinerizadas, para operar com navios Porta-contêineres de grande porte, na Navegação de Longo Curso, e com navios menores “feeders”, na Cabotagem. O TPPP está localizado na Área do Porto Organizado de Paranaguá, estabelecida por meio do Decreto Presidencial Nº 4.558/2002.

O PROJETO O empresário João Carlos Ribeiro fala sobre o projeto do Terminal Portuário Porto Pontal: “prevemos a construção de um cais de 1.000 metros de extensão, por 36,0 metros de largura, destinado à atracação de 3 navios Porta-contêineres, com capacidade de mais de 8.000 TEUs e com 15 metros de calado, um pátio pavimentado para armazenagem de TEUs com 450 mil m2 e construção de prédios para o centro de administração, refeitórios, vestiários, armazenagem, oficinas, Brigada de emergência e segurança e “Gates”, portões de controle de acesso de pessoal e veículos”. Com relação aos equipamentos de operação, está planejada a aquisição de 9 Portêineres (STS) super post-panamax, de última geração, para o cais e 24 transtêineres (RTG) para as atividades de movimentação e organização das pilhas de TEUS do pátio”. A primeira fase de construção é estimada em ser completada num período de dois anos, com 600 metros de Cais de Atracação, dois berços, com investimento inicial de recursos de cerca de R$ 600 milhões. Atualmente, o processo Nº 50300.001399/2007-14, que visa à obtenção definitiva de OUTORGA para a implantação do Terminal, encontra-se em tramitação na ANTAQ, aguardando a aprovação das novas Normas Portuárias, contidas na MP – Nº 595.

Ponta do Poço: águas profundas

DEMANDA O projeto do Terminal Portuário Porto Pontal, em Pontal do Paraná, em área próxima à entrada da Barra da Baía de Paranaguá, atenderá ao Comércio Marítimo das regiões macroeconômicas, “Hinterland”, do Sul e Sudeste do País, com movimentações de cargas na Navegação de Cabotagem e no Longo Curso, onde o crescimento médio anual de carga marítima foi de 18,5%, no período de 2001 a 2006, e atualmente está no nível de 14%. Na estimativa dos atuais operadores de Contêineres, do Paraná, segundo os dados de 2011 a 2012, existe, no presente, uma demanda reprimida de cerca de 30%, na movimentação de TEUs, no Porto de Paranaguá. Esta conjuntura atual, está exigindo novos investimentos para o desenvolvimento deste setor portuário, tão estratégico para a economia do Paraná. Para João Carlos Ribeiro, a escolha da área para a implantação do novo Porto “leva em conta 3 aspectos estratégicos: 1) localização estratégica, centralizada entre duas regiões macroeconômicas, “Hinterland”, do sul e sudeste; 2) bacia de evolução natural, com profundidade média de 21 metros e 3) redução de uma hora e meia no tempo de navegação da entrada da barra até o Terminal, quando comparado ao Porto de Paranaguá.” Com relação às normas ambientais, a exemplo dos modernos Terminais da Europa, EUA e Ásia, o TPPP será o que é denominado, atualmente, de “PORTO LIMPO”, uma vez que está estruturado para operar com cargas acondicionadas somente em Contêineres. Os empreendedores dizem que “ao apresentar uma nova opção de infraestrutura portuária moderna e eficiente, e consciente da importância que o referido empreendimento representará para o crescimento socioeconômico do Município de Pontal do Paraná e do litoral paranaense, ao oferecer novos postos de trabalho e oportunidades de prestação de serviços, é importante contar com o decisivo apoio dos Órgãos Federais competentes, SEP e ANTAQ, bem como, o projeto seja parte integrante do planejamento estratégico das ações destinadas ao desenvolvimento do Estado do Paraná e do Comércio Marítimo brasileiro”. Revista Distinção • 17


FABRICA DE CIMENTO

CHEGAM AS PEÇAS PARA A NOVA FÁBRICA DE CIMENTO EM ADRIANÓPOLIS

As peças destinadas à fábrica de cimento Margem, em construção em Adrianópolis, começaram a chegar pelo Porto de Paranaguá. A empresa está inserida no programa de incentivo Paraná Competitivo, do Governo do Estado, que já atraiu mais de R$ 20 bilhões em investimentos. Vindos de 15 países diferentes, os primeiros volumes recebidos fazem parte do forno da indústria. Até o final do ano, estão previstas várias outras remessas, todas pelo porto paranaense. A unidade industrial da Margem Cimento, subsidiária da catarinense Supremo Cimento, no Vale da Ribeira, tem previsão de inauguração para 2014. Este mês, já foram recebidas pelo Porto duas remessas de peças. Foram 90 volumes, somando quase 800 toneladas, recebidos da China. Nos próximos dias está previsto o recebimento de outras duas peças de grande porte.

A fábrica vai investir R$ 340 milhões no município e gerar 150 empregos diretos. Adrianópolis tem pouco mais de 6 mil habitantes, dos quais 4 mil vivem na área rural. “Estamos cumprindo o compromisso que assumimos, em 2011, com o Governo do Paraná, em contribuir para o desenvolvimento do Estado, não apenas na região onde estamos nos instalando, mas, também, através do recebimento das peças da indústria todas pelo Porto de Paranaguá. Temos levado isso bem a sério”, afirma o coordenador de comércio exterior da empresa, Werner Neumann. De acordo com o diretor técnico da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Paulinho Dalmaz, o Porto de Paranaguá está preparado para receber todo tipo de carga especial e de projeto. “Apesar da dimensão, são cargas que exigem operação especializada: mão de obra qualificada, espaço disponível para manobrar as cargas e capacidade do piso. Tudo isso temos aqui no Porto de Paranaguá, além de logística para saída do terminal”, afirma.

SUPREMO CIMENTO

Peças chegando em Paranaguá 18 • Revista Distinção

A Supremo Cimento S/A, localizada no município de Pomerode, produz Cimento Portland e concreto, contando atualmente com mais de 290 colaboradores. Com produção anual de aproximadamente 350.000 toneladas de cimento, a Supremo Cimento atua fortemente no mercado de Santa Catarina e destaca-se também nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Seus produtos estão presentes nos principais canais consumidores de Cimento Portland, tais como: revendedores, construtoras, concreteiras, indústrias de artefatos de concreto e argamassas cimentícias e elementos pré-moldados de concreto. Com a instalação da nova fábrica em Adrianópolis, a expectativa é que a companhia atinja a produção de 1,85 milhões de toneladas de cimento por ano.


ROLANDIA

ROLÂNDIA CHEGA AOS 79 ANOS COM FORTE PARQUE INDUSTRIAL Está sendo ativado no município o maior complexo alimentício da América Latina, pertencente a SELMI S.A. A 20 quilômetros de Londrina, a 750 metros de altitude, beneficiada pelas terras vermelhas mais férteis do planeta, Rolândia comemora no dia 29 de junho o 79º aniversário de fundação. Foi exatamente nesse dia do ano de 1934 que teve início a construção da primeira casa no perímetro urbano, o Hotel Rolândia (que iria receber a grande leva de pioneiros nos anos seguintes). O nome da cidade tem origem germânica, dado em homenagem a Roland, legendário herói alemão que na Idade Média guerreava ao lado de seu tio Carlos Magno, tendo como lema “Liberdade e Justiça”.

No território rolandense estão também as unidades agroindustriais da ex-Corol (atualmente sob a direção da Cocamar) de trigo (moinho), rações, café, açúcar e álcool, sucos. O parque moveleiro é dos mais importantes, uma extensão do segundo maior parque moveleiro do Brasil, que é Arapongas. Citam-se, no seguimento, as fábricas de móveis e estofados Somopar, Riesa e Estrela. A maior indústria está sendo ativada às margens da BR-369, em direção a Londrina: trata-se da Selmi, em área com 300.000 m2 (matéria na sequência desta revista).

Rolândia é famosa pelo empreendedorismo de sua gente. Foi ali que Herbert Bartz implantou no Brasil o sistema de plantio direto, que o Norte do Paraná teve o primeiro restaurante de comida alemã (o Bar e Restaurante Porto Alegre, que funciona até hoje), que o Paraná teve o seu primeiro estádio (do Nacional A.C.) iluminado, onde os primeiros hotéis-fazenda norte paranaenses foram implantados – e atraem muitos turistas, especialmente estrangeiros, para a cidade. É sede também do Museu Japonês, construído pela comunidade japonesa para festejar os 70 anos de imigração ao Paraná. Rolândia promove anualmente a terceira maior Oktoberfest brasileira, celebrando a imigração alemã, mas o município, além dos alemães, foi colonizado por italianos e brasileiros de todas as partes do país. Antes totalmente dominada pelos cafezais, o município hoje continua mantendo algumas plantações da rubiácea, mas se destaca na soja, trigo, milho, cana de açúcar, laranja. Com cerca de 70 mil habitantes, Rolândia afirma-se com um comércio forte, importantes empresas prestadoras de serviços e, acima de tudo, sediando algumas das principais indústrias paranaenses e brasileiras. Está ali, por exemplo, a Itamaraty (grupo J.Marino), que produz cafés, filtros de papel, acessórios, bebidas instantâneas, chocolates e biscoitos secos laminados. Outro destaque é a Big Frango, que industrializa frangos, suínos e peixes. Citam-se ainda a Caliver do Brasil (silos e graneleiros), a Perfipar (silos, armazéns de aço), a Dori Alimentos (balas e doces), a Silomax, a Água D´Fonte, a Rotasilos do Brasil (silos e equipaA estátua de Roland mentos agrícolas), etc.

Uma foto histórica: a primeira construção na cidade

Rolândia vista do alto

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SELMI

SELMI ATIVA EM ROLÂNDIA O MAIOR COMPLEXO ALIMENTÍCIO DA AMÉRICA LATINA A SELMI S.A., uma das mais tradicionais indústrias brasileiras, com 125 anos de existência, detentora das marcas Renata e Galo, está ativando sua nova e moderna fábrica em Rolândia, gerando cerca de 400 novos empregos.

CINE FOTO ROLAND

A área, às margens da BR-369, sentido Rolândia-Londrina, tem 300 mil metros quadrados. Somente a fábrica de massa,onde está instalada a linha mais moderna na produção de espaguete do Brasil (capacidade de 4,5 toneladas/hora), tem 8.467,35 m2. O parque industrial, quando em plena atividade, deverá sediar uma fábrica de farinha de trigo e outra de extração de óleo de soja (que vai comercializar inclusive os sub-produtos como farelo de soja). O local tem, ainda, refeitório, dormitório, depósito com quase 10.000 m2, posto de combustível, fábrica de bolacha e abrigará um moderno Centro de Distribuição, com 18.524,61 m2 de área edificada. Só de asfalto, para as áreas de estacionamento, são 46.299,68 m2. A nova fábrica de Rolândia está sendo chamada de “o maior e mais completo complexo alimentício da América Latina”

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A nova fábrica está às margens da BR-369

SELMI Com 125 anos de tradição, a empresa conquista, a cada dia, a preferência do consumidor com diversos tipos de massas, farinhas especiais, bolos, bolinhos, mistura para bolos, além


de café, queijo ralado, azeite e biscoitos – por meio das marcas Renata e Galo. A receita é de sucesso: matérias-primas selecionadas, estrutura humana competente, tecnologia de ponta e controle rigoroso. E são 51 mil m2 de Centros de Distribuição, que recebem produtos diariamente – capacidade que será sensivelmente ampliada com as instalações de Rolândia. A empresa possui hoje modernas fábricas em Sumaré (SP) e Londrina, além de maquinário e engenharia de produção de primeiro mundo – com a capacidade de expandir sua estrutura física, sem interromper a produção diária de seus produtos. Outra virtude é a manutenção da receita da legítima massa italiana, criada pelo fundador Adolfo Selmi, em 1887, ano da fundação da Selmi.

NOVOS PRODUTOS A Selmi lançou na APAS 2013, a maior feira do setor supermercadista brasileiro, realizada em maio em São Paulo, novos produtos. O destaque foram os lançamentos Wafer Limão Renata, Recheado Galo Brigadeiro, Capelletti Frango Renata e a nova garrafa de Azeite Renata. Além disso, a empresa apresentou aos visitantes uma grande novidade: o Espaguete 3 Kg para Food Service – mercado que envolve toda a cadeia de produção e distribuição de alimentos e insumos que atendem estabelecimentos que preparam e fornecem refeições fora de casa.

necessidades dos nossos consumidores para diversificar a oferta de produtos com foco em mais sofisticação e praticidade”, afirma Ricardo. Os visitantes puderam apreciar o sabor e a qualidade dos produtos durante uma degustação especial de massas, azeite, queijo, café, bolos e biscoitos.

AZEITE DE OLIVA O Grupo Selmi investe também no mercado de azeite de oliva, com o lançamento do Renata Superiore Azeite Extra Virgem. O produto promete aquecer o segmento com sua qualidade garantida: o azeite é prensado a frio, feito com azeitonas selecionadas da região da Toscana, na Itália, e apresenta acidez máxima de 0,5%. Outro diferencial do azeite é o design inovador de sua embalagem em lata, tendência na Europa, além da versão vidro, ambas as embalagens importadas da Itália. A de lata tem 99% de banda stagnata – uma placa de aço recoberta por uma película de extrato de estanho, que evita a oxidação do produto. O interior da embalagem é tratado com verniz epóxi comestível para garantir a conservação dos alimentos, uma vez que o azeite extra-virgem de oliva tem no seu conteúdo um resíduo muito baixo de umidade.

“O aumento da participação feminina no mercado de trabalho, casais sem filhos e pessoas morando sozinhas fazem parte do público que busca pratos mais requintados e saudáveis. Por isso, a massa acerta em cheio o cardápio dos estabelecimentos que atendem esse público. Estamos atentos ao mercado e identificamos boas oportunidades nesse segmento”, avalia Ricardo Selmi, presidente da Selmi.

PRODUTOS SELMI

A empresa tem apostado fortemente na ampliação do seu portfólio, que já conta com mais de 210 produtos. “O mercado de macarrão tem crescido, impulsionado, principalmente, pela saudabilidade do produto. O segmento dos biscoitos também é favorável e, desde 2009, quando entramos nesse mercado temos avaliado quais são as

Marca RENATA: azeites, biscoitos, bolos, capeletti, farinha e semolina, macarrão com ovos, macarrão instantâneo, macarrão integrale grano duro, macarrão superiore grano duro, massas caseiras, misturas para bolos, piatto pronto, queijo parmesão ralado. Marca GALO: biscoitos, café, macarrão de sêmola, macarrão semolado.

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Empresas & Empreendimentos

Victor Grein Neto (victorjornal@yahoo.com.br)

Com uso de computador e netbook POSITIVO

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA O polo de inovação tecnológica está mais próximo da comunidade acadêmica paranaense. Esta foi a afirmação do reitor do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Irineu Colombo, ao sair da audiência no ministério da Educação (MEC), ao lado do primeiro vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR). De acordo com Colombo, o IFPR cumpriu todas as exigências do ministério para que o Paraná seja contemplado com o primeiro polo de inovação tecnológica. “Já temos as parcerias necessárias, agora queremos transformar essa realidade em uma ação concreta”, disse. De acordo com o reitor, o empenho de André Vargas tem sido fundamental para essa conquista. “O deputado teve a oportunidade de falar com o ministro e pleitear a inclusão do Paraná para o polo de inovação”, destacou.

AEROPORTOS: 3 DO PARANÁ ENTRE OS MAIS MOVIMENTADOS O Paraná tem 3 aeroportos entre os 25 mais movimentados do país, conforme o estudo “Redes e Fluxos do Território- Ligações Aéreas 2010”, divulgado pelo IBGE: Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina. De 1985 a 2010, o Aeroporto Governador José Richa, de Londrina, na foto, foi o 9º que mais cresceu em número de passageiros no país. Em cargas, o terminal londrinense, que ocupava a 38ª. posição, com 286.944 quilos em 1985, passou para a 31ª, com 1.014.885 quilos. Para o superintendente da Infraero em Londrina, Marcus Vinícius Pio, a colocação do aeroporto local no ranking brasileiro pode ser melhor hoje, tendo em vista que, desde 2010, o movimento de passageiros cresceu mais 84%, passando a 1.098.724 no ano passado. “Temos crescido muito nos últimos anos. Isso é reflexo do aumento da demanda pela aviação civil no País e também do crescimento da região de Londrina”, afirma.

OS 25 MAIS A listagem dos 25 aeroportos mais movimentados do Brasil, pela ordem decrescente, é esta: São Paulo, Rio, Brasilia, Salvador, Belo Horizonte,Porto Alegre, Recife, Curitiba, Fortaleza, Campinas, Vitória, Manaus, Belém, Florianópolis, Natal, Cuiabá, Goiânia, Maceió, Campo Grande, São Luis, Porto Seguro, Foz do Iguaçu, Aracaju, Uberlândia e Londrina.

SUCESSÃO FAMILIAR

ARAUCÁRIA NITROGENADOS É DA PETROBRAS

Mestre em Contabilidade pela Universidade Federal de Santa Catarina, o professor Altamir Teixeira (Miro), na foto, vai proferir palestra em Balneário Camboriú sobre sucessão familiar, reorganização societária, holding, administradora de bens e offshore. Será no dia 3 de julho as 19 hs no IMED- Instituto Millenium de Educação Profissional. Os participantes terão noções sobre a perpetuação do patrimônio através de mecanismos familiares, societários ou tributários – e sobre a manutenção da fonte de renda por meio da passagem do controle de empresas, planejamento para prevenção de conflitos familiares e prevenção para eventuais “quebras” de patrimônio. Maiores informações pelo fone 47) 3367-3010.

Pelo valor de R$ 234 milhões, a Petrobras comprou a fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, que pertencia a Vale Fertilizantes. Localizada junto a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, a unidade tem capacidade de produção anual de 700 mil toneladas de uréia e 475 mil toneladas de amônia, além de produzir o Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32).

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WAL MART: 42,5 MI EM LONDRINA No segundo semestre deste ano, o Walmart vai inaugurar sua primeira loja em Londrina, anexo ao Boulevard Londrina Shopping, no Marco Zero, com 10,5 mil m2 de área total e 6,7 mil m2 de área de venda. Os investimentos são de R$ 42,5 milhões. Vão funcionar ali 28 caixas e cerca de 50 mil itens serão oferecidos a clientela. Cerca de 200 novos empregos serão gerados.


MELHOR CERVEJA DO MUNDO A cerveja Bodebrown, fabricada em Curitiba (são vários tipos), acaba de ganhar o Campeonato Moundial de Bière, no Canadá, concorrendo com mais de 400 outras do mundo inteiro. A Bodebrown é detentora de diversas outras medalhas internacionais, conquistadas ao longo dos últimos 5 anos.

IPARDES 40 ANOS O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) promoveu a palestra “Brasil: desafios de longo prazo e desenvolvimento regional”, por Décio Garcia Munhoz, ex-presidente do Conselho Federal de Economia. O seminário para servidores do instituto marcou o aniversário de 40 anos da instituição de pesquisa. Vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral - SEPL -, sua função é estudar a realidade econômica e social do Estado para subsidiar a formulação, a execução, o acompanhamento e a avaliação de políticas públicas.

SAÚDE ANIMAL EM FOZ PIMENTAS DO FRANK SILVA Famoso jornalista paranaense, dono do grupo O Diário de Maringá e rádio Cultura AM, Frank Silva ganha fama também pelo cultivo e industrialização de pimentas. O cultivo é feito nas fazendas São João I e II, localizadas em Cruzeiro do Sul, bem próxima da “Cidade Canção”. E há poucos dias, foram inauguradas as novas instalações de envase. A fabricação é artesanal e as “Frank´s Pepper” tem quatro tipos de pimentas, que são a malagueta, a dedo de moça, a luna e a biquinho. A fabricação é artesanal, sem agrotóxicos, sendo as pimentas acondicionadas em cloreto de sódio e vinagre de álcool. A colocação é feita de modo a decorar os frascos.

Foz do Iguaçu vai sediar de 4 a 6 de dezembro a conferência mundial da Organização Mundial de Saúde Animal sobre o ensino da Medicina Veterinária. A Organização (OIE, em inglês) foi criada, em janeiro de 1924, para combater as enfermidades dos animais. A entidade define as diretrizes e reúne especialistas para dirimir eventuais dúvidas sobre a legitimidade de medidas sanitárias adotadas pelos países membros. A OIE também é responsável por resolver as questões envolvendo o comércio de produtos de origem animal, animais vivos e material de multiplicação animal.

RENAULT: PESQUISAS A Renault e a instituição francesa CNRS [Centro Nacional para a Pesquisa Científica] celebram novo acordo de cooperação, válido pelos próximos 4 anos. Isso permitirá perenizar as colaborações atuais com os laboratórios do CNRS, além de investigar novas áreas de pesquisa colaborativa e de inovação para os próximos anos. A neurociência, a realidade virtual, a ergonomia, os novos materiais ou ainda a catálise constituirão novos campos de pesquisa para as equipes da Renault e do CNRS. Os executivos da Renault dizem que “a inovação está no DNA do CNRS e da Renault. Pioneira em veículos com arquitetura inovadora (5ª porta traseira, monovolume) ou adaptados a novos usos (Twizy), líder em veículos elétricos (Zoe), a P&D da Renault, motor da inovação a serviço da competitividade, se baseia principalmente em uma rede de colaborações com parceiros públicos de pesquisa, tendo o CNRS um papel de destaque”.

NOVO FRIGORÍFICO O governador Beto Richa inaugurou no dia 6 de junho em Ubitarã o Frigorífico e Abatedouro de Frango Unitá, que vai criar cerca de 15 mil empregos na região. Implantado pelas cooperativas Copacol, Coagru e Copeflora, com investimento de R$ 135 milhões, dos quais R$ 41,4 milhões financiados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o empreendimento tem incentivos do programa Paraná Competitivo, do governo estadual. Revista Distinção • 23


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