Revista Distinção • 1
2 • Revista Distinção
ARTIGO
Educação do Futuro
Para tanto, é necessário entender quem são os alunos, seus sonhos, aspirações e, assim, conseguir planejar atividades em que eles se sintam motivados a participarem das aulas.
* Gilberto Alvarez
O papel do professor é de enorme importância. Sua missão é criar um ambiente que seja propício à assimilação do saber, servindo de facilitador no processo de ensino e aprendizado. A aprendizagem significativa pode ser a condição essencial para alcançar esse objetivo, garantindo ao aluno a versatilidade de agir autonomamente em diferentes contextos.
Quero tratar dos desafios da educação de hoje e do futuro. Agora, a batalha que temos pela frente é buscar novos caminhos para o ensino fundamental, médio e superior. E, com isso, abrir possibilidades para uma maior eficiência da arte de ensinar. O melhor modo de aprender a ensinar vem sendo estudado há anos e ainda promove inúmeras discussões. Todo ser humano nasce com potencial para a aprendizagem. Ninguém é desprovido dessa capacidade. Seja criança, jovem, adulto ou um sexagenário. Todos nós adquirimos saberes; desenvolvemos competências e mudamos de comportamento em qualquer idade ou tempo. A aprendizagem é usualmente dividida em mecânica e significativa. A mecânica é compreendida como a atividade em que o estudante memoriza as informações em forma de dados desconectados e desprovidos de grandes significados. Na significativa, novos conceitos são interligados a outros já existentes na estrutura cognitiva do aprendiz de maneira substantiva. A aprendizagem significativa torna o aluno mais confiante e ágil no aprendizado. Valoriza o aluno como sujeito do processo. Na interação com o ambiente físico e social, nosso conhecimento sofre um processo de contínua elaboração e reelaboração. Algumas pessoas possuem maior facilidade de aprendizado adotando determinados procedimentos. Já outros se sentirão mais confortáveis estudando a mesma coisa de maneira diferente.
acesso à educação, diziam, não haveria nunca igualdade de direitos e, sem esta, não poderia existir democracia. Foi aquele projeto de escola pública laica, obrigatória e gratuita que, inicialmente a serviço do acesso da burguesia ao poder político, propiciou a filhos de operários e de camponeses a aquisição de uma instrução básica que valorizou sua força de trabalho e eliminou o trabalho infantil forçado.
O desafio é buscar constantemente novos caminhos, abrindo possibilidades para uma maior eficiência na arte de ensinar.
O Brasil copiou esse modelo francês por mais de um século. Nos anos 1960, a rede estatal, pressionada para superar seu elitismo e atender todas as classes sociais, viu-se diante de dois genuínos desafios públicos: fomentar o convívio na diversidade e combater a evasão.
Para conseguir isso, é importante ser capaz de gerar progressos pessoais e sociais para os alunos. A missão do professor é preparar os alunos para serem independentes e superarem seus desafios como seres humanos e cidadãos.
Hoje, passadas mais de cinco décadas, a rede estatal ainda não superou esses desafios. Mas é ela que acolherá os repetentes e os inadimplentes da rede privada. Estes, em contingente que cresce em progressão geométrica.
Acredito que a educação do futuro vai exigir a criação de uma escola que seja interessante, desafiadora, acolhedora e significativa para o aluno. Essa escola terá de ser capaz de superar o cenário tenso, de desinteresse e de desencanto tanto pela escola como pelo aprendizado escolar, que hoje caracteriza as escolas do nosso país.
É ela que terá de educar os pobres, também cada vez mais numerosos. A escola pública terá de ser a educadora do Brasil. O que pergunto: Como ser um educador do futuro se não conseguimos dar conta do que é essencial no presente?
Desde a Revolução Francesa, o Estado foi escolhido como gestor de uma política escolar voltada a diminuir drasticamente a desigualdade educacional. Sem igualdade de
O debate está aberto! *Gilberto Alvarez, o prof. Giba, é especialista em Enem, diretor do Cursinho da Poli e presidente da Fundação PoliSaber de São Paulo.
CHARGE
A experiência do professor é importante e eficaz na escolha do tipo de abordagem a ser usada. As novas tecnologias: computadores, notebooks, tablets, lousas eletrônicas, jogos interativos, podcasts e aplicativos seduzem gestores e educadores como se fossem solução para os velhos problemas da educação. Não há como substituir o professor que, no presente ou no futuro, continuará sendo o protagonista da aprendizagem. No lugar de substituído, deve ser valorizado. Com as novas tecnologias, sua função muda, mas para tornar-se mais importante. A aprendizagem engloba várias questões e condições básicas: a motivação, o interesse, a habilidade de mpartilhar experiências e a de interagir com os diferentes contextos são algumas delas. Assim, o desafio dos educadores é despertar motivos para a aprendizagem, tornar as aulas interessantes, trabalhar com conteúdos relevantes para que possam ser compartilhados em experiências extraescolares. É importante também fazer da sala de aula um ambiente estimulante.
R
www.issuu.com/revistadistincao Publicação mensal Circulação: associações comerciais e industriais do Paraná, federações, prefeituras, cooperativas, órgãos dos governos estadual e federal, sindicatos, empresas e empresários industriais e comerciais
EDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL: Victor Grein Neto victorjornal@yahoo.com.br Fone (41) 9191-3296 DIAGRAMAÇÃO E ARTE GRÁFICA: Humberto Grein - (47) 9984-8125 REVISÃO: Carmen Lúcia Sedrez Reis IMPRESSÃO: Gráfica Impressul DEPARTAMENTO COMERCIAL: Jaime de Souza Moraes
jaimemoraes@gmail.com / (41) 8431-3379 ENDEREÇOS: Curitiba: Rua Dr. Faivre, 87, Fone (41) 3319-8754 / 3503-3296 Londrina: R. Cambará 670, 4º andar, cj 44 Santa Catarina: Rua 300, 130, cj 502 Balneário Camboriú - Fone (47) 9114-5562 GP EDIÇÕES ESPECIAIS LTDA Empresa associada a ACIL Associação Comercial e Industrial de Londrina.
Revista Distinção • 3
EMBRAPA 40 ANOS
Embrapa Soja de Londrina, 40 anos de pesquisas para o incremento do soja, girassol e trigo A Embrapa Soja de Londrina foi criada em 16 de abril de 1975 e está completando, portanto, 40 anos de existência. É uma das 40 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa -, vinculada ao Ministério da Agricultura, Abastecimento e Agropecuária. Localizada no distrito de Warta (Rodovia João Carlos Strass, acesso Orlando Amaral), a 32 quilômetros do centro urbano, a 621 metros de altitude, a Embrapa Soja dispõe de 22.390 metros quadrados de área construída, divididos em 34 casas de vegetação, 34 laboratórios, auditório com 3 salas de apoio, biblioteca, restaurante, garagem para veículos e máquinas agrícolas, galpões de apoio, cozinha experimental e prédios administrativos. Além dessa estrutura, a Embrapa Soja conta com a Fazenda Maravilha, localizada no Distrito de Maravilha, a 35 km do centro de Londrina, com 121 hectares e com a Fazenda Santa Tereza, a 20 quilômetros, com 350 hectares, sendo 35 referentes à área de preservação ambiental. A Unidade conta com 311 empregados em seu quadro de pessoal, sendo 66 pesquisadores, a maioria com doutorado e pós-doutorado em diversas áreas do conhecimento. A Empresa conta ainda com empregados especializados, que exercem funções de apoio à pesquisa tanto no campo como em laboratórios e na área administrativa. A Embrapa Soja possui 34 laboratórios, utilizados por diferentes equipes de
4 • Revista Distinção
pesquisas para o desenvolvimento de projetos com soja, girassol e cultivares de trigo. Com diversas premiações nacionais e internacionais, sua atuação é das mais expressivas.Aliás, se Warta em polonês significa “que tem valor”, a localização está mais do que justificada.
São 34 modernos laboratórios
Os principais produtos e serviços da Embrapa Soja referem-se a tecnologias ou informações para o cultivo de soja e girassol no Brasil e trigo no Paraná. A maior demanda concentra-se especialmente em novas cultivares com características específicas (resistência a doenças e pragas, adaptação a diferentes regiões), sistemas de manejo de solo e da cultura, recomendações de uso de insumos (sementes, fertilizantes, inoculantes, agrotóxicos), recomendações de regulagem de máquinas e equipamentos, aproveitamento da soja na alimentação humana e suporte às políticas públicas. A instituição ainda desenvolve inúmeras atividades para garantir a transferência de suas tecnologias e o relacionamento permanente com seus públicos: produção e edição de publicações e vídeos, visitas técnicas, dias de campo, treinamentos, eventos técnico-científicos, participação em feiras e exposições, Serviço de Atendimento ao Cidadão - SAC, promoção de visitas de estudantes por meio do Embrapa & Escola, assessoria de imprensa, entre outras. O trabalho da Embrapa Soja é desenvolvido em parceria com diversos órgãos de pesquisa e do agronegócio: instituições de Ensino, Ciência & Tecnologia, empresas públicas e privadas de Assistência Técnica, associações de produtores e fundações de amparo à pesquisa. A biblioteca (www.embrapa.br/soja) é uma festa para quem deseja acesso a informações tecnológicas. Estão ali publicações sobre agricultura orgânica, agroenergia, biocombustíveis, biotecnologia, cultivares, fixação biológica do Nitrogênio, insetos, fertilidade e microbiologia do solo, etc.
Manejo integrado de grãos e sementes armazenadas Um exemplo da atuação da Embrapa Soja: em suas dependências será realizado o curso de manejo integrado de pragas e grãos e sementes armazenadas, com a 46ª. edição nos dias 8 e 9 de junho e a 47ª. edição nos dias 27 e 28 de agosto. O objetivo é treinar o pessoal responsável pela armazenagem nas unidades armazenadoras de grãos e sementes, gestores, supervisores, técnicos e operadores, nas mais modernas e avançadas técnicas de Manejo Integrado de Pragas de Grãos e Sementes Armazenados, com ênfase nas medidas preventivas, curativas, métodos de controle, amostragem e monitoramento, da produção ao armazenamento, visando a manutenção com alta qualidade. O curso (com duração de 16 horas), tendo como instrutor o pesquisador da Embrapa Soja engenheiro agrônomo Irineu Lorini, será ministrado por meio de exposição dos assuntos na forma de explanação teórica e prática. Revista Distinção • 5
EMBRAPA 40 ANOS Para a parte teórica, os diversos temas do curso serão apresentados através de conceitos, exemplos práticos e imagens da realidade da área. A parte prática será feita no laboratório e na unidade armazenadora, com análise das diferentes fases de vida das pragas em microscópio estereoscópico e com a simulação do tratamento de controle das pragas e avaliação dos resultados.
melhorias na renda do produtor e minimiza o impacto ao ambiente”, diz extensionista da Emater, Nelson Harger. O sucesso dos testes fez com que na safra 2014/2015, fossem instaladas aproximadamente 200 unidades de referência em todas as regiões sojícolas do Paraná. Outro resultado obtido nas unidades de referência foi o baixo custo para a realização do controle de pragas e a estabilidade na produtividade. Considerando o custo de utilização inseticida por hectare (R$54,10) e o serviço de pulverização (R$ 24,79), o custo total para o manejo de pragas onde se praticou o MIP foi de R$144,57 contra R$ 302,06 em áreas que fizeram o manejo convencional. “Isso significa que nas áreas de MIP o investimento foi reduzido pela metade”, comemora o pesquisador Osmar Conte, da Embrapa Soja. A Embrapa Soja também demonstrou, durante a ExpoLondrina, tecnologias para o manejo e a conservação dos solos. O objetivo foi mostrar áreas de milho em consórcio com o capim braquiária. Para o pesquisador Pedro Moreira, da Embrapa Soja, a ideia é valorizar a cobertura do solo com palhada abundante para garantir melhor efetividade ao sistema de plantio direto. “Dados de pesquisa comprovam que a palhada traz inúmeros benefícios como evitar erosão do solo, por exemplo, e também auxiliar no controle de plantas daninhas”, explica.
Área de ensaio com plantio direto na palha à esquerda e plantio convencional à direita (foto do Dr. J. C. Franchini)
Na ExpoLondrina Durante a ExpoLondrina, realizada entre os dias 9 e 19 de abril em Londrina, a Embrapa Soja participou da Vila Rural, coordenada pela Emater Pr, apresentando tecnologias sustentáveis para a cultura da soja. O foco do trabalho realizado pela Embrapa Soja, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Emater foi o Manejo Integrado de Pragas (MIP-soja), o manejo de doenças e o manejo de solo. O MIP-soja é uma tecnologia de manejo das pragas que visa principalmente manter o sistema produtivo em que a soja está inserida em maior equilíbrio. O MIP-soja promove o controle racional dos insetos-pragas pela associação de diferentes táticas: o uso de cultivares mais resistentes às pragas, o controle biológico e o uso de inseticidas que por sua vez devem ser utilizados apenas quando necessários. Também se prioriza a utilização de produtos mais seletivos aos inimigos naturais e mais seguros ao homem e meio ambiente. De acordo com o pesquisador Pedro Moreira, da Embrapa Soja, durante a ExpoLondrina, os visitantes tiveram contato com a identificação de pragas e ainda com técnicas de avaliação e controle dos insetos. Os benefícios do MIP foram demonstrados em unidades de referência, mantidas pela parceria Embrapa Soja (PR) e Instituto Emater-PR, em áreas agrícolas. As instituições instalaram, na safra 2013/2014, cerca de 50 unidades de referência em propriedades do norte e do oeste do Paraná para avaliar a eficiência do MIP. Nessas áreas, as pulverizações foram reduzidas de cinco para 2,6 aplicações, quando comparadas com a média do Estado. “Os resultados mostram ser possível diminuir o uso de agroquímicos no controle de pragas da soja, o que propicia 6 • Revista Distinção
As receitas são testadas na cozinha experimental da Embrapa Soja
Estímulo ao uso do soja Ainda na ExpoLondrina, a Embrapa Soja lançou o livro “Receitas com soja para uma vida saudável”. A publicação reúne 225 receitas que apresentam a versatilidade da soja como alimento em bebidas, antepastos, molhos, saladas, pratos quentes, pães, bolos e sobremesas. “A soja tem uso culinário bastante variado e essa publicação reúne diversas opções na elaboração de pratos com boas características sensoriais e nutritivas que se destacam pelo alto valor protéico”, explica a pesquisadora da Embrapa Trigo, Mercedes Carrão Panizzi, uma das autoras do livro. Na dieta humana, a soja pode ser consumida diretamente ou processada, para produção de bebidas, temperos prontos, sopas, massas, biscoitos, pães e bolos. “Esse livro é resultado de 35 anos de pesquisa científica e de promoção da soja na alimentação humana, ressalta Mercedes”
O pesquisador José Marcos Gontijo Mandarino, da Embrapa Soja, que também é autor da publicação, enfatiza que a soja é uma excelente fonte de proteínas e óleo e que sua proteína possui alto valor biológico. Em média, a soja possui 40% de proteínas, 20% de óleo (lipídios), 5% de minerais e 34% de carboidratos (açúcares como a sacarose, fibras, dentre outros). “A soja apresenta alto teor de ácidos graxos polinsaturados, mas baixo de ácidos graxos saturados. Além disso, o grão não possui em sua composição o amido, podendo ser indicado para diabéticos”, explica. A alegação de saúde da proteína da soja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2005 é de que o consumo diário de, no mínimo, 25g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Segundo Mandarino, essa alegação de saúde da ANVISA comprova a participação da soja na redução dos riscos de doenças cardiovasculares. A soja possui enzimas (lipoxigenases) que, quando em contato com a água fria, iniciam uma reação que produz compostos responsáveis pelo sabor desagradável do grão. Segundo os pesquisadores da Embrapa, para evitar que esse processo seja desencadeado, é preciso realizar o choque térmico antes de iniciar o preparo da soja. Para fazer o choque térmico, basta colocar os grãos escolhidos e sem lavar em água fervente e deixar a soja cozinhar por cerca de cinco minutos, contados à partir da nova fervura. A água usada no choque térmico deve ser descartada e, só então, os grãos de soja pode ser lavada em água fria. Depois disso, os grãos estão prontos para ser utilizados como matéria prima nas diversas receitas. As receitas são testadas na Cozinha Experimental da Embrapa Soja em Londrina.
Novas cultivares Girassol - BRS 323 - O híbrido BRS 323 associa produtividade com
Congresso em Florianópolis Realizado de 3 em 3 anos, o Congresso Brasileiro de Soja – CBSOJA – e o Mercosoja 2015 serão realizados este ano em Florianópolis de 22 a 25 de Junho. Será o VII Congresso e são esperados aproximadamente dois mil participantes. “O Congresso é o momento que a cadeia produtiva se reúne para identificar problemas, propor soluções e principalmente ter uma visão de futuro, ou seja, quais são as perspectivas e os problemas à frente e como lidar com eles”, diz o pesquisador da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, presidente do Congresso Brasileiro de Soja e do Mercosoja. Nepomuceno destaca que a programação técnica estará focada nos vários aspectos do agronegócio da soja como por exemplo, questões relacionadas à produção de soja, ao armazenamento e transporte, comercialização, entre outros. “Além disso, novas tecnologias que certamente irão mudar os paradigmas de produção serão apresentados, principalmente os advindos da biotecnologia”, afirma. “Também terá destaque na programação técnica as mudanças climáticas e as estratégias para minimizar seu impacto na agricultura”, ressalta. A condução conjunta do CBSOJA e do Mercosoja objetiva incrementar a troca de informações e o desenvolvimento de estratégias dentro do agronegócio da soja entre os principais países produtores na América do Sul. O Mercosoja tem sido organizado pela ACSOJA (Asociación de la Cadena de la Soja Argentina). No Brasil, a ACSOJA tem a Embrapa entre outros como parceiros desde sua primeira edição em 1999. “O Mercosoja tem incrementado a formação de massa crítica técnico-científica, mas também tem auxiliado na identificação de afinidades e áreas de complementação, que trabalhadas em parceria trazem ganhos aos países envolvidos”, reforça Nepomuceno.
precocidade, características que facilitam sua utilização nos diferentes sistemas produtivos das principais regiões agrícolas do país. O plantio é indicado para os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e para o Distrito Federal.
Trigo - BRS Gralha-Azul - A cultivar BRS Gralha-Azul é um trigo da
classe Pão/Melhorador, apto para um mercado cada vez mais exigente em farinha para a fabricação do tradicional pão “francês”. Além de produtivo, apresenta estabilidade para qualidade industrial, boa resistência à germinação pré-colheita, garantindo a qualidade do grão e boa tolerância a doenças, o que permite a redução de aplicações de agrotóxicos. Sua adaptação compreende as regiões tritícolas 02 e 03 do Paraná e região 03 do Mato Grosso do Sul.
Soja - BRS 284 - A cultivar de soja BRS 284 é convencional e possui
hábito de crescimento indeterminado. Com ciclo precoce, permite o cultivo do milho safrinha logo após a soja. É campeã de produtividade, possui boa resistência ao nematóide de galha Meloidogyne javanica e boa qualidade de semente.
Importância da soja De acordo com a Conab, na safra 2013/14, a produção de soja no Brasil foi de 86 milhões de toneladas, a área cultivada de 30 milhões de hectares e produtividade média ao redor de 3,0t/ha. Esses números garantem ao complexo soja, a primeira posição entre os produtos Revista Distinção • 7
EMBRAPA 40 ANOS agrícolas exportados pelo Brasil: US$ 31 bilhões. A soja é uma das principais mantenedoras do superávit na balança comercial brasileira e, em conjunto com os outros setores do agronegócio, o complexo soja colabora direta e indiretamente com 40% dos empregos no Brasil. A produção mundial de soja na safra 2013/2014 foi de cerca de 284 milhões de toneladas e a área cultivada ocupou aproximadamente 113 milhões de hectares. A produção de soja nos países do Mercosul foi de 153 milhões de toneladas, 54% da produção mundial.
Na Rota do Café (Educação Ambiental) O espaço onde está sediada hoje a EMBRAPA SOJA foi antigamente a Fazenda Santa Terezinha, uma grande produtora de café nos tempos áureos. E é na antiga sede da fazenda, hoje revitalizada, que o Espaço de Educação Ambiental foi implantado, fazendo parte do roteiro turístico Rota do Café. Na antiga tulha que antes abrigava o café já colhido, hoje encontra-se uma exposição histórica sobre a cultura cafeeira e sobre as transformações do espaço e da região ao longo dos anos, retratando a memória e nos fazendo compreender e valorizar as raízes do norte do Paraná. A visita se inicia na “Casa das Boas Vindas” e os visitantes são convidados a participar de uma verdadeira “viagem pela história”, segue para a exposição histórica na tulha, que está dividida em vários espaços para melhor retratar a época da cafeicultura e as mudanças com o passar do tempo. Por fim, a visita segue para a vivência na trilha ecológica, momento em que é possível aproximar o visitante da natureza e fazê-lo refletir sobre o seu papel como agente transformador do ambiente. A Embrapa Soja está na Rota do Café com Educação Ambiental
Fotos históricas sobre café na antiga fazenda onde hoje está a Embrapa Soja
8 • Revista Distinção
O BOSQUE
Trilha Ecológica
Na Embrapa Soja Londrina, no distrito de Warta, há 10 anos foi criado o Bosque Verde Vivo, com o objetivo de despertar a consciência ambiental de forma educativa e homenagear permanentemente os empregados que são parte da história da instituição. Possui uma área correspondente a 1 hectare, com cerca de 600 árvores plantadas por empregados ou pela família daqueles que faleceram. Estão ali exemplares de pinheiro, tarumã, castanheira, pau Brasil, peroba rosa – e outros.
GENTE Por conta dos muitos cursos sediados pela instituição e pelo interesse despertado em estudantes (especialmente de Agronomia), as instalações da Embrapa Soja estão sempre recebendo homens e mulheres que chegam de diversas regiões do Estado, do país e do mundo.
Visitas e cursistas, uma constante na instituição
Participantes do curso de Vigor para semente de soja Revista Distinção • 9
EMBRAPA 40 ANOS
Embrapa e CTPA lançam cinco cultivares de soja Bt na Tecnoshow Comigo A Embrapa, em parceria com o Centro Tecnológico para Pesquisas Agropecuárias (CTPA), lançou cinco cultivares de soja com a tecnologia Intacta RR2 PRO™: BRS 6970IPRO, BRS 7170IPRO, BRS 7270IPRO, BRS 7470IPRO, BRS 7570IPRO durante a Tecnoshow Comigo 2015, dia 13 de abril em Rio Verde (GO). As novas cultivares são recomendadas para a região Central do Brasil. O lançamento foi feito pelo presidente Maurício Lopes, acompanhado da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do ministro do Turismo, Vinicius Lages, do vice-governador de Goiás, José Eliton, e do presidente da Comigo, Antonio Chavaglia. Em seu discurso, Lopes afirmou que as novas cultivares contribuem para que a Embrapa detenha a melhor genética do mundo tropical. Lembrou que a tropicalização da soja iniciou a grande revolução verde, responsável pelo sucesso do agronegócio brasileiro. O presidente ressaltou ainda a importância das parcerias para que as pesquisas cheguem à sociedade, especialmente com o CTPA e a Comigo. O presidente da cooperativa responsável pela Tecnoshow lembrou que a parceria com a Embrapa já dura 30 anos, e elogiou a excelência da pesquisa agropecuária pública. “É um orgulho para nós ter a presença de uma empresa que possui um dos maiores bancos genéticos do mundo”, disse Chavaglia.
As novas cultivares A tecnologia Intacta RR2 PROTM, desenvolvida pela Monsanto, reúne características como resistência ao herbicida glifosato para manejo de plantas daninhas e também conta com a toxina Bacillus thuringiensis (Bt), que auxilia no controle de algumas espécies de lagartas. Para o pesquisador Roberto Kazuhiko Zito, da Embrapa Soja Londrina, o lançamento das cultivares com a tecnologia Intacta demonstra que a Embrapa continua acompanhando as inovações técnicas da cultura. “As cultivares darão grande contribuição para as regiões recomendadas, principalmente pelo excelente potencial produtivo, estabilidade e sanidade. Entregamos à sociedade variedades altamente competitivas”, diz. Ministros Joaquim Levy e Kátia Abreu estavam presentes 10 • Revista Distinção
O programa de melhoramento genético da Embrapa é reconhecido pela excelência no desenvolvimento de tecnologias para regiões tropicais, com características como alto potencial produtivo, estabilidade para diferentes regiões e garantia de qualidade fitossanitária. Com o lançamento das primeiras cultivares IPRO, a Embrapa passa a ter o mais completo portfólio para soja do mercado, investindo tanto no desenvolvimento de cultivares convencionais quanto na geração de transgênicas. “Associamos a confiabilidade e a segurança da Embrapa às inovações tecnológicas para que o produtor brasileiro seja mais competitivo no mercado internacional”, afirma o chefe-geral da Embrapa Soja, José Renato Bouças Farias. Segundo o gerente da Embrapa Produtos e Mercado Alessandro Cruvinel, além das características de estabilidade e sanidade, as cinco cultivares Intacta RR2 PRO™ apresentaram nesta safra performance superior à dos materiais no mercado, com várias áreas produzindo acima de 75 sacas por hectare. André Schwening, diretor-executivo da Cereal Ouro, empresa que plantou a BRS 7270IPRO e a BRS 7570IPRO, aprovou o rendimento das novas cultivares na safra 2014/2015. “Elas se comparam aos melhores materiais que já utilizamos da mesma tecnologia. Mesmo com o atraso no plantio e a forte seca em janeiro, estamos bastante satisfeitos com os resultados. Na primeira colheita conseguimos 64,8 sacas por hectare numa área de 112 hectares com a BRS 7270IPRO, e de 66,3 sacas por hectare da BRS 7570IPRO numa área de 42 hectares”. O CTPA informou que um dos produtores cotistas da empresa, que plantou a BRS 7270IPRO, atingiu 55 sacas por hectare, contra 52 sacas por hectare da cultivar de maior rendimento de outra empresa, no mesmo talhão, enfrentando a mesma condição atípica de seca em Goiás. Para o gerente de pesquisa e produção do CTPA, José Nunes, o diferencial dos lançamentos é a alta produtividade, a estabilidade na produção, a resistência a doenças como o nematoide e o ciclo de desenvolvimento que favorece a safrinha de milho. As novas cultivares foram entregues a 15 produtores na região Central do Brasil durante a safra 2014/2015. As sementes estarão disponíveis nos próximos meses para plantio na próxima safra.
Revista Distinção • 11
GUARATUBA
Guaratuba quer construir hospital filantrópico Foi apresentado pela prefeita Evani Justus e Fundação Pró-Hansen o projeto de um hospital filantrópico em Guaratuba. Será um hospital com ambulatório e atendimento de medicina básica, de média e de alta complexidade. Entre as especialidades previstas estão cardiologia, oncologia, neurologia, ortopedia, traumatologia, dermatologia e pediatria. O hospital terá 120 leitos, sendo 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) – 60% deles destinados a pacientes do SUS. Deverão ser investidos R$ 50 milhões no empreendimento. A apresentação do projeto foi feita pelo presidente do Conselho Administrativo da Fundação, Wanderli Donini. A construção do hospital depende da doação de um terreno de 20 mil metros quadrados no bairro Piçarras onde fica o Estádio Municipal Acir Braga. Outros 20 mil metros quadrados serão destinados para o Campus da Saúde, para instalação de empresas e instituições ligadas ao setor. A doação precisa ser aprovada pelos vereadores. O secretário de Segurança Pública e Assuntos Jurídicos, Jean Colbert Dias, explicou que o projeto que será enviado à Câmara prevê prazos após a transferência da área, para a Fundação iniciar as obras e para o funcionamento do hospital. Em caso de descumprimento, a área e todos os investimentos passam para o Município.
250 anos Guaratuba está comemorando 250 anos de existência porque foi no dia 4 de setembro de 1765 que o governador da Capitania de São Paulo, dom Antonio de Nunes Botelho Mourão, determinou a formação de um povoado na enseada de Guaratuba (“muitos pássaros”, conforme os indígenas). A tarefa foi entregue a Afonso Botelho de San Payo e Souza, que requisitou 200 casais de trabalhadores para cultivar a terra descoberta. Como os espanhóis rondavam a costa brasileira, tentando inclusive ocupar a ilha de Santa Catarina, houve a preocupação em proteger a zona meridional e, assim, decidiu-se – no dia 29 de abril de 1771 – pela elevação do povoado à categoria de vila. A denominação foi Vila de São Luiz de Guaratuba da Marinha. Em 1838 o município foi extinto, passando a pertencer a Paranaguá. Foi somente em 1947 que a autonomia municipal foi restabelecida. Para a comemoração dos 250 anos, houve no dia 28 de abril apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná na Igreja Matriz Nossa Senhora do Bom Sucesso, regência do maestro Paulo Torres. Hoje, com população chegando aos 50 mil habitantes, devido ao fenômeno da litoralização, Guaratuba afirma-se como a cidade mais urbanizada do litoral paranaense. Atração turística, tem 22 quilômetros de praias (Central, Prainha, Brejatuba, Caieiras, Estoril, Eliane, Nereidas, Coroados, Barra do Saí). A baía de Guaratuba é a segunda maior do Paraná, com 48,72 km2. Por ela, é feito o acesso a Matinhos através de ferry boats. Rica em flora e fauna, é hoje área de proteção ambiental. O Iate Clube de Guaratuba é dos mais concorridos da região sul.
12 • Revista Distinção
MARINGÁ, EXPOINGÁ
EXPOINGÁ 2015 PALAVRA DO PRESIDENTE Fundamentar o ciclo produtivo do agronegócio, em especial do alimento, considerando o caminho que ele percorre e as cadeias de produção envolvidas até chegar à mesa do consumidor final é a principal proposta do tema escolhido pela Sociedade Rural de Maringá para a 43ª edição da Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá e 20ª Internacional, a Expoingá 2015. Como em outras edições, buscamos um tema que possua relevância para o agronegócio e, ao mesmo tempo, mostre ao público em geral a importância de se realizar uma feira agropecuária, demonstrando o quanto o setor produtivo é importante para a economia do País e para a sociedade como um todo. A feira será uma demonstração real da cadeia produtiva e com uma série de novidades elaboradas sempre com o intuito de criar as condições ideais para que grandes negócios agropecuários sejam realizados. A Expoingá mais uma vez irá se destacar por sua exuberância em qualidade genética, apresentando o que há de melhor em matéria de bovinos, equinos, ovinos, suínos e pequenos animais, que serão oferecidos aos criadores como oportunidades para o aprimoramento de seus plantéis. Com centenas de estandes nas áreas de comércio e indústria, a feira trará uma síntese das potencialidades econômicas de Maringá, do Estado do Paraná e também de sua gastronomia, com cardápios variados, enriquecida pelos espaços tradicionais de comidas típicas. Para a fidelização dos negócios a feira contará com as instituições financeiras que estarão com operações específicas, concedendo linhas de crédito diferenciadas.
eventos técnicos, seminários e palestras com a presença de autoridades e especialistas. A meta de toda a diretoria da Sociedade Rural de Maringá é promover de 07 a 17 de maio a maior Expoingá de todos os tempos, com o maior número de visitantes, o maior volume comercializado que proporcione retorno aos investidores, parceiros e expositores e, claro, uma feira que demonstre que o agronegócio é quem produz e alimenta com qualidade toda a nação. Até a Expoingá 2015! Wilson de Matos Silva Filho Presidente da Sociedade Rural de Maringá
Quem participa da Expoingá sabe que irá encontrar bom atendimento, segurança e uma organização impecável, somados a um grande número de realizações culturais que incluem shows, rodeios, parque de diversões, provas equestres, dança, folclore, música e artesanato. Reconhecida nacionalmente e com notoriedade internacional, a Expoingá é consolidada como um respeitado centro de inovações e difusor de conhecimentos do agronegócio por seu extenso programa de apresentação de novas tecnologias, Revista Distinção • 13
PATO BRANCO SHOPPING
Está nascendo o Pato Branco Shopping O conceito arquitetônico do Pato Branco Shopping foi apresentado no gabinete do prefeito Augustinho Zucchi. Na ocasião, o arquiteto responsável pelo projeto, Manoel Dória, adiantou algumas informações sobre a concepção da estrutura, que receberá investimentos estimados em R$ 60 milhões, sendo administrada e construída por um grupo de investidores liderados pela empresa paranaense Paysage Empreendimentos. Dória destacou a qualidade da área onde será edificado o empreendimento, fator decisivo para elaboração e execução de um projeto moderno e inovador, que segundo ele atenderá preceitos de eficiência energética, acessibilidade e sustentabilidade. O projeto acompanhará, ainda, o desenvolvimento da cidade, completando as opções ofertadas no Município nas áreas de comércio e prestação de serviços. “Fiquei entusiasmado ao conhecer a área. A localização possibilitará o objetivo da Paysage Empreendimentos, que tem como proposta construir um shopping diferenciado, que vise e estimule a ordenação urbanística de Pato Branco. Será uma extensão que complementará o que já é ofertado, ordenando, consolidando e trazendo benefícios, pois envolverá fatores sociais, culturais e a geração de emprego”, pontuou o arquiteto. Assim, o planejamento do Pato Branco Shopping pensa no presente e no futuro, pois a edificação estará preparada para receber etapas futuras de expansão. O empreendimento, que pretende atender um contingente populacional de 350 mil habitantes, do Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina, acompanhará as demandas desse público. “Consideramos as características da cidade, as necessidades do público da região, a localização e as lojas. Enfim, é um conjunto de fatores que definirão a estrutura do shopping, que poderá ser ampliada num segundo momento”, frisou. Dória traz no currículo projetos arquitetônicos de shoppings centers como o Pátio Chapecó e, no momento, desenvolve quatro projetos para o grupo Paysage Empreendimentos – além do Shopping Pato Branco, trabalha nos desenhos das unidades de Umuarama, Curitiba (Jockey Plaza) e Passo Fundo.
Planejamento O prefeito Zucchi ressaltou que a Prefeitura está planejando o desenvolvimento da cidade, uma vez que obras no acesso à rua Tocantins, com a criação da “avenida da Integração”, serão necessárias pela infraestrutura e logística do empreendimento. “O shopping não será apenas um centro de compra e venda, irá muito além, pois será um local de lazer e entretenimento das famílias. Também refletirá na
A apresentação na Prefeitura elevação da autoestima do Município, pois nos dará um novo patamar perante a região. Será um divisor de águas, pelo crescimento de Pato Branco e atração de importantes empreendimentos”, enfatizou Zucchi.
Estrutura Embora o projeto arquitetônico esteja em fase inicial de concepção, está definido que o Shopping Pato Branco terá áreas de lazer, entretenimento, comércio, prestação de serviços e espaço para realização de eventos. Outra característica é que o edifício será na horizontal, terá um único pavimento, o que segundo Dória é uma tendência. “Isso possibilitará uma estrutura moderna e eficiente, de fácil locomoção do público, com corredores amplos, utilização de luz natural, entre outros recursos”, explicou. A intenção é que a estrutura se torne um monumento, um ponto turístico de Pato Branco. “Por estar situado em um lugar alto, o visual será um dos referenciais da estrutura, tanto para quem estiver do lado de fora, quanto para o público do shopping. Vamos explorar o visual. Haverá uma área de descanso e diversos elementos para que as pessoas possam desfrutar a paisagem”, adiantou.
Lojas e lazer O Pato Branco Shopping terá aproximadamente 120 lojas, sendo 3 ou 4 unidades das chamadas “âncoras”, que são lojas de grandes redes do país, incluindo cinema (serão, no mínimo, 4 salas). Além disso, haverá cerca de mil vagas de estacionamento (entre externas e cobertas). Essas informações foram repassadas pelo diretor da Directa Shopping Centers, Carlos Caruso, pontuando, ainda, que o desenho do edifício está sendo traçado de acordo com as demandas de comércio e lazer. “A receptividade das empresas foi grande, pois as principais âncoras nacionais demonstraram interesse em se instalar em Pato Branco. Já temos cartas de intenções de âncoras, cinemas e parque de diversões. Só poderemos divulgar quais são, depois que os contratos estiverem assinados, o que aguarda a finalização e aprovação do projeto arquitetônico”, destacou.
Andamento Perspectiva do interior do shopping 14 • Revista Distinção
Após as etapas de elaboração e aprovação, os projetos arquitetônicos e estruturais seguirão para obtenção de licenças e demais trâmites burocráticos. A previsão é que os projetos estejam finalizados e aprovados legalmente, com as licenças emitidas, entre seis e oito meses.
PARQUE DE EXPOSIÇÕES
Um parque para grandes festas e grandes negócios Às margens da BR-153, no Km 40, está localizado o Parque de Exposições Dr. Alicio Dias dos Reis, em Santo Antonio da Platina. O nome presta homenagem ao médico e ex-prefeito da cidade (por três ocasiões, em 1959, 1968 e 1976) falecido em acidente automobilístico bem ali perto, em 1982. É o maior do Norte Pioneiro e há poucos meses recebeu da Prefeitura importantes obras: Centro de Eventos, Casa do Produtor e Centro de Comercialização. Todos os anos realiza-se ali a Exposição Feira Agropecuária e Industrial do Norte Pioneiro, que, em março deste ano, teve a 43ª. edição. É o principal evento técnico e de lazer da região, com palestras técnicas, exposição de máquinas e equipamentos, mostra comercial, leilões de gado, provas eqüestres, cavalgada, parque de diversões, shows, rodeios, Praça de Alimentação.
1ª. Cervejada O local vai servir este ano, também, para a realização da 1ª. Cervejada Universitária no dia 23 de Maio. Os promotores estão prometendo “o melhor do Sertanejo, com 8 horas de festa”. O evento será promovido pelos mesmos organizadores das festas Beba com Administração e Summer Vips, sucessos absolutos em suas edições. A programação musical ficará por conta de Moreno Acústico, Dhulli Gonçalves, Dj Lucas Siqueira “e a dupla que toca o tendeu por onde passa”, Marlon e Raphael. Das 15h às 16h a cerveja será liberada, no melhor estilo Open Bar.
Revista Distinção • 15
HIDRELÉTRICA e 40 ANOS DE CIC
Está em construção a última Hidrelétrica do rio Iguaçu Com investimentos da ordem de R$ 1,6 bilhão, a Neoenergia, em parceria com a Copel, está construindo a Usina Hidrelétrioca Baixo Iguaçu, que terá potência de 350 megawatts, o suficiente para atender ao consumo de 1 milhão de pessoas. No dizer do presidente da Copel, Lindolfo Zimmer,”Baixo Iguaçu será o último empreendimento energético previsto para o Iguaçu, principal rio paranaense”. O efetivo atual é de 1.544 trabalhadores, sendo 83% paranaenses, com 507 funcionários de Capitão Leônidas Marques e 437 de Capanema.O ISS gerado durante a obra deve chegar a R$ 12 milhões para Capanema e R$ 5 milhões para Capitão Leônidas Marques. Além disso, quando começar a produzir energia, em 2016, a usina vai pagar compensação financeira pelo uso dos recursos hídricos. A previsão é de sejam pagos R$ 7 milhões por ano para cinco municípios, já que o reservatório também abrangerá áreas de Realeza, Nova Prata do Iguaçu e Planalto. A nova usina ficará cerca de 30 km rio abaixo da Usina Governador José Richa (Salto Caxias) e terá três unidades. A casa de força será do tipo abrigada e ficará no município de Capanema, na margem esquerda do rio. Um conjunto composto por subestação e linha de transmissão também será construído para conectar a usina ao Sistema Interligado Nacional. A linha terá 60 quilômetros de extensão e ligará Baixo Iguaçu à subestação Cascavel-
Estágio das obras
-Oeste (também da Copel) em 230 mil volts. No Iguaçu, já são operadas cinco hidrelétricas de grande porte: Foz do Areia, Segredo, Salto Caxias – todas de propriedade da Copel – mais Salto Osório e Salto Santiago, estas pertencentes à Tractebel. Juntas, elas totalizam 6.674 megawatts de potência instalada.
40 anos de Cidade Industrial de Curitiba Inaugurada oficialmente no dia 5 de março de 1975, projeto do prefeito e Governador Jaime Lerner, a Cidade Industrial de Curitiba – CIC – foi a grande responsável pelo surto industrial da capital paranaense. A empresa pioneira a se instalar ali foi a Philip Morris, em 1973 (antes, portanto, da inauguração da CIC). Depois, seguiu-se a Indústrias Langer (máquinas para serraria e fundições) em 1974. A maior área comercializada foi com a Volvo do Brasil em 1977 – um total de 1.289.519,23 m2. A empresa gera 2,5 mil empregos. A Robert Bosch, em área com 527.952,54 m2, instalada também em 1974, é a maior geradora de empregos: mais de 3 mil. Algumas das outras empresas instaladas na CIC são: Pfaff, Maclínea, Giben, Haas do Brasil, Tintas Renner, Electrolux, Neodent, Risotolândia,Mondelez do Brasil (ex- Lacta e Kraft), Furukawa, Elma Chips, BD – Becton Dickinson, Manuli Fitasa. No começo, a CIC ficava subordinada à Urbs - Urbanização de Curitiba S.A.- , mas, a partir de 1980, foi criada a CIC S.A. – Cidade Industrial de Curitiba S.A. (cuja denominação mudou em 1991 para CIC – Cia. de Desenvolvimento de Curitiba). As empresas localizadas na CIC criaram em 1977 a Aecic – Associação das Empresas da Cidade Industrial de Curitiba. Além de apresentar infraestrutura adequada às atividades econômicas desenvolvidas no bairro, a CIC abriga ainda dois hospitais, 16 unidades de saúde, 35 creches e 24 escolas, sete Faróis do Saber e mais uma infinida16 • Revista Distinção
de de instituições sociais.Para proporcionar lazer e recreação à população existem dois bosques, quatro parques, 25 jardinetes e 63 praças públicas. A taxa de áreas verdes por habitante é de 36,7 m². Hoje a CIC configura-se como um bairro de grande concentração de tecnologia, produtos estratégicos e empregos de alta qualificação. Atualmente estão instaladas 7.991 empresas, sendo: 1.713 indústrias, 3.712 comércios e 2.515 serviços. Estas empresas geram, formalmente, um valor aproximado de 28 mil empregos diretos e 79 mil empregos indiretos.
CENTRO DE CANCER
Próton vai implantar Centro de Tratamento de Câncer em Londrina O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, recebeu em seu gabinete empresários americanos, ingleses e brasileiros que apresentaram o projeto do Centro de Tratamento de Câncer que deverá ser instalado na região sul de Londrina, em frente ao Centro de Eventos. O prefeito colocou a prefeitura à disposição e destacou a lei de incentivo à indústria. “Dentro da legalidade, da legislação vigente e das especificidades do poder público, vamos apoiar o trabalho para que o Centro seja instalado em Londrina.” O Centro de Tratamento de Câncer deverá estar em funcionamento em 36 meses. De acordo com Ricardo Brito, da Próton Brasil, a previsão é que 150 especialistas, incluindo físicos e médicos, venham fazer parte da equipe. “Será o primeiro Centro do hemisfério sul”, destacou. A previsão é que sejam investidos R$350 milhões, provenientes de um fundo de pensão americano, numa área de 10 mil metros quadrados de construção; com infraestrutura de próton terapia, radioterapia, quimioterapia e diagnóstico; montagem eletromecânica e equipamentos. Ao todo, 6.600 pacientes deverão ser tratados por ano, com mais de 15 mil procedimentos. De acordo com o CEO da Próton Brasil, Pedro da Silva Brito Junior, entre os motivos que fizeram Londrina ser escolhida, está o fato da cidade ter quase 40 mil estudantes universitários, ter mais de 500 mil habitantes, não ter indústrias poluentes, ter um aeroporto 24 horas e ser de fácil acesso.
Tecnologia O Centro de Tratamento de Câncer vai utilizar a próton terapia. Trata-se de um tratamento não invasivo para câncer localizado. Entre os benefícios apresentados pela empresa Próton Brasil, está o fato de que é possível fa-
Novo centro utilizará a próton terapia
zer uma “varredura”em 3D; não queima os tecidos saudáveis; chega onde o cirurgião não consegue chegar; redução de efeitos colaterais; melhoria da qualidade de vida do paciente; aumento da possibilidade significativa para um número considerável de pacientes e diminuição na morbidez nos tratamentos. Brito Junior explicou que as doses de radiação atingem o tumor, enquanto protegem as áreas de tecido ao redor. Entre os presentes na reunião estavam da Proton Internacional, Rodrigo Claro, Odilon Claro de Oliveira Junior, Sue Macleod, Paul Rushton, Ron Gilden, Jeremy Gilden ; da Proton Brasil, Ricardo Brito e Pedro da Silva Brito Junior, além da presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), Ignes Dequech e dos vereadores Gustavo Richa e Junior Santos Rosa.
Outro shopping em Londrina Londrina ganhou o seu sexto grande shopping Center. Foi inaugurado na Zona Norte o Shopping Saul Elkind, empreendimento com cerca de 7 mil m2, sendo 5 mil m2 de área útil locável, 200 lojas. Ao todo, são 4 andares, sendo 2 de lojas e 2, no subsolo, de estacionamento, além de uma praça de alimentação e um restaurante em ambiente fechado.
Revista Distinção • 17
ILHA DO MEL
Ilha do Mel,
paraíso de rara beleza Considerado o segundo maior ponto turístico do Paraná, a Ilha do Mel, em Paranaguá, é administrada desde 1982 pelo IAP – Instituto Ambiental do Paraná –, que adota um rigoroso programa de manejo: só podem ser embarcadas no máximo 5 mil pessoas, não é permitida a tração animal ou a motor. Existem muitas áreas onde não é permitida a presença de visitantes. A ilha possui quatro pontos turísticos de destaque: Ao norte a Fortaleza, no centro Nova Brasília e o Farol das Conchas e ao Sul as Encantadas. Tombada pelo Patrimônio Histórico em 1975, dos seus 2.700 ha, apenas 200 têm permissão de uso - o restante é reserva ecológica. O turista dispõe de pousadas e pequenos restaurantes. A ilha tem cinco vilarejos: Fortaleza, Nova Brasília ou Brasília, Farol, Praia Grande e Encantadas. Não há ruas ou estradas, só trilhas. A implantação de geradores de energia elétrica, em 1988, deu início a atitudes que hoje se transformaram em preocupação pela preservação da ilha e sua principal atração: a natureza. A ilha encontra-se a 15 milhas de Paranaguá, tem uma área de 27,62 km2, 55,05 há de área de praias, 2.240,69 há de área da Estação Ecológica, altitude máxima de 151 metros.
ATRAÇÕES Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres ou Fortaleza da Barra - Construção de 1767-1769, feita por determi-
nação do Rei de Portugal Dom José para proteger a Baía de Paranaguá. Em 1850, nesta fortaleza, o “Combate Cormorant” marcou a história de Paranaguá. O vapor de guerra inglês aprisionou três embarcações nacionais em decorrência do tráfico ilícito de escravos, originando a referida batalha. A Fortaleza foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1972.
Capela de São Francisco - Pequeno oratório construído ao pé
do Cruzeiro, que guarda em seu interior várias imagens, sendo a devoção maior, dedicada a São Francisco de Assis, o Santo protetor dos animais. Situa-se no Morro Nhá Pina a uma altura de 151 metros acima do nível do mar.
ACESSO O acesso à Ilha do Mel é feito de barco via terminal de embarque dos municípios de Pontal do Paraná, na localidade de Pontal do Sul (30 minutos de travessia – custa em torno de R$ 27 ida e volta) ou de Paranaguá (1h 30min de travessia – custa em torno de R$ 32 por pessoa ida e volta). Na ilha, só é permitido circular a pé ou de bicicleta. Nos terminais de embarque existem estacionamentos para veículos. O custo dos estacionamentos varia de R$ 5 a R$ 10 entre abril a novembro por dia e entre R$ 10 a R$ 15 no verão por dia. Maiores informações ABALINE, 41) 3455-1129/ 3425-6325 – www.abaline.com.br
Farol das Conchas - Construído em 1872, por ordem de Dom Pedro II, para orientar os navegadores da Baía de Paranaguá. Localiza-se no Morro das Conchas
Praias - ncantadas, Brasília, Limoeiro, do Cassual, da Fortaleza, do Farol, Grande, do Miguel, de Fora, do Belo e Ponta Oeste.
Morro das Baleias - No Morro das Baleias está localizado um labirinto
de canhões e um mirante, de onde se pode deslumbrar um dos mais belos visuais cênicos da Serra do Mar.
Gruta das Encantadas - Situa-se na parte meridional da Ilha, em
grande paredão rochoso, sendo um local envolto em lendas e histórias fantásticas. 18 • Revista Distinção
PASSEIOS Caminhadas pelas praias partindo dos trapiches localizados nas: »» Praia do Farol »» Fortaleza: 1 hora »» Farol: 10 minutos »» Brasília: 15 minutos »» Prainhas: 1 hora »» Praia Grande: 15 minutos
»» Fortaleza: 2 horas »» Farol: 1 hora »» Brasília: 1 hora e 30 minutos »» Gruta: 10 minutos »» Praia Grande: 35 minutos
NOTAS
Parque Estadual Mata São Francisco: como era o Norte do Paraná há 80 anos Em meio a extensas plantações de soja ou trigo, às margens da BR-369, próximo de Cornélio Procópio, está o Parque Estadual Mata São Francisco. É uma área pequena, com pouco mais de 832 hectares, mas de importância ambiental e cultural, pois é o que está preservado da Mata Atlântica, guardando uma biodiversidade expressiva. O parque ocupa áreas localizadas em Cornélio e em Santa Mariana. Desde 1997 pertencente ao Governo do Paraná, a mata foi adquirida pela Companhia Energética de São Paulo – CESP – e doada como compensação ambiental, devido ao alagamento de terras paranaenses para as construções das usinas hidrelétricas de Canoas 1 e Canoas 2. Conforme o chefe do escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná – IAP -, a quem compete a manutenção e conservação, a área não fazia parte de uma fazenda, mas era considerada propriedade individual, com escritura própria e havia a ameaça de que poderia ter 80% da totalidade desmatada, que era o que permitia a legislação. Para Devanil José Bonni, o chefe do IAP, a preservação se deu por causa da mobilização de ambientalistas, tornando-se parque estadual e unidade de conservação. O local conta com estrutura para o recebimento de grupos de visitantes, tendo salas de recepção e vídeo, banheiros e uma trilha de 1,6 mil metros por dentro da mata. Atuam ali guarda parque e vigilantes. A maioria dos visitantes é formada por jovens estudantes que tem um contato muito próximo com a natureza e noções ambientais. As visitas podem ser efetuadas de 4ª. a domingo das 8 às 17 hs. (fone 43) 3523-2659). Não há lanchonete no local e os visitantes devem trazer água e lanches frios, pois não é permitida fogueira. É proibido o consumo de bebidas alcoólicas. Como a área é de preservação, deve-se ter cuidado com o destino do lixo e não é
Lucas Henrique Xavier
Macaco prego no interior da mata
permitido o uso de aparelhos de som. Como segurança, caminhar somente pelas trilhas. Vir com tênis e usar protetor solar e repelente. Percorrendo a trilha, tem-se uma noção de como era o Norte do Paraná no tempo dos primeiros colonizadores. Destacam-se as perobeiras-rosa, pela sua imponência. Animais, que quase sempre ficam escondidos, habitam o local. São tamanduás, veados, macacos prego, bugios, capivaras, pacas, cutias, papagaios. Estes foram reintroduzidos ao seu antigo habitat. Existe um Blog sobre o Parque Mata São Francisco assinado pelos jovens Lucas Henrique Xavier, Marcelo Montes Castanho e Luiz Gustavo Pedroso.
Mãe de Deus, o novo Teatro em Londrina O Colégio Mãe de Deus está finalizando a construção do mais novo Teatro de Londrina (foto da perspectiva interna). A Irmã Rosa Maria Ruthes, gestora administrativa, busca recursos para os acabamentos e equipamentos de sonorização, iluminação e mobiliários. Moderno, o local terá estrutura para atender às necessidades das diversas atividades culturais realizadas na cidade. Serão 535 lugares.
Como vai ser o interior do novo Teatro
Londrina conta atualmente com diversos locais para apresentações teatrais ou musicais. Tem o anfiteatro ao ar livre no Zerão, com capacidade para 6.000 pessoas sentadas, a Concha Acústica, também ao ar livre, para 600 pessoas. E, ainda, o Teatro Arena (500 pessoas), o Teatro Circo Funcart (170), o Cristal Palace (400), o Teatro do Lago (ao ar livre, para 200 pessoas), o Teatro Filo (180), o Teatro Marista (913 pessoas), o Zaqueu de Melo (190). O Cine Teatro Ouro Verde, devorado por incêndio, está em obras de reconstrução (800 pessoas). E o que virá a ser o maior de todos, o Teatro Municipal, no Marco Zero, está em obras, em área de 22 mil m2. Terá 3 salas, para 1.200, 800 e 400 lugares, além de um amplo Centro Cultural. Revista Distinção • 19
PORTO
Porto de Paranaguá lidera exportações brasileiras O Porto de Paranaguá é a principal via de escoamento da produção brasileira de farelo de soja, óleo vegetal e congelados nos primeiros meses de 2015. O porto paranaense foi o líder na movimentação destes produtos, em comparação com os demais portos brasileiros. Com os recentes investimentos feitos na estrutura do porto, Paranaguá também ganhou espaço na exportação de milho e de álcool. “Estamos resgatando a confiança dos usuários e produtores rurais, que notam os investimentos realizados nos últimos anos para dar mais eficiência ao porto”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino. Foram investidos nos últimos quatro anos R$ 511 milhões em obras de melhoria, infraestrutura e novos equipamentos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a venda de farelo saindo de Paranaguá para outros países aumentou 12% em relação aos primeiros meses de 2014, passando de 904 mil toneladas para 1,013 milhão de toneladas escoadas neste ano. O segundo lugar foi Santos (SP), que movimentou 880 mil toneladas do produto.
Na exportação de óleo vegetal, o crescimento foi ainda mais significativo: 13,4%, com 192 mil toneladas – o que representa quase 60% de tudo que é escoado do produto em todos os portos brasileiros. Nesse período, o segundo lugar, Rio Grande (RS), embarcou 53 mil toneladas. Outro destaque foi o aumento na exportação de congelados. De janeiro a março, foram movimentadas 360 mil toneladas pelo Porto de Paranaguá. No ano passado, no mesmo período, foram movimentadas 330 mil toneladas de carne congelada, o que rendia ao terminal paranaense o segundo lugar entre os portos brasileiros. Itajaí (SC) e Santos (SP) ficaram com a segunda e terceira maior movimentação, com 341 mil toneladas e 205 mil toneladas, respectivamente. A escalada no ranking também pode ser verificada na receita cambial com a exportação do produto: no ano passado, os US$ 684 milhões provenientes destas exportações davam a Paranaguá o terceiro posto na lista de receita cambial de congelados entre portos brasileiros. Em 2015, o porto do Paraná está na liderança com US$ 694 milhões em congelados exportados.
Milho e álcool Paranaguá também subiu posições no ranking de exportações de milho e álcool. Nos dois casos, o porto paranaense estava no ano passado na terceira posição, em comparação com os demais terminais brasileiros. Neste ano, já figura no segundo posto. Um dos principais produtos exportados pelo porto de Paranaguá, o milho, deu um salto no período bastante significativo: de 697 mil toneladas exportadas (2014) para 1,058 milhão de toneladas neste ano. Boa parte do crescimento da exportação de farelo e milho se deve aos investimentos recentes do porto. Foram inaugurados em março dois novos shiploaders, que aumentam em 33% a produtividade no carregamento dos navios que atracam no Corredor de Exportação. Com os equipamentos, a capacidade nominal de embarque por carregador aumentou de 1,5 mil toneladas/hora para 2 mil toneladas/hora. Até o final do ano, outros dois novos shiploaders serão inaugurados em dois berços do porto, substituindo os equipamentos antigos. 20 • Revista Distinção
NOTAS
Londrina tem recorde de vagas de trabalho (texto de Dayane Albuquerque) Londrina está em primeiro lugar na geração de empregos, no Paraná, no primeiro trimestre de 2015, acumulando um saldo positivo de 3.579 vagas. Foram admitidas 27.024 pessoas e demitidas 23.445. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, na última quinta-feira (23). O resultado é melhor do que o primeiro trimestre de 2014, quando foram admitidas 28.162 pessoas e demitidas 25.940, o que gerou um saldo positivo de 2.222 vagas no período. Os números dos três primeiros meses do ano colocam Londrina à frente de cidades como Maringá, segundo lugar em geração de empregos no
trimestre, com 1.444 vagas a mais, seguidas por Cascavel e Curitiba. “O resultado se deve a importância regional de Londrina e a característica de ser um centro universitário e prestador de serviços. O incremento de oportunidades na área de serviços também alavancou o resultado”, destacou o secretário de Trabalho, Emprego e Renda, Marcio José Gomes Corrêa. Em março, o setor que impulsionou o resultado foi o de serviços, contratando 4.242 pessoas, seguido pelo comércio, com 2.324 admissões. Em janeiro e fevereiro, a área que mais contratou também foi a de serviços, com 9.609 contrações nos dois meses, seguido pela construção civil e indústria, em janeiro, e pelo setor industrial em fevereiro.
Revista Distinção • 21
Empresas & Empreendimentos Bandeirantes fabrica hóstias
Surge a Cidade Industrial de Londrina O prefeito Alexandre Kireeff sancionou a lei 12.242 que autorizou o município de Londrina a adquirir um terreno com área de 1.127.240 m2 (46,58 alqueires), na Gleba Jacutinga. Começa a ser implantada ali a Cidade Industrial de Londrina – Cilon. Inicialmente, estarão sediadas 255 unidades industriais que tenham baixo impacto ambiental e não gerem resíduos descartáveis em cursos naturais. A previsão para o início da instalação das empresas é dia 10 de dezembro de 2016. Até lá, a Prefeitura vai desenvolver toda a infraestrutura necessária, ou seja, rede de água, esgoto, energia, galerias pluviais e pavimentação. Os recursos financeiros necessários advêm de um financiamento pré-acordado com a “Fomento Paraná”. Ele já foi aprovado pela Câmara de Londrina.
Carrefour em Londrina Há mais de 20 anos o Grupo Carrefour tem uma história com Londrina, quando inaugurou um dos primeiros hipermercados do Norte do Paraná (e, em anexo, o posto de combustíveis) junto ao shopping Catuaí, que havia sido aberto pouco antes, em novembro de 1990. Depois que adquiriu a rede Atacadão (em 2007), que tinha uma loja na cidade, o Carrefour passou a ter dois endereços londrinenses. E, agora, o grupo prepara-se para inaugurar outra loja Atacadão Carrefour. Fica às margens da BR-369, na saída para Ibiporã (ao lado do Posto Alvorada). Terá 13.060 m2 e os investimentos chegam a R$ 40 milhões. As obras estão sendo executadas pela mineira Pietra Uno Engenharia. A rede Atacadão está entre as maiores empresas do setor no país. Tem 112 lojas de autosserviço, 20 Centrais de Distribuição e mais de 32 mil funcionários. No Paraná, tem lojas em Londrina, Maringá e Ponta Grossa. 22 • Revista Distinção
Bandeirantes é conhecida por sediar uma das maiores usinas de açúcar e álcool do Brasil, a Açúcar e Álcool Bandeirantes S.A. – Usiban. Pouca gente sabe, porém, que está sediada na cidade uma das fábricas de hóstias existentes no Brasil. Trata-se da Fábrica de Hóstias Horeb, com uma produção mensal superior a 1 milhão de unidades. A pequena indústria utiliza farinha de trigo de qualidade superior, produzida em Sertanópolis. O empreendimento é de Valdecir Paduan, católico praticante que, antes, tinha na cidade uma pequena loja de artigos religiosos. Ele é devoto de Santa Terezinha do Menino Jesus, padroeira de Bandeirantes.
Hotel e Centro de Eventos em Bandeirantes Está em construção em Bandeirantes, no trevo da rodovia do contorno, um complexo hoteleiro, com acomodações para 120 hóspedes, centro de eventos e convenções para até 600 pessoas e quadras poliesportivas com grama sintética. O empreendimento é do atleta de futebol Nilmar (Nilmar Honorato da Silva), natural do município, atual jogador do Internacional de Porto Alegre e ex-seleção brasileira. A localização é ideal, pois a área é parte integrante da ligação com São Paulo, via Andirá, Cambará e Ourinhos e, também, com Londrina (via Cornélio Procópio), além do sentido Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu. A imagem mostra perspectiva do Hotel.
BRDE amplia ação no Paraná A agência do Paraná do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) aumentou sua carteira ativa em 20% em 2014, em relação ao ano an-
terior, passando de R$ 4 bilhões em 2013 para R$ 4,8 bilhões no ano passado. Os números estão no balanço 2014 do banco, já publicado. “Os resultados são animadores e consolidam o BRDE como grande indutor do desenvolvimento econômico do Paraná, financiando projetos estruturantes que geram emprego e renda e melhoram a receita dos municípios”, avaliou o diretor Administrativo do banco, Orlando Pessuti. A carteira de financiamento da agência do Paraná, formada por mais de 18 mil operações ativas, com um saldo médio de R$ 265 mil, comprova a vocação do BRDE para o atendimento a micro, pequenas e médias empresas e pequenos produtores rurais. O balanço de 2014 aponta um resultado líquido no ano de R$ 212 milhões, um crescimento de 37,4% em comparação com 2013. O ativo total do BRDE, considerando toda a região Sul, chegou a R$ 13,4 milhões, distribuídos em mais de 40 mil operações ativas. Em 2014, também foi concluído o processo de capitalização do banco, com o aporte de R$ 400 milhões, resultado de financiamentos obtidos pelo Paraná e Santa Catarina no BNDES. O aporte feito pelo Governo do Paraná foi de R$ 200 milhões. “O BRDE é fundamental para garantir o crescimento econômico e social dos municípios paraenses, principalmente, neste período de crise econômica nacional”, disse o governador Beto Richa. Em 2014, o BRDE ainda passou a operar em parceria com a Caixa Econômica Federal para financiamento de programas de saneamento e infraestrutura nos municípios, com recursos do FGTS, no valor de R$ 145 milhões. A primeira operação do BRDE com recursos do FGTS foi feita na agência do Paraná com a Prefeitura de Guarapuava no valor de R$ 5 milhões.
nharia. Também fabrica caixas de câmbio customizadas para várias indústrias de engenharia mecânica.
Tricofort A WBC Assessoria de Comunicação, com 17 anos no mercado de comunicação empresarial, conquista a conta da Tricofort, como sua nova assessoria de imprensa. Fundada há 30 anos, a Tricofort é conhecida por utilizar princípios cosméticos naturais, que oferece soluções sob medida para todos os tipos de cabelo e também para disfunções capilares como caspa, queda e oleosidade.
Novo hotel em São José dos Pinhais Começaram em março as obras de construção do hotel Slaviero Slim em São José dos Pinhais. Localizado às margens da BR376 e próximo do Aeroporto Afonso Pena e às principais saídas para Curitiba e o litoral do Estado, o edifício terá 165 apartamentos de perfil econômico. A previsão de entrega é para julho de 2017.
Bemis (Dixie Toga) em Londrina Expansão da Leax em Araucária A empresa sueca Leax, que desde março de 2012 tem uma unidade industrial em Araucária, está anunciando um investimento de R$ 80 milhões no Paraná. Pode ser na implantação de uma nova unidade ou na expansão da atual. A Leax produz componentes mecânicos e subsistemas para a indústria de veículos pesados, de mineração e construção, além de outras indústrias de enge-
Desde 1998 instalada em Londrina como Dixie Toga, a Bemis está se expandindo no mercado pelas aquisições de empresas de excelência tecnológica. No Paraná, foram a Impressora Paranaense e a Huhtamaki Rígidos. Outras: Itap, Clave Plast, Itaipava, Alcan Packaging, American Plast. Fundada nos Estados Unidos em 1858, a Bemis Company é uma das maiores fabricantes de embalagens do mundo. Seus produtos são utilizados por empresas dos segmentos de alimentos, bebidas, cosméticos, higiene pessoal, saúde, entre outros. Na América Latina, atua nos segmentos de embalagens cartonadas, flexíveis, laminadas, rígidas e rótulos. Revista Distinção • 23
24 • Revista Distinção