Distinção - Edição 13

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MODELO: Eduarda Reis Patiño

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ARTIGO A TERCEIRA ECONOMIA INDUSTRIAL DO PAÍS • Gilmar Mendes Lourenço Os dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2011, divulgados pelo IBGE, confirmam o resgate da 3.ª posição desfrutada pelo Paraná em geração de renda da indústria de transformação no Brasil (com 8,4% do total), perdida em 2010 para o Rio de Janeiro (8%), e ficando ainda mais distanciado do Rio Grande do Sul (7,7%). De fato, o estado atravessa um estágio de mutação de sua matriz industrial, cujas raízes foram fincadas no segundo quinquênio dos anos 1990, quando a nação começava a colher os frutos bons da abertura comercial, da reestruturação industrial, da desregulamentação dos mercados, da flexibilização de alguns monopólios, da regulamentação da concessão de alguns serviços públicos e do fim da hiperinflação. A fase virtuosa, verificada entre 1995 e 2002, foi viabilizada por meio do aproveitamento das vantagens competitivas locais para a atração de empreendimentos fabris, interessados no deslocamento dos investimentos em novas unidades: do espaço saturado, polarizado pelo Sudeste brasileiro, na direção de cidades de médio e grande porte do Centro-Sul do país. Tais destinos eram dotados de excelência infraestrutural, disponibilidade de mão de obra qualificada e localização privilegiada em relação aos principais mercados brasileiros e do Mercosul.

políticas na esfera federal. Não por acaso, a participação do Paraná no produto industrial brasileiro caiu de 8% em 2009 para 7,5% em 2010, no segmento de transformação. O jogo desfavorável começou a ser alterado a partir de janeiro de 2011, através do restabelecimento das iniciativas voltadas à construção de um projeto de desenvolvimento para o estado, amparada em um diálogo permanente e transparente entre governo e demais atores sociais atuantes no Paraná, dirigido, prioritariamente, à restauração de um ambiente favorável à multiplicação dos negócios por aqui. Essencialmente, enquanto a sociedade paranaense manifestava a recuperação intransigente de uma vontade de crescimento, o governo estadual empenhava-se em buscar reorganizar, articular e acionar mecanismos e instituições capazes de, ao mesmo tempo, sustentar tal processo e apressar a aproximação entre o presente e o futuro desejado. Se a esmagadora maioria das estatísticas conjunturais demonstra essa marcha modernizante,

os indicadores estruturais apurados pelo IBGE e contidos na PIA, para o exercício de 2011, corroboram o quadro de modernização do setor manufatureiro regional, liderado pelos parques agroindustrial, automotivo e de refino de petróleo e álcool, responsáveis por 30%, 21% e 17,5%, respectivamente, do resultado do esforço produtivo setorial do estado naquele ano. O curso estruturalmente ascendente do complexo fabril paranaense deve prosseguir, graças à entrada em operação dos empreendimentos do portfólio de mais de R$ 21 bilhões, atraídos pelo Programa Paraná Competitivo em dois anos e meio; da vitalidade do mercado de trabalho regional, sobretudo da indústria fora da Região Metropolitana de Curitiba (RMC); e dos efeitos dinâmicos das obras de infraestrutura realizadas pela administração estadual, sobretudo no modal de transportes. * Gilmar Mendes Lourenço, economista, é diretor-presidente do Ipardes e professor da FAE (publicado originalmente na Gazeta do Povo)

CHARGE

Nessas circunstâncias, o Paraná conseguiu experimentar um panorama de expansão e diversificação de sua estrutura industrial, ancorado no complexo automotivo, incluindo montadoras e grandes fornecedores mundiais; no agronegócio, liderado pela base empresarial cooperativista; no parque madeireiro-papeleiro; e nos insumos da construção civil. Essa tendência sofreu arrefecimento em fins do decênio de 2000, fruto especialmente da substituição do planejamento público de longo prazo por ações improvisadas que custaram ao estado perda de investimentos, deterioração da infraestrutura e enfraquecimento do peso nas decisões

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PIONEIRO

Grupo Pioneiro: 30 anos de dinamismo e modernidade Formado pelas empresas Frigorífico Pioneiro e Maná Alimentos, o Grupo Pioneiro está comemorando 30 anos de existência. O complexo industrial, localizado em Joaquim Távora, conta com uma estrutura física de 149 mil m², responsável pelo abate das aves, processamento de subprodutos, tratamento de água e tratamento de efluentes. O complexo se destaca pelo certificado para o abate Halal, selo que habilita o abatedouro exportar seus produtos para países islâmicos. Através dessa estrutura de produção, a Frangos Pioneiro tem capacidade nominal de 10 mil aves por hora. Conta com 1.200 colaboradores e abate atualmente 120 mil aves por dia. A Frangos Pioneiro utiliza o Sistema de Integração de Frango de Corte. Este sistema é baseado no apoio e incentivo da agricultura familiar, proporcionando renda e estabilidade ao produtor rural. A mão-de-obra e as granjas devidamente equipadas para garantir o bem-estar das aves e sua qualidade são de responsabilidade do produtor. A Pioneiro tem o compromisso com o fornecimento de pintainhos, ração balanceada, produtos veterinários, assistência técnica, transporte de ração e de aves, abate e comercialização. A outra unidade, no mesmo município, por nome de Maná Alimentos, é responsável pelo processamento de produtos industrializados com uma estrutura de 1.650 m². Possui 200 colaboradores e produção de 80 toneladas por dia.

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Os produtos Frangos Pioneiro e Maná estão no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Bahia, Sergipe, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Amazonas.

HISTÓRIA 1976 – O empresário Tarcizo Messias dos Santos inicia a comercialização de rações para aves de corte como também o comércio de frangos vivos.

1978 - A Comercial Incodemi Ltda deixa de fabricar farinha e fubá de milho, passando a dedicar-se exclusivamente na revenda de rações (aves, suínos e bovinos) e comercialização de frangos vivos.

1982 – Tarcizo e Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro iniciam a sociedade com a fábrica de rações.

1983 - A experiência com o mercado de frangos de Paulo Cesar e a experiência na fabricação de rações de Tarcizo impulsionou as primeiras atividades da Pioneiro, em Joaquim Távora.

1987 – Finaliza-se a construção do primeiro projeto do abatedouro. Seu primeiro abate foi de 200 aves/dia, sob


o selo de inspeção estadual (SIP). Este ano nasce

de grãos. O resultado foi uma qualidade superior dos insumos

a marca Frangos Pioneiro.

da Fábrica de Rações, ampliando as alternativas de negócios

1990 - Após os abalos no mercado do frango vivo, juntamente

para os agricultores do norte pioneiro.

com o aumento do número de aves abatidas, a empresa passa

2007– A fábrica Rações Pioneira finaliza uma unidade para

a utilizar o sistema de parceria avícola ou integração.

produção de rações comerciais para ruminantes.

1996-2000 – No ano de 1996 cria-se a razão social

2009 – O complexo industrial de abate é concluído.

Frangos Pioneiro Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. Após investimento em sua estrutura recebe o selo de inspeção federal (SIF), com um abate de 12.000 a 15.000 aves/dia. Com o aumento da demanda e da atuação de mercado é realizada construção de uma nova fábrica de ração, possibilitando o aumento no abate com a ampliação da planta do abatedouro no ano 2000.

2001 – Adquire-se uma nova área para a construção de um novo complexo industrial. Neste mesmo ano a Unidade de Industrializados Maná Alimentos é comprada para aumentar o mix de produtos com a qualidade Pioneiro.

Efetivamente o processo de abate está em uma nova planta com alto padrão tecnológico e dentro de todas as exigências do Ministério da Agricultura.

2010 – O abatedouro Frangos Pioneiro obtém a certificação para exportação na lista geral. Neste mesmo ano recebe o Selo de Qualidade Islamic Halal pelo Serviço de Inspeção Islâmica.

2013 - Ano em que o Grupo Pioneiro comemora os 30 anos de história e empreendedorismo com investimentos em diversos segmentos: ampliação das indústria Pioneiro, Maná e Rações

2005 – O Grupo Pioneiro conclui a construção de mais uma

Pioneira.Os diretores dizem que “nosso otimismo para vencer

unidade de negócio com foco na padronização e armazenagem

desafios é também nosso elo mais forte”.

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PIONEIRO

PRODUTOS O Grupo Pioneiro coloca nos supermercados ou exporta frangos inteiros resfriados ou congelados, cortes, miúdos, a passarinho, marinados – com a marca PIONEIRO. E, também, congelados, resfriados ou na temperatura ambiente, cozidos e defumados, lingüiças, mortadelas, salsichão, salsicha – com a marca MANÁ.

MISSÃO Surpreender clientes com alimentos de alta qualidade e valor agregado

VISÃO Ser reconhecida por seu pioneirismo, flexibilidade e responsabilidade social, trabalhando em harmonia com a família Pioneiro, buscando crescimento sustentável

VALORES Confiança e Companheirismo Honestidade e Transparência Humildade e Simplicidade Dedicação e Compromisso Empreendedorismo e Segurança Perseverança e Perpetuação

Funcionários trabalhando 6 • Revista Distinção

JOAQUIM TÁVORA Localizado no Norte Pioneiro, perto de Santo Antonio da Platina e Jacarezinho, Joaquim Távora tem cerca de 15 mil habitantes. O município foi criado em 1929, com a instalação em setembro daquele ano.Tem na atividade agropecuária a maior força para o desenvolvimento econômico e social. O funcionamento dos frigoríficos Pioneiro e Maná veio estimular a geração de empregos e renda. Além da mão de obra necessária nas atividades industriais, o sistema integrado de criação de frangos também gera melhores condições para a permanência no campo. Com área territorial de 289 quilômetros quadrados, o município está a 620 metros de altura. Joaquim Távora fica a poucos quilômetros da Usina de Chavantes, grande atração turística no rio Paranapanema, paraíso de pescadores que encontram ali pacus, dourados, piaparas, surubins, piracanjubas e curimbatás. O reservatório tem uma área de 9.410 km3 e a região foi palco das batalhas da Revolução de 1932. O nome da cidade é homenagem ao tenente Joaquim Távora, um dos líderes da Revolução de 1924, em São Paulo. Paulistas e mineiros movimentaram a região do atual município a partir do terceiro quartel do século XIX. Antes disso, as paragens eram habitadas por hordas de nações indígenas. A história registra muitas ações desenvolvidas por conta do convívio dos primeiros exploradores e colonizadores com os silvícolas.

Funcionários em frente a fábrica


INDUSTRIAS EM LONDRINA

Indústrias de Tecnologia e Turismo de Eventos e Negócios em Londrina A Prefeitura de Londrina encaminhou à Câmara de Vereadores dois projetos de lei para a doação de terrenos para expansão de empresas de tecnologia, que instalarão novas unidades no Parque Tecnológico de Londrina Francisco Sciarra. A Ágili Software para Área Pública e a PHL Indústria e Comércio de Cosméticos já atuam na cidade e vão ampliar suas atividades. A PHL pertence ao grupo londrinense Phloracea Farmácia de Manipulação, que lançou recentemente a marca Phloracea Cosmetique, baseada no rápido crescimento do mercado nacional do segmento. A empresa pretende construir 1.950 metros quadrados no parque industrial, no terreno de 3.047 metros quadrados. Já a Ágili está no mercado há 20 anos e é especializada no desenvolvimento de software para gestão pública e prestação de serviços de fornecimento de licenças de uso, manutenção e consultoria técnica para todas as áreas da administração pública. A empresa soma 116 colaboradores, em quatro bases. A maior delas é a de Londrina, com 70 funcionários. As outras bases ficam em Sorriso (MS), Cuiabá (MT) e Goiânia (GO). A área pleiteada pela Ágili tem 4,4 mil metros quadrados, onde pretende edificar 2 mil metros quadrados – além de área de pátio, estacionamento e circulação. A Prefeitura, através da Codel – Instituto de Desenvolvimento de Londrina -,doou também terreno no Parque Tecnológico, com área de 4.303,36 m2, para a instalação da empresa Indusbello Indústria de produtos e instrumentos médicos e odontológicos. O presidente da Codel, Bruno Veronesi, quer a transformação do Parque em Tecnopólo.

O Parque Tecnológico de Londrina

AÇÕES PARA O TURISMO A Codel realizou um balanço de suas principais ações nos primeiros duzentos dias de gestão. Entre suas realizações estão a desapropriação dos sete imóveis restantes do lado sul da pista do aeroporto Governador José Richa (visando sua ampliação), sendo 29.199,41 metros quadrados de terreno e 3.271,96 metros quadrados de construção. A medida foi realizada graças ao Convênio 01/2013, firmado junto ao governo do estado, que repassou R$ 6.265.800 ao município. Em relação à face norte do aeroporto, o Instituto já concluiu o banco de dados dos imóveis, faltando apenas a visita dos engenheiros de Curitiba para conclusão dos laudos de avaliações, estimados em aproximadamente R$ 40 milhões. A Codel já iniciou as conversas com o governo do estado e espera que a desapropriação dessa parte seja iniciada ainda em 2013. O presidente da Codel, Bruno

Veronesi, também elencou as principais atividades desenvolvidas no campo do turismo. “Temos projetos muito importantes, como a reativação do Conselho Municipal de Turismo, a sinalização Turística do Centro Histórico de Londrina, o Natal do Amor, a candidatura de Londrina para se tornar sub-sede da Copa do Mundo 2014 e sede dos Jogos Escolares da Juventude, a elaboração do Fundo Municipal de Turismo, reativação do Projeto Ônibus Turístico, a revitalização do Parque Arthur Thomas, o Projeto Pista de Bicicross, que viabilizaria a realização da Volta Ciclística Internacional e do Campeonato Brasileiro de Mountain Bike na cidade. São ações importantes e que estamos dando toda a atenção.” A Codel ainda trará a Londrina eventos esportivos, como a realização dos campeonatos Pan Americano de Caiaque Pólo e Baseball, eventos na área de educação e empreendedorismo como o XXIII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e XXIII Workshop, o 47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia e o “Londrina Youth to Business Fórum”. Revista Distinção • 7


CONFECÇÕES MARINGÁ

Maringá quer ser o maior polo de confecções do Brasil Time de vôlei na Superliga e inauguração do segundo maior shopping atacadista brasileiro vão ajudar Vai começar nos próximos dias o campeonato da Superliga de vôlei. E, entre sacadas, levantadas, cortadas, Maringá e o pólo têxtil ao seu entorno estarão tendo visibilidade nacional com o novo time, o Moda Maringá. Sendo o patrocinador master por três anos na Liga (R$ 6 milhões até 2016, R$ 1,5 no primeiro ano, R$ 2 no segundo e R$ 2,5 no terceiro), o Sindvest – Sindicato da Indústria do Vestuário de Maringá e Região – tem certeza de que os ganhos se refletirão no aumento de movimentação nos shoppings atacadistas que se espalham pela “Cidade Canção”. O Sindvest deseja fazer de Maringá o maior pólo de confecções brasileiro, superando São Paulo em movimentação e qualidade. Quem idealizou a montagem do time foi o levantador Ricardinho, campeão brasileiro, medalha de ouro nas olimpíadas de 2004, que começou sua carreira aos 18 anos exatamente em Maringá, no time da Cocamar. “Vim porque gosto desta cidade, onde conheci milha esposa e onde nasceram nossos dois filhos (Júlia com 16 e Bianca com 10 anos) e a idéia era voltar para cá a fim de encerrar a carreira jogando pela cidade”, diz. Com média de idade de 28 anos, o elenco maringaense mescla jogadores experientes com títulos da Superliga no currículo, com jovens promessas, como o líbero Rogerinho, de 18 anos, que é da cidade. O treinador é Douglas Chiarotti, medalha de ouro com a seleção brasileira na Olimpíada de Barcelona em 1992. Estão na equipe Gelinski, ex Florianópolis, Renan, ex RJX Rio de Janeiro, Renato,

O maior de todos os shoppings, o Pérola 8 • Revista Distinção

ex Medley Campinas, Cleber, ex Sesi São Paulo, Quiroga, ex Vivo Minas, Orestes, ex Medley Campinas, Rafael, ex Sada Cruzeiro de Minas, Renato Felizardo, ex Florianópolis,Dustin Watten, líbero norte-americano que estava na seleção B dos Estados Unidos e no Orange da França, Momota Shimada, o Momo, levantador, ex-Climed/Atibaia na Superliga B, Acácio, ex Sada Cruzeiro, Najari, ex Vôlei Futuro, Lorena, ex Sesi São Paulo,Rogerinho, Ricardinho. Maringá tem tradição nas atividades esportivas. O time de futebol da cidade, o Grêmio de Esportes Maringá, já foi campeão paranaense e o novo time, o Metropolitano, conseguiu acesso a Divisão Especial no próximo ano. Em grandes competições, o ginásio de esportes Chico Neto fica lotado (4.500 pessoas). O Estádio Municipal Willie Davids é um dos melhores do Paraná. O time de futsal está na Liga Nacional, o de beisebol (Acema – Associação Cultural e Esportiva de Maringá) é referência nacional. A Vila Olímpica é das mais modernas do país. “E queremos ver a cidade empolgada com o nosso vôlei”, diz Ricardinho.

O POLO DE MARINGÁ Maringá é considerado pela ABIT – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – o segundo maior pólo confeccionista do país – só perdendo para São Paulo. A cidade e região concentram cerca de 1.800 indústrias de confecção que, juntas, geram mais de 100 mil postos de trabalho, diretos e indiretos. Todo esse parque fabril produz

Os concorridos desfiles de moda


aproximadamente 7 milhões de peças por mês, com vendas entre R$ 100 milhões e R$ 130 milhões. São 7 grandes shoppings atacadistas em Maringá, todos eles oferecendo aos consumidores hospedagens gratuitas, geralmente em hotéis ou pousadas próprios. São 110 lojas no Portal da Moda, 120 lojas no Vest Sul, 120 no Mercosul, 200 no Avenida Fashion, 100 no New Fashion, 50 no Shopping dos Calçados. O maior de todos – e o mais moderno – acaba de ser inaugurado. Trata-se do Pérola Park, do grupo Oppnus, com 11 mil m2 de área bruta locável e 247 lojas. Trata-se simplesmente do segundo maior centro de compras de atacado do Brasil, perdendo apenas para o Mega Pólo Moda, de São Paulo. Como existe uma lista de espera para entrar no estabelecimento, o grupo prepara um plano que prevê a aplicação de R$ 60 milhões para ampliar o outro centro comercial da empresa na cidade, o Portal, que passaria de 110 para 210 vagas. Estão em construção, na área com 28 mil m2, um hotel que terá padrão 4 estrelas, com 400 leitos e um centro de eventos para 3 mil pessoas. Maringá está preparada também para criar suas próprias modas. No Centro Universitário de Maringá – Cesumar – funciona o curso de Moda e na UEM - Universidade Estadual de Maringá – o curso de Engenharia Têxtil. O Instituto Paranaense de Ensino tem curso de MBA em Moda. Funciona ainda na cidade, junto ao Sindvest, o Peiex – Projeto de Extensão Industrial Exportadora -, que proporciona consultoria gratuita para as indústrias. A área de atuação do Sindvest engloba os seguintes municípios, além de Maringá:

Ricardinho, o “pai da criança”

O novo time se prepara realizando amistosos

Alto Paraná, Amaporã, Ângulo, Astorga, Atalaia, Barbosa Ferraz, Cafeara, Campo Mourão, Colorado, Corumbataí do Sul, Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Doutor Camargo, Engenheiro Beltrão, Fênix, Floraí, Floresta, Flórida, Goioerê, Guairaçá, Guaraci, Iguaraçu, Inajá, Itaguagé, Itambé, Itaúna do Sul, Ivatuba, Jaguapitã, Jardim Olinda, Loanda, Lobato, Lupionópolis, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Marilena, Mirador, Munhoz de Mello, Nossa Senhora das Graças, Nova Aliança do Ivaí, Nova Esperança, Nova Londrina, Ourizona, Paiçandu, Paranacity, Paranapoema, Paranavaí, Peabiru, Pitangueiras, Planaltina do Paraná, Porto Rico, Presidente Castelo Branco, Querência do Norte, Quinta do Sol, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Fé, Santa Inês, Santa Isabel do Ivaí, Santa Mônica, Santo Antonio do Caiuá, Santo Inácio, São João do Caiuá, São Jorge do Ivaí, São Pedro do Paraná, Sarandi, Tamboara, Terra Rica, Uniflor, Umuarama.

Maringá, há muito tempo, cria sua própria moda Revista Distinção • 9


MINHA CASA MELHOR

Minha Casa Melhor beneficia também as indústrias e lojistas A Caixa Econômica Federal estima ter alcançado a marca de R$ 1 bilhão em crédito concedido no programa Minha Casa Melhor, que oferece financiamento subsidiado para mutuários do programa Minha Casa, Minha Vida adquirirem móveis e eletrodomésticos. Para Mario Ferreira Neto, diretor de Cartões e Novos Negócios da CEF, o banco esperava alcançar mais de duzentas mil famílias com o programa até o final de agosto. Segundo ele, já foram consumidos nas lojas brasileiras R$ 500 milhões com o crédito oferecido. O executivo destaca que há mais de 1,4 milhão de famílias aptas a pedir financiamento e que “em três anos, esse contingente será de 3 milhões de famílias”. A entrega das chaves no programa Minha Casa, Minha Vida, dá direito aos beneficiados de ter acesso a linha de crédito, Minha Casa Melhor, da Caixa Econômica Federal,

para adquirir: guarda-roupas, cama de casal e de solteiro (com ou sem colchão), mesa com cadeiras, sofá, refrigerador, fogão, lavadora de roupas, TV digital e computador. O limite de financiamento é de R$ 5 mil. As prestações são pagas em até 48 meses, por boleto bancário ou débito em conta, com taxa de juros de 5% ao ano. O crédito ficará disponível por até 12 meses a partir da entrega das chaves, mas só será liberado para as pessoas que estejam em dia com as prestações do Minha Casa, Minha Vida. As famílias podem fazer a contratação pelo telefone 0800726-8068 ou nas agências da CAIXA. Em até dez dias úteis, o cliente receberá um cartão de compras em sua residência, O lojista também poderá conceder um desconto de 5% no valor total da compra efetuada pelo Minha Casa Melhor As informações sobre os produtos e a relação de lojas credenciadas estão disponíveis no site www.minhacasamelhor.com.br

Do parque moveleiro de Arapongas, saem muitos dos móveis para o Minha Casa Melhor. 10 • Revista Distinção


ESTÍMULO À ECONOMIA A presidente Dilma Rousseff diz que a linha de financiamento do Minha Casa Melhor associa fatores econômicos, sociais e éticos, na medida em que assegura a compra de bens modernos e com eficiência energética à população que não tem acesso ao crédito. Dilma afirma que, assim, “garantimos acesso aos bens modernos, que não gastam tanta energia” e que “é fundamental que essa parcela da população tenha acesso ao crédito”.

André Vargas, na foto com a presidente Dilma: “isso vale uma vida”

Na verdade, além de mudar a vida de milhares de pessoas, o Minha Casa Melhor está contribuindo para a criação de empregos. Na construção civil, as edificações do Minha Casa, Minha Vida, estão estimulando o setor, gerando empregos e renda nas construtoras e empresas de materiais de construção. Com o Minha Casa Melhor, beneficiam-se as indústrias de móveis e eletrodomésticos e, também, as lojas revendedoras. Não é a toa que o Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, diz que “além de permitir que as famílias melhorem ainda mais o sonho da casa própria, o Minha Casa Melhor irá injetar recursos que farão girar a engrenagem da economia, gerando empregos”.

Vargas diz que “são uma conquista da cidadania. Eu que milito nessa área da habitação desde os 18 anos de idade, fui dirigente de unidade assistencial com um trabalho social e assistencial nas favelas de Londrina, fui diretor da Cohab, trabalhei na área social coordenando a urbanização de 11 favelas, atendendo mais de 5 mil famílias e construindo centenas de casas em regime de mutirão e depois como vereador, deputado estadual e deputado federal, tendo sido relator do Minha Casa, Minha Vida, isso vale uma vida”.

Em Arapongas, segundo maior pólo moveleiro do país, as indústrias produzem muitos dos móveis que entram na relação do financiamento, como guarda-roupas, cama de casal e de solteiro, colchão, mesa com cadeiras, sofá. Outras indústrias paranaenses fabricam refrigerador, fogão, lavadora de roupas, TV digital e computador. O presidente do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas – SIMA -, Nelson Poliseli, diz, porém, que “para melhorar as vendas do setor, o governo precisaria baixar o PIS/Confins e reduzir os encargos na folha de pagamento”.

ANDRÉ VARGAS O deputado federal André Vargas, que é de Londrina, foi o relator, na Câmara, do projeto Minha Casa, Minha Vida. Sobre ele e, também, sobre o Minha Casa Melhor, Revista Distinção • 11


DIVERSAS

PREPARANDO PARA A TEMPORADA Na Avenida Visconde do Rio Branco 1260, em Guaratuba, está o Kaakupê Praia Hotel, de frente para o mar, com acesso direto à praia. Atualmente, todos os apartamentos de luxo estão sendo totalmente reformados, recebendo o que existe de modernidade e conforto. Depois, conforme o funcionário José Antonio Rezzardi, vai ser construída uma piscina térmica com hidro e sauna. O hotel será ampliado com mais oito apartamentos (hoje são 36). Enquanto isso, projeta-se a implantação de um restaurante. Tudo deve estar pronto para a próxima temporada de Verão. Os proprietários do Kaakupê, casal Paulo (Regina) Socachewski, são os mesmos do tradicional Santa Paula Hotel, também de Guaratuba. Kaakupê é baseado na origem indígena do nome da Padroeira do Paraguai, Nossa Senhora dos Milagres de Caacupé. Na linguagem guarani, significa “atrás da montanha”.

SPEI: CURSOS PARA A COPA A apenas um ano da Copa do Mundo no Brasil, aumentam os esforços para preparar profissionais de diversas áreas para receber turistas das mais variadas partes do planeta. Com o intuito de oferecer cursos de qualidade com baixo custo, a SPEI e a Universidade Livre do Comércio e Turismo, lançam o projeto QUALIFICOPA em Curitiba. São cursos de Inglês, Francês e Espanhol por R$ 198,00 o semestre (cada idioma). As aulas serão oferecidas de segunda à sexta, nos turnos da manhã, tarde e noite, e aos sábados pela manhã e tarde. Os cursos têm duração de um ano e meio, divididos em módulos semestrais. Não há taxa de matrícula nem mensalidade. O aluno paga apenas R$ 198,00 pelo material didático, que dura um semestre letivo. As aulas serão ministradas em três unidades da SPEI em Curitiba: Centro (Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 256), Torres (Rua Augusto Zibarth, 695 – Uberaba) e Água Verde (Avenida República Argentina, 1285 – Água Verde). As matrículas estão abertas, com vagas limitadas. Informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3097-8818 ou no site www.spei.br/qualificopa.

PEQUENAS E MÉDIAS QUE MAIS CRESCEM A revista Exame PME, da editora Abril, divulgou a oitava edição da pesquisa “As PMEs que mais crescem no Brasil”, com pequenas e médias empresas que tiveram maior expansão dos negócios nos últimos três anos. A que mais cresceu, em todo o país, foi a Marca Laser, de Pinhais, com crescimento de 193,1% - produzindo brindes promocionais. Estão na relação, ainda, a Metalúrgica Rodriaço (Curitiba) a Akiyama (Curitiba), Apetit (Londrina), construtora A. Yoshii (Londrina), Seriloon (Londrina), Correias Multibelt (Londrina),Central Server (Curitiba, Dexter Latina (São José dos Pinhais), Brafer (Araucária), Stival Alimentos (Campo Largo) e Premier (Curitiba).

PROJEPAR: MAIS DE 2.500.000 M2 Fundada em 1989, a Projepar chega ao seu jubileu de prata tendo construído mais de 2.500.000 m2 em estruturas. “Construídas com segurança e confiabilidade”, conforme seus diretores. A empresa está localizada em São José dos Pinhais. Dedicando-se a pré-fabricados, artefatos de concreto (paver e blocos de concreto) e estruturas metálicas, a Projepar tem edificado, ao longo dos anos, centros logísticos, condomínios comerciais e industriais, indústrias, fábricas, estruturas comerciais, estruturas esportivas, escolas, templos, igrejas, estacionamentos. Os galpões pré-fabricados, por exemplo, são projetados para atender vãos livres de 10 a 30 metros, altura do pé direito variando de 3 a 20 m e afastamento entre pórticos de 4,5 e 6 m para terças em concreto.

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SABORES DO PARANÁ

SABORES DO PARANÁ: INCENTIVOS AOS PEQUENOS PRODUTORES Todos os anos a Secretaria de Estado da Agricultura e o Instituto Emater promovem as feiras Sabores do Paraná, visando apoiar e estimular a agricultura familiar no Paraná. Este ano, aconteceu a 14ª. edição, tendo por local o pavilhão de eventos Expo Renault do Parque Barigui, em Curitiba. A abertura do evento teve a presença do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, dos secretários estaduais da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, e do Turismo, Jackson Pitombo Cavalcante. Participaram 170 expositores, ofertando produtos como geléias, sucos, embutidos, queijos, patês, conservas, compotas, bolos e bolachas, além de artesanato, flores, turismo rural e um restaurante com comidas típicas do Paraná. A comercialização chegou a casa do R$ 1 milhão. A feira é uma mostra do programa Fábrica do Agricultor, que reúne 1.300 pequenas agroindústrias, envolvendo mais de 6.500 famílias, propiciando emprego para 26 mil pessoas de todas as regiões do Estado. Só de 2011 para cá, 150 novas unidades foram incorporadas, com a criação de cerca de 3 mil empregos. A meta é chegar a 200 novas unidades até 2014, com a previsão de criar mais 3.600 empregos.

SUPERMERCADOS CONDOR, PARCEIRO A empresa Supermercados Condor é parceira do Governo do Estado nas ações de fortalecimento da agricultura familiar. A produção dos pequenos produtores está presente em gôndolas, em todas as lojas da rede. “Os produtos estão lado a lado com grandes marcas”, dizem os diretores. Há sete anos a rede vem incentivando o pequeno agricultor paranaense.

SÃO MARTINHO, CAPITAL DOS EMBUTIDOS O Paraná, pela sua diversidade de solos e climas e pela sua etnia (italianos, alemães, japoneses, poloneses, árabes), oferece uma vasta produção de produtos coloniais e artesanais. Há, por exemplo, a transformação do distrito de São Martinho (pertencente a Rolândia) em Capital Paranaense dos Embutidos, valorizando ainda mais a produção local de lingüiças artesanais, queijo de porco, chouriço, salsicha, salame, presunto.

BARREADO O barreado é considerado o prato típico da gastronomia paranaense. O festival gastronômico no Paraná, porém, é vasto – quase todas as cidades tem o seu prato representativo. Destacam-se o Porco no Rolete (Toledo), Carneiro no Buraco (Campo Mourão), Pintado na Telha (Guaíra), Boi no Rolete (Marechal Cândido Rondon), o Charque (lCandói). Voltando ao barreado: sua origem vem dos tempos dos primeiros povoadores portugueses no litoral, no início do século XVIII. Consiste no cozimento de carnes bovinas cortadas em cubos, acompanhadas de temperos fortes, acondicionados em panela de barro com tampa lacrada com um tipo de massa feita de farinha de mandioca e cinzas, que deve permanecer por mais de 12 horas em fogo brando de lenha. Sua composição alegórica está ligada ao “entrudo”, festa trazida pelos colonizadores que deu origem ao nosso carnaval. A comida era preparada com antecedência e garantia o abastecimento dos foliões para a jornada festiva. Cidades como Antonina, Morretes, Paranaguá, preparam o melhor e o mais autêntico barreado. Em Antonina, o restaurante Buganvil (bem no centro da cidade, na rua Valle Porto 127) cumpre rigorosamente com todos os rituais exigidos para sua elaboração, desde a escolha das carnes e o preparo dos condimentos, o acondicionamento em panelas de barro e o cozimento integral em fogão a lenha. O prato é servido com farinha de mandioca, arroz e banana, não devendo faltar um bom trago de cachaça como estimulante de apetite. O Buganvil industrializa o produto, para distribui-lo em diversas regiões do país e até do exterior. Revista Distinção • 13


CONDOR

Condor implanta em Joinville primeiro hipermercado fora do Paraná A zona Sul de Joinville foi escolhida para receber o primeiro hipermercado da rede paranaense Condor. O projeto prevê a construção de um hipermercado com 20 mil metros quadrados e geração de 700 empregos diretos. O hiper está sendo construído na rua Florianópolis, onde funcionava a faculdade Anhanguera. O investimento previsto é na ordem de R$ 50 milhões. A unidade vai ser inaugurada no primeiro semestre de 2014. As obras, após a fase de estaqueamento, prosseguem velozes. O plano da rede paranaense é chegar a três unidades na cidade. E já recebeu oferta de imóveis em outras cidades catarinenses, entre Joinville e Florianópolis. As informações são de Ricardo Zonta, vice presidente do grupo. E, atenta às necessidades dos consumidores, além de seguir a filosofia de dar oportunidade aos fornecedores regionais, a empresa marcou presença na Exposuper -

26a. Feira de Produtos, Serviços e Equipamentos para Supermercados, de 18 a 20 de junho, no Complexo Expoville.

HISTÓRIA A história do Condor Super Center teve início em 13 de março de 1974, quando o jovem empreendedor Pedro Joanir Zonta adquiriu um pequeno mercado de 110m2 no bairro do Pinheirinho, em Curitiba, e iniciou suas atividades com 5 funcionários. Em 1998, com a venda da principal rede de supermercados do Paraná para um grupo estrangeiro, Joanir Zonta viu a oportunidade para consolidar-se no mercado. Ele tinha dois caminhos: ceder ao assédio das redes estrangeiras e vender a empresa ou aproveitar e conquistar os consumidores descontentes com a nova forma de operação. A opção foi modernizar as lojas, informatizar a empresa e adotar práticas inovadoras de gestão e marketing, conquistando assim os “órfãos” daquela que tinha deixado de ser a rede dos paranaenses. A expansão da empresa de forma planejada, com recursos próprios e do BNDES, e o constante treinamento de seus colaboradores foram fundamentais para esta consolidação. Este ano, o Condor Super Center está completando 39 anos de história. Conta com o apoio e trabalho de cerca de 9.200 colaboradores e tem 35 lojas, entre supermercados e hipermercados, em 14 cidades paranaenses: Curitiba, Araucária, Campo Largo, Colombo, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Paranaguá, Lapa, Ponta Grossa, Castro, Maringá, Londrina e Apucarana, além de duas centrais de distribuição na capital, uma delas de hortifruti, na Ceasa. A rede Condor conquistou duas posições no ranking da Associação Brasileira de Supermercados no ano passado, pulando da nona para a sétima posição. A meta é chegar ao fim de 2016 com 45 lojas, 12 mil colaboradores diretos e um faturamento superior a R$ 4 bilhões.

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AMBEV

Fábrica da Ambev em Ponta Grossa será a maior da empresa no mundo Aconteceu em agosto, em Ponta Grossa, o lançamento da pedra fundamental daquela que será a maior indústria da AMBEV. O Governador Beto Richa disse, na ocasião (foto), que “enquanto a economia no país desacelera, o Paraná cresce, diversifica sua planta industrial e leva desenvolvimento em todas as regiões do Estado”. Richa refere-se a consolidação do maior ciclo industrial da história paranaense, com aporte de R$ 25 bilhões de investimentos e a criação de 150 mil novos postos de trabalho. A nova fábrica será construída na BR-376, no km 462 (estrada que liga Ponta Grossa a Apucarana), no distrito de Pinheirinhos. Com investimento de R$ 580 milhões, a Ambev ocupará uma área total de 2,6 milhões de metros quadrados, com fábrica de 435 mil m2 para produzir cerveja e refrigerante. O processo de construção da maior indústria de Ponta Grossa,

O lançamento da pedra fundamental segundo o projeto, terá inicio em setembro e a previsão de inauguração é janeiro de 2015. Serão gerados somente na fase de cons-

trução, aproximadamente 2 mil empregos diretos e mais de 800, após a conclusão da obra.

ORIGINAL, UM ÍCONE, UMA MARCA PONTAGROSSENSE A famosa cerveja Original nasceu em 1928 – portanto há exatos 85 anos – em Ponta Grossa. No Botequim da Original, concorrido boteco que funciona na cidade (Rua XV de Novembro 492), em cada mesa está a história, “uma homenagem a mais famosa cerveja, genuinamente pontagrossense”. Está ali que em 1894 a Cervejaria Grossel, de Curitiba, abriu uma filial em Ponta Grossa, na rua do Chafariz (atual Rua Coronel Cláudio). Henrique Thielen, casado com Alwina Elmer, passou a dirigi-la, não tardando para que tornasse sócio da empresa – e,mais tarde, proprietário. Em 1911 a “Fábrica de Cerveja Henrique Thielen” produzia cervejas claras sob as marcas Operária, Primor, Brilhante e Cachorrinha. Em 1917, a empresa passou a ser sociedade anônima, com o nome de Companhia Cervejaria Adriática. Em 1923, foi inaugurado novo edifício, com a fábrica sendo ampliada e modernizada, passando a capacidade de produção de 6.000 para 20.000 hectolitros/ano. Em 1928, o fato histórico, maravilhoso, marcante: a Adriática passava a produzir a Original, tipo pielsen, “para amantes de cerveja fortemente dosada com lúpulo”. Em 1945 a Adriática foi adquirida pela Antarctica Paulista, que preservou a marca Original, fabricando-a durante alguns anos nas instalações de Ponta Grossa e, depois, no Rio Grande do Sul. Agora, como tudo passou a ser Ambev e com a nova fábrica sendo iniciada na cidade, é justo que os pontagrossenses tenham esperança de que a Original volte ao seu ninho antigo. Sendo, novamente, uma marca da Princesa dos Campos.

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DIVERSAS

Paranaguá vai ganhar um aquário marinho Está em fase de conclusão, em Paranaguá, no Centro Histórico, o Aquário Marinho, que será a mais nova atração turística da cidade. As obras são executadas pelo Governo do Estado, através da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, em parceria com a Prefeitura e a empresa Cattalini Terminais Marítimos, que destinou R$ 5 milhões para a sua construção. Serão 2.200 metros quadrados de área construída, com três pavimentos equipados com aquários, biblioteca, lojas, mirantes, cafeteiras e jardim educativos. A inovação do projeto traz o corpo de uma baleia que também será um centro de visitações. O Aquário abrigará uma variedade de espécies do mar, principalmente peixes nativos do litoral paranaense. Os turistas encontrarão no local aquários de peixes nativos, exóticos, de crustáceos, de espécies de grande porte, reprodução de ecossistemas litorâneos, laboratórios,

biblioteca de porte médio com obras sobre a vida marítima, praça de alimentação, auditório para exposições itinerantes. Haverá ainda um “Pinguinário”, para mostrar a vida dos pingüins (visitantes freqüentes do litoral sul do Brasil, vindos da Patagônia, na Argentina) e reprodução de mangue para demonstrar a vida dos caranguejos

Curitiba ganha vôos diretos para Miami A partir do dia 21 de novembro, Curitiba terá um vôo diário direto para Miami, a ser ofertado pela American Airlines. A implantação desta rota Miami/Curitiba também cria a expectativa de crescimento no número de visitantes americanos em Curitiba, que tem aumentado nos últimos anos. Em 2009, 9,9% dos turistas estrangeiros que estiveram em Curitiba eram procedentes da América do Norte, o que representa aproximadamente 14,5 mil pessoas. Em 2012, essa porcentagem subiu para 10,3%, algo em torno de 19,5 mil turistas. Estão em negociação vôos diretos duas vezes por semana para o Nordeste e um vôo direto para Santiago do Chile.

Uraí: Indústria de sucos da Integrada O governador Beto Richa participou no dia 18 de julho, em Uraí, da inauguração da fábrica de sucos de laranja da Integrada Cooperativa Agroindustrial. A unidade recebeu investimentos de R$ 15 milhões, criou 100 novos empregos diretos e

indiretos e beneficia mais de 100 pequenos e médios produtores da região, associados à cooperativa. A indústria cria mais de 5.000 fretes por safra, movimentando a economia das cidades do entorno. Foi construída de forma modular e poderá ser expandida conforme o crescimento da área dos pomares. A capacidade total de processamento é de 2,2 milhões de caixas de 40,8 quilos por ano. Isso equivale a 8 mil toneladas anuais de suco concentrado. “Nossa previsão é processar um milhão de caixas nesse primeiro ano de operações da fábrica. Para 2014, nossa meta é operar com a capacidade total”, diz o presidente da cooperativa, Carlos Yoshio Murate. A Unidade Industrial de Sucos foi projetada dentro de um conceito de sustentabilidade. Ao redor da indústria, foram plantados 250 mil m² de eucaliptos para serem usados nas caldeiras. Assim, a unidade será energicamente autosuficiente.

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AVIÕES EM MARINGÁ

Fábrica de helicópteros e aviões em Maringá O governador Beto Richa assinou protocolo de intenções com a Avio Internacional Group, da Suíça, para instalação de uma fábrica de aviões e helicópteros em Maringá. A empresa pretende investir R$ 174 milhões na nova fábrica e criar mais de mil empregos. “O acordo com a empresa mais uma vez demonstra a eficiência da política de industrialização e de atração de novos investimentos para o Estado”, afirmou o governador. Richa disse ao presidente da Avio, Luigino Fiocco, que o grupo irá se orgulhar por optar pelo Paraná, pois atingirá seus objetivos e terá retorno garantido. “Nosso objetivo não é só atrair empresas, mas que elas prosperem e possam ampliar seus investimentos aqui”, disse o governador. Luigino Fiocco afirmou que o Paraná foi uma escolha estratégica, pelo destaque que o Estado tem, no Brasil, na questão da industrialização e por possuir uma lei específica para o setor aeronáutico. “O time do governo também demonstrou eficiência e agilidade, dando as condições ideais para que pudéssemos realizar imediatamente este investimento e com previsão de crescimento”, acrescentou o empresário. Para o prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin, o empreendimento consolida Maringá como um polo de tecnologia. “Toda a região vai ganhar com a atração desta indús-

Um helicóptero da Avio tria. O governador Beto Richa demonstra bom senso ao descentralizar os novos investimentos que chegam no Paraná. Antes, só a região de Curitiba recebia empresas grandes como esta”, disse Pupin. As obras para implantação da fábrica iniciam no ano que vem e devem ser finalizadas em 2015. A empresa será instalada em uma área de 90 mil metros quadrados, no entorno do aeroporto de Maringá. Serão produzidos helicópteros de dois lugares (SK-1 Twin Power) e aviões acrobáticos de dois lugares (F22 Pinguino). Também serão fabricadas peças e ofertados serviços de manutenção de equipamentos. “Vamos fabricar aeronaves inovadoras, perfeitas para treinamento e atuação policial na defesa e controle de território”, explicou Luigino Fiocco. Além do mercado brasileiro, a Avio planeja vender para países da América do Sul, Estados Unidos e Canadá.

Momento da assinatura do protocolo Revista Distinção • 17


TERMINAL CONTEINERES

Quase prontas as obras do novo berço de contêineres do TCP As obras de construção do terceiro berço do Terminal de Contêineres do Porto de Paranaguá entraram na fase final. Cerca de 85% dos trabalhos já estão concluídos e a previsão é que a obra esteja finalizada até o mês de novembro, com início das operações em janeiro de 2014. O novo berço terá 315 metros de comprimento e um dos principais ganhos logísticos de sua implantação é a possibilidade de recebimento de navios maiores. A expectativa é que no primeiro semestre de 2014 o terminal receba navios com 368 metros, que têm capacidade para 13,6 mil contêineres. Hoje, o terminal recebe navios de até 335 metros, com capacidade de 8.600 contêineres. O secretário de infraestrutura e logística, José Richa Filho, explica que a obra exemplifica a confiança que os investidores privados têm no Paraná mediante as ações

realizadas até agora. “O papel da autoridade portuária pública é dar condições para que os empreendimentos privados possam ser viabilizados, com o fornecimento de uma infraestrutura adequada. Da nossa parte, já realizamos duas obras de dragagem e estamos em vias de finalizar o processo licitatório para a dragagem de manutenção de toda a baía de evolução. Isso permitirá que os navios de maior porte possam atracar no novo berço”, diz o secretário. Com o terceiro berço de atracação, a expectativa do Terminal de Contêineres do Porto é aumentar a capacidade de movimentação anual de 1,2 milhão TEUs (unidade de medida equivalente a contêineres de 20 pés) para 1,5 milhão de TEUs. “O pacote de investimentos realizados pelo Terminal é um dos maiores do setor portuário privado no Brasil. São aproximadamente R$ 180 milhões na aquisição de novos equipamentos e R$ 185 milhões nas obras do novo cais de atracação, atualmente em construção”, explica o superintendente dos portos de Paraná e Antonina, Luiz Henrique Dividino. Além da obra de ampliação, o Terminal de Contêineres investiu na compra de quatro portêineres do modelo Super Post Panamax que serão utilizados no local. O Terminal de Contêineres de Paranaguá é o segundo em volume de contêineres no país. No primeiro semestre de 2013, foram movimentados pelo Porto 360 mil contêineres. Entre as principais cargas movimentadas pelo terminal estão carne congelada, madeira, papel, máquinas e equipamentos.

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MORRETES

Universidade Federal do Paraná em Morretes Tradicionalmente presente no Litoral do Paraná, a UFPr vai estar presente inclusive fisicamente em Morretes. É que as antigas instalações da Indústria de Papel São Marcos foram cedidas ao município para que este firmasse parceria com a Universidade para uma extensão de suas atividades. O prefeito, Helder Teófilo dos Santos, que retorna ao cargo após 4 anos, havia conseguido do Governo Requião que o local fosse transformado em Centro de Eventos. Mas, segundo ele, na gestão anterior o local permaneceu fechado, deteriorando-se. Uma parte da área (15.000 m2 e mais de 5.000 m2 construidos) está sendo utilizada para abrigar a sede da Prefeitura.”Estamos acreditando que a UFPr comece a funcionar aqui em 2014”, diz. O prefeito destaca a atuação do deputado Alex Canziani para que o projeto fosse se tornando realidade. A Universidade Federal do Paraná há anos está presente no litoral paranaense, com sede em Matinhos e representações em Morretes, Antonina, Guaratuba e Paranaguá. Em Pontal do Paraná mantem o Centro de Estudos do Mar, com modernos laboratórios e cursos de Oceanografia e Aquicultura, além de pós-graduação em sistemas costeiros e oceânicos. Em Antonina promove anualmente o Festival de Inverno, disseminando arte e cultura. Este ano, aconteceu entre os dias 13 a 20 de julho a 23ª. edição.

As instalações, inclusive a chaminé, cedidas para a UFPr

O prefeito Helder espera que a Universidade comece a funcionar em 2014.

“Queremos que esta união de esforços se reflita num grande projeto de desenvolvimento para o Litoral do Paraná”, afirma o vice-governador e secretário da Educação, Flávio Arns. “Este espaço é o grande combustível para fazer com que este projeto seja viabilizado”, destaca o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho. Ainda em estudo entre as partes (prefeitura e universidade) o futuro campus da UFPR em Morretes será um projeto de desenvolvimento da região litorânea. Para isto, serão analisadas as principais demandas de cursos na região, tais como: turismo, meio ambiente, agroecologia, educação no campo, artes, olericultura e floricultura.

A ANTIGA FÁBRICA E O LÍRIO DO BREJO Fundada em 1908 pela firma J. Freitas e Cia., a Indústria de Papel São Marcos foi indutora do desenvolvimento econômico e social de Morretes, gerando empregos e divisas. No auge de suas atividades, a indústria funcionava com 3 turnos de trabalho. Os historiadores paranaenses Ermelino de Leão е Romário Martins tem obras destacando que o fundador da empresa João de Deus Freitas, criou a fórmula, até então desconhecida, de aproveitamento do caule do “Lyrio do Brejo” (Jasmim), muito abundante nas cercanias do município, na produção do papel e papelão fabricados na fábrica. Também conhecida pelos nomes

comuns de lágrima-de-vênus, lírio-branco, borboleta, jasmim-do-brejo, gengibre-branco, entre outras nomenclaturas, a planta lírio-do-brejo é considerada invasora. Foi introduzida para fins essencialmente ornamentais, tanto pela folhagem como pela flor, que são brancas, grandes e muito perfumadas e se formam o ano todo. As flores fornecem néctar para abelhas. É encontrada nas margens de lagos, ribeirões e serve de abrigo para a fauna silvestre.

PRESENTE AO PAPA É DO PR A escultura “O Frade Lendo” do artista João Turin, nascido em Morretes, foi o presente escolhido pela presidente Dilma Rousseff para entregar ao Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que foi realizada entre os dias 23 e 28 de julho no Rio de Janeiro (RJ). A peça esculpida em bronze tem 44 centímetros de altura, 18 cm de largura e pesa 16 quilos. Representa um frade franciscano com os pés descalços e o corpo curvado pela idade lendo um livro. João Turin nasceu em 1878 e faleceu em 1949. Morretes é considerado o berço da cultura paranaense, tendo sido terra natal de escritores, poetas, pintores, escultores. O prefeito Helder diz que “a cultura do Paraná começou aqui e seguiu, depois, morro acima, em direção a Curitiba”. Revista Distinção • 19


SEDA

O vale da Seda

Na região conhecida como Bacia do Rio Pirapó, 29 municípios, capitaneados por Nova Esperança, constituem o Vale da Seda. O que não falta na região são amoreiras, cujas folhas servem de alimento para o bicho da seda. Conforme o agrônomo Oswaldo da Silva Pádua, da Emater de Nova Esperança, “o Paraná produz cerca de 98% de toda a produção de seda brasileira e Nova Esperança é o maior produtor nacional”. O clima quente e o solo arenoso e fértil permitem dez criadas por ano. Só em Nova Esperança são cerca de 1.000 pessoas envolvidas com a atividade em 361 barracões e produzindo 15% do total estadual. A sericicultura é um bom negócio para a agricultura familiar, como diversificação da pequena propriedade, com geração de renda mensal durante 10 meses ao ano.

Oswaldo afirma que “o mercado de fios de seda é promissor, a demanda é grande para fios de qualidade e o Paraná produz os melhores fios de seda do mundo, exportados para países asiáticos e europeus”. O agrônomo explica que “o desenvolvimento da consciência ecológica em todo o mundo é um dos fatores que contribui para o fortalecimento do negócio. Se há alguns anos, por razões econômicas, identificamos a tendência de substituição das fibras naturais por sintéticas, agora acontece movimento inverso: é a fibra natural que começa outra vez a ser valorizada”. A atividade está organizada em toda a cadeia produtiva através da “Câmara Técnica do Complexo da Seda do Estado do Paraná”. Recentemente o Governo do Estado viabilizou recursos para aquisição de vinte “Patrulhas Sericícolas” para atender os municípios com maior concentração de produtores, em sistema comunitário. Cada uma delas é constituída por um trator de 65 CV, uma carreta, uma roçadeira, uma corrente de ferro, um distribuidor de calcário, um subsolador e uma máquina de limpar casulos.

Oswaldo da Silva Pádua na Fazendinha, Exposição de Maringá 20 • Revista Distinção

AVANÇOS

Além da Emater, Governo do Estado, Câmara Técnica, o estímulo a sericicultura é proporcionado pelos governos federal e municipal, agentes financeiros, cooperativas, sindicato dos trabalhadores rurais, Universidades como a Uem de Maringá e a Unioeste de Cascavel, Iapar, Fiação de Seda Bratac (cuja unidade de Londrina absorve toda a produção). O Iapar – Instituto Agronômico do Paraná – desenvolve pesquisas de campo e pesquisa sobre variedades de amoreira e fertilidade do solo. A Uem – Universidade Estadual de Maringá – e a Unioeste trabalham com melhoramento genético. A Bratac, além do fornecimento de casulos, proporciona assistência técnica e garante a comercialização. Existe um déficit de produção e a indústria está atuando com 50% de sua capacidade. Já os avanços tecnológicos estão facilitando a vida dos sericicultores, com a mecanização nas atividades nos barracões, colheita e transporte de ramos de amoreira. A máquina de colher casulo de seda verde, por exemplo, ao mesmo tempo faz a pré-limpeza desse mesmo casulo. Assim, essa atividade, que exigia do produtor dois dias de trabalho, fica pronta em no máximo 4 horas. Nos últimos 7 anos, com o auxílio dos técnicos da Emater, a produção média de casulos verdes por hectare, que era de 1 mil quilos, passou

Um casulo produz de 1.000 a 1.200 metros de fios


para 1,8 mil quilos. O resultado deve-se ao aperfeiçoamento no manejo da lavoura da amoreira, introdução de novas variedades de amoreiras, aumento da consciência do produtor sobre a importância da adubação da plantação e até a melhoria das práticas de manejo das larvas nos barracões. Oswaldo da Silva Pádua afirma que a atividade da sericicultura “é limpa, não poluente e o plantio de amoreira preserva o meio ambiente”. Só em Nova Esperança são 1 mil hectares de amoreiras.

PROBLEMA: DERIVA DE AGROTÓXICOS

Alimentando as lagartas

Durante o 31º Encontro Estadual de Sericicultura, realizado em Rondon, houve debate sobre a deriva de agrotóxicos, que tem prejudicado os sericicultores. Os pesticidas lançados sobre as lavouras, especialmente de milho, pelos aviões, tem atingido as amoreiras. O bicho da seda, comendo as folhas com resíduos de veneno, não resiste e morre. A Emater está estudando alguma maneira de evitar o prejuízo ou diminui-lo.

CACHECÓIS DE SEDA Funciona em Nova Esperança a Artisans Brasil – Cooperativa dos Produtores de Artesanato de Seda Ltda -, formada por agricultoras da zona rural. Criada com o apoio do Programa Universidade Sem Fronteira, da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Governo do Paraná, trabalha em parceria com a Incubadora Técnológica de Maringá e conta com a assessoria técnica de docentes e discentes da Universidade Estadual de Maringá – UEM e do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR. O empreendimento surgiu a partir do Projeto Seda Justa, desenvolvido desde 2006 pela Incubadora Tecnológica de Maringá, junto à Associação dos Produtores da Vila Rural Esperança, orientando seus associados na produção e exportação de cachecóis, feitos com fios e teares artesanais de seda, para algumas das lojas da Rede Artisans du Monde, na França. A Rede Artisans du Monde, com mais de 150 lojas na França, se dedica ao comércio de artigos produzidos dentro de um sistema denominado comércio justo, que garante remuneração digna aos produtores e artesãos (59% da receita bruta). A Artisans Brasil, em parceria com designers e empresas privadas da região de Maringá, busca o desenvolvimento de novos produtos que permitam a ampliação do número de famílias beneficiadas pela produção e exportação de artigos artesanais de seda, contribuindo para a geração de novos postos de trabalho e aumento da renda de pequenos produtores rurais. Os cachecóis são produzidos nas propriedades rurais, onde as mulheres tricotam fios 100% seda, grossos como fios de lã e tintos com produtos naturais. Para o tingimento, natural, as artesãs contam com a colaboração da empresa Casulo Feliz, de Maringá (trabalha também com confecções de fibras naturais). São utilizados produtos como cascas de cebola (cor amarelo ouro), cascas de pinhão (cor marrom tijolo), erva mate (cor verde), folhas de amoreira (cor amarela obtida com o uso de excrementos do bicho da seda). Já a cor natural da seda apresenta a mesma tonalidade e brilho das pérolas naturais. Os produtos de Nova Esperança estarão expostos e a venda em todas as sedes da Copa do Mundo de 2014. A cooperativa colocou-se entre os 99 empreendimentos extrativistas e de agricultura familiar pré-selecionados na chamada pública “Talentos do Brasil Rural: Turismo e Agricultura Familiar”. O projeto, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, tem o apoio do Ministério do Turismo, do Sebrae e da Agência de Cooperação Técnica Alemã. As artesãs estão tendo o apoio também do Instituto da Seda e da Tecelagem Werner. Durante a Copa, as confecções, especialmente cachecóis (mas também colares e lenços), estarão expostas e sendo comercializadas a pelo menos 500 mil turistas durante um mês.

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Empresas & Empreendimentos

Victor Grein Neto (victorjornal@yahoo.com.br)

PRODUTOS PARA A COPA A Boneleska, de Apucarana, que fabrica bonés, chapéus e gorros, foi selecionada pela Globo Marcas - agente de licenciamento oficial da Fifa - para confeccionar produtos com o selo oficial da Copa do Mundo de 2014. A empresa já havia lançado produtos com o selo oficial da Copa das Confederações. Segundo o gerente David Felix de Souza, “a qualidade dos produtos e a especialização em produzir uma linha infantil já garantiram à Boneleska a licença de comercialização de marcas como Walt Disney”.

MAIS 3 EMPRESAS

UMA NOVA FERROVIA Além da ferrovia Maracaju-Lapa e da Lapa-Curitiba, o Paraná está programado para receber um outro trecho ferroviário, que é o ligando Mairinque (SP) a Rio Grande (RS), a parte final da Ferrovia Norte-Sul, da cidade de Panorama (SP) até Rio Grande. O projeto está em discussão para definição do traçado, com cerca de 1,6 mil quilômetros de extensão. A FNS tem uma bitola (distância entre os trilhos) mais larga que as utilizadas no Sul do país. Os trens que operam nessa ferrovia são mais modernos e mais rápidos. Enquanto uma composição hoje viaja a uma velocidade média de 40 km/h, na Norte-Sul a média é de 60 km/h. Já se sabe que, no Paraná, os trilhos passarão pela Lapa e que, para sua realização, prevista no Programa de Investimento em Logística – PIL -, a estimativa é de um orçamento de R$ 23,8 bilhões, devendo levar 50 meses para ser implantada. No Norte do Estado, os municípios se mobilizam (Apucarana, Londrina, Maringá) para que o traçado beneficie a região, que é das mais produtivas do Brasil.

EMPREGOS NO INTERIOR O governador Beto Richa disse que estão no interior mais de dois terços dos investimentos atraídos pelo programa Paraná Competitivo. Pesquisa do Ministério do Trabalho indica que estão nas cidades do interior cerca de 70% dos 280 mil empregos criados no Paraná de 2011 para cá. O emprego industrial cresce há 20 meses consecutivos. Especificamente neste setor, 89% das vagas criadas são no interior. “Nossa política é estimular investimentos para que as oportunidades de emprego e renda alcancem a população de todo o Estado”, afirmou Richa. 22 • Revista Distinção

O Governo do Estado incluiu mais três empresas no programa Paraná Competitivo. Foram beneficiados três investimentos da Hubner Componentes e Sistemas Automotivos, na ampliação de unidades de Ponta Grossa e de Araucária. A Frangos Pioneiro recebeu benefícios pela implantação de uma fábrica de rações em Joaquim Távora. A terceira empresa é a Charlotte, localizada em Campo Largo, beneficiada pelo investimento na ampliação da fábrica de pães e torradas.

BEM-AMADAS DO PARANÁ A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – concedeu o prêmio “A Marca Mais Desejada”. E empresas do Paraná dominaram a premiação. A Case IH, de Curitiba, venceu na categoria tratores e máquinas agrícolas, a Volvo, também de Curitiba, na de caminhões e ônibus e a Noma, de Sarandi, na de implementos rodoviários.

CAIS DE INFLAMÁVEIS A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) deu início ao processo licitatório para contratação de projeto executivo que irá revitalizar o cais de inflamáveis do Porto de Paranaguá. O teto estabelecido foi de R$ 1,7 milhão. O cais é composto por um píer e dois berços de atracação, um interno e outro externo. A estrutura é utilizada pela Transpetro, União Volpak, Cattalini e CPA. A estrutura é fundamental para o escoamento e importação de óleo vegetal, etanol e combustíveis para atender Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.


FÁBRICA DE CABOS DE FIBRA ÓPTICA A Conduspar (Grupo Abage) e a Sterlite Technologies, da Índia, assinaram acordo de joint venture para construir uma fábrica em Pinhais para a produção de cabos de fibra óptica para os mercados latino-americanos. A joint está prevista para iniciar a produção comercial no primeiro trimestre de 2015. A Conduspar é uma das maiores empresas do Brasil especializada no fornecimento de cabos de cobre e alumínio para aplicações de baixa e média tensão na América Latina, enquanto a Sterlite é uma provedora líder global de soluções de transmissão para os setores de telecomunicações e energia.

MARGARINAS MAIS VENDIDAS Com produtos de qualidade que primam pela segurança na produção aliado ao sabor, os Alimentos Coamo por meio da marcas Coamo, Primê, Anniela e Sollus, a cada ano são reconhecidos por diversos canais de vendas. Em julho, segundo ranking da revista Super Hiper, reconhecida nacionalmente, as margarinas Coamo Família, Extra-cremosa e Light destacaram-se entre as mais vendidas do país, estando à frente delas apenas marcas de empresas multinacionais.

MEL DE ORTIGUEIRA Estudo conduzido pela pesquisadora Maria Brígida Scholz, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, comprova a alta qualidade do mel produzido na região de Ortigueira. Brígida destaca a coloração clara e o sabor suave do mel ali produzido, características asseguradas principalmente pelas flores de capixingui (árvore nativa) e de assa-peixe (arbusto nativo), comuns nas pastagens apícolas da região. Ortigueira é o maior produtor de mel do Paraná e o segundo do Brasil, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e já conta com a aprovação prévia do Sistema de Inspeção Federal (SIF), órgão de fiscalização do Ministério da Agricultura, para instalar uma unidade coletiva para beneficiamento de mel dos produtores - em processo de construção.

DUPLICAÇÃO DA RODOVIA Uma parceria firmada entre o Governo do Paraná e o Grupo Votorantin vai permitir a duplicação da rodovia – 28,8 quilômetros – que liga Curitiba a Rio Branco do Sul. Pelo acordo, os recursos que a empresa irá investir serão descontados do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias, Bens e Serviço (ICMS) que a indústria teria que recolher ao Estado. É a chamada operação de crédito outorgado.

NOVO PORTO COM CAIS QUILOMÉTRICO O novo Porto que será construído em Pontal do Paraná (foto da perspectiva), onde a profundidade do mar chega a 20 metros, terá um dos maiores cais do Brasil, com mil metros de extensão. Será maior que o Tecon, de Santos, com 980 metros. A construção do terminal, que terá 650 mil m2, foi autorizada pela Antaq - Agência Nacional de Transportes Aquaviários -. O empreendimento é do empresário João Carlos Ribeiro e movimentará exclusivamente contêineres.

PR: TERCEIRO EM VEÍCULOS O Paraná ultrapassou, no dia 6 de agosto, a marca de 6 milhões de veículos registrados. A informação é do Departamento de Trânsito do Estado (Detran-PR). A frota é a terceira maior do país, atrás de São Paulo (23,6 mi) e Minas Gerais (8,5 mi) e corresponde a 40% do que existe em toda a região sul.

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