sentem desde então. O casamento badalado, em 2005, com o professor de Educação Física Alexandre Viturino, o Xandão, deu o que falar e foi notícia nas principais revistas e sites. O casal se despediu dos convidados pilotando um balão, após uma festa glamourosa no Spa Sete Voltas, na presença de um time de celebridades. O apresentador Faustão, patrão dela na época, era apenas um dos famosos padrinhos. “Meu casamento foi maravilhoso e diferente; cuidei de cada detalhe”, conta com brilho nos olhos e uma paixão assumida. Lucimara cantou a música Meu Ébano, de Alcione, para Xandão durante a cerimônia. “Você é um negão de tirar o chapéu”, relembra e solta a voz enquanto cuida de cada detalhe do maridão para esta reportagem. Alta, cabelos louros e olhos claros − nem precisa dizer o quanto é bonita − Lucimara Parisi é o nome artístico de Maria Tereza Romano, nascida e criada em São Paulo. Filha de italianos, Lu, como é carinhosamente chamada
Com Luiz Inácio Lula da Silva.
RC: Lucimara, onde e como iniciou sua trajetória profissional? LP: Eu fazia curso de datilografia com uma amiguinha, e um rapaz chamado Valdeci Monteiro a procurou. Valdeci é sósia do Chico Anysio, já o representou em vários shows, e é um ator excelente. Ele convidou esta minha amiga para participar de um programa de televisão. Ela insistiu para que eu pudesse acompanhá-la. Durante o teste, eles pediram que eu atuasse também. Deixei claro: “Hei, mas não sou eu. O teste é com ela”. Enfim, passei no teste, fiquei na vaga e minha amiga foi dispensada. A partir daí, nunca mais parei. Vieram outros programas e testes para anunciadora de algumas marcas famosas. Fechei contrato com uma marca grande e pude comprar meu primeiro fusca. Eu curtia comunicação e era muito disciplinada. Fui conhecendo as pessoas, e as oportunidades não paravam de surgir.
Silvio Santos: de colega de trabalho a patrão.
pelos amigos e familiares, teve uma infância simples e feliz no bairro do Mandaqui. Segundo ela, sua família era como qualquer outra. “Eu fazia minhas peraltices, ficava de castigo e brincava na rua; foi uma infância gostosa.” O amor pela profissão cresceu naturalmente, e a vida foi generosa com ela. Teve sorte, mas, desde moça já se destacava pelo talento. Foi radioatriz, locutora e dubladora. Hoje, aos 61 anos, é mãe, esposa, amiga, apresentadora, produtora e uma das mais respeitadas diretoras da televisão brasileira, sem exageros. De Rede Globo ao SBT, conheça um pouco mais da vida da granjeira Lucimara Parisi.
RC: Como foi trabalhar com grandes personalidades, como Silvio Santos, Fausto Silva e Ratinho? LP: O Silvio é ícone. Como ele, só daqui a 500 anos. Eu tive a felicidade de trabalhar com o Silvio antes mesmo de ele pensar em ter alguma emissora na vida. Nós fazíamos locução na Rádio Nacional (depois Rádio Globo) e eu participava de alguns programas com ele, como: Histórias que o Povo Conta, que eram contos de assombração, Justiceiro Invencível, em que o Silvio era o Justiceiro, e Mexericos da Candinha, um programa de fofoca em que eu interpretava a Candinha, personagem que virou música do Roberto Carlos. O Silvio ajudou a criar a Globo, e o Boni escreve isso em O Livro do Boni. O Fausto é um profissional ímpar, uma pessoa maravilhosa e de uma generosidade incontestável. Ficamos juntos 30 anos, dia e noite, e brigamos, afinal, irmãos brigam. Isso não mudou meu sentimento. Amo, respeito e admiro o Fausto Silva. O Ratinho é este ser incrível que o Brasil conhece. É um cara muito simples, humilde, espontâneo e sincero. Trabalhar com ele é um presente de Deus. www.revistacircuito.com
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