Revista Business Portugal Novembro' 18

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CRUZIMPEX

MAIS DE 25 ANOS DE MEAT TRADING Armando da Cruz, administrador da Cruzimpex (sediada em Abrantes), falou com a Revista Business Portugal sobre a atualidade e o futuro desta empresa nacional, que intervém na transação de cerca de 70 milhões de euros por ano e movimenta semanalmente 350 mil quilos de carne.

A

rmando da Cruz começou a trabalhar num talho, na Holanda, aos 14 anos e foi daí que surgiu a sua paixão pela carne e o setor da comercialização desse produto: “ainda me recordo do fascínio que sentia quando via uma peça de carne chegar ao talho e era desossada pelo talhante. Gostei muito daquela profissão e decidi apostar na formação”. Na Holanda, país onde Armando da Cruz residia, é necessário ter uma formação, que varia entre quatro a seis anos, para se poder abrir um talho ou ter qualquer profissão ligada à carne, ao seu manuseio e transformação: “para se ser proprietário de uma empresa no setor da carne e da sua transformação temos de ter conhecimento de desmanche, higiene, conservação e aplicações daquela carne. Temos de saber como se mata, como se desmancha um animal, como se desossa e se fatia a carne. Além disto, é necessário conhecer diferentes espécies

Armando da Cruz, administrador

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de animais e a utilização possível para a sua carne – grelhar, estufar, cozer”. Posto isto, é ainda necessário ao talhante ter conhecimentos de recursos humanos, contabilidade, marketing e medicina veterinária. A aposta formativa de Armando da Cruz valeu-lhe a rápida colocação num novo emprego. Com 19 anos, já era chefe de um talho, na secção de charcutaria. “A charcutaria é uma mais-valia, pois na Holanda e na Alemanha existem cerca de 350 variedades de charcutaria diferentes, que é também preciso conhecer bem”.

O futuro da Cruzimpex passa pelo alargamento dos mercados onde já estão presentes, neste caso para a Croácia, Polónia, outros países do Leste e, para o mercado asiático Armando da Cruz ficou sete anos nesse serviço, recebendo inclusivamente prémios dentro do setor. Foi através da publicação desses prémios, numa revista da especialidade, que um grupo de referência holandês, a Domburg Vlees o convidou para ser account manager.“Em 1985, este grupo já matava 1500 bovinos por semana. A minha função era fazer a ligação entre o chefe do talho, nosso cliente, e o matadouro. Felizmente, tive a possibilidade de ser rapidamente promovido a diretor de exportação, pois tinha uma boa apetência para falar


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