Muitos acordam, ligam a televisão e a jornalista Daniela Ungaretti já está lá apresentando as primeiras notícias do dia. Para ela, um grande prazer e a possibilidade de participar da vida das pessoas. Sua relação com o público é das melhores. Com o crescimento das redes sociais, a apresentadora do Bom Dia Rio Grande, na RBS TV, aproximou mais ainda o público de seu dia a dia. Que começa ao levantar às 3h para chegar na TV às 4h, onde se atualiza com as notícias, faz a edição da manhã, arruma make e cabelo em 20 minutos, e entra no ar às 6h. Segue até meio-dia no trabalho. À tarde, dá atenção especial à família. Ela é mãe de dois guris: João Pedro e Miguel. - Tem muita gente que se surpreende quando digo que tenho um filho de 18 anos. O Miguel, de seis anos, aparece mais comigo nas redes sociais, pois está na idade que me permite. O João precisa autorizar para postar a foto dele - diz sorrindo. Aliás, uma das marcas de Daniela é transmitir bem-estar e se mostrar uma mulher real pela opinião, sentimentos e história de vida. Em conversa com a Revista BENDITA, Dani fala sobre paixões e desafios.
SONHOS DE BAILARINA
Nascida em Porto Alegre, Daniela conta que desde pequena era muito tímida. Diferente da irmã gêmea Juliana. - Eu era a quietinha. Continuo tendo a timidez como companheira, mas hoje consigo lidar melhor. A comunicação ajudou, aliás revolucionou minha vida. Gostava muito de ler, sempre fui extremamente estudiosa e sonhadora. Ela dançava balé. Seguiu na dança até entrar na faculdade. Daniela lembra que dançava até pelos corredores do supermercado e pelas ruas. - Sempre nesse mundo, sonhando. Isso marcou minha infância, que foi muito bacana, com base familiar. Ela tem mais um irmão, o caçula Jarbas, e é muito ligada à família.
A TRANSFORMAÇÃO
Na adolescência, a opção por cursar Jornalismo foi um choque na família. Médico, o pai acreditava que ela se tornaria juíza, considerando seu jeito mais reservado e por ser muito protegida. - Sou a primeira e única jornalista da família. Comecei a enxergar e conhecer o mundo de outra forma, isso me modificou. O fato de ter escolhido o Jornalismo já foi essa vontade de liberdade para construir minha vida. Entrar para a Univerdade Federal do RS foi um momento de transformação. Como ela diz: “um marco na vida”. O Jornalismo foi a primeira opção. Mas Daniela revela que tinha o desejo de ser atriz. Como boa virginiana, segundo ela, com os “pés no chão”, pensou que era demais e que teria mais sucesso no Jornalismo, porque gostava muito de ler e escrever. Estava certa!
COMEÇO NO JORNALISMO
A ideia era trabalhar em redação de jornal. No entanto, quando conheceu o rádio, logo se identificou. - Por aquelas coisas de destino, a RBS abriu o concurso Caras Novas, onde eles selecionavam estudantes de Jornalismo no último semestre ou recém formados. E me inscrevi no último dia, porque a TV ainda não me passava pela cabeça. Ela foi aprovada nas seleções do disputado concurso: “entrei em 1997 e nunca mais saí!”. Dani comemora neste ano 20 anos como jornalista e 21 anos na TV. Dessa época, lembra que foram seis meses de treinamento em todas as área da televisão. Em seguida, Daniela foi contratada para a TVCom. Lá, ficou por sete anos trabalhando em produção, edição e reportagem até chegar na apresentação.
NOS TELEJORNAIS
Em 2005, foi chamada para apresentar o Bom Dia Rio Grande, inicialmente de forma temporária e após como apresentadora oficial. - Depois dessa primeira pas-
sagem pelo Bom Dia Rio Grande, passei pelo RBS Notícias com Elói Zorzetto e pelo Teledomingo. Nele, fiquei dois anos, mas muitos ainda se lembram. Também fiquei um tempo dividindo o Jornal do Almoço com a Cristina Ranzolin. Eu fazia um jornal especial aos sábados. Em 2015, Daniela volta ao matutino Bom Dia Rio Grande. Junto com Simone Lazzari, a dupla esbanja sintonia e bom humor. - Procuro ser o mais real possível. A transparência é algo que sempre procurei dentro do espaço que tenho e que aproxima o público. A TV transmite um glamour, mas nossa vida é como a de todo mundo!
RELAÇÃO COM PÚBLICO
Segundo Daniela, a TV mudou muito, dando espaço para que apresentadores possam mostrar mais o que pensam, “mais do sentimento naquilo que a gente faz”. - Acho isso o máximo! E o Bom Dia é muito bom para essa proposta. É um jornal de uma hora e meia, no início da manhã, e as pessoas estão a fim de receber essa boa energia. Elas gostam que a gente sorria, então me preocupo em transmitir essa alegria. Com sua disposição e para prender a atenção do telespectador, Dani chama para as notícias: - Falo alguma coisa que diz: ‘para um pouquinho, olha pra mim’. Nas redes sociais, ela mostra os bastidores da notícia e seu dia a dia. - Consigo ter um retorno grande pelas redes sociais e é como se as pessoas se sentissem agradecidas pelo fato de estar tão cedo para apresentar o jornal para elas. Elas procuram me dar força, me valorizar. É bonita e carinhosa a relação que criei com os telespectadores da manhã.
MARCO NA CARREIRA
Questionada sobre qual reportagem mais a marcou, Daniela aponta a cobertura da tragédia na boate Kiss. - Fui uma das primeiras a chegar em Santa Maria. Tudo começou no domingo de madrugada, com um