Bendita 08

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ão é novidade que as mulheres estão conquistando certos espaços no mercado de trabalho de domínio masculino. O sexo, que parecia frágil, passa a competir acirradamente em profissões, ocupações, meios e ocasiões em que jamais imaginaria há pouco tempo. Vemos, diariamente, mulheres pilotando táxis, aviões, gerenciando grandes corporações, governando estados e até mesmo o nosso país! Há muitos debates sobre as conquistas femininas, algumas defendem a liberdade que conquistamos, outras mais conservadoras acham que o lugar da mulher é cuidando da casa e dos filhos. É, ainda existem... Entre tantas conquistas, avanços, liberdade de expressão e sexual, tanto no lado pessoal, quanto profissional, existe uma profissão pouco “conhecida” ou reconhecida até mesmo à ala masculina, onde as mulheres ganham espaço numa progressão geométrica: ser DJ. Ser MULHER DJ. O projeto de lei do Senado nº 322, de 2010, altera vários artigos da lei nº 6.533, de 1978, que dispõe sobre a regulamentação das profissões de artistas e de técnico em espetáculos de diversões, para nela incluir as categorias de DJ ou profissional de

Sensibilidade para envolver o público cabine de som (Disc-Jockey) e produtor DJ (Disc-Jockey). Mas antes mesmo da profissão ser reconhecida e regulamentada, nós mulheres já estávamos por trás das cabines de som, comandando o espetáculo! Uma profissão considerada de atitude e para as modernas, há os que dizem que a mulher tem a tendência de manter maior carisma, sensibilidade e de envolver o público nas suas batidas musicais de uma forma mais sutil, leve e glamourosa. Muitas das DJs do nosso Estado são mães, donas-de-casa ou trabalham formalmente e, nos finais de semana, agitam as pistas pelo país. Por paixão à música, por hobby, por ser a única fonte de renda ou ainda pelo glamour. Cada uma com seus ideais, buscas e objetivos. O que importa é que a mulherada manda muito bem nas picapes e hoje ocupa um espaço com extrema técnica. Numa profissão de extrema seriedade e responsabilidade, destacam-se aquelas que assumem o seu papel de discotecar, de forma extremamente profissional, doando-se ao aperfeiçoamento das técnicas de mixagem, dispondo tempo para “garimpar” aquela música que fará a pista vibrar - e vou dizer, que testar

uma música na pista e sentir que deu certo é uma sensação incrível! Também aquelas que encaram a profissão além de modismos e assumem com o seu público a responsabilidade de doação e dedicação que o fará sair da festa com o coração entusiasmado e contaminado por sua música. Hoje em dia, posso dizer que a música me viciou! Troquei a Matemática, a vida acadêmica pelas picapes e me sinto feliz e realizada, nada me faz vibrar profissionalmente como discotecar nas baladas pelo país. A música dá sintonia à vida e ritmo aos nossos sentimentos. Ser DJ é a minha profissão!

Andrezza Corleto DJ feminina que traduz música em carisma e energia opiniao@revistabendita.com.br


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