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editorial Fazer o que já fiz eu já sei que posso, quero agora tentar fazer aquilo que ainda não fiz.

expediente

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Esse é o ritmo que me impus há alguns meses. Então dá para ver o guri jogar futebol quinta a tarde. E dá para ler os livros que eu queria e estavam se amontoando. Dá para resolver chegar mais tarde, ou não ir, ou dar um role de jet, ou ir lá na minha cidade natal ver os parentes depois de três anos sem passar por lá . Ou não fazer nada mesmo. Deixei tudo isso de lado, e por muito tempo. Não posso nem dizer que me arrependo, porque era necessário. Afinal, não me envergonho de dizer que cheguei a Belém com 50 reais no bolso, sem conhecer ninguém. E hoje segundo o Instituto de Pesquisa Simetria 66% dos paraenses me conhecem, e desses 75% veem o "bacana" como uma pessoa competente . Dá pra imaginar o orgulho que sinto disso?? Trabalhei muito pra ter algo na vida, pra fazer um nome. Imagina o que é fazer mais de 4 mil programas de TV, mais de 3 mil eventos em lugares diferentes, entrevistar algo como 40 mil pessoas, fazer dezenas de festas às vezes com 3, 2 mil convidados, escrever milhares de notícias - e quem me acompanha sabe, na esmagadora maioria das vezes são notícias em primeira mão, o chamado "furo jornalístico", gravar e mostrar 64 cidades paraense , 20 estados e 30 países. E ainda ter que cuidar da produção, da gravação, da edição, do comercial, do administrativo, do financeiro e à noite estar com um sorriso nos lábios e disposto a percorrer 3, 4 lugares diferentes gravando? Só mesmo sendo novo pra dar conta! Sobrava tempo sabe pra que? Pra dormir exausto, e só. Joaquim Barbosa

disse, um dia desses, na Globo News que tudo tem o seu tempo. É verdade! Me sinto pleno e satisfeito porque tudo o que desejei fazer profissionalmente, eu fiz, até comprar uma emissora de TV, produzir lá cinco programas e depois ver que não era a minha e deixar isso de lado, eu fiz. Não tenho nenhuma frustração, nenhum sonho profissional não realizado. Espero no entanto ter novos sonhos chegando para eu poder realizálos. Me sinto feliz por tudo que pude realizar e só pude porque tive tantos parceiros, tantos clientes, tantos colaboradores que acreditaram. Busquei todos esses sonhos profissionais dos 13 aos 44 anos de idade, 15 só de Bacana. Eu poderia estar fazendo programas de TV diariamente, programas de rádio diariamente, escrevendo várias colunas em jornais, convites graças a Deus não faltam e não foram poucos. Mas pra que? Por quê? É o que eu quero? Não. Essa é a resposta. E foi muito difícil chegar a ela, foi muito doloroso aceitar que tudo o que eu tinha conquistado eu não queria mais. Eu quero continuar fazendo TV sim, porque amo e porque Deus me deu esse talento. Eu quero continuar escrevendo sim, porque Deus me deu esse talento e porque eu amo. Mas de uma forma mais suave, respeitando meus limites físicos e emocionais. Quero fazer porque preciso trabalhar sim, mas quero fazer porque voltei a ter prazer. Prazer, eis a palavra . Nos últimos tempos de tantas atividades profissionais perdi o prazer, o tesão. Fazer tudo o que eu fazia e largar essa é a palavra, eu deixei, eu larguei, ninguém nunca me tirou - todos os

Diretor: Marcelo Marques. Conselho Editorial: Marcelo Marques e Jússia Carvalho Editora: Jússia Carvalho - DRT-PA 2648 - SRTE/PA Fotos: Nazareno Castelo, arquivo pessoal e foto divulgação Foto de Capa: Nazareno Castelo Projeto Gráfico e Editoração: André Fortes - Publicitário - Seprof 169PA Design Gráfico: André Fortes. Revisão: Valdir Marques e Valéria Marques Comercial: Junior Marques, Valéria Marques, Romana Ribeiro e Kleidiane Soares Administrativo: Katrina Marques. Suporte Técnico: Edielson Lobato e Luís Brito Impressão: Gráfica Fluxo

espaços na mídia que conquistei, foi uma decisão difícil e demorada de ser tomada. Porque nada me foi dado, tudo foi conquistado por mim e por várias pessoas que fizeram parte da minha equipe. E por Deus acima de tudo que nos abençoou. Acho engraçado quando vem um zum zum zum dizendo algo como: "olha, ele agora não tem mais aquele monte de programas de rádio, de tv por mês, só tem aos domingos". Rsrsrs, olha que bacana eu poder saber que eu resolvi deixar, eu decidi mudar, eu quis diminuir, nada me foi retirado. Saber que eu não tinha nada e conquiste , busquei meu espaço e também saber que fui e deixei parte do que conquistei, abri mão para basicamente viver melhor comigo mesmo, é um alívio pra alma . Porque se algo te atormenta, se algo deixa de ser prazeroso, uma coisa então tá muito errado aí. E a gente tem de mudar. Qualidade de vida, me disse, dia desses, Raul Aguilera. Ele falava do império que tinha construído mas que deixou de viver por conta desse império. Aí que está o ponto. Uns querem muito mais que outros, outros são mais modestos em suas ambições. Isso não importa, isso é de cada um. O que importa é o seguinte; - O que você tem, o que você faz te deixa FELIZ? se a resposta for sim, beleza. Se for não, mude logo antes que Deus te chame para perto dele. Quem já passou pelo trabalho insano que passei, esse sabe o que estou falando, esse entende quando se abre mão e porque se abre mão de algo que lhe é tão caro, tão valioso. É isso. A vida é breve, a tarde de hoje em que os meninos jogaram um RE x PA não volta mais, então nessa fase da minha vida eu prefiro mil vezes assistir meu filho correr do que eu correr para conseguir mais e mais profissionalmente. Consegui tudo o que almejei até o momento. Agora quero apenas conseguir almejar menos. É como Chico Buarque disse em seu filme recém lançado: "fazer o que já fiz eu já sei que posso, quero agora tentar fazer aquilo que ainda não fiz".

*Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus redatores, não reflete a opinião desta publicação. Bacana Comercial de Publicações e Vídeos Ltda. CNPJ: 06.120.594/0001-50 Rua Honório José dos Santos, 712 - Jurunas Fone: (91) 3088-0031 Fax: (91) 3242-2442 Facebook: Marcelo Marques Twitter: @MarceloBacana www.blogdobacana.com.br/


Pensar grande é pensar à frente. O Grupo Líder é a maior rede varejista da região Norte e também a que mais cria postos de trabalho. São 51 anos de atividades, 12 mil funcionários e uma rede de 17 lojas que posicionaram o Líder no ranking das 20 redes de supermercados com o maior faturamento do Brasil. E para 2016, mais dois hipermercados, dois magazines e duas novas farmácias vão se integrar ao Grupo. Porque, se chegar à frente foi resultado de muito trabalho, manter-se à frente nos tempos de hoje é questão de coragem.


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68 Capa

34 Os melhores reveillons da américa latina

Uma paixão antiga

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Lia Sophia

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Arquitetura

Galeria 791

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Belém 400 anos

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GUAMÁ METROPOLITANA E MARAJÓ

TOCANTINS

CAETÉ

ICOARACI

BAIXO AMAZONAS

CAPIM XINGU CARAJÁS II

TAPAJÓS

CARAJÁS I

ARAGUAIA

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pa.sebrae.com.br


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Histór

A censura

que interferiu na comunicação e na arte,

controlou até o noticiário sobre a meningite

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O jornalista Paulo Roberto Ferreira mostra como funcionou a mordaça a partir de 1964 em livro de sua autoria lançado no mês passado.

O jogador Oliveira Pipoca, da Tuna Luso Brasileira, morreu em 1975, em Belém, de uma doença estranha. A família ficou desesperada porque o tempo se passava e o Instituto Médico Legal (IML) não liberava o laudo atestando a causa do falecimento. A suspeita de todos é que a doença fosse meningite, mas naquela época o tema não era tratado como saúde pública e sim como segurança nacional. Quem liberava as informações, aos poucos jornalistas interessados em furar o bloqueio da ditadura militar, eram oficiais do quartel geral do Exército. Nélio Palheta e Expedito Leal revelam a paranoia do regime sobre o surto de meningite, que se alastrou país afora. Este é um dos episódios narrados no livro “A censura no Pará – a mordaça a partir de 1964”, do jornalista Paulo Roberto Ferreira. Outro exemplo da intolerância da época teve como protagonista o comandante do 1º Comar, majorbrigadeiro Rodopiano Barbalho. Ele determinou o desmantelamento da feira de livros infantis, que três

livreiros tinham organizado na Praça da República, em Belém, no mês de outubro de 1980, em homenagem ao Dia da Criança e que contava com o apoio da Delegacia Regional do Ministério da Educação (MEC). A presença de soldados da Aeronáutica para cumprimento da ordem ditatorial deixou em pânico pais e alunos de escola que se encontravam no espaço da feira. Isa Jinkings, viúva do livreiro Raimundo Jinkings, conta que eram frequentes as visita de agentes da Policia Federal na loja da família, no bairro de Batista Campos, a fim de confiscar livros que estavam nas prateleiras para venda. Integra um dos capítulos do livro o episódio sobre o poeta Ruy Paranatinga Barata, nascido em Santarém, que foi demitido sumariamente do cargo de professor da Universidade Federal do Pará, logo após o golpe militar de 1964. Seu filho e parceiro, Paulo André Barata, conta que a canção Rosa Rubra sofreu censura quando o cantor Zé Roberto a interpretava num programa

da TV Marajoara. Outro parceiro de Ruy tentou inscrever uma música num festival universitário, mas a inscrição foi barrada. Aconselhado pelo poeta, De Campos retirou o nome de Ruy da parceria e a inscrição foi aceita.

Paulo Roberto Ferreira, jornalista


Os agentes da ditadura vigiavam de perto os comunicadores de rádio. O diretor da Rádio Rural de Santarém, Haroldo Sena, foi chamado por um delegado, que estava inconformado com o uso de palavras de baixo calão na emissora. Quando o diretor pediu detalhes da denúncia, a fim de poder avaliar melhor a situação, foi informado que o fato se repetia todos os dias às 6 horas. Ou seja, no horário comandado por um padre norte-americano que fazia o programa “Oração da Manhã”. E a palavra que incomodava o agente público era “ventre”, da oração “Ave Maria”, que diz “do vosso ventre, Jesus”. Os quatro exemplos de controle da informação estão nas sete partes que o livro de Paulo Ferreira foi dividido. Editado pela Paka-Tatu, a obra conta com 200 páginas e revela a censura que atingiu o jornalismo, mas também os produtores de outras formas de expressão como o teatro, a música, a literatura e o cinema. A capa e o projeto gráfico são do jornalista e publicitário Sérgio Bastos. Mais de quarenta pessoas foram ouvidas pelo autor da obra, que também buscou nos jornais, de antes de 1964, entender a linha editorial da mídia em relação ao governo do presidente João Goulart, a preparação e apoio dado ao golpe militar. As listas com nomes e temas vetados pelos órgãos de repressão são apontadas por vários entrevistados como a forma de cerceamento de jornalistas e radialistas no período da ditadura.

Serviço

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Título: A censura no Pará – a mordaça a partir de 1964 Autor: Paulo Roberto Ferreira Editora: Paka-Tatu Venda: nas principais livrarias e bancas de revistas.

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Sucess

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Labodental, 25 anos

inovando e expandindo

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o mercado Há 25 anos no mercado, a Labodental, representante da indústria em equipamentos Dabi Atlante, é uma empresa que atua no ramo de equipamentos e acessórios médicos, odontológicos e hospitalares. É considerada uma das maiores da região norte, com atividades em Belém e Macapá, no qual mantém filiais, sucursais e agências. O empresário Pedro Pessoa, responsável pelo sucesso da marca, anuncia a implantação do projeto Labodental News, um modelo novo de gestão que tem a missão de inovar e agregar benefícios a odontologia e mercado acadêmico com forte tendência mundial. “Um modelo novo para o

Dr. Pedro Pe

cirurgião dentista adquirir produtos de ultima geração, também deve contribui para a formação de acadêmicos e outros segmentos ligados a odontologia. Uma grande novidade no mercado e Macapá e Belém estarão recebendo em breve essa grande novidade”. Pessoa avalia que a dedicação aliado a excelência na prestação dos serviços são fatores determinantes para a expansão da Labodental. “O sucesso da empresa é graças aos nossos clientes, pessoas que acreditam nos nossos serviços, atendimento e comodidade. Abrimos um canal de diálogo com nossos clientes, ouvimos sugestões e nos esforçamos ao máximo para corresponder as mudanças”. Reforçando a expansão e tradição da marca, Pedro Pessoa anunciou a parceria com o Grupo Kroton na instalação de 18 faculdades de odontologia em todo o Brasil. “A Labodental teve o prazer de instalar e fazer o diferencial na instalação dessas faculdades. Foi o reconhecimento dos nossos serviços, uma alegria muito grande fazer parte desse projeto”. A tradição de instalação de faculdades pela Labodental inclui também a Universidade Federal do Pará (UFPA), Centro Universitário do Pará (CESUPA), Escola Superior da Amazônia (Esamaz) e Faculdade de Macapá (FAMA). "

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Entrev

Heródoto modelo de jornalista Heródoto Barbeiro faz parte da história do jornalismo brasileiro. Primeiro se formou em história, mas resolveu cursar jornalismo depois de um convite da Rádio Jovem Pan. O jornalista participou da criação da rádio CBN, trabalhou em vários programas da TV Cultura de São Paulo, incluindo o Roda Viva. Hoje, é âncora do Jornal da Record News e conhecido pelos comentários pertinentes nas apresentações das matérias. Heródoto falou, em uma entrevista exclusiva à Revista Bacana, sobre política, economia e os novos caminhos que o jornalismo tem tomado no mundo e no Brasil. Ele contou também sobre o seu mais novo livro Provocações Corporativas, que fala da relação ética entre empresas e mídia.

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Revista Bacana - Como foi o início de sua carreira? Nos conte um pouco sobre ela. Heródoto Barbeiro - Fui professor de História antes de ser jornalista. Comecei apresentando um programa semanal na TV Gazeta, depois fui trabalhar no Jornal da Manhã da Jovem Pan. Virei colunista na Gazeta de Pinheiros e depois fui convidado para apresentar o Vox Popoli, na TV Cultura. Fiz faculdade na Cásper Líbero, onde aprendi a sistematizar o conhecimento do jornalismo. Trabalhei no SBT, rádio Globo, Excelsior e fui um dos idealizadores da CBN. Aprendi muito como apresentador do Roda Viva e do Jornal da CBN. RB - O que você salienta como as mais importantes mudanças no jornalismo e na mídia desde que você começou até hoje? HB - Primeiro foi o advento da democracia, da liberdade garantida pela Constituição de 1988, depois o advento das mídia sociais, quando

qualquer pessoa obteve a tecnologia para se tornar um emissor de informações e notícias. RB - O que uma pessoa tem de ter para ser um bom jornalista? HB - Deve ficar atento aos princípios básicos da ética, onde destaco a apuração correta dos fatos, o envolvimento com o interesse púbico e a perseguição diária da isenção e da ética.


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RB - Os barões da mídia são mesmo controladores da opinião pública, como muitos jornalistas afirmam? HB - Não mais, agora com as mídias sociais houve uma pluralização das emissões e o compartilhamento de notícias fora das mídias tradicionais. Um avanço na democratização das notícias. Não é mais possível segurar notícias. A capilarização dos espaços dá oportunidade para que qualquer pessoa possa atuar na difusão do que acha que é de interesse público. RB - Existe isenção por parte dos jornalistas que trabalham principalmente com política e economia ou seus gostos pessoais, suas crenças, suas aproximações com determinadas pessoas e pensamentos fala mais alto na hora de divulgarem as notícias? HB - Todos incluem no seu noticiário suas crenças e preferências, o que é próprio da democracia. O que o jornalista não pode é esconder, não ser transparente e torcer ou distorcer fatos que não batem com as suas preferências. Deve dar sempre espaço para o contraditório e ser respeitoso com os que divergem de suas opiniões. RB - Como você vê essas novas gerações que surgem de jornalistas? Um homem experiente como você certamente deve ter algumas dicas e observações a fazer para os novos profissionais. HB - É preciso tentar aumentar sempre a cultura geral, ler, ler, ler, escutar mesmo os que têm ideias contrárias as suas. Não esquecer jamais dos princípios básicos do código de ética e entender que não existe imparcialidade.

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RB - Nos conte alguma história que você como jornalista teve de divulgar mas que realmente lhe emocionou muito, a ponto do espectador perceber? HB - Certa vez, a TV Cultura apresentou uma série de reportagens sobre adoção de crianças, creio que perceberam que meus olhos marejaram. RB - Alguma coisa ainda lhe choca? Ou o exercício da profissão, o acúmulo de notícias negativas que se tem de divulgar acaba deixando você mais duro? HB - A violação dos direitos humanos, a violência, a falta de solidariedade, a destruição do meio ambiente me chocam.

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RB - Do que se trata o seu novo livro? HB - Trata da relação ética entre corporações e a mídia. Sugere uma série de comportamentos para que a empresa se mostre para o público e ganhe o respeito do cidadão/consumidor/ acionista, ou seja todos os stake holders. RB - Como surgiu a ideia de fazê-lo? HB - O capitalismo contemporâneo entendeu que para ser perene uma empresa precisa ser ética, aplicar a visão, missão e seus valores. Para isso é preciso entender como funciona o jornalismo e como, através da mídia, falar com a sociedade. RB - De que forma você entende que ele pode contribuir? HB - Creio que muitos gestores querem falar mas não conhecem as técnicas. O livro lista uma série delas e indica livros de jornalismo para quem quiser se aprofundar no assunto.

RB - Depois de anos de certa calmaria vivemos hoje anos difíceis, a economia em frangalhos, a política sempre na corda bamba. Porque o Brasil vive nessa gangorra? HB - Primeiro porque a democracia brasileira ainda é muito jovem. Depois fazer reformas estruturais que apontem para onde a sociedade brasileira quer caminhar. RB - Mas a crise é econômica ou política, como dizem alguns? HB - As duas juntas, uma vez que é o poder político que dá o norte para o crescimento econômico, para isso a população precisa fiscalizar, influenciar e pressionar seus representantes nos parlamentos. RB - E as mídias sociais, como você vê a influência delas sobre a população, sobre a notícia? HB - Muito grande. Hoje ando de metrô ou a pé. Conto no vagão quantas pessoas estão revirando os seus smartphones e


tablets. Espero que estejam se informando, debatendo e compartilhando o que julgam ser relevante socialmente. RB - O Jornal da Record News é um telejornal dinâmico, como é fazê-lo? HB - Um desafio diário para toda a equipe de jornalistas e técnicos. O que apresentar as 21hs depois que todo mundo já leu a maioria das notícias????? O que mais podemos acrescentar para ajudar a formação de opinião e o espírito crítico que quem nos acompanha??? Só veiculamos hard news do que acontece à noite. Queremos ser didáticos, por isso convidamos todas as noites três entrevistados para que expliquem ou opinem sobre o que mais importante aconteceu durante o dia. Atuamos em multi plataformas, tevê, internet, teve fechada, aberta, e dois canais internacionais da Record. Perseguir a pluralidade, buscar isenção no noticiário e cuidar para não pisar no código de ética são nossos desafios. Queremos ser um noticiário sério, porém descontraído, coloquial, dinâmico e quando possível com ironia e bom humor. RB - Os blogs tomaram muito espaço atualmente, você mesmo tem um.

Porque você acredita que eles crescem, assim como os sites de notícia, tanto ? E esse é o futuro do jornalismo escrito? HB - Não tem volta. Está tudo na internet, inclusive nos blogs. Há espaço para a réplica, envio de informações novas, críticas e compartilhamento. O paradigma está quebrado não só para a imprensa escrito, mas também para a eletrônica. Tudo pode e vai estar contido em espaços de bits e bytes. Jornais, revistas, rádio, tevê passam por uma confluência de mídias e todas as empresas já produzem conteúdo para todas elas. Sites de grandes jornais tem vídeo, som, infográfico, hiper textos.... e por aí vai. RB - Pra terminar nos conte o que um homem tão ocupado como você faz nos poucos tempos de folga? Quais são as preferências de Heródoto para relaxar ? HB - No passado criava abelhas..... Hoje sou proprietário de uma reserva ambiental (RPPN) e dou uma forcinha em uma ONG da periferia da grande São Paulo, na SAT , Sociedade Ambiental de Taiaçupeba.

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Cerveja a bebida queridinha

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dos brasileiros

Cerveja é a bebida que o brasileiro adora. Por isso, é uma das bebidas mais vendidas do país. Cada brasileiro consome em média 64,4 litros de cerveja por ano, segundo dados da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe). Aqui no Pará não é diferente. Os paraenses adoram cerveja, principalmente por causa do calor que faz por aqui. Dessa forma, os quiosques que

vendem cerveja tem ficado populares em Belém. Os restaurantes estão comercializando cervejas artesanais e importadas para agradar o paladar dos clientes. Foi assim que em 2012, Almir Dopazo resolveu inovar: “a ideia surgiu por aliar ao prazer de degustar uma boa cerveja com a oportunidade

de explorar um mercado que estava em alta expansão. Em Outubro de 2012, me chamou atenção matéria publicada na Folha de São Paulo, que naquele mês 30 novos bares especializados em SP capital teriam sidos registrados na Junta Comercial, aquela informação me abriu os olhos para um mercado que o brasileiro


estava bem necessitado, pois depois que apreciamos cervejas com infinidades de sabores, é difícil voltar ao trivial”. Nasceu daí o Baviera, que oferece rótulos de cervejas do mundo inteiro. Das belgas às Tchecas. Segundo Dopazo a preferência do brasileiro é pelo estilo Pilsen, por conta da refrescância, que é essencial para um país com clima tropical. Mas o gosto é relativo e depende do contexto, ele explica

“se estamos numa praia no Pará, temos que tomar algo que nos refresque e alivie a sensação de calor, jamais combinaria com uma cerveja de alto teor alcoólico”.

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Mas, para ele, apesar de ter o teor alcóolico alto “as cervejas belgas passam a ideia refrescante e tem sabor incrível”. Na hora de escolher o que beber, é preciso ficar atento também no comida que vai ser acompanhada. Mas Almir garante que, assim como os vinhos, dá para harmonizar do bolinho de bacalhau ao pethit gateau com cerveja. Luciano Chaves, do Égua da Breja, concorda. Foi por causa dessa possibilidade de harmonizar cervejas que a “Égua da Breja” ganhou um espaço físico. Luciano e o sócio Leon Serruya são amigos desde a escola e apaixonados por cervejas artesanais. Num encontro, numa mesa de bar apreciando cerveja, eles decidiram montar um delivery de cervejas importadas. Em maio de 2015, criaram uma conta no Instagram e começaram a postar foto dos rótulos disponíveis conquistaram muitos clientes. Até que uma postagem sobre a harmonização de cervejas com comidas gerou um convite do dono do restaurante árabe Ali Babá para que eles fizessem uma carta de cervejas que harmonizassem com as comidas do lugar. A iniciativa fez sucesso e os meninos ganharam um quiosque dentro do restaurante desde junho deste ano. Para Luciano, o estilo favorito do brasileiro é a Ipa, que são cervejas que tem doses generosas de lúpulo, que dão mais amargor paras as cervejas. Por isso, elas têm um sabor cítrico, floral, depende do lúpulo usado, que pode ser americano ou inglês.


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“O brasileiro está passando a ser mais exigente quando o assunto é cerveja, procura beber cervejas de puro malte, cervejas artesanais que usam insumos de qualidade”. E na hora de escolher não são só as importadas as preferidas: quanto as nacionais, os rótulos de Blumenau (Santa Catarina) são as mais pedidas e as belgas continuam sendo as queridinhas no mundo. O mercado da cerveja está crescendo cada vez mais. Quem quer experimentar a primeira vez é preciso escolher as mais leves e menos alcoólicas, porque agradam mais. É a dica que o Luciano da Égua da Breja dá. E para as mulheres que não são muito fãs de cerveja tem cervejas com sabor de fruta que são uma delícia.

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INSPIRADOS EM VOCÊ.

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Perfil

Iran Lima,

tem atuação de

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de destaque na Alepa Iran Lima tem se destacado como um dos deputados mais atuantes da Assembleia Legislativa do Estado do Pará. O líder do PMDB, ex-prefeito de Moju, trabalhou em defesa de causas importantes para o Estado, fiscalizou o andamento de obras púbicas, cobrou transparência nas prestações de contas oficiais e defendeu os interesses de sua região. Um exemplo é sua atuação no episódio do desabamento da ponte sobre o Rio Moju, que tantos transtornos causa até hoje à população. Iran denunciou os atrasos na obra, cobrou respostas das autoridades e lutou por mais transparência no uso dos recursos. Indo além da atuação no parlamento, o deputado também participou com destaque nas mobilizações populares que exigiram do governo estadual a retomada das obras, obtendo uma importante vitória para a população, combatendo o imobilismo oficial. Ainda assim, somente neste mês de novembro a entrega da ponte foi anunciada.

O deputado também obteve uma vitória importante na área do desenvolvimento sustentável: a aprovação na Assembleia Legislativa de seu projeto de criação da Frente Parlamentar de apoio ao Desenvolvimento do Óleo de Palma. A criação da Frente tem o objetivo de promover a cultura sustentável de palma destinada à produção de óleo, atividade com grande potencial de desenvolvimento socioeconômico. A frente parlamentar vai gerar politicas de incentivo aos municípios produtores e criar normas para capacitação de mão de obra e fornecedores locais. Iran Lima também fiscalizou o funcionamento de escolas estaduais na

capital e no interior, lutando por melhorias na alimentação fornecida aos alunos; e cobrando a continuidade de obras paralisadas em reformas e construção de diversas escolas. Além disso, o deputado, que é contador e auditor fiscal concursado e efetivo da Secretaria da Fazenda estadual realizou um trabalho importante de fiscalização das contas públicas, batalhando pela correta aplicação dos recursos, bem como por uma ação governamental alinhada com as boas práticas de gestão pública, cobrando transparência e honestidade na utilização das verbas púbicas em prol da população.


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Altamira Comemora,

seus 104 anos

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com muitas obras do governo municipal As inaugurações de obras não param, e a Prefeitura de Altamira trabalha cada dia mais para entregar a população mais melhorias e desenvolvimento na cidade. Muitas delas estão próximas do fim e atendem tanto a cidade como a zona rural. As obras são realizadas por meio de um esforço da Prefeitura para modernizar as instalações do município e trazer mais qualidade de vida à população. Os olhos de todos voltam para o auditório de municipal de eventos que está sendo construído com recursos próprios do governo municipal, uma obra moderna, que chama atenção pela qualidade que está sendo construída e possuirá uma completa infraestrutura, serão cerca de 3.500 metros quadrados, conta com espaços de dois grandes auditórios, além de 10 salas de treinamentos, praça de alimentação e estacionamentos para cerca de 1000 mil carros. O local, depois de pronto, beneficiará a realização de eventos de grande porte na cidade, com integração das famílias. Outro espaço que já está pronto, e falta pouco para ser entregue a população, é o Auditório II do centro de convenções e cursos de Altamira. Ele foi projetado para atender um público de mil pessoas em palestras, treinamentos, reuniões e workshops. O espaço conta com camarim e banheiros. Além disso, possui acessibilidade aos portadores de deficiência, saídas de

emergência e climatização. O local tem ambiente para videoconferências, com os equipamentos multimídias mais modernos. Na reconstrução do Ginásio do Premem, os trabalhos estão sendo realizado de substituição completa da rede elétrica, hidráulica, reconstrução da cobertura, dos refletores e recuperação dos banheiros e vestiários. O espaço que por muitos anos foi palco de várias práticas esportivas de diferentes modalidades, sem contar os grandes eventos que aconteceram como jogos estudantis e festivais Folclóricos. O parque aquático do lugar também passa por reformas e melhorias. O vereador Vitor Conde agradeceu e parabenizou o Prefeito Domingos Juvenil por atender mais este pedido, e por perceber o quanto o esporte é importante para o desenvolvimento do ser humano. A Transposição é umas das principais obras de infraestrutura e saneamento que vai mudar a realidade de Altamira. Começou a ser construída em 2013, com transposição das Avenidas pedro Gomes e João Rodrigues, para melhorar o trânsito da cidade. Segundo o secretário de Obras de Altamira “a transposição dessas avenidas é justamente para desafogar o trânsito, o pensamento é na construção das avenidas na sequência,

que sobrecarrega a Padre Antônio e a João Coelho, faremos das Travessas Pedro Gomes e João Rodrigues fazendo a transposição do igarapé Altamira, indo até o anel viário, justamente para oferecer a condição de desobstrução”. O projeto apresenta também a cons-trução de praça, bosque, meio-fio, linha d’água, drenagem, iluminação pública, sendo avaliado como uma obra de extrema necessidade para melhoria de Altamira.


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Leil達o


“Dale uma, dale duas...

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....vendido!” é a expressão mais famosas dos leilões. Populares em filmes americanos e europeus, os leilões de antiguidades são comuns aqui. Entre as três capitais do Brasil que mais promovem leilão de artes, Belém só fica atrás de São Paulo e Rio de Janeiro. O Merchant de antiguidades Marquinho Elgrably diz que isso é por conta da influência europeia no auge do ciclo da borracha, que “deixou na cidade um gosto refinado” que foi passando de geração em geração e, até hoje, não perdeu a identidade cultural. Nunca tinha frequentado leilões. Confesso que achei que encontraria um público mais velho, pessoas aposentadas, colecionadores, milionários. Lá tinha de tudo um pouco, do que eu imaginava encontrar até surpresas. Encontrei um garoto de 15 anos que acompanha o pai em vários leilões pela cidade. Ele tem uma preferência: gosta de tudo que faça referência a guerras. Roberto Rabelo Figueiredo me contou que começou a frequentar o leilão com 13 anos para fazer companhia ao pai quando a mãe não podia ir, mas tomou gosto pelas descobertas que fez lá. Curioso pelas histórias das guerras, Roberto costuma dar lances quando encontra soldados, bonecos e canhões. E já conseguiu peças da segunda guerra mundial, até do Hitler. Já o pai, policial

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civil, prefere lustres. Hoje, com um sítio em Benevides ele resolveu fazer tudo no estilo imperial e foi disposto a procurar peças para decorar o ambiente. O arquiteto André Mello explica que essa é uma boa oportunidade para comprar peças únicas com preços mais baixos e deixar o ambiente mais charmoso. André frequenta leilões faz mais de cinco anos para comprar obras para o acervo pessoal e para clientes afirma que “usando o bom senso, a mistura do antigo com o novo pode dar um charme especial”. Na casa “Cem antiguidades” só esse ano já foram três leilões e deve ter mais um na primeira semana de dezembro. Dias antes do evento, o Merchant de antiguidade e o leiloeiro passam horas arrumando

as peças, catalogando e verificando a procedência. Paulo Torres, leiloeiro desde 2009, explica que o leilão de arte é diferente dos outros, porque é preciso muito estudo, principalmente ...

“para diferenciar uma peça original de uma réplica. Tem muita cópia no mercado. E a gente sabe que não é original pelo material utilizado, pelas marcas do tempo. Um leiloeiro tem a fé pública, se perde a credibilidade...”.

Por isso, ele diz que é importante conhecer as casas que fazem leilão. Apaixonado por antiguidade desde a infância, Paulo acompanhava leilões com a família e resolveu transformar essa paixão em uma nova profissão. Dá para comprar de pequenas peças de porcelana até quadros do Rui Meira. Marquinhos, o Merchant de antiguidade, diz que já chegou a vender as peças cirúrgicas do doutor Camilo Salgado, que morreu 1938 e está enterrado no Cemitério Nossa Senhora da Soledade, aqui em Belém. E se tornou um santo popular, que faz milagres a quem pede saúde. No leilão, dá para encontrar esculturas de bronze, louças de séculos passados, móveis de madeira, que para a economista Silvane Matos


“são para a vida toda. Peças em mogno, cerejeira custam entre dois e três mil num leilão de antiguidade, mas as pessoas acham caro e são 10 e 15 mil reais num móvel de MDF que vai durar no máximo quatro anos”. Horas antes do leilão, a casa de antiguidades fica aberta para que os clientes apreciem o que será posto na praça. Quem vai a primeira vez é só procurar o leiloeiro que ele explica: você recebe uma cartela com os itens de cada lote e um número que te identifica. Quando a peça é anunciada, se te interessar é só levantar a mão para dar o lance. Aí o resto se parece com os filmes americanos: um leiloeiro anunciando um faqueiro do século tal, que pertenceu à família tal, um rapaz mostrando a peça e muitas pessoas disputando quem fica. Os mais novos levantam as mãos, braços, canetas. Os mais antigos têm códigos. Quando estão na disputa balançam a cabeça em sinal positivo ou dão uma piscadela. É uma festa!

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Pesqu

Com uma administração sofrível, Zenaldo abre espaço para outros nomes chegarem a Prefeitura de Belém

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Em 2016 teremos eleições municipais. O prefeito Zenaldo Coutinho foi uma grande esperança. Primeiro pelo seu preparo intelectual, depois pela promessa de que junto com o Governador Jatene se uniriam em prol da sofrida Belém. Ou Jatene desistiu de Zenaldo, no meio do caminho, ou Zenaldo não tinha lá todo aquele preparo intelectual que se creditava a ele. Belém chega os 400 anos e provavelmente teremos apenas um bolo de 400 metro no Ver-o-Peso para comemorar. Talvez nem lá, já que dia desses o prefeito esteve circulando com o príncipe japonês na feira e foi ostensivamente vaiado. Zenaldo corre o risco de terminar o mandato sem

inaugurar uma única obra média, grande então, sem possibilidade. O tucano com essa deplorável administração faz com que o eleitor sinta saudade de Duciomar Costa, que teve uma atuação polêmica, mas que no final das coisas ainda deixou obras que hoje fazem parte da vida da cidade. A administração atual é tão fraca que colabora para o eleitorado lembrar de outros nomes como o de Edmilson Rodrigues que nessa pesquisa aparece as vezes como primeiro as vezes como segundo colocado, graças a sua atuação à frente da prefeitura de Belém. No entanto ele tem uma questão a ser resolvida; sem apoios de outros partidos corre o risco de acontecer o

que aconteceu nas últimas eleições, onde tinha mais de 60% de intenção de voto e com um minuto de espaço na TV, sem apoio de outros partidos, viu sua candidatura ser superada pelo terceiro colocado Zenaldo. Paulo Rocha disse dia desses: “o Psol precisa aprender a aceitar apoios e a apoiar, ninguém chega sozinho ao poder”. É isso, eis o maior obstáculo de Edmilson. Éder Mauro é outro nome que nessa pesquisa, que divide o primeiro e o segundo lugar com Edmilson. Delegado da polícia sempre paparicado pelos programas populares, Éder foi o mais votado deputado federal das últimas eleições.


60,2%

desaprova ADMINISTRAÇÃO ZENALDO

O fenômeno se deve graças certamente a violência descontrolada no Pará e a imagem que vendeu ao longo de sua trajetória de um homem que luta contra a bandidagem a favor da população. Foi isso que ajudou ele a se eleger, é isso que pode ajudá-lo a chegar ao palácio Antonio lemos - mesmo que a segurança pública do Estado seja uma obrigação do Governo Estadual. Mas outras questões estão em jogo e podem mudar muito qualquer quadro eleitoral, afinal à tanto tempo das eleições uma pesquisa como essa além de ser uma fotografia do momento é um indicativo, que tem que ser bastante ponderado pelos candidatos. Como ficará o PT? Como vai se posicionar o PMDB de Barbalho? Muita água ainda correrá embaixo da ponte do galo, mas uma coisa é certa, Zenaldo é o maior cabo eleitoral de seus opositores. Com 698 entrevistados em Belém, com mais de 16 anos, de 12 a 16 de novembro, com margem de erro de 4% e contratada pela TV Record, a Paraná Pesquisas analisou alguns nomes para prefeito de Belém se as eleições fossem hoje. A Paraná Pesquisa procurou o Blog do Bacana para nos passar uma série de pesquisas com exclusividade na mídia escrita, após serem divulgadas pela Record. Segundo o instituto a procura se deve pelo fato do Blog do Bacana ser muito acessado e ter uma tradição em divulgação de pesquisas eleitorais. A pesquisa segue, aqui, na Revista Bacana. A primeira pergunta foi espontânea, sem dizer o nome dos candidatos, a segunda foi estimulada, com os possíveis candidatos elencados.

Se as eleições para prefeito de Belém fossem hoje em quem você votaria? (espontânea ) 59,9% não sabem 6,3% ninguém 10,7% Edmilson 9,5% Éder Mauro 6,2% Zenaldo Coutinho 2,4% Duciomar Costa 1,0% José Priante 1,0% Hélder Barbalho 0,9% Arnaldo Jordy 2,1% outros nomes Se as eleições para prefeito de Belém fossem hoje e os candidatos fossem esses, em quem o senhor votaria? (estimulada) 6,4% não sabem 5,6% nenhum 29,4% Edmilson 28,2% Éder Mauro 12,9% Zenaldo 5,4% Jordy 4,3% Duciomar 3,4% Priante 3,0% René Marcelo 1,4% Raul Batista Se as eleições para prefeito fossem hoje e os candidatos AGORA fossem esses, em quem você votaria? (estimulada) 6,4% não sabem 6,7% nenhum 32,1% Éder Mauro 31,1% Edmilson 15,3% Zenaldo 4,9% Priante 3,6% René Marcelo Se o segundo turno das eleições para prefeito de Belém fossem hoje e você tivesse que escolher entre Zenaldo e Eder Mauro, em quem você votaria? 9,6% não sabem 10% nenhum 55,6% Éder Mauro 24,8% Zenaldo

Se o segundo turno das eleições para prefeito de Belém fossem hoje e você tivesse de escolher entre Zenaldo e Edmilson, em quem você votaria? 11,7% não sabe 9,7% nenhum 46,7% Edmilson 31,9% Zenaldo Se o segundo turno das eleições para prefeito de Belém fossem hoje e você tivesse de escolher entre Eder Mauro e Edmilosn, em quem você votaria? 8,2% não sabem 7,7% nenhum 47,1% Éder Mauro 37% Edmilson Se as eleições para prefeito de Belém fossem hoje em quem você não votaria de jeito nenhum? (estimulada) 8,2% não sabe 5,4% poderia votar em todos 35,2% Duciomar 25,2% Zenaldo 14,5% Edmilson 12,9% Priante 11,7% Raul Batista 8,2% Éder Mauro 7,4% Jordy 6,3% René Marcelo De uma maneira geral você diria que aprova ou desaprova a administração do prefeito Zenaldo até o momento? 36,8% aprova 60,2% desaprova 2,9% não sabe ou não opinou A administração de Zenaldo está sendo melhor, pior ou igual o que você esperava? 41,5% Pior 10,7% melhor 45,7% igual 2,1% não sabe Bacana 15

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Sorriso que muda vidas A perda dentária representa um pesadelo a milhares de brasileiros. Problemas buco-maxilares podem mudar a estética facial, comprometendo a mastigação e gerando baixo auto-estima, podendo, até mesmo, contribuir para a depressão, já que essas perdas podem fazer os sorrisos serem evitados. Por estas razões, o uso de implantes dentários vem se tornando cada vez mais comum, de modo que, no Brasil, são instalados quase um milhão de implantes anualmente. Atualmente, com o surgimento de técnicas mais modernas, é possível, em grande parte dos pacientes oferecer tratamentos mais rápidos, abreviando o tempo de espera para a colocação das próteses definitivas. Além disso, é possível instalar implantes com cortes mínimos na gengiva, bem como usar materiais fabricados em laboratório que evitam a realização de enxertos ósseos. Dentre estes materiais, o mercado dispõe de uma proteína morfogenética denominada de RhBMP-2 que tem o propósito estimular a formação óssea. Dessa forma, é possível instalar implantes dentários sem a necessidade de enxertos retirados do próprio paciente ou de bancos de osso humano. Com isso, diminui-se drasticamente o tempo de cirurgia, assim como o desconforto e as complicações pós-operatórias. O tratamento com implantes dentários comprovadamente melhora a qualidade de vida e eleva a auto-estima dos pacientes, apresentando diversas vantagens, como os altos índices de

sucesso e a possibilidade de ser utilizado na maioria dos pacientes, de adultos jovens até idades mais avançadas. Os procedimentos bastante frequentes nos consultórios odontológicos são as cirurgias de enxertos ósseo ou proteínas e implantes dentários, com incisões mínimas ou ausentes, diz o Cirurgião Bucomaxilofacial Ricardo Carvalho. Segundo ele, depois de resolver os problemas bucais das pessoas elas sempre dizem

"se eu soubesse que era tão simples assim, já teria feito há muito tempo. Estou super feliz e voltei a sorrir como sempre sonhei. Realmente realizei um dos maiores sonhos da minha vida".

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Uma esperança para à política brasileira por Zé Dudu

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Em Parauapebas, no sudeste do Pará, um fato inédito e inusitado na política brasileira está prestes a acontecer. O vereador Ivanaldo Braz, do Solidariedade, presidente da Câmara Municipal, vai devolver aos cofres da prefeitura nada mais nada menos que R$ 4.200.000,00 (quatro milhões e duzentos mil reais), valor jamais devolvido por nenhum presidente de câmara em toda a história política do Brasil. Ivanaldo Braz, 38 anos, é maranhense, mas, como tantos outros, ele chegou a Parauapebas em 1992, à procura de melhor condição de vida para a família. Em sua estada na Câmara Municipal de Parauapebas, Braz começou a perceber as deficiências dos legisladores e a estudar os motivos de não serem implantados no município os ideais de campanha.

Em 2012, Braz foi eleito vereador M pelo PDT com 1.500 votos (1,71%). Y Com a criação do Solidariedade, no final de 2013, ele filia-se CM ao novo partido junto com outros seis MY vereadores de Parauapebas, formando uma bancada forte no município. CY Com apoio dos colegas de partido, CMY Braz é eleito presidente da Câmara Municipal de Parauapebas para o K biênio 2015/2016. Logo no início de sua gestão, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Pará, promove uma grande operação em Parauapebas, na busca de investigar supostos crimes de improbidade administrativa praticados pela direção da CMP que antecedeu Braz, fato que, segundo o presidente da Câmara, contribuiu para que sua administração não sofresse tanta interferência externa.

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Com zelo e pulso firme, Braz cortou despesas, saneou as contas, refez contratos (aluguel de veículos, telefone, energia elétrica, consultores, manutenção…) e investiu de forma transparente os recursos repassados pelo prefeitura – o orçamento da Câmara Municipal de Parauapebas para o biênio 2015/2016 é de R$ 41 milhões – , culminando com a

devolução de R$ 4,2 milhões aos cofres púbicos neste fim de ano. Questionado se essa economia se deu em virtude da operação do Gaeco, Braz é contundente em afirmar que não, apesar de reconhecer que ela ajudou a conscientizar os seus pares de que a forma como vinham sendo conduzidos

os recursos públicos não era a correta, pois a operação aconteceu no mês de maio de 2015, e em março já havia cerca de R$ 2 milhões rendendo juros, frutos dessa economia. Por falar em juros, o município de Parauapebas recebeu cerca de R$ 330 mil em juros oriundos da aplicação desses recursos economizados ao longo do ano. Segundo ainda o presidente, esse valor agora devolvido poderia ser maior se não houvesse uma despesa de mais ou menos R$ 750 mil com as rescisões feitas com a saída de seis vereadores, já que todos os assessores desses vereadores foram trocados pelos dos que assumiram. Esse valor, agora, devolvido poderia ser maior se não houvesse uma despesa de mais ou menos R$ 750 mil com as rescisões que tiveram de ser feitas em virtude da saída de cinco vereadores, já que todos os assessores desses vereadores foram trocados pelos dos que assumiram.


“Às vezes fico indignado quando ouço a população dizer que político é tudo farinha do mesmo saco. Não acho que é. Em todos os setores existem funcionários honestos e que desejam o melhor para o município, assim como existem os corruptos e/ou os ineficientes. O lado bom disso tudo é que alguns têm a chance de provar que são honestos e eficientes, e o fazem quando a oportunidade aparece”, afirma Braz,

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...que pretende se candidatar à reeleição no ano que vem, mas ainda não sabe se permanece no SD, já que tem convite do PMDB.

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Vida de menino pobre Oriundo de uma família de sete irmãos, cujo pai, hoje com 63 anos de idade, era vaqueiro na época em fazendas da região, Ivanaldo Braz nasceu no dia 5 de janeiro de 1977, no município maranhense de Presidente Dutra, na vila conhecida por Lagoa Nova, a seis quilômetros do centro da cidade, onde viveu até os sete anos de idade, quando a família mudou-se para o município de Amarantes, também no Maranhão.


Nessa época, o garoto, juntamente com os irmãos, ajudava o pai nos serviços de vaqueiro, cuidando durante o dia do pastoreio do gado e na madrugada na ordenha das vacas e de manhã fazia a venda do leite, numa bicicleta ou em cavalo. Por essa atividade, no período de 10 aos 14 anos de idade, Braz era conhecido como leiteiro, na cidade vizinha de João Lisboa. Em Amarantes, precisamente na localidade denominada Pindarezinho, o menino pobre concluiu o que naquele tempo se chamava de ginásio, depois 1º grau, e hoje ensino fundamental, andando alguns quilômetros a pé ou no lombo de animais. Concluído o ensino fundamental, a família de Braz muda-se anos depois para Imperatriz, ainda no Maranhão,

onde o garoto estudou até o segundo ano do, hoje, ensino médio, com habilitação em administração de empresa, na escola Amaral Raposo. Em busca de melhoria de vida, em 1992 os pais de Ivanaldo Braz, então com 15 anos de idade,

deixam Imperatriz e rumam para Parauapebas, onde recomeçam a vida, comprando uma área rural na região conhecida como Gelado. Na cidade paraense, Braz foi obrigado a refazer os dois anos do ensino médio na escola Euclides

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Figueiredo, pois esta não reconhecera o tempo que ele estudou em Imperatriz.

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Política e outras atividades Nesse período, Ivanaldo Braz foi convidado a trabalhar na campanha do amigo conhecido por Riba do Gelado para vereador, que veio a ser eleito, de quem foi assessor por três anos. Tomando gosto pela política, Braz ajudou a fazer a campanha do primo José Adelson, em 2000, mas o candidato não foi eleito. Em seguida, ele prestou serviço no comércio local, na empresa Maquipesa, na mineradora Vale e na UIM, em Carajás, como operador de máquinas pesadas. Voltando à política, nas eleições de 2008 ajudou novamente na campanha do primo José Adelson e desta vez o candidato foi eleito vereador, e Braz trabalhou em

sua assessoria na Câmara Municipal, e depois na Secretaria Municipal de Saúde, como diretor administrativo. Saindo do serviço público, Ivanaldo Braz comprou uma van, adquiriu o alvará e passou a prestar serviço no transporte público de passageiro pelo período de um ano, dirigindo o próprio veículo. Em 2012, Braz percebeu que tinha chegado o momento de lançar sua candidatura, e elegeu-se vereador com exatos 1.500 votos. Ivanaldo Braz é casado há oito anos com Maquivalda Barros, atual secretária municipal de Habitação, e padrasto de um casal filhos do primeiro casamento da esposa. Seguindo o exemplo de determinação do marido, no trato com a coisa pública, Maquivalda vem fazendo uma gestão de destaque no governo do prefeito Valmir Mariano, levando habitação digna para milhares de famílias carentes.

A política hoje Indagado como ele vê a política, hoje, no país, vereador Braz opinou que a situação atual é bastante delicada, mas, como diz o ditado popular,

“depois da tempestade vem a bonança”.

Em sua avaliação, a corrupção por desvio ou mau uso do dinheiro público, culminando na prisão de gestores e empresários envolvidos, pode contribuir com gestões transparentes, tanto no país, estado e município. Falando especificamente de Parauapebas, ele avalia que a vinda do Gaeco ao município pesou muito para que os gestores pensem duas vezes em querer desviar dinheiro público. O vereador considera também de muito valia as redes sociais, ferramentas importantes que a população vem utilizando para denunciar eventuais crimes de corrupção.


Ações da Câmara municipal de Parauapebas em 2015 • Implantou melhoria na gestão de pessoal; • Nomeou concursados e reduziu a ocupação de cargos comissionados; • Promoveu cursos externos de capacitação técnica dos efetivos; • Reduziu o gasto com a manutenção da câmara; • Terceirizou serviços secundários para diminuir gastos com pessoal; • Reduziu o número de consultorias técnicas; • Está firmando parceria para a instalação da rádio e TV câmara; • Criou cargos e funções para o funcionamento do instituto legislativo; • Revitalizou o prédio da Câmara e criou novas acessibilidades para portadores de necessidades especiais; • Favoreceu os artistas locais com a contratação para pintura do painel de entrada do plenário e revitalização das pinturas externas dos estacionamentos; • Incentivou as ações da biblioteca legislativa; • A aquisição de um ônibus totalmente adaptado para servir como biblioteca itinerante está em licitação; • Votou diversos projetos e requerimentos de interesses da população; • Está em trâmite a análise da LOA de 2016 que entrará em votação.

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Para viver um dia de princesa As mulheres são exigentes na hora das escolhas. No momento de aceitar um caso, um namoro, um casamento... elas prestam atenção em todas as qualidades dos pretendentes. Analisam item por item. Na hora de decidir os salão de beleza é a mesma coisa. É preciso ter confiança para que a parceria dê certo por longos anos. Afinal, beleza é coisa séria. As mulheres gostam de carinho, atenção e lealdade. Nos homens e nos serviços. Quando trata-se de noivas a exigência é ainda maior.

Elas querem que o dia seja perfeito para ser lembrado para sempre, com fotos dos bastidores da preparação no salão de beleza: da escolha do penteado à maquiagem. Por isso, o Stúdio K pensou em espaços especialmente para esse dia tão especial. As meninas quando crianças sonhavam em ser princesas. No dia do casamento, esse sonho vira realidade com o tratamento que os profissionais do Stúdio K oferecem. O dia do casamento é importante para as mulheres. São detalhes que

foram pensados com carinho durante muito tempo. Por isso, o nervosismo pode aparecer, para transformar esse dia em um momento tranquilo, as suítes do Stúdio K foram modernizadas, com conceito de hotéis cinco estrelas, com salas de maquiagem, hidromassagem e um espaço para massagens relaxantes. Na hora de fazer a maquiagem não é só a qualificação só profissional que importa. Os produtos escolhidos fazem muita diferença na fixação e no resultado final. Por isso, além de investir em maquiadores profissionais,


o Stúdio K opta por produtos especial: Lâncome, Dior, MAC, Make Up Forever e Sephora. Não só as noivas que têm atendimento de princesa. O Stúdio K trabalha com o conceito de beleza, fazendo com que as mulheres cheguem lá e sintam-se confortáveis e saiam felizes com o que veem nos espelhos, aumentando, assim, a autoestima. Os procedimentos são inúmeros, da unha ao cabelo. É só fazer uma visita e se encantar pelo espaço. De fácil localização, o salão tem um estacionamento privativo, o que permite que as tardes sejam mais despreocupadas e prazerosas. Bacana 15

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Uma paixão antiga Alejandro Campos é chileno e trabalhava como vendedor numa empresa de Santiago até que foi transferido para Belém, aqui no Brasil. Ele olhou para o filho adolescente e fez uma proposta: “vamos atravessar a Cordilheira (dos Andes) e chegar no Brasil de carro?”. O garoto topou e eles vieram. Num carro próprio para Rally, um mini Cooper. O segredo é que o carro é de 1965 e eles fizeram essa viagem ano passado, em 2014. Alejandro é apaixonado por carros antigos, ele tem dois mini Coopers nas

cidades que mais gosta: um para passear por Belém, onde trabalha, e outro para matar a saudade de Santiago. O carro tem vida própria e chama atenção pela fofura que é. Parece um carrinho em miniatura, mas Alejandro contesta: “É um carrão!!”. E só pode ser. O chileno subiu a cruzou a Cordilheira dos Andes, mas não esperava as surpresas que teve no meio do caminho. “Quando começamos a subir a Cordilheira o carro começou a

falhar. Foi falhando, falhando, falhando até que ele parou. E era tudo que não podia acontecer, ele falhar. Aí eu lembrei que quando a gente está em altitude precisa de ar. E o carro também. Aí eu tirei o filtro de ar dele e vamos embora: aí ele respirou... Aí viemos embora!”. Eles chegaram na Argentina por Mendoza e foi a primeira vez que o Rally Paris Dakar fazia uma edição na


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América do Sul, com uma combinação de territórios da Argentina, Chile e Peru. E no hotel que Alejandro e o filho ficariam em Mendoza, estava a imprensa, esperando os ganhadores. O mini Cooper é um carro de Rally, que ganhou três vezes o Rally de Monte Carlo. Aí “sem querer chegou

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o vovozinho que mandava bem sempre nos Rallys. Todos os holofotes viraram para ele e esqueceram os carrões atuais”. Depois de

ficar famoso em Mendoza, pegaram a estrada e viram para o Brasil, enfrentaram as chuvas tropicais, com o carro flutuando de tanta água nas ruas... Mas o carrinho, que olhando parece de boneca, é “chega a quase 180 quilômetros por hora e tem um motor de 1335 cavalos, tem um torque muito grande”, segundo o chileno. A paixão por carros antigos parece que contamina. Nilo Reis é dentista


e mecânico nas horas vagas. Ele gosta de reformar carros antigos e conta que herdou esse amor por carros antigos do pai. O primeiro carro que comprou foi um Escort 94 e nunca se desfez, agora, está aos poucos trocando algumas peças, porque com o tempo sofre corrosão, principalmente com esse clima de Belém que não ajuda,m, por isso “um

carro da década de 90 já sofreu muita corrosão com chuva e sol” aí tem que ser restaurado. Primeiro é desmontado, sai todas as partes que são fazem parte da lataria. Nilo garante que esse é um hobbie caro, porque as peças não são baratas e muitas vezes é preciso mandar buscar longe.

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Os dois, tanto Alejandro e Nilo, fazem parte da Associação dos Automóveis Antigos do Estado do Pará que foi fundada esse ano, que Paulo Nunes preside. Paulo é encantado por carros, tanto que, agora, montou uma oficina de restauração de veículos em Belém, por sentir que o mercado precisava. Na região norte não tem nenhum clube de automóveis antigos, mas tem muito apaixonado que, na hora das restaurações, procurava profissionais do centro sul do país. Agora, ele recebe até encomendas internacionais, principalmente da América do Sul. Paulo anda no dia a dia com a esposa, com um carro novo, mas se recusa a dirigir, porque gosta de “carro pesado, com volante pesado, que é puro ferro”. Por isso, ele reformou vários carros e faz eventos para juntar quem gosta de carro antigo. Até o final do ano,


todo domingo, haverá encontro de carro-antigosmaníacos em Frente a Casa das 11 janelas, um museu a céu aberto. Lá, os apaixonados trocam informações, falam das experiências e mostram as novas restaurações. Tem passeio frequente para Mosqueiro também. O carro só recebe placa preta quando tem mais de setenta por cento de originalidade, tem mais de trinta anos e oitenta porcento de originalidade. É uma categoria reconhecida pelo Detran de que o dono do carro cuidou direitinho. E isso não exite no norte, mas deve começar no ano que vem a ser emitida pela Associação.

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Seguro

25 anos de benefícios

dedicados a você

A trajetória da ASPEB Benefícios

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Criada com o nome de Assessoria de Seguros de Pessoas do Brasil LTDA. – denominação que deu origem a atual sigla a empresa, na sua fundação, tinha como meta principal oferecer tranquilidade e segurança aos seus clientes, objetivos que se mantêm vivos e que são a mola propulsora do crescimento da ASPEB. Instalada no Centro Comercial, mais precisamente no Ed. Justo Chermont, a ASPEB naquela distante ocasião, só disponibilizava aos clientes as chamadas coberturas básicas: morte, morte acidental, invalidez por acidente ou por doença. No entanto, graças ao afinco, determinação e competência dos que viviam a ASPEB, em pouco tempo a empresa começou a encorpar e florescer. Assim, no ano de 1996, em virtude

do acentuado crescimento, a corretora viu-se obrigada a buscar um novo espaço. E, dessa forma, a ASPEB instalou-se em novo endereço: Av. Nazaré, esquina com a Dr. Moraes. Mas, a trajetória de crescimento não arrefeceu; ao contrário. Então, em 2005, foi necessária uma nova mudança de localização. E a empresa, agora sólida e já considerada uma importante administradora da região, muda-se para a estratégica Av. Almirante Barroso, onde permanece até hoje. Entrementes, é fundamental destacar que ao longo desses 25 anos, não foram somente os endereços da ASPEB que mudaram: o leque de produtos, serviços e benefícios oferecidos aos seus clientes expandiu-se no mesmo ritmo e com

a mesma força com que a empresa cresceu. Atualmente, a ASPEB é considerada uma das maiores administradoras de seguros e benefícios de todo o mercado e opera em sete estados do Norte e Nordeste, já ultrapassando a impressionante marca de mais de 100 mil clientes. Em breve, a empresa estará em novo endereço, num prédio amplo, confortável e prático, que está sendo construído para ser a sede da ASPEB e abrigar outras empresas e profissionais liberais. Não há dúvida que essa é a melhor maneira para comemorar, fechando com chave de ouro esta linda trajetória de 25 anos. Outras conquistas, certamente, virão... É só aguardar!


Sou cliente desde o ano de 2006, e todas as vezes em que precisei de um atendimento, sempre foi feito da melhor forma. É por isso que recomendo a ASPEB Benefícios. Rozi da Silva, Ananindeua – PA

O novo prédio, além da ASPEB, irá abrigar salas e lojas direcionadas a profissionais liberais e comerciantes de vários seguimentos. A ideia e concentrar em um único espaços médicos, laboratórios , dentistas, seguradoras e provavelmente até agencia bancária, tornando mais fácil a vida de nossos clientes que visitam nossas instalações e buscam esses tipos de serviços. A inauguração está prevista para meados de 2016: obra em fase de acabamento. Av. Almirante Barroso, 710, Marco - Belém - Pará Fone: (91) 4009-7600

Sou cliente da ASPEB Benefícios desde 2010, e sempre que preciso de supermercado, gás de cozinha ou outra necessidade, é para ela que eu corro, na ASPEB eu sempre sou bem atendida. Maria do Socorro Cavalcante Acará – PA

Mesmo tendo plano de saúde particular, sempre faço meus exames periódicos na ASPEB, relata Ana Lúcia, por confiar nos profissionais oferecidos pela empresa. As médicas que atendem nos consultórios da ASPEB são atenciosas, e acima de tudo competentes. Magno Freitas da Silva e Ana Lúcia Carneiro da Costa Acará - PA


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Esport

Leão e Papão

à espera do ano bom Por Gerson Nogueira

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A centenária rivalidade entre Remo e Paysandu há muito que ultrapassou os limites do futebol. É bem mais que uma pinimba entre torcidas ou simples gancho para locutores de aparelhagem aquecerem festas mixurucas. Tradição popular tão forte quanto o Círio de Nazaré na vida dos paraenses, a paixão pelos dois clubes divide o Estado ao meio, tornando-se cada vez mais forte, apesar dos muitos passos em falsos ao longo das últimas décadas. Por obra desses desmandos de gestão, tanto Remo quanto Paysandu têm sido penalizados duramente, deixando de transferir para os gramados o prestígio de que desfrutam nas arquibancadas. Na falta de conquistas expressivas em

campo desde 2005, os titãs saboreiam a repercussão que a força de suas torcidas obtém pelo país afora. Impressiona a todos a grandeza da rivalidade. Colegas de outros Estados, acostumados a estádios às moscas na maioria das capitais, mostram-se curiosos acerca de tamanha fidelidade do torcedor a times que nem sempre se mostram à altura dessa paixão.

No Campeonato Brasileiro da Série B deste ano, o Papão alcançou média de 13.737 pagantes por jogo, posicionandose em terceiro lugar entre os 20 clubes disputantes da competição, perdendo


somente para Bahia e Ceará, duas potências de popularidade no Nordeste. O Remo, que chegou às semifinais do Campeonato Brasileiro da Série D, tem números igualmente significativos. Em sete partidas como mandante - sendo que somente quatro delas no estádio estadual Jornalista Edgar Proença -, obteve a média (por partida) de 15.393 pagantes, liderando com folga a batalha nas arquibancadas, bem à frente do River (PI), o segundo colocado. Em termos de desempenho técnico nas duas competições nacionais, o Remo obteve o almejado acesso à Série C, justificando a euforia de seus torcedores em todo o Pará. Já o Paysandu, mesmo

sem subir para a Primeira Divisão, teve também bons motivos para deixar sua fiel torcida satisfeita com a permanência na Série B, conseguida com uma campanha das mais regulares (30 pontos ganhos no primeiro turno e 30 no segundo). Para o próximo ano, as perspectivas são excelentes, principalmente para o Papão, que terá na Segunda Divisão um incremento nas verbas garantidas pela CBF. Deverá receber perto de R$ 5 milhões para se estruturar, buscar reforços e cumprir uma boa participação no torneio. Antes, terá pela frente o Campeonato Paraense, cujo título está longe da Curuzu há dois anos. Com a base remanescente de 2014 e novos reforços, o time deverá ser um dos favoritos na disputa. Há, ainda, a participação já assegurada (pelo ranking nacional de clubes) na Copa do Brasil e a possibilidade de um convite para a Copa Verde.

Além da questão técnica, as competições citadas deverão representar um novo estímulo para a agregação de sócios torcedores, cujo programa oficial do Papão já contabiliza mais de 17 mil associados, com nível de adimplência em torno de 60%. O Remo terá um ano como não via há sete temporadas. Terá calendário completo – Campeonato Paraense, Copa Verde, Copa do Brasil e Brasileiro da Série C. É a oportunidade para tentar retornar à ribalta e brigar pela ascensão nas divisões nacionais, imitando a arrancada do Santa Cruz (PE), que em cinco anos saiu do limbo para a elite. Com quatro competições asseguradas, o clube terá condições de se preparar ao longo do certame estadual, planificando o que deve ser sua presença no torneio mais importante, a Série C. Com técnico novo Leston Junior, o Remo tem também a chance de aproveitar jovens talentos surgidos em suas divisões de base, o que pode significar lucros mais à frente com negociações para outras agremiações. A exemplo do rival, o Remo terá ao longo do ano a oportunidade Bacana 15

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de ampliar ainda mais seu programa de sócio torcedor, denominado Nação Azul, hoje com mais de 13 mil associados – cerca de 70% adimplentes. A renda mensal proporcionada pelo ST, em torno de 400 mil, já permite que o clube pague despesas gerais de funcionamento e parte da folha de salários. Como sempre, apesar do cenário amplamente favorável, existem inquietações. O processo político segue indefinido depois da renúncia do presidente Pedro Minowa. É provável que a nova eleição só ocorra em janeiro, deixando o clube sem presidente até lá e travando providências executivas. Há, ainda, o impasse envolvendo o estádio Evandro Almeida, que teve as arquibancadas laterais desativadas durante a gestão do ex-presidente Zeca Pirão e agora serve

como um CT provisório para o elenco de profissionais. Será necessário um esforço extra, em meio ao programa de atualização da dívida trabalhista, para recuperar o Baenão. No Papão, a situação é bem mais tranquila. O clube desfruta de estabilidade institucional e conta com a participação incansável de colaboradores comprometidos com o sucesso da gestão. A calmaria política é tanta que o próximo presidente já está definido, a mais de um ano do pleito. Será Sérgio Serra, atual vice-presidente de Alberto Maia. Apesar das diferenças de cenário, tanto remistas quanto bicolores têm motivos fundamentados para esperar um 2016 melhor do que já foi 2015. Que assim seja.

Bola oficial do Parazão 2015, bateu um bolão no coração da torcida paraense.


Socia l

Presença Solidária: um projeto que oferece

cidadania ao povo paraense

O Presença Solidária é um projeto de ação social, desenvolvido a partir do trabalho do deputado estadual Eliel Faustino, que coloca seu mandato sempre próximo da população. O deputado apoia projetos sociais que contribuem com a comunidade. Realizado por voluntários, que abraçam a causa social como mecanismo de transformação da sociedade, o Presença Solidária é um projeto de cidadania que atende milhares de pessoas no Estado do Pará. O projeto faz diversos atendimentos sociais de forma itinerante, indo até às pessoas que estão necessitadas. O Presença Solidária conta com a parceria de medicos, dentistas, técnicos em enfermagem, assistentes sociais, cabeleireiros, conselheiros tutelar e defensores publico. Entre os serviços oferecidos pelo projeto esta a emissão de documentos de RG, carteira de trabalho e certidão de nascimento, emissão de carteira do SUS e fotos 3x4. Quem necessita de consulta jurídica pode receber orientação com Defensor Público. Na saúde, disponibiliza atendimento medico e odontológico, orientação de nutricionista, e realiza medição pressão, glicose e orienta sobre DST e drogas. Buscando qualificar a população para a inclusão no mercado de trabalho, o projeto oferece várias oficinas profissionalizantes, como manicure, design de sobrancelhas e maquiagem. Para melhorar a autoestima, o projeto cuida da beleza da população ofertando cortes de cabelo. No lazer tem programação para toda as idades, com recreação e campeonatos esportivos, além de apresentação de danças. O Presença Solidária é um projeto de cidadania completo, que mobiliza órgãos do poder público e sociedade para que juntos construam oportunidades de inclusão social.

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Projet

Deputado Coronel Neil encerra primeiro ano de mandato

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com saldo positivo de projetos MEDICAMENTOS EM CASA Idosos, doentes cênicos e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida receberão em casa os medicamentos da rede estadual de saúde. LOCALIZAÇÃO DE CELULARES ROUBADOS A empresa de telefonia celular devera fornecer localização de aparelhos roubados ou furtados à Policia Civil/Militar mediante requisição fundamentada e vinculada a inquérito (com todo sigilo das ligações). INSTALAÇÃO DE BLOQUEADORES NAS UNIDADES PRISIONAIS Todas as unidades prisionais do Pará tenham bloqueadores de sinais (BSR). CRIAÇÃO DE ÁREA DE SEGURANÇA ESCOLAR Imediações das escolas passam a ser prioridade especial do Estado. Cabendo ao poder público a garantia de um ambiente seguro. REALIZAÇÃO DE PALESTRAS ANTIDROGAS Torna obrigatório a realização semestral de palestras sobre drogas licitas e ilícitas em todas as escolas da rede estadual. CRIAÇÃO DA POLÍTICA ESTADUAL DE PESSOAS DESAPARECIDAS Medidas permanentes entre órgãos públicos e privados voltados a prevenção, diagnóstico, localização, acolhimento e assistência à pessoa desaparecida e seus familiares. PROIBIÇÃO DO USO DE ARMAS BRANCAS Proíbe o porte de armas brancas, cuja lâmina tenha mais de 10cm, salvo quando as circunstâncias justifiquem a fabricação, comércio ou uso desses objetos como instrumento de trabalho ou utensílios. CONTAS DE ÁGUA, LUZ E TELEFONE ACESSÍVEIS AOS DEFICIENTES VISUAIS Os deficientes visuais do Pará poderão receber seus boletos em braille das contas sem custos extras. REGISTRO E IDENTIFICAÇÃO DE DRONES Cria o registro de drones (veículo aéreo não tripulado) no Pará. SEMANA DE SEGURANÇA DO CICLISTA Institui a Semana de Segurança do Ciclista no Estado com o objetivo de conscientizar a população sobre o uso de bicicletas e seus afins. PREVENÇÃO DE FURTO E ROUBO DE BICICLETAS Sistema estadual de prevenção ao roubo, ao furto e ao comércio ilegal de bicicletas, coibição ao crime. Identificação e registros de furtos e recuperação. RESERVA DE VAGA DE TRABALHO PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Assegura 5% das vagas de trabalho nas empresas prestadoras de serviços ao Poder Público

estadual à mulheres vítimas de violência doméstica. ACADEMIA PREPARATÓRIA DE GUARDAS CIVIS MUNICIPAIS Institui a Academia Preparatória de Guardas Civis Municipais do Estado, destinada à Formação e Especialização, cuja estrutura ficará subordinada ao IESP. PAGAMENTO DA GRATIFICAÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO DE JORNADA OPERACIONAL DE POLICIAIS MILITARES Compete ao Comandante da Organização Policial-Militar providenciar o pagamento da Gratificação de Complementação de Jornada Operacional a que fizer jus o policial militar e, sempre que for Julgado necessário, deve efetuá-lo adiantadamente, para ajuste de contas quando do pagamento da remuneração que ocorrer anda após o regresso à Organização da PM, condicionando-se o adiantamento a existência dos recursos orçamentários próprios nos Órgãos competentes. NÚMERO DO DISQUE DENÚNCIA EM VIATURAS E ÓRGÃOS PÚBLICOS Tem como finalidade expor o número do Disque Denúncia nos portões das escolas e hospitais públicos, nas viaturas das polícias e corpo de bombeiros. DISCIPLINAS CURRICULARES DE POLÍTICA SOCIAL ANTIDISCRIMINATÓRIA, DIREITOS DO CIDADÃO, MOVIMENTOS SOCIAIS E TECNOLOGIAS DE CRIME PARA POLICIAIS. O objetivo é combater toda a qualquer forma de descriminação, abuso de poder, prática de violência física, psicológica e verbal às manifestações pacíficas públicas de caráter politico, social e cultural. PROÍBE VENDA DE RÉPLICAS OU SIMULACROS DE ARMAS DE BRINQUEDOS Impedir que haja a fabricação, a venda, a comercialização, transporte e a distribuição de armas de brinquedo, no âmbito do Estado, sejam réplicas ou simulacros de armas de fogo de qualquer natureza. REGISTRO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM HOTÉIS Os hotéis, pensões, albergues e similares são impedidos de hospedar crianças e adolescentes desacompanhadas de seus pais ou represetantes legais. Dificultando a prática da exploração sexual e auxiliar na busca por desaparecidos. IDENTIFICAÇÃO BALÍSTICA PARA ESCLARECIMENTO DE CRIMES Contribuir com o trabalho desenvolvido

pelos peritos criminais, dotando-os de modernos instrumentos para a elucidacão dos crimes cometidos com arma de fogo. PROJETO DE INDICAÇÃO MODIFICA O ART. 66 DA LEI 6.833, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2006 Atribui ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado, de forma exclusiva, o poder de avocar decisões oriundas do Conselho Disciplinar e do Conselho de Justificação, e modificar, se for o caso, tais decisões, o que se busca assegurar é uma maior segurança jurídica quanto as diretrizes adotadas pelos referidos Conselhos, evitando, tanto quanto possível, decisões diametralmente opostas em relação ao caso concreto PERMISSÃO PARA O RETORNO VOLUNTÁRIO DOS POLICIAIS MILITARES DA RESERVA E DOS REFORMADOS À ATIVA Permitir o retorno voluntário à ativa, dos policiais militares da reserva e dos reformados, deslocando o efetivo administrativo para a atividade Operacional. Para o aumento do efetiva policial nas festividades do Círio.IMPLANTAÇÃO DO BATALHÃO DE POLÍCIA PORTUÁRUA NO ÂMBITO DO PARÁ Muitas são as ocorrências envolvendo piratas rios, a presença policial nos portos necessita de uma ampla análise das áreas e dos transeuntes dos locais, prevenindo crimes. Integração plena entre o Batalhão Portuário, a Polícia Fluvial e a sociedade. DETERMINA MULTA PARA QUEM APLICAR TROTES TELEFÔNICOS PARA O CIOP (190). CORPO DE BOMBEIROS (193) E SAMU (192). Determina multa, além das sanções constantes na lei penal, para quem aplicar trotes telefônicos. Serão punidos os assinantes da linha ou responsáveis. AUTORIZA A REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DE MEMBROS DA POLÍCIA CIVIL, MILITAR E CORPO DE BOMBEIROS MILITAR PELA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO E DEFENSORIA PUBLICA DO PARÁ. Pelo projeto, a Procuradoria Geral do Estado e a Defensoria Pública, bem como os seus órgãos vinculados, nas respectivas áreas de atuação, ficam autorizados a representar judicialmente os membros da Policia Civil, Policia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, quando responderem a Inquérito policial ou a processo judicial, quando vítimas de crimes, quanto a atos praticados no exercício de suas atribuições constitucionais, legai ou regulamentares, no interesse público.


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o Turism

Os melhores reveillons

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da América Latina

O dóllar, a Libra e o Euro não param de oscilar. Por isso, ir para os destinos mais procurados para passar as festas de fim de ano pode sair mais caro. Estados Unidos, Inglaterra e França podem ser opções muito caras. Mas, para ir às melhores festas de “Ano Novo” dá para comprar passagens para lugares no Brasil ou países vizinhos e não se arrepender. Tem opção para quem gosta de festas e para quem prefere o sossego.


1. Rio de Janeiro

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Considerado uma das melhores festas de Ano Novo do mundo, o Rio de Janeiro ĂŠ uma boa alternativa para gastar em reais e viver uma das experiĂŞncias mais bonitas, com direito a fogos de artifĂ­cio nas praias de Ipanema, Copacabana, Arpoador... e uma das vistas naturais mais bonitas.


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2. Jurerê Internacional

Santa Catarina é um estado conhecido pelas lindas praias. Florianópolis, a capital, é uma ilha com muitos lugares bonitos para conhecer. Jurerê é um lugar de ostentação, com cadas e festas milionárias. Tem sido o destino preferido das celebridades.


3. Gramado

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Para quem tem crianças ou gosta da magia do Natal é bom aproveitar essa época do ano e curtir o frio de Gramado. O Natal Luz da cidade é emocionante.

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4. Santiago

Sair do país é outra opção, mas para economizar os dolares, Santiago no Chile é um destino e tanto. OS amantes da gastronomia podem aproveitar os sabores chilenos. É possível visitar vinícolas, praias, vulcões, e conhecer a Cordilheira dos Andes e até o deserto do Atacama.


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O segundo melhor reveillon da AmĂŠrica latina, Punta sĂł perde para o Rio de Janeiro. A cidade uruguaia ĂŠ destino preferido dos brasileiros e argentinos que adoram baladas. A noite de Punta del Este promete!

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5. Punta del Este


Artigo

Alex Centeno, Advogado

Alterações na Lei Eleitoral

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Em recente reforma da lei eleitoral, uma série de mudanças foram implementadas. Primeiro, a alteração mais significativa, diz respeito à mudança de partido. A troca de partido somente ocorrerá sem perda de mandato, quando se der por justa causa, ou seja: mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; grave discriminação política pessoal; e mudança de partido efetuada durante o período de 30 dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei (seis meses) para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente. A segunda alteração que merece destaque, diz respeito às doações partidárias e eleitorais. Pela nova lei, nenhuma pessoa jurídica pode realizar doações à candidatos ou partidos políticos. Essa vedação de doação teve como fundamento decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, sendo posteriormente mantida mediante veto presidencial.

Doação eleitoral, agora, somente oriunda de pessoa física e obedecendo as seguintes regras: as doações ficam limitadas a 10% (dez por cento) dos rendimentos brutos auferidos pelo doador no ano anterior à eleição; no caso das doações estimáveis em dinheiro relativas à utilização de bens móveis ou imóveis de propriedade do doador, o limite legal passa ser de R$ 80.000,00. Uma terceira novidade diz respeito ao cálculo dos candidatos eleitos nos pleitos proporcionais, que incluem as eleições para deputado federal, deputado estadual, deputado

distrital e vereador. A partir de agora, com o intuito de melhorar a representatividade dos candidatos eleitos, ou seja, impedir que candidatos com poucos votos ingressem pelo quociente eleitoral, somente estarão eleitos os que tenham votos equivalentes a pelo menos 10% do quociente eleitoral. Outra alteração significativa para os próximos pleitos, fica por conta da mudança no próprio período de propaganda eleitoral, que será reduzido para 45 dias, com o seu início fixado para o dia 15 de agosto do ano da eleição. Com essa redução do período eleitoral, as convenções devem ocorrer até o dia 5 de agosto do ano eleitoral. Por fim, vale lembrar que existe nova regra para o registro de candidato a cargo eletivo, que deve ser realizado, improrrogavelmente, até às 19h do dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições. A data da eleição está mantida para o primeiro domingo de outubro.


Saúde

Deputado Edmilson investe na Saúde de Belém

atendidos no corredor, sem leito e sem remédios, e servidores sofrendo com a falta de condições para trabalhar", apontou Edmilson, durante visita realizada ao PSM do Guamá, no último mês de novembro. "A atenção básica e a média complexidade foram abandonados pela maioria das prefeituras. Isso faz com que os casos que poderiam ser atendidos em unidades básicas e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) de Belém e de vários municípios, como um corte no pé, venham para o PSM concorrer por atendimento com pacientes graves que sofrem infarto, por exemplo", concluiu. O PSM do Guamá foi construído há 14 anos, quando Edmilson foi prefeito de Belém, mas não passou por qualquer reforma e nem ampliação durante todo esse tempo. As emendas de R$ 3 milhões, de iniciativa de Edmilson, serão aplicadas na aquisição de vários equipamentos ao PSM do Guamá, segundo informaram diretores da Secretaria Municipal de Saúde ao deputado. Durante a visita, Edmilson anunciou mais R$ 700 mil de emendas ao Orçamento de 2016 para a Atenção Básica de Belém e assegurou que iria pedir mais recursos à Urgência

e Emergência da capital paraense para o Ministério da Saúde. Quanto às demais emendas do psolista ao Orçamento 2015, na saúde, R$ 500 mil foram direcionados à aquisição de equipamentos para as unidades de saúde dos municípios de São Miguel do Guamá, Bragança e Cametá; o mesmo valor com a mesma destinação à Marituba; e R$ 1 milhão para a Urgência e Emergência de Ananindeua. Outras - Outras emendas de Edmilson ao Orçamento 2015 foram direcionadas à Educação, Cultura e Patrimônio Histórico. Pensando na reforma do Ver-o-Peso, cartão postal de Belém, o deputado paraense alocou R$ 2,0 milhões para obras de preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro, além de 500 mil para o Mercado de São Brás. Outros R$ 1,3 milhão para a promoção e o fomento à cultura brasileira, por meio da Fundação Cultural do Estado do Pará. Já as instituições federais de ensino superior (UFPA e UFRA) foram contempladas com R$ 480 mil para o fomento às ações de graduação, pósgraduação, ensino, pesquisa e extensão; e R$ 720 mil para a reestruturação e expansão dessas universidades.

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O deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL/PA), preocupado com o abandono da saúde pública no município de Belém, destinou R$ 5 milhões do Orçamento da União de 2015, para a melhoria nos atendimento da população. O valor representa a metade das emendas parlamentares a que teve direito este ano. Desse montante, R$ 3 milhões foram direcionados para o setor cada dia mais crítico na saúde municipal, que é o atendimento de Urgência e Emergência, especialmente após o incêndio do sucateado Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, na Travessa 14 de Março, ocorrido no último dia 25 de junho devido a um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado. Após o sinistro no Pinotti, que levou à perda de três pacientes logo após serem transferidos às pressas na tarde do incêndio, conforme noticiaram os jornais, o outro Pronto Socorro Municipal existente, o João Maradei, no bairro do Guamá, igualmente abandonado, passou todos os pacientes da Região Metropolitana e de outros municípios do interior do estado que também sofrem com a ausência de investimentos em várias áreas da saúde. "Não se pode admitir pacientes sendo

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Atuand

Miro Sanova

trabalho destaque

no Estado O deputado estadual Miro Sanova termina o primeiro ano de mandato com excelentes resultados. Realizou audiências públicas que debateram relevantes assuntos como o pagamento do seguro defeso aos pescadores artesanais; implantação do Polo Universitário em Ananindeua, Mobilidade e Ação Metrópole e Telefonia Móvel e Banda Larga. Não deu descanso à Rede Celpa e ANEEL, cobrando melhoria no fornecimento de energia elétrica e redução no valor da tarifa. Compromisso do vereador em Ananindeua. Miro apresentou, na Alepa, duas moções de repúdio à ANEEL. “Pela total falta de respeito que tem com o povo do Pará”, justificou.

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Trânsito caótico é alvo do parlamentar Miro combate também o trânsito caótico da Região Metropolitana. Além de realizar

audiência pública para discutir o assunto, apresentou Moção de repúdio ao DNIT. E o trabalho não para. Foram mais de 100 municípios visitados. Miro foi conversar com a população e saber das necessidades de cada comunidade. Como presidente da Comissão de Divisão Administrativa e Assuntos Municipais da ALEPA, está ao lado dos Distritos e Comunidades que querem se emancipar; defende a regularização da Lei que permita que haja criação, fusão e emancipação dos municípios no Pará.

Campeão em projetos de Lei Miro tem conceituada atuação no parlamento. Até agora, foram apresentados 21 projetos de Lei; dois Projetos de Indicação e 48 moções; todos em defesa do povo do Pará. É por esse trabalho que Miro é destaque nas principais mídias do Estado. Recebeu, inclusive, a Medalha do Mérito Tiradentes, pelo trabalho desenvolvido na Alepa.


Curiosidade, lógica, criatividade: tudo isso já nasce com eles. O que faz a diferença são os o conhecimento por meio do método cognitivista, contribuindo no despertar de talentos e naa

acropolebelem.com.br

SistemaEducacionalAcropoleBelem

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potencialização das habilidades individuais, formando cidadãos melhores para o futuro.

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estímulos que crianças e jovens recebem ao longo da vida. É por isso que o Acrópole estimula mula


a Bacan

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15 anos Bacana A quinze anos atrás, nascia o programa Bacana nas madrugadas da RBA. Primeiramente às terças e quintas e depois diariamente. O programa era um sonho de Marcelo Marques, que desde criança brincava de fazer televisão. Com 13 anos, iniciou em Campo Grande no Mato Grosso do Sul sua primeira coluna no Jornal Cidade de Campo Grande e aos 16 anos iniciava na TV Bandeirantes na mesma cidade. Ele conta que a ideia do programa Bacana surgiu da observação de que a cidade de Belém é muito festeira e não havia nenhum programa que cobrisse festas, eventos e a noite. Com uma ilha de edição, uma câmera é um microfone e muita vontade ele começou o programa. O nome foi uma escolha natural porque a expressão bacana sempre foi utilizada em Belém.

Marcelo procurou Ivo Paes, produtor de TV, que consegui tornar realidade sua ideia. “O Ivo gravou, editou o primeiro programa comigo, que de cara tinha Carlos Heitor Cony e Junichiro Yamada. Fizemos a logomarca juntos, as letras amarelas sobre o preto e um B dentro de um círculo. Esse círculo na primeira vinheta voava sobre os pontos mais conhecidos da cidade. No começo foi difícil, teve dificuldades, mas depois de ser convidado por Chico Melo e Miguel Barbosa para ocupar um espaço na grade da RBA entre o Metendo Bronca e o Barra Pesada as coisas melhoraram:

“deixamos de exibir pra quase ninguém para exibir pra muita gente. O programa era original,

inovava mostrando as pessoas e o que de bacana eles faziam, lançavam, aprontavam”. A repercussão a partir daí foi muito grande, havia dias com quatro coberturas por noite. A média era de duas coberturas por noite, mas teve dia um dia com sete eventos. O sucesso foi tanto que as pessoas pagavam para mostrar seus produtos, suas empresas no Bacana mesmo sabendo que só teriam esse material exibido em 30 dias, por conta da grande procura. Para Marcelo Marques um dos motivos do sucesso foi "criar" equipes: “Sempre optei por ensinar ao invés de contratar gente com experiência, porque assim pude ensinar do meu jeito, criar o nosso padrão de qualidade que sempre foi um enorme diferencial do


O Marcelo Marques tem sido um comunicador moderno que transmite muita credibilidade, e por isso que seu programa chega aos 15 anos cada dia mais forte e com perspectiva de longevidade, isso é muito bom para comunicação paraense e para seus anunciantes. Amigo, continue fazendo a sua comunicação cada dia mais bacana. Manoel Barros

"Marcelo é um grande elo de negócios e alguém que preza por quem deposita a confiança no trabalho dele, sendo um grande parceiro para conviver esses altos e baixos que todos os empreendedores experimentam em nosso país." Alberto Taveira

que se produzia e produz no mercado independente. A gente fez escola, tem muita gente que começou comigo que está aí em diversas emissoras. Depois nasceu a Revista Bacana, com um formato inovador: “A revista veio embalada como um evento. Então a cada lançamento de uma edição eu criei uma big festa com atrações nacionais, campanhas de outdoor e busdoor,

um barulho enorme justamente para poder aparecer, "vender" a imagem de um produto diferenciado, que homenageava um personagem de capa. Não era apenas uma publicação que ia para a banca e fim. Cada lançamento da Revista Bacana é uma festa, uma promoção, um auê danado. Isso foi um diferencial que implantei e que deu hiper certo”, conta.

Participante assídua do mercado paraense desde 1974, a Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil – Estado do Pará é filiada à Confederação Latino-Americana de Associações de Dirigentes de Marketing, ao SMEI International Associations, à Associação Brasileira de Marketing e à Federação Nacional das Associações dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (Fenadvb), e tem como principal objetivo colaborar com as empresas e com suas iniciativas empresariais, planejando o futuro por meio do marketing e assim facilitando os caminhos que levam às vendas.

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A ADVB-PA AGORA NAS SUAS MÃOS

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SOCIOAMBIENTAL


Resumir em poucas palavras o programa Bacana não é tão fácil, mas para que ele exista todos esses anos existe uma grande equipe que faz com que sua estrela maior tenha o brilho junto da grande constelação, chamados de colaboradores e clientes. Sempre fui tratada com muito carinho e respeito por essa equipe e tenho satisfação de estar com eles todos esses anos, pois contribui para o sucesso da Carmen Academia. Carmen

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"Além da capacidade de empreender ele tem o feeling como poucos. E o que mais impressiona é ver no Marcelo o brilho do sucesso. Ele só ilumina o olhar de vencedores. Nos conhecemos há muitos anos e mesmo em tempos mais difíceis eu nunca o vi sem essa luz. Talvez seja outro elemento importante: o otimismo" Adil Bahia

Nesse período iniciou uma coluna de política, negócios e eventos empresariais no Diário do Pará e criou os programas “Fala Bacana”, pílulas distribuídas por várias rádios em vários horários levando as notícias exclusivas da coluna para a rádio. Os 15 anos do Bacana mostram números vultosos. Mais de quatro mil programas de TV e 50 mil entrevistados. O Bacana gravou em 64 cidades paraenses, em 20 estados e 30 países. “Foi a primeira vez que um ‘paraense’ mostrava Paris, New York, Pernambuco, Jamaica... eventos de outros lugares do mundo para os paraenses. Só tinha programas assim produzidos nacionalmente. Eu trouxe isso e como

não tinha ainda essa força que a internet tem hoje, as pessoas ficavam loucas, queriam comprar DVDs dos programas sobre o exterior que mostrávamos na TV”. Marcelo sempre foi inquieto, mas teve sorte de encontrar pessoas para trabalhar com ele que também fossem: “eu viajava na maionese e meu povo ia junto. Um dia resolvi fazer uma série sobre Portugal com 19 cidades para gravar. Imagina a trabalheira viabilizar isso daqui do Pará? Mas a gente foi lá e fez, com patrocínio e tudo. Outra vez resolvi criar a Casa de Praia do Bacana em pleno verão de Salinas, mais trabalho, outro sucesso”. Aí veio mais mudança: “Montei um estúdio enorme, coloquei lá dentro plateia, banda, vários quadros, um programa com


“A informação de interesse público é um direito fundamental da sociedade brasileira e, nessas três décadas de atuação, Marcelo Marques, o Bacana, tem sido um jornalista comprometido com esse pilar estrutural de sua profissão. A comemoração dos 15 anos do Programa do Bacana, veiculado na TV RBA, coroa a carreira desse profissional pautado pela veracidade dos fatos e comprometido com a responsabilidade social, característica essencial do jornalismo. Defensor da liberdade de expressão, Bacana foi testemunha ocular do desenvolvimento do nosso Estado e suas apurações precisas dos acontecimentos contribuíram para a evolução do Pará. Parabéns, Bacana, mantenha-se firme na apuração e na divulgação de informações de qualidade em nosso Estado." Pastor Josué Begniton Acompanho o “PROGRAMA BACANA” há 15 anos. No início era um mero espectador curioso, e o apreciava pela forma simples e objetiva como conduzia seus programas, sempre direcionado a acontecimentos e eventos sociais em nossa Capital, onde volta e meia via alguns dos meus conhecidos e amigos. Naquela época o programa começava a conquistar um espaço importante na mídia local, obviamente com isso chamando a atenção do empresariado Paraense. E comigo não foi diferente, pois via nele a possibilidade de divulgar a nossa empresa no mercado. Daí em diante, após vários contatos, fui conhecendo também a figura humana do Marcelo, e o que antes apenas um relacionamento comercial, passou também a ser pessoal, e nos tornamos bons amigos. Quanto a “REVISTA BACANA”, de excelente impressão gráfica e de conteúdo objetivo e prático, marca registrada do Marcelo, foi a materialização do seu programa televisivo, pois passou a levar as informações e acontecimentos além deste espaço. Portanto, posso afirmar com convicção que o Marcelo além de ser um desbravador, é também um grande vencedor, que conquistou seu espaço num segmento acirrado, onde existem outros grandes profissionais.Parabéns Marcelo, e continue fazendo e sendo um sucesso. Wilson Oliveira

“Sou admirador de que se faz sozinho. Marcelo desde que chegou a Belém foi um empreendedor em busca de oportunidades. Ele fez seu mercado e é respeitado por todos. Sucesso”. Janjo Proença “Completar 15 anos de sucesso em um mundo de renovações tão ligeiro como o de hoje é motivo de orgulho. Os prêmios, o reconhecimento, a tradição do programa e o formato que se renova para se manter atualizado, é admirável. Fica aqui registrado meu parabéns aos envolvidos no produto e que muitos aniversários bacanas possam acontecer no futuro.” Paulo Batista – Diretor Executivo – TV Record Belém

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vários entrevistados, um talk show respeitando logicamente nosso tamanho, mas mesmo assim um programa ousado e trabalhoso. Também fizemos um potro que convidava outras pessoas que me ajudavam entrevistar alguém. Na verdade acho que a gente tem de mudar, devagar, mas tem de mudar para sempre estar à frente. Eu sempre digo o seguinte pra quem trabalha comigo: deixem os outros imitarem, copiarem, todo mundo sabe quem começou. O que não podemos é nós sairmos por aí fazendo isso, a gente tem obrigação de criar o novo, fazer primeiro, essa posição foi conquistada em 15 anos de muito trabalho”.

Perguntado sobre o Blog do Bacana ele reconhece que o êxito se dá justamente pelo bom relacionamento que tem: “digo que tenho três patrimônios profissionais. A marca Bacana, o relacionamento que tenho que me dá acesso aos principais políticos e empresários desse Estado e a criatividade que sempre Deus me deu”. No caso do Blog, a marca Bacana e o relacionamento fazem toda a diferença:

“consigo pegar informações exclusivas, tenho acesso direto com políticos de todos

os partidos, com os mais importantes empresários, essa é a diferença. Eu consigo a informação da boca do caboclo, não de um ‘ouvi falar’”. Essa trajetória foi coroada com uma pesquisa do Instituto Simetria em outubro desse ano feita com 608 pessoas. A pesquisa mostra que quase 66 % dos paraenses conhecem o apresentador e desses 76% deixem que ele é uma pessoa de credibilidade, 71% comprariam


produtos anunciados por ele e 77% veem como uma pessoa competente. A mesma pesquisa mostra que mais de 70% dão uma nota acima de sete para todos os produtos: revista, blog, programa e coluna de jornal - de uma escala de 0 a 10. E o futuro? Ele diz que qu er fazer o que não fez, porque o que fez já sabe que pode:

“É isso que exijo de mim e que meu público espera. Pra quem chegou a Belém 15 anos atrás sem conhecer ninguém, já é um feito e tanto”.

“Acompanho o trabalho do Marcelo Marques, o Bacana desde quando ele chegou em Belém, ele me ligou para alugar minha câmera (pois tinha meu Programa Carlos Santos na TV e tinha meu próprio equipamento para produções), para fazer suas primeiras gravações, não só cedi como não cobrei nada pelo aluguel, tendo assim contribuído para o sucesso do Marcelo Marques, ninguém fica 15 anos no AR, se não tiver alguma competência”. Carlos Santos

Olá, Marcelo, parabéns pelos 15 anos de trabalho à frente do Bacana. Quero dizer da minha estima, da minha consideração, do meu carinho por você e pedir desculpas pelas inúmeras vezes que você me convidou para participar do seu programa, mas é que a minha vida não é pouco doida, é muito louca, mas o que importa é o teu trabalho, a sua determinação... é você estar levando informações, fazendo um programa de grande penetração na sociedade paraense. Quero te desejar muita saúde, muitas felicidades e que você continue essa pessoa especial que você é. Grande beijo! Elcione

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u Destaq

Pronatus

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A Pronatus, o maior centro de Reprodução Humana do Norte, expande com inovação científica, corpo clínico especializado, ética e sensibilidade no tratamento da infertilidade conjugal. São quatro anos de muitas conquistas, como a criação da Pronatus Materno Fetal, especializada em exames diagnósticos em medicina fetal, de rastreamento de doenças

Reprodução Humana

cromossômicas, de patologias gestacionais e de controle do desenvolvimento do feto e da gravidez. Além da criação da Pronatus Social que oferece tratamentos de reprodução humana adequando os custos às condições econômicas do casal. O atendimento também foi expandido para a cidade de Santarém e, brevemente, para Macapá e Marabá, em estreito relacionamento com os médicos locais. A clínica que conta com moderno laboratório, equipamentos de alta tecnologia e as mais eficazes técnicas em reprodução humana, de baixa e de alta complexidade, já realizou mais de 1.000 casos de fertilização in vitro (FIV) bem sucedidos. A Pronatus é pioneira na região ao inaugurar o seu Núcleo de Pesquisa Científica, com projetos desenvolvidos e coordenados pelo Dr. João Bilibio, pesquisador médico, oriundo do Rio Grande do Sul, que há dois anos integra o corpo clínico da Pronatus. O diretor clínico, Dr. Arivaldo Meireles, que obteve o título de doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com dois trabalhos científicos apresentados no ESHRE 2015 - Congresso da Sociedade

Européia de Reprodução Humana e Embriologia, acredita que “a pesquisa é o instrumento de avanço no conhecimento científico, fomento de constante melhoria em prol da academia, pacientes e toda a sociedade. A Pronatus, nos próximos dois anos, será uma das clínicas mais relevantes em publicação científica no Brasil”.

Responsável técnico: Dr. Arivaldo José Conceição Meireles CRM/PA 4674 Serviço: Tv. 14 de Março, 942 – Umarizal CEP: 66.055-490 – Belém/PA Tel: (91) 3222-8335 www.clinicapronatus.com.br



Música

Lia Sophia

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mais romântica que nunca O carimbó estilizado “Ai Menina” conquistou o Brasil. O hit da cantora “paraense” Lia Sophia (digo paraense entre aspas porque Lia nasceu em Caiena na Guiana Francesa, mas veio pra cá ainda criança e ela adotou nossa terra de coração) é agitado, com um refrão contagiante e marca seu estilo na MPB aproximada aos ritmos latinos produzidos, aqui, no Pará. Caiena está no sangue de Lia e ela não nega. Essa mistura entre Guiana e o Brasil segue presente no seu novo trabalho. O novo single da cantora “Sempre te esperei” tem um ar mais romântico, com uma calmaria e tranquilidade, o vídeo clipe está disponível na página online: www. liasophia.com.br/

O clipe foi gravado em Campinas, São Paulo, em meio às ruínas de uma fazenda de café do século 19, com direção do paulista Caco Souza. O diretor é um queridinho da música paraense, foi produtor do último DVD da banda Calypso, gravado em Belém. A música “Sempre te esperei” é uma parceria de Lia Sophia com três paraenses: Edilson Moreno, Luis Nascimento e Paulo Madona. Quem produziu a música foi outro paraense Dedê Borges. Esse é o primeiro single do CD de Lia que deve sair no primeiro semestre de 2016, que apesar de ter um ar romântico não vai deixar de ser dançante. Agora, só esperar o lançamento, acompanhando a cantora pelo site.



Artigo

Estado Islâmico: entenda o que é, como surgiu e o que fazem

por Marcelo Marques

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Sempre me interessei pelos conflitos no Oriente Médio, venho lendo sobre isso a algum tempo. A última vez que estive em Paris foi a dois anos exatamente. Fomos levar minha avó para conhecer. Sempre linda, vibrante, encantadora, Paris dormiu com medo nessa sexta feira, 13 de novembro. Até agora 130 mortos e mais de 200 feridos gravemente em 7 atentados terroristas feitos pelo Estado Islâmico. Pois bem, com a execução do ditador iraquiano Saddam eles ganharam força e abocanharam o que sobrou da militarização de Saddam Hussein, além da fidelidade que ele conquistou - ou coagiu - de extremistas sunitas no Iraque, Síria, e além. Com a morte do ditador palestino Yasser Arafat pelos americanos o caos ganhou proporções monumentais no Oriente Médio Acontece que apesar de ditadores cruéis tanto Saddam como Arafat mantinham a região e os diversos grupos contraditórios sob suas varas de medo. Com suas mortes insurgentes apareceram e transformaram uma região que de certa forma era controlada em um caos total , foi aí que o chamado estado islâmico ascendeu dando vazão a atrocidades mil vezes pior que as cometidas por Arafat e Saddam. O resultado mais visível são os milhares de refugiados que fogem da região tendo uma das razões principais o caos instalado lá pelo estado islâmico. O EI expandiu seu território do leste da Síria e oeste do Iraque para incluir adeptos na Líbia e na península de Sinai, no Egito. Ele voltou suas atenções para a Arábia Saudita, berço do Islã, e o Estado Islâmico lançou uma revista on-line para os turcos, que se voluntariaram como jihadistas em centenas, se não milhares. Seus discursos, embasados em versos do Corão fora de contexto e passagens atribuídas ao profeta Maomé muitas vezes, de forma ilegítima, soam mais como sermões.

Eles convocam seus seguidores - gente do mundo todo inclusive europeus e americanos - para uma jornada jihadista impiedosa, contra os hereges xiitas, cristãos da Cruzada, judeus infiéis e ateus curdos. Eles têm a "proposta" de recriar o califado - a forma islâmica de governo, extinta em 1924 -, que representa a unidade política do mundo islâmico e sobrepõe a ideia de pertencimento nacional, extinguir as fronteiras e impor a sharia, a lei islâmica. Como os Estados Unidos não conseguiram cumprir a promessa de levar democracia ao Iraque após a invasão de 2003, que resultou na queda de Saddam Hussein, e o Estado iraquiano foi se “esfacelando" o EI foi tomando terras e poder e com a morte de Arafat isso só piorou. Hoje, eles controlam uma área maior que a Inglaterra e de lá já fugiram 1 milhão de refugiados em caravanas para a Europa, aterrorizados e gerando um enorme problema social no velho mundo. O nome inicial era Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que é a região da Síria. Eles ganharam tanta confiança que mudaram o nome para Estado Islâmico, tirando a dimensão regional. A noção do califado é voltar ao império árabe muçulmano. Em nome disso matam, estupram, degolam, destroem relíquias arquitetônicas, fazem atrocidades mil. São financiados pelo petróleo da região e dizem que tem 9 bilhões de dólares em reservas.

São na maioria iraquianos e sírios. Atualmente apenas os Curdos tentam conter a expansão do EI, com

a ajuda ineficiente de drones americanos já que depois do insucesso no controle da região e do Iraque os americanos tiraram seus soldados de lá e substituíram por aparelhos voadores com pouquíssima eficiência - tai a expansão do EI que não me deixa mentir. Agora chegou a vez da onda de terrorismo, do terror além do Oriente Médio, algo altamente previsível diga-se, e que atingiu Paris. Aconteceria certamente já que o Oriente Médio sempre foi um barril de pólvora, desde os primórdios onde grupos e facções brigam ferozmente para tentarem impor suas vontades, sempre contraditórias e sempre ligadas à religião. Um caldeirão borbulhante a séculos que ultimamente era controlado pelos ditadores Saddam e Arafat. Quando tiraram essas figuras do comando, o EI se instalou de vez. É como tirar o gato da sala e aí os ratos vão tomar conta e fazer sua balbúrdia por lá. Foi o que aconteceu na Palestina, na Síria e na região como um todo. Depois de acabarem com os ditadores os Estados Unidos resolveram tirar seus homens de campo, o que possibilitou que o estado islâmico se expandisse. Há muito tempo, alguns países indicam que sem uma ofensiva militar o EI não apenas continuaria a produzir atrocidades, a gerar milhares de refugiados e também chegar ao terrorismo em outros países. Ninguém fez nada, não trataram a infecção com antibiótico e sim com Novalgina e deu no que deu ontem. Enquanto o inferno gerado pelo EI era na casa dos outros, faziam-se que não viam. Agora é na casa deles o terror. Que as grandes potências tratem de correr atrás do prejuízo. Ou os atentados a Paris serão apenas o começo.


Bate Bo la

Bate Bola com Mauro Santos Revista Bacana - Quem é o Mauro Santos? Mauro Santos - Sou essencialmente advogado. Estou há quase 30 anos no Direito Público, com focos nas áreas do Direito Eleitoral e Municipal. Hoje, o nosso escritório conta com mais de dez profissionais e atende a um portfólio de mais de 30 prefeituras, além dos clientes do setor privado. RB - O que o Direito significa pra você? MS - O Direito é o mais poderoso instrumento de equilibro entre as sociedades e os indivíduos. Exercê-lo me confere uma responsabilidade social que me torna, senão envaidecido, um cidadão melhor para compreender as interrelações humanas.

RB - A política é imprescindível? MS - A política é que comanda tudo, mesmo que muita gente afirma o contrário, por razões que vão da esperteza política à ingenuidade popular. Em torno dela, o mundo gira e se transforma. Sem perceber, os neófitos ou quem simplesmente se afasta da política por desinformação são controlados por sistemas construídos por quem se importa e respira política.

RB - Qual o estilo musical? MS - Gosto muito de MPB e JAZZ.

RB - Uma cidade pra conhecer. Por quê? MS - Paris. Tem de tudo em uma cidade só. RB - Alguém que inspire você. MS - Minha Filha: Manuela RB - Um jargão que você usa. RB - Um livro que não sai da sua lista. MS - O Velho e O Mar, de Ernest Hemingway. Ele ensina os poderes da perseverança, da concentração, visão lógica e da compaixão para vencer desafios aparentemente sobrehumanos. RB - Um filme que você indica? MS - Todos os homens do presidente. De Alan J. Pakula, é um filme de 1976 baseado em livro homônimo lançado em 1974 pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, do The Washington Post, que

“Can i help you?” 15. O lema da sua vida. Pode ser numa frase. MS - O único lugar que o trabalho vem antes do sucesso é no dicionário. Bacana 15

RB - No Brasil, o advogado é respeitado? MS - Sim. A redemocratização brasileira elevou o conceito de Direito na nação. Na sociedade livre, os brasileiros puderam conhecer mais sobre direitos e deveres da coletividade e de cada um. O advogado é hoje muito mais reconhecido do que antes porque as habilidades para pacificar conflitos o tornaram pêndulo e peso ao mesmo tempo.

RB - Assiste séries? Tem alguma pra indicar? MS - The Suits. Série de advogados que se passa em NY.

RB - Uma cidade pra morar. Por quê? MS - A minha cidade: Belém, por sua beleza morena e hospitalidade de seus moradores.

RB - Por que escolheu essa área? MS - De certa forma foi ela que me escolheu. Sempre gostei de Direito. Sempre procurei estar exposto aos acontecimentos e, portanto, aos conflitos que deles naturalmente brotam. A academia serviu para consolidar a tendência. RB - Se não tivesse escolhido Direito faria o quê? MS - Essa opção nunca esteve posta. Se não estivesse feito Direito estaria lamentando não ter feito Direito.

provocaram a queda do presidente norte-americano Richard Nixon. A trama, envolvendo política, espionagem e jornalismo, é genial.

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Perfil

Carlos Bordalo

o deputado estadual

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Bacana1515 Bacana

que faz a diferença! Deputado estadual reeleito para o terceiro mandato, Carlos Bordalo foi líder do PT na Assembleia Legislativa do Pará em 2011. Foi uma das mais importantes lideranças do movimento de luta pela moradia do populoso bairro da Sacramenta, onde consolidou a formação humanística que iria perpassar toda sua trajetória política. Como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa desencadeou uma série de atividades que refletem sua trajetória pública em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, dos movimentos sociais e dos cidadãos do Estado. Entre os trabalhos mais marcantes destacam-se as CPIs da Pedofilia e do

Tráfico Humano, e como relator da CPI das Milícias. O trabalho desenvolvido teve uma parceria com a sociedade marcante, pela origem política nas comunidades eclesiais de base. Participou da organização da Comissão de Bairros de Belém (CBB), Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), foi assessor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), passando ao movimento de organização social em várias regiões paraenses como coordenador da Fase (Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional). O passo seguinte seria o engajamento político partidário. Um dos primeiros membros do PT do Pará, em 1997, aliou-se à luta pela eleição do primeiro

prefeito do PT de Belém, Edmilson Rodrigues, passando depois a integrar a administração. Foi Administrador Regional do Distrito da Sacramenta, Secretário Municipal de Economia durante o Governo do Povo e coordenador do Banco do Povo. Em 2004, Carlos Bordalo eleito vereador de Belém, destacando-se como um dos mais votados da bancada do PT. Toda sua trajetória política tem como base a formação cristã e a Ideologia da Libertação, presentes em sua atuação na Assembleia Legislativa. Até o primeiro semestre de 2015, teve 67 projetos transformados em leis no Estado.


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Poema

Vista da Praça da República, tendo em primeiro plano o Monumento à República e, ao fundo, à direita, o Theatro da Paz. Fonte: Belém da Saudade. Belém: SECULT, 2014, p. 192.

Era uma vez...

por Paulo Chaves

No começo fui mata, rio, e todos os pássaros, todos os peixes e todos os bichos da floresta. A seguir, deixei-me ser tupinambá. Assim tecia, todos os dias, com as águas grandes do rio Pará, o barro infinito dos manguezais e a cumplicidade anil do céu, a minha eternidade. De repente, eles chegaram. No baú das caravelas, as mais reluzentes seduções. A princípio, arredia, negaceei o corpo, escondi a alma. Pobre quimera!

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À magia branca, entreguei-me para morrer de amor, desenganada. Nas trevas renasci e me chamaram Santa: a Maria de Belém, de todos os pecados e, quem sabe, algumas virtudes.

Perspectiva da Avenida 16 de Novembro, tomada a partir do Largo de São José (atual Praça Amazonas), em direção à Doca do Ver-o-Peso. Fonte: Belém da Saudade. Belém: SECULT, 2014, p. 113.


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Vista aérea em que se destacam as torres da Igreja das Mercês, bairro do Comércio. Ao fundo, a Baía do Guajará e a Ilha das Onças. Foto tomada, provavelmente, do alto do "Paris N'América". Fonte: Belém da Saudade. Belém: SECULT, 2014, p. 83. Paulo Chaves

Compartilhei injúrias, infâmias, crimes. Compartilhei destruições, mentiras, mortes. Compartilhei, ao mesmo tempo, afetos, sonhos, esperanças. Fidalga, escrava, santa, cortesã... fui tantas marias que já nem lembro quantas, e tantas ainda há para ser. Vesti a mais fina seda do oriente e, soberba, me senti rainha; vesti andrajos, e, orgulhosa, não permiti que me chamassem de mendiga. Nas minhas veias abertas ainda sangram desamores. No meu corpo mutilado ainda pulsam desejos. Nas ruínas da minha memória aceno gritos contra a incúria e o desdém. Ao testemunhar o final do século e milênio, olho pelas frestas do tempo e peço ao Waldemar que descubra o meu rosto, aquele que sempre quis ver.

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No curso das desilusões encontrei mais um velho amigo, demo-nos as mãos e caminhamos, eu e o Landi, o caminho centenário das recordações. Abençoados pela chuva do entardecer, numa das calçadas de lioz que me restaram, paramos em frente à igreja de Santo Alexandre. Na luz mortiça, uma revoada de crianças nos fez entrar,


A primeira ve obra jesu rsão da íti 1653 e fo ca é de i dedicad a S. Franci sco Xavie a r. N foto, a ig reja tal co a mo foi recon struída n o início do século X VIII. Com a e xpu jesuítas n lsão dos o Períod o Pombalin o, a se cha passou mar Santo Alexandre . Fo da Sauda nte: Belém de. Belém SECULT, : 2014, p. 222.

onde um outro Antônio, o Lemos, há cem anos nos esperava. Surpresos, sentimos que nem tudo estaria perdido. E, exultantes, entoamos um salmo em louvor ao terceiro milênio que combinamos começar a construir.

Passaram-se quinze anos, dos Antonios não tive mais notícias, e de mim, o que dizer? Qual o meu estado atual, fidalga, escrava, santa ou cortesã? Com todo o meu carinho, peço que o diga, neste inverno sempre tão chuva que já se anuncia, você.

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Progr

A Nova Prefeitura

de Tomé-Açu

realizou muito em pouco tempo As dificuldades encontradas no início da gestão do prefeito Zé Hildo Alves estão sendo superadas. Hoje, a Nova Prefeitura organizou o município e está implantando um projeto de desenvolvimento que melhora a vida das famílias. A Nova Prefeitura cuida bem de Tomé-Açu, trabalhando em todas as áreas, realizando importantes investimentos em saneamento, habitação, asfalto, saúde, agricultura, educação, esporte e lazer. A gestão respeita o servidor e paga em dia o salario, além de oferecer cursos de capacitação e treinamento. Tudo para atender com mais dignidade a população. Em pouco tempo, o município avançou e em breve outras obras chegarão para avançar ainda mais. “O poder público tem que oferecer obras que desenvolvam o município e melhorem a vida do cidadão. O esforço de nossa equipe é para realizar o mais rápido possível as obras que Tomé-Açu já espera ha muitos anos. Graças a Deus temos conseguido, com muito esforço, realizar grandes avanços este ano, e em 2016 vamos continuar o trabalho que valoriza a nossa população” afirma José Hildo Alves, prefeito de Tomé-Açu.

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Asfalto: Mais de 10km de asfalto em Tomé-Açu e Quatro Bocas com recursos próprios da prefeitura.

Creches: 5 novas creches municipais estão sendo implantadas. Uma já foi entregue à população e mais quatro estão em construção. Saúde: Implantação de UPA 24h; ampliação do Saúde da Família; construção e reforma de Unidades de Saúde e mais médicos e remédios para a população. Educação: Construção, reforma e ampliação de escolas; valorização dos professors; novos ônibus e lanchas para transportar com mais conforto as crianças; qualidade na merenda escolar, diminuindo a evasão e melhorando o rendimento do aluno e a implantação da Escola Modelo, um marco para a educação o município. Agricultura: Construção de pontes e melhoramento de vicinais dão mais qualidade de vida para o homem do campo. Agora as estradas oferecem mais segurança para transportar a nossa produção agrícola, barateando o custo e diminuindo a perda do produtor rural. Habitação: em parceria com o governo federal a prefeitura vai entregar até o fim do ano o residencial Nova Esperança. São 402 casas populares do projeto Minha Casa Minha Vida que vão dar um lar a centenas de famílias que sonhavam com a casa própria.


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Arte

Galeria 791

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um espaรงo novo para arte


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um apaixonado por arte, segundo ele a influencia veio do tio arquiteto e artista plástico Roberto de La Rocque Soares. Roberto era conhecido, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA, como o "mestre da alma humana", por causa da sensibilidade que tinha ao ministrar aulas e na hora de criar sua arte. Ele era um defensor da preservação do patrimônio paraense, chegou a ser

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Belém é uma cidade que respira arte. O cenário cultural da capital paraense fervilha. Não foi só a musica paraense que ganhou espaços espalhados pela cidade. As artes plásticas: com pintura, desenho, esculturas gravuras e fotografia têm nomes importantes. Para incentivar a produção e a comercialização de obras de arte nasceu a Galeria 791. Paulo Lobo é


responsável pela primeira restauração do Palácio Lauro Sodré, que durou de 1972 a 1975. O trabalho como artista mais conhecido são as aquarelas que retratam a decadência do Mercado de São Braz. Foi com uma obra de arte feita pelo tio que Paulo tomou gosto pela arte e começou a colecionar. O acervo pessoal ficou tão grande que a decisão foi dividir com a população o prazer de precisar as obras. A Galeria 791 surgiu da carência

de lugares para expor arte, como galerias e museus. Agora, todos os artistas que quiserem deixar à mostra seu trabalho pode visitar o espaço de segunda a sexta das 10h às 19h, com um intervalo de uma hora, de 13h às 14h, no sábado de 9h às 13h. No acervo próprio da galeria são mais de 600 obras de artistas paraenses, nacionais e estrangeiros. Para comercializar há espaço para desenhos, pinturas, gravuras e esculturas de todas as tendências, épocas e preços.

Galeria 791 A. Senador lemos, 791 Loja 01


Especi

al

Um olhar sensível às políticas O número de estudantes em situação de deficiência matriculados na rede regular de ensino do município de Breves tem aumentado. Considerando essa realidade, e a necessidade de assegurar acesso com qualidade no atendimento às especificidades da pessoa com deficiência, várias ações já vêm sendo implementadas no município desde de que o Prefeito José Antônio Azevedo Leão assumiu em 2009. Dessa forma, é possível afirmar que em Breves, na rede municipal de ensino, há inclusão educacional e social efetiva desses alunos. Com a criação, em 2010, do Centro de Atendimento Educacional Especializado Hallef Pinheiro, que de forma integrada e coletiva com as escolas municipais organiza e materializa estratégias que possam promover a autonomia, independência e empoderamento das pessoas, garantindo assim o acesso, o reingresso e a permanência com sucesso dos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento - TGD, síndromes, altas habilidades e dificuldade de aprendizagem nas escolas. Atualmente o Centro atende, no contra turno, 461 alunos que recebem o atendimento educacional especializado

com fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicopedagogos, psicólogos e pedagogos. Esses alunos têm garantido pela Prefeitura além do professor da classe regular de ensino, professores especializados em educação especial que atuam como apoio pedagógico em sala de aula ou na itinerância, bem como, professores de atendimento múltiplo que realizam o atendimento nas 14 salas de recursos multifuncionais, destas 01 funciona em uma escola ribeirinha (zona rural). Esses profissionais totalizam 222 professores. Com um olhar sensível é possível perceber o quanto o processo de inclusão, em Breves, caminhou e continua a avançar. Segundo o Prefeito “esse projeto é coletivo e depende de todos os atores sociais envolvidos, pois dessa forma é possível eliminar as barreiras para a plena participação do educando com deficiência na escola e na sociedade”, demonstrando dessa forma compromisso, responsabilidade e articulação em defesa dos direitos de todas as pessoas com ou sem deficiência no município de Breves.


ria

Indúst

Marituba inicia obras

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no pólo industrial em 2016 O ano de 2016 será o início de uma novo ciclo de desenvolvimento para o município de Marituba, que dará início às obras do seu primeiro pólo industrial, que será também o de localização mais estratégica do Pará, na rodovia Alça Viária, a apenas 4km da BR-316. O pólo já tem 63 cartas de intenções de empresas do Pará e de várias regiões do Brasil, além de recursos garantidos pelo Ministério das Cidades. As obras começam no primeiro semestre de 2016 com os recursos da contrapartida da Prefeitura de Marituba. Para ser aprovado o projeto foi apresentado diretamente ao ministro das cidades, Gilberto Kassab, na sua visita a Marituba. O projeto envolve a construção de um condomínio de imóveis industriais nas duas margens da rodovia, com capacidade inicial para 158 indústrias que vão gerar 10.500 empregos diretos e deverão ter o funcionamento pleno em no máximo 5 anos, tendo como destaques um pólo moveleiro e um de confecções, além do setor lojista. O projeto também prevê a expansão posterior do pólo para comportar grandes indústrias. A área tem 3,5 milhões de metros quadrados e foi solicitada por Mário Filho desde o ano passado, já em fase final das licenças necessárias. "Nosso objetivo com a implantação do pólo industrial é dar um novo impulso de desenvolvimento ao Estado do Pará na área metropolitana", destaca Mário Filho. Ele ressalta que o pólo também vai contar com escoamento da produção por água através de um porto no Rio Guamá que já está sendo projetado para a área, que tem como grande diferencial para o pólo de Marituba o fato de que ele será construído às margens da maior reserva

florestal de região metropolitana do mundo, que é a floresta da Pirelli, na Alça Viária. Para proteger a reserva, será criado um cinturão de indústrias ecologicamente corretas na área mais próxima da floresta. "Nós ainda nem começamos as obras e muitas empresas já estão nos procurando. Essa é a prova de que Marituba passa a ser a área mais estratégica para o desenvolvimento da novas indústrias do Pará por sua extensa área de expansão e pelas facilidades de escoamento da produção. Vemos hoje um futuro de muito desenvolvimento para Marituba e para todo o Estado do Pará" garante o prefeito Mário Filho.

ba feito de Maritu Mário Filho, pre


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gia

o Tecnol

Qual a tecnologia

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do futuro?

Tecnologia é apaixonante. Todos os dias são descobertas novas formas de melhorar o que já existe, por isso os celulares cada vez mais tem um tempo menor de durabilidade. O que antes só era usado para fazer ligações, ganhou mais função com aplicativos: da lanterna de emergência ao aplicativo de edição de fotos e gerenciamento de contas do banco. O investimento em tecnologia começou no início do século 20, no Vale do Silício, com experimentações em inovações em rádio, televisão e produtos eletrônicos militares, nasceu assim as gigantes da tecnologia computacional, como HP, XEROX, IBM,

ORACLE e NASA. O investimento foi alto, com cientistas do mundo todo e de uma das melhores universidades do Mundo, a Stanford. Segundo o Wall Street Jornal, 10 das 20 cidades mais inovadoras do planeta ficam no Vale do Silício. É o lugar que concentra gênios, empreendedores e investidores de ciência e tecnologia. De lá saiu muito da tecnologia que usamos hoje. E ainda tem muita coisa sendo estudada e desenvolvida por lá que nem temos ideia. O empresário Otávio Lima morou lá por seis meses, foi participar de uma pesquisa no mesmo lugar de onde saiu


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o sistema Android da Google, o Paypal e o Dropbox. Otávio é um apaixonado por tecnologia. Aos 16 anos, em meados da década de 1980, montou a sua primeira empresa de desenvolvimento para internet. Segundo ele, “nesse tempo a internet ainda engatinhava no Brasil, imagina então no Pará, e eu já tinha a plena certeza que a www (web) mudaria a forma das empresas se relacionarem com os seus clientes e conectaria ainda mais os usuários através de Chats (ná época existiam os BBS, IRC, ICQ e por aí vai)”. Ele não estava errado. A internet revolucionou a segurança, o jornalismo, o mercado... E a tecnologia, cada vez mais, revoluciona a vida. O Otávio arrisca dar palpites sobre o futuro:

várias tecnologia e startups (pesquisas iniciais) que já estão fazendo muito barulho por lá como, por exemplo, o carro não tripulado do Google (pela cidade já circulam mais de 100 a todo momento), não duvido que em breve o UBER ou outra startup utilizará esses carros como táxi e para transporte, muito mais seguro e confiável”.

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“existem

Para Otávio outra possibilidade de sair da cidade tecnológica do Vale do Silício e vir para o “mundo real” é o monitoramento de ruas e patrulhamento através de robôs, que já ganhou vários prêmios e diminuiu o

índice de ocorrências nas cidades. Outra inovação seria a moeda virtual, conhecida como BICOIN, vai revolucionar a forma nos relacionamos com o dinheiro de papel. Ele diz que também “apostaria que o futuro está ligado a Sharing Economy (economia colaborativa e compartilhada), como o AIRBNB, no compartilhamento de quartos residenciais, UBER, no compartilhamento de veículos, ZOPA, empréstimo de dinheiro colaborativo, SPINLISTER, com o compartilhamento de bikes e pranchas de surf, oferecimento de caronas, passeio com cães, e por aí vai...”. Quem duvida?


Super

ação

Bengtson espera superar recordes de 2015 vigor, que obriga o Governo Federal a pagar todos os recursos indicados pelos deputados, Bengtson espera que, em 2016, os R$ 10 milhões ajudem a melhorar o cotidiano do povo do Pará. Na atividade pastoral, Bengtson comemora o crescimento da IEQ em território paraense.

"Aquilo que estabelecemos no início do ano está se cumprindo. Profetizamos que chegaríamos a 3 mil igrejas no Pará e vamos ultrapassar essa meta. A média de batismos por ano que era de 42 mil até 2014 será superada. Até o fim de 2015 mais de 45 mil paraenses serão batizados", revela Josué Ebngtson

Em sua atuação parlamentar ou nas atividades pastorais, a fórmula para o sucesso, segundo o fundador da Quadrangular no Estado, está na união das pessoas. Josué Bengtson credita o êxito da IEQ ao trabalho conjunto de pastores, lideranças, células, diaconatos, escolas bíblicas, evangelistas e grupos missionários. Na Câmara, as forças das bancadas evangélica e ruralista são fundamentais para garantir vitórias impactantes. Sobre 2016, Bengtson afirma que trabalhará para superar as marcas alcançadas nos últimos 12 meses. "O ano que vem será melhor e mais abençoado. Eu creio!", afirma o pastor.

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O ano foi “muito produtivo no parlamento e de "grandes vitórias" para a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) no Estado do Pará, assim o deputado federal e pastor Josué Bengtson resumiu 2015. De acordo com o parlamentar, de janeiro a dezembro desse ano, ele apresentou mais de 30 propostas na Câmara, em Brasília, entre elas o projeto de lei (PL) que assegura o livre exercício da religião, a proposição que sugere a reinserção da disciplina Educação Moral e Cívica no currículo escolar nacional e o PL que ajudará a melhorar a vida de detentos doadores voluntários de sangue. Os municípios paraenses foram beneficiados diretamente com mais de R$ 5,5 milhões em emendas parlamentares pagas este ano e destinadas por Josué Bengtson. Os recursos foram investidos em assistência à saúde, em obras de saneamento, pavimentação, infraestrutura e na área rural. Com o orçamento impositivo em


Seguro

Icatu Seguros

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a melhor forma de planejar o futuro

Seguro de vida, seguro familiar, previdência privada parecem distantes de assuntos do dia-a-dia, porque temos a impressão que serão preocupações de tempos futuros, na velhice por exemplo. Mas, proteger a renda familiar é importante, já que eventualidades podem atrapalhar os projetos de toda uma vida. Nessas horas, o seguro ajuda a diminuir os impactos, garantindo a reposição financeira da família. Por se preocupar com o futuro dos clientes que a Icatu nasceu. Ela foi criada em 1986, 30 anos atrás, com a experiência dos fundadores no mercado de seguros e capitais brasileiro desde os anos 1930, quando foi fundada a Atlântica Companhia Nacional de Seguros. Hoje, são 39 filiais espalhadas pelo Brasil com atividades diversificadas, com participação em seguros, recursos financeiros, incorporação imobiliária, saúde e entretenimento. A capital paraense ganhou uma filial da Icatu Seguros em outubro de 2012. No norte, só Belém e Manaus têm filiais da empresa, sendo que em Marabá e Palmas há escritórios.

A Icatu trabalha com Seguros de Vida, Previdência Privada complementar, Fundos Exclusivos e Capitalização. Na hora de escolher qual a melhor forma de proteger o futuro são muitas as dúvidas. A previdência é a melhor saída? Segundo o Superintendente Regional Norte e Nordeste da Icatu Seguros, César Luiz da Silva, é preciso...

“entender o cliente para adequar soluções financeiras e de proteção familiar é fundamental. A partir do levantamento de perfil e necessidades chegamos ao que é importante para o cliente”.

O atendimento feito pela empresa é personalizado, porque as demandas de um cliente são diferentes de outro. Durante o atendimento, por exemplo, é possível identificar que o cliente está preocupado em fazer um planejamento tributário na tentativa de suavizar o imposto de renda no ano seguinte, porque desconhecem as vantagens dos planos de previdência, que estão aderentes ao planejamento de benefício fiscal. Mas será que é só por isso que é importante pagar uma previdência? Ainda é a melhor forma de fazer uma reserva para a aposentadoria, que pode ajudar a complementar a renda em alguns casos. O trabalho da Icatu seguros vai além, porque o interesse é estar junto com o cliente em todas as fases da vida. Desde o começo da família até a aposentadoria. Por isso, tem recebido ao longo dos anos a credibilidade da sociedade e sido reconhecido com prêmio, sendo considerado pela Revista Exame como o melhor gestor especialista de fundos de renda fixa ativos e investidor institucional nos anos 2013 e 2014.


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ista

Entrev

Naufrágio fecha porto do Pará

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O Porto de Barcarena foi fechado depois do naufrágio de uma embarcação que exportaria cinco mil bois. Alguns desses animais morreram durante o acidente e o porto foi fechado. Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), Carlos Xavier, algumas providências deveriam ter sido tomadas. Revista Bacana - Qual o seu posicionamento sobre o fechamento do Porto de Barcarena? Carlos Xavier – O porto está fechado e isso é uma imagem extremamente negativa para nós paraenses. Eu tenho dito que um navio para ancorar aqui para embarcar cargas você precisa estabelecer contrato por um ano ou seis meses. Você não liga hoje e um navio tá aqui amanhã. E com esse fato e essa suspensão indevida, segundo a minha avaliação, para o embarque de animais.

Porque se cair um avião no aeroporto de Belém, as pessoas vão deixar de embarcarem? ...

Fizeram isso aí e a imagem negativa do Pará por falta do cumprimento de contratos é terrivelmente ruim, negativa para o nosso Estado. Estamos aí com diversos contratos a serem cumpridos, com animais sem serem embarcados. Estava tudo previamente agendado. Essa é a pior imagem para o Estado do Pará.

RB – Esse é o único porto com exportação animal do Estado. Como fica a exportação do Pará? CX - Esse trabalho de exportação de cargas viva, o Pará se especializou nisso e hoje, representamos noventa e seis por cento dos animais exportados do Brasil. Quase a totalidade dos animais vivos exportados do país está no Pará. O Estado tem hoje uma das melhores do mundo. Você tem que ter as estações de pré-embarque, que é uma quarentena que você coloque os animais antes do embarque para que você possa ensinar o animal a comer e beber em cocho, porque eles vão ser transportados de dezesseis a vinte e seis dias, vão navegar. Quando você vai fazer isso, você tira o animal do habitat natural dele e põe numa estação de pré-embarque. O Pará tem uma estrutura imensa, que é a melhor do mundo, em cumprimento as exigências... Inclusive, existe uma


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associação internacional que é do bem estar do animal, até isso os exportadores e produtores se comprometeram em cumprir. O Pará é um dos principais do mundo nesse embarque. Isso é importante para nossa pecuária, isso é importante para nossa economia, pois estamos internalizando recursos. Nós estamos num Estado, onde mais de quarenta por cento da população está abaixo da linha de pobreza, então na hora que internaliza os recursos dá uma contribuição significativa para transformação social dessa sociedade, que a única maneira é essa, que é pela produção. Você vê a contribuição que é essa exportação. Não podemos deixar de continuar exportando, porque nosso rebanho de 22 milhões de cabeça é sempre crescente, presente em todos os 144 municípios paraenses, até Belém tem pecuária. É uma atividade que é renovável, é aquilo que o mundo todo quer: a proteína vermelha mais nobre, que é a bovina. RB - O acidente que aconteceu em Barcarena era previsto? CX - Acidente ocorre. O boi do Pará na hora que vai ser comercializado é o mais exigente do mundo. Você tem que atender exigência ambientais, sanitária, vacinar, notificar... aí você vende. No exportador, no caso do navio, ele precisa cumprir as exigências, que são as obrigações da quarentena. Na hora que o Ministério da agricultura, a Adepará e dizem que o animal está pronto para embarque. O navio encosta e os animais são entregues ao armador. A partir dali a responsabilidade é do armador. O armador pode ser o próprio dono do navio ou um navio fretado por alguma empresa. E esse navio pra encostar ali precisa ter autorização da capitania dos portos. Há controle de tudo quando é parte. Aconteceu o acidente? Aconteceu!


Vamos resolver o acidente e vamos continuar atendendo os contratos que já foram formalizados. Isso não foi respeitado. Estamos há dias numa situação dramática, terrível, criando embaraço para economia.

Carlos Xavier

Ouço sempre comentários, inclusive, nas redes sociais. Uns negativos e outros positivos. Por exemplo, aquele da história do tubarão que estava circulando na região, mas isso é mentira. O tubarão vai onde tem sangue, mas o animal morreu afogado e não tem sangue. De qualquer maneira a gente precisa limpar o porto para liberar. É um material biodegradável, que vai alimentar cardumes, não vai ter impacto com a natureza. Tem que ter uma decisão política de tirar aquele navio de lá e continuar com as exportações.

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lidade

a Person

Lélio Costa

Deputado de todos

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Algumas ações merecem destaque: - O requerimento solicitando a instalação da CPI da Celpa; - Projetos de Leis importantes dentre os quais o que versa sobre a contratação de psicólogos e Assistentes sociais para as escolas públicas estaduais; - O que trata sobre o Feminicídio; - O que implanta o CNH (habilitação) Para Todos; - O que torna obrigatório o estudo da Guerrilha do Araguaia nas aulas de História, este último aprovado pelo Parlamento.

O deputado conseguiu ainda aprovar cinco Emendas ao PL de reestruturação da SUSIPE, beneficiando os servidores do órgão. Mas foi na luta ao lado dos professores e dos estudantes que Lélio ganhou grande destaque, denunciando sistematicamente o sucateamento da educação no Estado, se posicionando contra o desconto de greve dos professores, realizando blitz nas escolas e imprimindo uma marca importante de defesa da educação Pública de Qualidade. P2 PUBLICIDADE

O PCdoB voltou a ter uma Cadeira na ALEPA, agora, ocupada pelo jovem deputado Lélio Costa. Lélio se destacou a frente de um dos programas mais audaciosos de Regularização Fundiária no Estado do Pará, dando continuidade ao trabalho de Newton Miranda na SPU, quando mais de 50 mil famílias foram beneficiadas. Como Deputado, Lélio Costa desponta como uma das gratas surpresas do atual cenário político paraense, realizando desde o início um mandato de oposição consequente e combativo, forjado na luta do povo e dos movimentos sociais.


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ção

Supera

Da Ceasa para as

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ondas da rádio

Histórias de superação motivam a gente, fazem pensar na vida e ter vontade de lutar. É assim a história da vida de Toni Carapirá. Hoje, ele é radialista e estuda jornalismo, mas nem sempre foi assim. Quando a esposa dele estava grávida da primeira filha, tempo atrás, ele perdeu o emprego e a situação em casa ficou muito difícil. A filha estava para nascer e, todos os dias, ele se sentia cobrado pela responsabilidade que estava

chegando. A oportunidade que apareceu foi no mercado da Ceasa, que vende frutas e legumes. Ele foi parar lá, acordava de madrugada, porque os caminhões chegavam lá nas primeiras horas da manhã e ele precisava descarregar. Carregava peso de um lado para o outro, mas conseguia tirar R$ 30 reais por dia. Isso durou 10 anos. Os problemas começaram a aparecer, a criança nasceu com sérios problemas respiratórios, os gastos com remédios eram

grandes e depois veio a segunda filha, também com problemas de saúde. O tempo foi passando, mas Toni não desistiu de estudar. Continuava lendo e escrevendo sempre que podia. O sonho de ser radialista era antigo, por isso, tentava conciliar o tempo de carregador na Ceasa com um trabalho voluntário em rádios comunitárias e jornais alternativos, como o Jornal Popular, Folha do Povo e Meio


dia. Apesar de ser o que Toni sentia prazer em fazer, não podia largar as madrugadas na Ceasa, porque era assim que garantia o sustento da família. Até que o destino mudou a história. “Foi numa dessas que o Waldimir Costa foi a Ceasa e me viu falando em cima de um caminhão. Brincava com as pessoas mas meu linguajar era diferente dos demais peões, sempre gostei de leitura, procurar falar certo. Então ele me chamou pra fazer um teste na Radio Metropolitana”, conta Toni. O Wladmir Costa ia voltar para à rádio e queria um time de desconhecidos. Assim, nasceu o Toni Carapirá que a gente conhece das rádios. Agora, ele trocou as madrugadas da Ceasa pelas do rádio. Confira a entrevista! Revista Bacana Eras apaixonado por rádio? Toni Carapirá - Sempre fui. Minha mãe acordava ligando o rádio e enquanto fazia café eu me aprontava para ir pra aula ouvindo o rádio. Gostava tanto de rádio que tentava conhecer radialistas. Era magneto. Queria conhecer a história deles. Tanto que hoje tenho um blog. Conto a história deles no blog www.radiomemoria-pa. blogspot.com.br. São mais de 180.

RB - Fizeste jornalismo, qual a importância de fazer faculdade de comunicação? TC - Estudo Jornalismo na Universidade da Amazônia - Unama. Vou me formar no final do ano que vem. Depois que entrei no mercado, entendi que era a hora de ter uma graduação na área. Ser melhor qualificado para alçar voos mais altos. Afinal, quero ir pra TV também. Ser repórter ou apresentador de programa popular, irreverente, com comunidade, que nem faço no rádio. Inclusive, o Marcelo Marques me deu uma oportunidade assim na TV. Ele é o responsável por me apresentar a TV, Até então eu só pensava em rádio. RB - Tua vida mudou muito desde a Ceasa ate agora (pergunta). O jornalismo muda a vida das pessoas? TC - Eu sou prova disso. E difícil ser jornalista hoje em dia, é, Mas o prazer e a dedicação pra fazer o melhor tem que andar junto. No meu caso, há menos de cinco anos descarregava caminhão. Tenho dores nas costas até hoje. Agora estou numa Universidade, minhas filhas estudam numa boa escola. Minha esposa Érica que acompanhou toda esta trajetória. Estamos juntos desde a adolescência sempre lembra os lugares onde moramos, as dificuldades que passamos. Sabe o filme “A Procura da Felicidade?”. Assim mesmo. RB - Para ser um radialista precisa do que? TC - Em toda a profissão precisa de talento e dedicação. Eu me cobro muito, todos os dias. Na rádio Clube

quero fazer boas reportagens. Na 99 FM, que os meus flashs sejam animados, divirta o ouvinte e dê retorno ao anunciante. Assim como na Ceasa, queria descarregar o caminhão mais rápido e melhor que os outros. RB - Qual o conselho para quem quer mudar de vida tu dás (pergunta). E para quem esta começando nos meios de comunicação qual o conselho? TC - Não desistir. Uma porta e fecha, vai em outra, tenta de novo. Não desista. Procure se qualificar. Não é clichê. E principalmente, aprenda com os mais experientes. Por onde passei, sempre perguntei, pedi conselhos e os segui. Assim é na 99 com o Tonynho Santos, Jorge Kobara, Bruninho. Na Clube com o coordenador Jorge Mendes, Gilberto Nogueira, etc. Tenho um amigo Eliercio Santino que sempre disse s um dia me chamaram de Carapirá, repórter da lata do lixo, poderia dar a volta por cima me preparando para numa próxima oportunidade mostrar meu trabalho, sem desistir, nem atropelar ninguém. RB - Como é a tua rotina no jornalismo? TC - Acordo 3h30 e preparo minhas pautas. Muitas marcadas na véspera por telefone. Entro 5h30 na emissora que a condução vai me buscar e começo a entrar na programação com notícias da rua na Clube e 99 FM. Tem as promoções da FM que faço em estabelecimentos comerciais, muitas vezes a tarde. Tenho a Universidade a tarde e quarta e quinta anoite.! Bacana 15

RB - Quais os programas que mais gostavas? TC - Sempre fui louco pro rádio. Hoje faço parte do Clube da Manhã com Nonato Cavalcante, o Coronel Virgulino, programas esportivos. Gostava de todos os programas da 99FM. Da algazarra nas promoções. Mas nas outras emissoras ouvia de tudo. Inclusive o Jefferson Lima na época da Rauland e hoje sou o repórter no programa dele. Enfim, ouvia de tudo, como ainda faço hoje.

RB - Por que fazer radio? TC - Sou curiosíssimo. Gosto de notícia, principalmente de comunidade e de polícia. Na boa, é onde me sinto a vontade. É identificação mesmo, sem demagogia. Tanto que em várias matérias já encontrei vários amigos dos tempos de carregador da Ceasa.

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etura

Arquit

Casas de Container,

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modernas, sustentáveis e bonitas

Para os menos desavisados, um container não passa de uma caixa para transportar cargas, no máximo um banheiro químico para eventos. Mas, arquitetos criativos e clientes preocupados com o meio ambiente têm usado containers com um conceito moderno de casas. E não são para fabricação de moradias populares em países de terceiro muito. São casas com seis mil metros quadrados. O arquiteto australiano Todd Ziegler é um desses inovadores.

Ele construiu uma mansão com containers de aproximadamente 560 metros quadrados. São três andares luxuosos.

Sustentabilidade e mobilidade O meio ambiente é uma das preocupações atuais. Os containers são uma opção para os compradores sustentáveis e modernos, por serem reutilizados


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e não resultarem tantos entulhos como as construções normalmente geram. Mas os containers não são eleitos pelos arquitetos só para mansões e casas inteiras, eles podem virar apenas cômodas da casa: um sala de jogos, uma área para a churrasqueira ou um lavabo para o jardim. No entanto, se a escolha for por montagem de containers, eles ficam agrupados lado a lado ou um por cima do outro, depende da criatividade do arquiteto e

do dono do local. O interessante é que o custo é menor. Gasta-se menos em dinheiro e tempo, já que não precisa de horas de pedreiros e construção. Pode-se ter uma casa de 60m² por R$ 80 mil reais, já com o projeto arquitetônico e paisagismo. O tempo é em média 60 dias para ficar pronto. Outra vantagem é a mobilidade, pois é possível deslocar a casa para outro lugar. É mais fácil que parece e os estilos podem ser variados: luxuoso, hippie e high-tech.


Luta

Uma História de Luta João Chamon Neto nasceu em Marabá em 26 de outubro de 1952. Pai de cinco filhos, é casado com Cícera Lima Chamon, foi um dos pioneiros da comunicação em Marabá. Lá entrou para a vida pública em 1976 e foi principal liderança de oposição ao

regime militar. No ano de 1982, João Chamon foi eleito vereador mais votado, proporcionalmente, da história do município de Marabá, feito não ultrapassado até os dias atuais. De 1993 a 1996 foi prefeito do município de Curionópolis. Afastou-se da vida pública por alguns anos, e em 2014 foi eleito deputado estadual pelo PMDB com 35.413 mil votos, cargo que ocupa atualmente destacando-se na defesa dos interesses do sul e sudeste do Estado. Chamon foi o único parlamentar eleito pelo PMDB para representar esta imensa região composta por 39 municípios. Este desafio não tirou o seu entusiasmo, que tem sido dos mais influentes deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA)

Ele propôs a criação da frente Parlamentar Municipalista na ALEPA, que foi aprovada por unanimidade pelos seus pares, que ainda o elegeram presidente da Frente. O principal objetivo é estreitar a relação entre poder legislativo estadual e os municípios paraenses.

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João Chamon vem buscando insistentemente valorizar a região de Carajás que é o maior polo extrativista do Pará, mas que lamentavelmente pouco deixa como compensação pelos graves

problemas sociais advindos deste extrativismo que só beneficia as grandes empresas. Priorizando a defesa da sua região, João Chamon atua ainda fortemente na defesa do Pará como um todo. Ele possui grande liderança política na defesa dos municípios paraenses. Chamon tem acompanhado os grande projetos do Estado, sempre na vanguarda dos grandes assuntos Municipalista como exprefeito e ex-vereador que foi.

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Inform e


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A Foto: Yan Fernandes (Ascom OAB/PA)

OA B P

Alberto Campos

é eleito presidente da OAB/PA

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por Fúvio Maurício (Ascom OAB/PA)

O advogado militante, que encabeçou a chapa “OAB Sempre Mais por Você”, venceu as eleições 2015 da OAB/PA. A gestão será durante o triênio 2016-2018, com o apoio de Jader Kahwage David como vicepresidente; Eduardo Imbiriba de Castro (Secretário-Geral); Ivanilda Pontes (Secretária Geral Adjunta) e Robério D’Oliveira como Diretor Tesoureiro. Ao todo, cerca de 7 mil advogados participaram da eleição em todo o Pará,

realizada dia 17 de novembro. Alberto Campos venceu com 3775 votos. Edilson Silva obteve 2920 votos. Em Belém, Alberto Campos venceu com 2423 contra 2335 de Edilson Silva. Novo Líder Atual presidente da OAB/PA e eleito na chapa “OAB Sempre Mais por Você” como conselheiro federal, Jarbas Vasconcelos afirmou que as urnas trazem à cena um novo líder para a advocacia paraense. “O presidente

da OAB ocupa o centro da sociedade e, portanto, precisa ter muito equilíbrio, ponderação, mas, ao mesmo tempo, muita firmeza para assumir essa posição tão importante. Nos meus dois mandatos à frente da Ordem, o Alberto Campos vivenciou todas as intemperes, adversidades e também todas as bonanças das nossas conquistas, por isso acredito que ele está preparado.


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Belém

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Belém As ruas de Belém têm muita histórias guardadas. Em janeiro próximo completa 400 anos de chegada dos portugueses por aqui. Antigamente, muito antes de se chamar Amazônia, a região era conhecida como Cabo Norte e era o extremo da Colônia Portuguesa. O lugar era cobiçado, por conta da biodiversidade (as drogas do sertão), por holandeses e franceses, que acabaram explorando a região. Mas, Francisco Caldeira Castelo Branco organizou uma expedição militar em direção a São Luiz, no Maranhão, e chegou até Belém para expulsar os estrangeiros e fundar um pequeno forte e garantir a ocupação das terras em nome do Rei de Portugal. Nasceu, assim, Belém em 12 de janeiro de 1616, lá onde fica o Complexo Feliz

uma menina quatrocentona

Lusitânia. De lá tem uma vista linda, dá para ver as ilhas que ficam em frente a capital paraense, dá para ver o principal cartão postal da cidade, o Ver-o-Peso, e os pescadores chegarem na Feira do Açaí. Também avistamos os urubus sobrevoarem o céu, brincando de flutuar no ar. É um lugar bom de visitar, fazer fotos, namorar e meditar. Os casarões antigos guardam segredos históricos. Alguns estão abandonados, outros foram revitalizados e podem ser visitados, viraram hotéis, restaurantes, galerias de arte. O centro histórico de Belém tem arquitetura ainda do século 17. Depois, a cidade foi pincelada pela criatividade do arquiteto italiano Antônio Landi, que foi um dos mais

importante que passou por aqui. Segundo o historiador Michel Pinho, ele deixou “uma vasta coleção de obras com desenhos únicos e extremamente belos, como é o caso da Igreja de Santanna e o Palácio do Governo”. Por isso, “os viajantes do século 18 ficavam muito impressionados com a monumentalidade de suas obras e com a beleza de Belém”, conta o historiador. Não foi só Landi que transformou à arquitetura da cidade, Antônio Lemos, que foi prefeito, deu a Belém o cenário que conhecemos hoje. Para Michel, “ele soube perceber as mudanças que a cidade estava sofrendo e


capitalizou tanto do ponto de vista econômico quanto urbanístico. O desenho da cidade principalmente nas áreas da Batista Campos, Nazaré, parte do Marco e Umarizal são legados importantes para pensarmos a atuação dele na cidade”. Era o auge do Ciclo da Borracha e tinha muito dinheiro circulando entre Belém e Manaus. Foi durante a Belle Époque que ganhamos casarões lindíssimos, o Theatro da Paz, as ruas mais alargadas, tal como em Paris, e um ar francês que deu a capital paraense o título de “francesinha do norte”.

Cenas importantes para Belém

mistura tradição com modernidade, prova disso é o Círio de Nossa Senhora de Nazaré sair todos os segundos domingos de outubro com mais de dois milhões de pessoas e a cidade respirar aquele cheiro típico de maniçoba. Quem não é daqui, volta para cá só para ficar próximo das raízes. Belém para o turista ainda é pouco sinalizada, mas tem lugares incríveis a serem visitados, são experiências únicas a começar pelo sabor das frutas típicas (bacuri, cupuaçu, uxi, muruci...) que viram deliciosos sorvetes, o tremor do Jambu, uma erva danada que virou música, cachaça e vai no tacacá, uma das comidas típicas que vende em muitas esquinas dos bairros tracionais de Belém. A tem muito mais pra viver nos próximos 400 anos.

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A cidade teve grandes momentos. O historiador Michel Pinho destaca duas marcações. A primeira é na metade do século 18, com a chegada do governador Mendonça Furtado. Ele recebeu a ordem de urbanizar a cidade, contruindo igrejas, palacetes e

fez o arruamento de Belém. O segundo contexto é no final do século 19 e início do século 20, com o período da borracha, que é “muito lembrado por deixar as marcas mais perceptíveis para o cidadão comum como os túneis de mangueiras, os mercados municipais e o Cine Olympia”. Já para o arquiteto Raul Ventura Neto a principal cena arquitetônica de Belém é mais moderna, foi nas décadas de 1970 e 1980 dentro de um movimento regionalista, classificado de “tropicamazonismo arquitetural”, que teve como principais nomes os arquitetos Miton Monte e João Castro. Essa foi uma tentativa de utilizar a sabedoria da arquitetura do caboclo amazônico e adaptar à tendência arquitetônica internacional da pós modernidade, o que garantiu prêmios internacional às obras produzidas em Belém nesse período. A cidade cresceu, primeiro, a beira da Bahia do Guajará, depois foi virando de costa a ela. Modernizou-se, mas não deixou para trás sua história:

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Ação

“É uma honra receber o carinho, respeito e o reconhecimento da população, fazemos a política comprometida com o povo. Uma política séria e verdadeira”.

Prof.ª Nilse Pinheiro é eleita pelo 3˚ ano a vereadora

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mais atuante de ananindeua. Segundo pesquisa realizada anualmente nas redes sociais, a parlamentar é a única nos quinze anos de história da premiação Destaque Empreendedor a conquistar o titulo de vereadora mais atuante por três anos consecutivos, 2013, 2014 e 2015. Como vereadora a Prof.ª Nilse tem enfrentado com bravura os desafios de ser oposição na CMA, convocando audiências públicas e aprovando projetos importantes que buscam solucionar os grandes problemas do município como: Educação, Saneamento, Segurança Pública, esporte e Cultura. Para vereadora não é fácil atuar como oposição; “É difícil quando

somos oposição” Nilse ressalva que um governo que tem 22 vereadores em sua base, aumenta a responsabilidade de fiscalizar as obras e os recursos públicos, “Tive grandes dificuldades em conseguir aprovar projetos que tragam um real benefício à população, como a Procuradoria Especial da Mulher da qual sou a procuradora. Além da Feira do Livro, cultura e tecnologia, Conselho da Juventude e outros que mesmo aprovados com unanimidade pela CMA ainda não foram executados pelo o município”.

Trabalho nas comunidades É comum ver a vereadora percorrendo os bairros com o projeto Vereadora no meu Bairro levando atendimentos gratuitos como emissão de documentos, atendimentos médicos, assessoria jurídica, atendimento ambulatorial, corte de cabelo, estética e atrações culturais. E Mesmo sem contar com o apoio do governo municipal Professora. Nilse continua firme em seus projetos sociais, como o IDEAS que atende milhares de idosos, mulheres e crianças em dez polos e duas escolas totalmente gratuitas nos bairros do Icuí e Aninta Gerosa – Aurá com educação de qualidade do infantil ao fundamental menor para mil e duzentas crianças.


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Festejo

Fotos: Júnior Pantoja

Castanhal de abraços abertos

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para o Meu Querido Natal Ecologicamente correto, fortalecendo a geração de emprego e renda, e, acima de tudo, promovendo a integração, o entretenimento e o despertar da magia natalina. Assim é o Projeto Meu Querido Natal, promovido desde 2013 pela Prefeitura de Castanhal e que transformou o município na cidade de luz e magia. Idealizador do projeto, o prefeito Paulo Titan, garante que este é o período em que Castanhal celebra o amor e recebe a todos com muito carinho. “Esse é o verdadeiro resgate do Espírito Natalino. Um projeto de uma gestão que está empenhada, mas que só

alcançou o sucesso graças à população. Nunca é demais lembrar que o Meu Querido Natal é você quem faz”. O circuito natalino envolve vias públicas, praças, prédios públicos e muitos outros. A decoração vai de encontro a um dos objetivos do evento, que a cada ano, reduz a poluição do meio ambiente através da reutilização das garrafas pets. São mais de um milhão de garrafas usadas por edição, fruto da coleta ou da doação, além de materiais adquiridos a preços bem compatíveis. A decoração caprichada e o incentivo ao turismo, associados à

conscientização sobre os cuidados com o meio ambiente, são tão positivos, que em Dezembro Castanhal passa a ser destaque em todo Brasil. Uma coordenação dedicada e que tem o apoio de 30 artesãos locais criam peças que são grandes atrações, como árvores gigantes, túnel iluminado, casa do Papai e da Mamãe Noel, e centenas de outros caprichos que encantam os visitantes. Conheça o Meu Querido Natal, prestigie corais, teatros, apresentações culturais e se encante com a magia natalina na Cidade Modelo do Pará.


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Artigo

Ruy Castro

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A coisa pública Ao contemplar de lá de cima (ou de onde quer que esteja, se estiver) o país que foi obrigado a deixar há 126 anos, D. Pedro 2º deve se perguntar como o Brasil conseguiu avacalhar até o fundamento básico da República: o conceito de "res publica", a coisa pública, que, por ser de todos, não é de ninguém. E como um país tão grande aceita se curvar à mesquinha disputa entre Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, ambos tentando salvar a pele pelas lambanças que fizeram com o dinheiro público. Ele, D. Pedro, foi impecável nesse departamento. Imperou de verdade durante 48 anos, de 1841 a 1889, sem deixar que aumentassem sua dotação. Era com este dinheiro que

sustentava a si próprio e à sua família, pagava os estudos no Exterior de brasileirinhos em quem acreditava (como o músico Carlos Gomes e o pintor Pedro Américo) e financiou suas duas viagens aos EUA, Europa e Oriente Médio, com comitivas de apenas quatro ou cinco pessoas –para a segunda dessas viagens, teve de tomar dinheiro emprestado. Em vez de criar impostos, cortava despesas. Seu palácio imperial, em São Cristóvão, era o mais desmobiliado do planeta. Seus trajes oficiais, puídos de fazer dó. Ao ser deposto pelos militares e ter de ir embora em 24 horas, D. Pedro recusou o dinheiro que o governo da República lhe

ofereceu para seu exílio em Paris. E ainda lhes passou uma descompostura por estarem dispondo de recursos que não lhes pertenciam, mas ao povo brasileiro. Poucos dos sucessores republicanos de D. Pedro seguiram o seu exemplo de austeridade. Prevaleceu a ideia de que a coisa pública é para isto mesmo –para se meter a mão em benefício pessoal (Cunha) ou para falsificar contas, disfarçar a incompetência e avalizar mentiras (Dilma). D. Pedro nasceu há 190 anos na última quarta-feira. Fará 124 de morte amanhã. E viva D. Pedro II



Ação

Ações do Simineral

nestes oito anos atuando no

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Bacana1415 Bacana

desenvolvimento da atividade mineral no Pará O Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) tem o objetivo de buscar soluções para desafios em comum, funcionando como um espaço de articulação para o desenvolvimento da atividade mineral. Constituído em 15 de janeiro de 2007, nestes oito anos o Sindicato obteve importantes conquistas que fortaleceram a atuação no Estado, como a instituição do dia 14 de março como o dia Estadual da Mineração no Pará; o lançamento do Anuário Mineral, que em 2016 estará na 5ª edição; Concurso de Redação da Mineração e Prêmio Hamilton Pinheiro de Jornalismo. Além disso, o Simineral foi o principal interlocutor para criação da Frente Parlamentar de

Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Mineração no Estado do Pará. Numa iniciativa pioneira no Brasil, o sindicato inaugurou no dia 30 de agosto de 2012, em Belém, a Casa da Mineração. No local, estão sediados o Simineral e o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Em setembro de 2015, o Simineral foi homenageado com o Latin American Marketing Personality Awards e pelo Sindicato dos Operadores Portuários do Estado do Pará com a "Honra ao Mérito Portuário", também assinou um Termo de Cooperação Técnica (TCT) com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e reafirmou o apoio com o Pacto pela Educação.


Artigo

Edyr Augusto Proença

de programas como “O Trem Azul”, com Guiães de Barros, “Vozes e Ritmos da Amazônia”, com Gentil Puget, “Uma Vesperal pra Você”, com Otavio Cascaes, o recital anual dos Irmãos Nobre, “A Hora do Garoto Sabido”, “Baú Velho”, “O Regatão Vem Aí e a inesquecível Oração do Meio Dia! A Rádio Clube do Pará foi um excepcional fator de integração em toda a Amazônia, principalmente através de programas como “Mensageiro para o Interior”, no qual as pessoas enviavam e recebiam mensagens em toda a região. “O Regatão Vem Aí”, com Jacy Duarte, também era campeão de audiência em todo o Estado. E as radionovelas? O Brasil inteiro vibrava com as radionovelas, gravadas por excelente elenco da Rádio Nacional. Aqui no Pará, no entanto, pela qualidade dos nossos atores, as radionovelas eram apresentadas ao vivo. Belém parava nos horários de transmissão. Em capítulos finais, uma multidão cercava o Edifício Bern, onde a Clube estava instalada. Acácio Humberto, Octavio Cascaes, Amerina Teixeira, Queta Duarte Silva, Carmem Eunice, Grimoaldo Soares, José Maria Nobre Gonçalves, Vicente Santos, Cléa Gomes, Maria dos Anjos, Aurora Rocha e Mario Amoedo foram alguns dos muitos radioatores que ficaram na história. A transmissão de eventos esportivos também se tornou uma grande atração, até hoje. Edgar Proença foi um dos primeiros narradores, em uma época romântica em que os jogos eram realizados no Estádio Evandro Almeida. E tudo tão diferente que Proença deixava o jogo de lado, por instantes, para festejar a entrada na praça esportiva de damas da alta sociedade. A partir dos anos 60, Edyr Proença assumiu a transmissão, tornando-se um ícone e mais tarde, atuando também como comentarista. Um de seus momentos mais aclamados, foi na Copa de 1962, realizada no Chile, em que o Brasil foi bi campeão. Estando a recepção do som muito ruim, Edyr colocou um fone de ouvido e passou a retransmitir a partida. Um feito! Muitos

nomes tiveram êxito nas transmissões esportivas da PRC-5, como Grimoaldo Soares, João Álvaro, Edgar Augusto, Edgar Delgado, Jair Gouveia, José Simões, Osmar Simões e até hoje, sob o comando de Guilherme Guerreiro e a presença de Cláudio Guimarães, Giuseppe Tommaso, Gerson Nogueira, Rui Guimarães, João Cunha e Carlos Estácio, entre outros. Mantendo as regras básicas ditadas pela experiência na área, a Clube é líder isolada de audiência, principalmente em dias de jogos ou nos programas esportivos. Eu também dei meus primeiros passos na Rádio Clube. Trabalhei, convivi e assisti gênios como Haroldo Caraciolo, Ivo Gato, Kzan Lourenço, Waldir Araújo, Jacy Duarte, que me formaram como radialista. Seu desempenho, improviso, capacidade de emocionar e alegrar, seus bordões, me fizeram um profissional melhor. Hoje, acompanho a Rádio Clube, principalmente nos eventos esportivos. No coração, ela continua fazendo parte da minha família, das minhas preocupações e alegrias. Vibro com os sucessos, torço para que tudo funcione, até porque conheço, desde muito menino, vários profissionais que ainda lá estão. Tenho certeza que Edgar Proença, Pio, Camelier, Edyr Proença e tantos outros que já não estão entre nós, também torcem e acompanham a trajetória de sucesso da “Poderosa”.

Oração do meio dia

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Meio dia Meio dia de lutas Meio dia de esforços Interrompamos o nosso labor cotidiano para o almoço Que a metade que se vai ainda passar Seja de bons e recompensados esforços Almoçai com satisfação Sem a mínima preocupação e sem o menor aborrecimento E para completar a vossa satisfação, Fumai o inigualável cigarro Aspirante Lembrando sempre que depois de um bom Aspirante Só outro Aspirante Ouvinte amigo, Boa tarde

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Quando Edgar Proença, Eriberto Pio dos Santos e Roberto Camelier colocaram no ar a Rádio Clube do Pará, em 22 de abril de 1928, o radio já estava em funcionamento há cinco anos, através de um transmissor doado pela Casa Pekan, de Buenos Aires, instalado na Escola Politécnica, no Rio de Janeiro. Oficialmente, ele nasceu em 7 de setembro de 1922, nas comemorações do centenário da Independencia, com a fala do presidente Epitácio Pessoa. Depois da criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a PRA-2, a invenção foi se espalhando pelo Brasil. Devidas proporções, era como se, hoje, fosse lançada a internet. Logo, alguns interessados tentaram trazer para o Pará. Roberto Camelier, pesquisador e admirador das transmissões radiofônicas, mandou buscar um transmissor e junto com Pio e Proença, criaram o que chamaram de Clube do Rádio, ou Rádio Clube. Naquela época, tudo era sustentado por sócios, que pagavam mensalidade para ouvir as transmissões, duas ou três vezes por semana. Sentavam em torno de um receptor artesanal de sulfeto de chumbo, com uma antena de arame fino, o rádio de galena, colocavam fones e ficavam desfrutando da modernidade. Quando alguma peça dava defeito, a rádio ficava parada até o conserto vir dos Estados Unidos. O tempo passou e a emissora, que começou funcionando em um porão em rua próxima à 15 de Agosto (atual Presidente Vargas), foi trocando de sede. A essa altura, ouvintes emprestavam 78 rotações para tocar músicas de sua preferência. Depois, começaram os programas. Uma das sedes memoráveis da Clube foi no Edifício Brasil, na esquina da Manoel Barata com Presidente Vargas, onde, hoje, está uma loja de departamentos. No térreo do prédio, funcionava um café frequentado por figuras vips da cidade. O slogan era “a voz que fala e canta para a planície”. Também o prefixo se tornou histórico, “Prc-5”. Os transmissores precisavam de mais espaço e lá foi a Rádio Clube para o Jurunas, até então um bairro abandonado e alagado. Construíram estúdios, apresentaram programas de calouros. Camelier cuidava da técnica, Pio da parte comercial e Proença da programação. Os mais antigos lembram

Poderosa: a voz que fala e canta para o mundo


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Histór

72 anos de história

Hospital de Aeronáutica de Belém uma viagem através da história

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O Hospital de Aeronáutica de Belém (HABE) tem 72 anos de história. Ele foi criado durante a Segunda Guerra Mundial, no dia 13 de dezembro de 1943, para dar apoio médico aos militares da Primeira Zona Aérea. Construído, na antiga Estrada de Ferro de Bragança, atual Almirante Barroso, o Hospital ganhou o título de Primeiro Comando Aéreo Regional – I COMAR – e passou a abranger além do Pará, o Amapá e o Maranhão. Ao longo das décadas cuida da prevenção, do tratamento e da cura de diversas doenças. É responsável em prestar assistência médico-hospitalar e odontológica aos militares da Aeronáutica e seus dependentes. Sua sede administrativa é um chalé em estilo eclético, construído no século passado (1904) durante a Belle Époque e tem suas linhas arquitetônicas inspiradas pelos ingleses para cidades de altas temperaturas, com elegantes escadarias de ferros rendados e que, naquela época, simbolizavam riqueza e status, o qual foi denominado pelos

seus antigos proprietários de Sítio Santa Therezinha, antes conhecido como “Retiro Lulu”. Da antiga casa de veraneio que abrigava inicialmente 13 leitos, hoje tem 56 leitos ativos. O Hospital de Aeronáutica de Belém modernizouse tanto no aspecto físico quanto no tecnológico, onde instalações modernas foram surgindo pelas necessidades dos usuários e pelo avanço da medicina. Tudo se transformou: da rústica sala de pequenas cirurgias surgiu uma Unidade de Centro Cirúrgico, a sala de gesso deu lugar a Sala de trauma, as enfermarias de praças viraram Unidades de Internação em Clínicas Médicas e Cirúrgicas e o pequeno consultório dentário, agora é a Divisão Odontológica com atendimento especializado e assistência ambulatorial multiprofissional diário. Na antiga residência do Diretor do Hospital, atualmente, funciona o Espaço de Convivência Social Coronel Médico Laércio Proença de Moraes, onde são realizadas atividades do

Núcleo de Geriatria e Gerontologia, com atividades para usuários acima de 60 anos. O HABE possui um público alvo de aproximadamente 16 mil usuários, com aproximadamente 500 funcionários, entre civis e militares. Rotineiramente, realiza missões, atendimento às comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia, transporte de pacientes para outras sedes em casos de maior complexidade e, em parceria com outras instituições, dá assistência às populações menos favorecidas na atenção à saúde com atendimento médico e odontológico, além do apoio médico na BASE de Lançamento de Alcântara e missões humanitárias. A história da organização militar que, em meio às dificuldades desde os primórdios de sua criação, proporciona com bravura, através de seus diretores e efetivo, melhor qualidade de vida a família aeronáutica afinal, “Nós cuidamos de quem protege a Amazônia”.


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Contas

Chamonzinho tem contas

aprovadas por unanimidade por Tina Santos

As contas de Curionópolis de 2010, 2011, 2012 e 2013 foram aprovadas pelo TCM e Câmara

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A Câmara Municipal de Curionópolis (CMC) aprovou por unanimidade as prestações de contas do prefeito Wenderson Azevedo Chamon, o Chamonzinho (PMDB), referente aos anos de 2010, 2011, 2012 e 2013. A providência referendou a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que após parecer favorável do Ministério Público do Estado, também aprovou por unanimidade as prestações de contas daquele município. A sessão, realizada na última quintafeira (3), contou com a presença de populares e outras autoridades, entre elas, a Procuradora Geral do Município, Rosana Cozzi, que representou o prefeito Wenderson Chamon. Todos os vereadores ressaltaram a importância desse momento para município, que está dando exemplo para o Estado e para o Brasil em um momento em que o País se vê envolvido em tantos escândalos de corrupção e malversação do erário público. O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, vereador Wilson Ferreira da Silva, o Wilson do Fórum (PV), destacou que não houve qualquer situação na análise das contas que pairassem dúvidas quanto à lisura com a qual o prefeito vem

conduzindo a gestão municipal, tanto na primeira como agora na sua segunda gestão. “Realmente, nos sentimos orgulhosos de estarmos dando exemplo de como tratar com responsabilidade os recursos públicos. O prefeito Chamonzinho está de parabéns pela seriedade como vem administrando Curionópolis nas duas gestões, onde não se vê qualquer denúncia que desabone sua conduta ou coloque em dúvida a seriedade da sua gestão”, observa Wilson do Fórum. De acordo com o presidente da CMC, Cassiano Bezerra Viana (PMDB), quando se administra com seriedade e responsabilidade a coisa pública, os resultados aparecem em forma de benefícios e bem estar para a comunidade. Ele lembra que nenhum gestor fez tanto em tão pouco tempo por Curionópolis, como Chamozinho, que mudou a cara da cidade e colocou o município em um patamar respeitado na região. “A gente sente orgulho de ver nosso município dando exemplo de boa gestão e ver que a comunidade também aprova à forma como o município está sendo administrado. Curionópolis hoje é uma nova cidade em todos os sentidos”, ressalta. O resultado da aprovação unânime das prestações de contas mostra, segundo a Procuradora Geral do Município, a lisura como o prefeito Chamonzinho vem administrando Curionópolis. “Ele vem realizando um trabalho excelente, que serve realmente de exemplo no trato do recurso público. Tudo o que é feito está sempre obedecendo às leis e é minunciosamente avaliado, para que não tenha qualquer erro. Ele é um gestor que prima pelo trato correto da coisa pública Prefeito Chamonzinho.

e não admite qualquer coisa que venha a comprometer a aplicação do erário”, destaca Rosana. Ainda de acordo com ela, essa forma rígida no trato da coisa pública permitiu a Curionópolis ter um desenvolvimento espetacular nesses quase oito anos de gestão, com obras que mudaram a cara da cidade e trouxeram inúmeras melhorias a população. “Mesmo com um orçamento pequeno, se comparado a outros municípios, nossa cidade hoje tem calçamento em todos os bairros, saúde, educação e muitas ações que beneficiam a comunidade. Quando o recurso público é aplicado de forma correta, os resultados aparecem e Curionópolis é um exemplo disso”, pontua a procuradora. Para a população, o prefeito demonstra, com aprovação unânime de suas contas, que além de competente, é honesto. “Moro aqui há 30 anos e o prefeito Chamozinho realmente fez a diferença em Curionópolis. Antes dele assumir, aqui era uma cidade quase fantasma. Hoje, a cidade está diferente, calçada e com muitas obras que mudaram o visual de Curionópolis. Parabéns prefeito pela gestão”, elogia Amones Carlos. Essa foi à penúltima sessão da Câmara no ano de 2015. Na sessão de encerramento dos trabalhos legislativo, esta previsto para o orçamento 2016, R$ 77 milhões. O duodécimo da Câmara para 2016 tem previsão 256 mil. MELHORES DO BRASIL Os resultados em austeridade do município de Curionópolis comprovam o que já tinha avaliado a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) em 2013, quando publicou a edição, do Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF) de 5.164 municípios, e o prefeito Chamonzinho era o segundo melhor avaliado do Pará e 92 do país. Curionópolis aparecia em segundo na avaliação de desempenho fiscal, superando Belém, Ananindeua, Marabá, Santarém, Castanhal e, até Paragominas, cantada nos últimos tempos como exemplo de município com gestão fiscal eficiente. Foram analisadas receita própria, gasto com pessoal, investimentos, liquidez e custo da dívida, entre outros. Legenda das fotos em cima, da esquerda para direita: Vereador Wilson diz que gestão é exemplo no trato da coisa pública Presidente da Câmara lê parecer favorável da Comissão de Finanças e Orçamento. Procuradora do Município destaca seriedade da gestão municipal


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Progr

Um destaque no Marajó

Bagre vive boas e grandes mudanças “Ninguém pode negar que de 2009 pra cá, Bagre passou por uma profunda mudança, e as obras, sobretudo, obras estruturantes que fizemos, mudou a vida do nosso povo pra melhor. Esse é o Novo Bagre” Há quem diga que um líder não surge por acaso, não aparece assim de repente, num passe de mágica. Um líder é reconhecido através de suas atitudes e ações proativas diante de situações difíceis. Nesse contexto, o trabalho do prefeito do município de Bagre, Cledson Gordo Rodrigues, tem rompido os limites do seu município e ganhado repercussão positiva na região do Marajó. Gordo, como é conhecido, vem se tornando voz ativa dos anseios da região marajoara, e sua postura republicana lhe rendeu a vicepresidência da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó.

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Revista Bacana - Prefeito, sua gestão ganhou notoriedade na região do Marajó pela implantação do Novo Bagre, o que é o Novo Bagre? E como funciona esse projeto? Cledson Gordo - O Novo Bagre é um programa municipal, implantado em 2009, neste programa estabelecemos metas e planejamos ações para o desenvolvimento do nosso município. Em outras palavras, construímos um planejamento global que vem sendo colocado prática ano após ano. Em 7 anos de Novo Bagre estamos colhendo excelentes resultados. RB - Então foi o Novo Bagre que lhe rendeu a fama de grande tocador de obras do Marajó? CG - Realmente já foram muitas obras entregues nesse período. Ninguém pode

negar que 2009 pra cá, Bagre passou por uma profunda mudança, e as obras, sobretudo, obras estruturantes que fizemos, mudou a vida do nosso povo pra melhor. Esse é o Novo Bagre. Bagre não tinha Ginásio de esporte, agora tem; Bagre não tinha hospital, agora tem; Bagre não tinha ruas asfaltadas, agora vai ter, com a construção do Anel Viário Novo Bagre. RB - O que é o Anel Viário Novo Bagre? CG - Eu considero o ANEL VIÁRIO NOVO BAGRE, um marco na história do nosso município. É uma obra que vai beneficiar todos os bairros da cidade, vamos asfaltar três avenidas interligadas por duas travessas. Aí que eu te falo de planejamento, essas ruas, que no passado, eram apenas pontes velhas de madeira, foram aterradas e agora recebem o asfalto. RB - Muitos prefeitos tem tido dificuldades financeiras na gestão dos seus municípios, é a crise? CG - A crise existe, e é nacional. Tivemos perdas nos repasses do FPM (fundo de participação dos municípios), mas em Bagre com um planejamento rígido e uma gestão financeira equilibrada não tivemos grandes problemas não, o décimo terceiro, por exemplo, foi todo pago antecipadamente. Nosso maior problema, por conta dessa crise, foi à

paralisação das obras que contavam com recursos federais. RB - E qual sua avaliação desse cenário? CG - É provável que a situação financeira dos municípios menores, como o nosso, se agrave. A Secretaria do Tesouro Nacional já informou que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) continuara em queda. Além disso, existem atrasos e reestimativas nos repasses do Fundeb e nas transferências do Fundo Nacional da Saúde. RB - Qual a saída para os municípios? CG - Precisamos mudar urgentemente o Pacto Federativo, vamos propor que isso seja feito por meio de emenda à Constituição Federal. Essa é uma bandeira que levantarei na AMAM (Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó), o objetivo e melhorar os projetos de assistência básica, principalmente nas áreas de saúde e educação. RB - Como vice-presidente da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM), como você avalia a Associação? CG - A AMAM tem papel fundamental nas busca continua por politicas publicas para o Marajó. Precisamos estreitar a relação com o governo federal e estadual, reforçando o diálogo, e estabelecendo metas e ações comuns aos municípios da região.


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O Pará tem oito barragens de rejeitos em alto risco O desastre em Mariana, Minas Gerais, levou os paraenses a perguntas para lá de instigantes. Aqui no Pará, Estado com economia baseada na exploração de recursos minerais, temos barragens de rejeitos? Estas barragens tem alguma possibilidade de romperem? Se romperem, teremos desastres ambientais nas mesmas proporções de Mariana? Os órgãos fiscalizadores estão atentos e vigilantes quanto a essas barragens? No Pará, respondendo a primeira pergunta, temos sim barragens de rejeitos, e não são poucas. Ao todo, são 61 barragens de rejeitos cadastradas no sistema nacional, de responsabilidade do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), sendo oito em Barcarena, quatro em Ipixuna do Pará, cinco em Marabá, 20 em Oriximina, quatro em Juruti, duas em Almerim, sete em Parauapebas, cinco em São Félix do Xingu e duas em Curionopólis. Estas barragens comportam rejeitos dos mais diversos minerais, sendo caulim, níquel, ouro, ferro, cobre e bauxita, os principais. As responsabilidades por estas barragens, estão divididas entre as empresas Vale, Imerys, Cadam, Pará Pigmentos, dentre outras. No caso da segunda pergunta, quem responde é o cadastro nacional de barragens do DNPM. Das 16 barragens classificadas pelo órgão com risco alto e dano potencial associado, oito, ou seja metade delas, estão no Pará, sendo duas em São Félix do Xingu, duas em Barcarena, duas em Ipixuna do Pará e duas em Curionopólis. Os riscos ambientais destas barragens, vem sendo suportados pelo Pará, desde muito tempo. Lembro que só em Barcarena já ocorreram 18 registro de vazamentos de rejeitos de caulim para o meio ambiente, com graves consequências a vida em geral, apontadas e estudadas pela Universidade Federal do Pará. Mas ainda está na memória da população do Baixo Amazonas, mais precisamente de Oriximiná, o evento mais catastrófico da atividade minerária no Pará. Na década de 80, descobriu-se que os rejeitos de bauxita, da operação mineral da empresa Mineração Rio Norte haviam causado danos de grandes e graves proporções, comprometendo o Lago Batata. Em 1987, depois de mudanças na legislação ambiental, a empresa parou de jogar rejeitos no lago e deu início à sua recuperação. O

custo de recuperação deste importante corpo d’água, levou muito tempo, dinheiro e sacrifício de pessoas e as outras espécies de vida. Hoje, 28 anos depois, o lago dá os primeiros sinais de que pode estar recuperado, mas isso ainda levará tempo. O controle e fiscalização de barragens é exercido prioritariamente pelo DNPM e “de acordo com a mesma legislação, as barragens de mineração inseridas na Política Nacional de Segurança de Barragens devem apresentar pelo menos uma das seguintes características: I - altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista, maior ou igual a 15m (quinze metros); II - capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000m³ (três milhões de metros cúbicos); III - reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis; IV - categoria de dano potencial associado, médio ou alto, em termos econômicos, sociais, ambientais ou de perda de vidas humanas, conforme definido no art. 6°.” No entanto, a imprensa tem denunciado que o DNPM não passa de um cartório de registro de direito minerário, sem a menor estrutura para cumprir o que determina a Lei Nº 12.334, de 20 de setembro de 2010. Os fatos, como os que aconteceram em Minas Gerais, provam que a imprensa tem razão e o país está correndo risco de ter outros desastres, talvez até mais graves. O DNPM é tão ineficiente nas suas ações que mesmo o relatório de barragens, com todas as gravidades, pode ser questionado em face de estar incompleto, como por exemplo no caso do Pará. Veja que os dados estão incompletos e lá não consta as atividades minerais da Vale em Ourilânda do Norte, onde explora níquel laterítico, através da empresa Onça Puma. Embora a legislação atribua ao DNPM a primazia no controle e fiscalização das barragens, a fiscalização ambiental é uma atribuição dada pelo art. 23 da nossa Constituição Federal a todos os entes federados e à própria sociedade.

Zé Carlos

Neste caso, os órgãos ambientais, também tem responsabilidade de manter a atividade mineral sobre o controle dos princípios ambientais, principalmente os princípios da prevenção e precaução. A mineração é uma atividade econômica de risco de acidentes ambientais, dentre outros. A Vale, em seu relatório de 2014, diz que: “nossas operações envolvem o uso, manuseio, armazenamento, descarte e disposição de substâncias perigosas no meio ambiente e uso de recursos naturais, e o setor de mineração está sujeito a riscos e perigos significativos, inclusive incêndio, explosão, vazamento de gases tóxicos, derramamento de substâncias poluentes ou outros materiais perigosos, incidentes com deslizamento de rochas nas operações de mineração e incidentes envolvendo equipamentos ou maquinários móvel.” Não se tem dúvida, porém, da importância da atividade minerária. A história da humanidade está ligada ao uso dos metais, seja para fabricação de utensílios de cozinha, artefatos bélicos, veículos, equipamentos de informática e até máquinas hospitalares de grande utilidade. Se temos reservas minerais e tecnologia, devemos utilizar essa riqueza em favor de uma vida melhor para todos, mas sempre com as cautelas e os cuidados ambientais necessários. E mesmo que o minério seja muito importante, tanto como utilidade quanto econômico para todos, deve-se pesar, colocar em uma balança e verificar quais as medidas devem ser adotadas para evitar danos irreversíveis ao meio ambiente e a vida de um modo geral. O Pará tem bombas armadas, prontas para estourar e fazer muitas vítimas a qualquer momento. Estas barragens de rejeitos, principalmente as oito de alto risco, precisam passar por uma vistoria especial e transparente. O Governo do Estado não pode apenas pensar na arrecadação que esta atividade representa para os cofres públicos. Deve colocar a segurança das pessoas acima de qualquer outros interesses. Aliás, as empresas mineradoras, quererão, com certeza, ter suas barragens de rejeitos minerais fiscalizadas, justamente para aprimorar os controles e diminuir os riscos do seu negócio. Todos ganhamos, se as nossas instituições agirem de acordo com as leis e com o interesse público.


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Em seu primeiro mandato como

Deputado Estadual Renato Ogawa

é destaque no cenário político do Pará por Rosana Magno

Renato Ogawa está atuando de forma assídua na luta por conquistas para o Estado. No ultimo mês do ano, já é possível fazer um balanço positivo de seu trabalho em prol do Pará. Já nos primeiros meses de mandato, destinou pouco mais da metade de suas emendas impositivas, cerca de 600 mil reais para a obra de melhoria e modernização da orla da Praia do Caripi, foi autor de importantes requerimentos solicitando ao governo do Estado, nas áreas de infraestrutura urbana e educação, reformas e melhorias dos espaços das escolas Estaduais de Barcarena, recuperação asfáltica e da sinalização de trânsito, limpeza de todo o acostamento e pavimentação de 90 km das rodovias estaduais no município. É importante destacar seu primeiro Projeto de Lei N° 260/2015,

em tramitação nas comissões da Alepa, que dispõe sobre o direito à meia entrada para doadores regulares de sangue no Estado do Pará em estabelecimentos que promovem eventos culturais, de entretenimento e lazer. Focado em fazer valer a seriedade deste assunto, o parlamentar apoiou às campanhas promovidas pelo Hemopa de incentivo à doação de sangue em suas redes sociais e na Alepa. Renato Ogawa também participou efetivamente das ações emergenciais da tragédia ambiental que ocorreu no porto de Vila do Conde, Barcarena, colaborando e apoiando a força tarefa entre governo estadual e municipal. O deputado estadual Renato Ogawa encerra seu primeiro ano de mandato certo de que todo esforço é válido na luta por um Estado melhor para todos, focado na união de esforços com objetivo de levar adiante o bom desenvolvimento de seu trabalho e atuação parlamentar.

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Há 18 anos na vida pública, na qual exerceu três mandatos como vereador, dois como vice prefeito de Barcarena, e atualmente como deputado estadual, Renato Ogawa vem construindo, dia após dia, uma história de trabalho e luta pelos paraenses. Com a expectativa de expandir sua atuação política e levar a um número maior de pessoas melhores condições nas áreas de segurança, infraestrutura, saúde, saneamento básico e educação, Renato Ogawa candidatou-se, pela primeira vez, ao cargo de deputado estadual do Pará, nas eleições de 2014, da qual saiu vitorioso com quase 40 mil votos. Líder do PR na Alepa (Assembleia Legislativa do Estado do Pará) membro e relator da CCJ – Comissão de Constituição e Justiça; membro nas Comissões de educação, cultura e saúde e de agricultura, terras, indústria e comércio,

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ção

Educa

Senador Flexa

apoia instalação do Colégio Militar de Belém

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A capital paraense, que no dia 12 de janeiro completa 400 anos de história, vai ganhar o 13º Estabelecimento de Ensino do Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB), que atende a 15 mil jovens em todo o país. O Governo do Estado juntamente com o Comando da 8ª Região Militar trarão à cidade o Colégio Militar de Belém. O Pará era a única região do Comando Militar que não tinha um Colégio administrado pelo Exército Brasileiro. Há quatro anos, o Governo do Estado, com o apoio do senador Flexa Ribeiro, vinha lutando para reparar essa situação e garantir a implantação do Colégio Militar. Inclusive, sobre a atuação da bancada paraense, foi incluída emenda de bancada no Orçamento de 2015 para o repasse de R$ 30 milhões, o que permitirá a modernização operacional do Exército Brasileiro. “Com este importante passo do Governo do Estado, do Comando da 8ª

Região Militar, e o apoio da bancada federal, a capital paraense terá uma das mais importantes instituições de ensino que, além de promover a educação de jovens paraenses, terá o compromisso de formar cidadãos”, comentou o senador Flexa Ribeiro. Para o seu primeiro ano de funcionamento, que iniciará juntamente com o calendário escolar de 2016, o Colégio Militar ofertará vagas para o 6º ano do Ensino Fundamental e atenderá, inicialmente, cerca de 1.500 alunos. Nos anos subsequentes, serão incluídas progressivamente as outras séries até que o Colégio possa ofertar vagas para todos os anos escolares, aumentando também, gradativamente, a oferta de vagas. O Colégio Militar de Belém terpa como sede o prédio onde antes funcionava a Escola de Governo do Estado do Pará, na Almirante Barroso.

“Com este importante passo do Governo do Estado, do Comando da 8ª Região Militar, e o apoio da bancada federal, a capital paraense terá uma das mais importantes instituições de ensino que, além de promover a educação de jovens paraenses, terá o compromisso de formar cidadãos”,

comentou o senador Flexa Ribeiro.


Opinião de Leitura

Livros

Por Marcelo Marques

Livro é uma caixa de surpresas. Às vezes, a gente compra cheio de expectativas e se decepciona. Outras vezes compramos por comprar e nos deparamos com algo melhor do que esperávamos. Continuo na minha saga porque é melhor a gente ler do que ficar olhando o que se fala sobre crise, que dá uma depressão danada. Aqui, uma seleção de alguns dos livros que li em 2015.

Sarney, a biografia – Regina Echeverria

O livro é uma excelente narrativa de Regina Echeverria, contando toda a história do ex-presidente. Foi baseada nos livros de memória dele e em muitas entrevistas que ele concedeu à autora. Deve ter demorado muito para ficar pronto, porque trata de toda uma carreira que vem anterior à ditadura, terminando em 2013. É muito interessante o que ele diz sobre a forma como o Congresso funciona e sobre os períodos de crise a as inflações. É imperdível para quem gosta desse estilo.

Correr – Dráuzio Varela

Correr é o último livro de Dráuzio Varela, e fui com uma vontade louca ler porque todos os outros que li são deliciosos, ele escreve de uma maneira fluente, corriqueira. Talvez por esperar mais das histórias pensei que era um livro mais sobre as corridas dele mesmo e fiquei decepcionado quando vi que ele aborda a corrida como atividade física ao longo da história.

Só por hoje e para sempre – Renato Russo

Trata do diário dele quando se internou para tratamento de drogas. Contado na primeira pessoa, os fãs vão adorar. Mas de verdade, é um livro para os apaixonados por ele. Renato escreve bem, mas lendo a gente percebe o sofrimento de uma pessoa e seus fantasmas. Muitas histórias sobre como e porque se drogava e superficialmente sobre sexo. Sua relação com o restante da banda, sobre a carreira e sobre a vida aparecem pouquíssimo.

Tempos Extremos - Miriam Leitão

O livro é delicioso! Poucas vezes li algo tão bem escrito, a jornalista é craque mesmo. A história de uma família dividida entre os que apoiavam a ditadura e os que lutaram contra, a história da escravidão, um livro que recomendo em todos os aspectos.

Diário de Dilma – Revista Piauí

É o livro reunindo a página da revista Piauí que trata de forma humorada o diário, irreal, da presidente. Eu adoro as páginas da revista, claro que adorei o livro e seu humor. A forma como colocam ela como uma mulher comum com os problemas comuns que elas têm.

O livro dos negros – Hill Lawrence

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É forte! Aclamado como um dos melhores dos últimos anos é uma leitura para se fazer quando se está em uma fase boa, porque da forma que é escrito, contando a história de uma menina sequestrado na África e do jeito que a vida lhe tratou, a gente fica mexido. Recomendo sim, até para se ter noção das atrocidades que um ser humano é capaz de fazer com o seu próximo.


ectiva

p Retros

2015: um ano de vitórias

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para a profissão farmacêutica O ano de 2015 mais uma vez foi marcado por expressivos resultados positivos alcançados em favor da saúde coletiva e da profissão farmacêutica. Com quase 55 anos de existência, o Conselho Regional de Farmácia do Pará é uma autarquia federal que regulamenta e fiscaliza a profissão, e tem como principal propósito o resguardo da profissão farmacêutica no estado, garantindo ao profissional mais emprego, melhores salários e condições de trabalho. Também é de responsabilidade da entidade de representação profissional realizar ações de fiscalização em estabelecimentos de saúde de qualquer natureza, além de promover cursos de capacitação profissional, com o objetivo de qualificar profissionais para o exercício da assistência farmacêutica na sociedade. Sob a gestão do Dr. Daniel Jackson Costa, em 2015 o CRF/ PA atingiu seu expoente máximo, reverberado na relação cada vez

mais próxima entre a comunidade acadêmica e os profissionais, por meio das inúmeras ações de âmbito educacional, com cursos e capacitações que proporcionaram troca de conhecimento e informações de cunho cultural.

Educação Continuada Em 2015, o CRF/PA não mediu esforços e promoveu 33 eventos de educação continuada na capital e interior do Pará, entre cursos de atualização profissional, ciclos de conferências em ciências farmacêuticas, workshops e fóruns. Eventos que foram ministrados por profissionais extremamente capacitados e reconhecidos nacionalmente, que repassaram amplo conhecimento teórico e prático acerca das inúmeras especialidades que o farmacêutico pode desenvolver no âmbito da saúde.

Farmacêutico Pai D'Égua Além disso, o CRF/PA vestiu a camisa da responsabilidade social e realizou duas edições da ação educativa Farmacêutico Pai D'Égua na capital e no município de Santarém. Os dois eventos alcançaram mais de 45 mil pessoas e contaram com o apoio de mais de 130 voluntários - entre farmacêuticos e estudantes do curso de Farmácia de diversas instituições de ensino superior - que orientaram a população acerca da importância do farmacêutico para a sociedade e sobre o uso e descarte consciente de medicamentos. Nas duas edições do evento, quase 1 tonelada de medicamentos foram arrecadados e encaminhados aos órgãos de vigilância sanitária municipais para o devido tratamento. A população contou ainda com serviços diferenciados, como aferição de pressão arterial, índice glicêmico e testes rápidos para detecção de hepatites virais e sífilis.


I Corrida do Farmacêutico Na perspectiva de estimular as pessoas à prática de atividade física e adoção de hábitos saudáveis, o CRF/ PA promoveu no mês de novembro de 2015 a primeira edição da Corrida do Farmacêutico. O evento foi um sucesso e contou com a participação de 300 competidores de diversas faixas etárias, incluindo atletas e amadores da corrida de rua - entre farmacêuticos e comunidade em geral - que percorreram um trajeto de 9 km por toda a extensão da avenida João Paulo II, com duração de uma hora. Os competidores contaram com a assistência de duas ambulâncias, escolta da polícia militar, guarda municipal e corpo de Bombeiros, além da distribuição de água em diversos pontos da avenida. Os três primeiros corredores a completarem a prova - nas categorias Farmacêutico e Comunidade - foram contemplados com premiação em dinheiro.

Termos de Ajustamento de Conduta

Plantões da Diretoria e CRF in loco Em 2015, foram realizados 34 Plantões da Diretoria, com objetivo de estreitar cada vez mais a comunicação entre a Diretoria do CRF/PA e farmacêuticos residentes em regiões distantes da sede e seccionais do Conselho. O serviço foi criado justamente para que a comunidade farmacêutica possa compartilhar suas necessidades e propor, junto ao CRF/PA, soluções que estimulem o fortalecimento da profissão no estado. Também foram realizados neste ano 7 edições do CRF in loco, iniciativa que consiste em transportar parte estrutural das secretarias de

pessoa física e jurídica a localidades distantes dos pólos do CRF/PA, a fim de proporcionar aos farmacêuticos proximidade junto ao Conselho para resolução de demandas administrativas. Apesar das intensas ações realizadas nesta ano em favor da profissão farmacêutica e da saúde coletiva, o CRF/PA não irá relaxar e estará sempre vigilante em busca de mais qualificação profissional, mais empregos, melhores condições de trabalho e salários mais justos à comunidade farmacêutica e principalmente, uma assistência cada vez melhor a população.

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Além destes eventos de cunho social, o CRF/PA se manteve firme em ir em busca de melhorias à saúde da população. Em 2015, os municípios de Barcarena, Itaituba, Abaetetuba e Paragominas foram beneficiados com a implantação de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC's). Os documentos são medidas firmadas entre o Poder Judiciário e entidades com o objetivo de garantir a presença do farmacêutico como responsável técnico durante todo o horário de funcionamento dos estabelecimentos. Tais termos garantem mais benefícios à população, que passa

a contar a assistência garantida de tal profissional.

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egócio

Agron

O agronegócio precisa de estímulos para produzir, preservar

e promover o desenvolvimento

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por ASCOM Com o tema “É importante produzir?” a 44ª edição do Encontro de Produtores Rurais promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), reuniu em Belém, durante os dias 25 e 26 de novembro, as principais lideranças do setor. O tradicional evento, que completou 22 anos, vem ao longo dos anos estimulando o debate sobre o maior setor da economia brasileira e propondo saídas para seus persistentes gargalos. Neste ano, o papel decisivo do agronegócio – que concilia produção de alto desempenho com conservação ambiental, benefícios sociais, geração de empregos e rendas –, foi ainda mais destacado em função da atual crise do país. É consenso entre produtores rurais, empresários, especialistas e instituições do segmento do agronegócio que o Brasil avançou significativamente nos últimos anos e tem grandes chances de se tornar líder mundial na produção de alimentos. Só no Pará, o agronegócio movimenta R$ 14,5 bilhões, sendo o único setor paraense a apresentar taxa de crescimento acima do índice geral da economia estadual. Mesmo sendo o agronegócio a âncora da economia, colocando o Brasil como o maior produtor de várias culturas, garantindo os números positivos de sua balança comercial, ainda há muito que fazer pelo setor para garantir sua competitividade. “Ficou claro, nas várias palestras e debates realizados no Encontro, a necessidade de termos uma legislação mais atualizada e adaptada às

reais necessidades do setor. Da mesma forma, temos de contar com estímulos dos governos estadual e federal, com ações que garantam o desenvolvimento do agronegócio e, sobretudo, valorizem a atividade rural”, disse o presidente da Faepa, Carlos Xavier. Para o presidente, o país vive no presente uma crise sem precedentes, e comenta que nos momentos de dificuldades, cabe aos gestores e a sociedade a busca de alternativas, que propiciem condições para a superação das mesmas e, consequentemente, a implementação de medidas indutoras da retomada do crescimento da economia. “Portanto, sugerimos a adoção de medidas imediatas voltadas para a eliminação do excesso de burocracia existente, que facilite o trâmite dos processos de legalização dos empreendimentos, de modo a criar reais possibilidades para a transformação do tecido social, com segurança alimentar, plena capacidade de emprego, ensejando um fluxo duradouro de desenvolvimento em todos os níveis”, destaca Xavier. Segundo ele, o processo de desenvolvimento econômico supõe ajustes institucionais, fiscais, jurídicos, incentivos para inovações, empreendedorismo e investimentos, assim como condições para que seja estabelecido um sistema eficiente de produção, circulação e distribuição de bens e serviços no mercado. Para

o presidente da Faepa, somente com ações integradas a partir do agronegócio será possível retomar o crescimento econômico. E aponta a necessidade de mudanças nas áreas ambiental, fundiária e segurança, tais como: que o governo atue como facilitador nos processos de regularização ambiental; que faça cumprir os mandatos judicais de reintegração de posse; garanta a todos a inviolabilidade do direito “à segurança e à propriedade"; criminalize os movimentos sociais; promova o levantamento dos lotes disponíveis ao assentamento nos projetos de Reforma Agrária do Incra; apoie e incentive a produção, entre outros. “Nas circunstâncias atuais, nas quais se tornam imprescindíveis a solidariedade e ação conjunta de todas as instituições públicas e privadas, vale relembrar a existência do Projeto Preservar, elaborado pelo Instituto Alerta Pará, no ano de 2008. Com a premissa do Desmatamento Zero, as políticas sugeridas pelo projeto permanecem atuais e válidas, levando em consideração ser o Pará, com 76% de seu território preservado e 24% antropizado, o único ente federativo que possui condições de recompor o passivo ambiental de propriedades privadas, sendo, portanto, também, o único com projeto de desenvolvimento aliado ao meio ambiente, considerando as condições notáveis das quais somos detentores. O Pará tem pressa e não vamos recuar na luta pelo alcance de nossos objetivos”, finaliza o presidente.


Assembleia Itinerante. Próxima aos anseios, perto das soluções.

O desafio: conhecer de perto a realidade de todas as regiões de um estado com mais de um milhão de quilômetros quadrados. O objetivo: aproximar o Parlamento da sociedade destes lugares. Assim, em 2003 foi retomado o Projeto Assembleia Itinerante, que já percorreu 50 cidades em todo o Pará, dando voz para o povo de cada município se manifestar e mostrar suas necessidades. Isso possibilita que, além de ouvir as reivindicações da comunidade, os deputados ainda possam aprovar diversos projetos. Ou seja, a localidade visitada tem ainda mais atenção do Poder Legislativo que, por sua vez, tem informações atuais sobre as demandas da população daquela região. “Através desses momentos temos acesso ao que é tido como importante para o desenvolvimento local, como dados e informações para a vida toda. Conhecimento que vai nos acompanhar em qualquer cargo ou missão que nos seja designada”, conclui Marcio Miranda, presidente da Alepa. Assembleia Itinerante. Conhecer, integrar, conquistar, avançar.

Mesa Diretora da Alepa – Biênio 2013-2015 Presidente: Deputado Márcio Miranda (DEM) 1º Vice-presidente: Deputado Fernando Coimbra (PSD) 2º Vice-presidente: Deputado Cássio Andrade (PSB) 1ª Secretária: Deputada Ana Cunha (PSDB) 2º Secretário: Deputado Chicão (PMDB) 3º Secretário: Deputado Tião Miranda (PTB) 4º Secretário: Deputado Airton Faleiro (PT)

DEPUTADOS Haroldo Martins (DEM), Lélio Costa (PCdoB), Miro Sanova (PDT), Raimundo Santos (PEN), Chamon (PMDB), Dr. Wanderlan (PMDB), Eraldo Pimenta (PMDB), Iran Lima (PMDB), José Scaff Filho (PMDB), Martinho Carmona (PMDB), Ozório Juvenil (PMDB), Luiz Afonso Sefer (PP), Antonio Tonheiro (PPL), Thiago Araujo (PPS), Júnior Hage (PR), Renato Ogawa (PR), Divino (PRB),

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Raimundo Belo (PROS), Soldado Tércio (PROS), Sidney Rosas (PSB), Dr. Jaques Neves (PSC), Olival Marques (PSC), Coronel Neil (PSD), Júnior Ferrari (PSD), Celso Sabino (PSDB), Cilene Couto (PSDB), Eliane Lima (PSDB), Luiz Rebelo (PSDB), Milton Campos (PSDB), Carlos Bordalo (PT), Dirceu Ten Caten (PT), Eduardo Costa (PTB), Eliel Faustino (SDD), Hilton Aguiar (SDD).

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Artigo

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Drummond já falava do Rio Doce O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade foi considerado um dos mais influentes do século 20. Ao longo de seus 85 anos publicou mais de 30 livros de poemas, e quase 20 de prosa, além de integrar antologias poéticas e produzir histórias infantis. Porém, não imaginava que ao publicar o poema Lira Itabirana estaria prevendo um dos maiores, quiçá o maior desastre ambiental da história do Brasil: o rompimento das barragens da Vale-Samacro em Minas Gerais. Há dias o Brasil vive uma de suas maiores tragédias. A irresponsabilidade da empresa

Vale-Samacro pode resultar no fim do Rio Doce, que, com seus 853 km de extensão, banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A Vale do Rio Doce-Samarco foi instalada na região no início da década de 1940 e muitas empresas, atraídas pelas reservas de ferro, se estabeleceram na cidade natal do poeta, Itabira. Poucos anos antes de sua morte, em 1984, Drummond publicou o poema que parece ser o retrato do desastre que destruiu o Rio, antes doce. Leia a íntegra abaixo. “Lira Itabirana”

I O Rio? É doce. A Vale? Amarga. Ai, antes fosse Mais leve a carga. II Entre estatais E multinacionais, Quantos ais! III A dívida interna. A dívida externa A dívida eterna. IV Quantas toneladas De ferro? Quantas lágrimas disfarçamos Sem berro?


PARÁ. AINDA BEM QUE TEM ESPAÇO PARA TANTA BELEZA. BELÉM.

A culinária mais festejada do Brasil está aqui.

MARAJÓ.

Cenários paradisíacos no maior arquipélago fluvial do mundo. GRIFFO

RALTEHÃO. C DO-

Duas vezes eleita a praia de rio mais bonita do planeta.

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Secretaria de Turismo


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