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Dica VAREJO ESPERTA

O FUTURO DO VAREJO FARMA PASSA PELA TECNOLOGIA

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Novas tecnologias prometem tendências que vão revolucionar o varejo e trazer novas oportunidades para que o canal farma reinvente estratégias

Ofuturo do varejo farmacêutico passa pelas inovações tecnológicas. Seja para aumentar a eficiência, melhorar a produtividade ou aperfeiçoar o atendimento ao cliente, é no encontro com as novas possibilidades proporcionadas pelo avanço da tecnologia que está o caminho para o setor reafirmar sua expressividade.

Ativos digitais, metaverso, omnicalidade, ESG, são todos conceitos que ainda podem parecer abstratos, mas já trazem a promessa de revolucionar diversas áreas, inclusive o varejo farma, abrindo um leque de possibilidades de modelos de negócios, em vendas e em experiência do consumidor.

“A gente fala que quem tem o cliente, tem tudo, o quanto ele vai consumir lá dentro da loja vai depender da sua estratégia. O trade marketing digital dentro do ponto de venda é uma grande tendência para os próximos anos.”

“Pensar em um aplicativo, uma rede social, conversando melhor com o público, sem dúvida alguma é a sobrevivência do varejo para os próximos anos, até porque se você não cuidar daquele cliente que é ligado a compras online, você acreditar que ele vindo até a loja é suficiente, amanhã ou depois ele conhece o e-commerce do concorrente e você acaba perdendo.”

A primeira estratégia apontada como tendência pelo CEO da Meu Cliente, startup especialista em trade marketing para o varejo, Mauricio Freitas, é usar ativos digitais dentro do ponto de venda. Segundo ele, as drogarias precisam planejar ações para conversar com o público e tornar a experiência de compra mais agradável e isso explora o digital. “Se o cliente vai até a farmácia pensando em comprar determinado produto e olha ali uma televisão, um painel de led falando sobre algum cosmético, vitamina, algo que tenha a ver com bem-estar, são caminhos como esse que levam o shopper a tomar decisões dentro do ponto de venda. A gente fala que quem tem o cliente, tem tudo, o quanto ele vai consumir lá dentro da loja vai depender da sua estratégia. O trade marketing digital dentro do ponto de venda é uma grande tendência para os próximos anos.”

É também pensando em oferecer uma experiência consistente ao shopper que vem a omicalidade. Diferente da comunicação multicanal, que usa diferentes canais de vendas, como e-commerce, app, redes sociais e loja física, a omnicanalidade é uma abordagem que propõe integrar esses meios para proporcionar ao cliente uma experiência mais integrada e coesa.

Mauricio, no entanto, alerta para a importância de avaliar quais são as ações viáveis para cada porte de farmácia. “Você não pode, a depender do seu porte, achar que vai abrir vários canais e atender de maneira excelente. O varejista precisa entender a realidade dele e quais canais ele pode abrir para ter mais possibilidades de venda. Algo mais básico, por exemplo, é o WhatsApp. Pensar em um aplicativo, uma rede social, conversando melhor com o público, sem dúvida alguma é a sobrevivência do varejo para os próximos anos, até porque se você não cuidar daquele cliente que é ligado a compras online, você acreditar que ele vindo até a loja é suficiente, amanhã ou depois ele conhece o e-commerce do concorrente e você acaba perdendo. Então eu acredito, sim, que é um caminho que todos devem se atentar, porém tendo a estratégia ideal para seu porte. Não pode querer fazer tudo de uma vez, porque pode acabar não atendendo bem nem no digital, nem na loja física.”

É impossível falar em tendências para o varejo sem abordar o metaverso. Imagina a possibilidade de criar uma vitrine virtual que permita ao cliente percorrer a loja, ver e interagir com os produtos e desfrutar de uma experiência equiparável a do shopper que entra na loja física, mas tudo dentro desse mundo do metaverso. Uma experiência virtual imersiva, repleta de possibilidades, sem sair de casa.

O metaverso pode ser ainda uma realidade distante para o varejo e o que existe ainda é algo em fase mais experimental, mas é fundamental estar atento para essa tendência. Um estudo da Deloitte, aponta que até 2025, quase 75% da população mundial usará frequentemente a tecnologia da realidade aumentada, o que aponta para um cenário que demanda de narrativas virtuais como o metaverso.

“Outros segmentos do varejo já trazem informações, colocam no mercado o tema metaverso e eu entendo que o varejo farma vai seguir nesse caminho também. Naturalmente, quem puxa essa fila de inovação são as maiores redes de farmácia no Brasil hoje, mas é um fato que novas tecnologias como o metaverso estarão em pauta para os próximos dois anos para oferecer experiências ao consumidor”, pontua Mauricio.

ESG

Também tem ganhado força a gestão ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance), uma espécie de orientação para empresas adotarem melhores práticas ambientais, sociais e de governança. O termo convida as empresas a pensarem numa gestão mais sustentável, incentivando uma preocupação em desenvolver ações estratégicas que visem não só o resultado financeiro, mas gerar um impacto positivo em toda a sociedade.

De acordo com Mauricio, todas essas iniciativas que vêm como tendência para o varejo farma já estão sendo aplicadas pelas grandes redes. Enquanto drogarias menores, mais independentes, ficam mais afastadas de conceitos como o ESG. Ou seja, cada farmácia deve incorporar as estratégias que se adequem ao que sua realidade e público permitem e demandam, priorizando sempre a boa experiência do público-alvo. “Quando você pensa em um loja independente maior, numa cidade grande, que tem vários concorrentes e um mercado disputado, você tem que seguir tendências porque o consumidor fica mais exigente, mas quando falamos de negócios menores, em locais mais afastados, algumas pautas acabam não chegando, então não há essa exigência”, ressalta.

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