



No Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, cooperativas, órgãos públicos e cidadãos promoveram ações que reforçam uma certeza: pequenos atos de separação de lixo podem gerar impacto significativo em termos de limpeza urbana, economia circular, geração de renda e inovação
Em Belém, as mudanças são visíveis — desde a reorganização da coleta até a adoção de tecnologias limpas que transformam resíduos em novos produtos.
Com liderança da cooperativa Concaves, do Instituto Alachaster e de parcerias como a desenvolvida com o Instituto AmazôniaTEC com a tecnologia FlexStone, a cidade busca não apenas reciclar, mas reencontrar seu futuro sustentável.
A gestão de resíduos em Belém vinha enfrentando diversos entraves: infraestrutura ineficiente, falta de pontos de descarte e perda de confiança por parte dos cidadãos.
O Censo da Abipet mostrou um avanço no país — 53% de embalagens PET recicladas em 2024 (410 mil toneladas) — mas, até pouco tempo, Belém seguia com coleta intermitente e baixa adesão.
“Hoje retomamos a confiança das pessoas. A prefeitura reorganizou o sistema, fortalecendo cooperativas e instalando 22 LEVs (Locais de Entrega Voluntária) pela cidade”, declara Débora Baía, presidente da Concaves. Segundo ela, oferecer alternativas próximas é essencial: “Quando o cidadão separa seu material, lava e deposita em pontos próximos, ajudamos a transformar aquilo em renda”.
No galpão da Concaves, os resíduos ganham valor. Lá, o plástico é separado por cor e tipo — até oito variáveis — para agregar valor e facilitar a venda às indústrias, transformadas em novos produtos.
A cooperativa gera empregos dignos, capacita seus membros e fortalece comunidades locais.
A presidente da Concaves, Débora Baía, destaca que a gestão atual da prefeitura está trabalhando com foco em atender o cidadão com a coleta seletiva, fortalecendo as cooperativas
O Instituto Alachaster, coordenado por Ted Vale, reforça essa visão de economia circular inclusiva: “Queríamos construir uma horta, brechó e educação ambiental — mas grande parte disso só é possível com coleta seletiva eficiente. É um ecossistema composto por cooperativas, prefeitura, moradores, instituições”.
A mudança começa dentro de casa.
O universitário Weyder Vasconcelos, 21 anos, diz que não participa formalmente do sistema de reciclagem, mas evita o descarte irregular e reduz seu consumo.
“Guardar o lixo até achar uma lixeira já ajuda. E pensar no impacto do que consumo também”, afirma.
Desse modo, iniciativas simples complementam a ação institucional. A prefeitura, cooperativas e ONGs intensificaram
materiais educativos em mídias sociais, escolas e bairros — estimulando a cidadania ativa como agente transformador.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet), o Brasil reciclou 410 mil toneladas de embalagens PET em 2024 — 14% a mais que no ano anterior. A taxa de reaproveitamento do alumínio chega a 99%, enquanto o lixo eletrônico, segundo a Embrapa, é o menos reciclado: apenas 3% recebe destino adequado.
Para maximizar o aproveitamento dos plásticos coletados, Belém conta agora com a tecnologia FlexStone, desenvolvida pelo Instituto AmazôniaTEC no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá. A técnica processa até 96% dos tipos de plástico sem precisar de separação prévia ou lavagem, resultando em um produto chamado “brita ecológica”, ideal para construção civil.
Os objetivos são ambiciosos: até outubro
de 2026, a demonstração de um sistema construído no galpão da Concaves processaria 30 t/dia, com potencial para uso em construções comunitárias — como casas construídas com centenas de milhares de garrafas PET. O
projeto deve gerar impacto significativo nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente aliviando pobreza, fomentando cidades sustentáveis e incentivando consumo responsável.
Fórum em Belém destaca protagonismo ambiental e apresenta políticas estaduais, metas nacionais e avanços nas obras para a conferência mundial - COP30, em Belém
Ofortalecimento das políticas estaduais de clima e meio ambiente, as metas brasileiras no combate às mudanças climáticas e os preparativos para a COP30 foram os principais temas do primeiro dia da 7ª edição do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climáticas (FPMAC), realizado nesta terça-feira (10/06), em Belém. O evento é promovido pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas).
Criado em 2019, o FPMAC se consolidou como o principal espaço de construção coletiva, diálogo e monitoramento das políticas estaduais para enfrentar as mudanças climáticas. A iniciativa reúne representantes do poder público, setor produtivo, academia, sociedade civil e comunidades tradicionais.
“Hoje tivemos apresentações que abordaram as NDCs, pontuando as metas e objetivos do Brasil e do Pará. Esses compromissos estão diretamente ligados às políticas de transição para uma economia de baixo carbono. Apresentamos o que já está em desenvolvimento, como essas políticas chegam à ponta e quais resultados já obtivemos para avançar rumo aos nossos objetivos”, destacou a diretora de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais da Semas (Dimuc), Indara Aguilar, durante o painel Políticas públicas para o clima: uso da terra, restauração florestal e produção sustentável.
Entre as iniciativas, Indara ressaltou o Programa Estadual de Recuperação de
Vegetação Nativa, eixo central das ações voltadas à restauração ambiental. “É fundamental que todos os programas este -
jam integrados e fortalecidos, incluindo aqueles que ainda precisam avançar, para podermos alcançar de fato as metas estabelecidas”, concluiu.
COP30: protagonismo climático e novas metas
Durante o evento, o secretário nacional de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Aloísio Melo, destacou a importância da COP30 para o Brasil. Segundo ele, a Conferência será uma oportunidade de apresentar ao mundo os avanços na agenda ambiental e o compromisso do país com a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
“A COP30 será um marco para mostrar que o Brasil está entregando resultados. Será o momento de fazer o balanço dos compromissos assumidos e apresentar soluções concretas para a descarbonização da economia brasileira”, afirmou.
A nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) apresentada pelo Brasil na COP29, realizada no Azerbaijão, elevou a ambição climática do país. O compromis-
so agora é reduzir as emissões líquidas de GEE entre 59% e 67% até 2035, em relação aos níveis de 2005. Isso representa um limite de emissões de até 1,05 bilhão de toneladas de CO2 equivalente. A meta supera o compromisso anterior, que previa redução entre 9% e 29% no mesmo período. “O Brasil está aumentando sua ambição climática e assumindo um papel de liderança. A COP30 vai mostrar isso”, reforçou Aloísio.
Avanços nas obras e legado para Belém
Os preparativos para a realização da COP30 também foram destaque na abertura do Fórum. Brenda Maradei, integrante do Comitê de Organização da Conferência, apresentou o andamento das obras e as ações voltadas ao fortalecimento da infraestrutura da cidade. Ela também detalhou programas como o Capacita COP30, que está qualificando profissionais para atender às demandas do evento.
“É um evento extremamente importante para a população, e tive a honra de apresentar um panorama das obras, dos legados sociais, educacionais e de infraestrutura que a COP30 vai deixar para Belém. Também detalhei todo o processo de organização e realização da Conferência”, explicou Brenda.
Fórum anuncia plataforma de monitoramento do Plano Estadual de Bioeconomia
O Fórum Paraense de Mudanças e Adaptações Climáticas (FPMAC), realizado pela Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade do Pará (Semas), foi encerrado na quarta-feira (11/06), com a apresentação da plataforma de monitoramento do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio).
A ferramenta digital permite que as diferentes secretarias insiram mensalmente as informações de suas ações, viabilizando o acompanhamento de sua execução e disponibilizando o volume de recursos, número de pessoas atendidas e muitos outros benefícios.
“O Plano de Bioeconomia conta com 122 ações de 18 secretarias, logo, existe uma importância de acompanhá-las. Por isso, em 2024 a Semas, com apoio de uma consultoria especializada em tecnologia da informação, iniciou o desenvolvimento do projeto da plataforma, que é um elemento importante para demarcar ações de políticas públicas futuras, baseado em como podemos melhorar o impacto e gerar mais alcance e, ainda, acompanhar se está sendo executado como previsto originalmente no plano”, enfatiza Camille Bemerguy, secretária adjunta de Bioeconomia da Semas.
O PlanBio, que integra o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), é uma das principais estratégias do governo estadual na transição para uma economia de baixo carbono. No âmbito dessa estratégia, um dos principais destaques é o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, uma iniciativa que visa transformar a região em um polo de desenvolvimento sustentável, científico e tecnológico.
Camille Bemerguy enfatiza que “o Parque de Bioeconomia é um catalisador, um espaço representativo em que a bioeconomia tradicional, tecnológica e industrial podem coexistir a partir da união de um centro de inovação e de um centro de sociobioeconomia, espaços que irão alavancar negócios ligados a bioeconomia, buscar e valorizar os nossos recursos e desenhar futuras políticas públicas para grupos diversos”. O Parque de Bioeconomia também irá oferecer um laboratório-fábrica compartilhado para start-ups e negócios comunitários, espaços de pesquisa e
Camille Bemerguy, secretária adjunta de Bioeconomia da Semas: Hoje, mais do
precisamos de soluções que sejam, ao mesmo tempo, justas,
conhecimento que permitirá promover inovação e criar um ambiente inovador e capaz de dar escalabilidade para a bioeconomia.
Durante os dois dias de evento também foi disponibilizado um espaço aos produtores locais para a comercialização de produtos oriundos da bioeconomia do Pará, incluindo alimentos, artesanatos e produtos de beleza que valorizam o valor simbólico e patrimônio genético do estado.
“Para um estado que pensa em ser carbono neutro, necessitamos de um novo modelo de desenvolvimento e a bioeconomia é uma das estratégias e caminho para ser um importante vetor para uma transição socioeconômica de baixo carbono, conectando o valor econômico com valor simbólico e ecológico, valorizando o patrimônio genético da Amazônia. A bioeconomia é um modelo de desenvolvimento com um potencial imenso e isso, para a Amazônia, é revolução. Hoje, mais do que nunca, precisamos de soluções que sejam, ao mesmo tempo, justas, regenerativas e enraizadas no território”, explica Camille.
Obra da ‘ETE UNA’ já está 87% concluída e deve beneficiar 90 mil moradores
Texto * Flávia Araújo Fotos Agência Pará, Yago Lima/Divulgação/Ministério das Cidades
ACompanhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) segue avançando na expansão do saneamento básico em Belém com a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) UNA, que será a maior do estado. Com 87% das obras concluídas, a estação é um marco para a infraestrutura da capital paraense e um dos principais projetos estratégicos do Governo do Estado em preparação para a COP30, que será sediada em Belém em 2025. No centro da nova estação está a unidade UASB (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente), considerada o “coração” do sistema, cuja estrutura já foi finalizada e se encontra atualmente em fase de testes operacionais. Essa tecnologia é responsável por mais de 60% da eficiência do tratamento de esgoto e tem capacidade para tratar mais de 11 mil metros cúbicos de resíduos por dia, o equivalente a cerca de mil caixas d’água cheias. Com investimento superior a R$ 130 milhões, a ETE UNA beneficiará aproximadamente 90 mil moradores de dez bairros de Belém, ampliando significativamente a cobertura de saneamento na capital. Para a engenheira e fiscal da obra pela Cosanpa,
Susan Alves, trata-se de um projeto crucial para a cidade. “Não há outra estação maior do que essa no estado. Ela é fundamental para a saúde pública, o meio ambiente e a qualidade de vida. Com ela, vamos tratar o esgoto de forma adequada, evitando a poluição na Baía do Guajará”, explicou.
Neste momento, os trabalhos se concentram na Estação Elevatória de Esgoto Bruto, onde está sendo realizada a dragagem do canal por onde o esgoto chega, além da instalação de comportas e gradeamento — etapas essenciais do tratamento primário. Após isso, o esgoto passará pelas etapas secundária
e terciária, que incluem o processo de desinfecção, assegurando uma eficiência de até 99% na remoção de carga orgânica antes da devolução segura ao meio ambiente.
A previsão é de que a ETE UNA seja concluída até setembro de 2025, estabelecendo um novo padrão para o saneamento básico no Pará e contribuindo diretamente para a despoluição da Baía do Guajará e a melhoria da qualidade de vida dos belenenses.
“O investimento na ETE UNA demonstra nosso compromisso com o saneamento básico e com o bem-estar da população paraense. É uma obra estruturante que representa um novo tempo para Belém, unindo responsabilidade, eficiência técnica e sustentabilidade”, afirmou o presidente da Cosanpa, José Fernando de Mendonça Gomes Júnior.
A CPA permite que proprietários de imóveis rurais, com passivo de reserva legal consolidado até julho de 2008, possam se regularizar ambientalmente ao adquirir cotas vinculadas às áreas protegidas estaduais
Durante a programação do 63º Encontro Ruralista, o presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), Nilson Pinto, apresentou um dos instrumentos mais inovadores da política ambiental paraense: a Cota de Proteção Ambiental (CPA). A iniciativa, já regulamentada e em operação, foi detalhada ao público nesta quarta-feira (4/06), com foco na integração entre conservação ambiental e desenvolvimento econômico no campo.
Nilson Pinto explicou que a CPA permite que proprietários de imóveis rurais, com passivo de reserva legal consolidado até
julho de 2008, possam se regularizar ambientalmente ao adquirir cotas vinculadas às áreas protegidas estaduais. “A produção econômica financia a proteção ambiental. E a proteção ambiental viabiliza a produção econômica. Essa é a lógica de uma política que tem o poder de unir dois interesses históricos do Pará: o desenvolvimento do campo e a conservação da floresta”, afirmou o presidente do Ideflor-Bio.
Cada Cota de Proteção Ambiental equivale a 1 (um) hectare de floresta protegida e tem validade de 15 anos. O custo da cota compensatória é de R$ 100 por ano, com a possibilidade de pagamento único de R$ 900 — com 40% de desconto.
Já a cota não compensatória, voltada a contribuições voluntárias de pessoas físicas ou jurídicas, tem valor de R$ 60 por hectare. A expectativa do Governo do Estado é utilizar esse mecanismo para garantir recursos permanentes para as 29 Unidades de Conservação (UCs) estaduais.
Durante a apresentação, Nilson Pinto também detalhou a segurança jurídica do instrumento. “A integridade da cobertura florestal é garantida pelo Estado, bem como a regularidade fundiária das áreas vinculadas às CPAs. Estamos oferecendo um caminho sólido, transparente e digital para que o produtor rural possa regularizar sua situação e, ao mesmo tempo, contribuir com o financiamento da proteção ambiental”, destacou. O processo de aquisição das CPAs é totalmente on-line e acessível no site do Ideflor-Bio: https://ideflorbio.pa.gov. br/. O interessado — pessoa física ou jurídica — deve acessar a aba “Cota de Proteção Ambiental”, preencher seus dados, escolher o tipo de cota (compensatória ou não compensatória),
A lógica de uma política que tem o poder de unir dois interesses históricos do Pará: o desenvolvimento do campo e a conservação da floresta”, afirmou o presidente do
A CPA permite que proprietários de imóveis rurais, com passivo de reserva legal consolidado até julho de 2008, possam se regularizar ambientalmente ao adquirir cotas vinculadas às áreas protegidas estaduais
informar o número de cotas desejadas e, se for o caso, anexar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Após a emissão e pagamento do boleto, o sistema gera um certificado digital que comprova a vinculação às CPAs adquiridas.
Com o certificado em mãos, o produtor poderá procurar a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) para dar andamento ao processo de regularização da reserva legal do imóvel. Na prática, trata-se de uma medida que pode destravar gargalos históricos no campo e abrir novas portas para crédito rural, acesso a mercados sustentáveis e valorização das propriedades. O presidente do Ideflor-Bio também reforçou o caráter estratégico da CPA diante dos compromissos internacionais assumidos pelo Pará na agenda do clima. “Estamos entregando uma solução concreta, que transforma a conservação da floresta em ativo ambiental e econômico. Com isso, o Estado se posiciona como referência nacional às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, que será realizada aqui, em Belém”, concluiu Nilson Pinto.
Fotos Divulgação
Oprefeito de Belém, Igor Normando, e o secretário executivo da COP30, André Godinho, participaram, na quarta-feira 4/06, do RoadShow Belém COP30, realizado em São Paulo, pelo AYA Earth Partners, hub dedicado a acelerar a economia regenerativa e carbono zero no Brasil. O evento reuniu representantes de empresas, investidores e instituições nacionais e internacionais no espaço AYA Earth Partners, no coração da Avenida Paulista, para discutir as possibilidades de negócios verdes para a cidade de Belém a partir da COP30, entre outros temas.
O prefeito Igor Normando destacou a importância de parcerias entre o setor público e privado para acelerar o desenvolvimento da cidade. “Nós temos a compreensão de que a iniciativa privada nunca será um problema, muito pelo contrário, precisamos da iniciativa privada para nos ajudar a acelerar
os grandes projetos de desenvolvimento da cidade e, para que isso ocorra, precisamos ter um ambiente favorável, por isso estamos trabalhando, por exemplo, no plano diretor da cidade. Estamos atrás de parceiros que possam ajudar a cidade, com respeito ao meio ambiente e responsabilidade social”, frisou. O secretário executivo da COP30, André Godinho, também participou do evento e ressaltou o legado que o evento deixará para Belém. “Além das grandes obras, como é o caso da reforma do complexo do Ver-o-Peso, do Mercado de São Brás, que é um equipamento belíssimo, existem obras que não são tão visíveis, mas que estão transformando a vida das pessoas, como é o caso das mais de 300 ruas que estão sendo asfaltadas na periferia da cidade”, lembrou.
Já o superintendente do Sebrae no Pará, Rubens Magno, falou sobre todo o trabalho de preparação dos empreendedores da cidade, que o órgão está desenvolvendo. “No Pará, temos cerca de 500 mil empreendedores formais e nós começamos um traba-
lho de preparação para a COP já há algum tempo. Antes, a discussão sobre o clima não tinha um impacto tão visível pra maioria deles, não entendiam. Por isso, nós fizemos
muitas capacitações e hoje temos quase 53 mil empreendedores capacitados só pra COP30, mais de 17 mil empresas trabalhadas para isso”, informou.
Durante o “Roadshow Belém COP30”, Rubens, diretor-superintendente do Sebrae/ PA falou sobre oportunidades para os pequenos negócios. Durante o “Roadshow Belém COP30”, o Sebrae no Pará, liderado pelo diretor-superintendente Rubens Magno, integrante da comitiva oficial da Prefeitura de Belém durante a agenda institucional em São Paulo, e a convite do prefeito Igor Normando, apresentou pela primeira vez fora do estado, o conceito da en-zone, um espaço inovador liderado pelo Sebrae que será criado especialmente para a COP30, com foco em conectar empreendedores da Amazônia a oportunidades globais de negócios sustentáveis. A iniciativa pretende atrair atenção internacional para as soluções desenvolvi-
das por pequenos negócios da região em áreas como bioeconomia, turismo de base comunitária, inovação e sustentabilidade.
“A en-zone, a zona do empreendedorismo, será uma grande oportunidade para todos os Sebraes do Brasil mostrarem o que temos de melhor em termos de pequenos negócios, respeitando as iniciativas e as particularidades locais de cada estado. É dessa maneira que podemos mudar a história, fazer com que o mundo olhe para o Brasil e a Amazônia de uma maneira diferente, com um olhar da sustentabilidade”, explicou o diretor-superintendente. A agenda em São Paulo, também contou com reuniões estratégicas com representantes da EY, especialistas internacionais e um almoço com a princesa Xenia zu Hohenlohe, referência mundial em investimentos sustentáveis. A participação do Sebrae reforça o compromisso da instituição em posicionar a economia paraense como protagonista na agenda climática e na construção de um legado empreendedor a partir da COP30.
*Denilson
No Dia Mundial do Meio Ambiente foi sancionada legislação inédita no Brasil e vai aumentar em dez vezes os recursos do Fundo de Meio Ambiente para combate a crimes ambientais e projetos de bioeconomia, no Pará O Pará saiu à frente, mais uma vez, na implantação de políticas em defesa do meio ambiente. Nesta quinta-feira (5), o governador do estado, Helder Barbalho, sancionou a Lei de Responsabilidade Ambiental, que assegura o financiamento para a agenda de sustentabilidade a partir de recursos obtidos através das taxas hídricas e minerária. A assinatura da lei ocorreu durante a programação alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente, no Parque Estadual do Utinga. Durante o evento, foi assinado o protocolo de intenções - entre o Governo do Pará, a Prefeitura de Belém e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-
O governador do estado, Helder Barbalho, na oportunidade, sancionou a Lei de Responsabilidade Ambiental, que assegura o financiamento para a agenda de sustentabilidade a partir de recursos obtidos através das taxas hídricas e minerária e assinou, juntamente com a Prefeitura de Belém e BNDES, o protocolo de intenções para a criação e implantação do Plano de Arborização de Belém
DES) - para o novo Plano de Arborização
Urbana de Belém e anunciado o programa
Pará Sem Fogo, que vai mobilizar ações
A programação foi extensa e contemplou a nomeação de novos servidores aprovados no concurso público para a Semas, a implantação do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) de servidores ambientais Semas e Ideflor-Bio
Uma série de ações estratégicas para o fortalecimento das políticas ambientais na capital paraense e em todo o estado foram anunciadas pelo governador Helder Barbalho e o prefeito Igor Normando
conjuntas da Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) e Corpo de Bombeiros Militar do Pará para combater incêndios florestais.
Em seu discurso, o chefe do Executivo estadual explicou que as ações de meio ambiente e sustentabilidade são custeadas pelo Fundo Estadual de Meio Ambiente, que em 2024, contava com um volume de R$ 100 milhões de recursos para o combate a incêndios florestais e projetos de bioeconomia. Com a Lei de Responsabilidade Ambiental o Fundo passará a contar com um volume de recursos de aproximadamente R$ 1 bilhão para a agenda de sustentabilidade. “Um salto 10 vezes maior do que o atual aplicado e mais do que isso, a consolidação de uma política de Estado”, frisou. Foi assinada também, a Ordem de serviço para a construção do Centro de Desenvolvimento Regional Sustentável em São Félix do Xingu e para a construção de um Centro de Tratamento e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) no município de Marituba, na Região Metropolitana de Belém
Belém vai plantar
200 mil árvores com novo plano de arborização
Parceria entre Prefeitura de Belém com o Governo do Estado e o BNDES marca compromisso com a sustentabilidade e reforça ações climáticas na capital paraense
Na quinta-feira, 5 de junho, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, a Prefeitura de Belém participou de uma programação especial promovida pelo Governo do Estado do Pará no Parque Estadual do Utinga. O evento contou com a presença do governador Helder Barbalho, do prefeito de Belém, Igor Normando, além de autoridades municipais, estaduais e federais, e marcou uma série de ações estratégicas para o fortalecimento das políticas ambientais na capital paraense e em todo o estado.
O principal destaque da agenda foi a assinatura do Plano de Arborização de Belém, que prevê o plantio de 200 mil mudas de árvores nativas na capital. A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Belém, o Governo do Pará e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com o objetivo de ampliar a cobertura vegetal da cidade, contribuir com a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e promover mais qualidade de vida para a população.
“O Plano de Arborização de Belém é mais do que um compromisso ambiental. É uma resposta concreta aos desafios climáticos que enfrentamos diariamente. Belém precisa respirar melhor, precisa de mais sombra, mais vida. E plantar árvores é um ato de cuidado com o futuro da cidade e com as próximas gerações”, destacou o prefeito Igor Normando durante o evento.
Além do plano, outras importantes ações foram anunciadas, como a assinatura da lei de regulamentação ambiental, a entrega de três cadastros ambientais rurais (CARs) para comunidades quilombolas do estado e a assinatura do decreto ‘Pará Sem Fogo’, que reforça o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais na região.
Para a Secretária Municipal de Meio Ambiente, Juliana Nobre, o plano reforça o compromisso da gestão com a sustentabilidade. “Este é um passo histórico para Belém. Estamos unindo esforços com outras esferas
de governo para transformar nossa cidade em um espaço mais verde, mais equilibrado e mais justo. Cada muda plantada será um símbolo da nossa responsabilidade com
Em seu discurso, o chefe do Executivo estadual explicou que as ações de meio ambiente e sustentabilidade são custeadas pelo Fundo Estadual de Meio Ambiente, que em 2024, contava com um volume de R$ 100 milhões de recursos para o combate a incêndios florestais e projetos de bioeconomia. Com a Lei de Responsabilidade Ambiental o Fundo passará a contar com um volume de recursos de aproximadamente R$ 1 bilhão para a agenda de sustentabilidade
o meio ambiente”, afirmou. O presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, o Senador Fabiano Contarato, também participou do evento e ressaltou a importância de políticas públicas integradas. “O que vemos aqui hoje é um exemplo do que o Brasil precisa multiplicar: ações conjuntas entre municípios, estados e governo federal, com apoio de instituições como o BNDES, para garantir justiça ambiental e proteção aos nossos biomas”, declarou o senador.
A celebração no Parque do Utinga reafirmou o papel de Belém como protagonista nas discussões ambientais da Amazônia, especialmente em um momento em que a cidade se prepara para sediar a COP30, em 2025. Com iniciativas como o Plano de Arborização e o fortalecimento de políticas ambientais inclusivas, a capital paraense consolida seu compromisso com um futuro mais verde, sustentável e resiliente.
Com o tema “Os Desafios do Agro Pará a Caminho da COP-30”, a programação destacou o protagonismo do estado na construção de soluções que conciliam crescimento econômico, inovação tecnológica e preservação ambiental
Ogovernador Helder Barbalho, acompanhado da vice-governadora, Hana Ghassan, participaram recentemente, no Palácio da Agricultura, em Belém, do 63º Encontro Ruralista. O encontro reuniu lideranças do setor agropecuário, produtores, especialistas e autoridades para discutir os desafios e oportunidades da produção sustentável rumo a COP30, que ocorrerá em novembro, também na capital paraense. Com o tema “Os Desafios do Agro Pará a Caminho da COP30”, a programação destacou o protagonismo do estado na construção de soluções que conciliam crescimento econômico, inovação tecnológica e preservação ambiental.
No evento, o governador Helder Barbalho e a vice-governadora, Hana Ghassan, foram homenageados com a Comenda Jahyr
Seixas, criada em reconhecimento à contribuição de personalidades para o desenvolvimento do agro no estado. Em seu discurso, Helder reafirmou o compromisso de seu governo com o diálogo, a segurança jurídica e o fortalecimento da produção rural.
O chefe do Executivo estadual ressaltou ainda avanços na regularização fundiária e destacou iniciativas inovadoras, como a requalificação ambiental de áreas degradadas.
“Só numa medida conseguimos reativar mais de 300 mil hectares que estavam com [Cadastro Ambiental Rural] CAR suspenso. Estamos criando um modelo onde restauração e produção andam juntas, com apoio da iniciativa privada e da ciência”, disse o governador. Ele também celebrou a redução de 19% no desmatamento no Pará em maio, mesmo com o aumento da taxa na Amazônia Legal. “Estamos fazendo a nossa parte e vamos mostrar na COP30 que é possível preservar e produzir com responsabilidade”, complementou o governador.
A vice-governadora Hana Ghassan, que também recebeu a comenda, destacou o papel do agro na geração de empregos e no crescimento do PIB estadual. “Esse segmento move o nosso estado. Vamos seguir avançando com investimentos em infraestrutura, segurança e qualificação da mão de obra. O campo precisa de estradas, de pontes e de políticas públicas que barateiem o frete e fortaleçam a competitividade do nosso produtor”, pontuou. Hana também reafirmou o compromisso com a educação técnica para formar jovens preparados para atuar no campo.
Com mais de seis décadas de história, o Encontro Ruralista reafirma seu papel como espaço de construção coletiva no estado. Conforme o presidente da Faepa, Carlos Xavier, o fórum busca articular políticas públicas, fomentar a inovação e garantir inclusão e sustentabilidade para o agro paraense. “Com a COP-30 no horizonte, o Encontro Ruralista se consolida como um termômetro das transformações no campo. As pautas debatidas, as homenagens prestadas e os compromissos reafirmados em Belém não deixam dúvidas: o agro do Pará está em movimento — rumo à sustentabilidade, à inclusão e ao protagonismo global”, enfatizou Carlos Xavier.
A diversidade dos participantes evidenciou o caráter representativo do evento. De Piçarra, na região sudeste paraense, o secretário do Sindicato dos Produtores Rurais de Piçarra (Sipropi), William Lunardi, esteve pela primeira vez no encontro e destacou o papel do encontro como elo entre os sindicatos, produtores e o poder público. “É um espaço para levarmos nossas deman-
das e ouvirmos respostas. Isso aproxima o produtor da política e fortalece a nossa representatividade”, disse o participante. A relevância do evento para o desenvolvimento territorial também foi destacada pelo presidente do Sebrae-PA, Rubens Magno. Ele lembrou que o campo não é feito apenas de grandes negócios. “O Sebrae atua nos 144 municípios, apoiando o pequeno produtor com técnicas de plantio, comercialização e exportação. Um evento como esse, com o engajamento do governo do estado, é fundamental para potencializar esses esforços”, afirmou.
Um dos momentos mais simbólicos foi o lançamento oficial do I Fórum das Mulheres do Agro da Amazônia, previsto para outubro. A iniciativa foi apresentada por Cristina Malcher, presidente da Comissão das Mulheres do Agro do Estado do Pará, que destacou a força feminina no campo. Para Andreza Rios, presidente da Comissão das Mulheres do Agro de Tucuruí, a presença do governador e da vice reforça o empoderamento e a valorização das produtoras rurais. “A Hanna é a nossa madrinha do agro. Isso fortalece a nossa atuação por uma produção sustentável e inclusiva”, afirmou.
A programação técnica trouxe nomes de peso, como Evaristo de Miranda, Bruno Lucchi, Renato Conchon, Aldo Rebelo, Muni Lourenço e Luís Ercílio Faria Jr., abordando temas como inovação, impacto da reforma tributária, a presença do agro brasileiro na COP-30 e o valor estratégico da Amazônia para o mundo.
Os debates foram complementados por apresentações de projetos do Sistema CNA/ SENAR, como o ATeG, o Agro-BR e o Saúde no Campo, além do lançamento da iniciativa CNA Novas Lideranças.
A explosão e a simpatia da cidade junina!
Acidade de Tracuateua, no nordeste paraense, foi palco de uma noite vibrante e marcada pela emoção no sábado (14/06), durante o tradicional Festival Folclórico Municipal, que movimentou o complexo junino do seringal, com apresentações culturais, comidas típicas e, principalmente, a aguardada disputa entre as quadrilhas juninas Explosão Jovem e Simpatia Junina.
W W Recondicionamento de bombas injetoras Limpeza do catalisador
W W Recondicionamento de Bicos injetoresPedal do acelerador
WRecondicionamento de unidade injetoras
W W Alternador e Motor de partidaTurbinas
WServiço de recuperação de cuícas e válvulas de ar
O evento, promovido pela Secretaria de Cultura de Tracuateua, atraiu moradores e visitantes da região para prestigiar as duas principais quadrilhas da cidade, que protagonizaram um verdadeiro espetáculo de cores, ritmo e criatividade.
A competição, realizada há mais de duas décadas, é considerada um dos pontos altos do calendário cultural do município.
A primeira a se apresentar foi a Explosão Jovem, que levou ao arraiá o tema “DESBRAVANDO O RIO MAR, PAREI
NO PARÁ ”, com figurinos cuidadosamente elaborados e coreografias sincronizadas. O destaque foi ficou por conta do Puxador oficial, e da miss diversidade, que arrancaram aplausos do público com as atuações vibrantes. Em seguida, foi a vez da Simpatia Junina, entrar no espaço de apresentação com o tema “NO PARAISO DA IDENTIDADE, SOU MISTICISMO, SOU MESTIÇAGEM!”. Com uma apresentação marcada pela inovação, a quadrilha incorporou elementos da cultura
paraense, como o rock doido na carretinha. A performance teatral e os movimentos sincronizados impressionaram e arrancaram gritos de empolgação da sua torcida.
A disputa foi acirrada, e o resultado foi revelado após a apuração das notas dos jurados. Por uma pequena margem de diferença, a Explosão Jovem foi a grande campeã da noite, conquistando o título de melhor quadrilha de Tracuateua em 2025. Os integrantes da Simpatia Junina, apesar da derrota, foram aplaudidos
pela grande apresentação que fizeram. A rivalidade saudável entre os grupos é o
que mantém viva esta tradição. É bonito ver as diferentes gerações engajadas na
cultura popular, tornando Tracuateua um verdadeira cidade junina.
Texto *Virgínia Raguin Fotos Igreja Luterana de Borgestad, perto de Oslo, Noruega. Virgínia Raguin, Museu de Belas Artes de Boston via Wikimedia Commons, Museu Kröller-Müller via Wikimedia Commons , CC BY-NC-SA, Vatican.va
‘Semeador ao pôr do sol’ de Vincent van Gogh
Em sua primeira audiência geral em Roma, o Papa Leão XIV referiu-se à pintura “Semeador ao Pôr do Sol”, de Vincent van Gogh , e a chamou de símbolo de esperança. Um sol poente brilhante ilumina um campo enquanto um agricultor caminha para a direita, semeando.
Leão XIV se referiu à Parábola do Semeador , de Cristo, uma passagem do Evangelho que fala sobre a necessidade de praticar boas obras. “Cada palavra do Evangelho é como uma semente lançada no solo da nossa vida”, disse ele, e destacou que o solo não é apenas o nosso coração, “mas também o mundo, a comunidade, a Igreja”.
Ele observou que “atrás do semeador, van Gogh pintou o grão já maduro”, e o Papa chamou isso de uma imagem de esperança que mostra que de alguma forma a semente deu frutos.
Van Gogh pintou “Semeador ao Pôr do Sol” em 1888, quando morava em Arles, no sul da França. Na época, ele criava arte ao lado de seu amigo Paul Gauguin e se sentia muito feliz com o futuro. A pintura reflete seu otimismo.
Em novembro de 1888, van Gogh escreveu a seu irmão Theo, a quem frequentemente confidenciava, sobre “Semeador ao Pôr do Sol”.
Ele descreveu suas belas cores: “Imenso disco amarelo-limão para o sol. Céu verde-amarelado com nuvens rosadas.
O campo é violeta, o semeador e a árvore, azul-da-Prússia”.
A pintura de Van Gogh foi inspirada na pintura de 1860 do artista francês Jean-François Millet, “O Semeador”.
Mas ele transformou a composição de Millet, na qual uma figura escura e isolada domina, e deliberadamente colocou o semeador no meio de uma paisagem transformada pelo sol.
Outros artistas, incluindo o norueguês Emanuel Vigeland, retrataram explicitamente a Parábola do Semeador. A série de vitrais de Vigeland em uma igreja de Oslo explica o significado de cada passagem. Enquanto o semeador trabalha, algumas sementes caem à beira do caminho e os pássaros as comem imediatamente, indicando aqueles que ouvem a palavra de Deus, mas não a ouvem.
Algumas sementes caem em solo pedregoso e não conseguem criar raízes, símbolo daqueles com pouca tenacidade. Outras caem entre espinhos e são sufocadas. Vigeland justapôs a imagem dramática de um avarento contando pilhas de dinheiro, indicando como a vida do homem foi sufocada pelo desejo de ganho material. A passagem final da parábola afirma que algumas sementes caíram em terra boa e produziram cem vezes mais. A representação de Vigeland mostra uma imagem de uma colheita abundante de grãos ao lado de um homem sentado no chão, embalando uma criança no colo.
A pintura de Van Gogh corresponde a muitas das ideias que o novo papa expressou nos primeiros dias de seu pontificado. Leão XIII observou : “No centro da pintura está o sol, não o semeador, [o que nos lembra que] é Deus quem move a história, mesmo que às vezes pareça ausente ou distante. É o sol que aquece os torrões da terra e amadurece a semente.”
O tema da dignidade do trabalho também é inerente à imagem do semeador profundamente absorto no trabalho físico, o que se relaciona à escolha do nome do papa. O papa afirmou ter assumido o nome Leão XIV “principalmente porque o Papa Leão XIII, em sua histórica encíclica Rerum Novarum, abordou a questão social
no contexto da primeira grande revolução industrial”. Leão XIII referia-se à questão social da injustiça econômica nas escassas recompensas para os trabalhadores, mesmo com os grandes lucros dos proprietários com a Revolução Industrial. O papa viu a imagem do semeador de Van Gogh, assim como a de Vigeland, como uma mensagem de esperança. Essa mensagem, para ele, se encaixa no tema da esperança do Ano Jubilar proclamado pelo antecessor de Leão XIII, Francisco. Leão XIII também expressou a esperança de que os humanos que ouvissem a Deus abraçassem o serviço ao próximo.
O Papa Leão XIV, em sua primeira audiência geral, comentando sobre a parábola do semeador, citou uma pintura de Vincent Van Gogh.
“Tenho em mente aquela bela pintura de Van Gogh: O semeador ao pôr do sol. Aquela imagem do semeador sob o sol escaldante também me fala do trabalho do agricultor. “E parece-me que, por trás do semeador, Van Gogh retratou o trigo já maduro. Parece-me ser uma imagem de esperança: de uma forma ou de outra, a semente deu frutos.
“Não sabemos exatamente como, mas é assim que as coisas são. No centro da cena, porém, não existe o semeador, que está do lado, mas a pintura inteira é dominada pela imagem do sol, talvez para nos lembrar que é Deus que move a história, mesmo que às vezes ele pareça ausente ou Distante. “É o sol que aquece a terra e faz a semente amadurecer”, sublinhou o Santo Padre.
Artistas e cientistas veem a mesma coisa no formato das árvores? Como cientista que estuda padrões de ramificação em seres vivos, estou começando a pensar assim Piet Mondrian foi um artista abstrato e teórico da arte do início do século XX obcecado com a simplicidade e a essência da forma. Mesmo pessoas que nunca ouviram falar de Mondrian provavelmente reconhecerão suas icônicas grades irregulares de retângulos. Quando vi a obra “Gray Tree” de Mondrian de 1911, imediatamente reconheci algo sobre árvores que eu tinha lutado para descrever. Ao remover todos os elementos, exceto os mais essenciais, de uma pintura abstrata, Mondrian demonstrou algo que eu estava tentando explicar usando física e geometria fractal. Minha área de pesquisa é biologia matemática. Meus colegas e eu tentamos explicar como estruturas semelhantes a
árvores, como veias e artérias, pulmões e folhas, ajustam sua forma física para entregar sangue, ar, água e nutrientes de forma eficiente.
Pesquisas fundamentais na biologia da ramificação ajudam a curar doenças cardiovasculares e câncer , projetar materiais que podem se curar e prever como as árvores responderão a um clima em mudança. A ramificação também aparece em padrões de forrageamento de formigas , fungos de limo e cidades .
A árvore sem árvores
De 1890 a 1912, Mondrian pintou dezenas de árvores. Ele começou com árvores realistas e coloridas em contexto: árvores em um pátio de fazenda ou uma pista manchada . Gradualmente, ele removeu folhas , profundidade , cor e, eventualmente, até mesmo ramificações de suas pinturas de árvores. “ Gray Tree ” usa apenas linhas curvas de várias es-
pessuras sobrepostas umas às outras em ângulos aparentemente aleatórios. No entanto, a imagem é inconfundivelmente uma árvore. Como Mondrian transmitiu a sensação de uma árvore com tão pouco? A ciência das árvores pode oferecer algumas pistas.
Um objetivo da biologia matemática é sintetizar o que os cientistas sabem sobre a vasta diversidade de sistemas vivos – onde parece haver uma exceção para cada regra – em princípios claros e gerais, idealmente com poucas exceções. Um desses princípios gerais é que a evolução ajusta estruturas semelhantes a árvores em seres vivos para tornar o metabolismo e a respiração tão eficientes quanto possível.
O corpo controla cuidadosamente a espessura dos vasos à medida que eles se ramificam, porque o desvio do diâmetro mais eficiente desperdiça energia e causa doenças, como a aterosclerose. Em muitos casos, como os vasos sanguíneos humanos, o corpo exerce um controle muito mais rígido sobre o diâmetro do que sobre o comprimento. Então, enquanto veias e artérias podem tomar rotas tortuosas para acomodar os caprichos dos órgãos e da anatomia, seu diâmetro geralmente fica dentro de 10% do ideal. O mesmo princípio aparece também em galhos de árvores.
Árvores com diferentes valores do parâmetro de escala α. Gao e Newberry/PNAS Nexus
A calibração precisa do diâmetro do galho leva a uma marca registrada das formas fractais chamada invariância de escala. Uma invariância de escala é uma propriedade que se mantém verdadeira independentemente do tamanho de um objeto ou parte de um objeto que você está olhando. A invariância de escala ocorre em árvores porque troncos, galhos e galhos se ramificam de maneiras semelhantes e por razões semelhantes.
A invariância de escala no diâmetro do galho dita o quanto menor um membro deve ser conforme ele se ramifica e quanto investimento uma árvore faz em alguns galhos grossos versus muitos finos. As árvores desenvolveram invariância de escala para transportar água, alcançar luz e resistir à gravidade e à carga do vento da forma mais eficiente possível, dados os limites físicos. Essa ciência das árvores inspirou meu colega e eu a medir a escala do diâmetro dos galhos das árvores na arte.
A arte das árvores
Entre minhas imagens favoritas está uma escultura de uma árvore de uma mesquita do final da Idade Média na Índia. Sua exaltação de árvores me lembra da Árvore de Gondor de Tolkien e da capacidade humana de apreciar a beleza simples das coisas vivas. Mas também encontro inspiração matemática na Era de Ouro Islâmi -
ca , uma época em que a arte, a arquitetura, a matemática e a física prosperaram. Arquitetos islâmicos medievais até decoravam edifícios com padrões de azulejos infinitamente não repetitivos que não eram compreendidos pela matemática ocidental até o século XX.
As esculturas estilizadas de árvores da mesquita Sidi Saiyyed também seguem o sistema preciso de proporções ditado
pela invariância de escala de árvores reais. Esse nível de precisão do diâmetro dos galhos exige um olhar atento e um plano cuidadoso — muito melhor do que eu poderia fazer à mão livre.
De fato, sempre que nossa equipe observou árvores em grandes obras de arte, como “ Árvore da Vida ” de Klimt ou “ Flores de Cerejeira ” de Matsumura Goshun , também encontramos invariância de escala precisa no diâmetro dos galhos.
“Grey Tree” também captura realisticamente a variação natural nos diâmetros dos galhos, mesmo quando a pintura dá ao observador pouco mais para prosseguir. Sem escala realista, essa pintura seria mesmo uma árvore?
Como se para provar o ponto, Mondrian fez uma pintura subsequente no ano seguinte, também com um fundo cinza, linhas curvas e a mesma composição geral e dimensões. Até mesmo a posição de algumas das linhas é a mesma.
Mas, em “ Blooming Apple Tree ” (1912), todas as linhas têm a mesma espessura. A escala se foi, e com ela, a árvore. Antes de ler o título, a maioria dos espectadores não adivinharia que esta é uma pintura de uma árvore. No entanto, os esboços de Mondrian revelam que “Blooming Apple Tree” e “Gray Tree” são a mesma árvore.
As duas pinturas contêm poucos elementos que podem indicar uma árvore – uma concentração de linhas perto do centro, linhas que podem ser galhos ou um tronco central e linhas que podem indicar o chão ou um horizonte. No entanto, apenas “Gray Tree” tem diâmetros de galhos invariantes em escala. Quando Mondrian remove a invariância de escala em “Blooming Apple Tree”, os espectadores veem facilmente peixes, escamas, dançarinos, água ou simplesmente formas não representativas, enquanto a árvore em “Gray Tree” é inconfundível.
Foto síntese
As pinturas de árvores de Mondrian e a teoria científica destacam a importância da espessura dos galhos das árvores. Consiliência é quando diferentes linhas de evidência e raciocínio chegam às
Proporção e a física das árvores
Leonardo da Vinci deixou diretrizes para pintar árvores que inspiraram pintores de paisagens e fisiologistas de árvores, mas suas prescrições dependem de um parâmetro a) o esboço de uma árvore de da Vinci ilustra o princípio de que a espessura combinada é preservada em diferentes estágios de ramificação. b) Os transectos A e B têm a mesma espessura combinada e, portanto, os membros a e b juntos devem ter a mesma espessura que c . Isso foi considerado como implicando que c ) área transversal combinada (πr2) é preservada através da ramificação. Da mesma forma, d) tais transectos podem contar o número de ramificações n que têm raio aproximadamente r para derivar uma relação de escala fractal. Fonte: Institut de France Manuscript M, p. 78v.
mesmas conclusões. Arte e matemática exploram descrições abstratas do mundo, e assim ver a grande arte e ciência escolherem as mesmas características essenciais das árvores é satisfatório além do que a arte ou a ciência poderiam realizar sozinhas.
Assim como grandes obras literárias como “ The Overstory ” e “ The Botany of Desire ” nos mostram como as árvores influenciam nossas vidas de maneiras que muitas vezes não notamos, a arte e a ciência das árvores mostram como os humanos estão finamente sintonizados com o que é importante para as árvores. Acho que essa ressonância é uma das razões pelas quais as pessoas acham fractais e paisagens naturais tão agradáveis e reconfortantes. Todas essas linhas de pensamento nos oferecem novas maneiras de apreciar as árvores.
(*) IProfessor Assistente de Pesquisa em Biologia, Universidade do Novo México. Publicou uma pesquisa sobre ramificação de árvores apoiada pela University of Michigan e University of New Mexico. Ele é
Atividade física medida por acelerômetro e idade cerebral orientada por neuroimagem
Fotos Health Data Science
Fluxo de trabalho do estudo para investigar as associações das quantidades de PA de intensidade leve (LPA), PA de intensidade moderada (MPA) e PA de intensidade vigorosa (VPA) medidas por acelerômetros com a idade cerebral
O ponto ideal para a saúde do cérebro
(A) O modelo de predição da idade cerebral é construído alavancando o treinamento do algoritmo LightGBM em 1.425 fenótipos derivados de imagem (IDPs) de ressonância magnética cerebral ponderada em T1 e idade cronológica. As características inicialmente passam por uma classificação de importância de características baseada em árvore, onde as 50 principais características importantes são selecionadas. Em seguida, a distância supervisionada entre cada característica é calculada e então submetida a agrupamento de hierarquia para identificar grupos de características redundantes. Após remover a redundância, interpretamos visualmente o subconjunto final selecionado de características usando a técnica SHAP. Para lidar
Oexercício físico faz bem ao cérebro, mas só até certo ponto. Um novo estudo que acompanhou quase 17.000 pessoas usando monitores de atividade física de pulso revelou uma verdade surpreendente: tanto a pouca atividade física quanto o excesso de atividade física podem acelerar o envelhecimento cerebral. A pesquisa desafia a crença
com o viés, a idade cerebral prevista foi corrigida pelo método linear. (B) Primeiro, investigamos as correlações entre AP e BAG medidos objetivamente usando modelos não lineares e lineares. Em seguida, para obter insights sobre AP e estruturas cerebrais, investigamos as correlações entre AP e 1.425 IDPs usando modelos não lineares e lineares. (C) Para verificar se AP e saúde cerebral foram mediadas por BAG, conduzimos uma análise de mediação. Função cognitiva e distúrbios cerebrais foram selecionados como desfechos de interesse para a saúde cerebral. LightGBM, Máquina de Intensificação de Gradiente de Luz; SHAP, Explanações Aditivas de SHapley; AF, atividade física; LPA, AF de intensidade leve; MPA, AF de intensidade moderada; VPA, AF de intensidade vigorosa; MVPA, AF de intensidade moderada a vigorosa; BAG, diferença de idade cerebral
comum de que mais exercício físico é sempre melhor para a saúde cognitiva. Usando aprendizado de máquina avançado para analisar exames cerebrais, pesquisadores descobriram que quantidades moderadas de exercícios pareciam retardar o envelhecimento cerebral, independentemente do nível de intensidade. No entanto, pessoas que se exercitavam em excesso
apresentaram sinais de envelhecimento cerebral acelerado semelhantes aos daquelas que quase não se movimentavam. O estudo, publicada na Health Data Science, acompanhou os participantes por sete dias usando acelerômetros precisos que mediam atividades físicas leves, moderadas e vigorosas. Os pesquisadores então usaram inteligência artificial para prever a “idade
de predição da idade cerebral
(A) Seleção sequencial para frente a partir de um subconjunto selecionado de características após a remoção da redundância. O gráfico de linhas representa o MAE decrescente (eixo y esquerdo) mediante a inclusão de características, uma por iteração. O gráfico de barras exibe a importância decrescente das características com base na permutação (eixo y direito). MAE, erro absoluto médio. (B a E) Associações da idade cerebral e da diferença de idade cerebral com a idade cronológica antes e depois da correção. Os resultados são agregados a partir da validação cruzada de 10 vezes, onde as previsões de cada dobra foram geradas usando modelos treinados nas outras 9 dobras. Para correção de viés, os parâmetros foram estimados independentemente dentro de cada dobra de treinamento e aplicados à dobra de teste correspondente. Cada gráfico
cerebral” de cada pessoa a partir de exames de ressonância magnética e compará-la com sua idade cronológica real.
O que eles descobriram foi uma curva em forma de U: o envelhecimento cerebral acelerou em ambos os extremos do espectro de atividade física. Pessoas nas faixas intermediárias de atividade física apresentaram as idades cerebrais mais jovens em relação à sua idade cronológica. “Nosso estudo não apenas confirma uma relação não linear entre a ativi-
exibe um gráfico de densidade de kernel da idade cerebral, da diferença de idade cerebral plotada em relação à idade cronológica e das linhas de regressão linear e dos coeficientes de correlação de Spearman (r). (F) Distribuição dos valores de SHAP para as 27 principais características com base no maior valor médio absoluto de SHAP. Cada amostra no conjunto de teste é representada como um ponto de dados por característica. O eixo x mostra o valor SHAP e a codificação por cores reflete os valores das características. (G) Explicação individualizada da idade cerebral para um indivíduo de 64 anos. O valor de saída (a linha tracejada cinza com o número na parte superior do gráfico) mostra a idade cerebral prevista para esse indivíduo. O valor base (a linha tracejada cinza com o número na parte inferior do gráfico) aproxima-se da idade cronológica (ou seja, 64 anos). As características em vermelho aumentam a idade cerebral e as em azul a diminuem
dade física medida objetivamente e o envelhecimento cerebral em uma grande população, mas também fornece insights práticos: mais exercícios nem sempre são melhores — a moderação é fundamental”, disse o professor associado Chenjie Xu, da Universidade Normal de Hangzhou, que liderou a pesquisa.
O efeito do envelhecimento cerebral não foi apenas estatístico — teve consequências reais. O estudo descobriu que a idade cerebral mediou parcialmente a relação entre
exercício e desempenho cognitivo. Pessoas com cérebros aparentemente mais velhos apresentaram tempos de reação mais lentos e eram mais propensas a desenvolver demência e depressão. Quando os pesquisadores examinaram regiões específicas do cérebro, descobriram que o exercício moderado estava associado a várias mudanças protetoras: Hiperintensidades reduzidas da substância branca (lesões cerebrais associadas ao declínio cognitivo)
Volume preservado no córtex cingulado (crítico para a atenção e regulação das emoções)
Manutenção do tamanho dos núcleos caudados e do putâmen (importante para o movimento e a aprendizagem)
Essas regiões fazem parte do “circuito córtico-estriatal” do cérebro — redes essenciais para coordenar o pensamento e o movimento que normalmente diminuem com a idade.
A força do estudo reside em sua abordagem de mensuração objetiva. Em vez de depender dos relatos frequentemente imprecisos das pessoas sobre seus hábitos de exercício, os pesquisadores utilizaram o monitoramento contínuo da atividade e análises sofisticadas de IA.
A equipe utilizou um algoritmo de aprendizado de máquina chamado LightGBM para analisar mais de 1.400 medições cerebrais diferentes obtidas por ressonância magnética. Essa abordagem alcançou uma precisão notável, prevendo a idade das pessoas com uma diferença média de cerca de 3 anos — uma precisão que permitiu aos pesquisadores detectar diferenças sutis nos padrões de envelhecimento cerebral.
Estudos anteriores que examinaram exercícios e saúde cerebral geralmente se base-
avam em níveis de atividade autorrelatados, que as pessoas frequentemente superestimam. O monitoramento objetivo revelou padrões de atividade que poderiam ter passado despercebidos por questionários tradicionais.
Por que muito exercício pode prejudicar seu cérebro
Os mecanismos biológicos por trás do efeito duplo do exercício no envelhecimento cerebral permanecem obscuros, mas pesquisadores propõem várias explicações. O exercício moderado provavelmente beneficia o cérebro, melhorando o fluxo sanguíneo, aumentando a produção do fator neurotrófico derivado do cérebro (uma proteína que auxilia no crescimento dos neurônios) e reduzindo a inflamação.
No entanto, o exercício excessivo pode desencadear processos opostos. A atividade física extrema pode aumentar o estresse oxidativo e as respostas inflamatórias no cérebro, potencialmente acelerando o processo de envelhecimento.
Os sistemas de resposta ao estresse do corpo, que auxiliam durante desafios moderados, podem ficar sobrecarregados durante exercícios intensos ou prolongados.
Além disso, exercícios excessivos ou insuficientes podem interromper as vias de sinalização de insulina e glicose no cérebro — sistemas essenciais para manter a função cognitiva à medida que envelhecemos.
O que isso significa para sua rotina de exercícios
Os resultados não sugerem o abandono do exercício — muito pelo contrário. Eles destacam a importância de encontrar a quantidade certa para uma saúde cerebral ideal. Os participantes do estudo que apresentaram as idades cerebrais mais jovens foram aqueles que praticavam níveis moderados de atividade em todas as categorias de intensidade. No entanto, os pesquisadores alertam que o desenho transversal do estudo não pode comprovar a causalidade.
A relação entre exercício e envelhecimento cerebral pode funcionar em ambas as direções: pessoas com cérebros mais saudáveis podem gravitar naturalmente em direção a níveis ideais de exercício.
A equipe de pesquisa planeja conduzir estudos longitudinais para entender melhor como as mudanças nos hábitos de exercício ao longo do tempo afetam as trajetórias de envelhecimento cerebral. Eles também estão investigando as vias biológicas envolvidas, com foco especial nos mecanismos de estresse inflamatório e oxidativo.
Pesquisas futuras precisarão determinar os limiares ideais de exercício para diferentes faixas etárias e explorar se a relação em forma de U se mantém em populações diversas. A equipe também planeja inves-
Efeitos do exercício nos resultados de saúde cognitiva e cerebral em indivíduos mais velhos
tigar como outros fatores de estilo de vida — incluindo padrões de sono e comportamento sedentário — interagem com o exercício para influenciar o envelhecimento cerebral. Por enquanto, a pesquisa acrescenta
nuances às recomendações de exercícios, sugerindo que, quando se trata da saúde do cérebro, a antiga sabedoria de “tudo com moderação” pode ser apoiada pela neurociência moderna.
Regiões corticais e subcorticais com seus volumes não linearmente associados à atividade física, ajustados para idade, sexo, etnia, escolaridade, índice de privação de tabagismo, consumo de álcool e padrão alimentar
Converse com sua família e seja um doador. doeorgaos
Um dia, a sua família pode ser doadora de órgãos ou precisar de um doador. E conversar sobre o tema é a melhor maneira de quebrar barreiras, vencer preconceitos e conhecer o desejo de cada um.