Revista Setor Agro&Negócios

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ESPECIAL COOPERATIVISMO

A INFÂNCIA PODE SER MAIS COOPERATIVA Em casa ou na escola, atitudes e práticas pedagógicas ajudam a formar a cultura da cooperação.

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uito além de um modelo de negócio que dá certo, o cooperativismo é considerado uma doutrina que, em linhas gerais, sugere a harmonia entre as pessoas em sociedade. Essa conquista se dá quando cada um entende seu papel como cidadão e faz a sua parte para obter ganhos coletivos. Muitos conhecem essa filosofia e seus benefícios apenas quando adultos, o que é natural considerando que crescemos numa cultura em que prevalece o espírito da competição. Esse saber que valoriza a criança com mais habilidades e alcança o primeiro lugar do pódio, está enraizado e molda o nosso comportamento enquanto crescemos e nos tornamos adultos. É possível mudar essa cultura e evoluir em qualquer fase da vida, mas se pudermos explorar a importância de cooperar desde cedo, com as crianças do nosso círculo social, teremos ganhos ainda maiores. Incentivar atividades e comportamentos que promovem a empatia, a confiança e o espírito de equipe ajuda a criar uma cultura de parceria, em que as crianças não participam para ganhar, mas sim por todo o processo que leva à meta comum. Hoje, no ambiente escolar e até mesmo em casa existem modelos pedagógicos que trabalham dinâmicas de grupo e promovem a cooperação. São os chamados jogos cooperativos, capazes de desenvolver uma série de habilidades cognitivas e socioemocionais nas crianças. O intuito é fazer com que os colegas se vejam como aliados, não adversários, e entendam que o papel de todos é essencial para a vitória. Nesse sentido, muitos desses jogos funcionam com base no coletivo ou sequer têm como resultado final

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uma pessoa ou equipe vencedora. É comum que apenas o processo do jogo seja o foco. Brincadeiras e atividades lúdicas podem ser ressignificadas dessa forma, estimulando a inclusão, a criatividade, a paciência e o respeito mútuo. Alguns exemplos de jogos são o lençol bol - em que o objetivo principal é a interação do grupo para controlar a bola dentro do lençol e arremessá-la no cesto e o desenho sem fio - que assim como o telefone sem fio, cada criança com um papel e uma caneta em mãos, deve desenhar uma parte, interagindo entre si até dar forma à imagem. Por fim, é bom relembrar que as crianças replicam o comportamento dos pais. Viver e estimular essas práticas diariamente significa valorizar uma educação capaz de gerar adultos mais conscientes e humanos. A Cooperativa Central Aurora Alimentos entende a importância de educar seguindo os princípios cooperativistas, por isso incentiva as famílias que integram o Sistema Aurora a aplicar essa filosofia com suas crianças e adolescentes.


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